Versos de Amos à Brigada Militar

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Quem é a Brigada Militar? Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul é a polícia militar dessa unidade da federação brasileira. É uma instituição com mais de 160 anos de existência e tem a missão constitucional de policiamento ostensivo, bombeiro militar, defesa civil, preservação da ordem pública. O Estado meridional do Brasil

O Estado em sua divisão de Conselhos

Criada em 1837, a Brigada Militar atua nos 697 municípios do Estado, com um efetivo aproximado de 25 mil integrantes, policiais e bombeiros. O Estado de 13 milhões de habitantes e um espaço geográfico de ....... km2. Para dados sobre essa organização militar estadual brasileira, procure o site: www.brigadamilitar.rs.gov.br Seu Quartel Geral é na Capital do Estado, Porto Alegre de onde exerce o comando sobre os 16 Comando Regionais de Polícias (CRPOs), os 11 Comando Regionais de Bombeiros (CRBs), altém de todas os Deparatamentos, Escolas e serviços especializados.


Bras達o da Brigada Militar.

Fachadas de seu tradicional QCG no centro de Porto }Alegre

Vanderlei Martins Pinheiro TC da reserva


Porto Alegre, 31 de janeiro de 2011.

Prezados leitores: Aproximadamente, há 29 (vinte e nove) anos, atrás, escrevi estes versos, como está expresso no Copyrigth da página de créditos do livro (© 1982). No entanto, o livro, com os respectivos versos foram somente publicados em novembro de 1986. O livro neste ano de 2011 comera seus 25 anos de publicação. Em 1987, este livro gerou um Inquérito Policial Militar(IPM) , na Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, que só não se transformou em processo, porque o Promotor da Justiça Militar Gaúcha, à época,, designado para denunciar, solicitou e foi acatado pelo respectivo Auditor Militar, pelo arquivamento do feito. E o fez, em versos.. Material esse que agora anexo,como introdução a essa versão virtual do dito livro. Porém, essas peças jurídicas já tiveram publicação na 4ª Antologia de Poetas Brigadianos, organizada pelo falecido Coronel José Hilário Retamozo, em 2004. Faço a apresentação da versão virtual do livro “Versos de Amor à Brigada Militar” com a restauração plena do livro em sua forma original, inclusive, privilegiando as informações originais e não atualizando questão lingüística, exceto pelos dois homenageados que foram desta versão, retirados. Vanderlei Martins Pinheiro - TC da reserva da Brigada Militar


CRIME? Foram os “Versos de amor à BM”? Ode em que livros virou IPM Feito nº 206/87 da 2ª Auditoria Crítica...não pela crítica mas, Pela melhoria na qualidade da vida institucional Desvairo de homenagens...recados Rememorações e devaneios... Risco calculado da incompreensão Elitista e autoritária Sorte de ter encontrado compreensão Em um Promotor da Justiça Policial Militar Este... realmente um poeta,Poeta do velho clã Romeu Gaspar Salles Pittha Com diversas obras publicadas Sua pronúncia sobre o processo Do livro “Versos de amor à Brigada” Seis estrofes e 42 versos Constitui uma peça jurídico poética extraordinária De rimas perfeitas Na fidelidade dos tempos do processo “Obrigado Poeta” por ter considerado minha ansiedade E em seus jurídicos versos, me tratado de poeta Vanderlei Martins Pinheiro


MERÍTISSIMO DOUTOR JUIZ AUDITOR

Com rutilante estro um Capitão PM Transborda em versos seu amor a farda E poeticamente põe-se em guarda No Panteon dos heróis que ele criou Retirando do fundo do seu peito Todo o lirismo que traduz respeito A tudo que a Brigada lhe inspirou E no ímpeto incontido e generoso Quis também entregar pessoais recados No entanto, dois homenageados Pessoalmente sentiram-se feridos Por expessões julgadas desairosas E que lhes seriam desastrosas À medida que viam-se agredidos Trata o presente IPM sobre o fato A folha treze ouviu-se o Sindicado Que tendo a autoria confessado Nega, no entanto, a sua intenção De injuriar ou ferir seus superiores Ao contrário, afirma, eram louvores Que dedicar-lhes desejava então...


Se crime houvesse, seria contra a honra Em especial, difamação ou injúria Mas, não pelo trabalho, ou pela incúria Entendo que não cabe ação penal Pois, mas que qualquer retratação Indiciado, mesmo antes da ação Nega o dolo, da forma mais cabal.

“Somente pensou prestar uma singela Homenagem, afirma, admirado, No entanto foi mal interpretado Nada mais lhe restando declarar E confiante na Justiça, clamamente, Se dispõe a provar que é inocente Em seu versos a ninguém quis agraavar

Por isso, Escelência, “Data vênia” À denúncia falece fundamento Razão por que peço o arquivamento E com tanto bandido à nossa volta Seria até motivo de revolta Fazermos de um poeta um condenado!... Romeu Gaspar Salles Pitthan PROMOTOR DE JUSTIÇA


Vanderlei Martins Pinheiro

Versos de Amor Ă Brigada Militar 1986


Vanderlei Maratins Pinheiro

Poesia 1986

Versos de Amor à Brigada Militar LIVRARIA e EDITORA VENDRAMIM Matriz Rua Santos Dumont, 888 Niterói, Canoas - RS. Fone: (0612) 726990 CEP 92.120 CP 0258


© by Vanderlei Martins Pinheiro - 1982 Direitos reservados 1ª Edição: Novembro de 1986 Capa Concepção: Vanderlei M. Pinheiro Arte final: Soelma Luceiro Foto: Brigada Militar Composição: K & M - Composição gráfica, Arte e Revisão Ltda Av. Vicente Montégia, 1505 - Fone: 49-7071 Montagem: Autor Auxiliar de revisão: Cristiano Max Pereira Pinehrio Impressão: Livraria e Editora Vendramim Rua Santos Dumont, 888 Niterói - Canoas - RS Fone: (0612) 726990 FICHA CATALOGRÁFICA Pinheiro, Vanderlei Martins p654v Versos de amor à Brigada Militar Porto Alegre, Vendramim, 1986. 84p. 1 - Literatura gaúcha - Poesia. I - Título CDU 869.0(816.5)-1

(Elaborada pela bibliotecária Maria Goretti de Souza Silveira - CRB - 10/487)


PREFÁCIO Oficial dos mais inquietos que conheço, o Cap PM Vanderlei Martins Pinheiro é profissional competente e dedicado. Quando no cumprimento das ordens que recebe não as cumpre sem antes analisá-las fazendo soarem todas as sinetas de alerta e acender-se a luz de sua inteligência percuciente. Virando-as e revirando-as do avesso, prestes a cumpri-las, entretanto sem já ir à execução, busca-lhes, primeiro, origens, percurso e fins, a autoridade e o poder legal que as expediu, devassando-lhes (das ordens) os méritos e benefícios que trarão a Brigada Militar e o bem público que semearão. Demonstra de várias formas suas desconformidades com as agressões que a nossa sesquicentenária, aguerrida e indestrutível Brigada Militar sofreu e ainda sofre ao longo de uma trajetória marcada de sacrifícios. Muitos foram os versos de mágoa e desencanto que já fez; inúmeros os seus momentos de vida que plasmaram versos ácidos de amargura dando a impressão até, para quem não o conhece, que o Cap PM Vanderlei Martins Pinheiro quer arrasar, aniquilar e/ou destruir a Brigada Militar. Mas não é isso o que, na realidade, acontece. O que ele quer é transformar aqueles momentos de profundo e amargo desencanto num filtro mágico que borre das páginas do cotidiano os erros que arrastam a Brigada Militar ao desprestígio, arranham-lhe a dignidade e tentam abalar a sua postura em favor do povo sul-riograndense de onde se origina e a quem procura bem servir da melhor formar. O que ele quer é transformar todas as nossas falhas em acertos, a ineficiência e a inoperância em eficácia e exação. É por isso que, nestes Versos de Amor à Brigada Militar, encontramos uma parte inicial de acres constatações, que nos permitem perceber quanto o autor sofre por causa desse amor desvairados que o consome de alucinações. Nos derradeiros poemas, reunidos além do portal intitulado “Meus sonhos”, vamos ver que o poeta, após ultrapassar o seu próprio apocalipse, se encontra com sua aplacada e a alma em paz, por que, através da visão de seus ideais o mundo brigadiano - que é a parte maior de seu todo emocinal - está pacificando e ao seu redor se recompõe. JOSÉ HILÁRIO RETAMOZO


A todos os Brigadianos em especial: meu pai Waldemar Goulart Pinheiro (Honorário - in memorian) meu sogro Donírio Juvenal Pereira Sgt PM (in memorian) Téia Cris e Su


SUMÁRIO MUSA Minha Musa Desculpa dos que erram Sombra dos que precisam Um poço samaritano Testa de ferro dos poderosos Uma grande árvore Féculas do passado Teu corpo As rendas do teu corpo História, Estória ou MEUS MOTIVOS Minha fala Medo e explicação Pinheirando Zeno O “Eu” Técnico Mestres Herméticos Os carontes Ao Futuro Eterno sentimento Meus heróis Tiradentes Coronel Massot Coronel Canabarro Miguel, Ladeira e Mariante O primeiro Ten “PM” Spalding O soldado da Brigada Últimas décadas

13 14 14 15 15 16 17 17 18 19 21 21 22 23 23 24 24 25 25 26 26 27 27 28 28 29 30


MEUS MOMENTOS DE DEVANEIO Irmãs rivais Origem da rivalidade Hierarquia e disciplina Transe Indumento Segurança De pé de porco a pezinho PP Intimidade do corredor Sem barco, sem foto Professores Polícia de trânsito Bênção ao sinaleiro Desconsideração social Museu Os princípios Administação do Livro de ocorrências Nas festas da Redentora Meu civismo, então! Brigada Militar Gaúcha O Eunucóide Nossos Super-homens Mulher de Brigadiano À Mulher

32 32 33 33 33 33 34 34 35 35 36 36 37 37 38 38 39 39 40 41 42 42 43 43

MINHAS HOMENAGENS Viajantes Eu (auto-retrato) Violento! Ricardão Nosso Poeta Maior Santo de casa Força Centrífuga Bitencourt & Cia Os Jacog Velhos Comandantes Quero-quero Brigadiano Fregueses costumeiros Interessados Cidadão e outros tratamentos Capacete

44 44 45 45 46 47 47 48 48 49 50 51 51 52 52


MEUS RECADOS DE MINHA ARTE Sem tacão Rol das realizações Bastão policial Bastão a cavalo Indumentária Jugular Cabelo Vassoureiros

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MEUS CAMINHOS Meus caminhos 1º Caminho 2º Caminho 3º Caminho Meu revólver 4º Caminho 5º Caminho 6º Caminho A fila do açougue Faculdade No supermercado 7º Caminho A mudança Despedida O saber no caminho

59 60 60 61 61 62 62 63 63 64 64 65 65 66 66

MINHA VISÃO DO DEVER Gaiola de ouro Incerteza Necessidade/Necessitados A sala de ginástica feminina A desunião dos dezesseis A grande diretoria As porcadas Transferência Heróis Apogógicos As !Gêmeas” Cota e Negociata Expediente O inimigo interno Antiguidade da Escolha

67 67 68 68 69 69 70 70 71 71 72 72 73


Natal/81 O evento de trânsito Eventos de verão Evolução Meus sonhos Instituto de pesquisas Definição De bacharel a doutor Oficial de polícia Identidades, fotos e almanaques Instrução de oficiais Formação de polciais Instrução de policiais Fundação “BM”

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MEUS CONCEITOS Epítetos, Epitáfios ou Epigramas Polícia Militar

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MUSA Minha Musa Não sou eu a te revelar ao mundo, mas nele, não ignoram nossa relação. Ela é concreta, na condição de passiva amada que és, e de ativo amante que sou, e sempre tentarei ser. Tenho ciúme de todos os outros, que podem e devem te amar, mesmo que não o façam. Dói muito mais que o ciúme, quando os vejo tratarem-te com desamor. O laço formal de nossa união, temporal, estatutária e... cheia de circunstâncias, ignora o momento do enlace informal, que se transforma em Musa. Os laços informais de nossa união, vão além núpcias, em que a morte é a única separação. Qualquer forçamento de um divórcio, só reforçará em meu peito os sonhos de meu coração. - És a sombra dos que precisam - a desculpa dos que erram - a testa de ferro dos poderosos - um poço Samaritano - uma grande árvore. És aquela, que em prosa e verso, proclamam confundir-se em vera sua história com a de nossa terra.

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Sombra dos que precisam Como instituição fundamental de qualquer sociedade, todos te precisam. Como coersor estatal da comunidade, outros te exorcisam.

Desculpa dos que erram Sempre, que tua ação se faz sentir, que o pulsar do teu coração faz restituir, a ordem, independente de quem infringiu a lei, ou de quem como causa ou mando tenha provocado o acontecimento, és o móvel comum, receptáculo do descontentamento.

Se és indigesta num momento, aos mesmos cidadãos descontentes n’ outro tempo, estendes as mãos alternativa de um intento. O trânsito do colegial, o sinal do motorista, o amante da corista, o pedestre perdido, o assaltado acudido, burguês, artista e operário, extras do teu cenário.

Aqueles, que se julgam lesados, principalmente, quando são os lesantes, te caluniam, na infâmia da incriminação pública, de imprensa ou boca a boca. Nesse aspecto, enquadra-se da menor infração ao crime político oficializado. Nem a história, consegue na maioria das vezes, identificar quem lesou ou foi lesado. Apenas, fica o registro de quem tendo de atuar, figura sempre, como “vilão”. Desculpa dos que escolheram o caminho, então errado. “Desculpa dos que erram”.

O grito da turba em greve, força o ato que deves conter com exatidão, e o político exaltado no meio da multidão, já foi teu necessitado. És perene, a quantos te usam, confirmando a rima: de “sombra dos que precisam”.

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Um poço samaritano

Testa de ferro dos poderosos

Vim te beber sem me chamares. Assim, todos os outros... Não há imposição, vem quem quer por seu interesse, ou por seu coração.

És o instituto de força do consenso universal, que tem que garantir aquele ou aquilo, que for poder. Se o poder for mau, teus homens o rejeitarão “como cidadãos”, mas, submissos fazem o acatamento “como função”.

Quão monótona e até triste, teria sido minha existência sem ter te bebido... E a dos outros... Em teu oásis não selecionas credo, raça ou cor política, nem teu néctar as semeia.

Quando assim não acontecer, haverá substituição, de teus homens ou do poder. Tu permanecerás. E a tua permanência, nesta reticência cíclica de esforços leprosos, não dá glória ou vergonha em ser: “testa de ferro dos poderosos”.

Não te curvas, aos potes e baldes que te lançam. Não secas, mesmo que te sejam lançados todos os vasilhames de teus sedentos.

Tua eternidade está na glorificação, daquilo que o poder deixar ao cidadão: na propriedade, liberdade e vida.

A todos, indiscriminadamente, acolhes e igualmente sacias.

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Uma grande árvore Oh! Musa... comparei-te a uma grande árvore. Tuas raízes - teus antepassados, todos os entes queridos, que de qualquer forma contribuíram, e ainda continuam a contribuir, na formação da seiva que alimenta teu tronco. Essência da tua existência, no ontem e no hoje. Garantia de profícuo amanhã! Teus galhos - tua estrutura, organograma do momento, estação transitória de tua metamorfose. Tuas copadas na copagem, partes distintas de tua organização, silhuetas dançarinas das folhas bailarinas, se, mais novas ou mais velhas, em eterna primavera. Tuas folhas, o todo e o tudo. Os homens no hoje da copada à sombra... Dela, o local... E nele, os que te dependem! Quando caem tuas folhas, primeiras ou temporonas, vão após algum tempo incorporar-se a tua raiz e de lá voltam a fluir como substrato de tua filosofia, em “eterno retorno”.

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Féculas do passado

Teu corpo

Féculas do passado... Homens lembranças na lembrança de homens saudosos, que muito fariam se pudessem retroceder o tempo sem que perdessem os direitos já adquiridos.

De peças, emprestadas por favor, até mansões e lindos palacetes. Sem fachadas padrão ou cores definidas. Da metrópole ao último rincão, pouco a pouco a longo de cem anos, rebeldes tal corpo em tua vida.

Féculas do passado... Os que quisesem resistir não teriam como e porque. Quem deveria esforçar-se para formar tal resistência ainda não tinha essa consciência.

Carpetes, mármores e chão batido, a fora o batido chão do dia-a-dia, que igualmente varia na mesma proporção, do asfalto, paralelepípedo ao pó do chão.

Féculas do passado... Desespero que renasce ao ver o repisar do repisar nos detalhes já antes trabalhados.

Da prata ao Piratini as latas em que eu vi, também comer a tua gente, igual pertencem ao teu corpo, embora não te representem como a tudo que possuis.

Féculas do passado... Alguns apinhados aos cachos nas vestes de teu corpo, outros nele próprio estão aparentemente integrados.

De leste a oeste norte a sul, hétero, multicolor e multiforme, corpo desuniforme.

São as “Féculas do passado”...

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As rendas de teu corpo Teu corpo padeceu mas lutou e recebeu algumas vestimentas. Um progresso que assenta os órgãos de previdência: do seguro e assistência. Um pungente cresceu. Outro enfermo fenece. Um se não adoeceu, crescer não nos parece. Afora os três Sociais entes promocionais. Todos sem exceção já viveram difíceis tenebrosos momentos. Esqueço a citação dos que cantam estéreis os mortos “fraudulentos”. Pobre “musa” vestida! Por que desacreditam na gerência dos teus? Pobre de longa vida! Pobre, quando te aviltam! Pobre, pois não cresceu...

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História, estória ou... I Nem a história ou estória, difícil desenvolver este tema. Não há ausência de saber técnico da espécie ou dos conteúdos. Há inconveniência transigente de talento que ainda poda o momento. Já ouvi referirem que tal procedimento seria “Lavar a roupa suja” e que a divulgação IN TOTUN de teus atos ou dos motivos verdadeiros deles, pode abalar teu prestígio como instituição. Covardia da grande massa de co-autores, responsáveis preocupados a cada “Co-autoria” da bem montada falácia dos sempre ditos autores, que abalados estariam em suas sucessões, como já ocorre nos fatos circunstancialmente não cobertos. II Relatar tua vida pelo frio escrito dos documentos oficiais é omitir da verdade seus motivos é mascarar fatos reais, retirando-lhe brilho e viço, emaranhando joio ao trigo e virtude ao vício. Acredito, piamente, em todos os relatos existentes, não pelos homens que os oficializaram, mas pelos próprios fatos em si, ainda que pobres. Mas, a outra parte não escrita, o outro lado da moeda, quem vai contar? As verdades ocultas no calor das disputas, quem rompendo vai contar-nos? Consegue-se um pouco recortando publicações, principalmente jornais. Isso agora na era da comunicação! Mas os bilhetes sigilosos como outrora continuam escondidos em baús e seus ataúdes.

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III Sei que este saber não altera a história passada, mas, é fundamental para a futura, mais que à presente. Tua história e a do contexto a que pertences, tanto no sentido vertical como na sua correspondência horizontal, postulada a uma comparação sempre do momento, e seu concerto universal de mesma espécie, deveria ser sistematizada, unida e divulgada. Divulgada num sentido amplo a toda gente, desde os provisórios e seus descendentes, dos antagônicos e os transeuntes, além de teus filhos e os deles. És como uma nação. Lembra “Santaiena”! “A nação que esquecer sua história, deve repeti-la”. Oh! Tempo não foge de nós.

IV Quem poderia sobejamente narrar-te, não o faz por estar ausente do conteúdo de teu ser, e do desinteresse do teu mando. Talvez pese muito nisso, os dias difíceis vividos no passado próximo e não esquecidos, mas que cedo ou tarde deverão ser referidos. E quem narrar-te, pela nova expressão do sistema de informação, não poderá omitir-se nem abalar o sistema. Se não puderem me provar insano, os co-autores mais preocupados falsos prussianos, mascarados puritanos, sem esforço reflexivo, rotular-me-ão subversivo. E esses medos, constam na história, sem transformá-la em stória.

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MEUS MOTIVOS

Medo e Explicação

Minha Fala

Ao Cel Eliseu de Carvalho

Ao Cap Elbiocir Biachi Rodrigues

“Não posso falar claro, mas se me deixarem eu falo”. Talvez até, seja sapiente, manter a boca silente quando por própria opção. Pórem, o ato de coerção obriga a mente a pensar, e os sentidos a enganar bem menos. Quem sabe, se diferente, seria do falso poeta a morte, e de seu ritmo e melodia instinto de sua sorte, ele renasceria em crônica-crítica. Não desmereceria o belo da poesia e toda sua mística. “Não me deixam falar claro, mas mesmo assim eu falo”.

Medroso, comecei a escrever… Zeloso, acanhado, sestroso! Nem sei dizer… Por que e de quê? Temeroso… Minha cabeça fervilhava em cada verso que brilha espelho fiel do relato. E na soma das entrelinhas das aspas nas palavrinhas monta-se o tal retrato. No verso dito chocante encerro o choro profundo, que força o peito do amante ir a contradita aberta, de buscar em outros mundos as verdades do poeta. O amante que me refiro, lê, assimila e critica, seja qual for o sentido. A crítica eboli em luz e a novos fatos conduz, que havia obscurecidos. Medroso, continuei a escrever… Zeloso e até orgulhoso! Já sei dizer… Por que e de quê? Temeroso…

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PINHEIRANDO

Aos Cap Alberto Palma Martins, Maj Ramiro Postal Pinheiro e Maj Argos Juares Temes.

I Fui o Cadete Vanderlei e após um ano marcial, pela mudança da lei passei Aluno Oficial.

V Hoje, jaz muitos anos nesta cachaça beberando, em louvor aos Brigadianos escrevo o Pinheirando.

II Meu nome modifiquei pois Martins foi liberado, de um Aluno então formado. Meu nome, do seu herdei.

VI Pinheirando é uma resposta do fundo do coração, que encerra uma proposta p’rá minha corporação.

III Mais um ano se passa e eu consigo faceiro, por outro que se afasta, posso chamar-me Pinheiro.

VII Proposta de registrar, atos e fatos no momento, e a eles me devotar com todo meu sentimento.

IV No caminhar de meus nomes há a minha herança de tolices, que valeram os cognomes Pinheirice e toupeirice.***

VIII Sentimento de somar o tempo que vai voando, como forma de auxiliar a quem estiver comandando.

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Zeno

Ao Maj José Potiguar Xavier

Zeno! O personagem que enceno, língua de trapo! Pato escracho, não rato! Não acredita senão, na doce dor da razão. Louco? Nem um pouco… Talvez certo, quem sabe? Mas, muito aberto a lemas e problemas. Mentiroso? Nem por vingaça, nem faccioso. Um cético! Na herança vacante dos processos éticos. Um simples registrador, dos quotidianos… Sentimentos em atos e fatos Brigadianos.

O “Eu” técnico

Ao Cap Juares de Oliveira “Cachoeirinha”

No início eu não for a preparado, não havia em mim as formas. Era um rebento misselâneo emararanhado de normas, que espontâneo foi aperfeiçoado no último caminho. Curti meu cadinho. Sufocado na ausência de consciência, por trabalhos encaminhados como propostas, que sem respostas difundem patético exemplo ético. Oh! Essa dependência feitora à essência da produção. Oh! Minha ação caloura no favor de uma publicação iniciadora. É sedição e revolta ética da coisa técnica. Uma tratativa hermética que farei, e a cuja homeostasia ou minha eutanásia, feitas com fantasias, tentarei através da poesia.

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Mestres Herméticos

Ao Maj Frenando Souto Dias Cel Adão Eliseu de Carvalho

Na tentativa de ser um autodidata, elegia meus Mestres numa escolha grata, pessoal… impessoal de prazer, na identidade de amor ao dever. Eleitos! Onipresentes p’rá meu feito, cada Mestre, era um ser, de ausente exemplo a fenecer. Foi o “grande professor” de língua nacional da Musa, meu Mestre orientador no crepúsculo outonal da busca, do saber verdadeiro. O que livra o olho do argueiro.

Foi o “dentista” excelente e leal companheiro do sétimo caminho, meu Mestre. Artista do saber técnico maneiro que eu pisoteava sozinho, por não saber pesquisar, apesar de matrizes exclusivas portar. Ao mago, e ao Técnico universal, resguardo eternos momentos, de pleno agradecimento. Primordial, heurético vinho onde aprendi, o saber não se ensina, apenas, se mostra o caminho.

Os Carontes

Ao Cel Luiz Fernandes Horizonte

De perto ou longe, o caminho todo… é o aqueronte! Porque Caronte, não age hoje, como agia ontem? A canoa furou, mesmo assim passará… o barqueiro ganhou! Outra vez a canoa, outro barqueiro… quer popa e proa! A canoa furada, boto o dedo… meu dedo é nada! Todos da mesma fonte, a canoa também é minha… fora esses Carontes. Dos barqueiros Carontes, se um ganhou, o outro perdeu, mas poluíram o aqueronte.

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Ao Futuro

Ao Ten Cel Paulo Elouir Bortoluzzi - Fiscalização paralela –

Pelos cantos do rincão, quem esquecer-se da ética, ou desconhecer boa técnica, prepare-se à pronta ação de alguém que estando a seu lado, torne ao feito registrado. A esse alguém, eu me dirijo, orientando o seu arquivo. É a verdadeira memória, trabalho de persistência – saudosas reminiscências – que volverá em história. E cada registro um fato, a cada qual, data e dados, referente a ocorrência. A síntese dos relatos fará literária essência, ao que não for olvidado. É uma forma de guardar pedaços da nossa história que podem nos escapar. São cantos de nossas glórias, que o presente atarefado há de legar ao passado. E um dia, quando já for a, - pr’á não ter complicação – publique a recordação com a mesma força de agora, ou dê essa matéria-prima, a quem a transforme e imprima.

Eterno Sentimento Ao Maj José Luiz Pinto de Morais Se o Aspirante fosse atuar como contam as estórias, seria sua glória chegar no dia da apresentação, “sem luvas e sem espda”, fardado para o serviço e instrução. Os primeiros teriam na recepção, risos troças e charadas, além da chamada de atenção dos sabidos mais antigos. Perfilado, então, perguntaria: Ondé está escrito? E nehum velho sabichão, contrariaria o dito com comprovação. Puro sentimento, momento eterno, eterno sentimento. Assim não existem, nunca foi assim. Lembranças ingrata de mim! Produto da veleidade vontade e imaginação. Impetuosidade ainda apaixonada, submersa na verdade, do conhecimento vivencial que amálgama o velho Oficial. Projeção de uma frustrada ilusão.

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MEUS HERÓIS

Cel Aparício Borges (Herói da Disciplina) Não vou narrar o que aconteceu em BURI, leiam o descrito na “Eterna Vanguarda”. Do pesquisado busco trazer aqui, o desprendido exemplo deste “Brigada”. Coronel Aparício Gonçalves Borges estampa honrada e austera, que rebrilha resultante da micigenada e forte, a pampeana tradição Farroupilha. Representa-nos o “Herói da Disciplina” não pelo soldado que tombado cala, mas pelo homem consciente que aceita a sina. Deve ter doído muito mais que a morte, trocar de lado as baionetas e as balas. Morrer, ao invés de voltar, até foi sorte.

Tiradentes

(O Grande Patrono) Igual a Cristo, este ídolo. Um subversivo! Que passado o tempo e mudado o poder, transforma-se em herói por todos querido. Um herói necessário de se aprender. Seu ato de desprendimento apareceu pelo que os usurpadores portugueses, faziam a seus patrícios. E nasceu na disputa: Brasil com Holandeses. Seguiu-se nele, a Lição de Dom João, e antes dos aventureiros estrangeiros valores íberos impôs a nação. Personifica nossa civilidade, ainda hoje, sem respostas à pergunta: O que é sentimento de Brasilidade?

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Coronel Canabarro

Coronel Massot

(Herói da Lealdade)

(Herói dos Heróis)

Não traíste tua Brigada qual queriam te impingir. Fizeste o que devias. Se traísses essa amada, a outra também poderias, igualmente a trair.

Todos os filhos amantes desta terra, quando da revolução republicana, foram, se da causa, chamados à guerra, que se alastrava pela vida pampeana. Um professor a seus livros abandona, e como Capitão vai ele incorporar-se ao segundo de reserva em sua zona, somando-se assim a Brigada Militar. De berço guerreiro entre outros povos, logo dest’arte passou ele a dominar, e o Mestre, aos camaradas velhos e novos, além de guerra, dedicação passou a ensinar. Primeiro Brigadiano a assumir a Corporação, perfil ainda atual de bem comandar, que rejeitou do Exército uma distinção, para exclusivamente conosco ficar. Honradez, renúncia e dedicação é o espírito de Massot em herança, exemplos deixados de sua ação imortalidade que ao tempo se lança. Glória ao Cel Afonso Emílio Massot Patrono heróico desta Brigada brilhante, cujo feito em Comandar-nos não passou, pois revive, ainda, a cada Comandante.

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Preservando minha musa perseveraste o Estado, rasgando a intenção intrusa. Se assim foste batizado no amargo da despedida, és parte de nossa vida. Da vida de nosso Estado de quem estiveste ao lado, ao manter a decisão negando a informação. Na origem de tua essência és punido e preterido, mas feliz com a consciência de ter o dever cumprido. Perdeste o generalato, como verde-oliva ativo meu Coronel da Brigada mas achaste noutra farda amor em sentido lato. Representas na verdade nosso “Herói da Lealdade”.


Miguel, Ladeira e Mariante (Heróis das Letras)

Seus livros formam a memória registrada em nossa história, porém são as lembranças destes três braçais gigantes, esquecidas nas andanças dos carreiristas brilhantes. Quero lembrar Miguel Pereira, Aldo Ladeira e Hélio Mariante. Quero lembrar como infante da pesquisa corriqueira, da qual, de há muito procurar só neles me pude achar. Setencio nesta data, um crime de esquecimento, nunca dos pesquisadores, pois cada um só tem gratas lembranças e sentimentos, com os três grandes historiadores. Tem sido um crime continuado, na pura expressão do direito, que o tempo ainda traz sulcado dos que não vêm o imperfeito, e jamais farão recordar tais nomes em algum “Patronear”. A pena de Miguel Pereira continuada por Ladeira, teve síntese em Mariante, e desse trabalho estafante não se tem continuação pois falta incentivação.

O Primeiro Ten “PM” Spalding (Herói da Inovação)

Aos Ten Cel Valter Spalding Filho e Maj Luiz Fernando Borges Fortes Spalding

Estrela efêmera radiante de luz, caudal intenso em breve caminho. Ao vê-la distante, eu penso baixinho: -“Miguel, Ladeira, Mariante… e tu!”

Força precursora de ação renovadora. Por ato de tua gênese te formavas passo a passo, por tua própria êxtase ajustavas teu espaço. Espaço ainda em vacância, vacância muito sentida, sentida pela importância, da vaga não preenchida, onde serias outra glória, a escrever nossa história. Literato, técnico e poeta, se perscrutei tua meta, contarias nossos feitos como o grande historiador, de quem herdaste perfeito, além da pena, por ela, amor.

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O Soldado da Brigada (Herói Anônimo)

Ausentes capas esvoaçantes, bumerangues, escudos, raios… ou qualquer artifício mágico, que não seja uma simplicidade. Às vezes humildade e submisso. De identitade infantil pela essência de seu ser e pela relação com os pequeninos. Rejeitado no valor juvenil pela permanente representação, da gênese e do pátrio poder. Fonte onde buscam os idosos, suplementação a idade. Um novo tipo de héroi, anônimo e comum, em que a transmutação é interior nada transparecendo ao espectador. Nos vários indumentos, a onipresença a um só tempo em distantes locais do Pampa Gaúcho. Extremamente carinhoso, embora… rude e por vezes viril. Se há, exigência do markenting americantista? Vamos unificá-lo numa representação: “Malha bege lido inteira; um Abalarga da mesma cor; a antiga e bela pelerine; coturnos e cinturão preto; seu bastão policial mágico; um lenço “branco” no pescoço; seu pégaso chimango no eco transmutativo, o tcheee…! É nosso. Há poesia, história e beleza, o novo caminho de ensinamentos, à versão intercionalista. O “Super Brigada”, centauro do pampa Brasileiro.

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Últimas Décadas (Herói Ausente)

Aos Cap Ludgero Frota, Cap New Ayrton Frota e Cap Alceri Frota Pinto.

Sofre musa carente, na dor, de um héroi que ao presente, te deverá ser ausente, a menos, que se rompam as estruturas. Lembro a disciplina de Aparício em Buri, onde Angelo Mello se tornou um leão, igualou-se Claudino e outros no Caverá, e Januário Correa no Conceição. Exemplares atos de desprendimento, formativo do heróico ou tipo heróico, resultado de decisão, objetivo e momento.

A canozição do heroísmo que subsiste as eras, depende da consistência fática. E esta, de que não ocorra: erro de objetivo no fato; ou de apoio inconsistente. O ato de heroísmo resiste ao tempo, não obrigatoriamente, com repercussão imediata. O ato tipo heróico,… este filho do estardalhaço, fenece latente, esquecido ou incompreendido.

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Os últimos atos: A carta de Feio; o pedido de reserva de Claudino e Barão; e a dicutida decisão de Carpes. Foram os últimos homens. Aquele que seria um tigre dos novos tempos, intencionalmente, se engailou! Primeiro da espécie nesta situação; abandonou as brigas com Deus e meio mundo, na postulação de nosso prestígio e direitos; morreu vivo, absorto na glória, com que não soube embriagar-se.

Sofre musa carente, na dor, de um herói que ao presente, te deverá ser ausente.

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MEUS MOMENTOS DE DEVANEIO

Irmãs Rivais

Origem da Rivalidade

Ao Del de Polícia Epitácio Torres

Ao Sgt Ubirajara Índio Riograndense da Silva

Filhas do grandioso herói que a própria prole destrói medrado da suplantação. Por isso, entre elas fomenta, a rixa que as atormenta sem permitir a união.

Uma se apresenta, aparentemente formosa como uma dama vistosa, de gala e na ostentação. A outra que parece livre, como quer ou lhe é mister, vive carente, mas sem muita moderação.

Na frieza de seu “ismo”, a nenhuma deu batismo. Pela essência de sua origem emprestou nome a adotiva e exigiu como o convém mantê-la sempre cativa.

Essas duas esplendorosas, falsas damas, belas rosas, cada qual com seu ardil, tanto uma como a outra para a existência gloriosa tem seu viver servil.

E a pobre filha bastarda que a tudo foi rejeitada, deixou-lhe a falsa ilusão: - de viver na liberdade; - de conhecer a verdade; - e de ter participação.

Se conhecem na vivência da rivalidade. Não se gostam pela ausência de oportunidade porém, se a união lhes impuserem e, na mesma função lhes mantiverem, o tempo fará consertar o que ele permitiu estragar.

Para ambas somente restou, rusgas e ressentimentos da distância sem motivo. Porém quem tudo engendrou, hoje já noutro momento talvez mude o objetivo.

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Indumento

Hierarquia e Disciplina

Ao Ten Cel Anízio Severo Portilho

Dona Hierarquia é uma boa dama. Diz quem manda: - O quanto e até quando! – Oh! Dona Disciplina… Por essa, já cumpri cada ordem e engoli, cada sapo. Me tornaram “irreverente”.

Nos idos de sessenta e sete, incrustaram no peito do guerreiro camisa e gravata de polícia. Luta dialética, de uma filosofia de transformação. Ele lisonjeado e faceiro, logo mostrou satisfação. Não ligou as esquisitices estéticas, do capacete e gravata ou gravata e bota, entre outras combinações ecléticas. Hoje, retiram-lhe a incrustação. No peito, o espaço fica ocupado pela realidade daquela filosofia, mesmo que em verdade, nada da nova estética, seja polícia…

Segurança

Transe

Ao Cel Mauro Carvalho

Ao Maj Dirceu Soares Pereira Choveu gemas, aos potes… Choveu estrelas, aos borbotões… Medalhas foi mais de mil, vagas dos à disposição mais de trezentas, que se viu! Cursos for a, como nunca ao alcance! Sonho ou realidade? Onde está a verdade deste transe?

Falso senso pessoal, que sente algum bandoleiro no campo livre a sonhar. Apreensão espiritual, que independente por inteiro do que possa lhe ajudar. Sentimento verdadeiro que não encontra o ameaçado, mesmo sendo um general cercado por seus soldados, com aparatos maneiros e bélico potencial.

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PP/PP Peço passagem e pouco as palavras, para poder pô-los a par. Pedro e Paulo é passado perdido; Pé de Porco é presente passando; Polícia política! – perene perigo -. Pálido pedido é polícia polido, pedaço de pau é o poder da polícia. Perfeito Prefeito; Par prostituído; Palrar pernicioso; Perigoso pomar; Processos parados; Períodos perdidos; Perturbei a palestra e pulei do patíbulo. Perdi o prazer no Popular partido, Palhaços pocessos pelo poder. Parida perícia, a perder a Polícia.

De pé de porco a pezinho

Ao Cap Afonso Landa Camargo

Herança deixada pela cor marron dos coturnos, cintos e capacetes, da antiga “Pedro e Paulo”. Abreviatura no mesmo tom, que sedimentou o lembrete de estranha denominação, que por usa cor e letras é sugestão ao pejo popular. Normal resposta a função ingrata de policiar. Expressão, inicialmente agressiva, descompressão de uma época repressiva. Realidade que com outra idade, já tem derivação de conotação afetiva. “Sui generis” designação de carinho que virá o dicionário buscar e ao cenário Nacional informar.

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Na intimidade do corredor

Ao Ten Cel Juremir Vieira do Santos

A “Gaiola de ouro” e o “Aquário”, os “Mordomos” e os “Corredores”, coisas ausentes do teu diário mas presentes na intimidade, do registro etéreo de amores e de dores de tua vaidade. Teus corredores escondem, homens, em cujo urdimento da teia sofrem o momento. Conscientes todos sabem, a aceitação da exigência é preço à tua decência. E bem mais que da gaiola, do aquário, ou dos tais mordomos, do corredor surge a escola dos que nunca foram donos e por seus dias de dor destilam o puro amor.

Sem barco, sem foto

Ao Ten Cel Evaldo Rodrigues

Olha o titã, nas colunas agarrado, lamuriando daqui não saio… Escolhe um barco e comanda? Olha o sol como é bonito e não temas as vagas contida aos gritos, por quem sabe pilotar. Que pena, perdeu a vez! Acha que ganhou, né! Mas, em que galeria constará a foto do ex? De tanta Glória, tão pouco é o muito que restará para a história.

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Professores!

Viva! Viva os Professores, não pelo parco ensino que dão a nossos filhos, mas, pelas concretas possibilidades de reposição remunerativa, que representam a nossos vencimentos. Quando se mobilizam e o fazem com maestria. Ganham. Ganhamos juntos. Se perderem, ainda assim ganharemos para garantir que de tal maestria não surja baderna. Que idéia! O dia que eles estiverem satisfeitos, deveremos estar também, a menos que se perca o peri-passo. O que é difícil! Eles têm auxiliado nossa gente no fator aumento, mais que qualquer movimento, nosso ou de quem nos represente.

Polícia de Trânsito

Estrutural ou de conteúdo é normal a especialização de conteúdo e a busca da estruturação. Essa tendência de comprovação existencial, não atendida, nem mantida em uma posição supra-estrutural, dá ao conteúdo fulgor, de conflito social, e de atrito organizacional. E mesmo que não seja a melhor solução, tende a tornar-se estrutural. Estruturada perde a beleza, da individualidade e espontaneidade de existência. Passa a ser ritual hipócrita do positivismo estrutural.

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Bençãos ao Sinaleiro Na rua, braços abertos Cristo das direções qual lua, num céu repleto, sinaliza aos corações. Pastoreia no concreto, - Babel – o novo espectro mecânico de aflições. Nas mudanças de sentido, abençoa os conduzidos e lhes indica o caminho. Mas permanece sozinho em meio todo o alarido, que misturado ao zunido do ritmado silvar, em breve o atormentará no sono após o serviço. Oh! Que hediondo feitiço o leva p’ra junto a Cristo, no jugo da alienação. Lugareiro, lumeeiro, da hétera multidão plasti-aço carne-osso. Trânsito… louco trânsito! Um matrizeiro colosso, que ansioso recolhe as bênçãos mas não as torna ao Sinaleiro.

Desconsideração Social

Ao Jorn Flávio Alcaraz Gomes

Trabalhei numa semana como se for a soldado, e assim, como eles fardado pude sentir o que emana de dentro do cidadão, quando envolvido em ocorrência tenha ou não tenha razão, nas mais santa impaciência tratam nossos patrulheiros como seres inferiores. Muito arrogantes, matreiros, validam falsos valores, numa extratificação deste relacionamento. Escárnio de sensação que assisti nesses eventos. Porém, se algum graduado na mesma situação, for chamado a intervir, transformam-se em delicados e prestimosos cidadãos, que só querem a lei cumprir.

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Museu

Os Princípios

Museu? Não o poeta Grego. O teu, belo Museu!…* Não algum, que queiram inventar de novo.** Aquele saqueado por teu povo e cujos despojos salvados, em brilho levam teu nome, abrigados na casa do velho Caudilho. Aquele feito do esforço e da abnegação do cronista. Conquista do coração, na doação de cada cooperador, senhor de um troféu ou presa de guerra, que à tua reconstituição, dando, com tal se dera. Quem deu lembranças queridas perdeu… Serão devolvidas? O coração do cronista está chorando e o meu começando, se não transmitir a lição. *MARIANTE, Hélio Moro, CRONICA DA BRIGADA MILITAR GAUCHO. Imprensa Oficial Editora. 1972 – p.227, 142. ** GERMANO, Ana, ARQUIVO MORTO in Notícias da BM. nº 3, ano IV, mai 81. POA.

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Ao Cel Walter Ferreira da Silva

Antigüidade, merecimento e escolha. Espinheiros, flores e clarão no caminho. Idade, momento e folhas, posseiros, atores e aves sem ninho. Escolha, subvertora de valores, ato justo na paga de favores. Merecimento, prostituta dos princípios, pune e premia tanto justos como ímpios. Antigüidade, ato de posse com valor, verdade, justiça, fiel dogma de amor.


Nas festas da redentora

Administração e Livro de ocorrências Oh! Frágil cordão umbilical entre nós e os subordinados, na dura tarefa da ronda policial de patrulhamento. Ladro de nossa autoridade, mais pelo desconhecimento das verdades não registradas, - das distorções manipuladas – ou ausência de encaminhamentos nas providências não administradas. Desperdiçada competência na falta de nossa ingerência, de saber e capacidade. Básico e fundamental tema no grande e ignorado sistema. Bem pouco o sabe quem registra… e muito menos quem conduz! A autoridade competente “qual prometeu de nossa luz”, dá-nos prestígio de servente, que se usa como bem entende. E o que faz nossa administração nesse processo da ocorrência? Como tem participação? … do registro feito no livro, ou de uma via ao órgão respectivo… Não quer? Não sabe? O que então?

Ao Cel Adão Silveira Borges

Eu me recordo de três, sempre no mesmo mês ao terminar o verão. Não foram consecutivas, a mesma decoração e as mesmas trativas. É a “Aliança da liga” que em seu seio abriga seres bem intencionados, zelosos daquilo que são. Na ausência de repercussão escalam seus convidados. Ao exemplar o patriótico, descumprem o trivial que o sabe qualquer menino, e sérios, mudos e exóticos sempre mandam meu coral, por eles cantar o Hino. E o auditório sem jeito pela falta de indumentária, bate palmas satisfeito de início ao fim da ária. É alma do charlatanismo se misturando ao civismo.

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Meu civismo, então! A voz de comando: “Bandeira for a de forma, marche… ” Os esplendores das barretinas, refletindo mil sóis, sobre oito pares de olhos cansados, trazem na marcialidade da ordem, um ritmo de garbo, beleza e harmonia, que se esvai nos uniformes azuis celestes polainas brancas e forragiéries cintilantes, tudo ritualizado ao rufar da tarol. A “Guarda Bandeira” posta-se em frente ao todo, no pequeno estacionamento da avenida Sargento Witt. Em igual forma garbosa e cansada, toda a tropa se prepara à folga, após, mais uma solenidade do calendário Acadêmico. Tudo pronto, cessa a tarola. Meus braços um tanto contraídos pelo cansaço dor e rigidez, daquele apresentar de armas à Bandeira, gostariam de cair. Meu olhar fixo no símbolo Pátrio, acompanha seus deslocamentos e movimentos. De repente se dispersa, “transgredindo” em desviar-se ao chamamento de murmúrios infantis, de três crianças, poucos passos da Bandeira. Eram os primeiros compassos do Hino Nacional. Crianças de aparência humilde, lugar comum na Academia, talvez filhos de gente nossa, mais conhecedores do calendário de solenidades que os “calouros”.

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O arrepio adrenalíneo e o embargo d’ olhos e voz, sempre me retomam, quando lembro ao som da Banda executando o Hino, a criança mais velha de uns sete anos, retirar o boné de um e auxiliar o erguer-se, de sentado, do outro pequenino, de no máximo uns três anos, além de compor sua própria compostura. As crianças espontaneamente emprestavam seu preito de respeito aquele momento cívico, que a mim era compulsado. Não mais conseguirei avaliar, qual seria o verdadeiro valor de “Meu civismo, então!…”

Brigada Militar Gaúcha Renascente no ano de noventa e dois, na aurora do movimento republicano, força centenária que em verdade sois, porque estais ao Estado como “Vulcano”. Por que sois dele e sois também da nação de onde os vossos combatentes primeiros, recrutaram-se no ideal e no coração o que ainda, aos de hoje é verdadeiro. Na origem de teu ser republicano, forja-se a fibra e surge o Brigadiano não este, que é decantado centenário. Este no Estado sempre compôs cenário, este é da Polícia Militar, onipresente, o da Brigada Militar Gaúcha, é um ente.

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O Eunucóide

Nossos Super-Homens

Ao Ten Cel Jair Portela dos Santos

Ao Ten Cel Élcio Claudio Castro Pereira

Tão pequenino esse Zeus que por Hera, faz de um menino mesmo sem terra, um novo Deus.

Nietzche! Aqui também inventaram o Super-Homem, clones, autoctones cujos nomes, apesar de os saber deixo ao tempo dizer.

Deus Eunucóide sem culpa de o ser. Nem Freud poderia saber, a razão ou sorte, dessa relação tão forte.

Espécie incomum!… oriunda, da espécie comum menos profunda, nas artes do bajular e na ânsia do mandar.

Diz-me pois, de quem sois Deus, afora Hera? De que terra? P’ra que guerra? E onde e quando será teu mando?

Heróis disformes, que em vistosos uniformes, exibem-se nos suntuosos ambientes, extremamente diferentes, dos de sua gente.

Espetáculo do “rápido andar” na charada, de um oráculo que és, sem nada.

Nova raça de titãs, que em desalinho ao velho clã, encrustada, cresce no caminho de querer ser poder!

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Mulher de Brigadiano Falam da mulher do Brigadiano, que ampanha! Mas o que há se é feliz. Companheira que o agüenta por anos, dizendo sempre “Foi Deus quem quis”. Generalização deste fato inverídco, infame e infeliz me dói, quando relembro o relato de quanto apanhou a de um Juiz. E foi, por que não mais o queria, decisão custeada por dores depois de tantos botões de flores. Falam da mulher do Brigadiano! Me dizem que assim é a do soldado. Me dói a ignorância dos coitados.

À Mulher Mulher! Enquanto não amaste um brigadiano, pobre de ti que não amaste um homem. Quem quer a comprovação do corriqueiro insano, relacione ao seu todos os outros nomes. Se houver! Uma afirmativa correta, em cem anos, valide o verso ou vá matar sua fome. Mulher, enquanto não amastes um brigadiano, pobre de ti que não amaste um homem.

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MINHAS HOMENAGENS Eu (auto-retrato)

Viajantes

Ao Cel José Celi Filho

Trinta e sete camaradas foram buscar no exterior mais conhecimento funcional, situação muito bem paga e digna de louvor pela importância nacional. Dos trinta e sete somente três editaram trabalhos com teor profissional, trinta e quatro infelizmente talvez aguardem este malho para partirem a tal. Nova situação haveria dos que em outros “Estados” fizeram cursos e estágios, analisei o que havia nosso cronista relatado,* em simples e belo apanágio.

Sou carinhoso, mas não, um romântico; Sou um materialista, mas creio pia e fervorosamente na existência não sacra de Deus; Sou o liberal que se imolaria a viver sob a tutela comunista; Sou um técnico de polícia, mais pela ânsia na busca do saber do que pelas respostas adquiridas no ser; Sou o pai, o marido, o amante/comum, que mais acerta por instinto, mesmo quando erra convicto; Sou um versejador, que no desejo de ser poeta, descobriu na poesia o valor de tão em moda “análise”.

Por isso aos Viajantes trinta e quatro restantes, é bom pôr mãos à obra de algo técnico nos legar, pois que o futuro os cobra dessa herança não deixar.

* MARIANTE, Hélio Moro - CRÔNICA DA BRIGADA MILITAR GAÚCHA. Imprensa Oficial Editora 1972, p.347/350.

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Violento

Ricardão

Ao Cel Nilo Silva Ferreira

Feições tranqüilas na aparência um tanto franzina e até mesmo delicada. A voz ativa do amigo que anima o percorrer da caminhada. Eta! Figura polêmica e sempre discutida nas técnicas de sua ação, sem a idéia anêmica da violência contida no ato de decisão. Mas, tendo tal aparência como pode ser violento, ou assim taxado? A menos que o regulamento se torne uma violência, quando bem observado! Taxa-se assim o decidir, pelo mais simples e melhor à organização, sem nunca prescindir do respaldo a quem fez, cumprir a tal decisão. Ah! Se todos os “caroneiros” fossem assim operosos, desprendidos e interessados, no cenário Brasileiro seríamos orgulhosos, os mais capacitados.

Ao Cel Ricardo Severiano da Silva

No velório do velho Coronel, não foi ninguém fardado! Lá, vi o Sofia, o Sobral e outros amigos. Plantel do velho e jaz soldado. Eu estava lá, fardado, só e não sabia! Consciente litispendente que olhava o tio-avô. Doeu… e chorei… como ele choraria! No sôfrego recordei, suas lágrimas quando contei, que da atividade linha saíra. Agora eu me encontrava, por onde ele também passara, quando da linha caíra. No velório do velho Coronel, ninguém fardado que se visse. O cartel de trinta e dois com cantis, mochilas e fuzis, refulgiu no clarão do Amém! Para eles, eu era ninguém, na ausência da tradicional comissão, à festa de “Adeus” do Ricardão!

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Nosso poeta maior

Ao Maj José Hilário Ajalla Retamozzo

Bela expressão do lirismo, disposta na poesia da forma tradicional, canto-chão do realismo, alegria ou nostalgia livre e natural. Força de lírico canto! Geras a outros o espaço, que conseguiste sozinho, prepara-te ao desencanto, daquele que foge ao laço e inventa outros caminhos. Eu seguirei a picada aberta por tua senda, de cantar a corporação. Começada a caminhada, me esgueiro por essa fenda com nova motivação. Verás de tua Antologia, um movimento formador de escolas da poesia, antes disforme e sem valor, que atingirá outras artes, viventes ainda, à parte.

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Santo de Casa

Ao então 1º Ten Roberto Ludwig

Força Centrífuga

Ao Cap Joaquim Luiz dos Santos Moncks

De imediato constatei a estranha e literária fuga, quando li e analisei a obra “Força Centrífuga”. Inovadores versos feitos, por um coração insatisfeito. Dois poemas traduziram mais facilmente este efeito, aos olhos que os consumiram. Num estilo em que se exila da realidade a interpretação, releia “Álbum de família” e “Ordem de execução”. Releia e encontre a explosão ainda sufocada nesta ilha. Belo Natal, no “Natal” distribuído e neste mesmo, por mim lido interpretado e compreendido. Nem espantos, nem lamentos, os dois anos escapulidos aos “Doutos” desatentos.

Negaram autoria ao autor sem roubarem-lhe a obra, questiúnculas de valor, que a esse tipo de tema não poderia existir. Como então se fará lema cousas técnicas prouzir? A obra dos estranhos foi a todos distribuída a do autor, sem ter ganho, continua a ser vendida. É difícil de entender, ninguém tem nada a dizer? A nossa “Lei”* prevê paga a tais obras elaboradas, nem é dela a precedência para os estranhos dada. Dessa política há carência, deve ser ela estruturada. O santo de casa é vezeiro em não ter reconhecimento. Mas, só por isto solapar uns poucos míseros cruzados! Anula qualquer sentimento de querer elaborar. * Art. 156 da Lei Estadual nº 1751 de 22.02.52

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Bitencourt & Cia

Os Jacob

Vencendo a barreira superéguica do ridículo, o louco e o folclórico, se confundem. E cada qual, estrutura seu estilo de individuação, em sua formulação alegórica, parcialmente conhecida. Coexistem, vencendo, as épocas, indiferentes as transformações organizacionais, ou restrições pessoais impostas a cada comando. Bom seria poder relacioná-los perpassando o tempo e seus motivos. Povoam nas duas formas os mais distantes pontos do Estado. Alienados, das novas rotinas, nunca, da organização. São inconformadas aves em abandonar o ninho; sustentam sozinhos, ligações da herança as quais não reclamamos. São símbolos de nossa ausência no processo presente, - abrindo espaço – e que só, inconscientes, assumem tais passos.

Na necessidade de interesses puramente funcionais, se nos deparamos com figuras carbonadas; Prestadores de serviços e comerciantes. Seres cujas respostas ao certo ou errado, são reflexo espectral da nossa ação, e fluem do nosso posicionamento. Estimulam nosso vínculo social com essa realidade exterior; por ser esse nosso mundo difuso e estranho. Estão presentes no dia-a-dia de cada parte da organização, independente da dimensão do órgão. São gentis, compreensivos e habilidosos; Inteligências especiais, que aprendem a organização, ou suas mutações estruturais, em rapidez nunca inferior a nossa. Obreiros paisanos da milícia - anônimos, que pela prestação de serviço permanente, atuante e irreversível, passam a integrar-nos afetivamente.

Ao Cb Bitencourt

Ao Jacob Goldemberg

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Velhos Comandantes Velho impoluto e altaneiro, que jaz engalanado pendurado à galeria da sala do comando. Choras!… por quê? Não deixa que a lágrima manche teu preto e branco turvo do tempo, refeito nas cores, de quem sua própria jovialidade procura. Mostraste que altivez não se compra curvo, e que honra não se recebe de herança. Conquistaste nossas glórias nos campos de batalha, e deixaste de herança o exemplo da honra no combate. Não chora meu velho, que os tempos mudaram e o combate também, mas, teus princípios continuam e continuarão, vivos na mente e, ternos nos corações brigadianos. Sinto também, quanto dói tua lágrima, em ver teus filhos curvos, e só com a “coronha” do fuzil, quando tanto sangue ou desconforto, em todas as causas nobres dessa terra derramaram. Independente do medo que representam, e de lhes tentarem descrédito impingir, ressurgirão com altivez, honrando e fazendo honrar o cumprimento da lei, desde a Ordem Pública. E como nos outros tempos, meu velho, nenhuma tropa por mais adestrada, valente ou destemida que lhe denominem, será comparada a de ontem, de hoje e de sempre, a“Brigada Militar – Gaúcha”.

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Quero-Quero Brigadiano

A Francisco D’ Ávila Flores

É sangue que se esvai dos trapos farroupilhas, de há muito muito escondidos no baú do tempo, sentimento sublime que andará as coxilhas, nas nobres linhas vindas de teu pensamento. Desculpa-me, por invejar a comunhão, vivencial que tiveste com meus heróis, é a saudade doída e comum de um “Barão”, que nossa identidade farrapa constrói. Hei de com minha pena, ser um “pé no chão”, desse HONORÁRIO BRIGADIANO que em legenda, espontaneamente nos doou seu coração. Nas narrativas das heróicas contendas emocionam. Aceita nossa gratidão, te chamar Brigadiano. É minha comenda.

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Interessados

Fregueses Costumeiros

Ao Cap Celestino Alves

Ah! O formigueiro… dos fregueses costumeiros. Carancho dos maiores dias de rancho. Parceiros na falsa alegreia, de aliviar uma dor, que voltará com mais rigor. Quantos fraternos, ali estão, ajudando a dor do irmão. Vampiros, que se alimentam, com sangue desta gente sofredora e doente. Oh! Uma bela Rosa, uma formiga importante. Poço perigoso e profundo, Juízes e Comandantes. A flor é silente! A formiga prudente! Lá, vi muita gente.

Ao Maj Celso Souza Soares

Toda a promoção intempestiva, pálida aceitação passiva deste sistema bem montado, é fruto do trabalho gerido por pouco que tenha empreendido, dito camarada interessado. O merecimento puro é muito raro. Hoje, existem atos de retribuição, tarefa de quem antevê e se prepara labutando junto aquele que em questão, tem poder de promover ou conseguir, na decisão de quem o faz influir. Respondeu-me um “Interessado” “Não ter pedido ou ser culpado, das aspirações d’ alguns maiores que vão bajular seus menores, adulosos aos mandatários de nossos cargos temporários”.

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Cidadão e outros tratamentos

Ao Cap José Sebatião Costa

“Cidadão”! deveria ser o tratamento oficial, dispensado por qualquer bom policial. Dos locais de onde eles vêm tudo ou quase tudo convém, menos tratar-se alguém, por ci-da-dão! Usam chefe, patrãozinho ou patrão, tio, facha, cara e até chapa!… formas somenos gratas! Porém, sempre que algum deles, a velha forma mantém, arrisca conflitos com quem trata, ao misturar esta, com a nova saudação, a saudação oficial do policial. Quem durante muito tempo, utilizou tais tratamentos, não será à força riste do regulamento que não existe, ou de seis meses de instrução de conteúdos variados e sintetizados, que passará a usar cidadão. Tem de estar condicionado. Habituado por força da educação, condicionei meu coração, e no espelho, muitas vezes repeti: - “Bom Dia, Boa Tarde, Boa Noite CIDADÃAO!”. Assim posso afirmar aqui, só desta forma nesta nossa profissão, se doutrina uma filosofia de saudação. Tratamento deve ser regulamento, e sofrer condicionamento.

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Capacete

Ao Cap Valnei Tavares

Cobertura, que não o é das vistas muito menos dos fogos. Abriga de pedradas ou pauladas na cabeça. No breu da noite é delator da posição. Ostensivo indicador a quem nos busca. Inverídica idéia militarizante! Piniquinho na versão da graça popular. Agente dificultante à necessidade de correr. Patética aspiração de uma busca estética!


Natal/81 É hora da ceia!... medeia doze badaladas e ainda a lembrança doída calada de há pouco, no ofício de oito camaradas. Estátuas andantes do pequeno traçado, Praça Guialópolis até o Supermercado - o Kastelão Teresópolis. Oito harmonizados em duplas e sozinhos, cuja visão ao vulgo é importante, fator de despreocupação e carinho. A mim entristece… Por que oito? … se o afoito Maverik branco ziguezagueou como doido, estridulante a buzinar tanto, “tonto” provavelmente, pronto a findar, Natais que se iam começar. Quem sabe quantos, que eu não vi para citar, seriam premonição de um mesmo pranto. Se no posicionamento cumpriam normas, quem conhece o sistema e a carência de meios, reconhece a falência das formas. E refletindo sobre o tema, quando esta cena viu, se não riu teve pena, destes pobres heróis reflexos de nós, na assistência da impotência, e no despautério dos critérios.

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O Evento trânsito

Ao Cap Bressan, Dilson Pinto

Evento cujo atendimento, tende sempre ao incremento. Se tida sua taxa mantida, tem paga ao custo de vidas. Fonte de desgaste desprestígio e incomodação. Debates, atritos, trabalho e insatisfação. Grupo infracional da omissão na desculpa, da boa atuação do índice “normal”. Oh! Inação atuarial.

Eventos de verão Ao Cap Cláudio Silva da Rocha Em tua rotina quente estendem-se lânguidos ventos, ou extensos na duração, ou intensos na emoção. Características latentes na diferenciação de teus eventos. Verão das festas galantes, de Iemanjá e navegantes; Da Operação Golfinho e a semana Carnaval; De Papai Noel velhinho fim do ano… Natal! Eventos cuja duração comparada à emoção, dizem Golfinho extenso, Carnaval seu intra-intenso, cultos d’ água quase intenso e fim de ano, semi-extenso.

Não por mim nem por ti, ou a quem vires aqui, por toda a gente, presente e ausente, crédula na tua existência, na competência de teu ser, de que sabes, prevenir é um combater. Atua: orienta e autua!…

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MEUS RECADOS DE MINHA ARTE Sem Tacão

Ao Ten Cel Edmundo Dantes Zaneti Porto

Rol de realizações

Ao Cel Jesus Linhares Guimarães

Vendo, lendo e analisando uma passagem de comando no rol das realizações, surpreendeu-me o esquecimento de quem neste arolamento omitiu, as DPOS nas ações.

“Se é ordem, do Comandante, quem não goste, peça baixa!” Meu único e verdadeiro patrão é o Estado do Rio Grande do Sul. Sinto nesta relação lotada de intermediários, que a lealdade funcional para com eles, é igual, nunca maior, a do Estado.

Feito que dessa gestão foi grande obra p’rá nós, sem qualquer bajulação. Pois a feitura das DPOS ensaiou a “unidade” do pensar, para a doutrina formar.

O “dito”, de pedir baixa, muito o usei para soldados. Esqueci-me seus direitos, - desejos de funcionários, e em muitas das situações, postei-me de intermediário, do Governador, do Comandante, de minha vontade, mas não do Estado.

Por que o esquecimento? Será grande desvalor não representar “cruzeiros”? Ou será que há impedimento de nossos juízos de valores se formarem sem dinheiro. Oh! Musa qual dama vestida desnuda do que mais precisa! Não sei, nem quero saber, somente fiz registrar, doravante não hão de esquecer da obra intelectual relatar.

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Bastão Policial

Ao Cel Otacílio Moura Escobar

No riso… o tilintar do paralalepípedo na esquina da Masson! E cai mais um bastão… Culpado do escarcéu o nylon do fiel. Além de inadequado está sempre enrolado no punho d` arma. Ausência da golinha, auxiliar da presilha. Depois de transformado, seu nome foi mudado na busca da solução. Se não houver, vão de novo noutra iniciação, com palpites do povo e idéias dos soldados. Sobre a arma magnífica, faça-se a descrição formal e científica! Meu projeto de bastão um feto este nati-morto! Um aborto à imaginação… Existe um regulamento, relativamente bom. Para esta arma “ordinária”, mas, não ocorrem os movimentos! É uma grande piada a parada diária armada de bastão.

Bastão a Cavalo

Ao Cap Pedro Rubens Rodrigues

Surpreendeu-me a foto no jornal* dos milicianos a cavalo montados, usando longos bastões torneados com desempenho natural, num choque em controle de distúrbios. Eram Belgas… Lá assim é o formal, aqui ainda se usa a espada. Patrulham vilas e estradas, auxiliam futebol e outros especiais, com longas e velhas espadas pretas lembrança tradicional de estetas. Penso... o que diriam os jornais, se na infelicidade de uma ação alguém trepaçado pereça, pela lâmina dessa antiga peça. Surgido o problema, então, é fácil ter um culpado, o criminoso, ou o soldado, menos a ausência do bastão.

*Correio do Povo 12.02.82 – Capa.

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Da Jugular

Ao Cap Carageté Mattielo Rodrigues

Indumentária

Ao Maj Elomar Adão Maguinelli Johansson

Resistes a nova cor, onde está tua disciplina? Que te amofina em tal valor, abalaria tua tradição? Se importaria quem, quem lutou de pé no chão? Então, o quê, o que há?

Se existe! Deve ser necessária, a menos que seja, mera, vera, estatutária. Discurso concluso, o que lhe vi, no curso do uso. Caída ao lado, faceiro! Sgt “Cage” motoqueiro; embaixo do queixo, aparência de desleixo; sob o lábio inferior, arrogante e persuasor; para cima, escondida, esquisita... perdida;

Medo de no registro do feito histórico, mortos condenarem os permissores? Ou dos vivos faladores? Não te passa que mais dia menos dia, te mandam, e não interessa a cor? Ou além da antihistória temes inglória de com a cor, descobrires algum novo valor? Livra-te da picuinha ou volta ao papo-roxo.

Simples ou com queixada bem ajustada! Mas, bem ajustada onde? Quem responde? No verão, deixa uma marca mais clara, pelo suor não sorvido. No inverno, recolhe água na cara, como suor volvido. No outono e primavera, coopera, no ajuste da espera de um momento de vento.

Olha-te, vê como caminhas, não faze de uma cor a aurora, ainda pequenina agora, de algo que já tens... já és...

...Sempre na hora do entrevero, o desespero!... de ajustar p’ra não escapar, ou de escapar p’ra liberar. Detalhes tolos e ainda francos da vaidade, expondo a personalidade.

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Vassoureiros

Cabelo

Ao Cap Darcy Lemos da Silva

Ao Cel Antônio Cláudio Barcellos de Abreu

Idéia higiênica da grande guerra por nós ainda mantida, como controle das cabeças e da vida, no abandono de seus donos. Ausência estética! Símbolo da preguiça de uma ação descritiva, reguladora ou normativa! Ato de punição coletiva do nivelamento por baixo. Deveria ser sem favores, a idéia punitiva aos transgressores, que descurando a estética ferissem também a ética. Idéia mística do pseudomilitarismo. Razão crítica de muitos “ismos”, que atravancam o progresso e buscam no universo, o que já foi inovado, quando tal, já não é mais usado!

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Vassoura, já foi símbolo presidencial, e em todo grande e bom quartel tem uma existência exigida. Não, pela conotação referida, mas pela necessidade de mantenança em ordem dos amplos espaços. Assim, toda vez que passo, nesses locais de minha gente, e vejo um técnico de segurança esmerando a limpeza do ambiente, mesmo que tal técnico seja uma esperança, sinto uma dor a compulsar o peito, purgando o valor de buscar o saber. Porque tanto sacrifício de ensinar além do custo de formar aquele ser? Oh! Faina diária que aglutina centenas de policiais tarefeiros, especialmente consagrados à execução da periculosa faxina. Enquanto não definirem o vassoureiro, -neste hospital- quem vai varrer é o enfermeiro. O Doutor, o problema do doutor, não é o paciente ou sua gente, é chegar a Diretor urgentemente!


MEUS CAMINHOS

Meus Caminhos “Pronto”! Estava declarado, ainda, tonto estupefato pelo pouco que sabia. Quis procurar o saber, e o conselho me dizia da dura luta a vencer. Caminhos, retrospectiva desde meu glorioso início, passando pelo epinício, continuando às respectivas fases que a meu coração, incitaram em pulsação. A cada estada ou caminho aprendi que os companheiros, presenteiam-nos com espinhos servindo de mensageiros, por isso n’alguma história pode contar na dedicatória.

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2º Caminho

1º Caminho

Aos então Ten França, Flávio e Oswaldo.

Aos Sub Ten Lázaro e Cb Repeto.

Conquista de uma tranqüilidade, doce engodo, da mais tenra idade. Tentativa de transmutação, com dores não sentidas. Confinação de valores, nas verdades de interrogações não respondidas.

Procurei como louco, esbravejei... questionei? Me responderam poucos, em termos outros como Mestres, disseram: “O saber pode ser desilusão Não liguei, e continuei... muito aprendi, do que escutei, vi e vivi. A busca desordenada, desenfreada... de quem procura o nada, e o que encontra, lhe conta, que já não vale1 Tristes detalhes.

Chamo, a metamorfose compulsada, dano de idéias não avaliadas. Plano, da caminhada projetada, onde cada um é!... cópia carbonada de todos num amontoado de recordações. Oh! Apogeu dos corações, hoje, extrato de emoções, causos risos e troças, mil anedotas e basofas.

Me perdi, quase caí, sem saber o que buscar! Sem método para encontrar qualquer talhe ou caminho. Azíaga e vil e grade, meu pergaminho.

Casa do saber, lugar onde ele não mora, embora, ainda seja a mola, do que lhe parecer. Escola do antieu de um não encontro, que passado e pronto a todos aconteceu.

Perseverar e contestar... não abandonaria nem abrandaria, minha ânsia de aprender, não me acomodaria, como eu julgava a maioria. Longe dos Mestres, mas não sozinho, mudei de caminho.

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Meu Revólver

3º Caminho

Ao Maj Cecílio Gusmão (Então Ten Almox 11º BPM)

A todos aqueles camaradas

Loucura Luciferina, luz na osmose uterina da verdade. Saudade da beberagem de saber, metamorfose do dever. Ser que do ideal fundiu-se ao trivial. Camaradagem e lisura, trabalho e loucura. Análise de vidas, na síntese de um conhecimento. Arremetida de um momento fora de época, que não deveria ter acontecido. Homogeneidade grupal na solidariedade. Harmonia do alarido no gritar de toda hora: -“É agora, ta na hora, vamos pegar!” Verso, de comum identidade em nosso universo de saudade.

Meu trinta e dois reforçado, inox, médio foi roubado, recolhido e processado, c’o camarada ladrão! Nédio recado a inscrição: “Lembrança de aniversário – oficiais do Nono Batalhão.” E cumprindo seu castigo, lá se encontra recolhido e não foi o condenado. Coitado, já vai dez anos de poeira, de óleo e panos, na prateleira calado. Sem que eu tenha requerido ainda serei procurado, e o revólver devolvido, por quem o tenha “guardado”. Incorreto é pedinchar para o que é seu lhe voltar.

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5º Caminho

4º Caminho

Ao Cap José Carlos Ricardi Guimarães.

Aos Inativos: Orvalino,, Pingret, Tellier,, Acelino, , Celso, , Tubino, Valcredo, e Flordemar Não gostei, e até... ri da idéia, depois contei as batatas, os granéis e as latas... executei a função. Encontrei o saber, não aquele ideado pela ação, que meu ser procurava. Aprendi respeito e afeto, por algo que eu não gostava. Desnecessário, desculpado em mal necessário... Porão de infâmias reais não difundidas, e de mil mentiras distribuídas e esparramadas, em nossas vidas.

Me apresentei, ao mesmo tempo que o utilizei, pelo pé quebrado na prisão. Aceitaria ser o chefe, o chefe da faxina... mas não havia função! Não havia para mim que tinha má fama, complicador e brigão. Foram muitos poucos dias. O saber aqui é profundo perigoso e especial, geri a vida no mundo mas não o nosso ideal.

Saber diferente, que escancara nossos indigentes. Ao todo, aliena-se nesta ação. Sente-se um bobo, no concernente a sua real função.

Escuta? Oh musa... A nossa participação aqui, é dispensável e provável que intrusa, se não for nossa, a Direção.

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A Fila do Açougue

6º Caminho

Aos Ten Sílvio Dadia Sampaio e Ademir Ferreira

Bêbados honoráveis na aliciação, como políticos amáveis em busca da fama... oh! tradição. Cheiro da natureza gosto de lama, habilidade e destreza nos treinamentos com afinco e carinho. Mais prisão que caminho, um ninho de cão. Não é saber que aqui se bebe, se ele aqui merme do nada, mesmo assim desagrada. Companheiros bons, visionários interesseiros. Armadores da lembranças nas andanças, à volta do “Justiceiro”. Tristes lembranças.

Ao Inat Borba “açougueiro”

Tradição de bom acém. Também, instituição do pedir a alguém, retirar um peso e assistir... indiferente os camaradas que já aguardavam sua vez à fila. Oh! As longas filas... Os compradores “costumeiros”, os indigestos... vezeiros, que temos de aturar. A dualidade da fila que asila diferenças de vaidade, dessa gente, que só quer eficiência. Ao túmulo os brazões, e suas pestilências nas distinções. Irritação nas mordomias ostensivas. A apreensiva sensação da mais valia, que só chega em sessenta dias. Roubos, astutos trapaceiros, histórias outras como a faca do velho açougueiro, herói sem glória, anônimo e rotineiro. Quem sabe, lá vive ou já viveu, como eu, antes ditador, hoje comprador. Ora, camarada! Quer comprovar? É só ir lá visitar.

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Faculdade

Ao Cap Nilseu Persides Ortiz Padilha

No Supermercado

Aos Ten Braz e Mendonça

Chegando... e a disputa da cedência de um carro ou cestinha, saudações diversas referências mesquinhas... Ao mesmo tempo a preocupação, fila do açougue ou caixa? Grupos de abdução, “peixes” que apodrecem não pela ausência de frigorificação, mas, por inconsistência fática. Por tempos supermercado, em outros, pálida cooperativa, com relativa abundância dos essenciais mais pesados. O melhor é independer, deste cíclico e inscrustado fornecer.

Fui ao Curso Superior, queria ser Bacharel , “Contador”. Integração ao caminho, o quinto de minha andança. Saí de lá sem tardança, pois Faculdade, além, da alta mensalidade que pesa muito à balança, também saber lá não existe! Persiste, só a licença de se andar em outra estrada, que pode representar nada, p’ra quem já tem seu caminho. Carinho àquilo que gosto, ele é o meu verdadeiro, verbo de minha resposta. No meu caminho, andar é não saber. Saber é incomodar saber é sofrer. Não importa, vou abrir a porta e caminhar.

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A Mudança

7º Caminho

Ao Cel Esmeraldo Fonseca Fº.

Ao Cel Roget Pacheco da Rosa

De repente!... não mais que de repente, eis que a cena se cala, e uma implosão da explosão fala. Mais de quatro anos esperando acontecer, planejando o planejamento a fazer, eis que de repente gritam: - “Vai, vai e sai...”

Desconhecida alameda, verdadeira, não amada. Umbral da carreira impropriamente gerida, pelo oráculo da vaidade. O mando centralizante de razão vacilante, que a fazia agoniada e sufocante. Saber enclausurado na própria atividade. Marcado a morrer de sua própria vitalidade. Meu caro e triste amigo guardião da verdade, é amaro e não sabes que alguém sofre e definha. Quantos definharam... desfilaram; não a buscavam e encontraram!

Saiu constrito, partiu... mendigo que abandona o abrigo, na lei do mais forte. Só que este no abandono, fugiu ao encontro da morte. Documentos empacotados, tudo arrumado como manda a santa urgência. Ficou nessa agonia atrelado, aguardando providências. Burocratizava as tarefas nos pacotes, de pedidos tolos que chegavam aos lotes. A ordem é dada p’ra cumprir, mesmo, quando não mais precisava existir. Se mandar, muda tudo de novo, não interessa o desperdício pois o pagante é o povo.

Sabor de fel em olor de mel. Majestoso angar mola estrutural. Breve deverás voltar, como imensa visão da projeção organizacional, que encerras. E será o fim de falsas eras.

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O Saber no Caminho

Despedida

Ao Cel Walter Oliveira Araújo

Quase cinco anos, vou embora... Saio porta afora qual animal enxotado. Nada fiz de errado! Se trabalhei bastante e com gosto me dediquei, que culpado sou, de destroçarem o caminho? Vou hoje, sozinho, último sem despedida, nem formalidades. Na realidade não há “quorum” p’ra formar, ou desculpa de um palavrear que não aconteceu. Adeus, todos camaradas passados, pelos momentos aprazados de amor, pelos apoios na dor, pela informalidade do afeto, pelo crescimento no saber, pela verdade de ser gente, ainda agora, presente.

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Ausente no primeiro, incipiente no segundo. Forte e derradeiro no terceiro. De outra espécie no quarto, e no quinto também, porém, abundante um perigoso rosário. No sexto marcante, um nada necessário. No sétimo, flamejante! Extraordinário... O caminho procurado! Visionário... por isso mesmo, segredado e exterminado.


MINHA VISÃO DO DEVER

Incerteza

Gaiola de Ouro

Ao Cel Nilso Narvaz

Ao Cel Clóvis Antônio Soares

Quem não a conhece? Quem não a almejaria? Eu a conheço por dentro, onde suas grades são de ouro, têm a cor do bronze e o sabor de fel. Que irônica dialética a tem estereotipado, nos últimos tempos. Há aqueles que passam, com existência indiferente ao extenso trabalho dela. Por isso, mesmo, não se inteiram das tragédias de quem julga com imparcialidade, a conseqüência da parcialidade de seu ato de outrora. Acredite-se ou não na realidade, descrédulo será quem por nada buscar saber, às proesas do corredor de entrada, dos titãs que lá habitavam.

Senhor estou contristado! Eu só venho a gabinetes, quando sou solicitado. Sou profissional – capitão – da polícia deste Estado, e é desconsideração, do modo a que fui tratado na mais longa embromação. Está morta a fidalguia. Está morta, e eu não sabia! Que digo ao subordinado, quando for dele o direito, e eu tenha de intermediar? Se sou impotente ao meu como os posso advogar? Senhor estou contristado! O que é que sou neste Estado?

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A Sala de Ginástica Feminina Necessidade/Necessitados Começa sempre passiva com pálida aceitação, do sangue que o rosto ativa em estranha sensação, de cobertura da realidade vivida, por uma necessidade às vezes desconhecida. Quando por qualquer, se ativa, altera-se a concepção. Realidade sentida que se esvai na sensação saturada pela dor nascida da cobertura então conhecida. De passiva em se ativar, somou-se a repetição, que ocorre a esvaziar a primeira sensação. A peste então se efetiva! Começa a degradação. Aos atos de corrupção desculpam-se a formação, quanto a todos em verdade ocorre a necessidade. Alguns por fome ou remédio, outros por sucesso ou tédio.

Com o nome da primeira Dama, e foto na publicação, Crescem clones ávidos de fama, dignos de comiseração. Se o ato é legal, não me interessa... O fato, é imoral como se expressa!... A Senhora, um instrumento malogrado, A outra, chora, mais um momento que é roubado. A lição é cuidar e prever para não, nos voltar a acontecer.

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A Grande Diretoria

A Desunião dos Dezesseis

Ao Cel Aluízio Adrovando da Silva Fraga

“Amo”, bem mais intensamente esta musa de encantamentos, do que esses dezesseis de ouro reunindo os seus sentimentos e somando algebricamente. E este amor, que experimento, talvez seja menor não sei, na comparação individual com qualquer um dos dezesseis. Eu não esgoto este argumento e busco a imaginação, crendo também dos pequenos a média em seus sentimentos, tem a mesma avaliação tétrica: “Mais que aquela soma algébrica”. Ora, se este vírus que os devora for conhecido e isolado, e os dezesseis sem receio um novo pacto firmarem, altero tudo em que creio condenado e dito feio. Juro que então cantarei a união dos dezesseis.

Ao Cel Iriovaldo Maciel de Vargas

No início eles não eram. O primeiro surgido no seio desse todo, foi até 1925 único. Depois foram se acumulando, um a um até final da década de sessenta. Um mandante agindo e os, ainda vivos assistindo. Após multiplicarem-se aqui e acolá... Se eles nunca foram unidos, identificavam-se reunidos, agregados a única causa comum. Hoje, são dezesseis para agir, tem mais de trinta agindo, quando em realidade somam mais de meia centena. Uns agindo, outros assistindo. Porém, se os que agem, se reunissem sem qualquer cor ou ressentimento, dando unidade a antiga forma esparsa, seríamos maiores e melhores. Com respeitabilidade espontânea informal, ao invés desta forçada e legal.

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Transferência

As Porcadas

Ao Ten Carlos Vieira Nogueira

Ao Cel Milton Weyrich

Não vou narrar estórias de incultos heróis passados nas anedotas contadas, nem tão pouco roubo glórias nos trabalhos realizados pelo autor destas “porcadas”. Este bi-representante, quando esclarecia um fato falando a televisão, se explicava dizendo: - “Sou candidato a bem comandar a minha corporação”. Quando referia percentuais no incremento de candidatos às vagas do oficialato, descuidou-se por demais e misturou a gramática com coisas de matemática.

Adequo com atenção, o que diz o comercial da televisão, aquele do: “Não-vou-di-zer!” digo eu: “Não-vou-pe-dir!” Mesmo que tenha de partir p’ra Santiago ou Três Passos. Pedido que eu não faço é o de ir, p’ra meu Porto Alegre “Tchau”! que Cleiton e Cledir, tanto decantam com seu “Down”! Se eu pedir, vou ir! Mas, deixo de ser “eu” para sempre. A gente nasce, cresce e viva até morrer. Dever favores na função publica é preço alto, que só Deus pode cobrar da gente. Eles não.,

“x por cada vaga do ano A”, falou; “y por cada vaga no ano B”, repetiu; e “z por cada vaga no ano C”, insistiu. E o sofista candidato, p’ra seus feitos ressaltar não ligou em cacofoniar.

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Heróis Apogógicos

Ao Maj Humberto Tadeu Stefani

Meus camaradas reunidos em qualquer situação, brilhantes e inteligentes comportam-se desunidos, na mais plena obdução dos que se houveram ausentes. Esta péssima conduta incorporado ao diário laborar de nossa gente, originou minha luta de como algoz templário conspungir suas mentes. Escrevam como eu, não se confirmem como apopógicos heróis, reduzindo o próprio eu, permitindo crescer o “húmus” que os corrói!

As “Gêmeas” Cota e Negociata

Ao Ten Cel Telmo Flores de Siqueira

Uma foi gerada, com a força de podar o que fosse mais antigo, em favor e garantia de rotação, dos que perqueridos com insatisfação. Matéria jurídica que na elaboração, manipulam a ignorância e o abuso de confiança. Gera à sombra da aprovação, sua irmã gêmea, ingrata fêmea. Essa outra, de caráter oposto ao da benfaseja irmã, dá permanência às folhas carunchadas, ou mais velhas na fotossíntese. E os brotos de grande árvore, servem de chá revitalizador às folhas impostoras. Como pode uma árvore perder seus brotos, para manter as velhas folhas sem estar doente? Se está adoecendo, como quando e quem vai curá-la? Se toda a causa está na gêmea, - frondosa e indestrutível árvore geme te acostumando a dor.

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Expediente Uma atenção verdadeira, não só para a minha gente que a parte é muita exigida a função pública inteira, são os dois turnos de expediente. Para a mesma ocupação a metade do pessoal, com sobra substancial a melhor destinação. Corta a outra atividade na forma mais objetiva, exigindo de verdade dedicação exclusiva.

O Inimigo Interno Nosso maior inimigo depois de sermos nós mesmos, são os seres nossos amigos. Este dito corriqueiro diariamente comprovado, aprecio por inteiro no fato aqui relatado. Cumprindo o regulamento, usava um requerimento na busca de meu direito. De graça, opinou imperfeito, camarada bacharel, aduloso ao Coronel, que não estava presente. Eta! “mui amigo” da gente!... Eu ganhei o deferimento, e aprendi com este colega de sua hermenêutica citada naquele infeliz momento, Que a“carona”, assim se prepara dita sem qualquer intenção. Eta! amigo sabichão...

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Antiguidade da Escolha

Evolução

Ao Maj Carlos Alberto Carvalho Ribeiro

Se aos passos, de acesso ao último degrau forem cumpridos, por que ainda neste grau, teria valor o que for regulador, aos dois princípios? O princípio de escolha, traduz e prefere, de alguém que a tudo pretere. A antigüidade o fere na articulação, de escolhas da escolha de cada função. A antigüidade está para o merecimento, e este para a escolha sem reciprocidade. O descumprimento proporciona que se colha frutos, que azedam a ação, crescimento e progresso da organização. A escolha agora, antes, faltava condição. Ora, que escolha penso que faço, se não puder de fato, lançá-lo onde a “outra escolha” quer? Adequemo-nos pois, assim já o é sempre será, o “Um” e o “Dois”.

Ao Cap Audixfor Coronel

Manobra: é Tempo... é Espaço... é Objetivo! ... e para nós, o movimento. Nova oratória de conceitos combinatórios ao motivo, que rejeita adaptação! Do que for avaliado no curso da aplicação, forma-se o regulado! Obriga no surgimento da mais pura abstração, a novos conhecimentos! Assim, a cada motivo - sua especialização e respectiva-lhe o objetivo!

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MEUS SONHOS

Sonho, colorido e acordado, esperança da realidade misturar-se também ao sonho. Premonição que me tem dado toda a pujança da verdade ainda ausente no meu sono. Sonho com estas lindas propostas aspirações de nossa gente. Vem do inconsciente coletivo. São devaneios sem resposta, que projetados pela mente dão um sonial intempestivo. Sonho, ofícios de temperança e que trariam se encontrados, mais prestígio e facilidade com até mesmo segurança, aos responsáveis ocupados na manutenção da integridade institucional. Sonho, não apenas por sonhar, pois faço parte dessa essência que me obrigou a pesquisar, as minúcias da tua existência. E de tantos anos de sonho algumas coisa te proponho.

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Instituto de Pesquisa*

Definição

Nas grandes nações do mundo este sistema é um fato. Talvez só menos profundo a quem dá os primeiros passos. Instituto de pesquisa, saber, que se realiza no seio da sociedade. Usa-se a universidade, intermédio da razão, na busca de solução a problemas funcionais, de técnicas policiais. Bibliotecas montadas com carga padronizada, a cada órgão da milícia, Apóiam as experiências formais dos laboratórios, que buscam novas essências nos ensaios meritórios de campo ou bibliografia. Onde os nossos aprenderão a redigir monografias. Livre e interessado então, surgida noutra consciência, merecimento à promoção será maior decorrência a grande e sábia visão do policial ciência.

Ao olhar cada Ofical da Polícia Militar, pelo ser profissional que se apresenta ao Estado, devemos considerar se o princípio em que é formado, transformou esse indivíduo somente num funcionário, ou em funcionário esmerado. Veja de sua formação e aos outros do mesmo tempo. Avaliemos a expressão vivente em seus pensamentos, de ser na “Constituição” policial? Ou soldado? Avaliemos seu sentir e a forma de responder à organização do Estado. Se mesmo não consultado, consegue participar e em decisões influir? Como e quando se expressar no destino da nação, e o “ofício” de seu dever propor na Constituição?

*Torres, Epitácio (Del Pol) – A POLÍCIA, HOJE. Ed. Of. Tip. UGAPOCI. 1979, p.4.

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De Bacharel a Doutor

Oficial de Polícia

O aspirante será Tenente recebendo sua patente, quando no estágio probatório apresente “Ensaio” esmerado, que tenha no órgão decisório sido defendido e aprovado. O Capitão só será “Mestre” após sua “Dissertação”. Este título é que fornece, seu símbolo de conclusão de ter cursado o CAO. Não ser “Mestre” mas ser Major é uma nova situação. Fazer curso superior especializado em polícia, não torna o Oficial “Doutor”. Precisa provar ter perícia através da elaboração, de uma “Tese” à corporação. Todos são obrigatoriamente desta polícia bacharéis, mas, só será “Mestre ou Doutor” todos os que aplicadamente, no “conselho” provem valor. Este “Conselho” que avalia Ensaio, Dissertação ou Tese, - do Instituto de pesquisa – PHDs que principiam um grande estágio propulsor, nos horizontes que se aplicam dos quais é escolha pessoal em ser um Coronel Doutor, ou ser Coronel bacharel.

Sem o sentido da crítica, séculos antes de Cristo no “Tratado da Política”, um filósofo nos legou de chamarem aos policiais em seu ofício derradeiro, por guardas ou patrulheiros. Ora é o oficial pedreiro, frezador ou marceneiro, por que negar ao soldado o título de oficial? Se n’outros locais da terra o oficial de polícia é título consagrado. Oficial é o tenente, oficial é o sargento, oficial é a patente outorgada no momento. Soldado não é oficial, a não ser, que policial. Resolva-se a confusão ficando diferenciados os que têm titulação. Verifiquem os soldados policiais do mundo inteiro, são guardas ou patrulheiros. E a todo profissional denomina-se oficial.

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Identidade, Fotos e Almanaques Previna-se assim! de qualquer ataque...

Instrução e Oficiais Parece grande absurdo a profissão liberal, ser obrigada ao estudo de atualização pessoal. Como é feito, na verdade, traz real aprimoramento, falsa liberalidade que os torna excelente exemplo. Imaginem o desprestígio de os médicos brasileiros, duas vezes semanais serem todos reunidos para assuntos rotineiros, como o é hoje, aos Oficiais. Um sistema de instrução que vise atualização, deve ser orientado nos moldes antes citados. Nosso “Título”, oferece possibilidade de “Extensões” afim, e o que “musa” mais padece é o salto de trampolim. (fazer outro concurso) De “Extensão”, deve ser a instrução dos oficiais, faça-se a média crescer aumentando mais e mais, até que seja implantado o Instituto de Pesquisa*, que povos mais adiantados no mundo já utilizam. Hoje, creio não ser mais necessário aos quartéis, tal número de bacharéis. Precisam-se policiais...

Todo sistema é a fotografia colocada ou recolada à carteira. Só o saber pessoal prenuncia se a caderneta é verdadeira. “Conhecer” alguns mil indivíduos é subestimar todos os sentidos. Sendo assim tão vulnerável, necessário se faz revisar e uma estratégia mais saudável, às peças do sistema aplicar. P’ra cada um poder nas andanças dar e receber mais segurança. Que os almanaques sejam editados com a fotografia atualizada de todos os componentes. Cuidados que algum mau camarada tente aplicar em nossa gente. Também edite-se e distribua outro almanaque diferente, - mais de vinte mil homens acolha – onde o computador com a sua ajuda dá atualização austeramente um homem com foto e dados por folha. Este é um almanaque operacional.

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Formação de Policiais Quem quer um bom policial não lhe ofereça retalhos do saber e material necessários ao trabalho.

Para formar um graduado, que se mantenha o sistema!

O homem se qualifica no uso do equipamento e o saber se identifica pelo bom regulamento.

E haja concursos e testes internos dentro do tema. Também os Psicotestes... Para datilografia, arquivismos e outras mais, aceitem certificados das escolas oficiais.

Dizer que tempo, interesse, também remuneração motivam desinteresse ou a desestimulação é desculpa, e não merece qualquer consideração.

Desburocratização!... Essa é minha sugestão.

Instrução de Policiais

Fazer curso de seis meses é custear o desperdício. Concursem os candidatos nas disciplinas do ofício. Quem não for aproveitado – vigilante em potencial, ao sistima empresarial já estaria hipotecado.

O homem busca sozinho saber sua profissão, dêem-lhe os livros e os meios instituam-se controles de melhor avaliação; Qualifiquem os instrutores pela diminuição;

Fiquemos nós, preocupados com as especializações, exceto a de motorista, pois, todos sem exceções viriam habilitados ainda que não reservistas.

Renova-se o sentido da antiga “Missão Instrutora”. Separa-se neste abrigo as duas noções feitoras, militarismo e polícia essências desta milícia.

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Fundação “BM”

Ao Cel Sólon Tiago Pereira Ribeiro

Idéia bem antiga nascida com o surgimento, dos primeiros órgãos de apoio. Hoje, em nomes específicos, arroios do rio onírico. Global medida urdida já neste aspecto, de visão maior e total, na segunda volta do ponteiro do grupo “Justiceiro”. Verdade ainda premida na forja de outras idéias. Panacéia tolida, na geriátrica, pomposa e falida, gaudéria administração. Que impotente e impiedosa, se desgasta e é desgastante, e não apõe solução. Cátedras dificultaram a concepção, pela nova e caótica legislação. Sentimos a necessidade, vivida na ansiedade que haja purificação. Joio que embora apoio, só é real se transmutado em trigo. Do novo rito servirá então verdadeiramente a toda, gente de teu povo e a própria população.

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Epítetos, Epitáfios ou Epigramas

MEUS CONCEITOS

I Rimas pobres e quebradas pequenos fatos esparsos, são coisas da caminhada cujo registro aqui faço. II Deve ser bom passatempo os nomes identificar, e melhor divertimento em seu volume os marcar. III As quadras estão montadas à compreensão dos poemas, e as palavras sublinhadas devem denotar o tema. VI Se esta obra reeditar os que estão omitidos, noutra deverão constar mas nunca subentendidos.

Justiça

Cel Renan Luiz Molina

Ontogênica ironia, estarmos lado a lado na “ANTOLOGIA”.

Satisfação

Os filhos, a árvore e o livro; símbolo da minha trindade posta naquilo em que vivo: busca eterna da verdade! Um resumo em que o satírico é na carne, amor e espírito.

Caminho

Onde servi ou passei eu denomino “caminho”, experiências aí, herdei que versejo com carinho.

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Declarações de Bens

Sócio do BNH por intermédio do IPE; vinte anos para pagar! Um velho “Volks” distante, uma década deste ano de aparência mendicante.

Direito

Oh! Que triste conceito tão parco de valor, quem buscava seu direito chamam-no complicador, e quem nega este feito nunca é um usurpador!

Projeto

Antevejo, destas agruras, meu ofício posto as escuras e cheio de idéias confusas, num mundo de apostação. Ou será polícia do Estado, ou será do cidadão.

Futuro

Único caminho incerto a qualquer afirmação. O fechado agora é aberto aberto tende a oclusão.

Lugar Comum

De que adianta ser amável! Me cobram o adiantamento mesmo antes de ser sacado. Que surja algum responsável. Refaça meu pagamento e peça ser desculpado. *E a pobre musa sofrida grita e canta aos quatro lados. Cuidem minhas feridas já chega de Deputado.

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Polícia Militar Nossa existência! Destinação... como polícia? Ou militar?

I – Nossa existência

II – destinação...

Dicotômica função falsa denominação! Maior tropa efetiva de toda a nossa nação, e em qualquer outra também! Tua vinculação afetiva faz reforçar na “União” cada Estado Federado. Mas sempre convém lembrar o que ocorreu no passado, pois mesmo de “pé no chão”, da Polícia Militar ninguém segurou o brado no Brasil de lado a lado. É a maior tropa adestrada cruzante por toda a estrada, - dia a dia, pátrio chão! – repositária de sendas decisora de contendas, povo, em armas, na nação.

Ser policial militar é vigiar militares , soldados ou milicianos, sejam d’ água, terra ou ar. O que faz o “Brigadiano” ou PMs brasileiros é atender ao cidadão como policial fardado, - como polícia civil! – Não a que existe no Brasil, esta, inclusive é uma parte de sua própria extensão. Civil! Mas também fardada com toda a tropa enquadrada, mantendo a titulação de graduações e patentes existentes na hierarquia, - disciplina – tudo igual, ao sistema hoje legal à Polícia Militar.

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IV – ou militar?

III – como polícia?

Cai justiça e assume as armas, surge o poder militar criando sua legislação. Porém, para o policial, cumprindo sua missão de a sociedade auxiliar, só tem troca de “patrão”; Do Ministro da Justiça para Ministro do Exército! Ó polícia vê bem de perto essa disputa intestina, social e não repentina, sempre violenta e brutal entre esses dois ministérios, Exército, e, Justiça. Sou Policial Militar! Que faz polícia civil... posso até me transformar! Cabe ao povo decidir o melhor para o Brasil.

A polícia Militar integra o planejamento – segurança nacional – dentro do plano político, da segurança Interna! Irá também figurar, nessa mesma situação, quem for polícia civil fardada e disciplinada. E neste plano político terá subordinação no ofício policial ao Ministro da Justiça. E havendo perturbação no Estado Federado, define-se a situação de três modos regulados por nossa legislação, que retiram da polícia seus poderes decisórios. Poderes que da polícia fluem da lei e da justiça.

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