penalidade
máxima Condenado a oito anos de prisão, Fabinho Fontes, a promessa do Corinthians que não estourou, trava o jogo mais difícil de sua vida atrás das grades p o r b r ei l l e r pires d esign r o g é r io andrade foto a l e x a n d r e bat t i bu g li
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enitenciária Tremembé II, interior de São Paulo, 9 de novembro de 2012. O painel de fotos 3 x 4 dos 409 detentos, muitas delas corroídas pelo tempo, é o cartão de visitas para quem chega à portaria do presídio. Salpicado no mosaico, um quinteto de famosos soma mais de 220 anos de pena em regime fechado: Alexandre Nardoni, Pimenta Neves, Lindemberg Alves e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos [veja quadro na pág. 73]. A eles se juntou, em março deste ano, um ex-jogador do Corinthians.
De chinelos, Fabinho Fontes, 38 anos, entra na sala anexa ao almoxarifado da portaria seguido por um agente penitenciário, sem algemas, unhas e cabelo com topete bem cortados. Ele usa camiseta branca e calça cáqui, respingadas pela chuva torrencial do meio de tarde. Exibe olhos arregalados, inquietos. À PLACAR, ele concede a primeira entrevista desde que cruzou os muros da prisão. Em menos de uma hora, repete por seis vezes um mantra de autodefesa: “Eu jamais faria uma coisa dessas”. Julgado em julho, Fabinho pegou oito anos de cadeia por suposto ato dezembro 2012 / placar / 69