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Santa Catarina tem crescimento no comércio internacional em 2021

Ocomércio internacional fechou 2021 em alta em Santa Catarina. Com US$ 10,29 bilhões em exportações e US$ 24,92 bilhões em importações, o estado registrou crescimento e atingiu os maiores valores da série histórica nos dois tipos de operação do comércio internacional. Em relação a 2020, as exportações aumentaram 26,6% e as importações subiram 54,9%. Os dados são do Ministério da Economia. "O crescimento da presença catarinense no exterior mostra o dinamismo da nossa economia, a força do agronegócio e a vocação de Santa Catarina para o mercado internacional. No que cabe ao Governo do Estado, trabalhamos para melhorar ainda mais a competitividade para quem produz aqui”, avalia o governador Carlos Moisés. O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon, atribui o crescimento à capacidade de superação do setor produtivo catarinense. “Muito desse resultado se deve ao grande desempenho do agronegócio, mas também pelos demais segmentos econômicos que, mesmo em no ano difícil de 2021, encontraram o caminho para manter o emprego e fortalecer a economia. É mais uma demonstração de que Santa Catarina, em 2021, soube manter o equilíbrio entre cuidar da saúde e também da economia”, destaca Buligon. O agronegócio ocupou os três primeiros lugares nos principais produtos exportados por Santa Catarina, com a liderança das carnes de aves (US$ 1,59 bilhão, principalmente para Ásia e Oriente Médio), carnes de suínos (US$ 1,32 bilhão, a maior parte para a China) e soja (US$ 669,9 milhões, principalmente para a China). Na sequência, aparecem os motores e geradores (US$ 483,6 milhões, com destaque para Estados Unidos e Alemanha) e partes de motores a combustão (US$ 425,2 milhões, a maior parte para Estados Unidos, México e Reino Unido). Com um crescimento de quase 44%, os Estados Unidos voltaram a ser o principal destino das exportações catarinenses, passando a China. O mercado se expandiu. Santa Catarina exportou para 208 países em 2021, dos quais 25 importaram ao menos US$ 100 milhões em mercadorias catarinenses. No ano anterior, 18 países haviam atingido esse volume em importações provenientes de Santa Catarina. "Mais uma vez, o agronegócio catarinense supera as dificuldades e se mostra a grande força da economia catarinense. Respondemos por boa parte da pauta de exportações catarinenses e seguimos ampliando nossa presença nos mercados mais exigentes e competitivos do mundo. Esse é o resultado de um grande trabalho de união entre Governo do Estado e todos os elos do setor produtivo", destaca o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Altair Silva. O rol de produtos importados por Santa Catarina é bastante diversificado. Em 2021, as matérias primas e insumos para a indústria ocuparam a liderança, com destaque para cobre (US$ 1,37 bilhão, a maior parte do Chile), folhas e chapas de ferro ou aço (US$ 657,7 milhões, principalmente da China), polietileno (US$ 571,7 milhões, sobretudo dos Estados Unidos e da Argentina) e fertilizantes (US$ 567,9 milhões, a maior parte de Omã). A China permanece como principal mercado fornecedor para Santa Catarina, com US$ 9,36 bilhões, um aumento de 54,4% em relação a 2019, mas outros países tiveram crescimento ainda mais acentuado nas exportações que tiveram Santa Catarina como destino. O Chile, segundo colocado na lista, cresceu 68% e forneceu US$ 2 bilhões em mercadorias para o estado, no que foi a primeira vez que um outro país além da China ultrapassou essa marca. Na avaliação do secretário executivo de Assuntos Internacionais, Fernando Raupp, este aumento da importação é reflexo do crescimento da indústria catarinense, que importa insumos para, depois de beneficiados, gerar mais riquezas tanto na venda para o mercado interno como na exportação. “O Governo de Santa Catarina tem uma grande parcela de responsabilidade por isso, pois trabalha, em conjunto com a iniciativa privada, para construir as soluções de que o setor necessita”, destaca Raupp.

A.P. Moller - Maersk/Divulgação

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Maersk afirma estar Maersk afirma estar preparada para a preparada para a expansão logística de expansão logística de alimentos no Brasil alimentos no Brasil

Empresa pode ter o protagonismo reforçado para atender às futuras demandas globais

ORelatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em parceria com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado em 2020, revela que a agricultura mundial vai precisar ampliar em 70% a produção de alimentos nos próximos 30 anos para uma população de quase 10 bilhões de pessoas. Nesse cenário, o Brasil terá papel fundamental. Para 2030, a estimativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é uma produção de 34,9 milhões de toneladas de carne de frango, bovina e suína no Brasil. O principal destaque é o crescimento de 28,1% da produção de carne de frango em relação ao início da década, seguido com o aumento de 26,8% de carne suína e 16,2% de carne bovina. A logística de alimentos e bebidas é intrínseca a uma série de desafios únicos a essa indústria. Garantir que os alimentos cheguem rápido e em boa qualidade nas prateleiras dos supermercados exige um planejamento específico e estratégico, que considera o processo de ponta a ponta. O diretor comercial da Maersk no Brasil, Douglas Piagentini, destaca que “nos últimos anos, o setor alimentício tem enfrentado cada vez mais desafios. Com o constante aumento da demanda, a empresa se adaptou para encontrar a solução de transporte mais adequada para o seu negócio. Por mar, rios, terra ou trilhos”.

O papel do Brasil nos processos logísticos

O Brasil é um país de grandes extensões de terras cultiváveis. E, justamente por essa razão, é tão importante contar com um transporte especializado e o mais personalizado possível. Afinal, cada carga tem especificidades quanto ao armazenamento, o transporte e a manutenção de sua integridade durante o percurso. “Hoje, o Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Esse destaque internacional não seria conquistado se não houvesse por trás um importante sistema de transporte capaz de assegurar não apenas a integridade dos alimentos, como também a qualidade durante o escoamento para abastecer os mercados interno e externo”, analisa Piagentini. A empresa conta com ferramentas importantes para que todo o processo de transporte seja seguro e o ideal para cada alimento. “São muitas alternativas para transportar variadas categorias de mercadorias. Além de equipamentos para secos, há o transporte de refrigerados, mais sensíveis às variações de temperatura, por exemplo”, afirma. Os contêineres utilizados para o transporte de carga alimentícia e farmacêutica contam com reguladores de temperatura e sensores que reúnem dados em tempo real, com uma gama de fatores, incluindo temperatura, umidade relativa, O₂ e CO₂, controle de vedação, de circulação de ar e outros processos, para garantirem a segurança dos itens que estão na caixa de transporte. Os contêineres contam com linhas vermelhas indicando o limite de carga, setas seguindo o caminho da circulação de ar e as portas são revestidas com materiais seguros para que não haja nenhum perigo de dano aos produtos. Outro ponto importante é onde e como os produtos são armazenados. Todos são separados de acordo com suas categorias e conforme suas necessidades climáticas. O cuidado inicia na forma como os itens são encaixados dentro dos contêineres, pois as embalagens devem suportar manuseio brusco (enchimento e remoção), compressão do peso acumulado de pacotes empilhados, impacto e vibração durante o transporte e alta umidade durante o pré-resfriamento. “A frota global da A. P. Moller-Maersk dispõe de 300 mil equipamentos refrigerados e 2,8 milhões de equipamentos secos”, afirma Piagentini, sendo todos passados por revisões periódicas para que não haja falhas em processos e situações climáticas e garanta segurança e qualidade durante todo o processo de transporte.

Apesar da crise global de componentes eletrônicos, indústria automobilística brasileira fecha 2021 com leve recuperação

AAssociação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou hoje os números do fechamento de 2021, com ligeira melhora na comparação com o crítico ano de 2020, mas ainda aquém do potencial de demanda interna e externa por autoveículos. “A crise global de semicondutores provocou diversas paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos. Para este ano, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes, mas num grau inferior ao de 2021, o que

 Mercado interno

Como ocorre tradicionalmente, o último mês do ano foi o de maior volume de vendas, com 207,1 mil unidades licenciadas. Mesmo assim, foi o pior dezembro em cinco anos. O acumulado chegou a 2,12 milhões de unidades, apenas 3% acima de 2020, o que manteve o Brasil na sétima colocação do ranking global, por poucas unidades atrás da França. Para este ano, a ANFAVEA projeta vendas de 2,3 milhões de autoveículos, uma alta de 8,5% sobre 2021.

A rápida recuperação após o pico da pandemia em mercados como Chile, Colômbia, Peru e Uruguai ajudou a impulsionar as exportações de veículos brasileiros, apesar das restrições comerciais impostas pelo governo argentino. Com isso, as 376,4 mil unidades exportadas representaram crescimento de 16% sobre o ano anterior. Pela primeira vez, a Argentina representou menos da metade dos embarques nacionais (34% do total). Em valores, as exportações tiveram alta ainda maior, de 37,8%, por conta do envio mais representativo de veículos com maior valor agregado, como caminhões e SUVs. Para 2022, a expectativa é de exportar 390 mil unidades, um incremento de 3,6% sobre o ano anterior.

 Produção

Dezembro foi o melhor mês do ano, com 210,9 mil autoveículos produzidos. Com isso, o ano fechou com 2.248,3 mil unidades, alta de 11,6% sobre 2020. No ranking global de produtores, o Brasil retomou a oitava colocação perdida no ano anterior para a Espanha. Para 2022, a expectativa é de um aumento de 9,4%, com 2,46 milhões de unidades produzidas.

 Empregos

As vagas diretas em fábricas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus tiveram ligeira queda em relação a dezembro de 2020, de 0,2%. O setor fechou o ano com 101,1 mil empregados. O quadro é de estabilidade, apesar do fechamento de algumas fábricas no início de 2021 e das constantes paradas de produção em função da falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem.  Expectativas

Na primeira coletiva de imprensa do ano, o Presidente da ANFAVEA adotou um tom de otimismo moderado. “Temos uma indústria resiliente, que trabalhou de forma intensa para proteger seus funcionários nesses dois anos de crise, mitigar perdas e manter investimentos em produtos, dado que entramos em 2022 com uma nova e rigorosa fase do Proconve para veículos leves, que reduz ainda mais as emissões dos automóveis brasileiros”, destacou. “Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, concluiu Moraes.

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