PROJETO INTERDISCIPLINAR - 3º SEMESTRE DESIGN DE MODA E SOCIEDADE Nostalgia e Entusiasmo
INTERDISCIPLINARY PROJECT – 3rd PERIOD FASHION DESIGN AND SOCIETY Nostalgia and Enthusiasm
Autores: Bruna Fischer, Fernanda Lie, Gabriela Lemos, Letícia Dantas, Marcela Freitas, Mayã Guimarães. Orientador (a): Profa. Dra. Luz García Neira RESUMO A partir de uma discussão sobre a construção do gênero social e dos elementos que fazem parte dele, o 3º semestre de Design de Moda foi orientado a criar uma coleção voltada ao público masculino, definindo um público-alvo de escolha do grupo. Este projeto trabalha com o público denominado “autênticos” e se baseia no conceito de nostalgia. Palavras chave: nostalgia; autênticos; masculino. ABSTRACT
After a discussion about the construction of social gender and the elements that make part of it, students of 3rd period of Fashion Design were oriented to create a collection focused on the male audience, defining, by the groups choice, an targed audience. This project works with a public named “authentics” and it is based on the concept of nostalgia. Key words: nostalgia; authentics; male.
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INTRODUÇÃO Gênero vem do grego genos, que significa “nascimento, família, raça, origem” (HOUAISS, 2012), portanto, considerando essa definição, gênero é a inserção do ser humano em uma categoria – masculino ou feminino. É difícil tratar de gênero como um conceito completo sem um contexto, por ter como pilares condições conflituosas. Segundo Joan Scott (1990, p.14 apud FILHO, 2004, p.134), “é um elemento constitutivo de relações sociais fundadas sobre as diferenças percebidas entre os sexos, e o gênero é um primeiro modo de dar significado às relações de poder”. Um dos ambientes sociais que mais evidencia as diferenças entre os gêneros é a moda, por ser uma forma de expressão pessoal e coletiva que possui ligação direta com os padrões sociais. “Quando se observam os desfiles de moda, tem-se um universo dividido em gêneros, masculino e feminino, sendo que alguns estilistas chegam a se especializar
ou
a
serem
reconhecidos
através
de
roupas
feitas
principalmente para homens ou para mulheres... As distinções mais óbvias que podem ser observadas no mercado de moda são, portanto, aquelas que dizem respeito às diferenças de gênero”. (BERGAMO, 2004, p.85).
A moda masculina passou a ser mais simplificada que a feminina, e a origem disso está próxima da época da Revolução Francesa, quando a simplicidade de vestimenta dos homens da área rural inglesa tornou-se o padrão. (LAVER, 1989). Em época de consumo conspícuo, o homem demonstrava seu poder através da esposa, ou seja, quanto mais roupas e adornos sua mulher usasse, maior era o poder do homem. (DUNKER, 2012). Atualmente, esse tipo de postura caiu em desuso, e o homem demonstra posição social e poder aquisitivo através da própria imagem e a área da moda é um excelente campo de observação dessas mudanças, já que o homem passou a ocupar mais espaço e sentir-se mais livre no que diz respeito a expressões estéticas. A partir das duas últimas décadas do século XX, começa a emergir, ao menos nos meios mais urbanizados, o que tem sido chamado de uma “nova masculinidade”, na qual, um dos aspectos mais relevantes é a 2
preocupação com a própria imagem, domínio até então reservado às mulheres. (MIRA, 2003, p.36)
Com base neste comportamento do homem contemporâneo de exibir-se, o mercado da moda passou por mudanças para atender a esse usuário preocupado com o que usar, como usar e como ousar. . As bolsas masculinas estão em alta. De acordo com uma pesquisa feita pelo instituto Euromonitor, o polêmico acessório masculino representa hoje um quinto de todo o mercado global de bolsas de luxo e vem ganhando cada vez mais espaço não apenas nas passarelas, mas também nos looks de streetstyle. (FFW, 2015)
Desse modo, o papel do designer de moda é adequar produtos a qualquer tipo de usuário, seja a partir da pesquisa de observação, na qual os pesquisadores observam o comportamento dos consumidores, ou entrevista de profundidade, em que o consumidor é entrevistado diretamente, questionado sobre tópicos, porém pode expressar livremente sua opinião, entre outros tipos. (VIEIRA; TIBOLA, 2005). Como não está familiarizado com o ambiente da moda, o novo consumidor masculino ainda encontra dificuldades e dúvidas ao escolher suas peças, por falta de experiência e falta de variedade no mercado, e o papel do designer é compreender as dificuldades, solucioná-las, e atender ao seu público. Os estilos de vida são vistos a partir do momento que desejamos expressar nossa individualidade, e no campo da moda estes estilos se tornam mais perceptíveis.Não consumimos apenas pela função do produto, mas por sua significação (FEATHERSTONE, 1995), logo, quando se observa a imagem de um indivíduo, percebe-se a estilização de uma estética repleta de símbolos. Entender o estilo de vida do público que almejamos alcançar auxilia na percepção do que ele deseja consumir. Os novos heróis da cultura de consumo, em vez de adotarem um estilo de vida de maneira irrefletida, perante a tradição ou o hábito, transformam o estilo num projeto de vida e manifestam sua individualidade e senso de estilo na especificidade do conjunto de bens, roupas, práticas, experiências, aparências e disposições corporais destinados a compor um estilo de vida. (FEATHERSTONE, p. 123, 1995)
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PÚBLICO-ALVO
Quanto mais disseminado um estilo de vida, mais simples é caracterizá-lo. Entretanto, alguns indivíduos caracterizam-se pela não fidelização aos códigos de moda, pois dão maior importância ao gosto pessoal e não se adaptam à velocidade das inovações do universo da moda, como, por exemplo, as alterações que ocorrem no máximo duas vezes por ano – a cada mudança de estação. Para atingir este público é necessário compreender mais do que seu senso estético, mas seus conflitos e anseios emocionais, sua relação com o vestuário e com o consumo de moda, e, a partir desse entendimento, tornar-se uma ponte entre o individual e o mercado. Escolhemos homens entre 35 e 45 anos, já que o jovem sofre maior pressão social para ser aceito em um grupo e tem um corpo que melhor corresponde ao padrão de beleza atual e é mais facilmente atendido pelo mercado. O público mais velho não é abordado com muita frequência pela moda, o que gera dificuldade no momento da escolha de peças, pois não há preocupação em criar roupas que se adequem a vários tipos de corpo sem seguir tendências passageiras, que é o que busca esse homem. Guita Grin Debert, Profa Dra do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), explica que a juventude se desconecta de um grupo etário específico em sua forma de consumo, pois ela se preocupa com a conquista de significação de valor, mas o mesmo não ocorre com os mais velhos. Para ela, a velhice perde ligação com uma faixa etária específica e vira uma expressão de negligência com o próprio corpo (DEBERT apud CASTRO, 2009, p.6). A diminuição das opções de vestimentas para pessoas mais velhas facilita essa maneira de expressão, afinal, a moda é voltada para os mais jovens¹. Encontrar roupas que não se adequam ao formato do seu corpo faz com que o indivíduo se acomode e prefira o que já conhece. Debert menciona a origem da associação entre o homem na crise da meia-idade e o lobo: Este é um animal vigoroso, veloz e resistente, quando jovem. Anda e caça em conjunto sempre durante toda a noite, mas ao envelhecer, abandona a alcateia e torna-se solitário. A esta altura, quando sai à caça, o lobo solitário costuma soltar um uivo peculiar, meio lamento, meio ladrido, que produz calafrios em quem ouve. A comparação, portanto, se resume 4
apenas no fato de que ambos mudam seu comportamento a partir de certa idade, momento este totalmente imprevisível. (DEBERT apud CASTRO, 2009, p.6)
O homem de meia idade passa, em algum momento dessa fase, a perceber que o tempo passou e ele não faz mais parte do padrão social do homem jovem no qual já esteve inserido, e é a partir deste instante que surge nele o sentimento da nostalgia, uma saudade melancólica de uma época remota, muitas vezes idealizada. Eu digo que nostalgia e idealização funcionam no âmbito psicológico como um mecanismo de defesa contra ansiedades de perda associadas ao processo de envelhecimento. Digo que nostalgia e idealização são defesas que surgem na posição esquizoide paranoica na qual a lembrança invocada no episódio nostálgico é psicologicamente e inconscientemente quebrada, resultado com frequência em uma idealização do período que é contrastada a um tempo denegrido e negativo na vida do indivíduo. (MORGAN, 2009)
O homem entre 35 e 45 anos costuma apresentar um comportamento nostálgico em relação ao que acredita ser o apogeu da sua vida, a juventude. Ao sentir que a passagem do tempo é negativa, esse homem não se identifica com grupo nenhum e se vê deslocado, se acha frustrado em suas expectativas, sem dúvida pensando que tudo se modificou muito e não pode reviver aquela época de sua vida (KANT, 2006), buscando segurança no que lhe era familiar quando jovem. Ao não pertencer a uma divisão social específica, o homem autêntico não é compreendido pelo mercado da moda, podendo sentir-se desamparado. Por não encontrar peças que o satisfaçam, ele se apega a itens que, em alguma fase, deram segurança, conforto e autoconfiança, mesmo que não se ajustem mais à moda contemporânea, não se adequem ao ambiente ou ao seu corpo e faixa etária.
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PAINEL DE PÚBLICO-ALVO
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Para a criação de peças adequadas, foram consideradas as dificuldades enfrentadas pelo público e os seguintes parâmetros projetuais: - Estéticos: deve-se respeitar o padrão social de gênero masculino ao criar as peças, além de se estar atento à execução da confecção priorizando a qualidade da costura e do corte, e manter-se fiel às construções de golas, bolsos, barras, cós e punhos propostas nos croquis. - Sustentáveis: A sustentabilidade abrange aspectos que vão além da escolha de material. Ela comporta ideias de durabilidade (tanto material quanto estética), usabilidade, funcionalidade – o desempenho correto de funções –, além de autenticidade e propriedades estéticas - por possuir apelo visual e bom acabamento - e semânticas. Também abrange a valorização da mão-de-obra das costureiras e tricoteiras. - Materiais: foi definido pela orientação que todos os grupos devem criar uma coleção de 3looks com 70% de tecidos de malha e, também, uma parte de tricô. - Mercado: definir a relação do público-alvo escolhido com o consumo de produtos de moda, explicitando a frequência com que consome, a intenção, a fidelidade às marcas e a interação com tendências e novidades. Atendo-se ao público autênticos, sabe-se que o consumo de vestuário deste grupo não segue a velocidade do mercado da moda, mas um tempo próprio que depende da necessidade de novas peças que substituam as que já não servem sem que se tornem um território estranho, o que não liga o consumidor a uma marca específica, já que ele comprará a peça que o deixa confortável onde encontrá-la. Este apego ao conhecido impossibilita que este homem siga as tendências efêmeras da moda. - Usabilidade: estabelecer o ambiente e a situação de uso da coleção, considerando o que se quer passar com as criações. As situações podem variar entre casual, trabalho, lazer, social, entre outros. Foi definido pelo grupo que a coleção atenderá ao público em momentos de lazer e casualidade, trazendo conforto e liberdade para atividades leves e informais, em épocas de meia estação a inverno. - Funcionalidade: este parâmetro define as necessidades do público em relação ao produto de moda. O público autênticos necessita de peças que tragam comodidade por não acompanharem tendências e não dependerem de condições temporais, já que sua relação de consumo com produtos de moda se limita às necessidades básicas de vestuário, sem haver fidelidade a uma marca, além de serem peças de fácil combinação, que não exigem muita elaboração para serem usadas. Por não 7
terem mais o corpo considerado ideal, também se apoiam nas roupas para disfarçar imperfeições e sentirem-se mais confortáveis com suas imagens. Abaixo se encontra a aplicação dos parâmetros de sustentabilidade de produtos no projeto desenvolvidos na dissertação de Luiz Marcelo Straliotto para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 2009 intitulada de “Ciclos: estudo de casos de ecodesign de jóias” em formato de tabela:
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CONCEITO
A partir da observação do público alvo e da sua forte ligação às memórias do seu passado, o grupo aprofundou-se nas pesquisas sobre o sentimento da nostalgia, que tem como oposto por definição da palavra a sensação de entusiasmo (HOUAISS), que de acordo com o dicionário Michaelis significa excitação da alma quando admira excessivamente, alegria ruidosa, paixão viva, dedicação, e então foi definida esta a dualidade que guiaria o projeto. Segundo Wilson (2005), o termo nostalgia costuma recordar um tempo anterior, quando a vida era considerada “boa”. Nostalgia até o século XIX referia-se a uma condição médica, quando o médico Suíço Johannes associou o termo à extrema saudade que os mercenários suíços tinham de casa. Após essa época, a definição de nostalgia passou de uma questão patológica para emotiva; ou seja, uma emoção de anseio saudoso para o futuro. É possível retornar a um lugar, mas não é possível voltar no tempo, e é este o fato que traz melancolia. Em um momento da pesquisa sobre a nostalgia tomou-se um caminho que levou a uma explicação biológica da construção da memória. Memória é o processo de armazenamento de informações, cuja maior parte ocorre em uma área do cérebro denominada córtex cerebral. Esse armazenamento ocorre pelas sinapses, que são a comunicação entre a extremidade de um neurônio e a extremidade de outro, através de impulsos eletroquímicos. O fisiologista Arthur C. Guyton explica a ligação entre estes processos em trechos de seu tratado de fisiologia médica: "Esse fenômeno possibilita que o sinal trafegue na direção necessária
para
executar
as
funções
nervosas
requeridas.",
o
armazenamento de informações é feito por uma sequência de sinapses em um processo denominado Facilitação. (GUYTON, pág. 571, pág. 572 cap. 571-588. 2011)
E ainda: "Por fim, o córtex cerebral é essencial para a maior parte dos nossos processos mentais, porém não pode funcionar sozinho (...) Sendo assim, cada porção do sistema nervoso executa funções específicas. No entanto é o córtex que abre o mundo de informações armazenadas para que seja explorado pela mente."(GUYTON, pág.574, cap. 571-588. 2011)
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Após o entendimento do conceito de nostalgia, o grupo iniciou o processo de produção do painel semântico. Para a escolha das imagens, foi definido um paralelo entre a memória nostálgica e as obras surrealistas, que, em sua maioria, retratavam imagens irreais que podem ser comparadas a sonhos impossíveis. O surrealismo foi um movimento artístico modernista em que os artistas lutavam contra uma sociedade burguesa que se apegava a estética dos objetos, portanto, estes artistas buscavam a ligação com o irreal, o inconsciente. “O surrealismo foi por excelência a corrente artística moderna da representação do irracional e do subconsciente, surgiu como movimento que pretende negar a estética e os valores estabelecidos de uma sociedade burguesa e burocrática, buscaram no seu início (anterior ao Manifesto) ainda sobre as influências Dadaístas, a ruptura completa com as tradições aceitas da expressão artística.” (ASSIS, Carlos et al, 2009, p. 27)
Chegou-se no conceito visual de surrealismo a partir da ideia de que o homem nostálgico, em razão do seu desespero, confusão com o momento presente, insegurança, e vontade de voltar ao tempo, possui em seu pensamento tamanha idealização do passado e exagero dos sentimentos de saudade, que essa lembrança pode ser considerada algo do inconsciente, algo irreal. André Breton explica em uma pesquisa esta relação: O homem, esse sonhador definitivo, cada dia mais desgostoso com seu destino, a custo repara nos objetos de seu uso habitual, e que lhe vieram por sua displicência, ou quase sempre por seu esforço, pois ele aceitou trabalhar, ou pelo menos, não lhe repugnou tomar sua decisão (o que ele chama decisão!) . Bem modesto é agora o seu quinhão: sabe as mulheres que possuiu, as ridículas aventuras em que se meteu; sua riqueza ou sua pobreza para ele não valem nada, quanto a isso, continua recém nascido, e quanto à aprovação de sua consciência moral, admito que lhe é indiferente. SE conservar alguma lucidez, não poderá senão recordar-se de sua infância, que lhe parecerá repleta de encantos, por mais massacrada que tenha sido com o desvelo dos ensinantes. Aí, a ausência de qualquer rigorismo conhecido lhe dá a perspectiva de levar diversas vidas ao mesmo tempo; ele se agarra a essa ilusão; só quer conhecer a facilidade momentânea, extrema, de todas as coisas. (BRETON, 1924, p. 1)
Foram selecionadas imagens em que se projetam características masculinas, bem como imagens que remetem ao tempo e à confusão. Às obras surrealistas, foram acrescentadas imagens de cordas, fios e amarras, que remetem ao laço deste 10
homem com seu passado, e ao aprisionamento da sua mente à ideia de que seu apogeu já foi ultrapassado. O painel foi construído em forma cúbica para que fossem representadas mais de uma face da mente do homem que se observa, sendo as quatro faces laterais cobertas por quatro imagens quadradas cada, e as faces superior e inferior cobertas por um plano completamente preto, que funciona como a profundidade do inconsciente. Ao redor do cubo, que no contexto do painel faz a vez da mente, foi colocada uma estrutura que faz referência à rede de neurônios encontrada
em grande
quantidade
no córtex cerebral,
onde,
como
dito
anteriormente, formam-se as memórias e sentimentos. Numa análise geral do painel, obtém-se a sensação de que esses neurônios estão, portanto, guardando as memórias – provavelmente irreais – de um passado idealizado. PAINEL SEMÂNTICO
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DESENVOLVIMENTO DO PROJETO ELEMENTOS FORMAIS PROJETUAIS
Para que se iniciasse a produção da coleção, foi necessário retirar do painel semântico os chamados elementos formais projetuais (formas, texturas, linhas, cores e direções) que guiariam a criação das peças. Foram extraídas as seguintes formas, linhas, texturas e cores, que compuseram os elementos da coleção:
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DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO CROQUIS INICIAIS
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CROQUIS INTERMEDIÁRIOS
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CROQUIS FINAIS– COLEÇÃO
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INFOGRÁFICO
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CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer do projeto foram considerados os maiores desafios: a inovação nas peças, sem oposição ao pensamento nostálgico do público-alvo, a criação dos croquis de modo condizente com o conceito e a correlação de todas as etapas envolvidas no projeto com a questão de gênero discutida durante o semestre. Foi preciso retomar o estudo sobre caimento de tecidos para definir quais seriam usados, visto que era obrigatório o uso de 70% malha e o restante de tecido plano, cuidando para que não houvesse desequilíbrio e instabilidade, já que a malha costuma ser elástica e o tecido plano, estruturado. Por fim, o estudo de um público pouco explorado (tanto por ser autêntico quanto pela faixa etária) amplia o modo como vemos a moda, nos tirando da zona de conforto do público mais explorado, o feminino adulto-jovem.
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