Revista Portuária - Junho 2022

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Entrevista: GILBERTO PERALTA

É preciso andar mais rápido! Presidente da Airbus Brasil e liderança da MEI, Gilberto Peralta recomenda maior velocidade e esforço conjunto na qualificação profissional em meio a revoluções tecnológicas As mudanças provocadas pelas novas tecnologias exigem que a qualificação dos trabalhadores seja constantemente aperfeiçoada, diz Gilberto Peralta, presidente da Airbus Brasil e líder do do Grupo de Trabalho Educação Profissional e Tecnológica (GT-EPT) da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). “Sempre foi [uma necessidade] permanente, mas nunca percebemos isso porque as modificações ocorriam com uma velocidade menor. Hoje, a rapidez é muito maior. O técnico em informática de 15 anos atrás vai ter que ser requalificado para cuidar de inteligência artificial”, comenta.

Como você avalia a necessidade de o Brasil qualificar 9,6 milhões de trabalhadores até 2025? GILBERTO PERALTA - Acho que temos pela frente um desafio, mas também temos a oportunidade de mostrar que podemos vencer essa dificuldade. As novas tecnologias estão introduzindo novas áreas de trabalho e a indústria e o governo têm de cuidar disso juntos. Não é só a indústria diretamente; também a agricultura e todos os outros setores da sociedade civil precisam se preparar para essas grandes modificações. É um grande desafio, mas é possível vencê-lo trabalhando em conjunto. Nós temos soluções e como andar para frente. Não é só formar 10 milhões de pessoas. Temos que levar em consideração que formaremos trabalhadores novos que estão entrando ou que entrarão no mercado de trabalho, mas precisamos requalificar os que já estão nele. É trocar o pneu com o carro andando.

Quais são as principais tendências para o mercado de trabalho da indústria nos próximos anos? GILBERTO PERALTA - A tecnologia avança muito rápido. Estamos na indústria 4.0, mas ela já é meia história. Já estamos preparando a 5.0, com inteligência artificial atuando e tudo o mais, independentemente de intervenção do ser humano. Mas os técnicos, para operar a nova tecnologia, precisam se adaptar. A indústria também tem que se adequar e fomentar a estrutura de formação do jovem para que ele esteja qualificado para isso. Temos que andar de mãos dadas com o governo para direcionar os recursos que existem. Eles são finitos e é preciso destiná-los da melhor maneira possível para atender às necessidades do mercado de trabalho brasileiro. Aqui eu insisto e falo pela indústria porque eu venho da indústria, mas isso não é só indústria, é o setor agropecuário. Se olhar

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