bruno stephan portfolio
arquitetura e urbanismo 2018
bruno stephan portfolio 1
bruno amรก stephan 24 anos r. philipp lohbauer, 267 jardim dos estados (11) 96588 1810
fauusp 2011-2017 arquitetura e urbanismo
concurso | pg 5 prêmio cura transposições 2016
projeto | pg 13 habitação e creche na rua gravataí 2015
projeto | pg 21 tfg: o nada(r) que é tudo 2017
projeto | pg 51 canteiro itinerante modular 2014
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concurso prêmio cura transposições
ano: 2016 orientação: bruno stephan fernando motta pedro balotin william valerio
O projeto baseia-se na subversão de
um “vicio” considerado dos mais problemáticos na forma como a infraestrutura urbana se constituiu: a relação insensata entre a cidade e seus cursos d’água.Outra premissa fundamental foi a consideração de que uma transposição, na escala proposta, não deveria ser entendida apenas como deslocamento entre dois pontos, mas como parte de um percurso urbano composto por diferentes usos e que ofereça novos espaços de fruição para a cidade. Por fim, partindo da ascepção de que as regiões periféricas da cidade, em comparação com as áreas centrais, são relativamente mais carentes de infraestrutura urbana e espaços livres públicos, a terceira questão colocada sobre o modo como a cidade tem tratado as transposições, é priorizar a periferia para projetos de mobilidade urbana. Atualmente, bairros densos e periféricos consituídos a oeste da represa do Guarapiranga, como Jardim Ângela e Alto da Riviera, têm sua conexão com
o restante da cidade dificultada pela presença da barragem. Para transpor a represa, tida pela lógica rodoviarista como obstáculo, e chegar à rede principal de transportes da metrópole, os habitantes da região utilizam ônibus e automóveis para contorná-la. O tráfego concentrado nestas vias, planejadas para o fluxo intenso de automóveis, dificulta a opção por outros modais, devido ao risco de acidentes nas ruas e avenidas, assim como às diferenças de cota. Neste contexto, propomos a criação de um novo percurso para transpor a represa, completamente voltado ao trânsito de modais ativos, aproveitando o potencial paisagístico de suas margens para estruturar um grupo de programas. O resultado final do trajeto é um conjunto de parques e praia urbana, dotados de estruturas para usos diversos, como cultura, esportes e lazer. O objetivo desta integração entre transposição e programas, é utilizar o espaço cênico da represa como palco para promover o convívio entre os cidadãos nos espaços públicos.
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masterplan
0
50
100
perspectiva 1
corte 2
corte 1
imagem 1
corte 3
corte 4
perspectiva 2
imagem 2
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perspectiva 1 | sem escala
proposta de ponte pivotante ligando o parque guarapiranga ao parque da barragem
corte 1
0
5
corte de mirante proposto no parque guarapiranga
10
Os cortes destacam o sistema construtivo do projeto, que pode ser dividido em dois grandes grupos: o de estruturas elevadas (mirante, pontes e passarela sobre a represa) e o de aterros para a estruturação da praia urbana.
são, respectivamente, em madeira e concreto, para pedestres e ciclistas.
No primeiro, os vãos e tabuleiros são vencidos por treliças e vigas metálicas. A opção pelo aço, neste caso, deriva da maior leveza estrutural e estética do material. Já os pisos, visando o conforto e segurança dos usuários
Os cortes no terreno, além de reduzir o volume de terra a importar de outras áreas, torna mais simples a implantação de equipamentos no local.
No segundo grupo, são previstos cortes e aterros para ampliar a área útil das travessias e viabilizar o alargamento do banco de areia da praia.
perspectiva 2 | sem escala proposta de passarela ligando o projeto à estação jurubatuba
corte 2
0
2,5
5
corte de ponte proposta para ligar parque guarapiranga ao bruno portfolio 9 parquestephan da barragem
corte 4
0
2,5
5
corte de proposta para travessia lindeira a linhas de alta tensĂŁo
corte 3
0
5
10
proposta de concha acĂşstica e praia urbana no parque da barragem
imagem 1
piscina e modificações propostas para o parque da barragem
imagem 2
entrada do parque da barragem, com modificações propostas
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projeto habitação e creche na rua gravataí ano: 2015 orientação: álvaro puntoni (projeto individual)
A ideia do projeto surge a partir de uma preocupação com a qualificação do Parque Augusta e prevendo sua abertura num futuro próximo. Procurou-se tomar os dois terrenos vizinhos ao lote que pertencerá ao parque para se fazer uma transposição que ligasse as duas quadras à área verde. Foram propostas duas ligações aéreas que geram um tipo de segundo térreo, que guia os transeuntes aos equipamentos e às suas habitações. Levando em conta a vontade de se poder atravessar os dois sítios partindo do parque, se pensou, ainda que haveria a necessidade de urbanizar estes terrenos de maneira veloz, prática e modulada. Isso seria imperativo sobretudo pelo fato de que é pressuposto que a abertura do parque possa ocorrer dentro de um interim muito pequeno. Precisava-se pensar num meio de prover as quadras com equipamentos e moradias de maneira rápida, padronizada e eficaz para criar urbanidade para o parque e ainda levando em conta a possibilidade que ele possa a vir ser equipado com o mesmo método de construção e
materiais construtivos escolhidos. Tudo isso foi pensado de forma a promover também atividades diversificadas de uso nas duas quadras em que foi implantado o projeto. Na construção: materiais leves, préfabricados, desmontáveis e de fácil transporte, para modulação tanto de equipamentos quanto moradia. Escolheu-se usar módulos de Light Steel Framing (LSF) - autoportante e levissimo - de 8 toneladas cada, travados por placa cimentícia - isolante térmico e elemento da cor - erguidos por gruas na construção. Nos edifícios de moradias há uma estrutura de reforço de aço.
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térreo
0
2,5
5
pav. 1
0
2,5
5
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r. gravataĂ 1
0
2,5
5
r. gravataĂ 2
0
2,5
5
r. caio prado
0
2,5
5
etapas construção | sem escala lsf
placa cimentícia
lã de vidro
compesado naval
Em relação à parte da construção a ser realizada com LSF e placa cimentícia, foram pensados módulos de 6x6 metros, com 3 metros de altura, aplicados com diferentes orientações. Pesam cerca de 8 toneladas, podendo ser carregados por caminhões até os terrenos e lá posicionados através de gruas ou guindastes. O módulo é basicamente formado por 12 pórticos de aço leve galvanizado. 4 póticos tem perfil duplo e servem como os elementos estruturais mais solicitados. Os demais perfis podem ser retirados para o encaixe de caixilhos
através do uso de montantes. As placas cimentícias, que servem de revestimento e isolamento térmico e acústico, também são usadas como elemento de contraventamento. No piso, sobre uma camada de compensado naval e de lã de fibra vidro, também são colocadas placas cimentícias. No no nível do solo é feito um vigamento do solo para erguer os módulos levemente, protegendo-os da umidade e intempéries. Ao lado, se vê uma perspectiva explodida do módulo, sem escala.
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transversal 1
0
2,5
5
transversal 2
0
2,5
5
0
4
8
ap. tipo 1/2
0
4
8
ap. tipo 3/4/5/6
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projeto o nada(r) que é tudo
ano: 2017 orientação: marina grinover (projeto individual)
O trabalho tem como objeto o corpo e a experiência lúdico-sensorial na cidade. Aqui se entende o corpo não apenas na sua dimensão biológica, mas também psicológica e social. O corpo é a interface entre subjetivo e objetivo; efetivamente é a maneira como estamos, existimos no mundo.
projeto será a conclusão de uma pesquisa metodológica sobre o conceito de corpo segundo Foucault e suas ramificações no campo da arquitetura
A partir de uma leitura do pensamento de Michel Foucault, entende-se o corpo ainda como a prisão a que cada indivíduo está condenado a viver a sua vida. O conceito de heterotopia de Foucault, representando a utopia que é realizável, seria a aparente solução para o fatalismo do corpo. Procurou-se, então, através de oficinas e de um processo de projeto participativo na EMEF Padre José Pegoraro no Grajaú, a possibilidade de criação de lugares outros foucaultianos. Sob essa perspectiva, o objetivo do trabalho é propor o desenho urbano de um percurso de equipamentos públicos (a princípio piscinas públicas, compreendidas como lugar de maior evidência do corpo) nas periferias de São Paulo sob a ótica do lazer e do corpo. O
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imagem da favela cocaia 2 nos arredores da emef pde. josĂŠ pegoraro
oficina de fotografia na emef pde. josĂŠ pegoraro
oficina de cartografia afetiva com crianças na emef pde. josé pegoraro
oficina de infláveis na emef pde. josé pegoraro
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núcleo 4
núcleo 3
núcleo 2
masterplan
0
37,5
75
núcleo 1
legenda hidrografia área edificada curvas de nível 5m cota alagamento represa 747
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núcleo 1
complexo esportivo pegoraro
Para o amplo espaço residual que circunda a EMEF Padre José Pegoraro, foi proposto um grande complexo esportivo, no qual o foco é o desporto aquático. As piscinas públicas servem como eixo articulador e abarcam a escola que antes não aproveitava as potencialidades do terreno desocupado.
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cota 799
0
17,5
35
cota 785
0
17,5
35
cota 777
0
17,5
35
cota 769
0
17,5
35
cota 763
0
17,5
35
cota 757
0
17,5
35
transversal 1
0
12,5
25
transversal 2
0
12,5
25
longitudinal 1
0
12,5
25
longitudinal 2
0
12,5
25
núcleo 2 travessia
Para adequar as passagens de pedestres entre os lotes residenciais que mais poderiam ser usadas como atalhos para os estudantes da EMEF Padre José Pegoraro, pensouse em aliar o uso de valas drenantes, que garantissem a estanqueidade da travessia, e o de passarela acessível para transformar um local antes ermo em uma caminhada agradável e eficiente.
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travessia
0
2,5
5
longitudinal
det. escada
0
0
2,5
0,6
5
1,2
det. passarela
0
0,3
0,6
mini-equipamentos viga / guarda-corpo canteiros iluminação LED laje steel deck
vala drenante pilar de aço eletrofundido filtragem anaeróbia
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núcleo 3
praça “pegorarinho”
No edifício que abrigava anteriormente a EMEF Padre José Pegoraro, pensouse em realizar uma requalificação das quadras externas. Retomando a ideia das quadras como nichos e em grandes arquibancadas, abriu-se os equipamentos esportivos ao público geral, vencendo o desnível de 4 metros com arquibancadas e integrando mais uma escola ao percurso.
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praรงa
0
3
6
longitudinal
det. via
0
0
2,5
5
0,75
1,5
iluminação LED frade balizador vala drenante filtragem anaeróbia
O terreno onde hoje reside a escola pública infantil do “Pegorarinho” tem importância vital para a reconexão dos habitantes do Cocaia com as águas. Acontece que uma das nascentes do Córrego Reimberg Cocaia se encontra ali, embora pouquíssimos saibam. Assim, foi proposta a abertura das duas quadras externas da escola, de maneira análoga a o que foi desenhado para a atual Pegoraro.
pequena entrada direta para a EMEI, poderia ali existir uma praça cívica que indicaria a recuperação do corpo d’água atualmente enterrado. Ao longo da Rua Álvaro do Carvalhal, por onde corre o riacho, coloca-se um uso de via compartilhada. Sacrifica-se uma das mãos de circulação no leito carroçável para permitir que o Reimberg Cocaia corra por uma vala fechada por uma grade permeável.
Também com arquibancadas extensas e aberta para a cidade e com uma
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núcleo 4
porto de piscinas
No fim da nossa costura urbana propõese uma ponte que atravessa a represa. Para tanto foi pensada uma estrutura que serviria como acesso qualificado ao reservatório e ao tabuleiro e também impediria a futura ocupação irregular das margens. Com o tempo, a ideia de uma ponte passou a se igualar a de um porto, no qual pudessem se atracar barcos, ou piscinas flutuantes.
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porto
0
17,5
35
iluminação LED laje steel deck pilar de aço eletrofundido
0
2
6
det. porto
0
0,6
1,2
det. ponte
iluminação LED
horta comunitária laje steel deck
pilar de aço eletrofundido
legenda hidrografia curvas de nível 5m cota alagamento represa 747
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projeto canteiro itinerante modular ano: 2014 orientação: tatiane sakurai bruno stephan caio paula fernando motta hannah campos joão marcos costa
Diante da proposta de construção de um anexo para a FAUUSP, procurou-se estabelecer um programa que atendesse à uma demanda já existente. Para tanto, foi feito levantamento das atividades realizadas pela instituição, e dos espaços demandado para a viabilização de cada uma delas. Dentre todas as carências, ficou explícita a inexistência de qualquer ambiente de suporte às atividades de extensão. Além disso, a subutilização do Canteiro Experimental Antônio Domingos Battaglia (CEADB), se apresentou vinculada à limitada programação proposta para o mesmo. Pareceu interessante, então, vincular as duas demandas no programa do anexo. Assim, o programa proposto deve ser visto como tentativa de abrandar a defasagem entre teoria e prática. Busca-se uma nova relação de aprendizado, em que o espaço de troca é essencial. Outrossim, o grupo focal preza pela difusão da cultura construtiva entre a sociedade. Somase à tal proposta pedagógica, a possibilidade de mobilidade do anexo conferida pela técnica adotada.
Estabelece como desafio, a itinerância constante: a cada três anos, a base deve ser reproduzida e remontada em outro lugar. A escolha do bambu, como principal material constituinte, corrobora na perspectiva de democratização do acesso ao conhecimento construtivo. O bambu dialoga com o potencial de desenvolvimento de culturas construtivas locais, pela facilidade de cultivo e manuseio; sobretudo, por assumir uma condição autônoma à indústria e, por isso, emancipadora das relações pré-estabelecidas entre o construir e o habitar. O anexo, aqui denominado por Canteiro Itinerante Modular (CIM), seria implantado ao lado do CEADB, e é concebido a partir dos princípios da arquitetura modular temporária. Em que o módulo é apreendido pela repetição de uma estrutura base de bambu, composta por quatro peças de mesmo diâmetro e comprimentos distintos; e a vinculação entre peças é feita por barras roscadas, porcas e abraçadeiras de pressão.
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0
1
2
planta tipo
0
0
1
2
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2
longitudinal
transversal bruno stephan portfolio 53
0
1
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hidrรกulica 1
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hidrรกulica 2
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hidrรกulica 3
etapas construção | sem escala
det. encaixe | sem escala
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