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Economia Negócios REVISTAPORTUÁRIA
Edição ABRIL/2021 / Ano XXIII
R$ 50,00
Navios de cruzeiros: Itajaí se prepara para a temporada 21/22
Marcos Porto
Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 3
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EDITORIAL
ISSN - 1981 - 6170
ANO 23 EDIÇÃO ABRIL/2021
A importância do setor de cruzeiros no Brasil
Editora Bittencourt Rua Anita Garibaldi, 425 | Centro | Itajaí Santa Catarina | CEP 88303-020 Fone: 47 3344.8600 Direção: Carlos Bittencourt carlos@bteditora.com.br | 47 9 8405.8777 Presidente do Conselho Editorial: Antonio Ayres dos Santos Júnior Diagramação: Solange Maria Pereira Alves (0005254/SC) solange@bteditora.com.br Capa: Foto: Marcos Porto Colaboraram nesta edição: José Zeferino Pedrozo, Fernando Magalhães e Adelto Gonçalves Contato Comercial: Sônia Anversa - 47 9 8405.9681 carlos@bteditora.com.br
Para assinar: Valor anual: R$ 600,00 A Revista Portuária não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados, que são de inteira responsabilidade de seus autores.
Desde a temporada 2017/2018 o setor vem demonstrando aumento da eficiência apesar da estabilidade no número de navios, com aumento do total de cruzeiristas, fato que só não ocorreu na temporada passada devido à pandemia da Covid-19. Na temporada 2019/2020, oito navios percorreram 15 destinos brasileiros (Santos, Rio de Janeiro, Armação dos Búzios, Salvador, Ilha Grande, Ilhabela, Ilhéus, Itajaí, Recife, Maceió, Angra dos Reis, Porto Belo, Cabo Frio, Ubatuba e Balneário Camboriú), 2 uruguaios (Montevidéu e Punta del Este) e 1 argentino (Buenos Aires). Pela terceira temporada consecutiva, houve aumento do número de viajantes quando comparada à temporada anterior, totalizando 469.577 cruzeiristas. O impacto econômico total também registrou aumento, movimentando R$ 2,241 bilhões na economia brasileira, resultado que poderia ter sido ainda melhor se o mundo não atravessasse período tão complicado, que atingiu o Brasil em meados de março de 2020. A movimentação econômica gerada pelos cruzeiros marítimos (através dos gastos das armadoras e cruzeiristas) envolve diversas atividades da economia brasileira. Dessa forma, o setor não só cria empregos nessas diferentes áreas, como gera receita para o governo em forma de tributos, impactando a economia local e nacionalmente. Por isso, os negócios movimentados pelo segmento não se restringem apenas às cidades portuárias. A cadeia de suprimentos contrata serviços e compra produtos em diferentes regiões do Brasil e as vendas de cruzeiros que, em sua maioria, são feitas por agentes de viagens, são realizadas em pontos de venda físicos e online em todo o país.
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Comercial para todo o Brasil Marcos Porto
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Sumário DIVULGAÇÃO
20. CAPA. Os cruzeiros voltaram! Itajaí se prepara para a temporada 2021/2022 no Brasil 6. ENTREVISTA: Conselho Nacional de Proteção de Dados terá papel importante para legitimar a LGPD
26. Itajaí ganha empresa especializada em barcos importados
16. Opinião: Por: Fernando Magalhães Como criar metas poderosas
27. Estiagem castiga agronegócio catarinense
18. Opinião: Por: Adelto Gonçalves Cabotagem: o que pode mudar
28. Exportações de maçãs e suínos são destaque no Boletim Agropecuário de abril
10. Produtores de Mendoza, na Argentina, aumentam o presença no Brasil por meio da criação de um Hub Logístico em Itajaí
22. Fábrica de embarcações investe em linha de produção exclusiva
30. Exportações: Novos tipos de barreiras podem gerar US$ 46 bi de prejuízos, revela estudo
12. CNI e Apex-Brasil oferecem missões internacionais e encontros virtuais à empresários
24. 8 aprendizados do 1º ano de pandemia para profissionais e empresas
32. Portonave divulga Relatório de Sustentabilidade
8. Quality Transportes, soluções completas para o transporte rodoviário e armazenagem de cargas
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14. Opinião: Por: José Zeferino Pedrozo Todos pela infraestrutura
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Entrevista: CASSIO BORGES
Conselho Nacional de Proteção de Dados terá papel importante para legitimar a LGPD Superintendente Jurídico da CNI, Cassio Augusto Borges é candidato a uma vaga no CNPD. Ele destaca que regras privadas de boas práticas e governança auxiliarão empresas no processo de adequação
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Qual o maior desafio que o senhor vê como candidato a uma vaga no Conselho Nacional de Proteção de Dados (CNPD)? CASSIO BORGES – Creio que o maior desafio de representar uma instituição como a CNI é ter discernimento suficiente para fazer a leitura correta da demanda da indústria brasileira, categoria econômica que estarei representando. Como órgão consultivo da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), o CNPD tem um papel importantíssimo para legitimar o agir da ANPD. Para tanto, os seus conselheiros precisam interagir com os setores da sociedade que representam, e saber ouvir e traduzir adequadamente as necessidades, conciliando-as, principalmente para formular as diretrizes estratégicas e fornecer os subsídios a serem utilizados na confecção da política nacional de proteção de dados e privacidade. Qual a importância da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nesse mundo digital em que hoje vivemos? CASSIO BORGES – A LGPD buscou inspiração na legislação europeia e surgiu para disciplinar essa nova forma de convívio social virtual, próprio de um mundo cada vez mais conectado. Esse espaço cibernético traz inúmeros benefícios, mas também gera conflitos. O brasileiro não tem histórico nem cultura de valorizar e de proteger os seus dados pessoais. 8
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ndicado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para concorrer a uma vaga no Conselho Nacional de Proteção de dados (CNPD), o advogado Cassio Augusto Borges alertou que o colegiado terá papel imprescindível para legitimar a atuação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Em entrevista à Agência CNI de Notícias, Borges – que é superintendente Jurídico da CNI – disse que pretende colaborar com a formulação de diretrizes estratégicas que passarão a nortear a aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP). Ele alertou que todas as empresas, independentemente de porte, deverão indicar um encarregado pelo tratamento de dados e abrir um canal de comunicação com o consumidor. Disse ainda que as regras privadas de boas práticas e governança deverão auxiliar essas empresas no processo de adequação à LGPD. Borges também mencionou que as exigências do consumidor em relação ao tratamento de seus dados pessoais estão cada vez mais relacionadas à transparência, à boa-fé e à proteção. Cassio Borges é o indicado do segmento industrial para compor o Conselho. Primeiramente, a ANPD formará listas tríplices. Caberá ao presidente Jair Bolsonaro escolher um nome em cada uma das 13 listas com indicados para cadeiras de representantes da sociedade. Outras 10 vagas serão preenchidas por indicados de órgãos públicos, como o Senado, a Câmara dos Deputados e o Conselho Nacional da Justiça (CNJ). Esta será a primeira composição do CNPD, órgão que terá 23 membros titulares e suplentes, com mandato de dois anos, e terá como missão ser um conselho consultivo da Autoridade Nacional de Proteção de Dados.
Em termos genéricos, as principais exigências do consumidor em relação ao tratamento dos seus dados pessoais estão relacionadas à transparência, à boa-fé e à proteção.
E as empresas também não viam claramente as limitações quanto ao uso desses dados. A lei busca justamente o equilíbrio dessa nova relação, prestigiando o direito à intimidade e à privacidade das pessoas, e trazendo, ao mesmo tempo, segurança jurídica para que seus dados pessoais possam ser utilizados, tratados. Em termos de proteção de dados e de privacidade, o que o consumidor pode exigir das empresas? CASSIO BORGES – Em termos genéricos, as principais exigências do consumidor em relação ao tratamento dos seus dados pessoais estão relacionadas à transparência, à boa-fé e à proteção. De forma concreta, as empresas deverão indicar um encarregado pelo tratamento dos dados e disponibilizar canais de comunicação para que o titular de dados pessoais, necessariamente pessoa natural, possa requerer, por exemplo, a confirmação dos seus dados, o acesso, a correção, portabilidade, ou a eliminação dos seus dados da base da empresa, informações sobre eventual compartilhamento dos seus dados com terceiros, além da revogação do consentimento, ou oposição ao tratamento de dados. Quais são os dados protegidos pela LGPD? CASSIO BORGES – A LGPD regula o tratamento de qualquer informação que permita individualizar uma pessoa natural. A aplicação da norma não se restringe aos dados sabidamente pessoais, como CPF, nome, RG, mas à qualquer informação que, mesmo por inferência, permita a individualização e um tratamento especifico para o titular dessa informação. A LGPD será aplicada a empresas de todos os portes ou restrita apenas àquelas que trabalham com volumes maiores de dados? CASSIO BORGES – A LGPD se aplica a todas as empresas, independentemente do porte, privadas ou públicas, pois todas elas, em maior ou menor grau, acabam por realizar tratamento de dados pessoais. E não só por empresas, pois, dependendo do caso concreto, as pessoas físicas que promovam alguma espécie de tratamento de dados também podem se sujeitar à LGPD. De todo modo, a lei impôs à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) que edite normas, orientações e procedimentos simplificados e diferenciados, para as microempresas e empresas de pequeno porte. Como as micro e pequenas empresas, que não dispõem de tantos recursos, podem se adaptar à LGPD? CASSIO BORGES – A LGPD prevê a competência da ANPD para editar normas, orientações e procedimentos simplificados e diferenciados, inclusive quanto aos prazos, para que microempresas e empresas de pequeno porte, possam se adequar a ela. Não se trata de um tratamento mais favorecido, mas de um direito constitucionalmente
As grandes empresas, principalmente as multinacionais, costumam demonstrar maior maturidade e elevado nível de adequação à LGPD.
assegurado a essas empresas e que deverá ser observado pela ANPD. Por outro lado, não podemos generalizar o tratamento e ignorar determinadas particularidades. Há microempresas que lidam com uma quantidade expressiva de dados pessoais, inclusive realizando tratamento de informações sensíveis. Startups que têm seus negócios baseados em inteligência artificial são exemplos dessas particularidades.
Como será o tratamento de dados para a Indústria. Como a CNI e as federações das indústrias estão lidando com a proteção desses dados? CASSIO BORGES – As indústrias devem se adequar à LGPD como qualquer outra empresa. Mas a LGPD trouxe um aspecto interessante. Ela permite que entidades como a CNI elaborem regras de boas práticas e de governança, relacionadas com o tratamento dos dados pessoais do setor econômico que representam. Essas regras poderão ser reconhecidas pela ANPD e até servirem de parâmetro e de critério para a aplicação de sanções. É o que se passou a chamar de corregulação, um ambiente normativo em que normas públicas e privadas convivem em harmonia. As empresas estão preparadas para a LGPD? CASSIO BORGES – O mercado brasileiro é assimétrico. As grandes empresas, principalmente as multinacionais, costumam demonstrar maior maturidade e elevado nível de adequação à LGPD. Isso muito se deve ao contato com as normas internacionais. As micro e pequenas empresas tendem a enfrentar maior dificuldade, o que muito tem a ver com a falta de cultura de proteção de dados e com os desafios de conciliar seu porte e comportamento institucional com a nova realidade imposta pela LGPD. Não por outra razão, o legislador acabou por determinar que a ANPD edite normas simplificadas e diferenciadas para essas categorias de empresas. De todo modo, as regras privadas de boas práticas e de governança tendem a auxiliar essas empresas nesse processo de adequação. A CNI está atenta a essa situação, ainda mais pelo fato de as micro e pequenas empresas representarem 95% das empresas industriais brasileiras. Da Agência CNI de Notícias
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Quality Transportes, soluções completas para o transporte rodoviário e armazenagem de cargas A empresa hoje é referência no seguimento do transporte rodoviário de cargas, atuando incessantemente para garantir a segurança e qualidade dos serviços disponibilizados
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strategicamente localizada com sua matriz instalada no principal eixo rodoviário do Sul do Brasil e filiais distribuídas em pontos cruciais para a logística do transporte rodoviário de cargas, a Quality Transportes liga as áreas produtivas aos principais portos do Brasil. Com uma gestão coesa e focada nas soluções logísticas completas e personalizadas, a empresa despontou no mercado para cobrir uma importante lacuna na cadeia logística da região e estado: fazer a logística de transportes de uma forma diferenciada, prestando um serviço dentro dos mais elevados padrões de qualidade e, dessa forma, suprir as necessidades específicas de cada cliente com serviços personalizados e adequados a cada realidade. Com a matriz praticamente inserida no Complexo Portuário do Itajaí [distante poucos quilômetros dos do Porto Público, APM Terminals e Itajaí e Portonave SA – Terminal Portuário Navegantes] e filiais em Itapoá (SC), Santa Cruz do Sul (RS), Paranaguá (PR) e cidades paulistas de Santos e Vinhedos, a empresa tem uma carteira de clientes bastante diversificada. “Atendemos desde o microempresário até empresas multinacionais, com operações bem distribuídas para as indústrias automobilística, da construção civil, alimentos, siderúrgica, tanto na exportação como na importação e transferência nacional”, explica o diretor Comercial, Maykon Rodrigo. Outro ponto muito positivo é que a empresa tem unidades nas principais cidades portuárias brasileiras: Itajaí, Itapoá, Paranaguá e Santos. Fator que contribui para que as operações partam destes canais e atendam todo o mercado brasileiro. Premissa que, aliada aos diferenciais de qualidade da Quality, faz da transportadora uma prestadora de serviços referência no seguimento do transporte rodoviário de cargas, atuando incessantemente para garantir a segurança e qualidade dos serviços disponibilizados. “Nosso principal diferencial é o foco na qualidade do serviço. Oferecemos frota 100% renovada, equipe sempre treinada e uma constante evolução dos processos, sempre buscando oferecer o melhor em solução e atendimento”, garante Maykon. Para garantir esse grau de excelência a empresa vem investindo constantemente em tecnologia, dentro da perspectiva de que, como o mundo contemporâneo
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está extremamente conectado, a velocidade da informação é crucial para tomada de decisões. Realidade que faz com que o quadro funcional da Quality receba treinamento constante, para entregar à sua clientela a melhor experiência, estando sempre atenta às necessidades do mercado. Isso faz com que a empresa atue visando a redução dos custos [repassada aos seus clientes] aliada aos altos padrões de qualidade e produtividade e mantenha sua clientela sempre munida de informação e total segurança. Todas as operações são cobertas por seguro feito junto as mais confiáveis seguradoras do país. Entre os serviços disponibilizados pela Quality estão as soluções logísticas que englobam o transporte rodoviário de cargas para as operações de exportação e importação para carga geral e contêineres com a utilização de frota própria de 48 veículos pesados que contempla caminhões porta contêineres, sider e baú, além de outros veículos que são terceirizados pela empresa, de acordo com a demanda do mercado, sempre de acordo com as rígidas normas de segurança e qualidade da Quality Transportes. Também são diferenciais a idade média da frota [de dois anos] e os equipamentos e dispositivos de segurança: isca de rastreamento de carga [Isca RF , que pode ser ao mesmo tempo um rastreador LBS (Location Based Service), como também um localizador RF (Radio Frequency) portátil, que pode ser escondido dentro da caixa de alguma mercadoria ou até mesmo customizado diretamente no produto que será transportado ou armazenado], além de outras complexas e eficientes ferramentas de monitoramento das cargas.
Relacionamento
O relacionamento com os clientes é outro ponto que contribuiu para os bons resultados obtidos pela empresa, que no ano passado movimentou 140 mil toneladas de mercadorias diversas, com avanço de 52,3% em relação ao ano de 2019. A meta para esse ano é crescer mais 45% e alavancar a movimentação de cargas relacionadas ao e-commerce, que representa hoje a fatia de 14% da movimentação global. Pela filosofia da Quality, todos os clientes [independentemente do porte das empresas] são de suma importância, pois são o alicerce para que a empresa possa crescer com força e solidez. Ainda segundo os gestores da Quality, a construção de laços é crucial para que o desenvolvimento em conjunto seja produtivo e satisfatório. Além do transporte rodoviário de cargas, a empresa agrega ao seu portfólio de serviços a armazenagem geral, atendendo uma demanda que se mantém crescente na região. Com mais esse serviço, a Quality hoje pode hoje entregar a seus clientes a solução lo-
gística de forma integrada, com qualidade, agilidade e informação. Para isso opera com uma área coberta para armazenagem e manipulação de cargas de 12 mil metros quadrados e 8 mil metros quadrados em pátios para movimentação e transbordo de cargas.
Responsabilidade socioambiental
Preocupada com o desenvolvimento sustentável e consciente a Quality trabalha fortemente na redução da emissão de CO2 pelos seus veículos, com programas de avaliação, mensuração e compensação de emissões de poluentes. “Mensalmente toda a frota
passa por rigorosos testes de emissão de poluentes, feitos por empresas homologadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro)”, explica Maykon. Além disso, a empresa está na fase final de aquisição de veículos elétricos, que serão utilizados nas operações de distribuição na cidade de São Paulo. E vem mais novidade por aí. A Quality Transportes vem trabalhando no sentido de obter licenciamento no maior número de órgãos [ISO 9001, Sistema de Avaliação de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade (Sassmaq), transporte de cargas perigosos, entre outros].
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Produtores de Mendoza, na Argentina, aumentam o presença no Brasil por meio da criação de um Hub Logístico em Itajaí Promovido pela Fundação ProMendoza ação reúne 60 etiquetas de vinho que participarão de rodadas de negócios online e degustações guiadas para exportadores e compradores
A
Fundação ProMendoza, entidade público-privada responsável por promover produtos, bens e serviços da região, aumenta sua presença no mercado brasileiro com a criação do Hub Logístico, no porto de Itajaí, Santa Catarina - o segundo maior porto do país. Com o objetivo de inovar a maneira de fazer negócios e oferecer seus produtos com o melhor custo-benefício, a Fundação ProMendoza se uniu a Satori Trading, empresa dedicada a importações e exportações em todo o território brasileiro, em uma parceria inédita que vai utilizar um local com mais de 75.000 m² de depósitos fiscais, públicos e privados. “A ideia da criação do Hub Logístico é incentivar as vendas das pequenas empresas, vencendo obstáculos como a distância, favorecendo a internacionalização e sem a obrigatoriedade de comprar um container inteiro para exportar seus produtos.”, explica Mário Lázzaro, gerente da Fundação ProMendoza. A criação doHub Logístico acontece de uma maneira estratégica para os dois países. Isso porque o local vai funcionar de maneira específica para coleta, separação e distribuição de produtos, com a facilidade de
Em uma parceria inédita que vai utilizar um local com mais de 75.000 m² de depósitos fiscais, públicos e privados
adquirir qualquer produto em maior variedade e menor quantidade, diminuindo os riscos da operação e os custos com viagens - principalmente as mais longas. “Para fechar um negócio é necessário fazer várias viagens e reuniões. Com a criação do Hub Logístico, os fornecedores poderão encontrar todos os produtos em um único lugar, sem grandes custos de deslocamentos. A grande vantagem é que o comprador terá contato com múltiplas empresas estrangeiras, com produtos variados e vai poder comprar um pouco de cada coisa”, destaca André Roldo, CEO de Satori Trading Ltda.
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MARÇO 2021 2021 • Economia&Negócios • Economia&Negócios 12 • Edição ABRIL
Rodada de negócios virtual com degustação guiada ProMendoza e Satori se uniram de maneira estratégica para que as empresas de Mendoza tenham um espaço para armazenar seus produtos e ainda desenvolverem uma estratégia de comercialização e crescimento de mercado. Para marcar a inauguração deste Hub Logístico, ProMendoza e Satori estão organizando rodadas de negócio com degustações online entre exportadores, compradores e fornecedores. Com foco no setor vare-
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Sobre a Satori Trading Atuando no mercado desde 2001 na região sul do Brasil, no estado de Santa Catarina, a Satori é uma empresa dedicada a importações e exportações em todo o território brasileiro. A empresa conta com uma operação logística alinhada, que resulta em redução de custos e aumento de competitividade para os clientes. Trabalha com quatro armazéns aduaneiros e dois gerais, localizado no porto de Itajaí com área de 74.989,79 m². Entre seus serviços, também estão representação comercial, gestão de armazenamento e distribuição.
jista, e-commerces de vinho, empórios e enotecas, os eventos online vão acontecer em etapas e, inicialmente, durante todo o ano de 2021. As regiões participantes são: Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “É a primeira vez que se faz um trabalho com esse nível de engajamento. São mais de 100 empresas inscritas no projeto, como OBA Hortifruti, Martins Atacadista, Multivarejo, Savegnago, Roldão Atacadista, Rede Mateus, Nordestão Supermercados, Wine, Pecorino, Supermercados Zona Sul, entre muitos outros com a mediação de uma instituição do governo na Argentina. Nosso objetivo é atender a demanda de produtos importados da Argentina, sobretudo para o setor supermercadista e empresas ligadas à gastronomia em todo o território nacional”, ressalta André Roldo, CEO de Satori Trading Ltda Para esta primeira rodada de negócios estão confirmadas 480 reuniões de 60 marcas de vinhos de 13 vinícolas que enviaram seus produtos com dois objetivos: Disponibilizar seus produtos como amostras que serão enviadas desde Itajaí a potenciais compradores onde as vendas serão concretadas por meio de encontros de negócios e degustações online; Disponibilizar sua mercadoria para entrega mais rápida e com o melhor custo-benefício para os dois lados. As vinícolas participantes dessa primeira rodada, em ordem alfabética, são: 1. Bodega A16 2. Bodega y Viñedos Prozan 3. Bodega La Regional 4. Bodega Richardi Fazzio Menegazzo 5. Durigutti Family Winemakers 6. Filippo Figari de Casarena Wines 7. Lamadrid Estate Wines 8. Mendoza Red Wines 9. Mi Estancia 10. Mosquita Muerta Wines 11. Tittarelli Wines 12. Viamonte Winery 13. Viniterra de Cepas Argentinas “Não sabemos quanto tempo vai durar a pandemia do Coronavírus, mas Mendoza está preparada para fazer envios massivos. Hoje vendemos 30% dos nossos produtos e poderíamos vender mais de 50%. Por isso, seguimos fazendo negócios, mesmo que de nossas casas, e esperamos ter um crescimento expressivo dentro do Brasil com a representabilidade que o Hub Logístico nos vai gerar”, comenta Gaetano Prisco, coordenador de promoção comercial e responsável pelo mercado brasileiro de ProMendoza.
Sobre a ProMendoza Fundada em 1996, a Fundação ProMendoza foi criada para ajudar empresários da região de Mendoza a posicionarem seus produtos e serviços em todo o mundo, desde materiais e informações estratégicas, participação em eventos, rodadas de negócios até a facilitação para exportar e importar insumos. A entidade público-privada é resultado da união de quatro protagonistas: Governo de Mendoza, A União Comercial e Industrial, a Bolsa de Comércio e a Federação Econômica de Mendoza. Além disso, a Fundação fomenta o crescimento de PME’s por meio de capacitações.
A Fundação ProMendoza ficará responsável por deixar o processo mais seguro e menos burocrático de maneira a respeitar as normas de comercialização no Brasil, desde especificações no rótulo até o cadastro do item importado junto aos órgãos brasileiros de controle. “Lembrando que estamos começando esse processo com os vinhos, mas já temos planos para logo começar o mesmo trabalho com azeites, frutas secas e temperos”, esclarece Prisco. Segundo Roldo, o HUB utiliza-se da legislação brasileira para tornar isto um benefício às empresas estrangeiras. “O Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Aduaneiro na Importação é o que permite a armazenagem de mercadoria estrangeira em recinto alfandegado de uso público, com suspensão do pagamento dos impostos e contribuições federais incidentes na importação. Por isso a estratégia do Hub funciona legalmente”, explica. “A região de Mendoza está passando por um fenômeno diferente do previsto. Mesmo diante da pandemia do Covid-19, vimos a curva de exportações crescer de maneira positiva e isso é o resultado de duas vertentes: o aumento do consumo de vinhos pelos brasileiros e também como resultado das ações que fizemos nos últimos anos. ”, comenta Mário Lázzaro, gerente da Fundação ProMendoza. Importante destacar que o Brasil possui uma política restritiva para a entrada de vinho e amostras de produtos para futuras vendas, por isso que o Hub Logístico cria uma oportunidade permanente para as empresas realizarem seus negócios a novos clientes de Brasil quando quiserem. Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 13
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CNI e Apex-Brasil oferecem missões internacionais e encontros virtuais à empresários Iniciativas ajudam empresas brasileiras a aumentarem a rede de contatos, conhecer tendências e fechar negócios na África do Sul, Alemanha, China, Emirados Árabes, entre outros países
Confira o calendário de ações ao lado: 14 • Edição ABRIL 2021 • Economia&Negócios
Da Agência CNI de Notícias
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mpresários que desejam exportar, mas ainda não tiveram contato com o mercado internacional, poderão participar de missões prospectivas, comerciais e encontros de negócios virtuais em 2021. As iniciativas, que buscam incentivar a internacionalização de empresas brasileiras, serão promovidas pela Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), da Confederação Nacional da Indústria (CNI). As 13 ações, que serão realizadas ao longo do ano, vão ajudar empresas brasileiras a aumentarem a rede de contatos, conhecerem tendências do mercado e fechar novos negócios. São algumas das iniciativas previstas: a Feira Virtual China, onde empresários brasileiros do setor de alimentos e bebidas poderão interagir, em tempo real, com compradores chineses por meio de uma plataforma virtual; a viagem para os Emirados Árabes, que oferece uma agenda de visitas técnicas, seminários e eventos, para que empresários brasileiros aprendam como acessar e fazer negócios no mercado do Oriente Médio; e a visita na Feira Anuga 2021, principal feira internacional de alimentos e bebidas, realizada a cada dois anos na Alemanha. Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), foram investidos cerca de R$2,4 milhões e a expectativa é que 485 empresas participem das iniciativas.
Economia terá problemas enquanto toda população não for vacinada, diz presidente da CNI Afirmação foi feita em reunião na CNIcom a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que destacou a importância da ajuda empresarial na imunização
Da Agência CNI de Notícias
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nquanto toda a população não for vacinada, a economia terá problemas de crescer normalmente. A afirmação é do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, em reunião com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nesta terça-feira (27) na sede da CNI. “O setor empresarial está à disposição para ajudar a acelerar o processo de vacinação”, afirmou Robson Andrade. O Ministro da Saúde destacou que o Brasil está entre os países que mais aplicou vacinas no mundo e está com 100 milhões de doses da vacina Pfizer que chegarão ainda este ano. Ele elogiou ainda o apoio do setor empresarial no enfrentamento à pandemia e no processo de vacinação. “Toda ajuda é bem-vinda e, se o setor empresarial puder trazer mais doses de vacina, será muito bom”, complementou. Queiroga ressaltou, ainda, que o SUS tem em todo o Brasil 28 mil salas de vacinação com capacidade para vacinar 2,4 milhões de pessoas diariamente. Robson Andrade, por sua vez, lembrou que o Serviço Social da Indústria (SESI) tem colocado à disposição suas unidades nos estados para apoiar na imunização da população.
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O pinião Opinião Todos pela infraestrutura
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Por: José Zeferino Pedrozo, é Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (FAESC) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC)
ABRIL 2021 • Economia&Negócios 16 • Edição ABRIL/2021
odas as lideranças econômicas e políticas de Santa Catarina precisam priorizar de forma uníssona, forte e consistente as reivindicações que possam viabilizar investimentos na melhoria da infraestrutura barriga-verde. As prioridades para melhoria da infraestrutura e logística catarinense já foram reiteradamente apontadas pelo Conselho das Federações (Cofem), entre outras entidades de representação do setor produtivo, mas elas precisam constar – de forma muito clara – na planificação de investimentos do Governo Federal. Cresce a cada ano, em face da insuficiência de investimentos públicos e privados, as deficiências infraestruturais. Recente estudo da Federação das Indústrias mostra que a necessidade de investimento é de cerca de 5 bilhões de reais ao ano. A bancada parlamentar catarinense no Congresso precisa estar atenta a essa demanda para conquistar fatias do orçamento geral da União que garantam essas obras. A Faesc tem especial preocupação com a situação das regiões produtoras da agricultura, pecuária e agroindústria, onde as más condições de logística e transporte afetam diretamente os custos de produção e, portanto, a competitividade catarinense no mercado nacional e no comércio exterior. Essas dificuldades – associadas à acidentada topografia do território – criam condições as quais exigem grande esforço de superação, ou seja, encarecem a produção. A melhoria da competitividade catarinense exige investimentos em todos os setores, mas, em particular, no sistema viário, incluindo as rodovias BR-282 (espinha dorsal do Estado), BR-470 (em lento processo de duplicação), BR-163 (essencial para o extremo-oeste), BR-153, BR-158, nacionalização da SC-283 (Itapiranga a Concórdia), além de portos e aeroportos. Duas obras são essenciais e urgentes na fronteira Brasil/Argentina: a ampliação do Porto Seco de Dionísio Cerqueira-Bernardo de Irigoyen e implantação da Aduana e construção de uma ponte sobe o Rio Peperi em Paraíso. O Porto Seco está em processo de privatização. Ainda no extremo-oeste, uma ponte é necessária entre Itapiranga (SC) e Barra do Guarita (RS), melhorando o fluxo rodoviário paralelo à fronteira internacional. Dois projetos ferroviários são essenciais para manter em alta o agronegócio catarinense: a ferrovia Norte-Sul, ligando o centro-oeste brasileiro ao oeste catarinense e, assim, assegurando o fluxo de grãos para a agroindústria de aves e suínos; e a rodovia Leste-Oeste, integrando o oeste aos portos marítimos. De outra parte, a indústria catarinense necessita de gasoduto para trazer gás da Argentina ou da Bolívia e abandonar em definitivo a queima de lenha. O Ministério da Infraestrutura precisa ter essas prioridades inclusas em seu planejamento como pontos-chaves, pacíficos e consensuais, aspirações legítimas de toda a sociedade catarinense, portanto, defendidas por empresários, gestores públicos, parlamentares. Para o agro, as deficiências da infraestrutura se constituem em uma agrura atroz: são “fatores fora das porteiras” que derrubam grande parcela da eficiência da produção “dentro das porteiras”, prejudicando toda uma admirável estrutura de produção, formada pela extensa base produtiva no campo e um avançado parque agroindustrial, compondo um notável ambiente de produção e de negócios. São centenas de indústrias trabalhando direta ou indiretamente em sintonia com mais de 190 mil estabelecimentos rurais. Essa gigantesca máquina produtiva gera bilhões de dólares em riquezas exportadas e milhões de dólares em arrecadação tributária para os cofres do Estado e da União Federal. Todos pela infraestrutura. Esse deve ser o bordão, o mantra de todos os catarinenses.
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O pinião Opinião Como criar metas poderosas
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Por: Fernando Magalhães, é fundador e CEO da OM Assessoria, empresa especializada em gerar soluções claras para resoluções de problemas e para o desenvolvimento dos escritórios de advocacia, tanto financeiramente quanto qualitativamente. É graduado pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA USP), pós-graduado em Planejamento Estratégico para Escritórios de Advocacia na GVLAW, da Fundação Getúlio Vargas, e em Gestão Jurídica Estratégica na FIA – Fundação Instituto de Administração. Tem curso sobre Melhores Práticas de Escritórios de Advocacia, ministrado na TOTVS. Mais informações: www.omassessoria.adm.br
muito comum e normal criarmos metas pessoais e profissionais no começo do ano, quando temos alguma mudança na vida e ou até mesmo quando nos sentimos incomodados com resultados. Do mesmo jeito é comum não alcançarmos nossas metas e acabamos desanimando. Mas qual será o verdadeiro motivo de não alcançarmos as metas? Vou dar um exemplo que pode começar a esclarecer esta questão. Imagine um time de futebol que tenha como meta ganhar o campeonato do seu país sem perder ou empatar, sem tomar nenhum gol, fazer pelo menos três gols por partida e não ter nenhum jogador machucado. Seria uma realização e tanto, certo? Mas aí que começa o problema. Para definirmos uma meta temos de passar por várias etapas. É um processo trabalhoso e só cumprindo todas as ações conseguiremos chegar lá. Primeiro devemos avaliar e refletir sobre a meta. Para decidirmos o que queremos no futuro e como vamos chegar lá é preciso saber onde estamos agora e qual a nossa satisfação. É importante refletirmos se a meta faz sentido para nós ou para o nosso escritório. Onde vamos chegar se atingirmos a meta? É esse o futuro que estamos querendo? Faz sentido para um time de futebol ter a meta descrita acima? Reflita. A segunda etapa é mais técnica, mas não menos importante. Vou explicar. A meta deve ser específica, ou seja, não pode causar dúvida. No nosso exemplo, a meta é ser campeão. A meta deve se mensurável, ou seja, ser possível verificar se a alcançamos. Sim, é possível saber se o time foi campeão ou não. A meta deve ser alcançável. É possível ser campeão, sim. Mas é possível ser campeão com todas aquelas exigências? A meta deve ser relevante. A meta faz sentido Está ligada à estratégia do seu escritório? É relevante ser campeão nacional? Sim, o prêmio é bom e dá direito a disputar outros campeonatos. A meta deve ter começo, meio e fim. Devemos estabelecer um tempo para a alcançarmos. Ser campeão neste ano ou no máximo em três anos. Se a meta criada não cumpre todos estes pontos não é uma meta, é um sonho. E por fim a prestação de contas. Se só você sabe qual é a sua meta será que você vai chegar lá sozinho? Já pensou em compartilhar esta meta com sua “torcida” e ganhar estímulo, orientações e ajuda? Tenha um padrinho para te ajudar ou supervisionar, alguém que você precise prestar contas. Pensando na meta do time de futebol, que conclusões podemos chegar? É realmente uma meta? Vamos transportar este exemplo para seu escritório de advocacia. Pense nas metas do seu time, o que é importante, o que o atingimento desta meta vai trazer de bom. Pare, reflita, discuta, coloque no papel todas as etapas, coloque seu time em campo e vamos jogar.
www.multiplaaa.com.br ABRIL 2021 • Economia&Negócios 18 • Edição ABRIL/2021
EXPORTAÇÃO • IMPORTAÇÃO
AS ADAPTAÇÕES À CRISE DE COVID 19 E O PAPEL DO JURISTA NO ENFRENTAMENTO HENRIQUE JULIANO DE OLIVEIRA OAB/SC 40.486, Advogado Núcleo Civil, Especialista em Direito Processual Civil e Direito Bancário
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pandemia paralisou o comércio, investimentos e reduziu bruscamente o consumo no mundo, trazendo risco de colapso. O setor industrial, e o comércio foram extremamente afetados pela falta de insumos, liquidez e queda nas vendas. O ano, começou otimista, mas desde março se confirmaram perspectivas de que crescimento do país neste ano será negativo, atraindo recessão econômica sem precedentes. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) já declarou que o choque econômico já é maior do que a crise financeira de 2008. Nesse cenário, todos têm se reinventado para seguir. O comércio e setor de serviços têm buscado opções em home office e migrado tanto quanto possível para o e-commerce. Na indústria, fábricas de calçado, como a gigante KIDY em SP, ou têxteis, como a DEMillus, iniciaram projetos para produção de máscaras e outros EPIs, no início para doações, mas que passaram a fazer parte permanente do seu portifólio e em grande escala; empresas de cosméticos passam a fabricar álcool em gel ou toalhas umedecidas anticépticas; indústria química concentra-se em pesquisas para combate às mazelas do vírus; até mesmo a indústria automobilística passou a auxiliar na produção de respiradores pulmonares. Se todos têm feito sua parte, a grande massa de juristas do país precisa igualmente se adaptar e trazer soluções prévias e posteriores aos percalços que surgem do cenário. Em muitos pontos há o que ser feito. A mudança nos paradigmas citados, na maioria dos casos exige investimento, custo com mão de obra especializada, ou para quem escolher enxugar as operações, custos com rescisões de contratos de trabalho, ou mesmo suportar a carga tributária, aluguéis, aumento de preço dos insumos pela escassez, etc. Não tarda a ocorrer endividamento bancário, e/ou inadimplência em relação à contratos bancários firmados há tempos. Para isso, se pode contar com auditoria em contratos bancários, de preferência prévia à contratação, mas principalmente posterior. Isso porque o tomador de crédito ou qualquer outro serviço bancário tem até 10 anos para revisar o seu contrato, e não raras as vezes se constata que o negócio está desequilibrado desde o início, e pode ser adequado. Em verdade, a depender da conduta da instituição bancária
(agressividade da taxa aplicada principalmente), há situações em que a disparidade leva a ressarcimentos em prol do cliente bancário, o que pode ser um alívio para quem encontra-se em apuros. Outra solução na qual se pode atuar juridicamente são as adequações à nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para todos, evitando revés das multas previstas e processos judiciais, principalmente para empresas que começam a se aventurar em meio digital por conta da mudança no comportamento de consumo. Há ainda grande pressão no setor de aluguéis, muitas vezes alto custo para empresas, que se forem atualizados pelo IGP-M tendem a se tornar dor de cabeça ante a disparado do índice. Tanto para segurar a crise em aluguéis quanto para a os contratos bancários, a lei tem artifícios que precisam ser utilizados com a devida atenção, eis que exigem requisitos específicos para cabimento. O jurista precisa estar atento ao que a lei tem a seu dispor, eis que a codificação legal existe para garantir a convivência harmônica, ou seja, reparar o que estiver em desequilíbrio. Exemplifica-se com o que dispõe o Código Civil, a iniciar pelo artigo 393 que protege o locatário ou cliente bancário, quando há força maior a alterar as condições; ou o art. 866 que veda o enriquecimento sem justa causa; ainda mais condizente é o art. 317 que ante acontecimentos imprevisíveis, permite ao juiz ajustar a desproporção; da mesma forma o art. 478 prevê que se uma prestação se torna “excessivamente onerosa” para uma das partes “em virtude de acontecimentos extraordinários e imprevisíveis” pode-se rescindir o contrato com os devidos ajustes para equilibrar a situação passada. Não se descuide ainda que quando a relação é de consumo, aquele que é consumidor conta com proteção ainda mais veemente, o que só caberia destrinchar em nova conversa. Em suma, costumeiramente se contrata mal por conta das condições favoráveis do mercado, que impede o empreendedor de verificar com cautela os termos, eis que o objeto de seu desejo (crédito, imóvel para locação, seguro) o atendia naquele momento, contudo, não raras as vezes a boa análise contratual (preventiva ou reparadora) pode equilibrar as contas do empresário, e é papel do jurista ofertar as soluções adequadas.
Balneário Camboriú-SC | Itajaí-SC | Florianópolis-SC | Itapema-SC | Sinop-MT | Miami-FL
Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 19
O pinião Opinião Cabotagem: o que pode mudar
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Por: Adelto Gonçalves, jornalista, é assessor de imprensa do Grupo Fiorde, constituído pelas empresas Fiorde Logística Internacional, FTA Transportes e Armazéns Gerais e Barter Comércio Internacional (trading company). E-mail: fiorde@fiorde.com.br. Site: www.fiorde.com.br
ABRIL 2021 • Economia&Negócios 20 • Edição ABRIL/2021
provado em dezembro do ano passado pela Câmara dos Deputados e atualmente em prazo de recebimento de emendas, o projeto que institui o Programa de Estímulo ao Transporte por Cabotagem (BR do Mar) aguarda votação no Senado. A previsão é que o BR do Mar seja aprovado até julho, o que deverá contribuir para reduzir o número de caminhões e carretas nas rodovias do País. É o que se espera. Hoje, segundo estudo realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), 162,9 milhões de toneladas são transportadas por ano por meio da cabotagem, 11% do mercado, enquanto o sistema rodoviário é responsável pelo transporte de 62% das cargas. Reduzir essa distorção e minimizar a ocorrência de roubo de cargas e de acidentes nas rodovias, além de diminuir os danos causados à malha rodoviária, estão entre os principais objetivos do BR do Mar, que pretende ainda estimular a concorrência e a competitividade na prestação do serviço, ampliar a disponibilidade de frota e incentivar a formação e a capacitação de trabalhadores. Entre as principais mudanças previstas pelo projeto de lei nº 4.199/2020, está a liberação progressiva do uso de navios estrangeiros para esse tipo de transporte, sem a necessidade de contratação de construção de embarcações em estaleiros brasileiros. Com o BR do Mar, o governo espera reduzir o chamado custo-Brasil, conjunto de dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas que impedem o crescimento da produção industrial e do comércio. Demorou, mas parece que os parlamentares e o governo federal descobriram que num país com 7.367 quilômetros de costa a navegação de cabotagem deveria ser a mais livre possível, de forma a realmente tornar factível a sua utilização, tanto no aspecto prático como no econômico. É o que se espera dessa nova legislação, sob pena de, ao não se levar em conta essa evidência, o Brasil continuar a oferecer valores operacionais mais caros do que os praticados em rotas internacionais, como ocorria com frequência nos tempos da antiga Superintendência Nacional de Marinha Mercante (Sunamam). De acordo com o projeto original e as emendas a ele adicionadas pela Câmara, as empresas de navegação não terão a obrigatoriedade de possuir embarcações próprias, ao contrário do que prevê a legislação ainda em vigor. Em tese, isso contribuirá para que se aumente a disponibilidade do serviço. Mais: as empresas poderão fretar navios, inclusive estrangeiros, o que ajudará a ampliar a capacidade de transporte. O fretamento poderá ser feito por seis meses, prorrogáveis por até 36 meses. Por outro lado, é bem provável que essa abertura venha a prejudicar a indústria naval, que hoje conta com o Fundo da Marinha Mercante (FMM) que tem como principal fonte de recursos o Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), que incide tanto na cabotagem como na navegação de longo curso. Mas, na verdade, como só sobrevive com a ajuda desses recursos, a indústria naval corre o risco de passar por um célere processo de desaparecimento, se os benefícios previstos não forem efetivamente implementados. Acontece que, nos últimos dez anos, segundo dados do Ministério da Infraestrutura, apenas quatro navios foram construídos, excluídas as embarcações do setor petroleiro. Portanto, é um setor inoperante, que pouco cresce, apesar da forte proteção que recebe do governo federal. Portanto, se desaparecer, não deverá fazer muita falta. Com a abertura do modal para a participação de navios estrangeiros, o custo do frete deverá cair, permitindo a migração das cargas das rodovias para a cabotagem. Mas o importante é que haja a regularidade no serviço, pois o responsável pela carga precisa ter certeza de que a mercadoria será entregue no porto e chegará ao seu destino no tempo previsto, o que só será possível se houver uma oferta constante do serviço, ou seja, que haja disponibilidade de embarcações. Se não houver essa confiabilidade no serviço, está claro que o embarcador continuará a apostar no transporte rodoviário. E para a cabotagem continuará a sobrar apenas parte da carga de granéis líquidos e sólidos, que são de grandes volumes e baixo valor agregado.
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Segundo o CEO da Sort Investimentos, Renato Monteiro, após a conclusão da obra de alargamento da faixa de areia, o metro quadrado frente mar pode passar de R$ 40 mil
Balneário Camboriú terá o metro quadrado mais caro do país, afirma especialista
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De acordo com o índice da Fipezap, que avalia o mercado imobiliário brasileiro e leva em consideração uma média do valor dos imóveis de toda a cidade, Balneário Camboriú ocupa o quarto lugar, com o metro quadrado avaliado em R$ 7.837, atrás apenas de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Entre as doze cidades com metro quadrado mais caro, estão também outras três do litoral catarinense: Itajaí, Itapema e Florianópolis. Sobre a SORT INVESTIMENTOS Desde 2018, a Sort Investimentos atua no mercado imobiliário, na seleção e gestão de imóveis com foco no investidor dos diferentes perfis. Em um curto período de atividades, conta com mais de R$ 3 bilhões em ativos sob assessoria e é uma das maiores lojas virtuais de imóveis em Santa Catarina. Oferece serviços completos no processo de compra, locação, administração e venda de imóveis e terrenos residenciais, comerciais e industriais, além de consultoria e suporte jurídico. É comandada por Renato Monteiro, que carrega 10 anos de experiência no mercado imobiliário logístico e de luxo internacional. CEO da Sort Investimentos, Renato Monteiro
Angelo Borba
alneário Camboriú, SC, deve assumir o posto de metro quadrado mais caro do Brasil. Com o investimento de R$ 66,8 milhões do governo municipal para alargar a faixa de areia, após a conclusão da obra, o metro quadrado frente mar poderá passar de R$ 40 mil, desbancando zonas nobres do Rio de Janeiro, RJ, que estão no topo do ranking brasileiro de acordo com a FipeZap. A estimativa de preço foi realizada pelo especialista em investimentos imobiliários e CEO da Sort Investimentos Renato Monteiro com base em pesquisas de preço e uso de inteligência artificial que mapeia imóveis anunciados na internet. “Atualmente o metro quadrado de Balneário Camboriú para imóveis em lançamento frente mar é de R$33.500,00, conforme média de anúncios na internet. É o segundo mais caro do país perdendo apenas para o Rio de Janeiro, que já chegou a custar R$ 35.660,00 em Ipanema”, explica Monteiro. A estimativa de Monteiro corrobora com o estudo feito pela consultoria Appraisal Institute, maior associação profissional de avaliadores imobiliários dos Estados Unidos, divulgado pela NSC, que avalia praias que tiveram a faixa de areia alargada. De acordo com a pesquisa, as praias norte-americanas que fizeram essa intervenção na faixa de areia registraram valorização de até 2,6% para cada 10% de espaço que foi acrescentado. Dessa forma, as obras em Balneário Camboriú, onde a faixa da areia vai passar de 25 para 70 metros, representando um aumento de 80% em termos de extensão, resultariam em um acréscimo de 20,6% no valor dos imóveis frente mar. “A parte que mais tende a se beneficiar é a Barra Sul, que atualmente é considerada a região mais nobre da cidade e com o metro quadrado mais caro, onde grandes construtoras disputam espaço. Trata-se de um lugar que terá mais de mil apartamentos de alto padrão sendo construídos nos próximos cinco anos”, destaca Monteiro.
Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 21
Os cruzeiros voltaram! Itajaí se prepara para a temporada 21/22 Deve embarcar mais de 20 mil passageiros MSC e Costa serão as únicas companhias no mercado nacional em 2021/2022. Após mais de um ano sem operar em águas nacionais devido a pandemia de COVID-19, Costa e MSC planejam uma grande temporada brasileira em 2021/2022. Únicas com roteiros de cabotagem previstos para o país na próxima estação, as companhias pretendem operar seis navios por aqui, entre novembro e abril. Partindo de Santos, Rio de Janeiro, Itajaí, Salvador e Maceió, os navios tem previstos itinerários para outros portos brasileiros, assim como os países vizinhos Argentina e Uruguai. 22 • Edição ABRIL 2021 • Economia&Negócios
Para o Secretário de Turismo de Itajaí, Evandro Neiva, o setor de turismo de cruzeiros é muito importante para o município em termos econômicos. "Nós já temos fechado esta temporada 21/22 e 22/23, o que para nós é muito importante, em meio a toda a paralisação que tivemos de vários eventos turísticos. Estamos nos dedicando integralmente em promover uma ótima recepção nas paradas desta temporada", disse. Em Itajaí estão previstas 28 escalas na temporada, começando no dia 11 de dezembro de 2021 e terminando no dia 12 de abril de 2022. A previsão é de 23.300 pessoas embarquem no Porto de Itajaí.
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Marcos Porto
MSC Sinfonia
Capacidade: 1.554 passageiros (em ocupação dupla) Ano de Construção: 2002 Tonelagem: 58.625 toneladas brutas Porto-base: Itajaí (SC) Roteiros: Prata com cruzeiros semanais para Argentina e Uruguai Primeiro Cruzeiro: 11 de Dezembro Período no Brasil: Dezembro a Março
RELAÇÃO DE NAVIOS - ITAJAÍ - TEMPORADA 2021/2022
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Costa Favolosa
Capacidade: 3.000 passageiros (em ocupação dupla) Ano de Construção: 2011 Tonelagem: 141.500 toneladas brutas Porto-base: Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Itajaí (SC) Roteiros: Mini-cruzeiros para o Sudeste e Sul desde Santos / Prata partindo do Rio de Janeiro e Itajaí Primeiro Cruzeiro: 20 de Novembro Período no Brasil: Novembro a Abril Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 23
Fábrica de embarcações investe em linha de produção exclusiva Indústria instalada em Santa Catarina, na Grande Florianópolis, investe meio milhão para abrir nova linha de produção para entregar até quatro vezes mais rápido e atender à crescente procura por embarcações novas.
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fabricante nacional Armatti Yachts acaba de anunciar um investimento de R$ 500 mil para a ampliação da sua unidade produtiva brasileira. Com o crescimento em vendas de embarcações, o estaleiro cria uma linha de produção própria para o modelo 300 Spyder, sucesso da marca. Com a expansão, o quadro de funcionários aumentou em 30% e o parque fabril, que tinha cerca de 7.900m² de área cresceu mais de 25%. Com o aquecimento do mercado náutico no último ano, a entrega de um barco em torno de 30 pés no país demora em torno de 4 meses. No caso da Armatti Yachts, com o lançamento de uma linha de produção exclusiva ao modelo, o prazo de entrega será de apenas 30 dias. “É um grande diferencial trazer uma linha de produção para um modelo específico de embarcação. O molde é trazido para dentro da fábrica o que nos permite uma produção rápida e em série. Dessa maneira conseguimos atender à crescente demanda de pessoas que querem comprar barco, mas não querem esperar meses na fila de espera”, explica Fernando Assinato, CEO do estaleiro. A procura pela 300 Spyder é reflexo do mercado náutico aquecido no Brasil, que inclusive, no ano passado, superou os Estados Unidose em número de vendas de embarcações de lazer. Enquanto os norte-americanos registraram acréscimo de 12% na venda de embarcações em 2020, segundo a National Marine Manufacturers Association (NMMA), o mercado brasileiro cresceu 20%, conforme dados da Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e Seus Implementos (Acobar). Instalada desde 2018 em São José, na Grande Florianópolis, a Armatti Yachts entrega as embarcações em todo o país e no exterior. “Nós organizamos o frete e enviamos o barco novo para qualquer lugar do Brasil e por meio de empresas parceiras ao mercado internacional.”, explica Assinato.
Destaques do modelo A lancha 300 Spyder carrega o design superesportivo característico da Armatti Yachts. O modelo “premium” é indicado para quem está começando a se aventurar pelas águas pelo tamanho, praticidade e economia. A versão básica com um motor Mercury 300 hp custa cerca de R$ 480 mil. O modelo tem capacidade para até 10 pessoas durante o dia e quatro pessoas para a pernoite. No cockpit, ela está equipada com espaço gourmet com pia, torneira, tábua de cortes e churrasqueira, ideal para preparar refeições a bordo e celebrar encontros com a família e os amigos. Na proa, o solário tem poltronas reclináveis para descanso e banhos de sol. O cockpit também chama atenção pelo mobiliário e acabamentos com uso de madeira, inox, quartzo e tecidos antimofo de alta qualidade e próprios para a náutica. Outro destaque é a distribuição dos bancos, chaise e do sofá em semicírculo que favorece a interação e o bate-papo com convidados, além de ser um item de decoração. O espaço ainda possui geleira, lugar para geladeira, pia e porta copos. A central de comando, com equipamentos de última geração, fica do lado direito e possui duas confortáveis poltronas para o piloto e acompanhante. Abaixo do convés, no pavimento inferior – com pé direito de cerca de 1,80m de altura, um dos maiores da categoria - está cozinha equipada com pia, armários e micro-ondas. Possui ainda banheiro fechado com toalete elétrico de série e duas camas. O camarote principal tem cama na meia-nau com grande janela para maior contato com natureza. Há ainda outra cama para acomodações que pode ser transformada em uma mesa para refeições de quatro pessoas.
Crédito: Divulgação / Armatti Yachts
24 • Edição ABRIL 2021 • Economia&Negócios
Fonte: Brasil 61 Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 25
8 aprendizados do 1º ano de pandemia para profissionais e empresas
Varejo: sobrevivência depende de transformação Logo no início de 2020 o comércio sofreu o impacto inicial e começou a pedir ajuda ao governo, que também não estava preparado para fornecer este tipo de socorro ao empresário. As empresas, principalmente as pequenas e médias, que ficaram “sentadas esperando que tudo fosse passar em 3 ou 6 meses”, e não se transformaram, quebraram. Sem fôlego financeiro muita gente fechou e, quem sobreviveu, tocou os negócios baseado no delivery. O Calendário comercial ficou mais “lento”, não teve a aceleração típica das datas sazonais ao longo do ano e nem o esperado pico de consumo em dezembro. O sentimento que se estabeleceu é de 2021 quase como uma continuação de 2020.
Online não é diferencial, é parte essencial da operação de qualquer empresa O online entrou de vez na estratégia das empresas, não adianta pensar nele como uma parte isolada. O digital precisa ser parte do planejamento principal. A unificação da qualidade e tipo de atendimento ao cliente independente do canal foi um importante aprendizado. Antes da pandemia, era comum o cliente ter um tipo de experiência na sua jornada de compra presencial muito diferente da ofertada pela mesma marca no canal online. Ou seja, dependendo da escolha do canal para compra, o cliente terminaria sem a mesma assistência, sem acesso à promoção ou sem a personalização do seu perfil de compra. Com clientes mais exigentes e conscientes de suas compras as marcas precisaram adequar e garantir a mesma qualidade em qualquer canal.
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m 2020 quando a OMS reconheceu a situação da COVID-19 como sendo uma pandemia, logo começou um movimento em que algumas pessoas negavam a seriedade da situação. Em alguns países, o estado de emergência demorou muito a ser reconhecido. Por este comportamento, os cenários mais realistas que apontavam para uma plena recuperação econômica mundial, em não menos de 2 anos, eram mal vistos e desacreditados. No entanto, agora, com 1 ano de pandemia é exatamente o que vem se mostrando real. Esperar que o mundo volte a ser como antes é utópico. A nova normalidade já vem sendo implantada na prática, a forma de trabalhar, fazer negócios, consumir e gerir a vida mudou de forma definitiva. Neste artigo, separei alguns aprendizados, melhorias e também pontos de atenção que a COVID trouxe.
O consumidor mudou e mais do que nunca valoriza experiência A queda no consumo reflete também uma mudança de hábito da população que está menos consumista. Antes, as pessoas iam aos shoppings passear e sempre saiam com uma sacola, muitas vezes sem nem saber direito o que estavam comprando. Do ponto de vista econômico, mantinha a roda girando e gerava empregos. Ao mesmo tempo, a compra sem necessidade é contraproducente do ponto de vista ambiental, também com muita geração de lixo. Com esta mudança de comportamento, o desafio maior, fica na mão das categorias que sobreviviam massivamente das compras por impulso. Um bom exemplo são as papelarias e lojas de miudezas em que comprávamos algo no meio do caminho por lembrar que precisávamos, mas que não sairíamos de casa apenas em busca do item. Essas empresas precisarão encontrar novas formas de sobreviver. O consumo cada vez mais vai migrar para a experiência, para o viver e aproveitar efetivamente o momento. Atualmente isto está na contramão da queda no turismo internacional. Contudo, a tendência já se apresenta na busca de turismo pelos moradores em suas próprias cidades. Os residentes locais estão explorando mais os hotéis, parques e atrações turísticas de sua região. No futuro, esta tendência se expandirá para além das fronteiras, na retomada do turismo internacional.
Logística como parte fundamental do sucesso nas vendas As adaptações realizadas nos processos logísticos também acrescentaram qualidade na relação consumidor-marca. Podemos dizer que esta multicanalidade está funcionando bem no momento em que o cliente pede um produto pelo site e este pedido é encaminhado para a loja mais próxima da rede e em seguida, entregue. Não vai mais para um centro de distribuição localizado distante e que acrescenta tempo de espera. A relação entre grandes marcas e clientes era distante, cada um estava em uma ponta desta equação comercial, que era recheada de intermediários. Com o fechamento dos comerciantes que faziam esta ponte, as marcas entenderam que não tinham mais clientes pois na verdade eles eram dos lojistas e não das indústrias. Agora, o fornecedor vende direto para o consumidor final e se tornou também um concorrente do varejista, tornando ainda mais acirrado o mercado para o pequeno empresário. 26 • Edição ABRIL 2021 • Economia&Negócios
Relação vida X trabalho - A vida desacelerou, a qualidade de vida virou foco e agenda cheia não é mais sinônimo de produtividade Todos nós nos transformamos muito como profissionais e como empresa no último ano. Uma coisa que veio para ficar foi o home office, híbrido ou integral. A desconfiança que se tinha sobre este modelo de trabalho desapareceu à medida que se mostrou eficaz. Grandes empresas estão adotando o home office. Com o objetivo de ficar perto das suas famílias, muitas pessoas se mudaram para cidades do interior, muitas vezes longe das sedes das empresas. Quem fez este movimento, percebeu que poderia ter um custo mais baixo associado a uma melhor qualidade de vida, e não querem mais voltar ao modelo antigo. Vai ser um grande desafio para as empresas convencer os funcionários de voltarem ao modelo fixo no escritório. O modelo de home office ou trabalho de qualquer lugar é algo que veio para ficar. Vemos a desaceleração da vida. Qualquer um de nós, que faça uma reflexão dos dois últimos anos, pode perceber que tínhamos uma vida extremamente agitada. Saíamos antes das 07h da manhã de casa, passávamos o dia nos movimentando entre trabalho, reuniões, almoços e outras atividades. Em algumas funções profissionais, isso incluía deslocamentos constantes entre cidades, inclusive com aeroportos em alguns casos. O setor aéreo segue extremamente afetado, e as viagens de negócio praticamente desapareceram. A redução mais contundente foi nos vôos internacionais, mas com um grande declínio nos nacionais também. As pessoas começam a criar novos hábitos e as empresas precisam se adaptar a esta mudança toda. A maioria das viagens executivas que aconteciam foram substituídas e temos sobrevivido com ferramentas digitais, de forma 100% remota. A necessidade de reunião presencial ficou provada em alguns casos, como conhecer clientes e fornecedores, para gerar uma conexão mais pessoal. Porém, o mesmo não aconteceu na esmagadora maioria dos encontros que demandavam esforço e dinheiro para se deslocar e reunir. A agenda e a vida estão mais balanceadas para família e trabalho, aprendemos e agora quereremos ter tempo para fazer nossas coisas pessoais. As pessoas se desapegaram do vício de ter a agenda tão cheia que não sobrasse nem tempo para parar e fazer uma refeição ou respirar.
Os riscos do comodismo em longo prazo No outro prato da balança, está um efeito colateral: se acomodar. Agora, para sair de casa para cumprir alguma tarefa presencial as pessoas precisam de um empurrão a mais, mais incentivo do que era necessário antes para sair da inércia. As pessoas estão questionando de forma mais forte a necessidade de estar presencialmente nos lugares. A necessidade do movimento passou a ser muito mais questionada. Em longo prazo, este padrão de comportamento pode levar à prostração e a ausência de movimento começar a causar problemas de saúde ligados ao sedentarismo. A preocupação com a saúde física, com a atividade consciente e com a saúde mental precisam estar constantemente sob nossos olhos.
Dependência de suprimentos estrangeiros fez indústrias repensarem as cadeias de suprimentos Um aprendizado importante é que por mais que o conceito de globalização funcione, na hora de uma crise como é a pandemia, vale a defesa individual. Cada nação quis se proteger, cuidando de suas fronteiras, providenciando suas vacinas e adotando políticas protetivas. A dependência de fornecedores internacionais se mostrou um “calcanhar de Aquiles” para muitos países que dependiam exclusivamente de compras da China e ligou um alerta significativo sobre buscar sua autonomia, ou soluções alternativas, caso não tenha importação em algum momento no futuro. Ou seja, começamos a ver um patriotismo nas indústrias, visando garantir seus processos produtivos sem dependências extremas externas. Agora, as produções são pensadas com planos B, C e D para garantir que não pare.
Atenção ao planejamento Vejo nas indústrias, especialmente as latinas, que sempre foram muito orientadas à ação, uma tomada de atenção para o planejamento estratégico com uma ênfase que não se via antes. A análise de cenários ganhou força e passou a ser mais valorizada. A tomada de decisões baseada em projeções embasadas em previsões realistas, torna os rumos da empresa mais assertivos. Se a emoção dominava antes da pandemia, foi o planejamento quem manteve as empresas vivas durante o período.
Por Marcelo Reis Founder MR16 Consultoria
Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 27
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Itajaí ganha empresa especializada em barcos importados
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mbarcações de renomados estaleiros internacionais como Malibu Boats, Boston Whaler, Leopard e Jeanneau são distribuídos pela Master Marine e comercializados na região Sul pela YachtSul. Loja está situada na Marina Itajaí e funciona de segunda a sábado, das 9h às 12h e das 13h às 18h. O município catarinense de Itajaí reforça mais uma vez a sua presença no Brasil como polo náutico. Ganhou recentemente loja especializada na venda de embarcações de renomados estaleiros internacionais, a Master Marine. A empresa é responsável por trazer ao Brasil diferentes modelos de lanchas, veleiros e catamarãs. São consagradas linhas como é o caso da norte-americana Malibu Boats, projetada para um público jovem que gosta de esportes náuticos e diversão a bordo, além de barcos de pesca, lazer e navegação marítima da Boston Whaler, outra marca norte-americana. Mais opções oferecidas pela loja são catamarãs de cruzeiro
da Leopard, construídos na Cidade do Cabo, África do Sul, e os irreverentes veleiros habitáveis do estaleiro francês Jeanneau. As embarcações novas são distribuídas pela Master Marine. As usadas são comercializadas em Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul pela revendedora YachtSul. “A Marina Itajaí recebe com frequência embarcações estrangeiras, e já é conhecida por este conceito internacional. A Master Marine chega para ampliar ainda mais a variedade de produtos e serviços oferecidos na região por meio do complexo náutico, e é o primeiro ponto de comercialização de veleiros no local”, destaca o diretor da Marina Itajaí, Carlos Gayoso de Oliveira. No local, consumidores podem encontrar, de segunda a sábado, das 9h às 12h e das 13h às 18h, consultores especializados que auxiliam em todo o processo de compra e amplo portfólio de mais de 40 opções de embarcações internacionais.
Fábrica do BMW Group em Araquari tem nova liderança na área de Planejamento
A partir de 1º de maio, Fernando Coelho assume a função de Diretor de Planejamento Técnico da fábrica do BMW Group em Araquari. Ele irá substituir Carlos Bristotti, que será transferido para a Planta Rayong, na Tailândia, para assumir o cargo de Diretor de Planejamento Técnico. Fernando é formado em Engenharia de Produção Elétrica pela Universidade Federal de Santa Catarina, com pós-graduação em Gestão e Estratégia de Empresas pela UNICAMP. Iniciou a carreira atuando como especialista em Lean Manufacturing em diferentes divisões por mais de seis anos. Chegou ao BMW Group em 2014, durante lançamento da Planta Araquari, como Especialista no departamento de Planejamento Logístico. Em 2016, assumiu a função de Gerente de Qualidade da Montagem e, em 2018, passou a ser Gerente Sênior da área de Testes e Acabamento da Montagem. O sucessor de Fernando Coelho para a posição de Gerente de Montagem da área de testes e acabamento na Planta Araquari será Rogers Santos que, atualmente, ocupa o cargo de Gerente de Qualidade de Montagem. 28 • Edição ABRIL 2021 • Economia&Negócios
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Fernando Coelho assume como Diretor de Planejamento Técnico, substituindo Carlos Bristotti
Crédito: Sarah Vie/Flickr
Estiagem castiga agronegócio catarinense Seca afeta produção de milho e vários setores do agronegócio
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falta de chuva segue castigando fortemente o agronegócio em Santa Catarina. Conforme relatório divulgado nessa semana pela Epagri/Ciram, a previsão para os próximos dias é de sol, calor e pouca chuva no Estado, o que mantém a situação crítica no grande oeste. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), José Zeferino Pedrozo, está preocupado com a situação que afeta vários segmentos e penaliza de forma crítica a produção de leite. “Não temos mais pastagens. Os produtores não conseguiram guardar alimentos de silagem em função da seca do início do ano e em razão do ataque da cigarrinha. O setor que mais sofre neste momento é o de gado leiteiro no oeste catarinense com queda significativa na produção, que já chegou a aproximadamente 40%”, completa o vice-presidente da entidade, Enori Barbieri. Segundo ele, os setores de aves e suínos aparecem em segundo lugar entre os segmentos afetados de forma crítica pela estiagem. “Isso porque há falta de água nos criatórios e, no momento, mais da metade vem sendo abastecido por caminhões-pipa. Muitas vezes, não há nem tempo hábil para o tratamento adequado dessa água”. Outro setor afetado é o milho plantado na resteva para fazer silagem. Barbieri explica que, normalmente, o produtor que colheu soja ou milho, plantou milho novamente com o objetivo de ter uma safrinha especialmente para fazer silagem aos animais, mas essas lavouras estagnaram e não estão produzindo. A área plantada de milho comercial em Santa Catarina foi de 330 mil hectares. Já, a área de milho-silagem (aquele que é consumido na propriedade) foi 220 mil hectares, um total aproximado de 550 mil hectares de área plantada entre os dois. A previsão estimada de colheita era de aproximadamente 2 milhões e 800 mil toneladas de milho comercial.Com a quebra provocada pela seca e pela cigarrinha, acreditamos que colheremos apenas um volume de um milhão e 500 mil toneladas”. Barbieri destaca que o prejuízo na avicultura está vinculado à falta de milho provocada pelo impacto na produção e pela dificuldade em comprar o produto disponível no mercado brasileiro para alimentar
os frangos. “O preço subiu muito e está faltando produto físico. Os produtores de aves estão diminuindo a produção neste mês de maio por falta do grão e aguardam, a partir de junho, o milho-safrinha brasileiro. Enquanto esperam, algumas empresas já importaram navios de trigo da Argentina para ajudar a produzir ração para frango e suíno, visando reduzir o consumo do milho”. Barbieri realça que o Estado precisa de 7 milhões de toneladas de milho para sustentar o parque agroindustrial de produção de suínos, aves e leite. “Precisaremos importar 5 milhões e 500 mil toneladas de milho de outros estados e de outros países. Essa deficiência neste ano é recorde. No ano passado importamos 4 milhões de toneladas”, observou. O vice-presidente da Faesc ressalta, ainda, que o feijão de safrinha, que é uma cultura rápida com duração de 90 a 100 dias, também foi atingido. “Além da seca, algumas regiões do grande oeste ainda tiveram geadas que afetaram a produção do grão. E por último, as pastagens de inverno, o próprio trigo, aveia e azevém, foram culturas impactadas, pois iniciariam o plantio em maio e junho. Infelizmente, isso não será possível em função da falta de umidade do solo”, assinala Barbieri.
O QUE FAZER? Desde o início do ano, a Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina tem vários projetos de auxílio aos produtores rurais em andamento. A medida conta com subsídio do Governo Estadual para cisternas, poços artesianos e outras operações com juro zero para reduzir os impactos da seca. A orientação da Faesc é que os produtores rurais procurem o escritório da Epagri mais próximo para obter informações e usufruir desse benefício.
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Exportações de maçãs e suínos são destaque no Boletim Agropecuário de abril Foto: Aires Mariga / Arquivo / Epagri
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crescimento das exportações de suínos e maçã é o destaque do Boletim Agropecuário de abril. No caso do frango, as vendas para o mercado externo seguem em tendência de queda, apesar de uma pequena elevação entre fevereiro e março. O Boletim Agropecuário é uma publicação mensal da Epagri/Cepa com o comportamento das principais cadeias produtivas da agropecuária de Santa Catarina. Maçã No primeiro trimestre de 2021 o Brasil aumentou sua exportação de maçã em 112% no valor e 89% no volume. As vendas ao exterior fazem parte da estratégia do setor de diversificar a comercialização, diante da demanda retraída, o aumento da oferta e a consequente queda de preços no mercado interno.
Arroz O mês de março foi marcado pela continuidade da tendência de queda nos preços pagos ao produtor de arroz, no momento de encerramento da colheita. Entre fevereiro e março, os valores da saca do grão recuaram 1,71% no Estado. Apesar disso, os preços reais de março no mercado catarinense ficaram 38,88% maiores do que os praticados no mesmo mês do ano passado. Feijão No mês de março, o preço médio pago para produtores catarinenses de feijão-carioca, para a praça de referência de Joaçaba, recuou 1,37% em relação a fevereiro, fechando em R$ 281,09 a saca de 60 quilos. Já os preços do feijão-preto se mantiveram estáveis, fechando a média mensal para a praça de referência de Canoinhas em R$ 280 a saca de 60 kg. A área plantada no feijão primeira safra recuou em 5% e a produtividade caiu em 5%. O resultado é uma produção 9% menor em relação à primeira safra do ano passado. 30 • Edição ABRIL 2021 • Economia&Negócios
Milho A elevação dos preços pagos ao produtor catarinense de milho no primeiro trimestre do ano foi a maior registrada na série histórica. A estimativa para a primeira safra do milho caiu de 2,83 milhões de toneladas para 1,92 milhões de toneladas, uma retração superior a 900 mil toneladas. A segunda safra também já tem estimativa de perdas, em decorrência da estiagem. Soja Os preços internos e mercado futuro se mantêm em um patamar elevado, próximo de US$ 30 a saca. A soja é o grão mais cultivado em Santa Catarina e a expectativa é que o Estado colha mais de 2,44 milhões de toneladas em uma área superior a 700 mil hectares
Trigo Na comparação entre fevereiro e março, o valor pago aos produtores de trigo teve variação positiva de 2,87% para a saca de 60 kg. No intervalo entre março de 2020 e de 2021, os valores aumentaram em 68%.
Alho e cebola O Banco Central iniciou o pagamento do seguro agrícola Proagro para agricultores que tiveram perdas por problemas climáticos nas cadeias produtivas da cebola e do alho. Dos 3.518 produtores de cebola que financiaram lavouras na safra 2020/21, 2.363 comunicaram perdas. Foram 2.101 contratos analisados, deferidos e pagos até agora, com valor total indenizado de R$ 144,4 milhões. No caso do alho, 43 agricultores comunicaram as perdas e o Banco Central deferiu e pagou 12 solicitações. O alho catarinense já está colhido e os produtores seguem segurando os estoques em busca de melhores preços. A cebola também teve colheita concluída e em março os preços recebidos ficaram acima do custo de produção, apesar da redução de até 26% nos valores pagos aos produtores. Suínos Em março, Santa Catarina bateu novo recorde de exportações mensais de carne suína, tanto em volume quanto em receita. O Estado exportou 55,68 mil toneladas de carne suína (in natura, industrializada e miúdos) no terceiro mês de 2021, alta de 36,6% em relação a fevereiro e de 47,9% na comparação com março de 2020. As receitas, por sua vez, foram de US$138,39 milhões, crescimento de 42,8% em relação ao mês anterior e de 61,8% na comparação com março de 2020. Apesar do cenário positivo no mercado externo, os produtores têm enfrentado dificuldades, tanto pelos elevados custos de produção, quanto pela queda nos preços. Nas primeiras semanas de abril, o preço médio estadual do suíno vivo caiu 5,5% em relação ao mês anterior. Isso se deve, principalmente, às vendas enfraquecidas no mercado interno, provocada pela forte perda de poder de compra de grande parte dos consumidores. A perspectiva é de que os preços ao produtor melhorem um pouco ao longo das próximas semanas, em decorrência do aumento nas exportações.
Bovinos Nas primeiras semanas de abril, o preço médio do boi gordo em Santa Catarina registrou alta de 3,5% em relação ao mês anterior, atingindo o patamar de R$ 285 a arroba. Por outro lado, os custos de produção também apresentaram elevações expressivas no período, principalmente no caso dos animais de reposição: 12,1% no preço dos bezerros de até um ano e 10,7% no caso dos novilhos de um a dois anos. Os consumidores também têm sentido os efeitos desse cenário. Em abril, os preços de atacado da carne bovina mantiveram o movimento de alta que vem sendo observado desde meados do ano passado. No ano, a elevação média acumulada é de 10,4%. Na comparação com abril de 2020, registra-se variação de 39,5%.
Frangos O frango catarinense segue enfrentando queda nos valores e volumes exportados. No acumulado do primeiro trimestre, Santa Catarina exportou 225,98 mil toneladas de frango (in natura e industrializada), com receitas de US$368,22 milhões, quedas de 10,1% e 14,0%, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. Em março foram exportadas 84,68 mil toneladas de carne de frango (in natura e industrializada), alta de 4,7% em relação ao mês anterior, mas 1,1% abaixo do montante embarcado em março de 2020. As receitas foram de US$138,84 milhões, crescimento de 7,0% em relação ao mês anterior, mas queda de 3,1% na comparação com março de 2020. A elevação dos custos de produção segue sendo uma preocupação central para o setor.
Leite O mês de abril registrou o primeiro aumento nos preços pagos aos produtores catarinenses de leite. O crescimento ficou abaixo do esperado, já que esse é o período de menor oferta do produto no Brasil e em Santa Catarina. O Estado catarinense segue aumentando a sua participação na quantidade de leite recebida pelas indústrias inspecionadas do Brasil. Entre 2010 e 2020, a participação catarinense saltou de 7,5% para 11,3%. No ano 2000, a participação estadual era de apenas 4%. Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 31
Exportações: Novos tipos de barreiras podem gerar US$ 46 bi de prejuízos, revela estudo DIVULGAÇÃO
Barreiras comerciais disfarçadas de medidas contra aquecimento global são usadas para frear concorrência do Brasil no exterior; setor produtivo pede por ações coordenadas de defesa das exportações
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pós desempenho abaixo do esperado em 2020, a venda de mercadorias brasileiras no mercado internacional pode ser comprometida em até 22%, este ano, e os setores produtivos estimam prejuízos de mais de US$ 46 bi por causa de barreiras comerciais recém-criadas no exterior e, segundo especialistas, “disfarçadas” de boas intenções. A perda é prevista no estudo Novas Barreiras e Tendências no Comércio Internacional, publicado recentemente pela CNI. O documento alerta para novas formas de protecionismo praticadas no exterior para taxar ou barrar produtos brasileiros no mercado internacional. As novas especificações têm fachadas nobres, motivos justos e necessários, como a promoção da produção sustentável, mas em verdade têm objetivos de frear a concorrência no comércio internacional. Nesse cenário os produtos brasileiros passam a ter dificuldades de entrada em países como Estados Unidos e da União Europeia. “Essas novas formas de barreiras criam desafios adicionais para as exportações brasileiras. Porque elas têm de um lado objetivo que é legítimo e é procurado pela própria indústria brasileira, de sustentabilidade, de respeito ao meio ambiente, mas, ao mesmo tempo, são barreiras disfarçadas. Então, por atrás de um objetivo legítimo acabam criando gargalos e discriminação para as exportações brasileiras”, diz Constanza Negri, Gerente de Diplomacia Empresarial e Competitividade do Comércio da CNI. As barreiras comerciais surgem por influência dos consumidores dos países importadores e são adotadas pelo setor privado sem, sequer, passar por avaliações técnicas ou comprovações científicas. Mesmo assim, são regulamentadas por leis locais. Não ferem acordos internacionais de comércio, mas exigem “de um dia para outro”, uma revolução no processo produtivo.
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“Esse, eu diria, é o ápice da consequência que a gente precisa reverter. Você pode ter altos padrões de sustentabilidade, a indústria tem uma alta exigência em termos de requisito sustentabilidade, mas isso não é sinônimo para você usar esses padrões como desculpa para fechar mercados”, completa Constanza Negri. O estudo As Novas Barreiras e Tendências no Comércio Internacional mostram que as atuais relações de compra e venda, de produtos agroindustriais no exterior, estão indo além dos acordos, leis e regulamentos do mercado internacional. Elas impõem grande número de medidas protecionistas disfarçadas por objetivos legítimos. A maquiagem é boa porque esconde a ação protecionista e inibe críticos que, quando corajosos por esclarecimentos, amargam o constrangimento injusto de serem avaliados como contrários às medidas de proteção do meio ambiente, por exemplo. O temor dos setores exportadores é a instituição permanente dessas novas barreiras no mercado internacional. Barreiras O estudo publicado pela CNI elege cinco tipos de novas barreiras comerciais, que juntas podem influenciar negativamente as vendas de todo setor produtivo do país. A primeira modalidade de novas barreiras surge dos padrões privados e das iniciativas de mercado. As medidas são numerosas porque são criadas voluntariamente pela iniciativa privada dos países desenvolvidos gerando dúvidas e custos adicionais aos exportadores. As barreiras, por serem novas, pressionam os produtores. A busca por financiamentos para os investimentos de adequação às normas au-
menta e o endividamento do setor, também. Os setores brasileiros que mais sofrem influências deste tipo de barreira comercial são de produção de alimentos, têxtil, construção civil, equipamentos médicos e mineração.
Já as barreiras comerciais voluntárias exercidas pelos países importadores, na forma de sustentáveis podem ser instituídas como leis, com exigências de rastreamento das cadeias produtivas dos exportadores. A adaptação teria a maior impacto nas pequenas e médias empresas. O estudo alerta, ainda, que a União Europeia “pretende criar medidas próprias nesse sentido e suas exigências terão consequências extraterritoriais, condicionando as importações a seu padrão de sustentabilidade”. No Brasil, essas barreiras comerciais podem afetar todos os setores produtivos da agroindústria.
Outra nova forma de barreira comercial, em amplo crescimento nos Estados Unidos e nos países da União Europeia, usa o controle de emissão de gases efeito estufa e a necessidade da redução do aquecimento global, como motivos para barrar a entrada de produtos em seus mercados. Além disso, a rotulagem de carbono, imposto de carbono na importação e os mecanismos de ajuste de carbono na fronteira, podem afetar diretamente os produtores brasileiros. Os setores de energia, como a siderurgia, mineração e químico, são os maiores prejudicados.
As barreiras de segurança do alimento têm o princípio da precaução e estão sendo muito usada durante a pandemia da Covid-19, principalmente por países asiáticos. Elas impõem restrições sanitárias aos produtos exportados, como forma de assegurar a qualidade das mercadorias e bem-estar do consumidor, sem avaliação de ris-
cos apropriada e embasamento técnico-científico do comércio de alimentos. A medida gera protecionismo exagerado, espalha especulações e informações imprecisas sobre a segurança do alimento. Os exportadores brasileiros, de todas as áreas, estão vulneráveis para este tipo de barreira comercial. “São medidas que têm objetivos importantes de proteger a saúde, de diferentes consumidores dos países, mas, que muitas vezes, criam problemas de acesso aos mercados”, completa a Gerente de Diplomacia Empresarial e Competitividade do Comércio da CNI, Constanza Negri’.
A “novíssima” barreira comercial conhecida como reputacional é forma de avaliação da imagem, conduta e reputação do setor produtivo de um determinado país exportador. Não existem regras instituídas de forma oficial e as decisões de compra dos produtos é particular, de cada empresa. Por ser imprevisível, a barreira reputacional não concede tempo de adequação. A medida pode afetar todos os setores da agroindústria do país.
Exportações Em 2020, a venda dos produtos industrializados brasileiros no comércio exterior teve queda superior a 15%, em comparação com ano anterior, e registrou prejuízos estimados em mais de US$ 16 bilhões. A participação dos produtos industrializados na agenda de exportações nacionais teve o pior desempenho dos últimos 44 anos, representando apenas 43% de todos os produtos vendidos lá fora. O comércio de máquinas e aparelhos de terraplanagem teve retração de 40%, seguido pelo setor aeronáutico, com quase 38% de prejuízos, e automobilístico, com 29% de perdas. Entre os 10 maiores estados exportadores, nove tiveram queda nos negócios internacionais. São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul foram os entes que mais perderam exportações, em 2020. Fonte: Brasil 61 Economia&Negócios • Edição ABRIL/2021 • 33
PORTOS E TERMINAIS
Portonave divulga Relatório de Sustentabilidade Documento descreve o desempenho econômico, social e ambiental da companhia em 2020
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ais de R$ 1 milhão investido em ações de combate ao novo Coronavírus, 45% da participação de mercado em Santa Catarina, 18,8% de crescimento na movimentação de contêineres, R$ 81,9 milhões pagos em taxas e impostos ao Governo. Estes são alguns dos dados publicados no Relatório de Sustentabilidade da Portonave – documento que relata o desempenho econômico, social e ambiental da companhia em 2020, além de práticas de governança, e que foi divulgado neste mês. As ações de prevenção à Pandemia e os desdobramentos que este novo cenário impôs às empresas e a todos permeiam o relato do ano passado. Contudo, o Relatório de Sustentabilidade 2020 traz mais. Em um ano atípico, a Companhia registrou bons indicadores comerciais, que nos manteve na liderança de mercado em Santa Catarina. Também, ano passado, entrou em operação a primeira fase da Nova Bacia de Evolução do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes. Com a nova área de manobras, a Portonave recebeu no ano passado 62 “gigantes” – navios com mais de 306 metros de comprimento e 45m de boca. Uma nova linha, a Brazex II, também passou a operar no Terminal, incrementando o volume no segundo semestre. A Companhia se destaca pela excelência dos serviços prestados aos clientes, bem como pela produtividade elevada – em 2020, esse índice foi 116 mph por navio e 37 mph por STS – e a responsabilidade socioambiental. Esse desempenho levou à liderança no ranking de produtividade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), pelo segundo ano consecutivo. Além de criar importantes diferenciais competitivos, esses fatores contribuem para o desenvolvimento sustentável. Maior organização contribuinte do município de Navegantes (em ISS), a Portonave dinamiza a economia regional, ao mesmo tempo em que impulsiona iniciativas em benefício da comunidade onde está inserida, por meio do apoio voluntário a projetos culturais, educativos e de inclusão social. Em outra frente, desenvolve uma série de programas e ações voltados à conservação ambiental, que asseguram a total conformidade de suas operações com a legislação vigente, colaborando para a melhoria da qualidade de vida no entorno do Terminal. Como consequência, em 2020 não foram registradas multas ou sanções relativas a questões ambientais ou sociais. Este é o 13º relatório da empresa e o 11º elaborado de acordo com as diretrizes da GRI – Global Reporting Initiative –, organização internacional que publica diretrizes para o relato de desempenho da sustentabilidade, garantindo a comparabilidade entre empresas de diferentes portes e setores de atuação.
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Receita autoriza inspeção remota de cargas na Portonave Para facilitar a inspeção de cargas, a Receita Federal do Brasil (RFB) no Porto de Itajaí publicou final de 2020 – e entrou em vigor este ano – uma portaria que permite ao fiscal escolher se faz a inspeção física ou remota, devendo os recintos se adequarem. A Portonave foi o primeiro recinto do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes a ser homologado pela RFB, atendendo a todas as exigências do órgão federal. A habilitação ocorreu na última sexta-feira, dia 07. A pandemia do novo Coronavírus acelerou o processo, mas a modalidade já é realidade em alguns portos do país. Na prática, a possibilidade de fiscalização remota representa uma padronização de procedimentos, simplificando processos da Receita. Paralela a esta autorização, a Portonave também conseguiu a autorização para a liberação remota de cargas por meio de DTA – Declaração de Trânsito Aduaneiro.
PORTOS E TERMINAIS
Autoridade Portuária de Itajaí lança Projeto Somar Projeto une ações em Governança, Tecnologia e Capacidade Operacional
Governança
Desde o ano passado o Porto de Itajaí tem colocado como meta alcançar algumas certificações internacionais, a primeira conquistada foi ISO 14001. Neste ano, o intuito é implantar diretrizes e estruturar procedimentos para estar dentro das normas da IS0 9001, que certifica o Sistema de Gestão de qualidade, e alcançar mais essa certificação. A ISO 37001, que certifica Sistemas de Gestão Antissuborno, e a NBR 19600, que trata do Sistema de Gestão de Compliance, também estão dentro das metas do plano de governança do projeto Somar. “Apresentar certificações da ISO coloca qualquer organização ou empresa em um outro patamar, demonstrando que existe uma preocupação com a qualidade e com o cumprimento de legislações, regulamentos e exigências de caráter normativo. O Porto de Itajaí tem vivido uma fase de crescimento, e para crescer mais é preciso organização e planejamento. O projeto Somar traz isso, metas de desenvolvimento para crescer de forma coordenada”, comenta Médelin Pitrez dos Santos, Coordenadora de Meio Ambiente da Superintendência do Porto de Itajaí.
DIVULGAÇÃO
O
projeto intitulado Somar vem da ideia de fazer a soma, adição, união, visando reunir ações de melhorias coordenadas para aumentar o potencial competitivo do Porto de Itajaí. O lançamento do Projeto aconteceu no Auditório da Superintendência do Porto de Itajaí, em uma reunião com a presença de diretores, coordenadores e assessores da autarquia. Na oportunidade, o Superintendente Fábio da Veiga expôs a todos em sua apresentação o intuito do projeto: “É disso que nós precisamos hoje, juntar forças, juntar ações para que o Porto continue crescendo. Nesse sentido, identificamos três pontos principais de aprimoramento: uma melhor governança, mais tecnologia e mais capacidade operacional”, conta. Um dos alvos principais do projeto é a ampliação do uso de inteligência artificial, aplicação de ferramentas de tecnologia da informação (TI) nos processos do Porto e a busca por certificações internacionais das ISOs. Redução de custos operacionais, valorização de recursos humanos, ampliação das áreas de armazenagem, melhoria dos procedimentos, aperfeiçoamento da logística interna e segurança, são algumas das metas do projeto Somar.
Tecnologia
A aplicação do sistema Power BI também está dentro do planejamento do projeto Somar para melhorias em tecnologia. O sistema é fundamental para visualizar questões relativas aos processos organizacionais, desempenho de produtividade, analisar o mercado e a concorrência, observar tendências, dentre outros benefícios de otimização. Já a adoção de Dashboards (painel visual que contêm informações, métricas e demais indicadores de uma empresa, sendo monitorado por equipes desmembrando decisões e acompanhamentos do rendimento da instituição), servirá para que os dados e indicadores da operação portuária e financeira sejam visualizados em tempo real, trazendo mais transparência e agilidade na obtenção de informações. A Gestão do Acesso Aquaviario (LPS) será ampliada com a inclusão e melhoria de sistemas que auxiliam a navegação, como por exemplo o Automatic Identification System (AIS), o Very High Frequency (VHF) e o Circuito Fechado de TV (CFTV). Haverá uma integração destes sistemas junto ao monitoramento dos parâmetros ambientais, aprimorando o LPS do Porto de Itajaí. Forum in noxim conem in reissus nost occi in halistea vesigil conteris horbi pribunim terfeco nfentina, nes? Senatiumus, tem in vitem. Ota vem us hostem pondeffrei te, nocussil ununt, C. Lis fores Catrum facchus At L. At a
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Intermodal: a plataforma de negócios completa para o setor logístico Com ela, mercado tem acesso a uma gama de soluções exclusivas de marketing que favorecem o networking e a geração de negócios
Soluções Estratégicas Dotada de um sistema inovador, a plataforma oferece uma série de soluções de inteligência de mercado aos mais diferentes negócios do setor: como um ambiente projetado para o lançamento de produtos e marcas, conteúdos exclusivos e experiências inovadoras para conectar profissionais; uma ferramenta robusta para gerar conexões e estreitar o relacionamento com executivos e potenciais compradores; uma gama de produtos específicos de marketing; um espaço para a interação e a geração de novos negócios, entre muitas outras. Uma delas é a realização da Intermodal South America, um dos mais tradicionais eventos de negócios B2B da América Latina com foco em logística, intralogística, transporte de cargas e comércio exterior que reúne, em média, 38 mil profissionais do setor, de 68 países, e cerca de 400 marcas expositoras durante três dias. Neste ano, a feira chega à 26ª edição e está programada para ocorrer de forma híbrida, de 1 a 3 de setembro, no São Paulo Expo. Outra solução de destaque é a Intermodal Xperience, um ambiente 100% virtual, disponível 365 dias por ano, que traz ao mercado uma série de conteúdos originais em vídeos e podcasts, além de um marketplace desenvolvido e orientado para a geração de networking e para o fechamento de negócios. A Xperience é a plataforma responsável por transmitir os conteúdos digitais da Intermodal. Há ainda a Intermodal Digital, que disponibiliza artigos e conteúdos exclusivos do mercado aos profissionais do setor, com informações pertinentes sobre modais de transporte, intralogística e tecnologia; além de uma ampla lista de e-books e whitepapers com informações que visam auxiliar no dia-a-dia das companhias, disponíveis para download . Destaque também para o Papo em Movimento, um projeto que traz entrevistas em vídeo e webinars estratégicos com autoridades, 36 • Edição ABRIL 2021 • Economia&Negócios
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alendo-se de uma expertise de 25 anos de mercado e com o intuito de expandir seu foco de atuação nos setores logístico, intralogístico, de transporte de cargas e comércio exterior, a Intermodal consolida-se como plataforma de negócios completa e abrangente, com o objetivo de promover networking, conteúdo exclusivo e geração de negócios para uma audiência qualificada. Com ela, as empresas e os players desses mercados têm acesso a uma ferramenta única de soluções para promover e divulgar marcas, produtos e serviços, por meio de ações de marketing, materiais exclusivos e de um espaço de networking diferenciado, orientado para a geração de leads estratégicos. Como explica o diretor do portfólio de infraestrutura da Informa Markets Brasil, responsável pela plataforma, Hermano Pinto Jr.: "a Intermodal se adapta à nova realidade, em que os dois mundos, físico e digital, atuam de forma cada vez mais integrada e complementar, unindo o que há de melhor em cada um para antecipar necessidades, proporcionar experiências e oportunidades de relacionamento mais diversificadas e abrangentes aos profissionais do setor", afirma.
convidados, especialistas e personalidades do setor para debater ideias, ações e compartilhar boas práticas do mercado. "Sem contar o fato de que possuímos uma equipe amplamente especializada e preparada para atender, e entender, a necessidade de cada companhia, a fim de apresentar uma estratégia completa de exposição de marca, geração de leads e novos negócios", acrescenta o executivo.
Multicanalidade e Audiência Qualificada Este repertório de serviços oferecido pela Intermodal é visto de perto por uma audiência altamente qualificada, formada por públicos nacionais e internacionais, que acompanham as iniciativas da plataforma nos mais diferentes canais virtuais - presente, por exemplo, nas principais redes sociais do mercado (Facebook, Instagram, Linkedin, Twitter, YouTube e Telegram), com mais de 34 mil seguidores, quando somadas. Bom desempenho apresentado também quando o assunto é o marketing digital da plataforma: são mais de 3,5 milhões de visualizações de anúncios digitais contratados, via mídia programática; mais de 2 milhões de alcance em conteúdos patrocinados nas redes sociais; mais de 40 e-mails marketing e newsletters enviados para mais de 150 mil profissionais do setor; além do investimento em Google Adwords para promover a busca de produtos e serviços no marketplace; e da divulgação de anúncios e banners em 42 associações, mídias e portais especializados. "Somos responsáveis por conectar comunidades nos mais diversos canais, compartilhando interesses, apoiando iniciativas, promovendo marcas e construindo ações personalizadas para obtenção de um melhor retorno dos investimentos", conclui o diretor do portfólio de infraestrutura da Informa Markets.
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