Fontes ao resgate do Major Miguel José Pereira

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Inventário das fontes de Miguel Pereira

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Inventário de fontes no auto resgate a uma legenda brigadiana

Major Miguel José Pereira 1º Volume


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Inventário de fontes no auto resgate a uma legenda brigadiana - Major Miguel José Pereira -

Entidade referenciada em Miguel Pereira

É toda a entidade que tenha Miguel Pereira como alguém que contribuiu para seu desenvolvimento, ou as que o recebem na sua denominação, ou como cadeira da entidade. São todas instituições de referenciamento Miguel Pereira.


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Inventário de fontes no auto resgate a uma legenda brigadiana

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Major Miguel José Pereira

1 - Introdução e breve análise dos dados coletados 2 - Perfil de historiador traçado (1979) pelo- Prof Dante Laytano 3 - Perfil de sua vida familiar (1973) pelo General Antonio Junqueira Pereira (sobrinho) 4 - Perfil civil e militar (1990) pelo Cel Hélio Moro Mariante 5 - Página de Saudade da Revista Pindorama(1927) 6 - Patrono de Escola Estadual na Capital (1960) . Documentos obtidos na Escola 7 - Perfil de sua história na BM (1963) pelo Cel Aldo Ladeira Ribeiro 8 - Atos de inauguração da Escola Estadual 9 - Notícias da inauguração da Escola Estadual 10 - Perfil com aspectos de sua vida familiar (2011) pelo Dr. Francisco Pereira (sobrinho-neto) presidente da ARL 11 - Patrono de Centro Cívico Cultural de História da BM (1984) 12 - Patrono do Instituto de Pesquisa da BM (1991) 13 - Cadeira polêmica no IHGRGS 14 - Cadeira da Academia História Militar Terrestre (1996) - Cel Claudio Moreira Bento 15 - Cadeira na Academia Riograndense de Letras 16 - Cadeira na Academia Brigadiana de Letras 17 - Nome de Rua na cidade de Rio Grande (....) 18 - Patrono do Centro Cultural em General Câmara (2000)


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- Produção na Revista Pindorama - Produção no jornal A Federação - Produção no jornal Correio do Povo - Produção no jornal O Taquaryense - Proc como Prof na APM (1916) - Proc como Prof no Colégio Julio de Castilhos - Proc como Prof no Colégio Sevigne - Prontuário no HBM - Notícias da Morte - Certidões de nascimento, casamento e óbito


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Cronológico Geral de Miguel Pereira 1870 - 29 de setembro - Nascimento em Taquari 1890 - 05 de janeiro - Inclusão na Guarda Cívica 1890 - 17 de dezembro - promovido a Alferes 1892 - 09 de fevereiro - promovido a Tenente 1892 - 21 de outubro - transforma-se a GC em BM 1892 - 28 de março - promovido a Capitão 1893 - 11 jun - atuou em Rio Grande contra bombaardeio Naval 1894 - 12 de dezembro - promovido a Major 1894 - 20 de outubro - recebe honras de Cap EB 1901 - ?? - Academia Riograndense de Letras 1911 - 09 de outubro - Ato de reforma da Brigada Militar 1917 - ?? - lançamento do Vol I do Esboço Hist BM 1919 - ?? - lançamento do Vol II do Esboço Hist BM 1925 - 25 de fevereiro - dedicatória de próprio punho 1927 - 30 ou 31 de agosto - Falecimento em Taquari 1948 - 1º de dezembro - Travessa na Capital 1960 - 28 abr - Profº Dinah solicita à BM um Patrono 1963 - 04 jul - Decisão do Cmt Geral sobre o Patrono 1963 - 29 set - cantado pela 1ª vez o Hino da Escola 1963 - 30 set - executado pela Banda da BM o hino 1963 - 30 set - Inagurado o Patrono na Escola 1979 - - lançamento de No ápice da Glória (prefácio do prof. Dante Laytano) 1988 - 12 out - criado o IBPM - Inst Miguel Pereira na BM 1993 - 10 ago - Fundado o Centro Cívico Cult MigPer 2000 - 1ª mai - inaugurado o Centro Cult de Gen Câmara


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Créditos Este é um relatório parcial dos dados coletados e buscados, portanto não deve ser considerado uma publicação - livro, mas tão somente o rascunho de um trabalho, ainda, a ser editado formalmente. Todas as pessoas citadas nos capítulos são atores da pesquisa e ali creditados por seus depoimentos, fornecimento de fotos, livros, informações e idéias sobre a condução desta pesquisa. Gostaria que, nesse momento, se considerassem como creditados nas citações dos textos que compõe este relatório parcial. Também é por isso que ainda não está recebendo qualquer catalogação a qual ocorrerá quando do relatório final. Deste Relatório Parcial estarão sendo editadas uma cópia para cada uma das entidades, arroladas como entidade de referenciamento Miguel Pereira, a fim de que possam, se possível, apresentarem novas informações à pesquisa.


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Apresentação

Desde o primeiro contato com a obra do Major Miguel José Pereira, pelos idos do início da década de 70, fiquei impressionado e vinculado ao tipo de trabalho que ele desenvolveu, mesmo não o sabendo em toda sua profundidade. Quando me aprofundei no porquê de seu método e na forma pessoal de como desenvolveu toda aquela tarefa, a despeito das dificuldade de seu tempo, tive plena certeza que era um ilustre nome de nosso passado coletivo que ainda não havia tido o devido reconhecimento. O que não era bem verdade, Pois ele não recebera o que hoje entendo ele ser merecedor. Muitas foram as vezes e situações, da minha vida funcional que, fui atentamente escutado por superiores e, até mesmo acatado em meus argumentos. E nestas ocasiões, eu sabia que devia isso às leituras e tentativa de interpretar o pensamento de Miguel Pereira. Até mesmo, quando tive de definir minha transferência para a reserva, lembrei-me dele. Como major reformado, foi nessa condição que prestou os mais relevantes serviços intelectuais à corporação. Esta é a primeira etapa do “inventário das fontes” sobre a vida e a obra do Major Miguel José Pereira. A impressão do trabalho que agora se promove é para auxiliar a ampliação da busca exploratória necessária ao resgate de questões importantes de sua biografia. A data de 3 de maio de 2011, ficou estabelecida para que o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio Roberto de Abreu, que comigo serviu no IPBM - Instituto


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Major Miguel Pereira, da Brigada Militar, mais rapidamente tivesse esse contato com as instituições, que denomino de referenciadoras Miguel Pereira. E que são muitas. Aproveitarei essa reunião para que se estabeleça uma rede apoiadora na busca de mais dados biográficos à obra do Miguel Pereira. As dificuldades em buscar os dados pessoais e familiares, de seus 20 primeiros anos de vida, parecem intransponíveis. Falamos de alguém que completará um século, do seu ato de inatividade, na situação de reformado, para a Brigada Militar. O dia 9 de outubro de 2011 é um século de sua expulsória regulamentar e poda na carreira. VMP


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Perfil de historiador traçado (1979) pelo Prof Dante Laytano

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Livro do capitão Ismael de Oliveira Brilhante, em cujo prefácio o prof Dante Laytano, traça o perfil de historiador do Major Miguel José Pereira.

Miguel Pereira segundo o professor Dante Laytano É um resumo biográfico os parágrafos retirados do prefácio do Prof. Dante Laytano, na obra do Capitão Ismael Brilhante. “No ápice da glória”, foi publicada pela gráfica Metrópole, em Porto Alegre, no ano de 1979 e recebeu o patrocínio institucional do Montepio MBM. O excerto, que abaixo transcreve-se, trata de tudo que o professor Dante Laytana publiou sobre o Miguel Pereira. O prefácio inicia na página 9 da obra. Na quarta página de prefácio Dante Laytano, a partir da primeira linha dessa página, de número 12, passa a desenvolver uma análise à obra do Major Miguel Pereira, para a Brigada Militar. Ele discorre por toda a décima segunda e décima


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terceira página, até a última linha dessa página 13. A sensibilidade, amor a verdade histórica e cavalheirismo do professor Dante Laytano, fica expresso nestas considerações, que o devem ter sido para não macular o bom trabalho do capitão Ismael de Oliveira Brilhante. Ele (Prof Dante Laytano) escreveu ali, aquilo que entendia deveria ter sido escrito, pelo autor. Ele não diz isso objetivamente, mas só faltou botar a foto do Miguel Pereira, pois o perfil e a bibliografia, por si só disseram tudo. Por isso transcrevemos toda essa parte do prefácio, naquilo que diz respeito ao Major Miguel José Pereira. Que assim se inicia: “O autor de No Ápice da Glória – Heróis da Brigada Militar, contou com os dois anteriores historiadores da Brigada Militar. Um antigo, que é Miguel Pereira. E outro de nossa época e que se chama Aldo Ladeira Ribeiro. Um completou o trabalho do outro. Longas pesquisas, exame cuidadoso dos acontecimentos e a soma de uma volumosa quantidade de referências, dados e notícias dos biografados. O primeiro dos autores citados, Miguel Pereira, com seu Esboço Histórico da Brigada Militar, foi autor de importantes coletas de esclarecimentos. Trata-se de um livro pioneiro. Indispensável para quem necessite de uma história real e precisa da corporação. Deve ter lutado com dificuldade com seu livro, por razões que naturalmente são comuns em empreendimentos deste tipo, tais como deficiência de fontes, documentação perdida, outros papéis guardados tão bem que não se acham mais e daí por diante. A verdade que Miguel Pereira assim mesmo ficou na História da Literatura do Rio Grande do Sul como historiador oficial da Brigada Militar. Sua obra é uma raridade bibliográfica e apenas encontrada numa que outra biblioteca. Uma importante obra que contribuiu para o conhecimento dos primórdios, início e começo da corporação que teve um papel destacado na vida política e militar de nosso Rio Grande do Sul. Pois, é uma força auxiliar como foros de tropa regular. Sem dúvida sua formação militar vem destacada até pelas Forças Armadas do Exército Brasileiro. Durante quase um século a Brigada Militar nascida com este nome desempenhou uma atuação reguladora da vida sociológica e da vida histórica de nosso Rio Grande do Sul. Com uma posição acentuada nas revoluções de 1893 a 1964, e todas elas partindo para a defesa do


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poder como expressão de seu próprio sentido fiscalizador e mantenedor da ordem e da verdade dos conceitos estruturais defendidos arduamente. Aldo Ladeira Ribeiro destacou-se, pou sua vez, como o historiador que retomou o trabalho de Miguel Pereira que é o seu apreciado Esboço Histórico da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, em dois volumes, o primeiro, na primeira edição, é de 1917 e tem 636 páginas, 1890-1895, e o segundo volume é de 1919, com 455 páginas. Este foi o ponto de partida de Aldo Ladeira Ribeiro. Ainda mais: Tomou a obra de Miguel Pereira e a reeditou em 1950 no Estabelecimento gráfico da Brigada Militar, e num livro de 650 páginas a recheou de notas, novos estudos, atualizando-a e emprestando uma validade modernizada. Ismael Brilhante ocupa a terceira etapa do ciclo da História da Brigada Militar, e o faz de uma maneira extraordinária. Traça com precisão o retrato mais do que perfeito da vida e da obras de cada uma das grandes figuras da Brigada. Quando Aldo Ladeira Ribeiro já as escreveu mas estavam inéditas, ele as divulga e inclui nesta sua obras prestando deste menira, além de um serviço enorme para que se conheçam tais textos, ainda os completou com acréscimos e considerações várias. Justo que se destaque nesta passagem o que são ou foram os dois historiadores da Brigada Militar do Estado. Figuras esquecidas. Como convém aos nomes que cuidam de tais problemas. A vida intelectual se reduz a um pequeno grupo, isto não resiste ao tempo e nomes e livros desaparecem. E muitas vezes mesmo grandes sucessos de crítica e leitores não se falam mais noutra geração que os ignora solenemente. A rapidez da vida moderna ou a calmaria da vida antiga não puderam se opor ao fenômeno do desprezo de uma época pela outra época passada. Às vezes não se trata mesmo senão de falta de conhecimento. A vida intelectual é cultivada por poucos, uma minoria, e isto some com o andar do século mergulhando no desinteresse geral. Não é uma filosofia de lamúrias. Esquecidos ou lembrados, nosso papel de pesquisar, estudas e historiador deve ser exercido. É bom procurar os que vieram antes. Ismael O. Brilhante não deixou esquecer o nome de Aldo Ladeira Ribeiro. Touxe-o de volta. E ele mesmo Brilhante levantou uma enormidade de rendosos informativos de vidas também esquecidas, mas que ao seu tempo exerceram tranqüilas o exercício merecido da glória. Que foge veloz esta glória é a verdade. Aí que entra novamente o historiador, para restaurar outra vez


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a figura que a lei do esquecimento alcançou. Trazê-lo de retorno é uma missão que não tem nada de fácil. È o que Ismael O. Brilhante está fazendo com elegância e sutilezas de espírito revisionista. O que realizaram Miguel Pereira e Aldo Ladeira Ribeiro, cada um em sua época. Obra Bibliográfica de autores do Rio Grande do Sul Escritores do Rio Grande do Sul, obras de Ari Martins com 640 páginas, iniciativa do DAC/SEC-RS, Instituto Estadual do Livro.e Co-Edições URGS, 1978 - Sobre o autor escreve o professor Dante Laytano: Num paciente levantamento que levou uma vida para juntar informes quase impossíveis de conseguir-se, preparou um Dicionário que é um pequeno monumento de inteligência, pois neste esmerado livro finalmente impresso pelo entusiasmo filial de Ivan Antunes Martins, existem dois verbetes que resumem a infatigável atividade de Miguel Pereira e Aldo Ladeira Ribeiro. Pereira, Miguel (José) – S. Amaro, 29 set. 1873; Taquari, RS, 31 ago. 1927. F.: Tomás José Pereira e Maria da Silva Pereira. - Oficial da Brigada Militar do RS, reformando-se em 1911 no posto de major. Professor de Português e Francês no Instituto Ginasial Júlio de Castilhos e no Ginásio Sevigné, ambos de P. Alegre. Membro da Academia de Letras do RS, 1ª fase e do IHGRS. Historiador. Bibl.: Esboço Histórico da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. P. Alegre, Liv. Americana, 1917, vol. 1, id., ibid., 2 ed.; 1920; Esboço Histórico da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, ibid., 1919, vol. 2; O 14 de Julho, discurso, P. Alegre, 1921; A Evolução Histórica, conferência. Inéditas: Funções do Pronome “que” e da Partícula “se”; Emprego do Infinitivo em Português. Transcrito do prefácio do livro “No Ápice da Glória”.


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Depoimento do General Junqueira sobrinho de Miguel Pereira e que o assistiu ao leito de morte

jornais “O Taquaryense” nºs 25 e 26, de julho e agosto de 1973, com o depoimento do general Junqueira.

Material obtido no acervo da Escola Estadual Major Miguel José Pereira, em março de 2011.

Figuras Inesquecíveis da Minha Infância Autor: General do EB Antonio Junqueira Pereira (Filho de Camilo, irmão mais velho de Miguel) III – TIO MIGUEL Miguel José Pereira era outro dos sete irmãos de seu pai, e um dos mais moços, tendo nascido em 29 de setembro de 1870. Major reformado da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, passou prematuramente à inatividade, por motivo de saúde, quando ainda muito poderia produzir em benefício da entidade de que fazia parte.


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Quando o conheci, lá por volta de 1919, residia em Porto Alegre. Possuía uma modesta casa, à Rua Riachuelo n° 6-A, onde morava sozinho, em estado de viuvez e sem descendência. Dispondo de muitas horas de laser, as empregava na leitura, enriquecendo seu espírito no estudo das obras clássicas das línguas portuguesa e francesa, adquirindo assim invulgar cultura humanística. Profundo conhecedor do idioma português, foi professor em vários estabelecimentos de ensino em Porto Alegre, onde firmou excelente reputação como mestre e mérito. Deu a público algumas obras sobre questões gramáticas, entre os quais o opúsculo “funções do pronome QUE e da partícula SE”, de grande aceitação entre professores e estudantes do Rio Grande do Sul. Escreveu ainda e publicou, em dois volumes, ESBOÇO HISTÓRICO DA BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL, alentada obra em que põe em relevo todos os eventos históricos de que participou a nosso Milícia Estadual, desde a sua criação, em 15 de outubro de 1892. Oficial de grande valor profissional e moral, o major Miguel José Pereira deixou um rastro profundo de sua passagem pela Brigada Militar, não só em suas tarefas de tempo de paz, como em ações bélicas, onde firmou conceito de oficial possuidor de bravura, aliada a prudência e discernimento. Ardoroso castilhista que era, Miguel Pereira participou de várias ações repressivas contra a desordem e a agitação, que tentaram solapar o governo do eminente republicano, Dr. Júlio Prestes de Castilhos, presidente do Estado, na fase conturbada da que precedeu e sucedeu a instalação do efêmero “governicho”. O brilhante historiador Arthur Ferreira Filho em “História Geral do Rio Grande do Sul”, assim resume aquele período turbulento da história do nosso Estado: A Constituinte de 14 de julho de 1891 encerrou seus trabalhos com a eleição do primeiro presidente do Estado, recaindo a escolha da pessoa de Júlio de Castilhos. A União Nacional, tendo à frente o visconde de Pelotas, mostrou-se ressentida com o resultado do pleito e inconformada com a Constituição rio-grandense, de cujas linhas discordava profundamente.


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Acontecendo haver o marechal Deodoro, por sugestão de seu ministro, o barão de Lucena, dissolvido o Congresso Nacional, contra esse ato de prepotência levantaram-se, em toda parte do Brasil, protestos armados que somente cassaram com a queda do Proclamador, e conseqüente restabelecimento das garantias constitucionais. Sendo Júlio de Castilhos conhecido como um dos melhores amigos de Deodoro, por cuja eleição se batera denodadamente no congresso, contra ele se formularam suspeitas de simpatias com o ato violento do presidente da República. Aproveitaram-se, pois, os adversários de Júlio de Castilhos da confusão reinante para golpeá-lo no governo do Estado. Instalou-se então no Rio Grande do Sul um governo efêmero, que entrou para história com a alcunha de “governicho”. No mesmo dia do golpe, 12 de novembro, foi aclamada uma junta governativa composta do general Rocha Osório, doutores Assis Brasil e Barros Cassal, a qual, cinco dias depois, transmitiu o poder ao general Barreto Leite, mais tarde substituído pelo Dr. Barros Cassal que, por sua vez, logo o devolveu ao mesmo militar, que o transferiu ao marechal de Pelotas. Júlio de Castilhos, no entanto, ao abandonar o poder, lançava a seus correligionários vibrante e incisivo manifesto, concitando-se a se conservarem firmes e unidos, porque o restabelecimento da legalidade republicana não poderia tardar muito. O “governicho” pretendeu anular tudo o que se havia feito no Rio Grande do Sul, não só o mandato do presidente do Estado, como o dos deputados estaduais e a própria Constituição. Seus agentes espraiaram-se pelo Estado, em ameaças e atos de violência. Em face dessa situação, emigraram para os países vizinhos muitos chefes republicanos, por não se sentirem garantidos em sua terra. Entre estes, o senador Pinheiro Machado, os generais Hipólito Ribeiro e Rodrigues Lima, coronéis Aparício Mariense, Salvador Pinheiro Machado e numerosos outros. A 17 de junho de 1892, Júlio de Castilhos retomou o poder, depondo o visconde de Pelotas. Este venerando militar entendeu de transmitir o governo, que ele já não possuía, e que nunca tivera o selo de legitimidade, ao general Silva Tavares, comandante de forças em Bagé. Era a guerra civil. Miguel José Pereira teve papel saliente na conspiração e con-


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sequente queda do “governicho”. Entre os principais conjurados encontravam-se o major Antônio Carlos Chachá Pereira, os capitães Tomaz José Pereira Junior, Miguel José Pereira e Tomaz Teixeira. O movimento, que estava marcado para eclodir no dia 19 de junho foi, por sugestão do capitão Tomaz José Pereira Junior, antecipado para o dia 17, aproveitando-se a oportunidade da ausência de oficiais inimigos da notória bravura. Aceita a sugestão, Chachá Pereira propôs uma reunião em sua casa dos principais conspiradores Estes ali se apresentaram formados e armados, mas embrulhados em capas. Nessa reunião ficou decidido dar-se imediata execução ao golpe. Tomaz Pereira e Chachá Pereira dirigiram-se para o quartel da Praia de Belas, aonde entraram inopinadamente conseguindo sublevar toda a guarnição. Enquanto isso, os capitães Miguel Pereira e Tomaz Teixeira conseguiram irromper, de surpresa, na Cada de Correção, um dos principais baluartes do “governicho”. Tomaz Teixeira tratou logo de inutilizar o telefone, enquanto Miguel Pereira desvencilhou-se da capa e exibindo seu uniforme empurrava a sentinela para dentro do portão, fechava o postigo e mandava chamar è armas. Acudindo o alferes Luiz Álvaro Xavier, Miguel Pereira deu-lhe voz de prisão, encostou-lhe ao peito uma ponta da espada e o cano do revólver engatilhado, desarmando-o. O alferes não fez sequer um gesto de defesa. Desapresilhou naturalmente o talim e entregou as armas. Não tardou muito para que toda a Força da Correção aderisse aos revoltos. Todas as tropas rebeladas da capital convergiram para a Casa de Correção, ponto considerado o melhor para defesa, no caso de uma eventual reação por parte dos elementos do “governicho”. Estava vitoriosa a luta para a recondução da Júlio de Castilhos ao Poder, a que havia renunciado, em face de crescente agitação política no Estado sob a pressão de seus ferrenhos adversários. Fêlo unicamente como o nobre propósito de evitar a eclosão de uma guerra civil e o inútil e inglório derramamento de sangue dos seus coestaduanos. A propósito do ESBOÇO HISTÓRICO DA BRIGADA MILITAR, é oportuno transcrever trechos de seu prefácio, em que a gênese da obra é sintetizada.


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Diz o major Miguel José Pereira no introito do volume II da obra em apreço: “Em meados de fevereiro de 1917, o meu ilustre amigo coronel Afonso Emilio Massot, comandante da Brigada Militar, que repetidas vezes, mormente das estações difíceis da minha vida, tanto me tem confortado e distinguido, perguntou-me, em seu gabinete de trabalho, se eu me disporia a escrever uma história da Brigada Militar. Aceitei, sem objeções, a pesada incumbência, sem atender a sacrifícios de saúde e excesso de trabalho. O titulo “Esboço Histórico da Brigada Militar” não é frase metafórica, que exprima modéstia do autor. Diz com absoluta propriedade aquilo que esta feito, isto é, uma coletânea de documentos que sirvam de guia e elemento ao historiador definitivo. Seria muita vaidade de minha parte supô-la perfeita. E posso afirmar que, entre os meus defeitos, não se encontra a vaidade e nem a presunção. Por isso invoco o auxilio de todas as pessoas entendidas, desejo mesmo a critica severa e respeitosa dos meus patrícios, rogando-lhes que venham ensinar-me o que acharem nebuloso, e ensinar-me com franqueza a reparar os erros cometidos. Não sou publicista, apenas o estudioso pertinaz, que se segregou voluntariamente de todos os gozos e representações mundanas, para viver humilde e ignorado entre seus livros, por nada saber e por muito ansiar um diminuir a sua ignorância. Quando á ações bélicas de que participou Miguel José Pereira, deve-se citar o que consta de uma carta a ele dirigida pelo major Afonso Pacheco, também pertencente aos quadros da Brigada Militar. Esta carta, escrita ao autor do “Esboço”, reporta-se à sangrenta fase de nossa história, quando ainda se digladiavam, em solo gaúcho, “pica-paus” e “maragatos”. Diz o major Afonso Pacheco na carta em apreço: “Em 1894 – quando os revolucionários atacaram pela última vez a Vila de Estrelas, comandava a guarnição castilhista, por ordem do capitão Miguel José Pereira, comandante das forças em operações do Alto Taquari, o alferes Afonso Pacheco que tinha às suas ordens setenta praças. A força assaltante, subordinada a Aníbal Geraldo Pereira e outros chefes maragatos, foi repelida e destroçada, deixando nas ruas do povoado vinte cavalos encilhados, clavinas, lanças e outros objetos.


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Simultaneamente era, à mesma hora, investida a vila de Lajeado, onde se achava o capitão Miguel José Pereira, com cerca de duzentos homens. Apesar disto, este oficial conseguiu, à viva força, sob fogo intenso, fazer transportar para Estrela cinquenta homens, que não puderam prestar auxílio algum, porque o inimigo, completamente batido, fugia em todas as direções e internava-se nas matas adjacentes, arrastando seus mortos e feridos. A respeito do aludido combate, o capitão Miguel José Pereira, que nunca avocou para si as ações vitoriosas dos comandados, telegrafou ao presidente do Estado, Dr. Júlio Prestes de Castilhos, nos seguintes termos: Vila Estrela e Lajeado atacadas por forças inimigas que foram completamente derrotadas”. A propósito da presença do capitão Miguel Pereira na zona de ação do Alto Taquari, é interessante relembrar que este meu parente comentava, às vezes, entre seus familiares e amigos, divertidamente, a impressão que causara a alguns próceres da terra, quando chegou ao Alto Taquari para assumir o comando das operações contra os maragatos. Um desses próceres, ao notar a baixa estatura do Tio Miguel, disse a seus amigos: ‘’Este pode ser um bom oficial, mas não tem lance!’’ ( Lance, no sentido de tamanho, estatura). Mais tarde, já reformado, na quietude de sua modesta moradia em Porto Alegre, o major Miguel ia sentindo agravar-se seu estado de saúde, pois sofria de mal cardíaco. Sofrendo também a tristeza da solidão em que vivia, decidiu morar em Taquari, construindo para isto uma casa contígua à de meu pai. Praticamente ele morava com nossa família, pois sua casa tinha comunicação interna com a nossa, passava grande parte do dia conosco, além de ser nosso comensal efetivo. Apesar da modéstia que o trazia preocupado, vivia satisfeito e alegre, pois gostava muito do convívio humano , de conversar e caçoar com as moças solteiras que frequentavam a nossa casa. Tio Miguel não fora feliz em seu casamento, por motivos que aqui não cabe relatar. Mas, apesar disso era um adepto do matrimonio, e não perdia oportunidade de aconselhar, nesse sentido, as jovens solteiras que visitavam nossa família. A proposito disso, conta-se um fato muito interessante: Tempos atrás, foi fundada nesta capital, na Vila Elisabeth, com o patro-


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cínio da Brigada Militar, um estabelecimento de ensino primário, o que foi dado o nome de ‘’Grupo Escolar Major Miguel José Pereira’’, como uma homenagem à memoria deste ilustre oficial. Foi decidido, pela direção do citado educandário, inaugurar, no salão de honra, o retrato de seu patrono. E para isso foi designada uma professora para se entender com o comando da Brigada Militar no sentido de ser conseguido um retrato do major Miguel José Pereira. Este retrato foi ofertado ao Grupo Escolar por uma especial deferência do comando da nossa gloriosa Brigada. O ofertante, ao entregar a professora o quadro do retratado, designou um oficial que no momento se achava ali presente, para ajudar a professora no transporte do quadro e acompanha-la ate o Grupo Escolar, que fica no bairro Sarandi. No trajeto entre o QG da Brigada Militar e a Vila Elisabeth, que é bem afastada do centro, o oficial e a professora, ambos solteiros – veja-se o que são as tramas do destino! – foram conversando animadamente, surgindo dali o tão decantado amor à primeira vista. Resumo do romance: namoro, noivado e casamento dentro de pouco tempo. A professora em apreço conversando com uma de minha irmãs, na festa escolar comemorativa do centenário de nascimento do patrono do Grupo Escolar, em Setembro de 1970, disse-lhe que achava que o tio Miguel havia sido seu ‘’Santo Antônio’’, porque propiciara o seu casamento com o homem que lhe deu a felicidade. Tio Miguel possuía uma selecionada biblioteca e lia muito, anotando, de próprio punho, com suas judiciosas observações, as paginas de todos os livros que lhe passavam pelas mãos. Desse modo, seus livros iam adquirindo no decorrer do tempo, maior valor para os bibliófilos. Em testamento, ele fez doação de toda a sua biblioteca a seu sobrinho Dr. Amaro de Campos Pereira. Miguel Pereira, como já foi dito linhas atrás, não gozava de boa saúde, pois sofria do coração. Era também muito nervoso, e vivia sempre preocupado com sua doença. Quando sentia qualquer coisa de anormal, ele mesmo tomava sua pulsação, quando então notava-se ansiedade em seu olhar. Ele considerava-se muito velho, embora não o fosse, pois morreu com 57 anos. Mas, devido à enfermidade de que sofria e ao seu precário estado nervoso, manifestaram-se nele sinais de velhice precoce, ficando com os cabelos completamente encanecidos aos


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quarenta e poucos anos. ‘’Senectus morbus est’’ (velhice é doença), dizia ele muitas vezes, ao referir-se a si próprio. Na sua conversação, não só com os de fora, mas também com os de casa, esperava-se bem falar. Muitas coisas do vernáculo aprendemos com ele inclusive interpretação e analise de ‘’Os Lusíadas’’ que ele conhecia a fundo. Jamais ouvi de sua boca uma palavra de baixo calão ou mesmo um termo da gíria. A este propósito, conta-se o seguinte fato: achava-se em visita a nossa casa uma jovem muito bonita e aparentemente bem educada, a qual, em dado momento da conversa, saiu-se com uma expressão grosseira como a que se segue, ou algo semelhante: ‘’Fulano come pra burro!’’. O tio Miguel, presente na ocasião, ficou escandalizado com aquele ‘’pra burro’’, que lhe ferira os ouvidos de purista da linguagem, e não pode deixar de dizer, em tom sussurrado: ‘’Misericórdia! Como e possível que, de uns lábios tão belos, possam sair termos tão chulos!’’. Embora fosse um homem finamente educado, um ‘’gentleman’’, ele usava às vezes, com certas pessoas de uma franqueza um tanto rude. Contaram-me que em Porto Alegre, de uma feita, ele encontrou-se na rua com um conhecido. O homem, depois de saudar o tio Miguel, disse-lhe, com a melhor das intenções: ‘’ Major, o senhor esta bem, com boa aparência, gordo e corado!’’. A esta manifestação de amabilidade do seu interlocutor, o meu tio retrucou abruptamente: ‘’mas não foi com os seus pirões!’’. Estas palavras foram fruto, certamente, de um impulso do momento, do qual o tio Miguel deveria arrepender-se logo após, pois ele sempre primou na lhaneza de trato com seus semelhantes. A resposta irrefletida, dada pelo major Miguel ao seu conhecido traz-lhe à mente, por uma associação de idéias, um provérbio da sabedoria popular árabe, que diz: ‘’Da palavra que soltares, es escravo; da palavras que guardares, és senhor!’’. É uma grande verdade: Quantas vezes nos arrependemos de um dito, ou de uma palavra pronunciados impensadamente! De outra feita chegou à nossa casa um cliente de meu pai, homem rústico e simplório, que conhecia o tio Miguel, embora este não o conhecesse ou dele não se lembrasse. Ao ver o meu tio o caipira depois


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de cumprimentá-lo, disse-lhe: <<o senhor esta com outro ‘’caráter’’!>>. O tio Miguel, tomando ao pé da letra tomando ao pé da letra as palavras do mambira, e ignorando-lhes o significado, sentiu-se um-tanto chocado, retrucando-lhe com certa aspereza: ‘’o senhor esta enganado; eu jamais mudei o meu caráter, nunca fui homem de duas caras!’’. O tabaréu ficou surpreendido com aquela inesperada reação do tio Miguel, pois sua intenção fora das mais louváveis. Foi então preciso explicar ao meu tio que ‘’caráter’’, no linguajar dos caipiras, significa fisionomia, semblante. Ao dizer que o tio Miguel estava com outro ‘’caráter’’, o mambira quis ser gentil, achando que o meu tio estava com o semblante de boa saúde. Assistiu tio Miguel nos seus últimos meses de vida, dormindo num quarto contiguo ao dele, para atendê-lo em qualquer emergência. Antes de mim o meu mano Thomaz quando ainda solteiro, fez companhia, por muito tempo, ao nosso tio, dando-lhe toda assistência e tratando-o com o maior desvelo. Católico fervoroso, não deixava de rezar diariamente seu terço e nem de ler seus livros de orações. Embora não comparecesse as missas na igreja, por motivo de saúde confessava-se e comungava frequentemente, mediante o comparecimento de um sacerdote a sua casa. Na manha de 31 de agosto de 1927 levantei-me, como de costume, para tomar minha refeição matinal. Antes disto entrei no quarto de Tio Miguel para dar-lhe o bom dia e saber como havia passado a noite. Ele estava deitado em sua cama, placidamente, embebido na leitura do seu livro de rezas. Foram estas as últimas palavras que ouvi de seus lábios: ‘’Vai, meu filho, vai tomar o teu café, enquanto eu fico aqui, fazendo as minhas orações’’. Durante minha curta ausência, a Mosquita, nossa fiel e prestimosa empregada de muitos anos, foi levar ao tio Miguel como o fazia diariamente o seu desjejum. Não demorou muito para que a Mosquita saísse precipitadamente do quarto de meu tio, dando o alarme: o tio Miguel estava morto! Corremos todos para o quarto. A morte tinha sido recente, pois o corpo ainda estava quente. Teve certamente um desenlace suave, sem agonia. Seu semblante revelava placidez e serenidade, como o de uma pessoa adormecida. Com o livro de orações tombado sobre o peito, ele certamente passou para a Eternidade com o nome de Deus nos lábios e no coração.


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Tio Miguel, quando tinha suas crises cardíacas, talvez pressentindo a aproximação do fim, suplicava: ‘’Pelo amor de Deus, não me deixem morrer desamparado!’’. Não teve ninguém a seu lado no seu ultimo instante de vida terrena, mas Deus deu-lhe como compensação uma morte suave e tranquila no instante mesmo em que diria ao Céu suas preces. Ele costumava dizer que não temia a morte, e sim no sofrimento que muitas vezes precede a morte. Por isso ele sempre pedia a Deus, em suas orações, que lhe desse um desenlace sereno, sem sofrimento, como o que teve sua mãe, a nossa vó Maruca, que se extinguiu tranquilamente, em sua cadeira de balanço, rezando seu terço, como o fazia diariamente. Deus atendeu as preces do tio Miguel, dando-lhe, a morte que ele desejava. Guardo com carinho a lembrança material que ele me legou: um fino relógio de bolso, de ouro maciço, da reputada marca suíça ‘’ Internacional’’. A Brigada Militar do Rio Grande do Sul não o esqueceu. Para perpetuar a memória daquele que tanto honrou o seu quadro de oficiais, a nossa Milícia Estadual, alguns anos após sua morte, patrocinou a criação de um estabelecimento de Ensino Primário, localizado na Vila Elisabeth, bairro Sarandi, nesta Capital, ao qual foi dado o nome de ‘’Grupo Escolar Major Miguel José Pereira’’. Em Setembro de 1970, centenário do nascimento do major Miguel Jose Pereira, a direção do Grupo Escolar que tem o seu nome comemorou a data com uma festa escolar, cujo programa, caprichosamente elaborado, tinha por tema central a personalidade de seu patrono. Estavam presentes vários oficiais superiores da Brigada Militar. Minhas irmãs e meus irmãos residentes nesta capital, e eu, como parente mais próximo do homenageado, fomos convidados e comparecemos à festa. Comoveu-nos muito aquela homenagem à memoria do nosso tio, que tanto se dedicou ao nobre mister de ensinar a juventude. Para encerrar o assunto referente ao meu tio, focalizei dois casos interessantes, que envolvem o seu nome. Na suas ultimas disposições, que deixou por escrito, ele pediu que seus restos mortais, após três anos decorridos da inumação fossem transladados do cemitério de Taquari, para o de Santo Amaro onde


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jazem os despojos de seus pais. Findo o prazo estipulado, procedeu-se à exumação do cadáver. As pessoas que assistiram ao ato ficaram de veras estupefatas com o que viram: o corpo do tio Miguel estava aparentemente incorrupto como se estivesse passado por um processo de mumificação. Alguém conjeturou, como explicação para o estranho fato, que o corpo do tio Miguel, em consequência do uso constante e imoderado de medicamentos (injeções e drogas diversas) durante muitos anos, tivesse sofrido uma espécie de embalsamento, favorecido pela ausência de ar atmosférico ou qualquer outra causa. ‘’Chi lo as!’’. A solução foi deixar o corpo exposto ao ar livre. Durante algum tempo, para provocar a decomposição, e sepultá-lo novamente. O outro caso recente ao tio Miguel, passou-se no Rio de Janeiro, em 1939 e foi o seguinte: O meu amigo Nelson Castro, lá residente, e que era um fervoroso adepto do espiritismo, costumava aplicar passe nas pessoas que a solicitassem. Parecia ver acerto no que ele ‘’via’’, pois se dizia medium vidente. Uma ocasião movida mais pela curiosidade submete-me a um passe pelas mãos do Castro finda a operação, depois de um singular ritual, ele perguntou-me: ‘’Não tiveste na tua família um militar, daqueles que usavam fardamentos antigos, com charlateiras nos ombros?’’. Eu respondi que não me lembrava de nenhum militar entre os meus parentes, com as características indicadas. Minha mulher, que se achava presente, interveio, esclarecendo: ‘’Junqueira, não te lembras de um quadro na parede da sala de visitas da tua casa em Taquari, em que aparece a fotografia ampliada de um parente teu, com a farda de gala de oficial?’’. Foi então que eu me lembrei de um antigo retrato de meu tio Miguel, que eu sempre vira em minha casa em Taquari. Então o Castro declarou-me: ‘’ Pois foi esta pessoa do retrato que eu acabei de ver ao teu lado, mas sem saber-lhe o nome e nem distinguir-lhe bem as feições. Apenas fiquei sabendo que ele é o teu espirito protetor’’. Impressionou-me muito a revelação de meu amigo Castro, mormente pelo fato dele não conhecer nenhuma pessoa de minha família. Que ela seja verdadeira para o meu beneficio. Que a alma de meu saudoso tio descanse na paz do Senhor! Porto Alegre, Julho de 1973.


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Texto publicado no jornal “O Taquaryense” nºs 25 e 26, respectivamente, de 28 de julho e de 04 de agosto, do ano de 1973, nas páginas 2 de cada um destes jornais, em tamanho Standar, com 4 páginas cada, sendo que o texto sofreu continuação, da edição 25 na 26 e aqui foi consolidado. Os dois jornais “O Taquaryense” com o depoimento do General Junqueira, a carta de remessa (abaixo), a dedicatória de Miguel Pereira em 1925, de próprio punho, compõe o acervo doado a Escola.


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Porto Alegre, 14 de setembro de 1973. Ilma. Sra. Diretora do Grupo Escolar Major Miguel Pereira N/C Tenho a satisfação de passar às vossas mãos como minha doação especial a esse Grupo Escolar, dois números do hebdomadário “O Taquiriense”, nos quais, em linhas singelas e despretensiosas, tracei um resumo biográfico do patrono desse educandário, o meu saudoso tio Major Miguel José Pereira. Ainda guardo na lembrança a carinhosa homenagem que esse reputado estabelecimento de ensino prestou, em setembro de 1970, à memória de Miguel José Pereira, ao ensejo do transcurso de seu centenáio de nascimento, promovendo uma brilhante festa escolar em sua sede que muito me emocionou e aos meus irmão e irmãs que a ela compareceram. Formulando ao Grupo Esoclar Major Miguel José Pereira os meus melhores votos de crescente progresso, tenho a honra de apresentar ao corpo docente do mesmo, na pessoa de V.Sª., as mihas respeitosas saudações. (a) Antonio Junqueira Pereira Av. Borges de Medeiros, 1141 – apt. 101 – N/C (Documento manuscrito pelo próprio signatário, papel branco, fosco tipo manteiga, tamanho carta, em bom estado de conservação)


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“Boni semper beati sunt” Bondade é a revelação clara, patente, derramada de um grande amor sincero e desinteressado à humanidade. Frequentemente, no cumprimento de uma alta missão salvadora, vêem, como recompensas o martírio terreno que a refulgente coroa de glórias, na vida terrena. Quando Batista, o precursor e núncio do amigo Jesus, bradou corajoso contra os pecados dos magnatas, já se lhe vislumbrava ao espírito iluminado de Santo, o castigo que lhe seria infligido. É quase certo e a história repetidamente no-lo ensina que as reformas sociais que visam libertar as pessoas oprimidas da tirania dos déspotas, consolidam-se sobre o sangue abundante dos seus primeiros e principais chefes e propagandistas. Jesus, o próprio Deus, não se quis furtar ao tormento habitual que se aplica aos máximos benfeitores. Experimentou, revestido da condição humana e porque assim o desejava, dores pungentíssimas, não só para nos serem abertas as portas do céu, como também para nos ensinar as virtudes da paciência e da resignação, quando a saraiva dos formidáveis males humanos se desencadeiem sobre nós. Continua, pois, a ser boa, querida filha do meu coração, e te não esqueças nunca de que “Boni semper beati sunt”. Taquary, fevereiro de 1925.


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A origem do documento não está garantida em sua autoria, porém é fidedigno pois pertence ao lote documento, mesmo que não cadastrados recebidos pela direção da Escola Major Miguel Pereira, no ano de 1973, por ocasião dos festejos de centenário de nascimento do patrono, ocorrido três anos antes. O presente documento é, provavelmente, uma dedicatória elaborada de próprio punho por Miguel Pereira, como se depreende de sua assinatura. O texto foi escrito em forma diagonal à folha que está em boas condições apesar de bem esmaecida. A folha está postada em um cartão retangular, de 30 x 23,5 cm, estilo landscape, onde o lado da face, com recorte e amassamento, deixa transparecer que aquele cartão cinza, cor típica dos albuns antigos, esteve atrelada em algum álbum. A tese se reforça pela existência de cantoneiras, usuais em filatelia, para garantir a folha com dedicatória, centrada na cartonagem. De tudo acima e, sem fazer a avaliação de teor do conteúdo, se verifica que o documento é autêntico em sua data de 1935.


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Perfil civil e militar (1990) pelo Cel Hélio Moro Mariante

Livro do coronel Hélio Moro Mariante em que ele traça o perfil civil e militar do Major Miguel José Pereira.

Perfil traçado pelo Cel Hélio Moro Mariante No livro Sarilhos Milicianos, de autoria do coronel Hélio Moro Mariante, editado pela Brigada Militar e Apesp, em 1990, em Porto Alegre, há um capítulo, de página 78 até 80, intitulado Major Miguel Pereira. Capítulo esse com mais de duas páginas de informações sobre o Miguel Pereira, que ora transcrevemos: Major Miguel Pereira O velho burgo açoriano batizado de Santo Amaro (General Câmara atual) foi o berço natal de Miguel Pereira, nascido a 29 de setembro de 1870, quando a então freguesia de Santo Amaro pertencia ao


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município de Taquari. Foram seus genitores Tomás José Pereira e Maria Silva Pereira. Iniciou sua vida militar na Guarda Cívica como sub oficial, no dia 3 de janeiro de 1890, alcançando os galões de alferes (2º tenente) em 17 de dezembro de mesmo ano, de tenente (1º tenente) em 9 de fevereiro de 1892 e de capitão a 28 de março ainda desse ano. Como alferes desempenhava as funções de secretário da Guarda Cívica, tendo-lhe cabido a honra de conduzir a primeira bandeira republicana da corporação. Homem de ação, destacou-se no preparo e execução do golpe de 17 de junho de 1892, que visou a reintegração da legalidade, com a deposição dos membros do governo então chamado de governicho pelos opositores. Com a vitória do glope Julio de Castilhos volta à curul governamental. Com a transformação da Guarda Cívica, a milícia estadual passou a denominar-se Brigada Militar. Nesta foi incluído Miguel Pereira, como capitão ajudante do 1º batalhão de infantaria, atual 1º BPM – Btl Cel Aparício Borges. Em junho de 1893, quando a cidade marítima de Rio Grande foi bombardeada pelos navios da esquadrilha do almirante Wandenkolk, tomou parte ativa na defesa da mesma. A seguir, atuou com operosidade nas ações bélicas que tiveram por palco a região do Rio Taquari, sua região natal, organizando corpos provisórios em Lageado e Estrela, incorporando-os às forças da coluna do major Chachá Pereira. O governo federal, por decreto de 20 de outubro de 1894, concedeu-lhe as honras do posto de capitão do exército nacional, por altos de bravura praticados em defesa dos ideais republicanos. Foi elevado ao posto de major a 12 de dezembro sendo, na mesma data, nomeado Assistente do Pessoal (atual Chefe do Estado Maior) da Brigada Militar. Foi transferido para a reserva a 9 de outubro de 1911. Republicano convicto e atuante, teve destacada atuação política nos primeiros tempos da república no Rio Grande do Sul. Homem de cultura, exerceu as cátedras de português e fran-


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cês nos ginásios Júlio de Castilhos e Sevigné, ambos na capital gaúcha. Membro da Academia de Letras do Rio Grande do Suo, em sua primeira fase, ocupou a cadeira que tinha como patrono o escritor Joaquim Alves Torres. Na oportunidade de sua posse foi recepcionado pelo acadêmico Luis Mariano da Rocha. Teve destacada atuação acadêmica, com vários trabalhos publicados na revista da entidade. Foi o orador oficial na solenidade de comemoração do primeiro aniversário do sodalício, quando desenvolveu a tese “Evolução Histórica”, versando temática de arqueologia. Em nome da academia recepcionou o escritor Ulisses Cabral, como novo integrante do quadro de membros da instituição. Foi um dos sócios fundadores do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Tem inúmeros trabalhos esparsos em periódicos, salientando-se o ensaio “Imigrantes”, publicado na Revista nº VIII da Academia de Letras, no ano de 1901. É o consagrado autor do Esboço Histórico da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, obras clássica na historiografia brigadiana. (1º vol. 1917; 2º vol. 1920). Publicou, em 1921, o discurso “O 14 de junho” e a conferência “A evolução histórica”. Traduziu do francês “ Os grandes conflitos psicológicos” e “Os novos pólos políticos e os futuros dominadores do mundo”, ambos de autoria do consagrado médico e escritor, francês Gustavo Le Bom. Deixou, inéditos, “funções do pronome “QUE” e da partícula “SE” e “emprego do infinitivo em português”. Do seu Esboço Histórico há uma edição reunindo os 1º e 2º vols, com notas de Aldo Ladeira Ribeiro, publicada no ano de 1960. Miguel Pereira faleceu em Taquari no dia 31 de agosto de 1927.


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PÁGINA DA SAUDADE O adeus formal da equipe de Pindorama

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Cópia de cópia xerox da capa da Revista 18, que publicou o Adeus ao Major colunista. Página de saudade é texto produzido e publicado por colegas do Major Miguel Pereira, que com ele atuavam na Revista Pindorama, uma publicação militar que circulou no Estado e intercambiava com os demais estados da federção, entre os anos de 1926 até 1928. Na Revista nº 18, Ano II, pág. 18, de setembro de 1927 está a publicação da Página de saudade. A revista Pindorama deve ser um capítulo específico na biografia do Major Miguel Pereira pelos inúmeros textos por ele produzidos, pelas traduções de autores franceses e por sua importância do oficial que como reformado, consolidou os feitos da Brigada Militar em história documental oficial. Major Miguel Pereira Falleceu a 31 de agosto p. findo, na cidade de Taquary, para onde transferira residência ultimamente, o nosso distinto amigo e ilustre colaborador, major José Pereira.


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Pertinaz moléstia há muito tempo retinha o extinto de qualquer atividade e constituía permanente ameaça á sua existência; nem por isso foi menor o pesar causado pelo desaparecimento do velho servidor do Estado e da Republica que soube sempre impor-se á consideração e apreço gerais. Inteligente e estudioso, Miguel Pereira, nos intervalos da sua atividade militar, conquistou por si próprio excelente cultura, familiarizando principalmente com os segredos da língua portuguesa, que estudava com excepcional carinho o que lhe permitiu colaborar com o brilho nas colunas da imprensa rio-grandense e escreve obra de tomo, como é a sua Historia da Brigada Militar, magnífico repositório em que se encontram dados seguros sobre a história rio-grandense, no regime atual. Nas fileiras dessa milícia que lhe deve serviços de valia, Miguel Pereira, conquistando um a um, os galões que lhe ornavam os punhos, afirmou-se como um oficial competente e disciplinador em todos os encargos e comissões, máxime na função de Assistente, que desempenhou por dilatado tempo. Republicano leal e convicto, o extinto deu arras da sua fé e do seu destemor nas lutas de 1892 tomando parte saliente na deposição do governicho e reposição do Dr. Julio de Castilhos. E confirmou-os na revolução de 1893, servindo sem vacilações a causa republicana, até a vitória legal. Nos dados biográficos, que adiante publicamos, melhor se verá o que foi a vida publica desse digno e valoroso soldado, cuja morte “Pindorama” deplora sinceramente, prestando á sua memória a homenagem de seu respeito e de sua saudade. pesar.

À família do extinto apresentamos os nossos sentimentos de Miguel Pereira nasceu em 29 de setembro de 1870.


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Alistou-se na “Guarda Cívica”, em 5 de janeiro de 1890, sendo incluído como suboficial Em 17 de dezembro de 1890 foi promovido ao posto de alferes. Em 1892, a 9 de fevereiro, foi promovido ao posto de tenente. Em 1892 a 28 de março, foi promovido ao posto de capitão. Em 21 de outubro de 1892, foi aproveitado na Brigada Militar, creada a 15 desse mês, tendo sido incluído no 1º batalhão de infantaria, como capitão-ajudante. Por decreto de 20 de outubro de 1894 o Governo Federal concedeu-lhe as honras do posto de capitão do Exercito por atos de bravura praticados em defesa da Republica. Em 12, de dezembro, foi promovido ao posto de major. Na mesma data foi nomeado assistente da Brigada.


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Em 9 de 0utubro de 1911 foi reformado. Tomou parte saliente no preparo e execução do golpe de 17 de junho de 1892 para reposição do governo legal como Capitão da ativa. A propósito, o comandante da Brigada em ordem do dia de 30 de junho desse ano, o louvou pela forma sempre correta, disciplinada e valorosa com que desempenhou as árduas funções do seu posto e valioso concurso prestado para a boa marcha do serviço, galhardia, intrepidez, patriotismo e amora República que demonstrou por seus feitos na gloriosa revolução de 17, contribuindo de forma eficacíssima para o reestabelecimento do governo constitucional do Estado e defesa das instituições republicanas. Tomou parte ativa na defesa da cidade do Rio Grande a 11 de junho de 1893 quando bombardeada pela esquadrilha do almirante Wandenkolk. Tomou parte ativa nas operações de guerra desenvolvidas na região do Alto Taquary, na revolução de 1893-1895; prestando relevantes serviços com denodo e bravura. “Texto transcrito integralmente da revista Pindorama.”


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Certidão de resgate do Major Miguel José Pereira

Processo documental obtido na Escola Estadual do Major Este documento, em sua capa, tem simplesmente escrito, em manuscrito marrom, em letra de forma, aplicado em três linhas, em diagonal, assim distribuído: Biografia do / Patrono / da Escola, como se mostra. É lhe feita a denominação de “certidão de resgate do Major Miguel José Pereira” por ter sido, após mais de 30 anos de seu falecimento, até então, a mais significativa homenagem a obra que ele construiu para sua corporação. O documento que abaixo se descreve é a cópia manuscrita e autenticada, que transcreveu o processo original elaborado na Brigada Militar. Foi copiada, provavelmente, para ser a certidão da denominação da escola. Sua transcrição é fiel ao processo elaborado na Brigada Militar (BM), pelo comando da época, para a justificação do Patrono/Brigadiano, que a Escola Estadual havia solicitado fosse definido.


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Compõe-se de capa e contra capa, em papel cartolina, cor creme claro, fosco, no tamanho de 33cm x 28, contendo 9 páginas de papel almaço pautado, padrão, bem esmaecido do tempo. O manuscrito das folhas está preenchido em cor preta, do tipo caneta tinteiro, bastante regular. As três primeiras páginas estão preenchidas somente o verso da página, com o anverso vazio. Os versos estão preenchidos com a correspondência entre o comandante-geral, a comissão que ele nomeou para definir a escolha e a solicitação da diretora da escola. A partir da quarta folha, em seu verso, há a manifestação da comissão e, no anverso desta página, inicia-se um texto denominado, Major Miguel José Pereira, especificando que o mesmo faz parte do livro em preparo de nome “Velhos Brigadianos”. Seguem-se nove páginas manuscritas. Ao final do anverso da oitava página, está o nome Cel. Ladeira Ribeiro, definindo que no original havia a assinatura de coronel, pesquisador, presidente da JME e que chegou a ter alguma convivência com o Miguel Pereira. Ao rodapé dessa página há um carimbo típico de quem elaborou a cópia do processo, como professora “f ”“e a assinatura da diretora da época: a professora Dinah Ribas, em tinha vermelho/carmim, com a data de 8-9-60, tudo sobre o carimbo aplicado em preto com a expressão “GRUPO ESCOLAR VILA ELISABEH – PORTO ALEGRE, tudo em caixa alta e disposto circularmente, com 4,8 cm de diâmetro e as letras com 8 milímetros de altura, dando a forma circular do carimbo. Apesar de não estar expresso, é fácil deprender que a Comissão louvou-se para seu parecer, no trabalho que lhes foi entregue pelo coronel Aldo Ladeira Ribeiro, continuador da obra de Major Miguel Pereira. Manteve-lhe o estilo, nome e, inclusive, consolidado os dois volumes, em um só editado em 1950, com a devida preservação de autoria. Vale ser ressalvado que o processo histórico da Brigada Militar referente ao Major Miguel José Pereira, do que faz parte também os originais, aqui descritos, junto com outros, foram perdidos no incêndio da Ajudância-Geral que ocorreu na década de 80, do século passado. Uma curiosidade que deve ser salientada está no livro de título: No ápice da glória, publicado em 1979, pela gráfica Metrópole, de Porto Alegre e de autoria do Capitão Ismael Brilhante. Ele elenca 28 brigadianos biografados por seu destaque na vida institucional da Briga-


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da Militar. Na página 217 do livro ele a guisa de esclarecimento cita que diversas biografias (e que são 14) foram pesquisadas pelo coronel Aldo Ladeira Ribeiro, então já falecido. O acesso a esses originais, ali não está expresso, mas sabemos, lhe foi oportunizado pela viúva do insigne coronel e Juiz Militar aposentado. Acontece que os biografados que ele recolhe do Aldo Ladeira, ele mesmo cita que seriam publicados no livro “Velhos Brigadianos” (no capítulo do próprio Laeira), a mesma citação que tem sobre o resumo biográfico de Miguel Pereira, neste processo. E dentre as biografias do livro do capitão Ismael Brilhante não está o Major Miguel Pereira. Esse fato, inclusive, é indireta e discretamente, tratado pelo prefacio do professor Dante Laytano, que nas páginas 13 e 14 trata faz um discrito resgate da ausência de Miguel Pereira na obra. No entanto, o material referente ao Miguel Pereira havia sido sacado pelo próprio Cel Ladeira para incluí-lo no processo de escolha do major para patrono da escola e não ficou no conjunto que Ismael Brilhante teve acesso. Foi lastimável, pois o Major de direito e de fatos deveria constar daquela obra em 1979. Continuando a descrição do processo obtido na escola:


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1ª folha (Verso) Brigada Militar Rio Grande do Sul Quartel General DF nº 348 = E/2 1ª DRE (Carimbo) Entrada 13/9/60 (Carimbo) 16/9/60 (Carimbo) EMG – E/2 Porto Alegre, 4 de julho de 1960. Do: Cmt Geral da Brigada Militar À Sra. Diretora do G.E. à Vila Elizabeth Assunto: Indicação – (Faz) Tendo em vista a solicitação dessa digna Diretora, no que concerne a honrosa indicação, por parte da Brigada Militar, do nome de um dos seus Oficiais para servir de Patrono a esse Estabelecimento de Ensino, apraz-me remeter, anexo a este, o Processo referente à escolha do nome de nosso saudosos servidor, Maj. Miguel José Pereira, primeiro professor da Língua Portuguesa de nosso Curso e Historiador emérito da Brigada Militar, a quem legou o seu “Esboço Histórico”. Agradecemos a especial deferência para com a Força, aproveito o ensejo para manifestar a Vossa Senhoria os protestos de minha consideração e apreço. Assinado Diomário Moojen Cel Cmt Geral


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2ª folha (Verso) Brigada Militar do Estado Quartel General Estado Maior Geral

Processo – Referente a indicação de um Oficial da Brigada Militar para servir de patronímico ao Grupo Escolar, existente na Vila Elizabeth, nesta Capital.

Comissão – Ten Cel. Ary de Almeida – Chefe do EMG Presidente Major José Barcellos Garcia – Chefe da E/1 Membro 1º Tenente João Aldo Danesi – Chefe do S.L- Ag Secretário


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3ª folha (Verso) Grupo Escolar, à Vila Elizabeth Porto Alegre, 28 de abril de 1960. Exmo. Sr. Cel. Diomário Moojen D.D. Comandante Geral da Brigada Militar Quatel General Nesta Capital

Senhor Comandante, Considerando que a gloriosa Brigada Militar do Estado sermpre foi rica de Oficiais ligados ao ensino em nossa terra, o que é motivo de júbilo e merecido orgulho, tanto para essa Milícia, como para o próprio Estado. Considerando, à vista do exposto, que o atual Grupo Escolar, sito à Vila Elizabeth, nesta Capital, que obedece à minha modesta direção, ainda não possui nome. Venho respeitosamente, solicitar a fineza de V. Excia se digne a indicar um Oficial dessa tradicional Força Pública Riograndense, cujo nome será dado a este Estabelecimento de Ensino. Outrossim, informo a V. Excia. Que a referida indicação deverá ser acompanhada de uma biografia. Antecipando agradecimentos pela atenção que V. Excia. Dispensar ao presente, sirvo-me do ensejo para reiterar protestos de elevada consideração e apreço. Assinada Professora Dinah C. G. Ribas Diretora


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4ª folha (Verso) Brigada Militar do Estado Quartel General - Parecer A comissão abaixo, constituída pelos Ten Cel Ary Almeida, chefe do EMG, como presidente, Maj. José Barcellos Garcia, Chefe da E/1, como membro e 1º Ten João Aldo Danesi, chefe do Serviço Especial, como secretário, nomeada pelo Sr. Cel Diomário Moojen, Comandante Geral da Brigada Militar, para opinar pela indicação de um oficial da Força, dentre os já falecidos, para servir de patronímico ao Grupo Escolar existente na Vila Elizabeth, nesta Capital, resolve indicar o Sr. Maj. Miguel José Pereira. Como fundamento de sua escolha a comissão, além das qualidades de militar de brio e cidadão de grande cultura, cita a situação toda especial de ter sido o Maj. Miguel José Pereira o primeiro professor da Língua Portuguesa no então Curso de Ensino, criado pelo saudoso Patrono da Força, Cel Afonso Emílio Massot. A par da dignificante função de mestre, foi o Majo. Miguel José Pereira o primeiro historiador da Brigada Militar, de quem escreveu o “Esboço Histórico”. Para melhor conhecimento dos fatos que orientam a comissão, vão anexos a este parecer os traços biográficos do indicado. Porto Alegre, 14 de junho de 1960. Assinados: Ten Cel. Ary de Almeida – Chefe do EMG Presidente Major José Barcellos Garcia – Chefe da E/1 Membro 1º Tenente João Aldo Danesi – Chefe do S.L- Ag Secretário


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Perfil de sua história na BM (1963) pelo Cel Aldo Ladeira Ribeiro 4ª folha (Anverso) Do livro em preparo - Velhos Brigadianos N. do A. É de nossa concepção que este documento seja considerado a certidão de resgate deste brigadiano emérito.

Coronel Aldo Ladeira Ribeiro

Major Miguel José Pereira Nasceu na histórica cidade de Taquari, a 29 de setembro de 1870, sendo filho do tenente coronel Tomaz José Pereira. Possuidor, ao iniciar sua carreira militar, de algum preparo intelectual, procurou sempre aperfeiçoar seus conhecimentos, notadamente no idioma pátrio e em alguns estrangeiros. Manejando com maestria a língua portuguesa e escritor primoroso, de raros recursos, Miguel José Pereira aliava às suas atividades militares as de colaborador em vários jornais e revistas, principalmente na Revista Militar, que se publicou por algum tempo, em Porto Alegre, tendo lançado uma série de artigos, mostrando a necessidade de serem as


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forças estaduais consideradas reservas do Exército Nacional, isentando-se os que nelas serviassem da incorporação àquele, quando atingidos pelo Sorteio Militar, e de receberem a caderneta de reservista, ao serem excluídos, o que, finalmente, se conseguiu, em 24 de maio de 1917, com a assinatura de um convênio entre os governos Federal e do Estado. Foi, ainda, o major Miguel Pereira o incentivador do ensino teórico na Brigada Militar, organizando e lecionando vários cursos para Oficiais e sargentos. Quando o saudoso comandante geral, Cel Afonso Emílio Massot criou, em 1916, o Curso de Ensino, célula de que se organizou o atual Curso de Formação de Oficiais, foi buscar, em seu retiro de reformado, o major Miguel José Pereira para professor da cadeira de Português, tal era a confiança que lhe merecia o velho soldado. Prestou, ainda, o major Miguel Pereira, depois de reformado, serviço de alta valia à Força que ele tanto honrou. Refiro-me ao Esboço Histórico da Brigada Militar, trabalho de alto valor, que escreveu com largo descortino de visão e muita justiça. Só este serviço, se outros não tivesse a enaltecer-lhe os méritos, seria o suficiente para recomendar o seu nome à admiração daqueles que servem na Brigada Militar. Miguel José Pereira foi incluído na Guarda Cívica, como sub-oficial da segunda secção, em 8 de janeiro, tendo sido nomeado para o posto de alferes em 17 de dezembro e, secretário da corporação em 31 desse mês, tudo do ano de 1890. Elogiado em 13 de abril de 1891, pela dedicação e solicitude com que se houve no cumprimento de seus deveres e pelo auxílio que prestou ao comandante da corporação, durante o tempo em que exerceu essa função. Em 8 de julho do mesmo ano, foi novamente elogiado pela presteza com que acudiu ao toque de reunir e pela maneira digna e honrosa com que se portou, por ocasião dos acontecimentos da noite de 6, mostrando coragem e disciplina. Os acontecimentos da noite de 6 de julho de 1891 tiveram como ponto de origem um incidente ocorrido entre praças da Guarda Cívica e do 13º Batalhão de Infantaria do Exército. Praças deste corpo, dirigidas por um sargento, atacaram a patrulha, nas imediações do mercado, assassinando dois soldados e ferindo


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outros, reproduzindo-se fato idêntico na rua Dr. Flores, onde outro magote de elementos do Exército lançou-se sobre a patrulha ali em serviço. Nomeado tenente em 9 de fevereiro de 1892, continuou no exercício do cargo de secretário. Em conseqüência de haver o Dr. Julio Pates de Castilhos abandonado a presidência do Estado, para evitar luta política e derramamento de sangue, o governo provisório, que assumira a direção do Rio Grande, transformou a Guarda Cívica em Corpo Policial, composto de um batalhão de infantaria e um regimento de cavalaria, nomeando, em 28 de março de 1892, o tenente Miguel José Pereira capitão comandante da primeira companhia daquele. Teve papel saliente nos sucessos de 17 de junho do mesmo ano que derrubaram o chamado “governicho”, repondo o Dr. Julio de Castilhos na presidência do Estado e assistiu ao bombardeio de Porto Alegre, pela canhoneira Marajó, nos dias 21 e 24 daquele mês. Louvado, a 30, pela “forma sempre correta, disciplinada e valorosa com que desempenhou as árduas funções de seu posto e valioso concurso que prestou para a boa marcha do serviço, e galhardia, intrepidez, patriotismo e amor à República, que demonstrou por seus feitos na gloriosa revolução do dia 17, contribuindo de forma eficientíssima pra o restabelecimento do governo constitucional do Estado e defesa das instituições republicanas”. E, ainda na mesma data, foi, também louvado em cumprimento a ordem do presidente do Estado, “pelo acendrado amor à República, dedicação e inigualável valor , sacrifício e abnegação pela causa da legalidade”. Em 21 de outubro de 1892, em virtude da extinção da Guarda Cívica e criação da Brigada Militar foi nomeado comandante da terceira companhia do 1º batalhão de infantaria. Nos últimos dias de junho de 1893, o capitão Miguel Pereira seguiu com seu batalhão, embarcado no vapor Itábia, para a cidade de Pelotas, deslocando-se daí, por via férrea, para a estação do Cerro Chato, onde acampou, retrocedendo, a 9 de julho, em socorro da cidade do Rio Grande, atacada por navios da esquadra de revoltados, ao mando do almirante Eduardo Wandenholk, em cuja defesa tomou parte até o dia 13, data em que fugiram os atacantes, merecendo os maiores elogios do coronel João Cesar Sampaio, comandante da praça, pela ordem, disciplina,


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moralidade e bravura que demonstrou. Dias depois, retornou o 1º batalhão para a estação de Cerro Chato, mantendo-se em constante atividade, guarnecendo a via férrea e restabelecendo o tráfego, seguidamente interrompido pelos revolucionários. A 20 de agosto, retornou a Porto Alegre, onde não desembarcou, indo estacionar em São Jerônimo. Creio que, na passagem do 1º batalhão por Porto Alegre, o capitão Miguel Pereira dele separou-se ou retrocedeu de São Jerônimo. Nada encontrei em documento a esse respeito, mas, é certo, que não seguiu com a referida unidade para Cacequi, a incorporar-se à Divisão do Norte. Em virtude do aparecimento de grupos revolucionários na região do Alto Taquari, o governo do Estado fez seguir para ali um contingente do 2º batalhão de infantaria, o qual e mais um esquadrão do 5º regimento de cavalaria do Exército, em expedição pela picada “Geraldo”, na colônia Teutônia, foram rechaçados pelo adversário. Diante desse insucesso, o capitão Miguel Pereira foi mandando assumir o comando do contingente, o que fez a 14 de novembro, ainda de 1893, na cidade de Taquari. Daí marchou para aquela Colônia, em constantes tiroteios, de 21 até 26, data em que travou combate com o adversário abrigado nas matas, tendo-o desalojado de suas posições, com alguma perda de gene, cavalos encilhados, armas e munições. Depois de permanecerem alguns dias na Teutônia, onde ainda surpreendeu um piquete inimigo, marchou para a vila de Estrela e aí, a 11 de dezembro, reuniu-se à coluna do coronel Santos Filho, com a qual marchou imediatamente para o Encantado. A 13, atacou uma guarda inimiga, aprisionando o capitão que a comandava e tomando material de guerra. Percorrendo, ainda outros lugares, chegou a Lageado, tendo, a 17, assumido o comando da guarnição local. A 1º de janeiro de 1894, por ordem superior, organizou um corpo provisório em Lageado e, a 8, atacou, na Boa Vista, um numeroso grupo revolucionário, causando-lhe perdas enormes, destroçando-o completamente. No dia seguinte, marchou para Estrela, onde organizou a força provisória local e assumiu o comando das forças em operações na região do Alto Taquari. Tomou parte, ainda, em diversos encontros, entre os quais os


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de 7 e 18 de fevereiro, fortes guerrilheiros de 1º a 5, combates de 15, 18, 22, 25 e 29, tudo de março, em vários lugares daquela região. A 15 de maio, com forças de seu comando, passou a integrar a coluna do major Chachá Pereira, em operações na zona das colônias, tendo, a 1º de junho, dissolvido as forças provisórias de Lageado e Estrela, continuando no comando do contingente da Brigada Militar até 13, data em que, por portaria do Ministério da Guerra, foi nomeado para organizar e comandar um esquadrão provisório em Venâncio Aires. Depois de expedicionar com esse esquadrão pela região do Alto Taquari, seguiu, por via fluvial, a 23 de setembro, para Montenegro, onde desembarcou, marcando em seguida para região colonial italiana. A 26, atingiu a antiga colônia Conde D’Eu, hoje cidade de Garibaldi. No dia seguinte, quando marchava para Bento Gonçalves, foi o seu esquadrão atacado por fortes grupos revolucionários, que foram rechaçados depois de quatro horas de combate, no decurso do qual recebeu dois ferimentos, sendo um de natureza grave. No mesmo dia, atingiu Bento Gonçalves e, embora ferido,assumiu o comando da respectiva guarnição, tendo sido, a 7 de outubro, louvado pelo modo digno e honroso com que se houve, durante a luta. Em constantes expedições, tendo por base de operações a vila de Alfredo Chaves, (hoje, Veranópolis), conseguiu exterminar os bandos rebeldes que infestavam aquela zona e obteve mais, de cem apresentações de indivíduos que abandonaram as hostes adversárias. Em recompensa aos atos de bravura praticados na defesa da República, o governo federal concedeu-lhe as honras do posto de capitão do Exército. Cessada finalmente a luta fratricida que, por mais de dois anos,ensangüentava o solo do Rio Grande, o capitão Miguel Pereira, a 28 de setembro de 1895, apresentou-se ao 1º batalhão de infantaria, já aquartelado em Porto Alegre, tendo sido louvado, mais Du uma vez, pelo forte3 auxílio prestado às operações de guerra na zona colonial. Nomeado em caráter interino a 5 de dezembro de 1896, para exercer o cargo de assistente da Brigada Militar (seria o Chefe do Estado Maior, atual),foi nele efetivado a 12 do mesmo mês, data de sua promoção ao posto de major.


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Em outubro de 1906, mereceu louvores do Chefe de polícia do Estado pela maneira com que se conduziu durante o período em que esteve em visita ao Rio Grande o presidente eleito da República, Dr. Afonso Augusto Moreira Pena. Quando em fevereiro de 1910, o marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, presidente eleito da República, visitou o Rio Grande, foi o major Miguel Pereira posto à disposição. Após seu regresso ao Rio de Janeiro, dirigiu aquela alta autoridade um telegrama de agradecimentos ao comandante geral da Brigada, nele consignando o seguinte tópico: -“É grato assinalar o zelo e a correção do Major Miguel Pereira, posto a minha disposição, durante estada no Rio Grande. Depois de ter exercido durante 15 anos, (quinze) com grande devotamento e capacidade o cargo de assistente (Chefe do EMBM), foi o major Miguel Pereira, em maio de 1911, transferido do estado maior, para o cargo de fiscal do 2º batalhão de infantaria. Sentindo-se doente e impossibilidade continuar arrostando-se aos rigores da caserna, o major Miguel Pereira apresentou parte de doente e, julgado incapaz do serviço, foi reformado em 9 de setembro do mesmo ano. Recolheu-se à vida privada, com a mesma modéstia que sempre o caracterizou, entregando-se ao estudo e à leitura. De si, disse ele próprio, ao publicar o segundo volume do “Esboço Histórico da Brigada Militar”: “Não sou publicista, apenas o estudioso pertinaz, que se segregou voluntariamente de todos os gozos e representações mundanas, para vivier humilde e ignorado entre os seus livros, por nada saber muito ansiar em diminuir a sua ignorância”. Quando escreveu estas palavras, já era o major Miguel Pereira um grande conhecedor dos segredos da sintaxe da língua portuguesa e um primoroso escritor. Merece especial destaque a polêmica que sustentou, em termos elevados, logo após a publicação do primeiro volume do Esboço Histórico, através da imprensa, com membros da família do coronel Joaquim Pantaleão Teles de Queiróz, ex-comandante geral da Brigada Militar, devido a conceitos que emitiu naquela obra, a respeito de membros da mesma família.


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Depois de alguns anos de residência nesta capital, transferiu-se para a cidade de Taquari, sua terra natal, onde a morte o veio colher,aos cinquenta e sete anos de idade, em 31 de agosto de 1927. Rendendo expressiva homenagem ao dedicado e valoroso servidor do Rio Grande, o comandante geral da Brigada Militar, em seu boletim de 2 de setembro, ao publicar a comunicação que recebera do infausto acontecimento teve as teve as mais expressivas palavras a seu respeito. Assinado: Cel Ladeira Ribeiro Carimbo da escola descrito no início. “É de salientar, a presença do autor desse preciso resumo biográfico do Major Miguel José Pereira, o Cel Aldo Ladeira Ribeiro, ainda nesta data, juiz militar, presidente da Corte de Justiça, atual Justiça Militar do Estado, com sua presença física prestigiando o Patrono, com quem convivera, entre outros locais, na Revista Pindorama, onde Ladeira era tenente secretário e o Miguel Pereira, como major reformado, um permanente colunista. Nos atos solentes da escola diversas são as fotos, inclusive de Ladeira lendo a biografia do Major durante esta solenidade. Os atos foram prestigiados pelo comandante da BM, da época, Cel Otávio Frota.


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ATOS DA SOLENIDADE Major Miguel José Pereira se torna o Patrono de uma Escola Estadual em Porto Alegre Nas três fotos da solenidade, inseridas nesta página, ocorrida em agosto de 1963, no collégio Miguel Pereira, a Profª Emery Maciel dos Santos, diretora da escola, tem a sua direita o Juiz Militar Cel Aldo Pereira Ribeiro, e a direita deste, o Cel Octávio Frota, comandante-geral da Brigada Militar, fazendo a leitura, provavelmente, de um Ato Oficial da BM sobre o evento. Os originais destas fotos e demais documentos deste capítulo pertencem ao acervo da Escola, foram cedidos e devidamente devolvidos.


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Foto que retrata a escola em agosto de 1963

Foto da participação dos estudantes na solenidade


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Boletins da BM e a solenidade

Na escola foram encontrados dois pedaços dosBoletins Gerais da Brigada Miltar de nºs 192 e 193 com recortes de excertos específicos desse interesse da Escola Major Miguel José Pereira. No BG/BM nº 192 de 8 de outubro de 1963 está publicado no inciso IX, da 1ª Parte, a transcrição de uma Parte (documento de comunicação interna da Brigada Militar) sobre o Hino do Grupo Escolar Major Miguel Pereira. “IX – Transcrição de Parte: Brigada Militar – Ajudância Geral – Inspetoria das Bandas de Música – Parte – Ao Sr Ajudante Geral – Para fins de registro nesta Força, comunico-vos que, sob a regência do Subtenente Músico Itamar Consul de Oliveira, a Banda de Música adida ao 3º BP, executou, hoje, em primeira audição pública, o Hino do Grupo Escolar “Major Miguel José Pereira”, com letra de autoria do poeta Manoel Walter Miranda e música de minha lavra, ofertada ao Corpo docente e discente do mencionado Grupo Escolar, sito à Rua Jackson de Figueiredo nº 675, Vela Elizabeth, Sarandi. Adianto-vos, outrossim que, na audição da Obra em referência, participaram, cantando, também os alunos pertencentes ao citado Estabelecimento de Ensino. Quartel em Porto Alegre, 30 de setembro de 1963. (Ass) Zacheu Baarbosa da Silva –Cap Inspetor das Bandas de Música.” (final da transcrição) No BG/BM nº 193 de 9 de outubro de 1963 está publicado no inciso XV, da 1ª Parte, a transcrição de uma Parte (documento de comunicação interna da Brigada Militar) sobre o Grupo Escolar Major Miguel Pereira e a historio de seu patrono.


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“XV – Pelo Decreto nº 13.890 de 11 de julho de 1962 foi instituído patrono do Gupo Escolar à Vila Elizabeth o Maj Miguel José Pereira, autor do 1º Vol do Esboço Histórico da Força. Histórico A escolha do nome do Maj Miguel José Pereira decorreu de entendimentos mantidos entre a diretora do estabelecimento, Profª Cinah Gonçalves Ribas e o Sr Cmt Geral da época, Cel Domário Moogen, o qual indicou o nome desse velho brigadiano, depois de ouvir o parecer da comissão constituída pelos Cels Ary Almeida, José Barcellos Garcia e Cap João Aldo Danesi. Dados biográficos O Maj Miguel José Pereira nasceu em 29 de setembro de 1870, incluindo na Guarda Cívica, como Sub-Oficial, em 8 de janeiro de 1890, nomeado Tenente em 9 de fevereiro de 1892, promovido à Capitão em 21 de outubro do mesmo ano, recolheu-se à vida privada no posto de Major, quando escreveu o 1º Vol do Esboço Histórico; por ocasião da criação do Curso de Ensino o Cel Afonso Emílio Massot, foi buscá-lo, em seu retiro de reformado, para professor da cadeira de português. Faleceu aso 57 anos, em 31 de agosto de 1927, n cidade de Taquary. Como jornalista combativo, o Major Miguel José Pereira uma série de artigos, mostrando a necessidade de serem as Forças Estaduais consideradas reservas do Exército, o que se concretizou em 24 de maio de 1917. Foi ainda o Major Pereira o incentivador de ensino teórico na Brigada Militar, organizando e lecionando vários cursos para oficiais e sargentos.” (final da transcrição) Solenidade gerou uma tradição Talvez, em razão do ato de criação da escola ter ocorrido durante o período das férias escolares, a direção gerou a tradição de ser festejado, como aniversário da escola, a data de nascimento do Major Miguel Pereira, em 29 de setembro. Assim a solenidade o lançamento do nome da escola ocorreu no transcurso do aniversário do Major Miguel José Pereira, e a Direção do


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Grupo Escolar que, agora, levava seu nome, programou uma série de atrações em homenagem aquele velho brigadiano. Foi inaugurada uma placa contendo o nome do patrono da Escola e outra que simboliza uma homenagem à Brigada Militar e, também, o retrato do insigne militar e mestre. As notícias sobre essa solenidade estam bastante ricas em detalhes e, adiante transcritas. Aqui é o inventário das fontes, mas cabe algumas considerações, daquilo que não esteja explícito, na descrição dos atos da solenidade. Destaque-se o comparecimento do Cel Aldo Ladeira Riberio, no exercício da presidência da Corte de Apelação da Justiça Militar do Estado, que além de autor do II e III Vol do Esboço Histórico de nossa Força, fez publicar os dois Esboços produzidos por Miguel em único volume em 1950. Foi ele que leu o resumo biográfico do Miguel Pereira, trabalho que já estava, previamente, elaborado para publicação no Livro “Velhos Brigadianos”, que o Cel Ladeira morreu sem o fazê-lo. A solenidade estava com alto Comando da BM, Diretores de Diretoria, Cmts de Unidade e Chefes, de Serviço sediados na Capital. O próprio comandante-geral, coronel Octávio Frota pessoalmente cumpriu e apoiou todo o ritual da direção da escola. Um evento que contou com as trêss maiores autoridades militares estaduais da época: Cmt Geral da BM, presidente da JME e o subcomandante o coronel Raul Oliveira, chefe do Estado-Maior da BM. Também a Banda da Brigada Militar, que além da tocata, apresentou o hino da escola, cuja música foi composta pelo Cel Zacheu Bargosa, Inspetor de Bandas da BM, tendo na ocasião sido entoado pelos alunos. Existem outros aspectos não menos importantes que deverão ser analisados por quem pretenda estudar o desenvolvimento da obra do Major Miguel José Pereira da Brigada Militar.


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O ÍCONE MAJOR PARA OS BLOGS

Este desenho, elaborado pela aluna, Lívia, que lá frenquentava a 4ª série, no ano de 1976, provavelmente, decorrenTe de algum trabalho escolar , por ocasião do aniversário da escola, que é festejada na data de nascimento de Miguel Pereira, está sendo usado, desde 2008, como ícone identificador dos blogs dediicados ao colégio.


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Hino do G.E. Major Miguel José Pereira Letra de Manoel Wlater Miranda Música do Maestro Cel Zacheu Barbosa da Silva – Inspetor das Bandas 1963 Nosso lema é servir nossa terra Nas milícias do livro e saber Nosso peito a esperança encerra Pela pátria, lutrar e vencer. (estribilho) Major Miguel José Pereira O teu nome em nossas almas louçãs É brasão; é fanal; é bandeira Que ilumina radiosas manhãs. A milícia infantil e altaneira De gaúchos erguendo o porvir A coragem é a nossa bandeira E a pátria queremos servir A figura do impávido herói Que é guia na senda da glória Nos aponta o dever que ocnstrói E a beleza sem par da vitória Cantado pela primeira vez em 29 de setembro de 1963. Original fonte, datado de 11 de setembro de 1967, em uma folha de papel almaço pautado, que tem no rodapé da página uma impressão do Plano Nacional de Educação, pela campanha do Material de Ensino. (papel amarelado do tempo, mas em excelente condições)


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MAJOR MIGUEL JOSÉ PEREIRA

Mestre da Língua Portuguesa, nasceu em Taquari, a 29 de setembro de 1870 Autor do 1º Volume do Esboço Histórico da Brigada Militar Jornalista competente, grande colaborador da Revista Militar Obedecendo determinações superiores, participou de diversos combates Recompensado por atos de bravuras, recebeu, do governo Federal, as honras de Capitão do Exercito Mérito a assinalar foi sua inclusão na Guarda Cívica, como sub-oficial, em 8 de janeiro de 1890 Iniciada sua carreira militar, não tardou a receber o posto de major, o que se deu em 5 de dezembro de 1896. Grande incentivador do Ensino Teórico na Brigada Militar Uma vaiosa colaboração prestou ao restabelecimento do Governo Constitucional do Estado e defesa das Instituições Republicanas. Emérito historiador, renomado escritor Lecionou vários cursos para oficiais e sargentos Já oficial, foi nomeado comandante da 3º companhia, do 1º Batalhão de Infantaria. O seu apoio, mesmo reformado, nunca negou à Força Estadual Serviu galhardamente à força que sempre honrou Extremado militar Para tristeza de seus comandados e superiores, afastou-se das Forças Armadas em 9 de agosto de 1911 Este nobre militar faleceu aos 57 anos, em 3 de agosto de 1927 Relembrado e escolhido como patrono da Escola em 11 de junho de 1966 Evocamos tua memória Irmanados neste dia, Reconhecemos teu grande valor A ti, nossa homenagem e admiração! Auno Santo turma 1


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Foto que retrata a nova escola que foi construiada junto a antiga e a substituiu

Foto atual da Escola Estadual Major Muguel JosĂŠ Pereira

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Notícias da inauguração da Escola na mídia de Porto Alegre à época

Realizou-se na semana passada a inauguração oficial do G. E. “Major Miguel José Pereira”, ocasião em que foi homenageada a Brigada Militar pelo corpo docente e discente do estabelecimento. O patrono do colégio pertenceu àquela Força Estadual, tendo sido professor de português, historiador, jornalista e criador dos Cursos Teóricos para oficiais e sargentos, célula inicial do atual Curso de Preparação de Oficiais da Brigada Militar. Compareceram à inauguração grande número de convidados do mundo oficial e social, destacando-se o Comandante Geral da Brigada Militar, Cel. Octávio Frota, Cel. Aldo Ladeira Ribeiro, presidente da Corte de Justiça da BM, profª Elvira Sobral, representando o CPOE, professora Ediht Markaus, Delegada de Ensino, profª Anita Barragan, diretora do GE “Dolores Alcaraz Caldas”, vereador Alberto Schroeter, padre Marçal Selbach, vigário da Paróquia do Sarandi, Sr. Drebs, presidente da Associação de Moradores da Vila Elizabeth, poeta Manoel Walter Miranda, autor da letra do Hino do Colégio, cap. Aldo Danesi, Chefe do Serviço de Relações Públicas da BM e que foi entusiasta colaborador para o êxito das cerimônias, demais oficiais da Brigada Militar, professores, representante


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do Círculo de Pais e Mestres, bem como pais de alunos. O programa constou de recepção às autoridades, inauguração do retrato do patrono, discurso do orador oficial, cel. Aldo Ladeira Ribeiro, inauguração de placas como o nome do Grupo e outra em homenagem à Brigada Militar, agradecimento por parte de uma aluna do 5º ano. Hino do Colégio, cantado pelos alunos com acompanhamento da Banda da BM, música esta de autoria do cap. Maestro Zacheu Barbosa da Silva, discurso doa profª Marlou Zanella, em nome do corpo docente. Após, ouviu-se a palavra do cel. Octávio Frota que teve carinhosas referências ao trabalho do magistério em geral e mais em especial ao das professoras do GE “Major Miguel José Pereira”. Convidados a visitar a exposição de trabalhos didáticos desenvolvidos pelos alunos até a presente época escolar foram após, os presente, recepcionados com um coquetel durante o qual tiveram ocasião de apreciar uma encenação pelos alunos do 4º ano, “Brasil e sua Gente”, sob a orientação da professora Leny Silveira Netto. Finalizando, apresentou-se um CGT Mirim “laço Pampeano”, especialmente convidado que deu demonstrações de danças gauchescas. Encerrando as solenidades, a diretora do Grupo Escolar “Major Miguel José Pereira”, profª Emery Maciel Santos, agradeceu a presença dos convidados, em especial dos homenageados que foram o Comandante Geral da BM e todos seus camaradas da Brigada Militar.


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GRUPO ESCOLAR “MAJOR MIGUEL JOSÉ PEREIRA” – Contando com a presença do cel. Octávio Frota, comandante-geral da Brigada Militar, teve lugar, na Vela Elisabeth, nesta Capital a inauguração do Grupo Escolar “Major Miguel José Ferreira”. Vasto programa de solenidades, elaborando pela atual diretora da Escola, profª Emeri Maciel dos Santos, foi desdobrado na oportunidade, o qual teve início com o hasteamento do Pavilhão Nacional pelo cel. Octávio Frota. Fizeram uso da palavra o cel. Aldo Ladeira Ribeiro, traçando a biografia do Patrono do Grupo; a profª Marlen Zanele, em nome do corpo docente do Educandário, e o cel. Octávio Frota, manifestando o júbilo da Brigada Militar pela adoção do nome de um oficial da Força Pública do Estado para o referido Grupo Escolar, responsável pela educação de mais de mil crianças brasileiras. As autoridades presentes tiveram a oportunidade de visitar uma exposição de trabalhos de autoria dos alunos da escola e de assistir a uma demonstração de danças folclóricas a cargo da profª Lenir Silveira Neto. Ao ato compareceram, além do comandante-geral da Brigada Militar, titulares de diretorias, comandantes de Corpos e chefes de Serviços da BM; a representação da 1ª Delegacia Regional de Ensino; o Pároco da Vela; o cel. Raul Oliveira, chefe do Estado-Maior da BM; Profª Emeri Maciel dos Santos e o Corpo Docente do Estabelecimento. Os flagrantes foram apanhados na oportunidade.


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Algumas considerações sobre peças obtidas

Foto constante no relatório anual de 1970 como que sendo das festividades de aniversário do colégio. Busca-se a identificação das pessoas constante dela. Há a citação do general Junqueira, que nesse ano compareceu as festividades da escola, que teriam comparecido irmãs suas. Outra expectativa que se tem é das professoras que inauguraram o nome de Miguel Pereira na escola.

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Dr. Francisco Pereira Rodrigues sobrinho neto de Miguel Pereira

Ele é o atual presidente da Academia Riograndense de Letras e o idealizador da Casa de Cultura em Santo Amaro do Sul em General Câmara

Opúsculo que descreve a Casa de Cultura Miguel José Pereira e todos os atos de sua inauguração em 1º de maio, do ano de 2000, em Santo Amaro - General Câmara, incluindo a manifestação do Dr. Francisco Rodrigues Pereira, sobrinho neto do Major Miguel Pereira, entre outras autoridades.

Placa comemorativa a instalação da Casa de Cultura Miguel José Pereira, afixada à parede externo do prédio, durante os atos de inauguração em 2000, definindo todos os créditos dessa decisão municipal. Ressalte-se que o prédio é tombado pelo IPHAN, com mais uma dezena de outros nas proximidades, e que Santo Amaro é por isso património da humanidade, representando o berço da colonização açoriana do Rio Grande do Sul.


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Livro e Fotos doadas pelo Dr. Francisco para acervo deste inventรกrio

Livro de autoria de Francisco Pereira Rodrigues

Miguel Pereira entre dois primos

Miguel Pereira retirado em Taquari


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A casa de cultura Miguel José Pereira objetiva resgatar a cultura açoriana trazida para nosso Estado.

Aspecto frontal da Casa de Cultura Miguel José Pereira, na praça central de Santo Amaro, um prédio histórico tombado e com destaque na “Sala açoriana” criada em 2 de maio de 1992, em conjunto com o Instituto Cultural Português, com fortes alços de intercâmbio com Portugal

Dr. Francisco Rodrigues Pereira Francsico Rodrigues Pereira é sobrinho neto do Major reformado da Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Miguel José Pereira. Bacharel em Direito, ele é o atual presidente da Academia Riograndense de Letras, que já dirigiu em outras duas oportunidades, quando em uma delas atuou com dois brigadianos acadÊmicos, o coronel Hélio Moro Mariante, que foi se scretário e o coronal José Hilário Retamozo.. Autor de mais de 40 livros é um dos grandes intelectuais do estado gaúcho. Ele completou em 23 de abril, desse ano de 2011, 98 anos de idade. É um cidadão centenário mas lúcido, ativo e independente. Na intimidade, algumas pessoas, na sua Santo Amaro, o chamam de Chico Rodrigues. Não teve um contato mais direto com seu tio avô, o Miguel como era chamado. Ele era menino e o assistia ao longe. Porém, ao conversar com o Dr. Rodrigues, mesmo que rapidamente, já se depara com a mesma garra na busca do conhecimento de Miguel Pereira e, por incrível


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que pareça, a coincidência de terem pertencido a uma mesma instituição em comum, a Academia Riograndense de Letras. Professor Francisco, como muitos lhe chamam, não esconde o orgulho da trajetória de seu tio-avô Miguel. O Dr. Francisco Pereira foi o idealizador da Casa de Cultura açoriana dde Santo Amaro, em General Câmara, cujo processo desse empreendimento está registrado em opúsculo que transcreveremos em tudo que diz respeito direto ao Major Miguel Pereira. Ele também, através das fotos abaixo, fez a confirmação que os restos mortais do seu tio avô (Miguel Pereira), estão depositadas em urna, no túmulo da família, no cemitério da localidade de Santo Amaro, conforme fotos abaixo. Ali estão o irmão Tomás josé Pereira, Ten Cel da Guarda Nacional e o pai, patriarca de todo o clã Pereira, que também era Ten Cel da

As fotos foram tiradas em janeiro de 2011. Destaca o jazigo do clã Pereira, junto ao jazigo capela, que lhe está encostado.

Guarda Nacional, além de outros membros. O cemitério fica a entrada da localidade, uns trezentos metros antes do casario, a direita de quem para lá se dirige. Da estrada, ao dobrar a direita, já se avista seu portão de ferro típico dos chamados campos santos do século passado. O jazigo está situado há uns 40 mts diretos a frente da entrada, na esquerda de quem entra, ao lado de um outro jazigo em forma de capela. Ele é uma lápide com uma pedra de 30x90 cm de altura terminado por um crucifixo, que fica com pouco destaque pela proximidade daquele jazigo capela ao qual está encostado.


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O Dr. Francisco fez questão de posar com o original volume II, do livro Esboço Histórico da Brigada Militar, elaborado por seu tio avô Major Miguel Pereira, quando o entrevistamos em sua casa, no centro de Porto Alegre, em primeiro de abril de 2011.

Thomaz José Pereira - O Patriarca do clã Pereira Foto de um quadro, estilo antigo (ovalado), publicada na página 45 do livro “Farrapo Heróico”, de autoria do Dr. Francisco Pereira Rodrigues. A obra é um poema que narra a saga de um soldado farrapo,


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sob a visão pessoal do autor sobre a Revolução Farroupilha, em 121 quadras com 484 versos, editada pela Martins Livreiro, de Porto Alegre e que se encontra esgotada. Ele se expressa na apreseentação do livro, que de sua convivência com o avô materno, filho mais velho do Ten Cel da Guarda Nacional, Thomaz José Pereira, (o Camilo) e que socorreu 80 anos mais tarde de sua memória, das longas horas, que por caminhos épicos eram palmilhados por seu pai para ele. Também enfatisa o aspecto ficcional do poema.

A foto acima está publicada na página 47 do livro “Farrapo Heróico”, de autoria do Dr. Francisco Pereira Rodrigues. A foto tem como legenda: Filhos de Tomaz José Pereira e Maria da Silva Belhar. Poor ordem de idade. Da direita para a esquerda do leitor. Sentados: Camilo, Josquim, João; De pé: Camilo, Rufino, Amaro, Miguel. Ausentes: Álvaro, e Favorina, esta, então, falecida.


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Centro Cívico Cultural Major Miguel Pereira Entidade da pesquisa histórica Brigadiana

cccmmp

O Centro Cívico Cultural Major Miguel Pereira foi fundado em 06 de junho de 1984 como uma entidade de Direito Civil, sem caráter lucrativo, de fins culturais dedicado à história da Brigada Militar. Dentre seus 18 oficiais fundadores, cinco são autores de livros e pesquisadores que já não estão mais entre nós. São eles os coronéis Hélio Moro Mariante, José Hilário Retamozo, Edmundo Danti Zanetti Porto, Nilo Silva Ferreira e José Monir Borba. Os demais, treze fundadores são Gelson Airton Mesquita Vinadé, José Luiz Silveira, Moacir Almeida Simões, Santos Roberto Rocha, Ubirajara Anchieta Rodrigues, Afonso Landa Camargo, Vanderlei Martins Pinheiro e Verlaine Ulharuso de Vasconcellos. O major Miguel Pereira foi escolhido por unanimidade para patrono e denominação da entidade por sua relevância à existência de uma linha de tempo organizada documentalmente. Assim, pelo menos esse grupo de oficiais, passou a comungar de uma intimidade maior com o Major Miguel Pereira, pois a instituição passou a ser referida tão somente pelo nome do patrono, ou seja, hoje temos reunião do Miguel Pereira ou no Miguel Pereira. Como toda a entidade cultural, sem recursos públicos, vivia e crescia da abnegação de seus fundadores. Ela surgiu a partir de um ciclo de palestras sobre história da Brigada Militar, organizada, pela Revista Unidade, no Clube Farrapos no ano de 1983. A totalidade de seus fun-


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dadores eram também sócios da Revista Unidade e entenderam estar a atividade de pesquisa histórica, fora dos objetivos daquela revista, necessitando de uma entidade própria. No ano de 1985 o Centro Cívico Cultural Miguel Pereira promoveu em conjunto com a Coordenação da disciplina de Educação Moral e Cívica (COMOCI), da Secretaria de Educação do Estado, um simpósio sobre história da Brigada Militar. Deste evento resultou a publicação de uma obra com as palestras proferidas por todos eméritos pesquisadores e historiadores que participaram do simpósio. O Centro Miguel Pereira continuou com suas reuniões e o planejamento de alguns eventos que pudessem contribuir para a difusão dos fatos históricos importantes para os brigadianos e a sociedade gaúcha. Quando o então Capitão Moelito Savariz, assume a presidência do Centro Cívico, por volta de 1999, logo em seguida também foi eleito para o Movimento Tradicionalista Gaúcho “MTG” e, corretamente, priorizou aquele trabalho que era mais abrangente para a sociedade. Desde então o Centro Cívico Miguel Pereira não mais se reunião, o livro de atas e um mínimo acervo se encontram em posse do major Pércio Brasil Álvares, aguardando definições da gestão ainda em vigor Encontrei, em março de 2011, o Cel Moacir de Almeida Simões, autor de livros sobre a história da Brigada, o qual nessa reunião casual, no Museu da BM e, na presença da diretora daquela Casa, a major Najara, disse que vai dirigir esforços para a reativação dessa entidade. Dois dias após obtive, por telefone no MTG, o email do Cel Savariz. Ele me respondeu que, realmente ficou desativado e que ele achava que poderia ser retomada a ativação. Se propondo a conversar sobre isso. Nesse Email, também informou não poder comparecer a reuniao de Instituições Miguel Pereira, com o comandante geral, em 3 de maio 2011, por estar comprometido como palestrante, em Fagundes Varela,. Diretoria eleita em 23 de setembro de 1998 (data de nascimento do Maj Migule Pereira), conforme cópia da Ata nº 2: Manoelito Carlos Savaris - Presidente , Moacir Almeida Simões - Tesoureiro, Edmundo Dantes Zanetti Porto - Diretor De Pesquisa (todos eleitos no dia da ata), Pércio Brasil


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Instituto de Pesquisa da Brigada Militar

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Sede do IPBM na avenida Aparício Borges, no bairro Partenon em Porto Alegre

IPBM - Instituto Maj. Miguel Pereira

(Texto copiado do portal da BM www.brigadamilitar.com.br)

O INSTITUTO DE PESQUISA DA BRIGADA MILITAR (IPBM) originou-se de um projeto apresentado em novembro de 1987 à Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul, pelo então Capitão Vanderlei Martins Pinheiro, propondo a criação do Instituto para Pesquisa e Desenvolvimento da Segurança Pública. Sua efetiva criação deu-se através do Decreto nº 32.996, de 12/10/88. Subordinado ao Departamento de Ensino da Brigada Militar, o IPBM é o órgão de fomento à pesquisa, encarregado do planejamento, da coordenação e da execução de projetos afins, nos diversos campos de atuação da Brigada Militar. Foi inicialmente instalado de maneira precária e provisória em 12/10/88, junto à sala de reuniões da então Diretoria de Ensino, na Av. José do Patrocínio, nº 534, em Porto Alegre, quando se apresentou seu primeiro Chefe, ainda em caráter interino, Major Santos Roberto Rocha, oriundo do 12º Batalhão de Polícia Militar, de Caxias do Sul.


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Em 31/01/89, o Tenente-Coronel Luiz Gomes de Oliveira assumiu a condição de primeiro Chefe efetivo do IPBM. Em 1989, o IPBM elaborou o planejamento de suas atividades, qualificou recursos humanos através de cursos de Metodologia da Pesquisa, obtendo-se a definição da missão do órgão e das linhas de pesquisa a serem desenvolvidas na geração de trabalhos científicos, a saber: Missão “Produzir conhecimentos científicos e desenvolver técnicas que permitam administrar a realidade da segurança pública afeta à Brigada Militar, bem como aperfeiçoar o trabalho policial e de bombeiro, tendo em vista o bem-estar da sociedade”. Linhas de Pesquisa “Estratégia e Fundamentos de Segurança Pública, Tecnologia, Procedimentos Operacionais e Recursos Humanos”. Em 16 de novembro de 1990, foram inauguradas as atuais instalações e, em dezembro daquele mesmo ano, foi instituído o patrono do IPBM, Major Miguel José Pereira, figura de destaque no cenário cultural gaúcho, fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande Sul, membro da Academia Riograndense de Letras e, por 15 anos, Chefe do Estado Maior da Brigada Militar.

afins;

COMPETÊNCIAS DO IPBM •Manter cadastro de pesquisadores, pesquisas e entidades

•Acompanhar e avaliar projetos de pesquisa, estudos técnicos e obras quanto à pertinência, validade, utilidade, formalística e aplicabilidade; •Elaborar projetos e proceder pesquisas regularmente encomendadas por outros órgãos da Corporação; •Efetuar intercâmbio técnico-científico com organizações de


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pesquisa;

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•Difundir o conhecimento produzido para a comunidade, buscando sua aplicação no exercício das ações de Polícia Ostensiva e de Bombeiros; •Estimular e desenvolver o comportamento investigativo e científico da Instituição; •Apoiar, no âmbito da Corporação, as investigações científicas desenvolvidas em todas as áreas de conhecimento interessantes à Instituição. Direção Atual do IPBM Ten Cel Liiz Fernando Thomé Malabarba

Fim do texto do portal

Considerações No histórico virtual do IPBM, no portal da Brigada Militar, transcrito acima, está relatado que em dezembro do ano de 1990, foi-lhe instituído como patrono o Major Miguel José Pereira. Apresenta-o como snedo figura de destaque no cenário cultural gaúcho, fundador do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande Sul, membro da Academia Riograndense de Letras e, por 15 anos, Chefe do Estado Maior da Brigada Militar. O autor desta pesquisa, sobre o Major Miguel Pereira, foi o proponente à criação do IPBM, bem como, cinco anos mais tarde, servindo no IPBM, foi o proponente do nome de Miguel Pereira, para patrono. Por isso gostaria de traçar algumas considerações pessoais, mas dizem respeito à difusão e auto resgate do Major patrono. Um depoimento de quem achava estar iniciando um resgate. Primeiro vamos esclarecer sobre o patronato no IPBM. Toda indicação de Patrono de OPMs como de qualquer órgão público ocorre através de ato jurídico competente do poder público. Miguel Pereira é o Patrono do Instittuto de Pesquisa da Brigada Militar por determinação


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do Decreto nº 33.743, de 4 de dezembro de 1990. Este decreto estadual foi transcrito no Boletim Geral da BM nº 232, de 10 de dezembro de 1990 e, retranscrito no Boletim Interno do IPBM de nº 042, de 21 de dezembro de 1990. Neste mesmo texto legal foram instituídos outros quatro patronos de OPMs, além do órgão de pesquisa brigadiano. Também, como o fazem os textos legais dessa espécie, para a Brigada Militar, define como deves ser usado o no patronato, o nome do homenageado. Neste caso, o parágrafo único do decreto expressa: “Nos documentos de caráter oficial as denominações das Unidades (neste caso o Instituto e os outros OPMs do decreto) deverão ser acrescidas dos nomes dos Patronos instituídos por este Decreto, na seguinte forma: IPBM - Instituto Maj. Miguel Pereira Retomando as considerações, vou depor sobre a expectativa que tinha, à época da indicação de Miguel Pereira para Patrono do IBPM. Achava estar começando o resgate do “Pai da história Brigadiana. Alguns anos antes da tarefa de propor Miguel Pereira a este patronato e, mais fortemente, nos cinco anos que decorrerão entre este ato e proposição na secretaria de segurança pública de criação do IPBM, comecei a trabalhar com pesquisa histórico institucional brigadiana. E para qualquer um que assim proceda encontrará em Miguel Pereira o único guia preciso. A partir do Esboço Histórico da Brigada Militar, de autoria dele, passei a visitar, regularmente, o Cel Hélio Moro Mariante. E a ele agradeço a minha iniciação no universo da pesquisa. Ele (Cel Mariante) dava ênfase a figua de que a pesquisa é como desmontar toda uma floresta na busca de um pau de fósroro. Posso até dizer que houve uma parceria com o Cel Mariante, tanto que no seu livro “Sarilhos Milicianos”, das páginas 116 a 119, ele insere um capítulo de “Assuntos Profissionais”, assinado como uma colaboração minha. Mas foi Miguel Pereira que me levou ao Cel Mariante. Voltando ao IBPM, quando foi feita a proposta de indicação de Miguel Pereira para o Instituto de Pesquisa da BM, não houve esta pesquisa sobre o personagem que estou fazendo hoje. Como integrante da Comissão Editorial da Brigada Militar, e por isso consto na orelha do livro “Sarilhos Milicianos”, como capitão secretário do então major Retamozo, presidente, de dita comissão, usei a pesquisa do Mariante sobre


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Brasão do IPBM

Miguel Pereira, constante nesta mesma obra para fundamentar o pedido de patronato. Com essa atitude me julguei resgatando o indicado, como se ele fosse um injustiçado na memória corporativa. Não estava ainda preparado pois o Cel Mariante fez um resumo geral e lá no livro dele Crônica da Brigada Militar Gaúcha, estam registrado mais detalhes sobre Miguel Pereira que ele não incluiu, no perfil dos Sarilhos Milicianos. Eu não pesquisei, e lá consta a travessa com seu nome no bairro Teresópolis, em Porto Alegre, que é de 1948 e, nem o Escola Estadual com seu nome, também em Porto Alegre, que é de 1963. Comodamente, me amparei em um documento, de um único autor e com isso desperdicei um tempo precioso que talvez tenha permitido a perda de informações mais detalhadas sobre o pesquisado. Mas foi com esse mesmo espírito de entender Miguel Pereira como um injustiçado histõrico por que o propus para o Centro Cívico que existe com seu nome para pesquisa histórica da Brigada Militar. No entanto, ao encontrar iniciativas de 1948 (travessa em Porto Alegre), de 1963 (Escola Estadual em Porto Alegre) e da rua em Rio grande que deve estar entre as duas datas, se comprova que Miguel Pereira esteve, por seu Esboço Histórico, sempre presente na instrução ou disciplina de História. E que seu nome, quando possível foi pinçado para um destaque de direito. Acredito que a indicação de patrono da casa da pesquisa da


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Brigada Militar que, segundo sua criação legal o é para a pesquisa segurança pública afeta à Brigada Militar, é uma consagração que mantém vivo os ideiais deste monumental brigadiano. No gabinete do chefe do IPBM há a foto do patrono reprografada da existente no gabinete do Chefe do Estado Maior da Brigada Militar, cargo que Miguel Pereira exerceu mas, que à época, tinha outra denominação, a de Quartel Mestre. Esta fotografia, de lá copiada, é das mais nítidas do rosto de Miguel Pereira que se possui. O destaque está no grande chumaço de barba, no espaço sob o lábio inferior, atualmente denominado de “mosquinha”, que ele usava mas com a barba raspada.

Foto Aqui do Mig Per Ch EMBM


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Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul

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DECRETO Nº 33.743, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1990. Institui Patronos de Unidades da Brigada Militar. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado, DECRETA: Art. 1º - Ficam instituídos Patronos de Unidades da Brigada Militar os seguintes Oficiais: - 16º Batalhão de Polícia Militar - Ten. Cel. RUBINEI RICARDO DA SILVA - 14º Batalhão de Polícia Militar - Cel. JUSTINO MARQUES DE OLIVEIRA - Batalhão de Polícia Rodoviária - Cel. RICARDO LEAL KELLETER - 6º Grupamento de Incêndio - Maj. EDISON RUIZ PEREIRA - Instituto de Pesquisa da Brigada Militar - Maj. MIGUEL JOSÉ PEREIRA Parágrafo único - Nos documentos de caráter Oficial as denominações das Unidades deverão ser acrescidas dos nomes dos Patronos instituídos por este Decreto, na seguinte forma: - 16º BPM - Btl Ten. Cel. Rubinei - 14º BPM - Btl Cel. Justino - BPRV - Btl Cel. Kelleter - 6º GI - Gpt Maj. Ruiz - IPBM - Instituto Maj. Miguel Pereira Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário. Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 4 de dezembro de 1990.


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Instituto de História Geografia/RGS

Miguel Pereira: 48º membro fundador, mas o 33º efetivo

Certidão fundacional Há um quadro no Instituto Histórico e Geográfico do Estado do Rio Grande do Sul (IHGRGS) que é a certidão fundacional da entidade. Ele dá a idéia do édito - para todos que o assistam - é público. Naquele quadro envidraçado, de 50x40cm constam arrolados em uma tabela 55 fundadores. As colunas da tabela controlam o nº de lançamento, nome, tíiulos, categroria, dia/mês e ano da admissão, e observações, onde está lançado o proponente do fundador. Miguel Pereira é o 48º da lista, titulado como “Militar”, na categoria de “Efetivo”, tendo como data de adminssão “5 de agosto de 1920” e, constando como sua observação ter sido “Proposto por Souza Docca”. Ainda analisando o quadro vemos a distribuição de associados “Efetivos” e “Correspondentes”, sendo 37 dos primeiros, aos quais pertencia Miguel Pereira e, 18 da segunda categoria. Também há três datas distintas para a admissão e que são: 5 e 11 de agosto e 20 de setembro, todas datas de 1920. Nas duas primeiras datas existem sócios das duas categorias como um ser organismo vivo em expansão na natureza. Na


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terceira data há tão somente a adminssão de um sócio correspondente. O Major Miguel Pereira foi o 48º membro fundador, mas como 33º sócio efetivo e seu proponente foi o tenente Emílio Fernandes de Souza Docca, que também apresentou mais três nomes além de Miguel. O Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS) tem por finalidade promover estudos e investigações sobre História, Geografia, Arqueologia, Filologia, Antropologia e campos correlatos de conhecimento, principalmente centrados no Rio Grande do Sul. Preserva a memória rio-grandense através de fundos documentais e acervos bibliográficos que servem, também, para embasar as investigações e a construção de massa crítica sobre seu objeto de trabalho. Miguel Pereira fez parte da primeira diretoria constituída para o IHGRGS, constando como 4º membro da Comissão Permanente de Fundos e Orçamento, a primeira das sete comissões previstas. Publicado no livro histórico do IHGRGS. Na revista do IHGRGS, do 3º trimestre - ano I, de 1921, editado pela Livraria do Globo, consta das páginas 546 à 555, a publicação de uma produção, intitulada de “Discurso do Sr. major Miguel Pereira lido na sessão de 14 de julho” em que ele faz uma análise da queda da Bastilha na França em 1789.


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Academia de História Militar Terrestre do Brasil

Cel EB Claudio Moreira Bento Presidente da AHIMTB

ACADEMIA DE HISTÓRIA MILITAR TERRESTRE DO BRASIL A Academia de História Militar Terrestre do Brasil - AHIMTB, fundada em 1º de março de 1996, é dirigida pelo Cel EB Claudio Moreira Bento e tem sede na Estrada Resende-Riachuelo, 2535 - Caixa Postal 81.698; CEP: 27501-570 - Resende - RJ - Fone: (0243) 54-1140 - Fone: 54-2933; Portal www.ahimtb.org.br e também tem parceria com o Portal www.militar.com.br que publica a Revista Eletrônica AHIMTB com artigos de interesse histórico-militar. O Guararapes é o órgão de divulgação de todas as atividades atuando a partir do portal da Academia. A AHIMTB está destinada a pesquisa e difusão dos valores militares a partir da história militar terrestre do Brasil. Tem 40 cadeiras homenageando ilustres e valorosos militares patriotas, pelos ocupantes de outros de igual cepa que se comprometem com a pesquisa. Incluem-se


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cadeiras especiais onde constam policiais militares. O Major Miguel Pereira é patrono de cadeira especial nº 1, da Academia de História Militar Terrestre do Brasil (AHIMTB), foi o primeiro policial militar com essa distinção. A cadeira foi inaugurada pelo Ten Cel José Luis Silveira em 21 de março de 1997, no Quartel do 6º Batalhão de Engenharia de Combate, em São Gabriel. A saudação do Ten Cel Silveira ao Major Miguel Pereira está registrada nas páginas 34 a 57, do livro de posse nº 5, da AHIMTB. O Ten Cel PM Silveira deixou de ser o patrono da cadeira quando faleceu em julho de 2004 e por seus relevantes serviços prestados à pesquisa foi consagrado como patrono da Delegacia da Academia de História militar Terrestre do Brasil, em Santa Maria, uma das maiores guarnições do Exército, fora das capitais de Estado. Em 16 de novembro de 2005, no Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) tomou posse na cadeira Major PM Miguel Pereira, em substituição ao falecido acadêmico Ten Cel PM José Luis Silveira, como acadêmico, o Major PM André Luis Woloszyn. Recentemente, Ten Cel PM Woloszyn foi elevado a condição de emérito na AHIMTB e a cadeira do Major PM Miguel José Pereira, se encontra vaga. Rev Guararapes nº 08, dos meses de jan-mar de 1997, publicou: Em 21 março 1997, na Caserna de Bravos -6 o BE Cmb em São Gabriel-RS, será empossado o historiador da Brigada Militar do Rio Grande do Sul,ten cel (PM) José Luiz da Silveira, talvez único veterano do último confronto militar no Rio Grande do Sul ,o combate de Cerro Alegre ,em Piratini ,em 20 set 1932 e na cadeira especial que tem por patrono o historiador da Brigada Militar -major Miguel José Pereira, autor de Esboço Histórico dsa Brigada Militar do RGS 1893-l9l7 . A cadeira do Major Miguel José Pereira, na AHIMTB, já na revista Guararapes nº 09, dos meses de abr-jun de 1997, estava devidamente catalogada. Quanto ao discurso proferido pelo Ten Cel PM José Luiz da Silveira, sobre o Major Miguel José Pereira, que nos foi informado pelo presidente da AHIMTB, Cel Claudio Moreira Bento, sobre estar publicado no livro de posse nº 5, estamos no aguardo para reuní-los a este inventário de fontes.


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Academia Riograndense de Letras

O Dr. Francisco Pereira Rodrigues, atual presidente da Academia, na entrevista para esta pesquisa, quando ele fez questão de posar com um exemplar original do 2º volume do Esboço elaborado pelo major Miguel Pereira, em 1919. Ele é sobrinho neto do major.

Miguel Pereira é um dos fundadores (Pesquisa básica obtida no texto do Cel Mariante)

O major Miguel José Pereira foi um dos membros fundadores da Academia de Letras do Rio Grande do Sul, em sua primeira fase. Chama-se de 1ª fase a fundação de 1º de dezembro de 1901, formada com 25 membros fundadores, a maioria deles ligados à imprensa. E aí, estava o escritor Joaquim Alves Torres, que segundo o Cel Mariante, foi a cadeira ocupada por Miguel Pereira. O Joaquim Alves Torres foi um teatrólogo, que vivia da função pública, onde exercia o cargo de Oficial da Tesouraria do Estado. Suas peças eram representadas no Teatro São Pedro, em Porto Alegre, entre elas: O sexto pecado mortal, O homem de luto, O esposo, amor e Ciência, O cometa, A mulher em concurso e O marido de Ângela. Na oportunidade da posse de Miguel Pereira, em que não está


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definida a data, ele foi recepcionado, pelo acadêmico Luís Mariano da Rocha, conforme a praxe acadêmica. Há dificuldade documental sobre esta fase da Academia que envolveu disputas acirradas bastante fortes entre duas ou três organizações que buscavam a primazia em ser o órgão oficial das Letras no Rio Grande do Sul. Situação que após pacificada legitima a atual Academia. Segundo ainda o Cel Mariante, Miguel Pereira se houve com destacada atuação acadêmica. Teve vários trabalhos publicados na revista da entidade. Foi o orador oficial na solenidade de comemoração do primeiro aniversário do sodalício, quando desenvolveu a tese “Evolução Histórica”, versando sobre temática de arqueologia. Sendo que há um trabalho publicado na Revista Pindorama nº ?????? com esse mesmo título. Em nome da academia o major Miguel Pereira recepcionou, em data que não pudemos ainda definir, o escritor Ulisses Cabral, como novo integrante do quadro de membros da instituição. Tem inúmeros trabalhos esparsos em periódicos, salientando-se o ensaio “Imigrantes”, publicado na Revista nº VIII da Academia de Letras, no ano de 1901. Consagrado autor do Esboço Histórico da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, que pode ser considerada sua obra clássica na historiografia brigadiana. (1º vol. 1917; e 2º vol. 1920). Publicou, em 1921, o discurso “O 14 de junho” e a conferência “A evolução histórica”. Traduziu do francês “ Os grandes conflitos psicológicos” e “Os novos pólos políticos e os futuros dominadores do mundo”, ambos de autoria do consagrado médico e escritor, francês Gustav Le Bom. Deixou, inéditos, “funções do pronome “QUE” e da partícula “SE” e “emprego do infinitivo em português”.


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Do seu Esboço Histórico há uma edição reunindo os 1º e 2º volumes, com notas de Aldo Ladeira Ribeiro, publicada no ano de 1960. Em analisando o Miguel Pereira academêmico e seu sobrinho neto, atual presidente da Academia Riograndense de Letras, escoimadas as questões fundacionais da Academia, há uma série de coincidências ou identidades, entre eles, ainda mais se levado em conta que o contato entre ambos foi de um menino que olhava e, por poucas vezes, o irmão de seu avô (seu tio-avô). São dois intelectuais com profundas raízes na localidade de Santo Amaro. Migel Pereira se recolheu para lá com consciência de sua situação de iminência da morte, ou pelo menos buscou o recôndito da família, nessa situação. O Dr. Francisco Pereira Rodrigues, com seus 92 anos de idade, divide sua vida entre sua casa em Porto Alegre e a casa que também mantém na Santo Amaro. Também, há a questão fisionômica. Claro que ela é de cunho genético. Mas ele é como seu tio avô, são pessoas de baixa estatura, quando as fotos, dos álbuns de família, retratam um média bastante alta na estatura masculina. Mas não só isso, ao conversar com o Dr. Francisco e vê-lo relatar sobre o Miguel, nos dá a impressão que essa identidade, também o possa ser, na forma de falar, no cuidado com o verdadeiro significado das palavras e com o carinho com o conhecimento. Até há um breve traço da expressão fisionômica que nos possa identificar a gene comum. Academia Rio-Grandense de Letras. Rua dos Andradas, 1234, com. 1002 CEP 90020-008 Porto Alegre RS. Declarada de Utilidade Pública: Decreto Federal 32992, de 09.06.1953. Estatuto nº 49.334, Registro no Cartório Civil e Pessoas Jurídicas de Porto Alegre. Possui o portal: http://www.arl.org.br/, criado por Priscila P. Pinto. Em 11 de junho de 1910, foi reinaugurada com o nome de Academia de Letras do Rio Grande do Sul, mas em 1940 retomou o nome original.


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ESTATUTO DA ACADEMIA RIO-GRANDENSE DE LETRAS Art. 2º Com âmbito neste Estado, sede e foro em Porto Alegre, e duração indeterminada, sob a divisa “Vitam Impendere Vero”, a Academia Rio-Grandense de Letras, sociedade civil sem fins lucrativos, sem conotação política, sectária ou religiosa, tem por objetivos precípuos, o culto às letras, o permanente estímulo à cultura, ao civismo e mais os seguintes desideratos: I – Proceder ao estudo e levantamento vocabular do idioma português falado no Rio Grande do Sul, de modo especial em seu aspecto paradialetal de cunho regional; II – propugnar por pesquisas e medidas que assegurem o fortalecimento e a expansão da cultura; III – cultuar e promover a memória, a vida e a obra dos escritores rio-grandenses vinculados à Academia Rio-Grandense de Letras, tornando-a sempre mais conhecida, para o que coligirá todos os dados bibliográficos e o acervo autoral de cada acadêmico. IV – estimular as belas letras, de per si ou mediante convênio com outras entidades, instituindo concursos e troféus; V – colaborar com o Poder Público em tudo quanto condiga com o desenvolvimento cultural do Estado; VI – manter intercâmbio cultural com as entidades congêneres e similares, em âmbito nacional e internacional. Gostaria de receber uma informação mais detalhada. Os acadêmicos da 1ª fase não foram incorporados posteriormete? As denominações não me estão claras. Hoje é Academia Riograndense de Letras. Em 1º de dezembro de 1901, qual era a denominação real da Academia? e houve, alguma outra, além destas duas? Qual denominação e data?


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Travessa Miguel Pereira

Está sendo refeito o mapa

Como chegar à travessa Miguel Pereira? Da avenida Teresópolis suba a rua Professor Carvalho de Freitas e continue pela rua general Gomes Carneiro, que ise nicia ao final da lomba, com um pequeno espaço triangular dividindo o encontro das ruas. Na segunda rua a esquerda é a travessa. Vindo do Centro, segue o fluxo da Carlos Barbosa, que termina na esquina e sinaleira da Avenida Niterói. Em 50 metros há outra sinaleira e já a rua Sepé Tiarajú. Nessa esquina a direita é o antigo Clube Gaúcho, todos os coletivos dobram a esquerda. Ali começa a avenida Silva Paes e na primeira entrada a direita, meio em diagonal é a rua general Gomes Carneiro, a segunda a direita é a travessa. A outra alternativa, para quem vem do Centro, estando de carro, é subir sempre a Sepé Tiarajú, ao invés de dobras à av Silva Paes, sendo então a terceira via à direita, a travessa Miguel Pereira..

Um logradouro na Capital (em Porto Alegre)

A empresa denominada Sociedade Imobiliária Popular Ltda, de Porto Alegre, ao realizar um loteamento, em 1948, nesta Capital, na localidade hoje conhecida como bairro Alto Teresópolis, dirigiu-se ao poder público municipal da época, solicitando que, estando em adiantada em sua execução, houvesse a designação de nomes das logradouros do arruamento daquele empreendimento. No processo existente no arquivo Histórico da PMPA (Aveni-


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da Bento Gonçalves), tanto no referente à respectiva Lei nº 143, daquele ano, quanto ao processo administrativo que a antecedeu e instruiu, não consta pedido formal da Imobiliária emprededora do loteamento para as referidas denominações. Mas foi isso que ocorreu e é deduzido pelos despachos, dos poucos documentos que há ali estam preservados. A biblioteca da da Câmara de Vereadores de Porto designa essa documentação de PL 73/48. No entanto, no Arquivo Histórico da PMPA, não o tem com essa denominação. Os documentos existentes, no arquivo são um do próprio prefeito Ildo Meneguetti ao presidente da Câmara, com a solicitação de denominação do grupo de logradouros do loteamento, outro de uma folha em anexo, sem qualquer indicação de fonte, com um resumo de no máximo quatro linhas de justificativa dos cinco eminente intelectuais gaúchos agraciados na homenagem. Dentre eles um oficial do Exército e um oficial da Brigada Militar. A resposta do presidente da Câmara comunicando a aprovação em plenária da solicitação. E cópias em duplicata de alguns desses documentos. O ofício 1-767, de 25 de outubro de 1948, encaminha em anexo, o processo nº 26.588/48, onde se encontra a nominata e a justificativa dos indicados. Após 30 dias a Câmara, cumpriu o seu trâmite e devolve ao prefeito pelo ofício 1-723, de 25 de novembro de 1948, o processo, agora com nº 26.588, e comunicando que a plenária de 23 do corrente (novembro), aprovara a solicitação do prefeito. Junto segue o parecer 703 da Comissão da prefeitura, tendo o Engº Domingos Francisco Spolidoro, presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, assinado esse encaminhamento. De posse desse do projeto de lei, já aprovado pela Câmara, o prefeito em 26 de novembro, 24 após a aprovação da Câmara, o sancionou, tendo no entanto sua publicação em 1º de dezembro de 1948. O trâmite, acima descrito, não possibilita perceber se houve alguma ação da Brigada Militar na conquista desse espaço para Miguel Pereira. No entanto, algumas considerações ou elucubrações podem ser traçadas. Cinco intelectuais foram escolhidos e indicados. São eles: Alcides Maia, Augusto Daisson, Miguel Pereira, Cezimbra Jaques e Lindolfo


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Color. Além de um resumo biográfico ínfimo de cada um, nada mais na folha branca, tipo papel manteiga, datilografada, nos deixa alguma indicação de quais foram os critérios dessa seleção. Mas Miguel Pereira estava ali? Ele tem um perfil intelectual, mas a partir da Brigada Militar, de quem fora o grande historiador. Então se pressupõe que houve alguém que montou aquela página, por solicitaçãodo prefeito Meneguetti que encaminhou ao presidente da Câmara com a justificativa de cada indicado. E na montagem dos nomes houve o interesse em fornecer um nome brigadiano. Havia outro militar indicado. Este do Exército brasileiro. O major Cezimbra Jaques, precursosr do Movimento Tradicionalista Gaúcho, que inspirou alunos do colégio Julio de Castilhos a nos legarem o MTG. Este também como o major Miguel Pereira era um intelelectual particularizado de um setor da sociedade. Haveria um artífice na escolha dos cinco nomes, que talvez tenha ficado perdido para sempre. Ou talvez o próprio prefeito Meneguetti tenha dado uma linha de intelectuais mas, pelo que encontramos, deveria ter determinado a inclusão de nomes de militares federais e estaduais. Nesse período comandava a Brigada Militar o Cel Walter Perachi de Barcellos. Comandante mas também político.Ele era particular amigo do prefeito Ildo Meneguetti. O que vai definir a questão da vinculação na indicação é a pesquisa nas publicações do Boletim Geral do Comando da BM sobre a inauguração dessa rua. Era praxe, ainda hoje o é, mas muito maior, naquela época, as solenidades para inaugurações de nomes de pessoas ilustres em logradouros. Anexo cópia da Lei que criou a travessa Miguel Pereira.


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LEI Nº 143, de 1 de dezembro de 1948. Dá denominação a diversos logradouros

O PREFEITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Faço saber que o poder Legislativo decretou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º São denominados Praça Alcides Maia, Travessa Augusto Daisson, travessa Miguel Pereira, Rua Cezimbra Jaques e Rua Lindolfo Color, os logradouros constantes do loteamento feito pela Sociedade Imobiliária Popular Ltda. E descrito pela planta anexa, que faz parte integrante desta Lei. Art.2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 1 de dezembro de 1948. Ass. Engª Ildo Meneghetti Prefeito.


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CENTRO CULTURAL MIGUEL JOSÉ PEREIRA

Localidade de Santo Amaro Município de General Câmara Transcrição do opúsculo “Casa de cultura Miguel José Pereira, produzido pela Prefeitura Municipal de General Câmara, e custeada por um grupo de santo-amarense, no ano de 200, quando da inauguração oficial do emrpendimento.

Às dez horas da manhã do dia 1º de maio do ano de 2000, o Município de General Câmara inaugurou, sob a administração da Prefeitura Municipal, a ‘’Casa de Cultura Miguel José Pereira’’, na vila de Santo Amaro do Sul. Como pórtico desta história importante, vai aqui transcrito o artigo intitulado ‘’Expoentes da Cultura rio-grandense em Santo Amaro’’, da autoria de Lúcia Guimarães Moura, publicado na 1ª página do tradicional e valoroso jornal ‘’O TAQUARYENSE’’, da cidade de Taquari, na edição de 20 de maio de 2000.


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Expoentes da Cultura rio-grandense em Santo Amaro

A história Vila de Santo Amaro, onde 16 prédios foram tombados pelo Patrimônio Histórico Nacional, e que já pertenceu a Taquari, viveu a 1º do corrente mês, um dia glorioso, com a inauguração da Casa de Cultura Professor Miguel José Pereira. Idealizada pelo ilustre filho daquela terra o escritor, historiador e poeta Dr. Francisco Pereira Rodrigues recebeu do Sr. Prefeito Municipal Gilberto Pereira , e de sua equipe todo o apoio necessário. A denominação do Professor Miguel José Pereira, uma merecida homenagem a um filho de Stº Amaro, que foi destacado oficial superior da Brigada Militar e reconhecido professor de Português e francês em Escolas da Capital, encheu de orgulho e responsabilidade toda a clã dos Pereira presentes. Para engrandecer este ato oficial, além de autoridades municipais e locais compareceram convidados oriundos de outros municípios. De Porto Alegre, um ônibus especial, trouxe os expoentes da Cultura gaúcha. São eles: Dr. Luis Alberto Cibils – Presidente do Instituto Histórico Geográfico; irmão Elvo Clemente_Presidente da Academia Riograndense de Letras (ambos descerraram a placa inaugural); Dr Caio Prates da Silveira _ Presidente da Estância da Poesia Crioula: Nelson Fachineli – Presidente da Casa do Poeta Brasileiro; Dr. Rossi Berny –Presidente Casa do Poeta Riograndense; Dr. José Moreira – Presidente Academia Literária Feminina; Drª Marilia Becker _Presidente União Brasil


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de Escritores; Santa Ineze Domingues da Rocha – Pres. Do Instituto Cultural Português: Dr. Mosart Pereira Soares – prof. Emérito da UFRGS Srª Maria Leda Macedo, representante do Conselho Estadual de Cultura. Dentre muitas outras pessoas presentes e convidados de destaque no cenário riograndense, destacamos os escritores-historiadores Dr. Sergio da Costa Franco e Prof. Lothar Hessel; Corálio B. Cabeda, Nilza Engel, Ellen Eifler, Cel José Pereira Guimarães e Ciro Ferreira representantes do CTG 35; Dr Lauro Pereira Guimarães. Drª Marilia Fraga Dorneles da Costa e profª Flávia Machado Ferreira. Após a cerimônia foi oferecido um lauto almoço, seguindo a tarde a entrega dos prêmios aos ganhadores do 3º Concurso <<Literário Açoriano Contos e Poesias>> - Concurso local de âmbito nacional. Os festejos encerram-se com uma magnífica tertúlia de alguns presentes. Essa nova Casa da Cultura conta com a Sala Açoriana, Museu e Biblioteca. A pequena vila estava engalanada nesta data, não que nos outros dias ela não apresente além de sua beleza natural e seu bucólico encanto, com construções seculares e carinho de sua açoriana gente, mas nesse dia todos sorriam com o feito. Convenhamos estava a pleiade representativa da Cultura rio-grandense. Engrandece-se Stº Amaro, engrandeceu-se a cultura dos nossos povoadores e homenageou-se a Pátria Mãe, nesses 500 anos do Descobrimento do Brasil. Parabéns Stº Amaro, parabéns General Câmara!

Lucia G. Moura

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O PATRONO Miguel José Pereira, nasceu em Santo Amaro, em 23 de setembro de 1870, filho do tenente-coronel farrapo Thomaz José Pereira e de Maria da Silva Bilhar. Major da Brigada Militar, Documentarista, Historiador, Professor, Publicou ‘’Esboço Histórico da Brigada Militar’’, em 2 volumes. O 1º volume, em 1ª edição, saiu em 1917, com 636 páginas. O 2º volume, foi publicado em 1919, com 455 páginas. A 2ª edição, de ambos, num só volume, saiu em 1950, com 609 páginas, comentado por Aldo Ladeira Ribeiro. Na área didática, Miguel José Pereira publicou, em 1918, ‘’Funções do pronome se e da partícula que ‘’. Obra largamente difundida e elogiada no Estado. Miguel José Pereira faleceu na cidade de Taquari, em 31 de Agosto de 1927, com 57 anos de idade, incompletos, e está sepultado no Cemitério de Santo Amaro.


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DISCURSO DO PREFEITO GILBERTO AMARO PIRES PEREIRA, VALOROSO CRIADOR DA CASA DE CULTURA De tudo que diz respeito a Casa de Cultura e seu Patrono

Este, senhoras e senhores, autoridades e homenageados, é um momento de muita emoção para mim e para todos da Administração Municipal de General Câmara. É sem dúvida alguma, um momento ímpar e principalmente histórico este que aqui estamos vivendo, pois estamos trazendo para a Vila Histórica de Santo Amaro, não só uma obra que consiste na reforma de um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, mas sim, estamos trazendo uma CASA DE CULTURA para que aqui fique realmente abrigada a história de nosso município, principalmente de Santo Amaro que é o berço da nossa formação étnica, política e social. Como em todo o empreendimento que se faça, sempre existira a figura de um idealizador. No caso da Casa de Cultura que hora inauguramos, temos como grande incentivador e idealizador, o Dr. Francisco Pereira Rodrigues, verdadeiro patrimônio histórico de Santo Amaro. Homem que sabe como poucos tratar e enaltecer as coisas de sua terra. Permito-me aqui saudá-lo e agradecer o Dr. Francisco pela feliz idéia de indicar este local onde já foi no passado a Câmara Municipal e que pertence hoje a Sra. Lélia da Rocha Gorgot. Se aqui hoje estamos podendo edificar a casa de Cultura, devemos principalmente aos dois já citados: o Dr. Francisco e a Srª Lélia que também por ser filha desta terra não hesitou um instante seque em participar deste empreendimento, cedendo o prédio à municipalidade através de um Comodato por 16 anos, para que fiquem, não só esta Administração, mas as demais que nos sucederão, podendo contar com este local para que se faça aqui registrar toda a nossa história. Para que se chegasse a esse estágio da restauração, contamos com os profissionais da nossa terra. O Dr. Nelson Tadeu Santos Guedes, engenheiro civil, responsável para recuperação técnica; a Dra. Janisse Costa Guedes, Arquiteta responsável pela execução e o construtor Moacir Teixeira Viana que executou a obra. Longo período foi necessário para que se produzisse tudo como fora na construção original desse prédio e, com orgulho posso afirmar que temos profissionais capacitados em nossa


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terra e assim tornamos realidade tudo aquilo que foi exigido pelo patrimônio histórico nacional. Meu agradecimento então ao engenheiro Nelson Guedes, a arquiteta e sua filha Janisse Guedes e ao profissional Moacir Viana e sua equipe de trabalho que tornaram possível este ato parcial de inauguração. Este empreendimento que hora inauguramos, faz parte de um todo maior constante do Plano de Governo. Como segue: NA EDUCAÇÃO, NA ÁREA DA AGRICULTURA, NA ÁREA DA SAÚDE (constam no original) Para se fazer algo não é necessário que se tenha recurso. É necessário que se tenha colaboração, participação e vontade de fazer. Nossa Administração Municipal tem esta vontade, por isso estamos realizando tudo o que podemos com os nossos recursos e com os nossos colaboradores. Aos quais agradecemos. Finalizando, quero neste momento comunicar a comunidade de Santo Amaro, que estou autorizando as obras de calçamento das ruas Demétrio Ribeiro, na parte posterior da Igreja Matriz, Ernesto Alves ao lado da Igreja Matriz. Obrigado.

DISCURSO DA PROFESSORA SANTA INÉZE DOMINGUES DA ROCHA, OPEROSA PRESIDENTE DO INSTITUTO CULTURAL PORTUGUÊS Senhoras e Senhores Hoje é um dia muito importante para Santo Amaro e para todos aqueles que lutaram para que este acontecimento tivesse o brilho e grandiosidade deste momento. Nós compartilhamos do entusiasmo do Senhor Prefeito Municipal Sr. Gilberto Amaro Pires Pereira, e do Dr. Francisco Pereira Rodrigues, organizador e anfitrião desta inauguração da Casa de Cultura de Santo Amaro, onde para orgulho nosso está sendo instalada a ‘’Sala Açoriana’’, que é transferida da sede do município de General Câmara para Santo Amaro. Esta ‘’Sala Açoriana’’ foi criada em 02 de maio de 1992, através de um convênio entre a Prefeitura Municipal de General Câmara e o Instituto Cultural Português, de Porto Alegre, e


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o Gabinete de Emigração e Apoio às Comunidades Açorianas , de Angra do Heroísmo, Terceira, Açores, com o apoio e participação do Consulado de Portugal do Rio Grande do Sul. No dia da inauguração em General Câmara, estiveram presentes, o Prof. Duarte Manuel Bettencourt Mendes, Diretor do Gabinete de Emigração e Apoio às Comunidades Açorianas, o Cônsul de Portugal, Dr. Luis Manuel Dias da Silveira, a Presidente do Instituto da Rocha e a vice-presidente Profª Alzira Dornelles Bán e o Vice-Prefeito de General Câmara, além de autoridades educacionais deste município. Em 1993, Prof. Duarte Manuel Bettencourt Mendes voltou a General Câmara e visitamos Santo Amaro acompanhados da Secretária Municipal de Educação daquela época. Ele gostou imenso deste espaço em que o Patrimônio Histórico, visível na arquitetura colonial portuguesa, hoje denominada luso brasileira, trazia a presença viva dos açorianos que o construíram, por ocasião da criação da Vila de Santo Amaro. Nessa oportunidade ele externou o desejo de que a ‘’Sala Açoriana’’ viesse para Santo Amaro. Felizmente o esforço dos filhos desta terra fez com que este espaço histórico se tornasse Patrimônio Nacional, reconhecido e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, e pudéssemos realizar esse sonho de há sete anos atrás , reinaugurando nesta Casa de Cultura a ‘’Sala Açoriana de Santo Amaro’’, onde muito se poderá realizar para resgatar os acontecimentos históricos do passado,desde a chegada dos casais açorianos que aqui se estabeleceram, atravessando o rio Taquari. A história desta Igreja cujo padroeiro Santo Amaro, deu origem à Irmandade de Santo Amaro e do Divino Espírito Santo, cujas festas precisam ser revividas por esta comunidade, não só a oração de Santo Amaro, mas a história de sua vida, desta igreja e os tradicionais festejos do Divino Espírito Santo. A história dos fundadores, dos moradores destas terras que descendem daqueles primeiros habitantes de cada prédio histórico deste espaço geográfico que constitui este conjunto valioso para a História dos primórdios do Rio Grande do Sul, temos certeza de que a Biblioteca, o Museu Histórico, o Centro Cultural, que hoje já tem a sua primeira sessão ao entregar o Prêmio Açoriano aos escritores vencedores deste concurso que abrange não só o Rio Grande do Sul, mas todo o Brasil, são mostras dignas de tudo que o futuro será realizado, como fruto de dedicação e da grandeza de espírito daqueles que se dedicam a Santo


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Amaro. Parabéns a todos aqueles que trabalharam para que este dia se tornasse uma realidade, parabéns ao povo de Santo Amaro. Muito obrigada pela oportunidade de lhes dirigir estas palavras cheias de emoção.

DISCURSO DO DR. FRANCISCO PEREIRA RODRIGUES IDEALIZADOR DA CASA DE CULTURA Senhoras e Senhores: Cultuar a memória dos antepassados é prova de civilidade. No seio da família ou na amplidão das ruas, num retrato na sala ou numa estátua em praça pública materializa-se a nossa gratidão a quem nos deixou algo, desde um simples gesto de carinho a um feito ou a uma obra de arte. Nesta hora de tanta significação para este Município, estamos nos curvando à memória dos que, com sacrifício e fé, construíram a nossa história. Essa história é ligeiramente controvertida. Autores renomados como Augusto Fausto de Souza, Aníbal Barreto, Otávio Augusto de Farias atribuem a José da Silva Pais a fundação de Santo Amaro, em 1737.No que são contestados por outros, sob a alegação e que Silva Pais não subiu a Lagoa dos Patos, sua ação circunscreveu-se ao Presídio do Rio Grande do Sul e cercanias. Mas, não seria descabido lembrar-se de que Silva Pais tinha às suas ordens desbravadores do valor de Cristóvão Pereira de Abreu, Sebastião Francisco Chaves e Cosme da Silveira,vasculhadores desta região, e que qualquer um deles poderia ter levantado aqui uma paliçada, de sua ordem. Documentos, porém, nos informam que, a 1º de maio de 1752, portanto 248 anos atrás, aqui chegou Gomes Freire de Andrade e construiu um forte fixando, assim esta data como a de fundação de Santo Amaro. Foi daqui que partiram para a luta conquistadora, guerreiros do porte de Rafael Pinto Bandeira. O bravo filho do Presídio do Rio Grande do Sul aqui chegou em 1753, contando 13 anos de idade, e verificou


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praça no Regimento de ordenanças aquartelado no forte. Lamentável é, sinceramente, que forte nada restou além do regimento da história e a precária informação verbal sobre a sua localização. O dia 1º de maio de 1752 também marca fundamental do povoamento de Santo Amaro, pois com os militares vieram casais civis, segundo informa-nos o ajudante-geral da expedição de Gomes Freire. Hoje volumosa descendência daqueles pioneiros aqui vive e se esparrama pelo Rio Grande do Sul. Por oportuno, citamos os descendentes de José Martins Faleito e Jacinta Rosa, avós paternos de David Canabarro, um dos heróis da Guerra dos Farrapos, nascido em Taquari e falecido em Sant’ Ana do Livramento. Citamos, também Antônio José de Vargas e Maria Josefa, tetravôs paternos do Dr. Getúlio Vargas, um dos vultos mais importantes da História do Brasil. E neste rol poderíamos prosseguir, invocando luminares da vida rio-grandense com raízes fincadas neste município. Mas, o tempo urge e, um salto sobre a história,vamos ao ano de 1890, ao encontro da história desta casa. Governava o Estado o General José Antônio Correa da Câmara, em caráter provisório. Para substituir as Câmaras Municipais extintas pela proclamação da República, foi nomeada uma Comissão Especial em Ada município, com poderes executivo e legislativo. Para Santo Amaro foi designada a seguinte Comissão: Jerônimo Gomes dos Santos, Antônio Joaquim de Sá Britto, Antônio Manuel Pereira, Antônio de Azambuja Vilanova Filho, José Mathias da Costa e Francisco Nunes de Souza Dorneles. Esta Comissão é o embrião do Partido Republicano Riograndense, neste município. Em 14 de Julho de 1891, Júlio de Castilhos foi eleito Presidente do Estado. A 3 de Novembro, Deodoro da Fonseca dissolve o Congresso. Dia 12, Castilhos, acusado de pactuar com Deodoro no golpe de Estado, é forçado a abandonar o Palácio, o que faz, sem renunciar, porém. No mesmo dia, foi formada uma junta governativa, que passou à história com o nome de Governicho. Descambava o Estado para o caos institucional. Desorientado, dissolve-se o Governincho e passa o Poder ao General Barreto Leite.


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Este revogou a Constituição Estadual, cassou o mandato do governador e dos deputados, dissolveu o Tribunal de Justiça do Estado e tomou outras medidas arbitrárias, inclusive a substituição dos membros das Comissões Especiais municipais. Para Santo Amaro foram nomeados Francisco Petrício Xavier de Azambuja, Constantino Fernandes, João Francisco da Silva, Albano de Paula Guedes, Martiniano Soares de Azambuja, Theodoro José Centeno e Francisco Nunes de Souza Dorneles. Esta Comissão é o embrião do Partido Federalista, neste Município. Abatido pela desordem geral, Barreto Leire passa o governo ao General Câmara. Este, impotente para superar a anarquia, entrega o Poder a João Nunes da Silva Tavares, que, completamente envolvido pela desordem, leva a capital do Estado para Bagé. A 17 de Junho de 1892, a Guarda Cívica – de – pois, chamada de Brigada Militar – ocupa o Palácio do Governo do Estado, e repõe Júlio de Castilhos no Poder. Este assume e passa, imediatamente, o Governo a Vitorino Monteiro. Com a vitória de Castilhos, a primeira Comissão especial de Santo Amaro recupera as suas funções e busca exercê-las sob ansiosa expectativa popular. Mas, ao dirigir-se ao Paço Municipal encontra-o fechado. O então Presidente, que pertencia à facção federalista, passava a chave na porta, guardara-a consigo e se retirara para a sua estância no Taquari-mirim. Liderada, então, pelo Sr. Amaro José de Sá Britto, reinstala-se a Comissão Especial em sua residência – nesta casa – em sessão solene, a 1 hora da tarde do dia 20 de junho de 1892. Cercada pela fidelidade incondicional dos correligionários, mas exposta à ação virulenta e pertinaz dos adversários, a Comissão deu a esta casa foros de alto valor histórico. Dentro dela repousaram os destinos deste Município, em dias os mais agitados, inseguros e cruéis da vida do Rio Grande do Sul. Pois, Senhoras e Senhores, é essa grandeza que fundamenta o momento cívico que vivemos. No dia 8 de Novembro de 1998, recebemos um telefonema, procedente de Pelotas, da Excelentíssima Senhora Professora Lélia Marques da Rocha Gorgot, solicitando-nos uma sugestão para o aproveita-


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mento desta casa, de sua propriedade, sob a condição de algo à altura de seu valor histórico. A ilustre dama, cujo espírito é dotado de invejável jovialidade, revelava louvável preocupação com a História, o que nos levou a invocar José Ingenieros, quando afirma que ‘’só se sente moço, quem tem ligação com o passado’’. Em quatro de dezembro de 1998, procuramos o Excelentíssimo Prefeito Gilberto Amaro Pires Pereira, pondo-o a par da patriótica idéia da ilustre Professora. E ele, sempre preocupado pelas coisas da nossa terra e da nossa gente, deu ao caso a excelente solução que estamos a assistir, neste momento, aqui. Tem o Município, agora, em Santo Amaro, a sua Casa de Cultura. Dentro dele se guardarão memórias emocionantes de paz e de guerra, a bela dádiva de Portugal, consubstanciada na Sala Açoriana, coisas que lembrarão o passado, a luta pela vida, o trabalho pertinaz e produtivo, as raízes plantadas com suor, lágrimas e sangue pelos nossos ancestrais, os legítimos construtores deste maravilhoso Brasil, onde encontraram e encontraram agasalho, trabalho e paz homens e mulheres de todas as latitudes da terra. Nesta casa também funcionará uma biblioteca. E aproveitaremos o momento para solicitar aos presentes, e em especial, aos escritores, editores e livreiros que nos façam doação de tantas obras, quantas lhe forem possível. Será uma dádiva patriótica em prol daqueles que buscam o saber e dos que fazem da leitura um refrigério da vida. O nome de Miguel Jose Pereira dados a esta Casa, é uma sábia decisão da meritíssima Câmara de Vereadores, por indicação do nobre vereador Paulo Mateus. Escolhido entre as figuras modelares das letras, em nosso Município, Miguel José Pereira nasceu no Passo da Taquara, em 23 de Setembro de 1870, faleceu em Taquari, em 31 de Agosto de 1927, e esta sepultado em Santo Amaro. É um luminar na área da história e da pedagogia. Em 1918, surgiu de sua autoria, no cenário cultural rio-grandense, uma obra contendo profundas observações didáticas sobre a língua portuguesa, o pronome ‘’se’’ a partícula ‘’que’’. Na qualidade de mestre altamente considerado, lecionando em diversos colégios da Capital, em caráter efetivo no Julio de Castilhos, foi cercado de confortadora consagração.


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Senhoras e Senhores: A justiça divina pode tardar, mas não falha, jamais! Jogado fora, praticamente, como algo ultrapassado e inútil, ao sabor do maquiavelismo ditatorial do Estado Novo, em 1938, Santo Amaro ressurge no panorama da História do Brasil como um dos momentos mais importantes da formação da nacionalidade brasileira. É o benemérito Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como um acendedor de lampião, dá-lhe, hoje a chama do tombamento e o coloca no conhecimento, na admiração e no respeito da nação inteira. E o operoso prefeito Gilberto Amaro Pires Pereira coroa-lhe a fronte com esta magnífica comemoração. Cabe, agora, a nós todos _ filhos, habitantes e amigos de Santo Amaro, unirmo-nos pelo coração e pela inteligência, acima de interesses grupelhos, partirmos em busca da grandeza espoliada. Está sendo dado o sinal da partida. Saibamos aproveitá-lo. DISCURSO DO DR. LAURO PEREIRA GUIMARÃES,D ESTACADO HOMEM PÚBLICO RIO-GRANDENSE, REPRESENTANDO A FAMÍLIA DO PATRONO DA CASA DE CULTURA Senhoras e Senhores: Ao pisarmos, uma vez mais, o solo ancestral de Santo Amaro, sentimos a emoção de quem se reencontra com um momento nobre e forte da História do Rio Grande. Esta Vila é testemunha – melhor, esta Vila é protagonista do amanhecer da pátria gaúcha, quando, pela metade do século dezoito – começo de nossa caminhada épica – aqui chegaram, quase ao mesmo tempo, dois contingentes humanos responsáveis pela afirmação lusitana no Continente de São Pedro: - os soldados andarengos de Gomes Freire de Andrade e os sedentários lavradores açorianos. Aqueles, para garantir, pelas armas, a soberania da terra; estes, para torná-la fecunda, pelo trabalho heróico. É nesta Santo Amaro de tão viva legenda, que, atendendo a honroso convite do dinâmico Prefeito Municipal, Sr. Gilberto Pereira, e repontados pelo sinuelo afetivo de Francisco Rodrigues, nos reunimos


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hoje, para comungar com a Comunidade santo-amarense no ato de pára justiça, no preito de reconhecimento e gratidão ao nome e à obra do Coronel Miguel José Pereira – mestre e soldado – fazendo o patrono desta Casa de Cultura – casa, onde o Passado Cívico dos pioneiros passa a viver harmoniosamente com os projetos, sonhos e esperanças da mocidade estudiosa, na busca de seu Futuro. Miguel José Pereira nasceu nesta terra, contemplando, na infância e a adolescência, as suaves coxilhas que o Taquari e o Jacuí abraçam e disputam amorosamente. Era filho de Thomaz José Pereira, coronel farroupilha aos 25 anos – o coronel Thomazinho – homem de guerra, dos que tingiram o poncho e os arreios com sangue do Ideal. -Oficial da Brigada Militar, professor de Letras, militante republicano, castilhista fervoroso, veio ao mundo em 1870, e dele partiu em 1927, em Taquari, expirando na casa de seu irmão Cel. João de Morais Pereira – Intendente Municipal por quatro mandatos consecutivos e chefe político por décadas na terra de David Canabarro, na Primeira República. -Militar brioso e idealista,Miguel José Pereira não consumiu sua vida na rotina da caserna. Espírito refletido, de sólida formação humanista, amante dos livros e do estudo, vocação de Mestre, honrou a Farda e a Cátedra, pelo devotamento ao dever e pela vocação do Ensino, esta, realizada em renomados educandários porto-alegrenses, entre os quais, os Colégio Anchieta e Júlio de Castilhos. -É de sua lavra a obra ‘’ESBOÇO HISTÓRICO DA BRIGADA MILITAR DO RIO GRANDE DO SUL’’, alentado estudo e documentário precioso sobre a, hoje, sesquicentenária Instituição rio-grandense, na qual se têm inspirado, para modelo, Forças Públicas de importantes Estados de Federação. Feliz, portanto, e acertada escolha de seu nome para encimar a Casa de Cultura da terra de Vasconcelos Jardim: unem-se em Miguel Pereira o militar-cidadão, o professor devotado, o estudioso permanente, o intelectual comprometido com seu tempo, engajado na obra de construção política do Rio Grande do Sul republicano.


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Senhoras e Senhores: Somos, meus irmãos, aqui presentes, e eu, sobrinhos-neto de Miguel Pereira, pois netos de seu irmão Cel. João de Moraes Pereira, radicado em Taquari. Foram, também, seus irmãos, o patriarca de Santo Amaro, Cel. Camilo Mércio Pereira; o intendente de Venâncio Aires por longos anos, Thomaz Pereira; o legendário ‘’Quinca’’ (Joaquim) Pereira, intendente interino em Lajeado, nos ásperos anos da Revolução de 1893, e outros nobres varões, todos voltados à Política, nas fileiras do Partido Republicano Rio-grandense, e dedicados às pecuária, à lida pastoril, nas duas margens do Rio Taquari – como atividade econômica. Somente o gênio aglutinador, a vocação gregária de FRANCISCO PEREIRA RODRIGUES, seu apaixonado amor à terra-berço, seu compromisso com as CULTURAS – só ele seria capaz de reunir, neste tranqüilo rincão, tão altas e tantas expressões da HISTÓRIA, das LETRAS, do ESTUDO, da PESQUISA da formação do Rio Grande – personalidade de indisputado destaque no cenário intelectual do nosso Estado, a que se soma, chamada pela voz do sangue, comovida parcela de colaterais do homenageado – ninguém vindo para receber louvou, mas, todos para louvar, exaltar uma nobre Vida, que brotou, aqui, respirando Liberdade; cresceu ao serviço da Pátria, e coroou-se no Ensino da Mocidade. Orgulhosos dessa legenda, nós, membros da família Pereira, cá estamos, para agradecer à Municipalidade santo-amarense, que fizeram a lei, que hoje se cumpre, irmanados no ato pósteros , que foi, o que fez, que marcos deixou, em sua passagem terrena, o filho de Santo Amaro, o soldado, o político, o mestre MIGUEL JOSÉ PEREIRA.


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Porto Alegre, 3 de maio de 2011. Exmo. Sr. Prefeito de General Câmara

Prezado Prefeito:

Tive a satisfação de, em razão de minha pesquisa sobre o Major Miguel José Pereira, que os santoamaroenses bem conhecem e, tenho certeza o povo de General Câmara admira, visitar e apreender sobre meu Rio Grande naquela acolhedoura localidadeque se nos oferece. Gostaria de contribuir, se me fosse possível, com o processo de desenvolvimento do ideal açoriano dessa terra. Tenho certeza que é questão de tempo para que o terreno atual da Casa, seja adquirido pelo poder público e partir daí, possam projetos serem encaminhados ao IPHAN, que já demonstrou interesse e sinalizou com a aprovação de bons projetos que alavancarão prosperidade para toda a General Câmara. E assim me expresso para que não pareça estar só na defesa de mídia ao patrono, Major Miguel Pereira, filho dessa terra, mas um grande herói para todos nós brigadianos. Portanto peço sua especial atenção para a possibilidade de ser aperfeiçoado e encaminhado o projeto em proposição anexa. Vanderlei Martins Pinheiro - TC da res da Brigada Militar Proponente


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Projeto de Lei Complementa a Lei nº 829-00, de 1º de maio de 2000, definindo finalidades e estruturando um espaço, em armário envidraçado com obras, fotos e outras lembranças do patrono da Casa.

JUSTIFICATIVA 1. Considerando que a Casa de Cultura Miguel José Pereira (CCMJP), originariamente Casa de Cultura de Santo Amaro do Sul, é um marco para estudo das raízes açoriano/ gaúchas, cujo interesse acadêmico já está surtindo seus efeitos; 2. Considerando que ela (CCMJP) tende a representar, publicamente, não como fato objetivo, mas como elemento para uso midiático, todo o conjunto arquitetônico, tombado como patrimônio histórico da humanidade, pela Unesco, existente na localidade de Santo Amaro do Sul, em General Câmara; 3. Considerando que ela (CCMJP) já é depositária da Sala Açoriana, instalada em General Câmara no ano de 1993, em parceria com O Instituto de Relações Brasil/Portugal; 4. Considerando que estar denominada com o nome de um insigne filho dessa terra é justa e merecida e fornece uma identidade personificada a todo o projeto e para todos os usos; 5. Considerando que os dados biográficos do Patrono da CCMJP disponíveis se ampliaram pela pesquisa desenvolvida por integrantes da Brigada Militar e da família de Miguel Pereira; 6. Considerando que é possível e até necessário ter-se um espaço dentro da Casa de Cultura que reverencie e possa ressaltar os aspectos dignificantes da escolha de Miguel José Pereira PROPOMOS: O presente Projeto de Lei.


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PREFEITURA MUNICIPAL DE GENERAL CÂMARA PL Nº ___ De 3 de maio de 2011. Define a finalidade e os elementos estruturais orgânicos mínimos e obrigatórios à Casa de Cultura Miguel José Pereira.

LEI Art. 1º - A Casa de Cultura Miguel José Pereira, na localidade de Santo Amaro, neste município de General Câmara, destina-se à preservação da cultura açoriana luzo/brasileira, de nossa região. Art. 2º - A Sala Açoriana, instalada em General Câmara, em 2/5/92, por convênio com o Instituo Cultural Português, foi transferida para a Casa de Cultura, em Santo Amaro, para de lá cumprir sua finalidade. Art. 3º - Deverá ser mantido, dentro da Casa de Cultura, um espaço (armário envidraçado e chaveado) com fotos, publicações e pequenas lembranças originais, que ressaltem os valores pessoais e intelectuais do patrono da Casa, o ilustre cidadão Miguel José Pereira. Art. 4º - É vedada destinação no prédio, de atividade diversa à finalidade, devendo o poder público manter e ampliar intercâmbio com instituições de pesquisas acadêmicas e universitárias, destinando espaços adequados como biblioteca, sala de leitura e reuniões, para este tipo de atividade, no prédio e estrutrando a busca de doações.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 6º - Revogam-se as disposições em contrário. Vanderlei Martins Pinheiro TC PM pesquisador Proponente


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Geração de Esboços Major Miguel Pereira - Um modelo à organização policial Major Miguel Pereira

vol. 1 - 1917

vol. 2 - 1919

Os dois esboços produzidos pelo major Miguel Pereira se tornaram símbolo do registro histórico da instituição policial no Estado do Rio Grande do Sul. Houve reprodução na metodologia por Miguel Pereira empregada. A exposição gráfica desta página objetiva mostrar esse desdobramento. E, aqui, estão as obras editadas com a mesma denominação, pois o efeito é bem mais amplo, pelas que têm denominação diversa. A melhor obra dessa espécie, da Polícia Civil gaúcha, é o Esboço Histórico Organização Policial do Estado do Rio Grande do Sul, do Delegado João Giuliano, pela então Corag, em 1957, na mesma época em o Cel Mariante lançava a História da BM em resumo, com o nome de Crônica da Brigada Militar gaúcha.

Maj Miguel Pereira

Os dois livros (vol 1 e 2), com capas expostas acima, foram elaborados pelo Major Miguel Pereira e editados pelo comando da Brigada Militar. Os dois volumes compuseram o 1º volume, com capa a direita, organizado pelo Cel Aldo Ladeira Ribeiro, que manteve a titulação ao Miguel Pereira e, igualmente, foi editado pelo comando da vol. 1 - 1896/1919 corporação brigadiana.

1º vol 1892/1912

2º vol 1912/1927

Cel Aldo Ladeira Pereira Ribeiro

vol. 2 - 1920/1930

3º vol 1928/1942

Acima a coleção denominada de Esboço Histórico Regimento Cel. Pillar. O 1º volume de autoria do Cel José Luiz Silveira, em 1992, editado pela UFSM, que narra de 1892/1912. No último parágrafo do livro o autor informa que o Esboço terá continuidade com o Cel Hermito. O 2º volume de autoria do Cel Hermito Lopes Sobrinho, em 1992, editado pela UFSM, que narra de 1912/1927. O 3º volume, do mesmo autor do 2º vol, em 1992, editado pela UFSM, que narra de 1928/1942.

vol. 3 - 1930/1960 Abaixo capa do livro Esboço Histórico da Organização Policial no Estado do Rio Grande do Sul, de autoria do Delegado João Giuliano, em 1957.


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