TC2 Bruno G Mortensen - Arquitetura e Urbanismo Toledo Prudente

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CONEXÕES

COMORAR E BIOCONSTRUIR UMA ALTERNATIVA DE MORADIA SUSTENTÁVEL

TRABALHO DE CURSO II BRUNO GONÇALVES MORTENSEN ORIENTADOR: LUCIANO KATSUMY OSAKO

CENTRO UNIVERSITÁRIO ANTÔNIO EUFRÁSIO DE TOLEDO DE PRESIDENTE PRUDENTE Presidente Prudente/SP 2020


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Seja Bem Vindo!


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lá esse é um trabalho de conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Todelo Prudente, meu nome é Bruno Gonçalves Mortensen, e nas próximas páginas irei apresentar um pouco desse trabalho que é o projeto de um co-living (uma moradia compartilhada) com a técnica construtiva da Bio-Construção. Se você chegou aqui sem ter lido a primeira parte do projeto, aquela parte teórica, seria interessante conhecer, lá eu explico um pouco melhor sobre a técnica construtiva, sobre o que é um co-living, etc. Mas vamos lá...

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Ao diagramar essas páginas, pensei em como eu poderia me conectar a você, de uma maneira em que além de analisador, leitor e espectador, você pudesse ser um colaborador imaginativo do projeto. Já que cada pessoa tem suas próprias experiências de vida, por que não juntar sua criatividade com a minha e fazer algo novo?

Por isso preferi restringir as palavras ao mínimo necessário para compreensão, e introduzi, inúmeras imagens que de certa forma contribuíram para tomada de decisão e guiaram o projeto até sua versão final... Minha pretensão é que o projeto seja mutante, e que desperte sentimentos e sensações diferentes a quem tiver contato com ele. Por isso peço que respire fundo, vire a página, vá com calma, aprecie as imagens, deixe que suas emoções ajudem a construir o projeto, e juntos construiremos ao longo das páginas a nossa versão final. Estamos prontos? Então vamos lá!


JUNTOS “Ser independente é uma bobagem que a gente inventou, esse negócio de valorizar muito a independência a autossuficiência, ser o bastante e não precisar de mais ninguém, é uma bobagem”

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jornalnovametropole

out Jout em seu podcast da GNT diz que nessa quarentena vivendo junto com 8 amigos tem aprendido que é besteira esse negócio de não depender de ninguém, ela aponta que saber se virar sozinho é importante, mas essa valorização da independência o não preciso de ninguém, acaba nos fazendo perder algo legal que é você poder contar com as outras pessoas, e de aprender coisas novas com elas. Ser independente é uma vida muito solitária! Por exemplo: Você não sabe fazer feijão, daí tem alguém que gosta de fazer e sabe fazer feijão, então essa pessoa pode ficar encarregada de


fazer o feijão. Quando todo mundo foca na tarefa que tem mais facilidade, todo mundo faz coisas facilmente que são boas para o todo, um ajudando o outro. Com esse exercício ela pode reconhecer de qual forma ela poderia melhor contribuir com o grupo, pois ela diz ser acostumada a reparar mais no que ela não sabe fazer, de identificar onde ela não contribui do que onde ela pode ajudar. Diante dessa experiência ela pode perceber a alegria de saber: “Que não é o fato de você depender de alguém, mas que você pode contar com esse alguém, e que esse alguém pode contar também com você... onde ela faltar, você estará lá para preencher, onde faltar em você ela vai estar lá para preencher”. Resinificar a independência, segundo Jout Jout é o tipo de coisa que quando você aprende, é como se você resolvesse um problema raiz, que quando é resolvido, vários outros tantos problemas de relacionamento interpessoais acabam desaparecendo. No livro A Cidade ao Nível dos Olhos diz que o conceito de conectar os espaços entre o que é público e o que é privado são chamados atualmente de plinth. Plinths são geralmente os andares térreos dos prédios, onde que através do projeto, o público (a rua), se conecta ao espaço privado. É um conceito de espaços semipúblicos ou híbridos, que são justamente as calçadas em frente aos prédios, ou espaço cedidos da própria edificação, que convidam as pessoas a interagirem nesses espaços. Muitas vezes podem ser bancos, pequenas mesas, vasos com plantas ou até mesmo bicicletários. Um artigo de 2013, da ONU-Habitat expõe que as pessoas se afastam intuitivamente de lugares vazios e sem interações. Elas estão sempre a procuram conexões. No artigo na Pluris A CIDADE SEGREGADA POR MUROS de 2016, expõe que os condomínios fechados são uma tendência cada vez mais presente nas cidades brasileiras. Porém, a falta de interação no entorno desses empreendimentos tem causado grande impacto negativo na vida urbana, os longos perímetros murados fazem do caminhar nas ruas uma tarefa pouco segura e monótona. Jane Jacobs afirma que ruas movimentadas garante maior sentimento de segurança, enquanto ruas desertas, não. Ela adverte que deve sempre haver movimento nas calçadas. Além disso é necessário promover o contato e a interação entre a rua e a edificação. Para garantir a segurança dos moradores e dos transeuntes, os edifícios devem ter os “olhos” voltados para a rua. Quantos lugares conhecemos na cidade que são repletos de pedestres durante o dia, mas à noite tornam-se locais desertos, onde evitamos passar?


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CAMINHOS

Minha experiência ao caminhar pela cidade...

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o caminhar pela cidade ao redor do centro no horário comercial, me sinto seguro e entusiasmado, vejo vitrines, pessoas e animais, passo em uma sorveteria pego um sorvete, me sento em um banco em baixo de uma arvore, me sinto tranquilo e satisfeito. Ao cair da tarde, a noite se aproxima, caminho pelo parque do povo, na altura próxima a Avenida Brasil, não vejo muita gente por ali, e o local está ficando escuro e vazio, já me espreita uma certa desconfiança, não me sinto mais tão seguro, meus passos são mais largos e apressados e meu olhar mais desconfiado... Ao chegar próximo à avenida da saudade, percebo a cidade mais iluminada, várias pessoas se exercitando, passeando com seus cachorros, jovens andando de skate... Fico distraído, o transito é intenso, nos quiosques lotados me sinto seguro novamente, continuo minha caminhada mais animado. Sigo em direção aos edifícios mares do Sul, já é de noite, há pouquíssimos pedestres, mas muitos veículos, passo na frente do condomínio João Paulo II. Grandes muros e portarias, me sinto um intruso, não moro ali, parece que eu não deveria estar ali, sinto quase como se eu estivesse sendo expulso daquele lugar, nem há muita calçada para caminhar, há tantas entradas e saídas de veículos, mas eu estou a pé... Circulando o condomínio, nas costas da UNESP, de um lado muro, do outro lado grade, no muro do condomínio, cerca elétrica e espinhos, os postes não iluminam muito bem, não passa ninguém além de carros com seus faróis altos, me sinto desolado, inseguro... a luz de um dos postes apaga, tudo fica escuro e assustador, tenho vontade de correr, não me sinto seguro, não tem nada para ver, nada para interagir. Aperto o passo até chegar em um campinho do jardim Icaray, alguns meninos jogam futebol, tudo está bem iluminado, algumas crianças no parquinho, me acalmo e me sinto aliviado, olho para o celular tranquilo, pronto já é hora de voltar para casa.


Refletindo sobre minha caminhada percebo que os lugares onde me senti mais tranquilo, seguro e interessado foram os lugares que haviam pedestres, lugares onde havia interações, onde eu poderia me conectar de alguma forma aos espaços ou as pessoas, onde eu era bem-vindo e os lugares que eu me senti mal e com medo foram os lugares desertos de gente, onde de alguma forma eu era repelido, excluído...


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O PARTIDO

Desse sentimento nasce a inspiração do projeto do co-living:


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ara o processo de busca do partido do projeto, procurou-se expressar de diferentes formas o sentido da palavra conexão. Conexão entre os moradores do edifício e também com os vizinhos, conexão com o entorno, conectar-se a cidade, a quem ali transita. Que o próprio material construtivo se conecte com a natureza e com o solo onde será implantado, que as áreas também se conectem. Pretende-se que a forma do edifício expresse o sentido literal e subjetivo dessa palavra da melhor maneira que o estudo, pesquisa e repertório puderem se manifestar.

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CONEXÕES! (latim connexio, -onis) nome feminino Estado de coisas ligadas. = LIGAÇÃO Enlace ou vínculo entre pessoas ou entidades. Conexões entre as pessoas e entre o espaço



PROGRAMA DE NECESSIDADES Pensando no programa de necessidade e levando em conta o significado da palavra conexão e o conceito de co-living, previamente estudado no TC1, chego ao seguinte resultado:

Unidade particular: - 08 Dormitórios - 08 Banheiros - 08 Guarda pertences - 08 Estações de trabalho individuais

Área compartilhada: - Cozinha - Refeitório - Horta - Banheiro - Área de convivência - Área técnica - Churrasqueira - Jardim - Estação de trabalho compartilhada

Espaço Público: - Jardim - Área de descanso - Incorporar o ponto de ônibus existente - Criar parklet com foodtruck


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programa de necessidade foi dividido em 3 grupos:A unidade particular seria o local onde há acesso restrito apenas ao indivíduo residente, essa unidade deverá compor de um dormitório, banheiro particular, armários para guardar roupas e pertences e uma estação de trabalho. A área Compartilhada é o local onde todos os moradores possuem acesso livre, além dos moradores, a área compartilhada pode receber acesso de convidados dos moradores e ou de serviços como limpeza e manutenção. Essa área compõe, uma cozinha ampla para preparação de alimentos simultâneos, refeitório, espaço de convivência, horta, jardim, banheiro social e área técnica. Á área técnica é composta do sistema de tratamento biológico de esgoto, composteira, etc. Já o Espaço Público é o local em torno da edificação (dentro do lote) destinado ao acesso público de qualquer pessoa, esse espaço tende a se fundir com os espaços públicos como a rua e a calçada, através de interações com o paisagismo e o mobiliário, áreas de permanência, descanso e abrigo da chuva, também há a intenção de apadrinhar o ponto de ônibus que existe na frente do terreno e deixa-lo mais convidativo e confortável. Na análise do programa de necessidade ficou definido que no empreendimento não haverá espaço para guardar automóveis ou motocicletas, haverá um espaço para acomodar bicicletas e afins. Foi julgado que incorporar uma garagem ao edifício, iria contra o estilo de vida que se pretende criar com a moradia e com o seu público alvo, foi constado que o uso de meios de transportes não poluentes como a bicicleta, ou o uso de transporte público ou até mesmo o transporte via aplicativo ou taxi, é mais viável para os moradores desse local.


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FLUXOGRAMA

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e acordo com a pesquisa prévia (TC1), constatou-se que em um coliving não deve haver hierarquia entre os moradores, pensando nisso e na autonomia e praticidade dos mesmos foi proposto um fluxograma onde cada unidade particular teria acesso ao espaço público, ou seja, cada unidade particular possui um acesso direto à rua. Cada unidade particular também possui acesso direto a área compartilhada, e também foi necessário criar um acesso direto entre o espaço público com a área compartilhada caso haja a necessidade de acesso de algum serviço ou manutenção para que os mesmos não invadam nenhuma unidade particular.



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Estrutural e Forma

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ara promover segurança e viabilizar a construção, com a técnica escolhida, a forma dependia da estrutura, ou seja, o hiperadobe como apresentdo no TC1, é uma construção de terra, que recebe muito bem as solicitações de compressão, porém não suporta esforços de tração. Analisando as obras existentes em hiperadobe e superadobe, pode-se observar que elas tinham características semelhantes como no exemplo abaixo

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Cúpulas, paredes sinuosas, características orgânicas e rusticidade, também, foi observado que quando se pretendia criar uma cobertura ou uma abertura reta, se fazia necessário o uso de outros elementos para dar sustentação as forças de tração. Os materiais mais usados para esse fim são: os bambus, madeiras, aço ou até concreto armado. Também foi possível perceber que o estilo das maiorias das obras realizadas com essa técnica possuía características bastantes vernacular. Mesmo sabendo da importância cultural da arquitetura vernacular que imprime um saber que é passado de geração em geração. A intenção do projeto é atribuir a obra elementos arquitetônicos que poderiam ser melhor identificados como uma forma de arquitetura acadêmica. Portanto ao consultar à história da arte e da arquitetura julgou-se que a estilo clássico, teria um maior número de pessoas que o reconheceria como um estilo arquitetônico acadêmico. Aprofundando na história da arquitetura clássica em sua origem, não possuía aço em sua estrutura, e para vencer grandes vãos com o uso de pedra e cimento por exemplo eles utilizavam um elemento arquitetônico e estrutural que só recebia esforços de compressão. Elemento esse conhecido como arco. Diante disso consideou-se ser interessante ligar o hiperadobe que é muito bom em resistir esforços de compressão com o elemento arco, que através de sua forma transmite apenas esforços de compressão. O arco pode ser definido como um elemento estrutural curvo que transmite seu peso próprio e as sobrecargas a dois apoios, por meio apenas ou principalmente de esforços normais simples de compressão (Torroja, 1960; Engel, 1981; Salvadori apud Silva e Souto,2000).


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figura abaixo ilustra a forma de um arco romano e como as forças se comportam em sua estrutura:

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arco é, portanto, uma construção que resiste muito bem às forças de compressão. Porém também é de grande importância o apoio em suas bases. O Professor Sandro Ferreira, professor de Física do portal educacional, ensina como funciona o arco com uma tira de cartolina:

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e fizer um arco de cartolina em uma superfície lisa sem nenhum suporte dos lados, a tira de cartolina irá se abrir, como no exemplo abaixo, e o arco não irá se sustentar.

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orém ao colocar algum suporte como apoio nas laterais, verá que a estrutura se mantém.

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egundo sua explicação com o arco romano o princípio é o mesmo!

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s romanos criaram estruturas duráveis e que vencem grandes vãos sem a utilização de estruturas metálicas, utilizadas até o século XIX (Cowan, 2004). A utilização do potencial estrutural dos arcos, derivaram elementos como as abobadas. Para a técnica construtiva do arco, assim como da abóbada de berço os romanos utilizavam uma estrutura em madeira temporária, para dar apoio e garantir o bom funcionamento do elemento.

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Voltando as construções atuais de hiperadobe e superadobe o site calearth.org apresenta estudos que demonstram que essa técnica construtiva de bio-construção tem um comportamento muito semelhantes as construções clássicas romanas, pode-se perceber melhor nos exemplos abaixo que o arco é uma solução bastante viável.

calearth.org


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erante as referências apresentadas, a identidade estética que pretendo imprimir na obra são das ruínas arquitetônicas, que diante dos meus olhos me inspira uma bela harmonia junto ao seu entorno natural. As ruinas me passam o sentimento que desejo aplicar na obra, da arquitetura em equilíbrio com a natureza, sinto que através dessas fotos, tanto a arquitetura quanto a natureza encontraram uma forma de se conectar através do tempo, como se elas sempre estivessem juntas, sem uma competir com a outra, uma se apoiando a outra.


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Criando o elemento

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ara desenvolver a estrutura, propõe-se a criação de um gabarito de madeira para apoiar os sacos de hiper-Adobe e assim formar as Abobadas de Berço. O elemento Obtido foi batizado com o nome de túnel. Ao chegar nesse elemento, é possível variar suas dimensões aumentando a escala do gabarito, ao conectar-se uns túneis aos outros promove-se uma arquitetura modular. O Intuito foi conectar os conceitos de arquitetura modular, arquitetura clássica e bioconstrução, seguindo o partido previamente proposto.



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Unidade Particular

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ara desenvolver a planta, parti das medidas de uma unidade particular, ela deveria respeitar as técnicas construtivas estabelecidas e conter uma cama, estação de trabalho, local de armazenamento de roupas e pertences além de um banheiro com chuveiro, pia e bacia sanitária, uma boa circulação também foi levado em conta



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Distribuição da Planta

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eja que no primeiro momento eu apenas dispús as 8 unidades no terreno. Já na figura 2 percebeuse que se espelhar as unidades perde-se menos espaços com o terreno, e ja é possível que todas as unidades tenham acesso a fachada. Porém as unidades estavam ficando grudadas umas às outras, era preciso separalas para uma melhor ventilação e circulação.

m verde está representado os limites do terreno e a parte destinada a área pública, as áreas vermelhas representam a unidade particular, já o espaço em amarelo simboliza o espaço compartilhado entre os moradores.


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figura 3 mostras como ficou os acessos direto a rua das 8 unidades e a permeação da área compartilhada.

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a figura 4 acrescentase mais duas cores ao diagrama, a cor laranja que simboliza as áreas de transição (entre público e privado) e a cor azul que demarcam as áreas técnicas de tratamento de esgoto e resíduos. Nessa etapa já é possível ver a planta de setorização definida e as dimensões propostas pela técnica construtiva. Também é possível identificar a modulação presente na distribuição dos “Túneis”

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Setorização

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figura representa a conexão entre a forma, a distribuição e a setorização do prédio:

Privado Compartilhado Semi Público Público Acesso Privado


Acessos

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s figuras arepresentam os acessos à edificação, foram locados rampas, escadas e arquibancadas para entremear as áreas públicas e privadas do prédio afim que o espaço se torne mais convidativo aos que visitam o entorno.


Privado Compartilhado Semi PĂşblico PĂşblico Acesso Privado


Ponto de Ônibus

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Ponto de ônibus está locado no terreno na calçada da frente da fachada principal, nessa posição o ponto de ônibus interfere na estética do prédio, portanto o mesmo fora deslocado mais próximo da esquina para melhor integra-lo ao contexto e não o repelir


Planta Definida


Caixa D’água

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oi reservado uma parte externa do terreno com o intuito de implantar a caixa d’agua de moda a ficar mais prático de ser inserida e de realizar manutenções necessárias.

P

ara que essas caixas d’água adotassem uma estética mais interessante, afim de criar um ambiente instagramavel, foram projetas com a forma das Super Árvores de Simgapura da Gardens By The Bay, em uma escala compatível com o seu uso.


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Insolação No inverno pela manhã

No Inverno na parte da tarde:


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s estudos de insolação mostram a interferência do sol da manhã e da tarde no inverno e no verão no prédio.

Fora constatado pelo diagrama que tanto no inverno como no verão nas diferentes horas do dia, a forma do difícil, garante áreas abertas estejam bem sombreadas, característica que torna muito interessante, visando que o clima da região é redominantemente com temperaturas altas. Portanto as áreas sombreadas e bem ventiladas promovem um alto conforto térmico.

No Verão pela manhã

No Inverno na parte da tarde:


Aproveitamento da energia Solar

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om o diagrama solar também foi possível constatar que os cumes dos elementos recebem bastante insolação durante o dia todo, lugar bastante propício para a instalação de painéis fotovoltaicos, que geram energia limpa, e também foi julgado interessante a colocação de túneis de luzes ou pequenas claraboias para que a claridade entrasse no interior e com isso diminuísse a necessidade da utilização da luz elétrica durante o dia.

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Paisagismo

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ara isso a fim de promover uma maior interação com os vizinhos e pessoas que visitam o local, o paisagismo será todo baseado em arvores frutíferas, pancs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) e ervas. O intuito o paisagismo convide as pessoas para que venham colher frutos, ervas e pacs e interagir ainda mais com o espaço. Ainda compondo o paisagismo, será acrescentado uma pedra artificial na esquina atrás do ponto de ônibus que contará pequeno lago que servirá de bebedouro para animais e um bebedouro para pessoas próximo ao ponto de ônibus, uma gentileza dos morados para com os que ali passarem.



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lém do paisagismo será locado um parklet que é uma área ligada à calçada, onde será construído uma estrutura a fim de criar espaços de lazer e convívio onde anteriormente havia vagas de estacionamento de carros. O parklet contará com bancos, estacionamento de bicicletas e um local para um food truck. O intuito desse local é promover movimento de pessoas também no período da noite. Todo o projeto do espaço foi baseado para promover conexões, reestabelecer o convívio entre vizinhos e visitantes do local. Também estabelecer contato entre os moradores do local, trazer permeabilidade visual e interação entre arquitetura e o meio ambiente. A pretensão do projeto é servir como modelo de uma outra opção, mostrar que é possível experimentar novas formas de morar, construir e interagir, tanto na arquitetura como nas relações interpessoais. É um estimulo, uma propaganda, uma escolha... A seguir as plantas executivas do projeto e renders para fazer um tour pelo local:



Planta de Cobertura


Fachada Leste

Fachada Oeste

Fachada Norte

Fachada Sul






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A

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Planta com Layout




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cozinha e lavanderia são conectadas com as áeas comuns, com fornos, fogões, pias, geladeiras, lavadoras e secadoras de roupas e armários de uso coletivo



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odos os espaços comúsn são conectados, com conceito de planta aberta, há um hall de entrada com cadeiras, e varias mesas no refeitório etambém da área externa


A

iluminação é proposta com pendentes para gararem eficiencia de iluminação com o pé direito alto, madeiras e fibra naturais na decoração conectan-se com o materialidade das paredes.




A

floreira na janela garante maior privacidade da área pública com o interior do quarto, e um contato entre do verde com a estação de trabalho


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Biombo preserva a área intima da cama, impedindo a visão de quem está de fora da janela, o banheiro tem o pé direito menor e uma caida, que faz a agua escorrer pela aberura infeiror.


As vergas metálicas foram aplicadas nas aberturas maiores para além de função estética promover maior resistencias a estrutura



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oi reservado um espaรงo para um parket na fachada sul, com floreira contendo ervas e pancs e bancos, um estacionamento para um foodtruck e outro para bicicletas


N

o ponto de onibus foi proporta uma pedra articial que esconde o motor da fonte e do bebedouro para


Caixa d’água com iluminação e trepadeira contrubuem para uma paisagem empolgante e lúdica



A

lĂŠm das entradas de cada unidade particular o prĂŠdio possui trĂŞs entradas comuns, a principal, uma ao fundo e outra lateral, garantindo melhor acesso a todos


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ampas escadas e arquibancadas convidam moradores e todos que alim transitam a explorar e se conectar com o entorno, o acesso ao tratamento de esgoto tambĂŠm ĂŠ de facil acesso


Revestimentos Piso externo: Piso de pedra Miracema natural inter travada�.

Piso interno: Seixos rolado multicolor polido com rejunte cimenticio para ĂĄrea externa


Parede do box dos banheiros: Quartzito natural

Pares externas, interna e cobertura: Reboco de solo natural com aplicação de resina de mamona para ficar resistente a umidade e enterpÊries (Camada externa com duas camadas de resina de mamona)


A iluminação noturna é feita com leds RGB que oscilam as cores entre, azul, alaranjado, rosa, roxo e azul





Como vocĂŞ se sentiria nesse local? O que vocĂŞ acrescentaria pa


ara promover ainda mais conexões? Você é bem-vindo a interagir.

Até breve e Um forte Abraço!


REFERÊNCIAS SALVADORI & HELLER. Estructuras para arquitectos. Barcelona: La Isla, 1978. EDUCACIONAL. Para entender como um arco romano (ou qualquer arco) se sustenta. 2020. Disponível em: <http://www.educacional. com.br/especiais/Niemeyer/includes/arqCalculos/arcoromano_ imprimir.asp?strTitulo=O> Acesso em: 12 de nov. 2020. EARTHBAGHOUSE. What is Earthbag Building?. 2020. Disponível em: <http://www.earthbaghouse.com/EarthbagConstruction.html> Acesso em: 12 de nov. 2020. FREEPIK 2020. Disponível em: < https://br.freepik.com/> Acesso em: 12 de nov. 2020.


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