agosto / setembro 2010 | IGREJA
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Ano 5 - nº 29 agosto / setembro 2010
Pela ética no voto
À
s vésperas das eleições que decidirão os rumos do país, nós, da IGREJA, não poderíamos nos omitir. O tema ilustra nossa capa. Resgatamos os propósitos do Decálogo Evangélico do Voto Ético, documento que há dez anos pregava uma consciência eleitoral. O tempo passou, mas os ideais dos documentos não. Valores como integridade e postura devem ser levados em conta na hora de votar em seu candidato. Nestas eleições modelos de governo estão em jogo e nesta hora vale a coerência do discurso adotado em pleitos anteriores. Esquerda,
direita ou Centro-Esquerda. É pedir orientação, olhar a conduta, principalmente a postura em assuntos como legalização do aborto, união civil de homossexuais, liberação de drogas, regulamentação sobre a captação e uso de recursos financeiros recebidos pelas igrejas. É papel da Igreja discutir o tema, mas sem o olhar para o seu próprio umbigo. Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de ma-
nipulação e indução político-partidário. Votar com ética, com dignidade e com fé. Esta postura vai evitar associação dos evangélicos a escândalos como o que aconteceu com a Oração da Propina. É hora de rever o passado, e mudar o futuro. Quando justo governa, o povo se alegra. É hora de lembrarmos a sentença e a Graça de um governo que busque viver o tempo de Deus. É olhar o desejo concreto do Pai para Igreja.Vamos às urnas, com fé e ética, escolher o melhor para o Brasil. Redação
SUMÁRIO 10 ENTREVISTA René Breuel, missionário da Sepal diz que liderança deve atentar-se com realidade local, ao implantar uma nova igreja 16 EXPOCRISTÃ Últimos Preparativos para o maior evento de produtos e serviços cristãos da América Latina, que acontece em setembro no Expo Center Norte de São Paulo 24 EDUCAÇÃO Colégios cristãos em crise. Enquanto alguns lutam para se livrar dos calotes, outros comemoram boa fase 28 POLÍTICA De olho em seu voto. Políticos buscam votos de evangélicos enquanto pastores pregam consciência eleitoral entre os crentes 41 EQUIPAR 42 ADMINISTRAÇÃO Empresas criam sistemas e serviços para auxiliar na administração, controle de membros e finanças das igrejas 48 LANÇAMENTOS
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SEÇÕES 6 – Epístolas Mensagem dos leitores 7 – Agenda Confira o calendário de eventos 19 – Igreja Brasil Noticiário Nacional 39 – Igreja Mundo Noticiário Internacional
ARTIGOS 8 – Gestão Ministerial Coluna de Rodolfo Montosa 18 –Ética Coluna de Lourenço Stelio Rega 36 – MUNDO MELHOR Coluna da ONG Visão Mundial 38 – Profissional Cristão Coluna de Mario Simões
Diretor executivo Eduardo Berzin Filho Jornalista responsável Celso de Carvalho assessoria@ebfeventos.com.br Diagramação e Arte Luís Carlos Teodoro Colaboradores desta edição Chefe de reportagem Celso de Carvalho MTB 27189/RJ Reportagem Robson Morais, Vinicius Cintra e Mayra Bondança Assistentes sob supervisão Artigos Rodolfo Mantosa, Lourenço Stelio Rega, Ariovaldo Ramos, Mário Kaschel Simões, Edgard J. C. Menezes e Valdo Romão Tiragem desta edição 30 mil exemplares Distrubuidora
40 – No púlpito Pra. Ezenete Rodrigues do Ministério de Intercessão da Igreja Batista da Lagoinha 47 – Estratégia em ação Coluna de Edgard Menezes 49 – Administração Eclesiástica Coluna de Valdo Romão
Atendimento ao leitor (11) 4081.1760 redacao@ebfeventos.com.br Redação e administração Rua Otávio Passos, 190, 2º andar - Atibaia, SP CEP: 12.940-972 - Telefone: (11) 4081.1760 editorial@ebfeventos.com.br
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e-pístolas carta do leitor
A IGREJA é uma importante ferramenta em meu ministério. Na edição 27 apreciei bastante a entrevista com o pastor Antônio Gilberto, da Assembleia de Deus, sobre a importância do resgate da Escola Bíblica Dominical. Um material que compartilhei com minha liderança. Pastor Virgilio Mateus Domingos Pereira, São Paulo
A IGREJA é muito interessante. Curto bastante a Música e Sonorização. Ela é voltada aos ministérios e gosto muito de estar por dentro das novidades, trazendo coisas que edificam meu ministério. Pastor Mazio Gonçalves Ramos Osasco (SP)
Gosto muito das edições que abordam temas referentes a Escola Bíblica Dominical. A IGREJA traz sempre ideias e atualidades para atrair cada vez mais jovens. Percebo que a revista traz os dois lados do assunto para que o leitor tome as decisões. Deixo como sugestão mais reportagens sobre a importância do Estudo Bíblico.
Sempre acompanho os artigos dos convidados, que sempre abordam temas interessantes. Sugiro a IGREJA que aprofunde um pouco mais as reportagens. Pastor Moises Macedo Carvalhar São Paulo (SP)
A IGREJA é excelente. Classifico como uma das mais importantes ferramentas que abençoa e edifica vidas. Pastor Mauricio Almeida Assembleia de Deus - Ministério São José do Rio Preto (SP)
A IGREJA traz excelentes estudos bíblicos e reportagens sobre os cantores e ministérios. Os testemunhos são sensacionais. Não tenho o que reclamar da revista. Cris Rosa São Bento do Sul (SC)
A IGREJA é uma excelente revista. Os temas são sempre interessantes e bem apurados. Em comparação a revistas do segmento ela é a melhor. Pastor Sebastião Arsênio da Silva Igreja Batista Esplanada Governador Valadares (MG)
FALE COM IGREJA Para fazer comentários sobre o conteúdo editorial, oferecer sugestões e críticas às matérias ou solicitar informações relacionadas às reportagens (desde que autorizadas pelas fontes), escreva para a REVISTA IGREJA - REDAÇÃO, Rua Otávio Passos, 190, 2º andar, Atibaia (SP), CEP 12.942-972; ligue para (0xx11) 4081.1760 ou fax (0xx11) 4081.1788; ou email para revistaigreja@revistaigreja.com.br ou editorial@ebfeventos.com.br. Cartas e mensagens devem trazer nome completo, endereço, telefone e, se possível, endereço eletrônico (e-mail). Por razões de espaço ou clareza, elas podem ser publicadas resumidamente ou editadas.
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ASSINATURA Novas e renovações (0xx11) 4081.1760 SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CLIENTE Para renovação, mudança de endereço e outros serviços ligue para (11) 4081.1760 de segunda à sexta das 8h às 18h, ou envie uma mensagem para sac@revistaigreja.com.br PUBLICIDADE Anuncie em Igreja e fale para milhares de líderes e formadores de opinião em todo Brasil. Ligue para (11) 4081.1760 ou envie uma mensagem eletrônica para a equipe comercial. GERENTE COMERCIAL Samuel Crisostomo (0xx11) 4081.1760 samuel@ebfeventos.com.br SUPERVISOR COMERCIAL Rogério Maciel rogerio.maciel@ebfeventos.com.br (0xx11) 4081.1760 EXECUTIVO DE CONTAS Paulo Eduardo (0xx11) 4081.1760 paulo.eduardo@ebfeventos.com.br Francisco Soares (0xx11) 4081.1760 francisco.soares@ebfeventos.com.br Douglas Balmant (0xx11) 4081.1760 douglas.balmant@ebfeventos.com.br Nadja Soares (0xx11) 4081.1760 nadja.soares@ebfeventos.com.br Ana Paula Marques (0xx11) 4081.1760 ana.marques@ebfeventos.com.br PORTAL CREIO Oseias Brandão (0xx11) 4081.1760 oseias@ebfeventos.com.br REPRESENTANTE Carlos Rodnei Vasconcelos (0xx11) 8585.3409 ID Nextel: 86*29764 comercial.sp@ebfeventos.com.br CONTATO RIO DE JANEIRO Samuel Oliveira (0xx21) 7836.5167 (0xx21) 2752.6765 ID Nextel: 46*21327 samuelrio@ebfeventos.com.br PUBLICIDADE Secretárias Ana Paula Giovanelli anapaula@ebfeventos.com.br (0xx11) 4081.1760 Franciely Moraes franciely.moraes@ebfeventos.com.br (0xx11) 4081.1760 MÍDIA Joice Camargo (0xx11) 4081.1760 midia@ebfeventos.com.br MARKETING E PROJETOS ESPECIAIS Priscila Móra marketing@ebfeventos.com.br (0xx11) 4081.1760 IGREJA ON LINE Receba em seu computador os destaques da próxima edição. Cadastrese hoje mesmo, enviando uma mensagem para igrejaonline@ revistaigreja.com.br LICENCIAMENTO DE CONTEÚDO Para adquirir os direitos de reprodução de textos e imagens veiculados na revista IGREJA (desde que autorizados pelas respectivas fontes), ligue para (0xx11) 4081.1760 de segunda à sexta das 8h às 18h, ou envie uma mensagem para revistaigreja@revistaigreja.com.br
agenda
QUINTO ENCONTRO RENAS A Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS) vai realizar de 12 a 14 de agosto, em Recife (PE) o V Encontro Nacional da RENAS. A programação conta com preleções do sociólogo Paul Freston e diversas oficinas e seminários ministrados por líderes de organizações sociais e igrejas locais. Esse será o quinto encontro nacional da RENAS. O último aconteceu no Rio de Janeiro em agosto de 2009 e reuniu mais de 350 pessoas. O tema foi “A Igreja de Cristo promovendo a Justiça” e contou com o teólogo Ronald Sider como preletor oficial. Inscrições e programação completa no site: www.renas.org.br
15º CONGRESSO NACIONAL PARA SOLTEIROS E SEPARADOS O Ministério Apoio promoverá entre os dias 20 e 22 de agosto o 15º Congresso Nacional para Solteiros, Separados, Divorciados e Viúvos. O encontro acontecerá em Aracajú (SE) no Aquarios Praia Hotel. Preletores são: Danilo Gujral (Portugal); Zelita Chaves da Silva; Veranice G. de Paula Lima. Inscrições pelo site www. ministerioapoio.com.br
OITAVO LABAREDAS DE FOGO De oito a 10 de outubro no Centro de Convenções da Univale em Governador Valadares (MG). Participação dos apóstolos René
Terra Nova, Flamarion Rolando, Silas Malafaia e Jorge Linhares. Inscrições pelo telefone: (33) 3272.4080 ou www.labaredasdefogogv.com.br
ENCONTRO DE CASAIS De 12 a 15 de novembro a Igreja Batista Independente de Sorocaba realiza em Poços de Caldas (MG), o Retiro de Casais no Hotel Shelton Inn. O preletor será o pastor Silmar Coelho, conferencista, escritor sobre casais. O congresso custa R$ 600 com pagamento facilitado. Informações: (15) 3231 4165 ou (15) 3318 7919
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gestão ministerial Rodolfo Montosa www.institutojetro.com.br
Pastor, administrador de empresas e diretor do Instituto Jetro.
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A Ética do Reino de Deus Tomamos incontáveis decisões todos os dias
de nossas vidas. Quer seja na vida pessoal, nos negócios, dentro do ministério, ou mesmo diante da sociedade. Somos sempre desafiados a tomarmos posicionamento, estejamos conscientes, ou não. Toda decisão por uma determinada opção em detrimento de outra acontece com base em nosso conjunto de crenças e valores do que pensamos ser certo, ou errado. A isso chamamos de ética. A palavra “ética” vem do grego ethos que significa modo de ser, caráter, comportamento e inclui hábitos, costumes e práticas. A ética não nos faz entrar no Reino de Deus, mas o Reino apresenta uma ética própria e bem definida. Certa vez, um mestre da Lei chegou para Jesus perguntando qual seria a lei, ou mandamento, mais importante. Dentre muitos padrões éticos exigidos na Bíblia, Jesus apresenta um resumo (Marcos 12.30-31) que nos ajuda a entender os fundamentos da ética do Reino de Deus. Vamos entender os três pilares da ética do Reino: 1. A ÉTICA PARA COM DEUS (“ame a Deus”) – aqui está o comportamento mais importante apresentado por Jesus recitando o Pentateuco (Deuteronômio 6.5). O comportamento citado é de amarmos, em primeiro lugar, o Senhor com tudo o que temos e somos. De fato, o temor ao Senhor é o princípio de toda a sabedoria para se viver (Jó 28.28; Salmo 111.10; Salmo 112.1; Provérbios 1.7; 9.10; Eclesiastes 12.13). Sem o comportamento correto diante de Deus jamais teremos o comportamento correto perante o outro e em relação a nós mesmos. 2. A ÉTICA PARA COMIGO MESMO (“ame a si mesmo”) – de um lado, vemos muitas pessoas que não se amam, não se cuidam, agridemse a si mesmas com palavras ou fisicamente. Por outro lado, vemos muitas pessoas que se cuidam com tanta intensidade como se fossem os únicos
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seres humanos sobre a face da terra. Vão ao extremo da vaidade e da busca insaciável da estética e do bem estar. Mas, amor próprio, segundo a ética do Reino, deve ser equilibrado. O primeiro fundamento para o equilíbrio do amor próprio está na compreensão e aceitação do grande amor que o Pai Celestial tem por mim (João 15.16; 1 João 4.10 e 19). Quando entendemos a profundidade do amor do Senhor por nós somos libertos de todo desamor próprio. O outro fundamento é que devo amar a mim mesmo na mesma intensidade que amo ao próximo. Quando compreendemos que a ética do Reino inclui o outro no mesmo nível que o amor próprio, somos libertos de uma vida egoísta, hedonista e utilitária em relação aos outros. 3. A ÉTICA PARA COM O OUTRO – as relações sociais são muito desafiadoras para o comportamento ético. Na perspectiva humanista, implica em não fazer ao outro o que não gostaríamos que o outro fizesse conosco. A perspectiva cristã vai além e significa fazer ao outro o que queremos que o outro faça a nós. Alguns verbos são tão poderosos quanto desafiadores: perdoar, ouvir, tolerar, apreciar, suportar, abençoar, respeitar, submeter-se, compartilhar, dentre muitos outros. Na verdade, inúmeros são os textos bíblicos que trazem o padrão ético do Reino de Deus para nosso comportamento em relação às outras pessoas (Atos 4.32; Romanos 15.1; 1ª Coríntios 13.7; Gálatas 6.2; Efésios 4.2,3; 5.1-2; Filipenses 2.3; 1ª Tessalonicenses 5.14; 2ª Timóteo 2.24-26; Tito 3.2). Afinal, Deus me ama, mas ama o outro também! A maior revelação do padrão ético do Reino de Deus pode ser visto e estudado na vida de Jesus. Uma pergunta muito simples que poderia nos ajudar a encontrar o comportamento ideal em cada circunstância, segundo a ética do Reino de Deus, seria: em meu lugar que faria Jesus?
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entrevista René Breuel Foto Divulgação
Uma nova igreja faz o serviço completo: alcança, discipula, forma liderança, e se multiplica.
À exemplo de Paulo René Breuel, missionário da Sepal, diz que liderança, ao plantar uma nova Igreja deve estar contextualizada com a realidade local por Robson Morais
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ma leitura bíblica indica Paulo como grande missionário de seu tempo. Ele pode ser considerado não só o maior teólogo do cristianismo, como também o maior missionário citado nas
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Escrituas. Ele teve visão teológica mesclada a um olhar vocacionado com desejo de fazer a Igreja crescer de forma harmoniosa. O reverendo Augusto Nicodemos define que Paulo era motivado por suas convicções missionárias e ‘sua ação era o resultado dessas convicções’. São
estas motivações de Paulo que devem nortear as lideranças a plantar novas frentes missionárias. Os tempos são de maior dificuldade, como analisa Renê Breuel, missionário da Sepal formado em administração de empresas e mestre em divindade pela Regent College, no Canadá. Mas não
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só o tempo é um fator complicador para que a semente do evangelho seja plantada e cultivada por diferentes séculos. Breuel aponta, dentre outros perigos, a falta de bagagem intelectual de novos plantadores, além do ego que marca a nova geração por intrigas e rachas denominacionais. Desenvolvendo uma frente missionária na Itália, o jovem missionário que como evangelista e pregador foi professor de Teologia na Faculdade Latino Americana de Teologia Integral (Flam), membro da Aliança Bíblica Universitária (ABU) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), coordenador de missão integral e evangelística na Comunidade Batista em Moema, em São Paulo, diz que resolveu estudar os modelos adotados no Brasil de plantação de novas igrejas, após vocação em sua igreja local. Em seu levantamento Breuel diagnosticou alguns formatos comuns usado na hora de plantar um novo templo: “Uma nova igreja pode organizar-se para alcançar diferentes populações-alvo, assim como há igrejas segmentadas por estilo de vida ou tribo, como para surfistas e skatistas. Um outro modelo, ainda dentro do paradigma população-alvo, é o de paróquia, fortemente vinculada ao bairro onde serve”, explica. O missionário destaca ainda igrejas no modelo de independência, onde há trabalhos e locais de culto, mesmo sob gerencia da sede. “Uma Igreja que recebe recursos se torna uma ferramenta que gera recursos”. À IGREJA ele atenua o papel dos seminários, que segundo ele tem têm papel fundamental na
formação de plantadores de igrejas, pois plantadores, como define, são teólogos na linha de frente. “Todo plantador deve fazer um estágio em uma nova igreja antes de procurar liderar um novo projeto”. Como surgiu o desejo de estudar o fenômeno de plantação de igrejas? A que resultados você chegou? O desejo de estudar e envolver-me no mundo de plantação de igrejas surgiu como um produto de duas paixões centrais em minha vida e vocação: a igreja local e o evangelismo. Creio que a igreja local é o agente de Deus na proclamação e encarnação do seu Evangelho no mundo. Como Bill Hybels disse, a igreja local é a esperança do mundo. A segunda paixão que desembocou na plantação de igrejas é derivada da primeira. Quando você junta essas duas realidades, surge à alegria dupla de evangelizar e gerar novas igrejas. E a plantação, além de ser a maneira central de evangelizar no Novo Testamento, é considerada por muitos a maneira mais eficaz de proclamar o Evangelho também. C. Peter Wagner afirma que “a plantação de igrejas é o método evangelístico mais efetivo conhecido debaixo do céu.” Uma nova igreja faz o serviço completo: alcança, discipula, forma liderança, e se multiplica. Quais os modelos de plantação de Igrejas mais comuns e as peculiaridades de cada um? Uma nova igreja pode organizar-se para alcançar diferentes populações-alvo. Ela pode querer
alcançar o bairro ou focar em certa geração Há igrejas segmentadas por estilo de vida ou tribo. Outras procuram uma congregação multicultural, de pessoas de diferentes etnias a panos de fundo. Modelos de paróquia, e muitas congregações nascem e tornam-se igrejas independentes. Uma nova igreja pode começar com estratégias e bases de recursos diversas. Um modelo de cima para baixo, por exemplo, começa com um núcleo de crentes já existentes e com quantidade grande de recursos. Nesse modelo o plantador deve ter habilidade na liderança de grupo e em público, o núcleo base deve ser formado quase que do nada, e o plantador precisa ser forte no um a um. Você ressalta uma nova missiologia e nova estratégia evangelística, baseada no evangelismo como prova de vida. O que seria? Essa nova missiologia e estratégia evangelística têm surgido a partir do reconhecimento de duas grandes mudanças em nosso contexto de missão. Em primeiro lugar, de modo geral, na pós-modernidade não atuamos mais no modelo de cristandade, em que o Cristianismo é a religião predominante e oficial na sociedade. Agora ele é visto como mais uma entre várias religiões, e as pessoas crescem sem um pano de fundo cristão. Precisamos estudar maneiras para comunicar o Evangelho de forma atual. A segunda mudança de contexto é que nosso mundo tornou-se mais urbano que rural, ou seja, mais de 50% da população do mundo vive em cidades, e mais de
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80% no Brasil. Por causa disso, o paradigma dos anos 80 e 90 de edificação de mega-igrejas, ainda que útil, não é suficiente. Uma grande igreja não é suficiente para alcançar São Paulo, nem menos Chapecó, Piraporinha, ou Jequié. O que precisamos é a saturação de cidades com igrejas que se multiplicam. Quais os riscos e pontos a serem observados na plantação de uma nova Igreja? Existem riscos diversos. A necessidade de se entender o contexto de atuação; a formação de novas lideranças; o desenvolvimento de uma igreja balanceada e não só forte nos pontos de interesse do pastor; a influência negativa de pessoas demasiadamente carentes emocionalmente ou que pulam de igreja em igreja, e acham que em uma nova igreja vão conseguir fazer as coisas como querem. De que forma a nova Igreja sabe que está no caminho certo em sua plantação? Muitas vezes nos baseamos em indicadores mensuráveis, como número de pessoas, qualidade do
prédio que usamos receita financeira, entre outros, mas indicadores mais importantes que esses são aqueles que indicam a vitalidade espiritual de uma nova igreja. Há um senso palpável da presença de Deus em nossas reuniões, e um temor e respeito diante dele? Estamos nos convencendo do nosso pecado e nos arrependendo continuamente? No Brasil, qual método mais comum para plantação de Igreja? Há método indicado? Vejo vários desses modelos sendo usados, mas talvez não haja um método mais predominante. Penso que o melhor método depende da realidade local, e dos dons, pessoas e recursos de um projeto de nova igreja. Mas podemos apontar com certeza o pior método, que é infelizmente muito comum: a fundação de novas igrejas a partir de rachas e divisões dentro das existentes. O DNA de uma igreja que começa com a visão compartilhada de multiplicar-se e alcançar pessoas novas é com certeza diferente do DNA de uma igreja que se define em oposição à outra igreja, e que traz cicatrizes emocionais e relacionais. A diversidade cultural e social é utilizada na plantação de novas Igrejas ou os líderes apenas imitam costumes e modelos importados ou prédefinidos? Por incrível que pareça, reproduzimos costumes e modelos pré-definidos mais do que nos damos conta. Ainda existem igrejas de teto pontiagudo, próprias de países
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onde se neva, e com freqüentadores de terno e gravata, no meio do nosso calor tropical, por exemplo. É claro que não há nada de errado usar terno e gravata, mas isso deve ser feito de forma pensada e deliberada, e não só porque assim é a tradição que recebemos. Louvo a Deus porque existem igrejas nos mais diversos contextos no Brasil, por mais precários ou distantes que sejam, mas devemos ser capazes de transpor mais barreiras sociais e econômicas dentro de igrejas locais também, para ilustrar como Cristo derrubou todas as barreiras que nos dividem. No Brasil há casos de super concentração de igrejas em determinadas regiões e, enquanto isto, outros locais, como regiões do Nordeste, carecem de voluntários. A que se deve isto e como equilibrar este quadro? Existem áreas realmente com menos igrejas, como o sertão nordestino e a serra gaúcha, por exemplo, nossas denominações precisam focar melhor nessas áreas. Entretanto, eu não me preocuparia com a concentração de igrejas, acho até que algumas áreas devem ter um número desproporcionalmente maior de igrejas mesmo. Devemos concentrar-nos em saturar nossos maiores centros urbanos com igrejas que possam também usar para Cristo a influência que esses centros têm sobre o resto do país. Você acredita que no Brasil o trabalho de plantar novas Igrejas esta sendo feito corretamente? Existem com certeza muitos
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trabalho de plantação de igrejas sendo feito de forma planejada, inteligente e contextualizada. Entretanto, temos sempre que nos questionar se o que estamos fazendo é em sintonia com o contexto onde estamos atuando, ou se estamos reproduzindo modelos pré-estabelecidos, que podem ou não ser os melhores, sem nos darmos conta. Outro grande perigo é reprodução de igrejas em alguns círculos sem a preparação necessária, tipo franquia. Jovens com habilidade de falar em público são rapidamente recrutados e colocados à frente sem o devido treinamento teológico. Outro ponto: a falta de bagagem intelectual dos plantadores devido ao não aprofundamento em seminários. Qual o papel do teólogo neste ensinamento? Os seminários têm papel fundamental na formação de plantadores de igrejas, pois plantadores são “teólogos na linha de frente,” pessoas que procuram explicar o Evangelho a pessoas que o desconhecem ou rejeitam. Por isso eles devem ser hábeis para manusear a Palavra, entender a cultura e seus ídolos, e mostrar como é a alternativa de Cristo. As igrejas locais também têm papel fundamental na formação prática e pastoral dos plantadores. Penso que todo plantador deve fazer um estágio em uma nova igreja antes de procurar liderar um novo projeto. O que torna um indivíduo um bom plantador de Igrejas? Características pessoais fundamentais são oração, vitalidade es-
piritual, integridade, chamado, vida familiar, disciplina, humildade. As habilidades ministeriais listadas são liderança, evangelismo, administração, pregação, desenvolvimento de uma filosofia de ministério, treinamento de líderes. Por fim, temos as características interpessoais: flexibilidade, ser amigável e afirmar outros, estabilidade emocional, sensibilidade e dinamismo. Dessa lista, destaco um fator muitas vezes minimizado: a vida familiar. A esposa ou o marido da pessoa buscando plantar uma igreja são os melhores espelhos sobre o nosso caráter, motivação e habilidades. Às vezes só eles podem nos dizer verdades que nós mesmos não queremos aceitar. Qual o erro mais comum das lideranças no Brasil? Talvez os erros mais comuns, e graves, não são tanto de técnica ou método, mas de motivação. Algumas motivações não saudáveis são: desejo forte de pregar, mas ninguém oferece oportunidade; frustração com o lugar onde você está e por não poder fazer o que você quer fazer; a pessoa não consegue convite para pastorear uma igreja estabelecida; ânsia de provar alguma coisa; necessidade de ganhar experiência, a plantação de igreja parece uma boa oportunidade; sonho com um ministério grande para alavancar sua reputação. Basta apenas plantar uma nova Igreja? Como fica a questão de sustento? Em quanto tempo a Igreja já tem condição de caminhar com suas próprias pernas?
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A questão do sustento é importante e deve ser levada a sério. Existem muitos pastores que se sacrificam, e sacrificam suas famílias, em projetos que poderiam ser melhor conduzidos. Muitas igrejas começam com pastores bivocacionais que têm outro emprego, e que se sustentam dessa maneira, até que a igreja possa os sustentar, ou com ministério bivocacional como escolha de vocação. Outras igrejas começam de um grupo já estabelecido, mas imagino que a maioria das igrejas começa a partir de uma outra, ou de uma denominação, que faz um esforço conjunto para iniciar uma nova congregação. Nesse caso a responsabilidade pelo sustento fica a cargo da igreja mãe, de um grupo de igrejas, ou do plantador que deve levantar os recursos. Mas não deve haver ilusões: uma igreja nova, que alcança pessoas novas, demora para se estabelecer e se auto-sustentar. De que forma uma igreja recém plantada se difere da sede na conquista de mais adeptos? É claro que igrejas estabelecidas podem fazer um trabalho magnífico de evangelismo e alcance de pessoas, mas estudos indicam que novas igrejas, por sua própria dinâmica interna, são mais eficientes nisso. Novas igrejas não podem se dar ao luxo de não alcançar pessoas novas, porque senão não há igreja! Novas igrejas alcançam melhor nãocristãos, novas gerações, novos residentes em uma área, e novas etnias. Quanto a arrecadação de fundos,
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qual deve ser a estratégia utilizada pela nova Igreja? Além do suporte externo necessário para sustentar um novo trabalho, a nova igreja deve ser intencional desde o começo para tornar-se auto-sustentável. Temos que ensinar os membros desde o primeiro culto sobre a importância de contribuir. Isso é inclusive um sinal de maturidade da igreja e de que as pessoas estão avançando no discipulado cristão. Uma igreja não consegue se auto-sustentar em médio prazo não vai durar, infelizmente. Quem na Bíblia foi um bom plantador de Igreja? O exemplo clássico é o apóstolo Paulo, claro. Ele fundou diversas igrejas e de forma estratégica. Ele formou times que geraram novas lideranças como Timóteo, Tito e Epafrodito. Vemos também outros bons modelos no Novo Testamento, como a campanha evangelística de Filipe em Atos 8 em Samaria, o ministério de Tito em Chipre, a fundação da primeira igreja em Jerusalém por Pedro e os apóstolos no Pentecostes, e, talvez no exemplo mais contagiante de todos, o testemunho de cristãos anônimos em Antioquia, que foi a primeira igreja a transpor a barreira em judeus e gentios. Como tem sido seu trabalho na Itália? Que métodos utiliza? Nossa visão aqui na Itália é plantar uma igreja em Roma, e que com os anos ajude a plantar outras igrejas. Estamos localizados no bairro de San Lorenzo, que é onde está
a maior universidade, que tem 150 mil alunos e é a maior da Europa. Isso faz de San Lorenzo um bairro cheio de vida social, tipo o bairro “do burburinho” em Roma, um lugar estratégico pra alcançar jovens profissionais, jovens famílias e estudantes universitários. Se conseguirmos ter um impacto aqui, isso pode influenciar outras partes da Itália também. Qual a maior dificuldade nesta sua nova missão? O maior desafio é que as pessoas aqui não começam na estaca zero em relação ao Evangelho, mas sim tipo na estava -5 ou -10. Como Roma tem influência tão grande da Igreja Católica, como evangélicos são poucos, menos de 1% da população. Outro grande desafio que estamos encontrando é que os evangélicos, além de serem muito poucos, são muito divididos. Existem denominações brigadas com outras por anos. Isso faz difícil o trabalho de realizar parcerias e trabalhar juntos. Quais os próximos passos? Além desse trabalho de plantação de igreja, estou empenhado também na formação de um fórum apologético online, por enquanto em inglês no endereço wonderingfair.com, que pode ser uma ferramenta para ajudar-nos a alcançar pessoas não-cristãs. A ideia é formar um fórum onde as pessoas podem dialogar sobre o conteúdo e a relevância da fé cristã para hoje, e que possam indicar a amigos não-cristãos para começar ou avançar conversas sobre assuntos espirituais.
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expocristã
Encontro de líderes EXPOCRISTÃ reunirá num único local os principais líderes do Brasil e últimos lançamentos da música e literatura
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aterial para Escola Bíblica Dominical, livros teológicos, palestras e mensagens profundas sobre o crescimento da Igreja. Estes são alguns dos itens que podem ser encontrados na EXPOCRISTÃ, o maior evento de produtos e serviços da América Latina, que neste ano acontecerá de 07 a 12 de setembro no Expo Center Norte, em São Paulo. Realizada pela EBF Comunicações, a nona edição promete superar as expectativas. Em 2009, 153 mil pessoas visitaram as dependências do local. Neste ano grandes líderes brasileiros e internacionais já confirmaram presença. O conferencista e escritor Silas Malafaia fará, no dia 08 de setembro, a celebração inaugural junto com o Cimeb, do pastor Jabes Alencar. Um café da manhã celebrará a unidade e trará uma reflexão à Igreja Brasileira. Outra presença de peso será a do escritor internacional Philip Yancey. Ele promoverá uma tarde de autógrafos no dia 09. Formado na Columbia Bible College ele aproveitará a visita ao país para participar de jantares, encontros com lojistas e livreiros e lançará livros. No setor fonográfico, o vice-
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Foto Décio Figueiredo
presidente de vendas, Jimmy Wheller e Lesley Caraway, diretora internacional da Provident, a maior gravadora dos Estados Unidos, já confirmaram visita. Eles participarão do Congresso Consumidor Cristão/Anle e visitarão o estande da Sony Music. Para o presidente da EBF
Comunicações, Eduardo Berzin Filho, a EXPOCRISTÃ dá subsídios para o crescimento da Igreja Brasileira. “ A EXPOCRISTÃ permite o aprimoramento dos líderes e desenvolvimento do setor. Este evento celebra a unidade e desenvolve o evangelismo”, finalizou.
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Dia 07: [terça-feira] Lojistas e líderes - das 12h às 21h Dia 08: [quarta-feira] Lojistas e líderes - das 12h às 21h Dia 09: [quinta-feira] Lojistas e líderes - das 12h às 21h Dia 10: [sexta-feira] Aberto ao público em geral - das 12h às 22h Dia 11: [sábado] Aberto ao público em geral - 10h às 22h Dia 12: [domingo] Aberto ao publico em geral - 10h às 19h
PREÇOS DOS INGRESSOS Entrada Gratuita para pastores, lojistas, crianças até 12 anos e adultos acima de 60 anos.
Localização: Próximo a Marginal Tietê, Expo Center norte e Parque Anhembi, fácil acesso à saída das principais rodovias. (Dutra, Fernão Dias, Ayrton Senna, Anhanguera, Bandeirantes)
Distância de aeroportos: Aeroporto Internacional de Cumbica (Guarulhos) - 13 km Aeroporto de Congonhas - 18 km
COMO CHEGAR A EXPOCRISTÃ Terminal de ônibus Tietê/ Estação Metrô Tietê Um serviço gratuito de microônibus ligará o Terminal Tietê ao Shopping Center Norte, vizinho ao centro de exposições. O trajeto de táxi dura até dez minutos. Terminal de ônibus Barra Funda Desça no terminal de ônibus Barra Funda e acesse o metrô até a Estação da Sé. Lá faça uma baldeação e troque para a linha Norte-Sul sentido Tucuruvi. Desça na Estação Tietê. Rodovia Castelo Branco/Anhanguera Pegue a Marginal Tietê, entre a Ponte das Bandeiras, contorne a Praça Campo de Bagatelle seguindo em frente, entre à direita da Rua Santa Eulália, atravesse a Rua Voluntários da Pátria e a Avenida Cruzeiro do Sul. Chegando à Avenida Zake Narchi, entre a direita na Avenida
Otto Baumgart e em seguinte à esquerda na Rua José Bernardo Pinto.
ESPAÇO KIDS A Aliança Pró Evangelização das crianças (APEC) estará na 9º edição da feira para cristãos com um estande próprio. Além do estande com publicações, a Apec terá um espaço especial, que será um diferencial desse ano, o Espaço Kids. Com programação de hora em hora, durante várias vezes ao dia, crianças que visitarem a EXPOCRISTÃ, poderão ouvir histórias, treinar a memorização de versículos bíblicos.“Queremos promover o evangelismo o ensino bíblico da palavra às crianças”, conta o pastor Natanael C. Negrão, da entidade que dá apoio evangelístico a crianças e ao adolescente.
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ética Lourenço Stelio Rega
www.etica.pro.br
Pessoas boas Teólogo, eticista, educador e pastor, diretor da Faculdade Teológica Batista
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também sofrem?
Nos últimos artigos desta série estamos estudando a teologia e ética do sofrimento procurando demonstrar que o próprio sofrimento é um componente natural da vida, pois pode se originar nas próprias limitações do dia-a-dia ou mesmo como resultado de nossos atos. Hoje poderemos avançar mais um pouco na compreensão do tema. A Bíblia mostra, por diversas ocasiões, que o sofrimento pode surgir como um meio para o desenvolvimento de virtudes em nossas vidas. Em Romanos 5.3-5 o apóstolo Paulo nos ensina que devemos ser “felizes nas tribulações; sabendo que a tribulação produz paciência; a paciência produz experiência; e a experiência produz a esperança; e a esperança não confunde ...” Em outras palavras, o sofrimento (tribulações) germina em nós características próprias para uma vida equilibrada. Neste sentido Paulo falou aos gálatas que ele sofria por eles até que Cristo fosse formado em suas vidas, isto é, ele investia na formação do caráter cristão deles de modo que espelhassem o caráter de Cristo. Não se aprende a ter paciência, esperança ou mesmo a amar as pessoas indesejáveis lendo um livro ou tomando algum comprimido. A didática para isso envolve a aprendizagem pela experiência, pela vivência prática. O que Paulo nos ensina é que, ao sofrermos, poderemos avaliar as condições que estamos enfrentando e obter as lições que daí podemos tirar.
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(parte 4)
Os chineses e japoneses (no kanji) possuem a palavra wei-ji que é traduzida por “crise”. “Wei” significa “risco, perigo” e “ji” oportunidade. Assim, a crise, mesmo trazendo sofrimento, tem duas facetas – risco e oportunidade. Sempre temos lições à aprender com as crises e sofrimentos. Assim é possível aprender que, muitas vezes, os problemas e sofrimentos que temos revelam áreas deficientes em nossa vida emocional e espiritual, que precisam ser aperfeiçoadas. Por exemplo, a ira pode revelar que não entregamos nossos bens e direitos a Deus, e, quando alguém os ameaça, ficamos irados pois algo está nos sendo tirado; a irritação com alguma pessoa ou situação poderá indicar que não estamos permitindo que Deus possa trabalhar em alguma área de nossa vida que precisa de aperfeiçoamento. Seria como em um tratamento dentário fôssemos impedindo o dentista de mexer em nossa boca porque incomoda. Nestes casos, os sofrimentos poderão nos ajudar a identificar as áreas que ainda não se assemelham a imagem de Cristo, funcionando assim como SINTOMAS (veja Colossenses 1.24; 3.10), à semelhança dos males físicos. Uma dor de dente indica algum problema ao qual necessitamos dar atenção e acaba nos levando à cadeira do dentista. Vamos lembrar que “todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus”. Assim, temos aqui o sofrimento corretivo ou didático que objetiva transformar nosso caráter à semelhança de Cristo, o varão perfeito (Gálatas 4.19).
igreja mundo
Hermanos coloridos Senado argentino aprova casamento entre pessoas do mesmo sexo
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Argentina foi o primeiro país da América Latina a aprovar o casamento gay. O resultado foi considerado polêmico e dividiu a opinião pública do país. A sessão do Senado que aprovou a iniciativa durou 14 horas e envolveu intensos debates entre parlamentares ligados ao governo de Cristina Kirchner. As discussões mostraram senadores contrários e favoráveis ao projeto tanto no bloco governista quanto na oposição. Claudio Morgado, diretor do Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (Inadi), que assistia aos debates entre os senadores, deixou o prédio e dirigiu-se aos manifestantes pedindo que defendessem seus pontos de vista “da melhor maneira possível e com argumentos sólidos”, mas evitando confrontos. Integrantes da Aliança
Foto Divulgação
Cristã de Igrejas Evangélicas (Aciera) e a Federação Confraternização Evangélica Pentecostal (Fecep) protestaram e pediram ao governo que convoque um referendo para saber a opinião da população. “Apoiamos a ideia do plebiscito. A sociedade deve ser consultada e o governo tem que escutar seus eleitores”, disse Rubén Proietti, chefe da Aciera.
Caim na pele de Smith Depois de Denzel Washington que produziu e protagonizou O Livro de Eli, Will Smith levará para a tela do cinema o contexto bíblico. Segundo a imprensa americana, o ator resolveu investir em um novo projeto e viverá Caim, no longa nomeado de
The Legend of Cain, que também será produzido por ele, em parceria com dois sócios, além de sua mulher, a atriz Jada Pinkett Smith. Inspirado na história bíblica de Abel e Caim, a trama também deve ter um toque dark.
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igreja brasil
O outro lado da história Em biografia Marília Cesar retrata uma Marina Silva coerente com seu discurso Foto Divulgação
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epois de rejeitar o convites de várias editoras, a senadora, Marina Silva, aceitou o desafio da Mundo Cristão de ter sua história publicada. A missão coube a jornalista Marília de Camargo César, reconhecida por ‘Feridos em Nome de Deus’ que após um semestre de entrevistas e visita ao seu estado, Acre, lança a obra Marina – a vida por uma causa. “A vida dela é muito inspiradora”, declarou a autora. Nascida em uma região de seringal, foi alfabetizada ao 16 anos e chegou a ser
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desenganada pelos médicos, após contrair por três vezes malária, hepatite e leishmaniose. Enfrentou as dificuldades de um estado esquecido pela União. Conseguiu mudar a sua história que era fadada ao fracasso. Chegou a faculdade, foi eleita vereadora, deputada estadual e senadora. Agora tenta, defendendo os ideais de sustentabilidade, à presidência da república. “Em qualquer área da atividade humana há desafios para nossa fé. Sou uma pessoa que não tem o direito de duvidar da existência de Deus”, diz a assembleiana ao lembrar sua trajetória. “Tudo o que ela sempre acreditou, ela continua defendendo. Ela sabe ouvir o outro e mudar de opinião. Marina tem uma coerência com a história dela, desde o começo”, rebate a autora. O livro ‘Marina - a vida por uma causa’ foi lançado em agosto com tiragem de 20 mil exemplares. Com a alta exposição de Marina por conta da disputa eleitoral, acreditase que o interesse pela obra aumente ainda mais. “Biografias servem para edificar as pessoas pelo exemplo daquele que é biografado” opina Marina.
igreja brasil
Presbiterianos barram Macedo e Waldomiro
Fotos Divulgação
O Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) classificou em assembleia, dia 18 de julho, as Igrejas Universal do Reino de Deus e Mundial do Poder de Deus como seitas. A reunião ordinária contou com a presença de 1,1 mil deputados, representando 292 presbitérios. Entre algumas decisões da sessão ordinária, determinou que o ministro da IPB não tem per-
missão para exercer pastorado em denominações neo-pentecostais. Outra polêmica decisão enquadrou a Igreja Universal do Reino de Deus e a Mundial do Poder de Deus como seitas, com base em uma resolução de 2006. Pela classificação que levou em conta as práticas litúrgicas e doutrinárias, membros oriundos destas denominações deverão ser aceitos mediante batismo e profissão de fé. Outro ponto, visando à padronização visual de suas comunidades, orienta as igrejas a usarem em suas fachadas a logomarca da IPB.
Renas e a transformação da sociedade O 5º Encontro Nacional da Renas (Rede Evangélica Nacional de Ação Social) reuniu 350 pessoas e aconteceu entre os dias 12 e 14 de agosto no Recife (PE). Com o tema: “Transformando a sociedade a partir da igreja local”, a programação contou com preleções do sociólogo Paul Freston, Maurício Cunha. “O evangelho de Cristo não é apenas a única mensagem capaz de mudar e salvar a vida de uma pessoa. Ele é também a singular possibilidade de transformação integral do mundo”, defendeu Clemir Fernandes, um dos coordenadores da Renas. A coordenação da Renas também realizou durante o evento uma campanha de arrecadação de doações para as crianças vítimas das enchentes no Nordeste. A entrega foi simbólica ao projeto Espaços Amigáveis para as Crianças, da Visão Mundial.
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Igreja brasil
Publicada pela Sociedade Bíblica do Brasil em parceria com a Missão Surfista de Cristo (MSC), a nova edição da Bíblia do Surfista reúne os textos do Novo Testamento, Salmos e Provérbios, com encarte contendo testemunhos de personalidades ligadas ao esporte, além da história do ministério internacional do surfe. Esta é a segunda vez que SBB e MSC se unem com o propósito de difundir o Evangelho entre esse segmento. Em 2007, lançaram o pioneiro projeto que disponibilizou 10 mil exemplares do Novo Testamento completo para os surfistas. Muitos dos
novos surfistas profissionais hoje renomados já caíram no mar como cristãos, integrando uma primeira leva de esportistas atingidos pela Palavra de Deus por meio da publicação. A atual Bíblia do Surfista manteve a concepção editorial de ser desenvolvida “por e para” surfistas, incluindo uma linguagem própria desse grupo. Com texto bíblico na Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), a edição foi incrementada com projeto gráfico mais moderno e novos testemunhos de personalidades do surfe nacional. Para a SBB, trata-se de um
Foto Divulgação
Evangelho do Surf
projeto missionário que está afinado com a missão da organização. Ou seja, configura-se em uma união de esforços para levar a Palavra de Deus também a esse público. Inicialmente, serão publicadas 10 mil unidades da nova edição. Mas, futuramente, a intenção é disponibilizar ainda mais exemplares, para alcançar o grande número de integrantes da comunidade brasileira do surfe.
Uso de mídia é diversificado nas igrejas pentecostais O crescimento do pentecostalismo no Brasil não pode ser atribuído unicamente ao uso da mídia. Ele explica o fenômeno em parte, disse o cientista social Paul Freston. “O meio de comunicação não funciona isoladamente, ele está dentro de um pacote maior, que inclui o contato com familiares, vizinhos, colegas de trabalho e também a ida à congregação local”, afirmou Freston em entrevista ao Instituto Humanitas, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Freston citou que há uma diversidade muito grande no pentecostalismo. De um lado, aparecem igrejas que recorrem aos meios de comunicação de massa, rádio e TV de modo especial, como é o caso da Igreja Universal do Reino de Deus, e há igrejas que rejeitam as mídias
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eletrônicas, como a Congregação Cristã, a segunda maior do país em número de frequentadores. Nessas, “o crescimento numérico da igreja ocorre por outros meios, não pelos meios massivos de comunicação. Há casos ainda como o da Deus é Amor, que sempre usou massivamente o rádio, mas não a televisão”, assinalou Freston. O diretor do Programa de Estudos da Religião na América Latina, da Baylor University, lembrou também que nas metrópoles a importância dos meios de comunicação é maior. “A congregação que rejeita o uso dos meios se dá melhor no interior, em cidades menores”, arrolou. A divulgação religiosa no rádio ganhou intensidade no Brasil a partir dos anos 50 do século passado.
Nos anos 70, programas religiosos começam a aparecer na televisão, primeiro com programação vindo do exterior, de cunho pentecostal. “Nos anos 80, transforma-se em uma indústria nacional”, historiou. As novas iniciativas partem, muitas vezes, de igrejas pentecostais recém-criadas, “que surgem com maior desinibição e ousadia”, e que são imitadas, em seguida, pelas igrejas pentecostais mais antigas. Na análise de Freston, a internet possibilita que grupos pequenos, que nunca teriam oportunidade de ter presença televisiva, possam fazer sua divulgação. “Também permite um processo mais democrático dentro de uma determinada igreja, por exemplo, com grupos dissidentes”, mencionou. (Agência Latino Americana de Comunicação)
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educação
Modelo em xeque Enquanto boa parte das Escolas Cristãs no Brasil tentam sobreviver a crise e ao calote, há outras instituições que comemoram boa fase e crescimento Foto Divulgação
por Oziel Alves
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aká, Roberto Justus, Gisele Itié e Itamar Franco. Estes são alguns dos alunos que sentaram em bancos de escolas de
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ensino confessional. Mas este modelo muito reconhecido e elogiado no passado, base para formação de muitos ícones da sociedade atual, hoje enfrenta uma crise de modelo e até de princípios.
Calote, má administração ou falta de um ensino engajado com a necessidade de novos tempos são alguns dos motivos. Mas se para algumas instituições o cenário é devastador, para outras o momento é
de expectativa com crescimento no mercado com uma postura administrativa mais competitiva, profissional, frente a outras instituições do gênero. Há quase duas décadas, grandes instituições de ensino, que outrora foram ícones no cenário educacional brasileiro, começaram a sofrer uma diminuição significativa no número de alunos. Algumas não puderam evitar a falência. Outras, apesar das dificuldades, mantiveram as portas abertas tentando sobreviver das glórias de um passado longínquo. De acordo com o fundador e presidente do Instituto de Pesquisas Avançadas em Educação (Ipea), há cerca de 35 mil estabelecimentos de ensino mantidos pela livre iniciativa no Brasil. Estima-se que 20% dessas unidades possuam orientação religiosa. O lendário colégio Salesiano, Liceu Coração de Jesus, fundado em 1885, considerado durante muito tempo point dos filhos da elite paulistana, é exemplo disso. Há muitos anos, a instituição sofre com a crise. Hoje, com menos da metade dos alunos que um dia já teve, tenta bancar os custos de um magnífico prédio lotado de salas vazias. Só entre os anos de 1995 e 2000, a Associação Nacional de Mantenedoras de Escolas Católicas (Anamec) já havia contabilizado a perda de 20% do seu quadro discente, num montante que ultrapassava a marca dos 200 mil alunos e 130 estabelecimentos fechados. Mas este fenômeno não se resume ao cenário católico. Há quem diga que o problema não
está na confessionalidade da instituição, mas em outros fatores que unidos podem ser considerados os grandes vilões da educação privada na atualidade.
Inadiplência Para o mestre em Ciências da Religião e diretor executivo da Associação Nacional das Escolas Batistas no Brasil (Aneb) fatores como inadimplência, concorrência e empobrecimento contribuíram para a piora do quadro. “A alta inadimplência, favorecida pela lei do calote, que há 10 anos foi implantada no país e, possibilita que pais mudem de escola deixando dívidas”, se defende. Outro ponto citado é a enorme concorrência dos grandes grupos educacionais e da pulverização de pequenas escolas além do empobrecimento da classe. Vieira diz não ter dúvida de que estes são os motivos pelos quais 90% das escolas Batistas espalhadas pelo Brasil, atravessam grandes dificuldades financeiras. A Aneb que foi fundada no ano de 1963 e chegou a representar 120 colégios, hoje tem apenas 85 associados. “Na última década, tem sido fechadas de três a cinco escolas Batista por ano. As que ainda se mantém, o fazem às duras penas”, resume. Felizmente, nem só de fracassos e índices negativos vivem as instituições de ensino. Se para alguns já é hora de puxar os freios e repensar a atuação da escola privada no Brasil, para outros como o diretor executivo da Associação In-
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educação
ternacional de Escolas Cristãs (Acsi) doutor Mauro Fernando Meister, este é um momento propício ao desenvolvimento e crescimento das escolas confessionais no país. “Se formos relevantes, certamente o crescimento virá”. E ao que tudo indica, Meister está com a razão. A Associação que ele preside, foi fundada em 2003 no Brasil, cresce 10% ao ano e já representa em torno de 80 escolas associadas. No mundo já são mais de 5,5 mil escolas e cerca de 1,2 milhão de alunos. “Quase 50% dos nossos associados estão no estado de São Paulo, no entanto, há visível interesse pela abertura de novas escolas e expansão em várias regiões do Brasil”. No último curso realizado pela Acsi para pessoas interessadas em abrir novas escolas, mais de 100 líderes se fizeram presentes. Meister acredita que apesar da secularização do ensino ser uma premissa na sociedade moderna, “Há vários segmentos, que mesmo não confessando a fé cristã, procuram uma instituição que valorize a cidadania, os
valores éticos e o caráter, tanto quanto a preparação acadêmica. Por outro lado, quando a escola se denomina cristã, por laços denominacionais, mas perde a essência de sua vocação, tende a tornar-se medíocre, imitando os cânones das escolas seculares, sem ter um real diferencial a ser mostrado”, uma opinião que de certa forma é compartilhada por Walmir Vieira da Aneb. Para Vieira, as escolas confessionais, de uma maneira geral, relaxaram no seu testemunho cristão, com medo de perder alunos, mas este quadro nos últimos cinco anos tem mudado com o despertamento para se assumir a confessionalidade. “Os batistas, adventistas e outros têm produzido material próprio para o ensino cristão em sala de aula. Os metodistas estão se despertando para a presença pastoral nas escolas. Os presbiterianos assumiram a confessionalidade, adicionando ao nome fantasia de suas instituições a palavra Presbiteriana, o que até pouco tempo não era explicito.” Diante disso tudo, Vieira acredita que ao resgatar a missão confessional, as escolas cristãs experimentarão um tempo de crescimento ou pelo menos de estabilidade.
Planejamento Este é certamente o caso das escolas Adventistas. Investiram pesados na produção acadêmica do seu próprio material, fortalecendo a essência de sua vocação cristã. Atualizaram-se frente às novas demandas educacionais, sem alterar os valores que norteiam sua missão. Hoje, elas
já aparecem entre as melhores do país nos rankings de ensino do MEC. Se sobressaíram em relação às demais, num crescimento que só perde para as redes de cursos pré-vestibulares. Se no começo da década os alunos das escolas adventistas eram cerca de 90 mil espalhados por pouco mais de 200 escolas, em 2009, segundo dados oficiais da União Central Brasileira, este montante fechou em 163 mil alunos e 449 escolas. O segredo deste sucesso, o teólogo, psicólogo e pedagogo, pastor Carlos Alberto Mesa que a partir deste mês deixa o cargo de diretor da Rede na América do Sul, para se aposentar, revela: “Nossa rede cresce de maneira sustentável, porque as novas escolas só são abertas depois de uma ampla pesquisa sócio-econômica e potencial de atendimento à comunidade. A rede não abre escolas para enriquecer, mas para oferecer qualidade de vida às famílias. Embora administrada por uma instituição religiosa, ela possui critérios técnicos bem claros que fazem com que suas unidades não trabalhem com prejuízos. Mantém uma qualidade acadêmica, um projeto pedagógico e uma metodologia de ensino atualizada, além de atendimento personalizado aos estudantes. Todos os nossos materiais didáticos são produzidos pela própria editora adventista, assegurando não apenas qualidade, mas coesão filosófica”. Mesmo sabendo que o problema não é fácil de ser resolvido, é importante lembrar que a introdução de novas tecnologias de educação, a cobrança por instalações cada
Para o pastor Waldir Vieira, escolas relaxaram no testemunho IGREJA | agosto / setembro 2010
Foto Divulgação
vez mais sofisticadas, turno integral com aulas extra-curriculares, pais que cada vez têm menos tempo para acompanhar a educação dos filhos, a necessidade de bons preços e a crescente preocupação com o mercado de trabalho, são variáveis que certamente influenciam toda esta transformação da escola privada no Brasil. Segundo a pesquisadora Valesca da Costa Abranches, professora de Sociologia e História formada pela PUC do Rio de Janeiro para poder atender tal tipo de demanda, as escolas que quiserem ser competitivas terão que se adaptar. “Elas terão que investir maçicamente em tecnologias, instalações e recursos huma-
nos e ainda oferecer uma vasta gama de opções educacionais e atividades extracurriculares”, enfatizou. A sociedade evoluiu. Os pais estão mais exigentes. Enganase quem pensa que só o crescimento da população evangélica no Brasil garantirá o sucesso das escolas confessionais. É preciso muito mais do que isso. As dificuldades econômicas das famílias e a alta inadimplência são os principais fatores que levam estas instituições a falência. Todavia, o mercado é promissor. Bons administradores, que tenham atitudes a frente do seu tempo, certamente conseguirão readequar a escola confessional as novas exigências da modernidade.
Doutor Mauro acredita que o momento é propício para o ensino confessional
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política
Políticos buscam votos entre os evangélicos enquanto pastores pregam uma consciência eleitoral entre os crentes por Marcelo Brasileiro
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á se passaram mais de quinze anos desde que a Associação Evangélica Brasileira (AEB) publicou o “Decálogo Evangélico do Voto Ético”, um documento que trazia recomendações sobre como os crentes deveriam se comportar diante da urna eleitoral. Isso foi em 1994 e o texto ganhou repercussão, sendo veiculado desde em quadros de avisos e boletins das igrejas locais à revistas de circulação nacional. O Decálogo destacava a importância da liberdade de cada membro optar por seu candidato predileto, condenando qualquer tipo de manipulação dentro das igrejas. Era uma tentativa de se estancar o chamado “voto de curral” dentro das denominações. Tentativa
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que, como bem se sabe, não vingou. Às vésperas das eleições, os evangélicos são cobiçados pelos políticos. Principalmente nesse ano onde estão em curso eleições para deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente do país. No cenário da corrida presidencial, os três principais candidatos ao cargo de mandatário maior do Brasil são estratégicos na relação com as igrejas. Procurados pela reportagem da IGREJA, Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PV) e José Serra (PSDB) optaram por não responder às questões sobre legalização do aborto, união civil de homossexuais, liberação de drogas, regulamentação sobre a captação e uso de recursos financeiros recebidos pelas igrejas, política externa com o Oriente Mé-
dio e também sobre a opção de fé de cada um. A recusa tem suas razões: se declarar contra ou a favor aos temas listados acima pode representar um duro golpe às pretensões políticas do candidato. De acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha, é o candidato José Serra que mais atrai o eleitorado evangélico. Ele possui 42% da intenção de votos dos pentecostais e 38% dos não pentecostais. Somados esses grupos representam 23% dos eleitores. Dilma Rousseff tem 33% da simpatia dos crentes pentecostais e tradicionais enquanto Marina Silva, a única candidata que se declara evangélica, tem apenas 13% da intenção de votos dos eleitores pentecostais e tradicionais. Mesmo assim, Marina é a
mais alvejada quando o assunto é religião. Membro da Assembleia de Deus do Plano Piloto em Brasília (DF), dirigida pelo pastor Sóstenes Apolos da Silva, a candidata é frequentemente pressionada dentro e fora da igreja. “Eu tenho identificado isso nos últimos 13 anos em função da minha posição espiritual, o que é muito estranho, as pessoas parecem que a priori já querem te rotular, me parece aí sim um viés de preconceito religioso”, reclamou durante uma entrevista. A candidata já disse ser a favor da união civil do mesmo sexo, desde que isso não obrigue as igrejas a sacramentarem a união em seus espaços. “Existem políticas públicas e nenhuma pessoa pode ser discriminada. Quando se trata de sacramento, reivindico minhas questões de consciência, como no caso do aborto” , declarou, defendendo também um plebiscito sobre a descriminalização do aborto. Marina tem se posicionado contrária ao uso político da fé. “Acho que a gente não pode deduzir a ação dos parlamentares evangélicos a guetos, bancada evangélica ou não evangélica. Somos parlamentares da sociedade brasileira. Se Jesus tivesse vindo só para os judeus, com certeza nós, os gentios, não teríamos sido alcançados”. Já o preferido do eleitorado evangélico é “católico não militante”, como se define o ex-governador de São Paulo José Serra, que não mede esforços para agradar os elei-
tores crentes. No primeiro semestre desse ano ele foi buscar votos no congresso anual dos Gideões Missionários da Última Hora, em Camburiú (SC), um dos principais eventos da agenda pentecostal. Eclético, Serra participou também da Parada Gay da cidade de São Paulo, na edição do ano passado, quando ainda era governador paulista. Na ocasião afirmou não ver problemas em relação à adoção de crianças por casais do mesmo sexo. O tucano tem um grande aliado entre os evangélicos. Ele conta com a simpatia do pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB), com cerca 10 milhões de fieis. Outra ala das Assembleias de Deus, ligada a Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil - Ministério de Madureirafechou com Dilma por influencia de seu presidente, o pastor Manoel Ferreira, que também assumiu a coordenação evangélica da campanha petista. Só entre as Assembleias de Deus lideradas por Ferreira estimase seis milhões de membros. Outra gigante, a Igreja Universal do Reino de Deus, também apoia a campanha de Dilma. Dilma, à exemplo do tucano José Serra, não desperdiça a chance de ganhar votos. No mês de outubro do ano passado ela foi, na mesma semana, ao culto que celebrou os 75 anos do pastor José Wellington Bezerra da Costa, realizado na Igreja Assembleia de Deus no bairro do Belenzinho, na zona leste de São
Paulo e também a missa na Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador (BA), onde, vestida de branco, tomou um “banho de axé” – folhas de aroeira e pingos de água foram jogados em seu corpo. “Eu fui criada no catolicismo, acredito numa força superior. Estudei em um colégio de freira. Sou católica”, explicou. Em 2007, durante uma entrevista ao jornal Folha de São Paulo, disse não ter certeza sobre a existência de Deus. “Fiquei durante muito tempo meio descrente. Acredito que as diferentes religiosidades são fundamentais para as pessoas viverem. A gente não pode achar que existe aquele seu Deus. Eu me equilibro nessa questão. Será que há? Será que não há? Eu me equilibro nela.”
Politicagem Entre os candidatos ao poder legislativos, a politicagem é mais intensa. O pastor Elienai Cabral Junior, da Igreja Betesda do Tatuapé, em São Paulo, conheceu bem o lado obscuro do jogo político. Brasiliense, ele chegou a trabalhar no gabinete de um deputado distrital em Brasília (recente palco de escândalos de corrupção que terminaram com a cassação do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda) e disse que as igrejas evangélicas muitas vezes atuam como corruptoras. “Existe uma cultura política que também envolve a igreja. E essa cultura é de enxergar no político um representante de interesses particulares (da igreja) e não do povo. Então, não demora muito para o político ser acionado para ajeitar situações particulares,
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política Fotos Divulgação
Jorge Pinheiro: Espírito deve nortear mudanças
Elienai Cabral Junior: Diz que as igrejas enxergam no político um representante de interesses particulares
como arrumar emprego, conceder benefícios com verbas públicas, passagens aéreas para preletores, publicação de materiais para divulgação privada, coisas do tipo”, afirma. Ele conta que durante sua experiência como funcionário do gabinete político, foi procurado por pastores que chegavam com ameaças. “Não demorava muito e as pessoas pediam de terrenos à salsicha para o cachorro quente. Eu dizia que o deputado não dispunha de verbas para esses fins. E eles (pastores) diziam que outros dariam. Já ouvi de pastores coisas como, se deputado quer ser eleito na próxima eleição, é melhor ele dar um jeito”. Segundo o pastor, a igreja não deve se preocupar em buscar representantes evangélicos. “Os interesses da Igreja são os interesses do
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povo. Esse é o ideal da igreja, não o contrário. Quando começa a buscar representantes, ela entra num jogo que, a longo prazo, irá corrompêla. É um caminho inevitável”, lamenta. Para Elienai, usar da condição de pastor e líder evangélico para induzir seu rebanho para votar em algum candidato é nefasto. “Como pastor, tenho a obrigação de gerar essa sensibilidade ética na igreja que vai atuar em todas as dimensões. A ética cristã se pulveriza em valores”, afirma. O sociólogo Alexandre Brasil Fonseca, um dos principais pensadores evangélicos do país, acredita que é preciso “relativizar a capacidade de uma igreja na decisão de voto dos fieis”. Ele argumenta que pesquisas indicam que mesmo entre as igrejas que investem mais no lança-
mento e divulgação de candidatos “oficiais”, a adesão dos fiéis por meio dos votos nestes candidatos não chega a 50%. “Esse dado é significativo pelas duas informações que proporciona: Mesmo com toda a campanha e as ‘pesadas estratégias’, nas igrejas que atuam de forma mais agressiva nesse campo, metade de seus fieis não dão o seu voto a estes candidatos! Por outro lado, pensando numa organização social, impressiona a significativa adesão que ocorre, com metade dos fieis votando nos candidatos oficiais”, conta o professor do Laboratório de Estudos da Ciência do Núcleo de Tecnologia Educacional para Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para ele as igrejas poderiam oferecer um enorme serviço à sociedade brasileira ao se apresentar como um espaço plural e democrático para o debate político, não somente na época eleitoral, mas também nela. “Convidar parlamen-
rária (PCO), Rui Costa Pimenta, a igreja acolheu também o então candidato petista Luis Inácio Lula da Silva, que venceria o pleito. “Foi realmente uma experiência rica e inesquecível. Um exercício democrático extraordinário e enriquecedor”, diz Levi, que agora é pastor da Igreja Batista da Água Branca, na cidade de Guarulhos (SP).
Crentes e política Alexandre Brasil: Relativizar a capacidade na decisão do voto
Levi Araujo: Debate cidadão com representantes
tares e pessoas que estão na gestão para debater temas de interesse da comunidade é uma tarefa que deve fazer parte da compreensão de missão e testemunho da Igreja. Penso que esse é um importante caminho para sermos sal e luz na atual democracia brasileira”. Em 1998 o pastor Levi de Araujo, então dirigente da Primeira Igreja Batista de Santo André, no ABC paulista, iniciou um projeto chamado “Segunda Cidadã”, que pretendia debater, às primeiras segundas feiras de cada mês, na sede da igreja, com representantes do go-
verno municipal e estadual programas, os projetos e ações desenvolvidos junto à população. No ano 2000 a igreja organizou um debate com os candidatos à prefeito de Santo André e, dois anos depois, estendeu esse convite para os candidatos aos cargos de governador e presidente do país. “Foi realmente o auge do projeto. Debatemos com todos os candidatos ao governo estadual e convidamos também todos os presidenciáveis, mas somente dois candidatos aceitaram e compareceram”. Assim, além de receber o candidato trotskista do Partido da Causa Ope-
Autor do livro Cristianismo e Política, o bispo Robinson Cavalcanti, da Diocese Anglicana do Recife (PE) explicou que as igrejas protestantes históricas, “herdeiras do avivamento wesleyano”, nunca demonizaram a atividade política, mas sempre defenderam essa participação, “como na luta pela abolição da escravatura, pela separação entre Igreja e Estado, pela República, pela educação mista e técnica, pela adoção da educação física e dos esportes, pela democracia e pela justiça Social”. Segundo Dom Robinson, apenas posteriormente, com a chegada dos pentecostais e missões de fé fundamentalistas, houve uma polarização entre o “evangelho individual” e “evangelho social”, por
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política
forte influencia estadunidense. “Os históricos continuaram advogando uma presença transformadora, aglutinados em torno da Confederação Evangélica do Brasil, até o Golpe Militar de 1964. Foi apenas na década de 1970 que se disseminou no protestantismo brasileiro a heresia do ‘crente não se mete em política’, substituída, depois, pela heresia corporativista do “irmão vota em irmão”. Ele é duro na análise do comportamento dos evangélicos em relação à política partidária. “No lugar de evangélicos políticos, que são cidadãos cristãos a serviço do bemcomum da pátria, temos ‘políticos evangélicos’, corporativistas, despachantes de luxo das igrejas, voltados para dentro, servindo-se do Estado e não a serviço do Estado e da nação”, lamenta. Segundo o jornalista, cientista político e pastor Jorge Pinheiro, da Igreja Batista de Perdizes (São Paulo), os três últimos presidentes do Brasil, Fernando Collor, Fernando Henrique Cardoso e Luis Inácio Lula da Silva, usaram a mesma estratégia para serem eleitos: a aliança com as oligarquias tradicionais do Nordeste e o acordo com os evangélicos nas periferias urbanas do sulsudeste. Correspondente europeu na França para o periódico Via Política, ele cita um artigo de Jean-Jacques Fontaine, publicado no jornal Le Petit Journal, no início de julho. “Fontaine pergunta se não estamos assistindo a ‘talibanização’ da sociedade brasileira. E expõe seus motivos para pensar assim: o destino do
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Bispo Robison: É duro na análise do comportamento dos evangélicos
dinheiro arrecadado pelos pastores não é nada transparente e existe uma disparada na construção de templos. Mas isso é o que se vê, embora se saiba que o dinheiro vai para enriquecimento pessoal e financiamento de campanhas políticas. Basta ver que os evangélicos representam 23% da população, mas já ocupam 35% das cadeiras no Congresso Nacional”. Jorge Pinheiro defende o que chama de “espírito profético”. Para ele, esse espírito deve nortear aos evangélicos rumo às mudanças desejadas nas urnas. “É preciso en-
tender que há na busca permanente da justiça um choque entre necessidades e transformação, criatividade e novidade. Tal desafio não pode ser resolvido por uma pessoa, por mais evangélica e radical que seja. O sujeito da transformação será, em última instância, o sujeito social, as massas em mobilização”, discursa, convocando tanto a esquerda quanto a direita evangélica para a mobilização. “Para que o sonho de Amós aconteça no presente concreto brasileiro: que o juízo corra como as águas e a justiça como ribeiro perene”.
O Decálogo do voto ético I – O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão expressa sua consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o cristão tem de seu País. Estado e Município; II – O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade numa outra direção; III – Os pastores e líderes têm obrigação de orientar os fiéis sobre como votar com ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projeto de manipulação e indução político-partidário; IV – Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar, é organizar debates multipartidários, nos quais, simultânea ou alternadamente, os vários representantes de correntes políticas possam ser ouvidos sem preconceitos; V – A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil, deve levar os pastores a não tentarem conduzir processos político-partidários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos; VI – Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato
de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos, são pessoas lúcidas e comprometidas com as causas de justiça e da verdade. E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses que passam também pela dimensão política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja. Um político evangélico tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um “despachante” de Igrejas; VII – Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um político evangélico votou de determinada maneira, apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguirá alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, concessões de TV, terrenos para templos, linhas de crédito bancário, propriedades ou outros “trocos”, ainda que menores. Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesses, não se pode, entretanto, admitir que tais “acertos” impliquem na prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a “recompensa seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os “reinos deste mundo” por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz;
VIII – Os eleitores evangélicos devem votar baseados em programas de governo, e não apenas em função de “boatos” do tipo: “O candidato tal é ateu”; ou: “O fulano vai fechar as igrejas”. Ou o sicrano não vai dar nada aos evangélicos”; ou ainda: “O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos”. É bom saber que a Constituição do país não dá a quem quer que seja, o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Além disso, é válido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos; IX – Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: “o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto”, é de bom alvitre que, ainda assim, se dê um “voto de confiança” a esse irmãos na fé, desde que ele tenha as qualificações para o cargo. A fé deve ser prioritária às simpatias ideológico-partidárias. X – Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra e Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina”.
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mundo melhor Ariovaldo Ramos
é teólogo e escritor.
Mudar o Mundo com
o Reino de Deus
Ler as histórias e os relatos de Richard Stearms me fez lembrar o período em que fui presidente da Visão Mundial no Brasil, dos muitos lugares em que andei por esse país afora conhecendo pessoas, suas experiências e os projetos de desenvolvimento sustentável desenvolvidos pela organização. Uma lembrança marcante é a de um grupo, no centro oeste, que com apoio da Visão Mundial, organizou uma cooperativa agrícola. As pessoas desse grupo haviam sido resgata36
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das do trabalho escravo e estavam reconstruindo a vida com dignidade, solidariedade e esperança. A lacuna no Evangelho percebido por Stearms – o Reino de Deus que deveria ser realidade aqui e agora para pobres, enfermos, enlutados, crianças, viúvas, órfãos, estrangeiros – é a perda da perspectiva de que somos iguais. A igualdade é uma palavra-chave para fé cristã, pressupõe responsabilidade mútua entre os cristãos, transformando a comunidade cristã num
mundo melhor
relacionamento tal, que todos trabalhem para o bem de todos. A ideia presente neste conceito, e no livro de Richard Stearms, é a de que, na medida em que nos vemos como iguais, entendemos que a dignidade usufruída por um deve ser usufruída por todos, o que, por definição, constrange-nos à solidariedade. Com o crescimento da solidariedade, nós nos damos conta de nossa responsabilidade para com todo o segmento da humanidade que pudermos alcançar. Isso acontece porque, gradativamente, percebemos a imagem de Deus em todo o ser humano, e, assim, percebemos que nossa responsabilidade para com o próximo tem a mesma dimensão de nossa responsabilidade para com os irmãos. Isso torna a pregação do Evangelho uma demonstração de amor sem discriminação, mais do que um discurso, o Evangelho é demonstração de um amor eterno pelo ser humano a ponto de resgatá-lo – da pobreza, da exclusão, da escravidão, da injustiça – não importando o preço. Assim pensa a Visão Mundial, assim pensa-
mos nós. A igreja deve abrir o Reino de Deus para o mundo e deve mudar o mundo com o Reino de Deus. A Grande Lacuna é um desafio urgente a nos envolvermos, a lutarmos pelo bem estar das crianças e de suas famílias; queremos ver meninos e meninas protagonistas das próprias histórias. É um incentivo a trabalharmos por estruturas e sistemas transformados que possibilitem acesso a oportunidades e direitos à terra, ao trabalho e à renda, à moradia, à saúde e à educação. Quanto mais nos envolvermos, mais promoveremos justiça, mais transformaremos a realidade e a vida de quem precisa de plenitude e abundância. Lembre-se: Jesus de Nazaré é a raiz, é o broto da raiz de Jessé. Ele é o Senhor da Casa de Davi e veio para livrar o oprimido das mãos do opressor. Ariovaldo Ramos é teólogo e escritor. Foi presidente da Visão Mundial no Brasil, organização não governamental, humanitária e cristã, de desenvolvimento, promoção de justiça e assistência. Combate às causas da pobreza para que crianças, famílias e comunidades alcancem seu potencial pleno. A Visão Mundial integra a parceria World Vision International, que atua em quase 100 países.
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profissional cristão
Mário Kaschel Simões
www.7montanhas.com.br - contato@7montanhas.com.br
A mudança começa em Empresário, Palestrante, Pastor da Igreja Ágape de Atibaia, Docente Internacional do Instituto Haggai, Sócio-diretor da Escola Internacional Preparando Gerações, Diretor do Instituto 7 Montanhas do Brasil
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Vivemos em um mundo em constantes mudanças. A maioria das pessoas quer usufruir os benefícios das mudanças no mundo, porém não quer fazer nenhum esforço para que elas aconteçam. Charles Kettering disse que “O mundo odeia mudanças, no entanto é a única coisa que traz progresso.” Certo dia, enquanto o Vovô dormia no sofá , um de seus netos muito travesso, colocou um pouco de queijo gorgonzola no seu bigode branco . Sentindo aquele forte cheiro, minutos depois, ele acorda dizendo: “Esta sala está cheirando mal!” Caminha para a cozinha, respira e diz: “A cozinha está fedendo!” Vai para o seu quarto, respira fundo e diz: “Meu quarto está fedendo!” E por fim, ele abre a porta da casa e sai para o quintal, respira fundo e diz: “O mundo inteiro está fedendo!” É verdade que nosso mundo hoje está “cheirando mal” devido a muitos problemas que enfrentamos em diversas áreas. Porém, se cada um de nós fizer a sua parte, e mudar, removendo o “queijo gorgonzola” de suas vidas, consequentemente, o mundo ao nosso redor também irá mudar. Uma única pessoa pode fazer toda a diferença. A história da humanidade mostra que quando Deus decidia realizar alguma mudança no mundo, ele escolhia uma pessoa para fazer isso. Pense em Adão, Noé, Abrão, Moisés, Josué, Ester, Neemias, Davi, Elias, Maria, Pedro, Paulo, Agostinho, Martinho Luthero, William Wilberforce, William Carey, Billy Graham, e o maior de todos, em toda a história: Jesus Cristo! Tenho ensinado com frequência que “Antes de Deus usar uma pessoa para mudar o mundo, Deus precisa mudar o mundo desta pessoa”. A obra de Deus na sua vida é um processo de transformação que perdurará a vida inteira.
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você.
“Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Fl. 1:6). Quais tem sido as áreas que você precisa que Deus mude na sua vida? Será sua vida matrimonial? Relacionamentos? Finanças? Vida espiritual? Saúde física? Estudos? Negócios? Ministério? Você quer que as coisas mudem ao seu redor? Então você precisa mudar! Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. Tenha a disposição e coragem de mudar para ser o exemplo da mudança que você deseja ver nos outros. Não espere que os outros mudem, tome você a iniciativa. - Organize e planeje sua vida e cumpra os compromissos de sua agenda. - Dedique tempo para realizar o que é importante, para não ser refém do urgente. - Invista tempo nas pessoas mais importantes de sua vida. - Separe sua melhor hora para estar com Deus, conversar com ele, e ouvir o que ele tem a dizer, através da leitura e meditação da Palavra de Deus. - Cuide bem de seu corpo, templo no qual Deus habita. Alimente-se bem, faça exercícios regularmente e não deixe de dormir o suficiente. - Desenvolva o hábito de ler bons livros, que sejam fonte de inspiração e motivem sua vida. - Compartilhe com as pessoas ao seu redor os valores e princípios que tem aprendido. Saiba que eles serão eternamente agradecidos pelo seu investimento na vida deles. O famoso escritor, Mark Twain disse: “Daqui a 20 anos você estará mais desapontado pelas coisas que não fez do que pelas que fez.” Prove que ele estava errado. Lembre-se que Deus quer mudar o mundo hoje, e para isso, ele escolheu uma pessoa que pode fazer a diferença... Esta mudança começa em você! Um abraço e muito sucesso!
arqueologia
Mais uma evidência Arqueólogos descobrem templo filisteu na cidade natal de Golias
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rqueólogos em Israel descobriram um templo filisteu no local onde teria sido a cidade natal do gigante guerreiro Golias. As ruínas do templo estão localizadas na antiga cidade de Gath, segundo informou o professor Aren Maeir do departamento Martin de Estudos e Arqueologia das Terras de Israel da Universidade Bar Illan. O templo descoberto tem uma imagem arquitetônica semelhante ao descrito na história bíblica de Sansão, que derrubou o templo do filisteu Dagon
Foto Divulgação
sobre si mesmo. “Nós não estamos dizendo que este é o mesmo templo onde a história de Sansão ocorreu ou mesmo que a história não ocorreu,” disse
Maeir, que dirigiu a escavação no local durante os últimos 13 anos, ao The Jerusalem Post. “Mas isso nos dá uma boa ideia de que a imagem de qualquer um que tenha escrito a história, teria sido de um templo filisteu. “Este é o primeiro templo filisteu encontrado em Gath. Além da descoberta do templo, a equipe também encontrou provas de um grande terremoto do século 8 a.C. que poderia ser o terremoto mencionado nos livros de Isaías e Amós.
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púlpito
Pilar para o ministério Para pastora Ezenete Rodrigues, Ministério de Intercessão deve ter mesmo espaço de outros setores da Igreja Foto Divulgação
por Mayra Bondança
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os 52 anos, pastora Ezenete Rodrigues, líder do ministério de intercessão da Igreja Batista da Lagoinha, vive o resultado da intercessão. Filha de pastor, aos 12 anos teve sozinha em seu quarto, um encontro pessoal com Jesus. Dois anos depois, adoeceu e foi desenganada pelos médicos. “Minha cura veio como uma resposta de intercessão e oração”, conta. A partir daí, inspirada e ‘treinada’ por aquelas que estavam orando por sua vida, tornou-se uma intercessora. Este chamado ela compartilha com outras pessoas. Viaja promovendo workshops, encontros, destacando o papel da intercessão na Igreja. “É o que dá suporte a todos os outros ministérios da igreja, existe para servir e não ser servido.” Seu compromisso com o próximo deu origem ao ministério Restaurando Vidas. Iniciado em sua casa, com o intuito de ajudar e consolar casais separados, pessoas feridas, o trabalho deu origem a Estância Paraíso, um lugar para ministração e cura interior. Existem equívocos no conceito de intercessão por parte das igrejas? O termo intercessão é novo no nosso meio, apesar de sabermos que sempre houve intercessores que, de geração em geração, têm trazido
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Ezenete: Ministério não deve esperar reconhecimento
os sonhos e propósitos do Senhor. Muitos confundem intercessão com oração. Não há como interceder sem orar, mas nem toda oração necessariamente é intercessão. Costumo dizer que a oração é um “namoro com Deus”, a intercessão “é um casamento” um nível mais profundo de intimidade e compromisso. A senhora crê que muitas igrejas tratam o ministério de forma negligente? Não. O Ministério de Intercessão existe para servir e não para ser servido. Se o ministério está dentro desta visão não vai esperar nenhum reconhecimento ou tratamento especial. Ele sempre fica por trás e tem a missão de ser o suporte para todos os ministérios da Igreja. Não precisa de evidências, nem elogios. Como funciona a intercessão nas igrejas nos dias atuais? Seria importante resgatar seu sentido?
Temos visto o despertar da Igreja para a importância da Intercessão. Tenho um pastor, amigo e conselheiro que sempre me fala: Se orarmos durante 22 horas por dia, em duas horas Deus pode salvar, curar e restaurar. Entendemos que se toda a igreja tiver a visão da importância da Intercessão vamos romper cada dia, glorificando o nome do Senhor. Sempre falo que na igreja precisamos ter: o intercessor pastor, os intercessores ministros de louvor, o intercessor diácono, o intercessor zelador, o intercessor tesoureiro, as intercessoras da sociedade de senhoras, os intercessores professores de crianças, adolescentes, líderes de células. Se entendermos que através da intercessão podemos gerar o propósito de Deus para cada área e, o mais importante, caminharmos em unidade como colaboradores, com certeza vamos colher muitos frutos, muitas vidas restauradas para o Senhor.
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administração Fotos Divulgação
Tudo às claras Empresas de informática criam sistema para auxiliar líderes no controle de membros até administração financeira por Mayra Bondança
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e um tempo para cá, as entidades cristãs se tornaram vitrine e motivo de acompanhamento da Receita Federal por conta das movimentações financeiras e isenções fiscais. Um descuido ou falta de atenção e a administração financeira e eclesiástica pode virar uma grande dor de cabeça. Em algumas instituições há conselho fiscal que auxilia, em alguns dos casos com suporte de um contador, acompanha evitando assim qualquer equivoco. Mas, na maioria das entidades, toda administração é centrada na figura do pastor. Além de cuidar
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do ministério ele precisa realizar a gestão administrativa, prestação de contas, entra e sai dos membros. Atenta as necessidades das Igrejas, empresas de informática criaram sistemas que auxiliam desde o controle de membros até o entra e sai de doações evitando problemas de administração até questionamento do Fisco. “Alguns líderes priorizam outras questões como: a pregação, a visitação, a liturgia, a música, pois consideram como questões espirituais e infelizmente não enxergam que a administração também é uma questão espiritual”, observa o pastor Valdo Romão, contador, advogado, teólogo, professor universitário,
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administração
pastor da Igreja Batista do Jardim Iva, em São Paulo, e presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. Para Valdo, a administração deve ser vista com a mesma importância de outros ministérios da congregação e deve ser feita com transparência. Ele ressalta a importância da terceirização do serviço contábil e fiscal para não haver problemas e nem equívocos com a parte legislativa. Mesmo assim, destaca que a participação dos membros nesse ponto não deixa de ser essencial. “Existe uma parcela importantíssima que os irmãos e irmãs podem e devem dar a Igreja, como a lisura no recebimento dos valores,
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manutenção de anotações idôneas, aquisição de bens e equipamentos, realização de cotação de preços”, acrescenta o doutor Gilberto Garcia, advogado, professor universitário, membro do Instituto dos Advogados Brasileiros e autor de obras jurídicoeclesiásticas. Especialistas no assunto, Romão e Garcia já viram Igrejas se complicarem por não darem devida atenção a questões trabalhistas, declaração do imposto de renda e prestação de contas. Para facilitar a vida dos pastores e líderes, as empresas de informática desenvolveram software que fazem a contabilidade e a administração de forma prática e simplificada, acabando com a necessidade de muitos papéis, arquivos e funcionários.
Multiuso O desejo de criar ferramentas para os ministério surgiu, no caso da empresa de tecnologia Soares e Neves, em Mogi Mirim, São Paulo, quando um dos seus sócios percebeu as dificuldades enfrentadas por sua própria congregação nas partes fiscal e administrativa. O que era uma
Gilberto Garcia defende transparência na administração eclesiástica
solução individual se tornou uma necessidade coletiva. A direção contatou um amigo com conhecimentos em informática, atualmente seu sócio, e juntos criaram o Sigi. Este software faz o trabalho de contabilidade exclusivamente para igrejas. “Se o líder não tiver muitas preocupações com a parte fiscal, administrativa e finan-
ceira, a concentração na parte espiritual, nos estudos e mensagens será maior”, declara Maurício Aparecido das Neves, sócio da empresa. O programa faz o controle de membros, visitantes, ministérios, dízimos e até ofertas. Para ser realmente funcional e eficaz, uma pesquisa de campo detectou os principais pontos no cadastro de um novo membro na congregação. Com isto, com ajuda do programa, é possível ao líder, saber o dia do batismo em águas, data de chegada, aniversário, entre outras funções. Além de fazer esta gestão, o software também faz o controle de caixa e seu fechamento para executar a prestação de contas para a Receita Federal. O pastor pode ainda, em um determinado ponto do produto, incluir os compromissos ministeriais e criar ferramenta de controle da Escola Bíblica Dominical. Os custos são apenas de adesão e manutenção. A Cathedral Software, Goiânia (GO) também entendeu as muitas necessidades da gestão ministerial
e criou ferramentas e assessorias para Igrejas. Hoje 90% de seus clientes são representados por igrejas e congregações. O primeiro cliente foi a Assembleia de Deus Ministério Madureira no ano de 1992. A necessidade de um cuidado maior com a parte de finanças e assessoria da congregação fez com que a Cathedral fosse procurada. O Projeto Membros, como é chamado o software, trabalha com controle de membros, ministérios, caixa e ajuda a organizar a declaração do Imposto de Renda. Possui somente um valor de manutenção mensal, variando de acordo com o número de membros da igreja. Sua grande vantagem é o módulo web. Com ele os dados podem ser acessados por qualquer computador, pois se encontram online. “No caso de várias unidades, cada uma tem acesso restrito às informações pertinentes à sua congregação. Somente a sede tem acesso às informações de todas as filiais”, conta Walter Ferreira Junior, especialista de Tecnologia em Informação da empresa. O programa tem atualizações temporárias, de acordo com as necessidades surgidas na própria congregação. Atualmente, a empresa conta com mais de oito mil usuários do Projeto Membros e trabalha também com outros países, além do Brasil.
Dízimo A Delorean, oriunda de Presidente
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administração
é que um é voltado aos católicos e outras a Igrejas evangélicas. Funcionam completamente on-line, não sendo necessário download, nem instalação. É possível fazer a contagem de membros, controlar quantos
Prudente, em São Paulo, criou dois produtos, sucesso de vendas. São eles: o Idízimo.com e o Diziplan.com. Ambos têm o mesmo objetivo: o auxiliar igrejas no controle de dízimos, contribuições. A grande diferença entre os dois sistemas
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deles fizeram contribuições e fechamento de caixa. Os softwares trabalham com gráficos e relatórios estatísticos mostrando metas e objetivos. A empresa ainda oferece um espaço para um hotsite da congregação. O backup do banco de dados é automático e diário. Atendimentos são feitos via Messenger. Seu custo mensal e apenas para manutenção e atualização do sistema. Milhares de congregações em dez estados brasileiros utilizam esses serviços. “A grande dica é fazer sempre uma administração transparente e justa”, aconselha Márcio Rúbio, diretor executivo da Delorean.
estratégia e ação edgard@dpaconsultoria.com.br
Pastores
Edgard J.C. Menezes
podem criar estratégias?
Se criar estratégia significa definir o aon-
de se quer chegar e como, ou, em outras palavras, os objetivos da igreja e as ações para alcançá-los, então a questão é saber até onde pode ir o pastor (e sua congregação) sem passar por cima do que já está definido no Evangelho e anunciado por Deus. Há, por exemplo, o estatuto maior definido pelas convenções, como no caso da declaração do Congresso Mundial de Evangelização, em Lausanne, Suíça, 1974 que apresentou a missão da Igreja como sendo a de levar o evangelho todo para o homem todo, para todos os homens, promovendo a manifestação histórica do reino de Deus como um sinal do que serão o novo céu e a nova terra. Isto define a ação integral da Igreja, que deve estar no mundo como o Senhor Jesus no mundo esteve:
“Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (João 20: 21). Cada igreja tem sua própria maneira de cumprir sua missão, sua filosofia que retrata as ênfases e valores peculiares de cada igreja local. É nesse conceito de filosofia que as comunidades encontram algum espaço para definir suas estratégias. Observemos alguns exemplos. Primeiro a visão de uma igreja batista: “Conhecer o Cristo crucificado e torná-lo conhecido, em todo lugar, por meio da graça”. E a de uma presbiteriana: “Missão: Glorificar a Deus através da proclamação da Palavra, do culto a Deus, da promoção humana e da comunhão” e sua visão: “Cada casa uma igreja, cada membro um ministro”. Por ultimo, no site da Ibab do Pastor Ed Rene, acessando-o tem-se a oportunidade de aprofundamento nessa questão, sendo aqui resumida: “a missão da Ibab é levar o evangelho todo para o homem todo”. Em todos os casos citados vemos ressonância com a Palavra. Concluindo, o fato de ser relativamente limitado o espaço para concepção do “aonde” se quer chegar, o mesmo não acontece no “como” alcançar os objetivos, havendo maior gama de alternativas, pois cada Igreja pode escolher enfatizar um ou outro aspecto até mesmo por conta dos dons recebidos por seus administradores.
Doutor em administração de empresas, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e diretor da DPA.
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lançamentos
Teologia Sistemática de Norman Geisler Ph.D em filosofia, professor universitário há mais de 50 anos, autor, através de uma abordagem filosófica traz conhecimento necessário sobre as principais doutrinas do Cristianismo. Além disso, seus comentários, sobre história, ciência e ética são ideais para quem deseja ter sólidos argumentos apologéticos, contra as heresias do mundo contemporâneo e materialista. No formato 16x23 o produto tem 2,2 mil páginas com capa dura. www.cpad.com.br
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Bíblia à Prova D’água Impressa 100% em material plástico, esta edição do Novo Testamento é à prova d’água e de intempéries. Totalmente impermeável, permite que a Palavra de Deus seja lida em qualquer lugar que o leitor esteja – na praia, à beira da piscina, na chuva e, até mesmo, durante a prática de mergulho –, sem que ocorra qualquer tipo de dano à publicação. O produto traz ainda texto bíblico: Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH) www.sbb.org.br
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administração eclesiástica executivocbesp@uol.com.br
Valdo Romão
Empresa que Contrata
Serviços Mediante Cessão de Mão-de-Obra – Retenção de 11% (Inclusive Entidade Beneficente, Optante pelo Simples e Comunidade Religiosa)
29.12 Modelos de Declarações para Isenção da Retenção de 11%
Advogado, contabilista e diretor executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo. É autor do livro Manual do Terceiro Setor e Instituições Religiosas.
a) Primeiro modelo DECLARAÇÃO Eu, ______________________________________, portador do RG nº ______________, do Conselho __________ ou OAB etc., sócio da empresa ____________________________, com sede na Rua ______________________________, nº ______, bairro _______________, Estado ____________, CEP: ___________, CNPJ sob o nº ________________, declaro sob as penas da lei que a ___(nome da contratante), está isenta da retenção de 11% (onze por cento), por ser o serviço prestado pessoalmente por mim, sócio da empresa, sem o concurso de empregados ou outros contribuintes, conforme preceitua o art. 148, § 2º, da Instrução Normativa nº 3, de 14-7-2005 (DOU de 15-7-2005). Por ser a expressão de verdade, firmo a presente declaração. ______________________________________ (nome do titular e assinatura)
b) Segundo modelo DECLARAÇÃO Eu, _______________________________________, portador do RG nº _____________, titular da ____ (nome da empresa) _____, sediada na Rua ______________________________, cidade _________________, Estado __________ CEP: __________, CNPJ nº ____________, declaro sob as penas da lei que não possuo empregados e que o faturamento do mês anterior foi igual ou inferior a duas vezes o limite máximo do salário-de-contribuição, cumulativamente = R$ 6.077,98 (seis mil e setenta e sete reais e noventa e oito centavos). R$ 3.038,99 (limite máximo de agosto/2008) × 2 = R$ 6.077,98. Diante do exposto, a empresa contratante (nome da empresa tomadora) fica dispensada de efetuar a retenção de 11% (onze por cento) dos serviços contidos em cada nota fiscal, de minha empresa, conforme preceitua o art. 148, § 1º, da Instrução Normativa nº 3, de 14-7-2005 (DOU de 15-7-2005). Por ser a expressão de verdade, firmo a presente declaração. ________________________________ (nome do titular e assinatura)
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lançamentos
Motorola A45 Motocubo
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Notebook HP Envy15-1109br O portátil vem com processador Intel Core i7-720QM, Windows 7 professional, 6 gigabytes de memória RAM, 500 gigabytes de disco rígido, leitor Blue-Ray e lightscribe externo. A tela de LCD mede 15.6 polegadas e vem com câmera integrada, sem falar no leitor de cartão 2 em 1.
IGREJA | agosto / setembro 2010
Câmera de Vigilância CCD Day/Night para Circuito Fechado de TV Câmera Day/Night de 60 à 100 metros, ideal para monitoramento de residência, comércio ou empresa no escuro total, qualidade de imagem digital com alta resolução e infravermelho.
agosto / setembro 2010 | IGREJA
IGREJA | agosto / setembro 2010