por que faz isso,
Romarinho? Terror do Palmeiras, o xodó dos corintianos responde à pergunta que o transformou em uma lenda: ele só pensa em continuar fazendo isso por
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p l aca r .co m .b r setembro 2013
© alexandre battibugli
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o fim da entrevista à PLACAR, Romarinho se levanta, sai da sala onde acabara de ser fotografado no CT do Corinthians e acena em direção ao grupo de fãs histéricas que gritam seu nome do outro lado da grade. Um membro da comissão técnica corintiana brinca com a situação: “O que a bola não faz, hein?” Critérios de beleza à parte, justiça seja feita. Ao contrário do jogador folclórico padrão, Romarinho representa mais que um talismã para o Corinthians e um xodó para a torcida. Sua importância no time que conquistou quatro títulos em três anos cresceu. Breiller Pires Embora não tenha vaga cativa na equipe titular, ele passou a se encarregar de boa parte das cobranças de falta e escanteio e também tem a missão de atacar e defender, cumprindo à risca o esquema do técnico Tite. “Em alguns times, meia e atacante não marcam. Mas, no Corinthians, tive de me adaptar, senão eu não jogaria”, diz o meia, sem demonstrar insatisfação. “Não me sinto sacrificado. Para ser valorizado na Europa, eu tenho que marcar e atacar.” Tite está satisfeito. “O Romarinho é inteligente e cumpre uma função tática fundamental”, afirma o treinador, que preza pela objetividade acima do futebol-arte. “Antes, eu via muito os jogos do Ronaldinho [Gaúcho]. Ele dava passe e virava a cara. E eu achava o maior barato. Só que aqui não tem jeito de fazer isso. O Tite não deixa.” Mas há outras coisas que Romarinho faz com os rivais, seja na Bombonera, seja no Pacaembu, que conquistaram a admiração do técnico e, principalmente, a idolatria da Fiel.
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