Adaptação a alterações climáticas em zonas costeiras. Tartarugas marinhas como espécies guarda-chuva

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Adaptações às alterações climáticas em zonas costeiras – As tartarugas marinhas como espécies “guarda-chuva” Joana Hancock Associação Para a Proteção e Conservação das Tartarugas Marinhas nos Países Lusófonos


Tartaruga de Kemp

Tartaruga Verde ou Mão Branca

Tartaruga Sada ou de Pente

7 especies marinhas das quais 5 ocorrem em STP

Tartarga Oliva, ou Tatô

Tartaruga Boba ou Cabeçuda

Tartaruga de Couro ou Ambulância


•  São espécies que existem hà aproximadamente 2000 anos. •  No mundo existem 7 espécies, em STP 5 delas •  São espécies de vida longa (100 anos) •  Actualmente todas correm perigo de extinção. •  São protegidas mundialmente.


•  Ciclo de vida complexo •  Espécies altamente migratórias


Fonte: Projecto Tamar


Importância ecológica Como consumidores: Controle de populações de outros animais como ESPONJAS, MEDUSAS, ALGAS, e outras. Como presas: Fazem parte da alimentação de vários animais (predadores). Os seus ovos podem também ser consumidos por raízes de plantas nas praias de desova. Substrato para outros animais e parasitas Texto: Betânia Ferreira Fotos: várias fontes (www)


Importância sócioeconómica e cultural • São parte fundamental no

desenvolvimento social, cultural e económico de grupos humanos

• Elementos centrais nos costumes e tradições de comunidades costeiras

• Fonte de rendimento (turismo)

FOTOS: WIDECAST e WCS Angola


Captura de fêmeas adultas   Durante a desova   Consumo de carne, gordura (óleo), carapaça, etc.   Consumo local ou comercial (mercados, restaurantes)   Medicina tradicional FOTOS: MARAPA / Sonia Elsy Merino, SOS Tartarugas


CAPTURA DE JUVENIS

FOTOS: Joana Hancock / Jacques Fretey


CONSUMO DOS OVOS

FOTOS: Jacques Fretey / WCS Angola


CAPTURA EM PRAIAS DE DESOVA

CAPTURA ACIDENTAL E INTENCIONAL NO MAR

POLUIÇÃO DA PRAIA E MAR

AMEAÇAS ÁS TARTARUGAS

INGESTÃO DE PLÁSTICO

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

DESENVOLVIMENTO COSTEIRO


1.  Que
hábitats
estão
a
u)lizar?
 2.  Como
estes
hábitats
são
afectados
pelas
alterações
 clima)cas?
 3.  Quais
são
os
possíveis
impactos
nas
tartarugas
 marinhas?

Adaptado de WWF – Climate Change and Sea Turtles

Photos:

sta)c.howstuffworks.com;
www.eoearth.org;
www.miamiforvisitors.com;
www.savethecape.com


Aumento
da
 temperatura
do
 ar

Alterações
na
 precipitação

Mudanças
na
 intensidade
e
 frequência
de
 tempestades

Aumento
do
 nivel
do
mar

TERRA MAR Mudanças
 nas
correntes

Adaptado de WWF – Climate Change and Sea Turtles

Aumento
das
 temperaturas
 dos
oceanos

Acidificación
dos
oceano

Sea‐level
rise


Efeitos Reprodutivos •  Perda de praias de desova •  Aumento do nível do mar •  Movimento em terra bloqueado por muros de areia, estradas e construções •  Perda de ninhos •  Pluviosidade ou temperaturas excessivas •  Mudança das condições bióticas e abióticas do ninho (temperatura, humidade) Adaptado de WWF – Climate Change and Sea Turtles


Efeitos Reprodutivos • Sobrevivência dos embriões • Alteração dos sex-ratios - Qual é o sex-ratio crítico?

FÊMEAS MACHOS Adaptado de Fuentes, 2009


Efeitos na Ecologia e Distribuição •  Efeitos na ecologia alimentar •  Mudanças nas rotas e “timing” da migração •  Mudanças nos padrões de remigração e desova (frequência reprodutiva) •  Perda das zonas de alimentação (recifes corais – Tartaruga Sada)


Fotos: Joana Hancock / RogĂŠrio Ferreira


Buscando opções de adaptação para as TM 1.  Que medidas de adaptação estão disponíveis para reduzir os impactos negativos? 2.  Que podemos fazer agora, dado nosso nível actual de conhecimentos? 3.  Quais são os benefícios adicionais da gestão dos habitats costeiros para as tartarugas marinhas? Fotos: WWF

Adaptado de WWF – Climate Change and Sea Turtles


Medidas de Adaptação mais recomendadas •  Integrar a gestão dos recursos marinhos e costeiros •  Estabelecer e fiscalizar regulamentos para retiros livres de infra-estruturas da zona costeira •  Incorporar as alterações climáticas na planificação do uso da terra •  Evitar a eliminação da vegetação nativa e replantar onde esta foi eliminada (reduz a temperatura de incubação entre 2 a 3ºC) Fish e Drews 2009


Monitorização e Planeamento •  Monitorizar as temperaturas da areia/ninhos e registar áreas de desova, êxito de eclosão, taxas de sexo de recém nascidas (por exame histológico de tartaruguinhas mortas) •  Medir perfis de praia e dinâmica de praia para modelar os impactos futuros de aumento do nível do mar/marejadas •

Identificar áreas de desova que possam ser utilizadas no futuro

Adaptado de WWF – Climate Change and Sea Turtles

Fotos: Joana Hancock, WCS Angola


Prioridades para a gestão de um recurso repartido •

Redução das ameaças

Sensibilização pública

•  Protecção das populações de tartarugas marinhas mediante cooperação internacional

Fotos: Joana Hancock, WIDECAST


OBRIGADA!

CONTACTO PARA MAIS INFORMAÇÃO: Joana.hancock@gmail.com www.tartarugasmarinhas.pt


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