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ESPECIAL 10 A

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DRONES

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SAFRA DE ARROZ DEVERÁ CRESCER 20%

Já no arroz, o custo de plantio da próxima safra deve aumentar entre 20% e 30% em média. A projeção é do presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, levando em consideração o aumento do preço dos insumos. No entanto, acredita que para alguns orizicultores esse índice pode ser menor, entre 10% e 15%, e para outros bem acima, na casa dos 30%. Exemplifica: “quem comprou adubo em maio pagou R$ 1,9 mil pelo cloreto de potássio e, em setembro, mais de R$ 3 mil. Então esse produtor que não antecipou as compras ficou à mercê de um aumento no custo de produção maior.”

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Aumento que reforçou a necessidade de eficiência na gestão das lavouras. Como 80% a 90% do arroz produzido no Brasil fica no mercado interno, sem preço futuro como a soja, o arrozeiro depende do hoje, da cotação do arroz no dia da venda. Por isso, o orizicultor, explica Alexandre Velho, precisa cuidar de bons momentos de troca – a troca do produto arroz pelo produto fertilizante – para reduzir o custo da lavoura. “Quando o arroz está valendo um pouco mais, eu tenho que olhar quanto está o fertilizante.”

O dirigente da Federarroz acredita que a aviação agrícola tem uma importância cada vez maior dentro do setor. Além disso, o arroz é dependente do avião pela dificuldade de entrada das máquinas terrestres nas áreas irrigadas. Aliás, segundo o boletim Custo de Produção Médio Ponderado Arroz Irrigado Safra 2020/21, divulgado pelo Irga que o custeio específico da lavoura representou 55,66% das despesas, com 17,6% para agroquímicos e fertilizantes e o custo com aviação (que otimiza esses produtos) representando 1,86%. Já para a safra 2021/2022, a perspectiva é de que a produção de arroz cresça 0,4%, com produção estimada em 11,8 toneladas.

Sistema Integrado Agrícola de Emergências é uma ferramenta desenvolvida pela RTC Gestão de Riscos que visa contribuir no controle de perdas vinculadas à emergências agrícolas e ambientais.

(16) 3102-3865 ( whatsapp ) Av. Maurilio Biagi, 800 Loja 2 - Ribeirão Preto, SP

BUSATO: maioria dos produtores de algodão já utilizam o avião nas lavouras

AERONAVES PARA REDUZIR CUSTO NO FUTURO

“Tecnologia e escala são a chave para continuarmos tendo rentabilidade no nosso negócio.” A afirmação do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Busato, reflete a preocupação do setor frente aos aumentos dos insumos, especialmente do fertilizante, já pensando no futuro. Afinal, para ele, esse filme não é novo. O preço dos agroquímicos sobe indexado ao das commodities, depois o valor das commodities recua e os custos não voltam para o mesmo patamar. Por isso, a importância de aumentar a produtividade por hectare. E entre as ferramentas à disposição do agricultor, Busato destaca a aviação agrícola: “não só pela redução dos custos, mas também para um controle mais eficientes das pragas, principalmente do bicudo do algodoeiro que é o nosso arqui-inimigo.” O dirigente da Abrapa acredita que a maioria dos produtores de algodão já utilizam a aviação agrícola no combate às doenças da lavoura, como um processo contínuo em busca de maior rentabilidade das fazendas. Esse pensamento está ligado ao futuro, pois para a safra 2021/2022 a área de plantio está definida e os insumos comprados, com a expectativa de que se a chuva ajudar a colheita deve chegar perto de 3 milhões de toneladas de pluma. De acordo com o presidente da Abrapa, entre 30% e 40% do algodão que vai ser plantado na próxima safra já foram vendidos em contratos com preços fixos basicamente em dólar. Admite que a flutuação do câmbio prejudica, mas o setor tem como se proteger disso em parte, com um hedge natural.

O clima é um desafio maior. Busato aponta que somente 8% do algodão brasileiro é plantado no sistema de irrigação. Por isso, a preocupação que as chuvas caiam no período correto. Lembra que no ano passado, principalmente no Estado do Mato Grosso, as chuvas atrasaram e parte da área de algodão foi forçada a migrar para a cultura do milho devido à janela de plantio.

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