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Agradecimentos
Academia Militar, Arquivo Histórico Militar, Biblioteca Palácio Galveias/Câmara Municipal de Lisboa/Direção Municipal da Cultura/ Divisão da Rede de Bibliotecas, Biblioteca Pública Municipal do Porto, Câmara Municipal de Almeida, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Valongo, Comissão Portuguesa de História Militar – Ministério da Defesa Nacional, Direção de História e Cultura Militar, Estado Maior do Exército, Grupo Fibeira SGPS, GRAMA – Almeida, Fundação Eng.º António de Almeida – Porto, Instituto Arquivos Nacionais-Torre do Tombo, Museu de Angra do Heroísmo, Museu Militar de Lisboa, Centro Português de Fotografia – Porto, Museu Nacional de Soares dos Reis – Porto, Museu Romântico Quinta da Macieirinha – Porto, Museu de Santa Joana Princesa – Aveiro, Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa – Porto Abílio Loureiro Reis, Adelaide Carvalho, Tenente-general
Alexandre de Sousa Pinto, Álvaro Pacheco Valente da Silva, Dr. António Andresen Guimarães, Dr. António Maria de Lancastre de Mello e Castro (Antas, Lousã e Pernes), Dr. António Vicente Tavares Barreto, Eng.º Armando Martins, David Ferreira Novais, Diogo Jácome de Vasconcelos, Elvira Correia Basílio, Fátima Teresa de Abreu Coutinho, Dr. Fernando de Castro e Solla (Francos), Prof. Doutor Fernando Vasco Ribeiro, Coronel Francisco Amado Rodrigues, Prof. Doutor Francisco Ribeiro da Silva, Dr.ª Graça Martins Reis, Major-general
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João Vieira Borges, Dr. José António de Herédia, José António Rebocho, José António Rebocho Esperança Pina (Mirandela), Coronel José de Athaíde Banasol, Dr. José de Castro e Solla (Francos), Luís Castro Gonçalves, Luís Pereira de Lacerda, Dr.ª Mafalda Pinto Basto Lacerda, Dr.ª Margarida Howorth Andresen Guimarães, Dr.ª Maria Adelaide Dias Coelho, Maria Antonieta Novais, Maria da Conceição de Herédia, Dr.ª Maria da Conceição Pereira de Lacerda, Dr.ª Maria da Graça Pereira de Lacerda, Dr.ª Maria João Bastos, Maria Joana de Lacerda Andresen Guimarães Leitão, Dr.ª Maria Leonor Lacerda Tavares Barreto, Dr.ª Maria Lobato Guimarães, Maria Luísa Cardoso de Menezes Lacerda, Maria Luísa Pereira de Lacerda, Prof.ª Doutora Maria Manuela Maia de Oliveira e Rebelo, Dr. Miguel Esperança Pina (Mirandela), Dr. Pedro Pestana da Silva Lopes Vasco Jácome de Vasconcelos e muito especialmente a Luís Cortez da Silva Lopes
Apoios Institucionais
Câmara Municipal de Almeida
Câmara Municipal do Porto
Comissão Portuguesa de História Militar – Ministério da Defesa Nacional
Fundação Eng.º António de Almeida
Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, Porto
Junta de Freguesia de Campanhã
Junta de Freguesia do Centro Histórico do Porto
Família Castro e Solla (Francos)
Família Lacerda Andresen Guimarães
Família Lancastre de Mello e Castro (Antas, Lousã e Pernes)
Família Pereira de Lacerda
Família Almeida Moutinho Borges
Abreviaturas
AD : Arquivo Distrital de
AHM : Arquivo Histórico Militar arq. : arquivo
Cx. : caixa n.º
CM : Câmara Municipal de c. : cerca de cf. : citação col. : coleção
CPHM : Comissão Portuguesa de História Militar coord. : coordenação dir. : direção doc. : documento fl. : fólio / folha
Fr. : Frei
Hab. : Habilitação
IAN-TT : Instituto Arquivos Nacionais-Torre do Tombo
Liv. : livro
Mç. : maço micr. : microfilme
MRQM : Museu Romântico da Quinta da Macieirinha
Pe. : padre
SCM : Santa Casa da Misericórdia de v. : verso vol. : volume
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Uma família de militares em Portugal, séculos XVII-XIX
Das Guerras da Aclamação, 1640-1668, à Guerra Civil Liberal, 1832-1834
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General Balthazar de Almeida Pimentel, Conde de Campanhã
Ajudante de Campo de D. Pedro IV, D. Augusto e D. Fernando II
Heróis do Cerco do Porto titulados com topónimos da cidade
Conde das Antas, Conde de Bonfim, Conde de Campanhã, Visconde de Francos, Barão de Monte Pedral e Barão de Lordelo
Muito devem a cidade do Porto e o nosso país ao espírito intrépido dos homens que, com D. Pedro, desembarcaram, a 8 de julho de 1832, na Praia da Memória, para mudar para sempre o curso da História de Portugal.
Foi a Norte que D. Pedro e as suas tropas iniciaram, no continente, a marcha que os levaria a libertar Portugal do jugo absolutista de D. Miguel. Essa decisão reveladora de grande rasgo estratégico deveu-se, em particular, a Balthazar de Almeida Pimentel. E uma vez acolhidos os liberais pelo Porto após o sucesso da operação de desembarque, o capitão Almeida Pimentel voltaria a revelar génio e denodo durante o devastador cerco imposto à cidade pelo exército miguelista – designadamente na defesa da frente leste, em Campanhã. Aí, lado a lado com a resiliente e heroica população portuense, o capitão “teve uma ação contundente na defesa de locais chave para a manutenção defensiva da cidade”, como podemos ler nas páginas desta obra que, para nossa ventura, Augusto Mourinho Borges e António Pereira de Lacerda agora reeditam.
Com efeito, nesta biografia de uma figura omnipresente daqueles tempos fraturantes, a cidade do Porto aparece frequentemente como cenário de eventos históricos marcantes. De resto, os laços que uniam ao Porto o amigo pessoal e camareiro do rei D. Pedro IV não se esgotavam no brilhantismo revelado nas guerras liberais: Almeida Pimentel haveria de dar mostras de fidelidade à sua memória uma vez mais, na hora da morte do monarca.
Na sequência do falecimento do “Rei Soldado”, uma carta endereçada pela imperatriz viúva D. Amélia à Câmara Municipal do Porto – que o livro oportunamente reproduz na íntegra – dava a conhecer a última vontade de D. Pedro IV: entregar o seu coração à cidade que, em tempo de guerra e privação, lhe dera prova de valentia e cumplicidade com a sua causa.
Dessa tarefa viria a ser incumbido o constante coronel, que escoltou a espada, o chapéu e o coração do rei até à cidade e os entregou ao presidente da Câmara, Vicente Ferreira Novais, e aos seus habitantes. Foi, aliás, esse episódio que, juntamente com a representação do desembarque, se eternizou nos baixos-relevos em bronze inculcados no pedestal do Monumento a D. Pedro IV, elevado na Praça da Liberdade, no Porto.
Nesse ato simbólico de que tomou parte, Balthazar de Almeida Pimentel foi testemunha e protagonista de mais um capítulo da longa história que liga intimamente D. Pedro IV ao Porto, e que a cidade e a Irmandade da Lapa exaltam, em cada dia 24 de setembro, na igreja que desde então guarda o coração do rei – o que voltou a ocorrer em ano de celebração do bicentenário da independência do Brasil, acontecimento histórico para o qual D. Pedro tanto contribuiu.
A evocação do espírito da Revolução Liberal e do Cerco do Porto deve ser, contudo, mais do que um exercício historiográfico ou memorialístico: deve propor uma celebração do próprio ideário que os animou. E Balthazar de Almeida Pimentel foi não só o fiel depositário do mais precioso bem de D. Pedro, como de todos os valores identitários que os portuenses ainda hoje partilham: honra, lealdade, convicção e liberdade.
Do mesmo modo que evocamos Almeida Pimentel, devemos recordar quem perfilhou estes mesmos valores nas fileiras do exército liberal, como o Conde das Antas, o Conde do Bonfim, o Visconde de Francos ou o Visconde de Valongo. Imortalizados pelos seus feitos e titulados nobiliarquicamente com topónimos do Porto, é com inteiro mérito que os autores reservam relevante destaque a estes militares na presente obra: Conde de Campanhã: Cerco do Porto e o Coração de D. Pedro IV.
Estão por isso de parabéns Augusto Mourinho Borges e António Pereira de Lacerda, que em boa hora decidiram resgatar a memória de vida do Conde de Campanhã. Não só porque a sua vida cheia, intensa, marcante é digna de ser contada, mas também porque nela entrevemos a História do nosso povo.
No Porto, que D. Pedro dizia ter sido o “teatro da minha verdadeira glória”, Balthazar de Almeida Pimentel foi, no seio do exército liberal e junto da massa popular portuense, protagonista maior de um período histórico definidor da identidade da cidade. Mas os seus sofrimentos, as suas lutas, as suas conquistas abriram também caminho a um país mais livre, fraterno e justo, como é o Portugal democrático de hoje.
Rui Moreira, Presidente da Câmara Municipal do Porto