Órgao de expressom do Capítulo Galiza do Movimento Continental Bolivariano | Nº 17 · verao de 2012
O bloco de classes oligárquico espanhol teima em empregar todas as oportunidades que se lhe brindam para aplicar políticas assimilacionistas contra os povos e naçons como a Galiza, oprimidos e explorados polo imperialismo espanhol. Os sucessos desportivos som umha magnífica coartada para promover o chauvinismo, reforçar a identidade espanhola e embrutecer às massas em base a efémeras e superificiais euforias. Nom é casual que PP acelere as agressons laborais e sociais -concretizadas em cortes em direitos e conquistas- em plena Eurotaça de futebol. Simultaneamente a entrada em vigor do copago de medicamentos, do incremento do preço da luz, gás e butano, do anúncio de mais despedimentos, aumento de impostos e privatizaçons, um setor das massas, completamente atrofiadas polo aparelho propagandístico do regime, ocupa ruas e praças festejando a vitória da equipa espanhola de futebol como se as políticas neoliberais nom lhe afectassem. Este fenómeno banal e alienante, organizado polos estrategas do imperialismo espanhol, tem atingido entre as geraçons mais jovens que
perfeitamente capitalismo e destacado eco se identificam
acriticamente com as cores da bandeira inimiga, desconhecendo as suas origens e significado. A “rojigualda” é a bandeira monárquica que o fascismo vencedor da guerra civil de 1936-39 impuxo como símbolo de um Estado totalitário construido sob o holacusto do povo trabalhador, das mulheres e da negaçom da Galiza. A operaçom cosmética que maquilhou na Transiçom o franquismo nesta raquítica democracia burguesa mantivo incólume idênticas cores na bandeira. Nós, galegas e galegos, orgulhosas de agirmos como povo livre e luitar pola plena independência nacional, temos bandeira própria. Estamos orgulhosas dela, e nom queremos renunciar a utilizá-la, nem a substituí-la polo símbolo da nossa dependência e atraso. O auto-ódio que nos inoculou secularmente o invasor e as elites colaboracionistas nom logrou, nem vai conseguir, que o imaculado distintivo azul, branco e vermelho guie o nosso povo e a nossa classe face a vitória. Porque queiram ou nom a nossa Pátria é Galiza e a nossa bandeira a galega. Galegas somos, galegas seremos, por espanhóis nunca passaremos!