Premium magazine nº03

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NOVOS EMPREENDENDIMENTOS Atibaia receberá 11 grandes indústrias e 2 condomínios empresariais

NOVOS EMPREENDENDIMENTOS Atibaia receberá 11 grandes indústrias e 2 condomínios empresariais

HISTÓRIA Saiba como começou o setor industrial

HISTÓRIA Saiba como começou o setor industrial EVENTOS Confira os eventos de destaque em Atibaia

Especial Especial

INDÚSTRIA Representa Representa 30% 30% do do PIB PIB de de Atibaia Atibaia






Carta ao Leitor

Seja bem-vindo

2015!

C

hegamos ao fim de mais um ano. 2014 nos deixou novas experiências e grandes aprendizados. Que saibamos tirar proveito dessas experiências para chegarmos ainda mais fortes em 2015. Nesta edição preparamos um especial sobre a indústria de Atibaia. É motivador saber que, enquanto o mercado nacional se retrai no setor industrial, Atibaia vive um bom momento e conquista grandes empresas que veem a somar ao seu desenvolvimento. Agradecemos a parceria e confiança de sempre, e aproveitamos para desejar um Natal com muito amor e um próspero Ano Novo! Eliane Dias Pires

Que saibamos tirar proveito dessas experiências para chegarmos ainda mais fortes em 2015.

Expediente Premium Magazine é uma publicação do Grupo Perfil. Os artigos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião da revista. Rua Pompeu Vairo, 112 - Vila Thais – Atibaia/SP | Tel.: 11 4412-2105/ 4411-6923 Diretores: Eliane Dias Pires e Marcus Vinícius M. Pires, Revisão: Chez Pauline, Criação e Diagramação: Luis Teodoro Premium Magazine Atibaia 6 || PREMIUM MAGAZINE || 2014



SUMÁRIO

28 | PESQUISA Saiba a diferença entre Edição nº 03 | Dezembro de 2014

18 | HISTÓRIA Saiba como começou o setor industrial

22 | INDÚSTRIA Indústria é responsável

por 30% do PIB de Atibaia

26 | NOVOS EMPREENDENDIMENTOS

Atibaia receberá 11 grandes indústrias e 2 condomínios empresariais

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Pesquisa Qualitativa e Quantitativa

DE 20 | GENTE DESTAQUE

Patrícia Ianda dedica carreira em prol do desenvolvimento social

36 | EVENTOS Confira os eventos que foram destaques em Atibaia











ESPECIAL INDÚSTRIA

Máquinas de beneficiar café deram início ao progresso

industrial de Atibaia

Com a instalação da Fábrica São João, de tecidos, logo em seguida, consolidou-se o desenvolvimento da indústria na cidade.


ESPECIAL INDÚSTRIA

Q Por Thais Otoni

uando se fala em desenvolvimento industrial em Atibaia logo vem à cabeça a Companhia Têxtil Brasileira, um marco para o setor no início do século XX. Mas foram as máquinas de beneficiar café que deram o pontapé inicial à indústria na cidade. Antes disso, havia apenas pequenas oficinas, fábricas de troles, carroças e moinhos. A cidade vinha, desde a Proclamação da República, apresentando um grande desenvolvimento com as melhorias implantadas: instalação de redes de água, rede de esgoto, luz elétrica, inauguração do Grupo Escolar José Alvim, implantação do Hotel Municipal, alargamento de ruas etc. A fundação, em 1911, da Fábrica São João, foi o grande impulso para a consagração desse desenvolvimento. No livro “Terra de Jerônimo – Histórias do Quase Paraíso”, Gilberto Sant’Anna – prefeito de Atibaia entre os anos de 1983 e 1988 – fala sobre a importância da indústria na época. “Indi-

ferente ao jogo natural da venda e compra, o apito da fábrica de tecidos fez história. Anunciou a industrialização atibaiense do século XX, impondo disciplina e horários aos habitantes em geral. [...] O major Juvenal Alvim articulou o surgimento da empresa como alternativa econômica à crise do café, iniciando dessa forma, pioneiramente, a industrialização do leste paulista (Bragança Paulista, Vale do Paraíba). A extraordinária visão do futuro privilegiou o capital produtivo, em detrimento da especulação imobiliária. [...] Na década de cinquenta, ali trabalhavam oitocentos empregados”. (2004, p. 97) De acordo com o livro “História de Atibaia – Volume II”, de João Batista Conti, a Fábrica São João era de propriedade dos atibaianos major Juvenal Alvim, Benedito de Almeida Bueno, Francisco Aguiar Peçanha, Benedito Aguiar Peçanha, Francisco Pires de Camargo, Florêncio Pires de Camargo, Joaquim Pires de Camargo e Olegário Barreto. “Tempos depois era a mesma vendida para Afonso Vizeu, Nestor Barros e Plácido Gonçalves Meireles”. (2001, p.20) Em 1931, a empresa passou para o Banco Comércio 2014 || PREMIUM MAGAZINE || 19


ESPECIAL INDÚSTRIA e Indústria e, no mesmo ano, para a Companhia Têxtil Brasileira, “que necessitava de maior espaço para as suas múltiplas atividades”. (2001, p. 20) De acordo com João Batista Conti, os produtos da Têxtil eram colocados em todos os estados do Brasil. O autor ainda cita que os operários tinham assistência social completa, com atendimento médico no local, caixa de medicamentos, restaurante, cooperativa de gêneros alimentícios, etc. A fábrica, instalada em dois grandes terrenos no Centro de Atibaia, trouxe mudanças com a instalação e também grande impacto com o fechamento. Na década de 1960, a Companhia Têxtil Brasileira encerrou as atividades. “Não surgiram outras fontes produtivas significativas. Apelou-se para o irracional parcelamento do solo urbano, artificialmente expandido sobre a zona rural. A vida foi ficando mais difícil para todos, até hoje” (2004, p. 99), comenta Gilberto Sant’Anna em seu livro.

OUTRAS INDÚSTRIAS

A CTB foi um grande marco para a economia do município e é considerada a principal responsável pelo desenvolvimento industrial na cidade, mas outras empresas também colaboraram para a história da indústria em Atibaia. O historiador Renato Zanoni destaca, no livro “Atibaia no Século XX”, que outras fábricas também se instalaram na cidade no início do século passado. Em 1912 foi a Fábrica de Tecidos Ermelinda, com mão de obra contratada em São Paulo; em 1913, uma fábrica de fogos, do sr. João Rocha; em 1914, os irmãos Paolinetti, que tinham indústria de torrefação de café e refinação de açúcar em Bragança Paulista inauguraram uma filial em Atibaia, com denominação Café Atibaiense; em 1925, a cidade recebeu uma fábrica de bombons, caramelos, balas e chocolates em barras e pilhas. Destaca-se ainda a Tecelagem Santa Zalzali, de Jorge Hage Chaim. João Batista Conti descreve no livro “História de Atibaia – Volume II”, a “perfeição dos linhos manufaturados pela Santa Zalzali”. A empresa tinha 120 operários especializados. Conti também enumera outros estabelecimentos industriais na década de 50, como: 31 de produtos alimentares, 23 de transformação de minérios não metálicos, 16 fábricas de bebidas, 14 indústrias extrativas de produtos vegetais, 5 editoras gráficas, 8 indústrias madeireiras, entre outras, totalizando 150 estabelecimentos.

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Indústrias em Atibaia em 1956 José do Carmo Silveira, funcionário do Posto Fiscal, realizou estudos sobre o desenvolvimento industrial de Atibaia e os publicou, em 1956, no jornal O Atibaiense. Ele relatou que havia, na época, inúmeras indústrias têxteis, com sindicato dos empregados e 589 associados. O funcionário ainda enumerou as indústrias instaladas aqui: • • • • • • • • • • • • • • • • •

Cia. Têxtil Brasileira – fiação e tecelagem; Anísio Amim – máquina agropecuária; Arcângelo Ostini – laticínio; Granja Maristela; Carlos Pustejowisk – fábrica de calçados; Felipe Moyano Lopes – fábrica de colchões; Godofredo José Spacek – malharia; Ely Malheiros – fábrica de brinquedos; Higino Romano – tecelagem; Idaspe Viviane – fábrica de ladrilhos; Indústria Química Grecox Ltda. – inseticidas; Indústria Têxtil Jorge Hage Chaim – tecidos; Ind. R. Vesna Ltda. – malharia; Albino Lasinskas – fábrica de sabão; A. Nardini & Filhos – fábrica de vinhos; Manoel Nunes Labrador – fábrica de vinhos; Irmãos Ferro – fábrica de bebidas.


ESPECIAL INDÚSTRIA

Atibaia viveu período de grande progresso no início do século XX, com instalação de redes de água e esgoto, luz elétrica e a fundação da Fábrica São João (que recebeu o nome de Cia. Têxtil Brasileira posteriormente).

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ESPECIAL INDÚSTRIA

Indústria é responsável por 30% do PIB de Atibaia Setor é o segundo que mais cresce na cidade e oferece os melhores salários da região.

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Por Thais Otoni tibaia viveu, nos últimos 10 anos, um crescimento significativo no setor industrial. Atualmente, a cidade se baseia em dois grandes focos de desenvolvimento: comércio/serviços e indústria. A agropecuária estabilizou; ainda tem destaque, mas como a comercialização dos produtos agrícolas ocorre fora da cidade, embora a produção seja aqui, não representa tanto quanto os outros setores para a economia local. Mas pode-se dizer que Atibaia é peculiar, já que acolhe muito bem todas as atividades.

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Não somos uma cidade industrial, assim como não somos predominantemente agrícolas ou baseados no comércio e serviços. Temos todos os setores da economia convivendo harmonicamente e contribuindo para o crescimento. “Há um olhar diferenciado para a cidade pois conjuga harmoniosamente todas as atividades. Atibaia continua sendo reconhecida por essa característica”, destaca Lívio Giosa, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico. Especificamente sobre a indústria, Lívio conta que a localização é um ponto forte. “Estamos na confluência de duas rodovias (Fernão Dias e Dom Pedro I), próximos a três aeroportos internacionais, a três polos tecnológicos (São Paulo,


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Campinas e São José). O término do Rodoanel em 2016 vai abrir ainda mais essa perspectiva”, conta. Apesar da localização estratégica ser um grande atrativo, foi a legislação municipal baseada em incentivos fiscais que permitiram o cenário de crescimento dos últimos anos. Lívio explica que a lei foi a grande responsável pelos últimos 10 anos de desenvolvimento. Em 2012, porém, o Tribunal de Justiça de São Paulo declarou inconstitucional a lei (incentivo era sobre o ICMS), minimizando com isso o atrativo. “Por outro lado, no início de 2013, a nova gestão criou um novo padrão de acolhimento, sob o olhar de um plano. É um plano estratégico que atende às necessidades das empresas, mas sem o comprometimento com subsídio que foge da alçada da Prefeitura. Nossa secretaria criou o Plano Desenvolve Atibaia, baseado em sete pilares de sustentação”, explica Lívio. Com o novo planejamento, foram introduzidos, além do conceito estratégico da localização, três novos contextos que têm atraído as empresas. O primeiro é da Sustentabilidade, o segundo da Inovação e o terceiro da Capacitação e Qualificação da mão de obra. “Todas as empresas que vieram para cá nesse período reconhecem que esse tripé atende fundamentalmente às necessidades da empresa que pensa o futuro, a empresa cidadã que pensa em contribuir com o desenvolvimento sustentável da cidade”. Lívio acrescenta que, dentro desse contexto, a Prefeitura elaborou uma lei inédita no país, que cria o Sistema Municipal e o Fundo Municipal de Inovação. “As empresas podem apresentar projetos de inovação, que serão analisados por especialistas reconhecidos. Se projeto for enquadrado, a Prefeitura terá um valor a ser atribuído ao projeto. A ideia é estimular a inovação”. A lei de inovação vale para qualquer empresa, tanto as novas como as já instaladas. Há ainda isenção dos impostos municipais, por 10 anos, para as novas indústrias. A isenção já vale desde 2013. Já a apresentação de projetos de inovação começará a funcionar agora (decreto foi publicado há cerca de um mês). Lívio mostra que no ano passado, 1.910 empresas se instalaram em Atibaia (não apenas indústrias, mas de todos os

setores). Em 2014, até 30 de setembro, foram 893 novas empresas. Números atuais mostram que há na cidade 701 indústrias instaladas. Outras 11 de grande porte estão chegando (confira matéria nesta edição). Os números comprovam o grande desenvolvimento pelo qual a cidade passou nos últimos 10 anos, especialmente no setor industrial. Lívio conta que o PIB (Produto Interno Bruto) de Atibaia, em 10 anos, cresceu 238%. A média de crescimento anual é de 13% a 15%. A indústria é responsável por 30% do PIB da cidade. Comércio e serviços juntos ainda lideram, com 53% do PIB. Os salários, porém, são maiores na indústria. Dados da Fundação Seade mostram que, no ano base 2012, a média salarial na indústria em Atibaia era de R$ 2.497,00; no setor de serviços, R$ 1.915,00; no comércio, R$ 1.440,00; e na agropecuária, R$ 847,00. Na região Bragantina, também lideramos. Os valores pagos nas cidades vizinhas são, em média, de R$ 1.982,00 na indústria; R$ 1.666,00 em serviços; R$ 1.277,00 em comércio e R$ 1.116,00 em agropecuária. Dados de janeiro de 2014 mostram que há 39.349 empregos formais em Atibaia, sendo 10.684, ou 27% na indústria.

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ESPECIAL INDÚSTRIA

Brasilian Business Park é um marco para crescimento industrial de Atibaia

A história recente da indústria na cidade deve considerar o antes e depois da implantação do condomínio.

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alar sobre indústria em Atibaia na atualidade sem falar do BBP (Brasilian Busines Park) é contar a realidade da industrialização recente do município de maneira incompleta. A vinda do conhecido Centro Empresarial Atibaia e logo em seguida do Condomínio Barão de Mauá sem dúvida foi um grande atrativo para a chegada de grandes nomes, como as multinacionais Bosh e Smart. A Bosh foi o primeiro cliente do visionário Wagner Borin, diretor presidente do BBP, que viu em Atibaia não apenas a oportunidade de um novo negócio, mas também de desenvolvimento para a região. Depois da multinacional alemã, outras empresas se interessaram pela cidade e contribuíram para o

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crescimento da economia de municípios como Atibaia e Jarinu. Alfio M. Spinella, diretor comercial do BBP, conta que a ideia do empreendimento é de Wagner Borin, que se mudou para Atibaia após vender a indústria que tinha, na área de informática. “Ele estava avaliando o que faria. Tinha a área onde fica o CEA, fez visitas ao exterior, avaliando o que tinha de novo voltado para as indústrias. E observou os condomínios”, conta o diretor. Em 1998 foi iniciado o primeiro projeto, do CEA. O objetivo, desde o princípio, era atrair as multinacionais. A Bosh foi a primeira, em 2000, e, a partir de então, foi consolidado o sucesso do empreendimento. Atualmente, somando o Centro Empresarial e o Condomínio Barão de Mauá, são 40 empresas e cerca de 4.500 funcionários, dos quais de 70% a 80% são de Atibaia. Segundo Alfio, pode-se considerar ainda que a arrecadação de Atibaia com impostos hoje é 10 vezes maior que a anterior ao


ESPECIAL INDÚSTRIA

A Bosh foi o primeiro cliente do visionário Wagner Borin, diretor presidente do BBP, que viu em Atibaia grande potencial para o setor industrial.

empreendimento. “A arrecadação aumentou, cresceu a oferta de empregos e, consequentemente, foram geradas mais oportunidades para o comércio local e para o setor imobiliário”, destaca o diretor comercial. Alfio lembra que quando Wagner Borin decidiu implantar o condomínio industrial, precisou investir em infraestrutura básica na região, pois não havia rede de telefonia, internet e a geração de energia elétrica seria insuficiente nos anos posteriores. “Ele precisava de uma estrutura completa de condomínio e a área era muito carente. Não tinha telefonia, por exemplo. Como tinham de investir, residências e empresas da região não demonstravam interesse. Em termos de energia, para a época havia o suficiente, mas seria um problema futuro com a instalação de novas empresas.” Wagner foi conversar com a Telefônica primeiro. Se garantisse 400 linhas, eles instalariam subestação dentro do CEA. Ele bancou. O empreendedor também procurou a Prefeitura para que houvesse uma lei de incentivo à indústria no município. Foi aprovada. “Infelizmente, por decisão judicial do Estado, o incentivo acabou em 2012. Há um novo incentivo – lei aprovada recentemente – mas é mais restritiva”, diz Alfio, que confia, no entanto, na estrutura criada para atração de novas empresas.

O CEA, no início, oferecia estrutura modular dos prédios para pequenas, médias e grandes empresas. Os prédios inteligentes poderiam ser adequados para cada indústria (até hoje é assim). “Trouxemos a telefonia. A Telefônica, a princípio, pediu garantia de 400 linhas. Quando construímos o primeiro prédio, disseram que se cedêssemos espaço dentro do condomínio em comodato, instalaria subestação com 7 mil linhas. Trouxemos, na mesma oportunidade, um ponto de presença da Embratel. Tivemos também, da Telefônica e Telemar, uma rede em anel de fibra ótica. As melhorias em telefonia e internet foram necessárias para que condomínio atraísse empresas”, relata Alfio. Ao ser instalado, o condomínio ofereceu de imediato restaurante, auditório, ambulatório médico, administração condominial, segurança, Data Center, recepção bilíngue à disposição das empresas e balança rodoviária. Hoje, há outros benefícios, como medicina do trabalho, ambulância, serviço de buffet para eventos, sala de videoconferência, salas de treinamento, entre outros. “Nosso conceito sempre foi oferecer todos os serviços para as empresas focarem 100% no próprio negócio”, conta Alfio. Recentemente o BBP também investiu em uma subestação de energia elétrica. “Cedemos o terreno em Jarinu, vizinho ao CEA, e a capacidade é de 33 megawatts. Pode-se chegar a 88 megawatts. Para se ter uma ideia do que isso representa, a subestação que abastece toda a cidade de Jarinu tem capacidade de 33 megawatts. A Elektro tem a concessão de distribuir e nos reembolsou boa parte de nosso investimento, mas tivemos que construir por nossa conta”, continua o diretor. Há ainda em planejamento novos investimentos do grupo em Atibaia. Um deles é na Fazenda Santa Izabel, que pode virar novo condomínio. Também deve ser construído, em parceria com o Hotel Tauá, um hotel voltado para executivos. “Queremos atender à demanda próximo ao condomínio”. Um Centro Médico e uma Universidade Corporativa estão sendo projetados para saírem do papel em breve.

Atualmente, somando o Centro Empresarial e o Condomínio Barão de Mauá, são 40 empresas e cerca de 4.500 funcionários, dos quais de 70% a 80% são de Atibaia. 2014 || PREMIUM MAGAZINE || 25


ESPECIAL INDÚSTRIA

Atibaia receberá 11 grandes indústrias e 2 condomínios empresariais

A expectativa é ter os dois empreendimentos em funcionamento em 2015. Por Thais Otoni

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setor industrial vislumbrou grande desenvolvimento em Atibaia nos últimos 14 anos. Desde a instalação do BBP (Brazilian Business Park), entre 1998 e 2000, a cidade vem assistindo ao crescimento do setor, com a vinda de dezenas de novas empresas, muitas multinacionais. Agora, a expectativa é que o setor se consolide no município, com outros dois condomínios empresariais e a confirmação de ao menos 11 novas empresas. O secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Lívio Giosa, conta que os condomínios devem ser inaugurados ainda no primeiro semestre de 2015, o que configura mais um atrativo para a vinda de novas empresas. Um dos empreendimentos é de responsabilidade da Porte Construtora Empreendimentos Imobiliários. O outro, da Fulwood, através de sua afiliada FWH Empreendimento Imobiliário Ltda.. O empreendimento da Fulwood, de acordo com o setor de Marketing da empresa, receberá o nome de Dom Pedro Business Park e ficará no trevo da Rodovia Dom Pedro I com a Rodovia Edgard Máximo Zambotto, no bairro Ponte Alta. Será um Condomínio Logístico e Industrial, “beneficiando-se da excelente localização de Atibaia e especialmente por estar no cruzamento de duas relevantes rodovias e da consequente utilidade para diversos tipos de empresas”, afirma a Fulwood. A empresa informa que os locatários terão à disposição serviços como: administração do condomínio, enfermaria, restaurantes, auditório, salas de reuniões, casa do caminhoneiro, portaria, estacionamento de carretas, heliponto e estacionamento. Na primeira fase do empreendimento, a Fulwood conta que haverá investimento de R$ 43 milhões, “mas o total previsto e potencial de investimento é de aproximadamente R$ 160 milhões”. O novo condomínio terá, na primeira fase, 11 módulos flexíveis, totalizando 30.723 m². No total, serão quatro fases, chegando a 106.522 m² de área total. A Fulwood afirma que escolheu o local pois o terreno é totalmente estratégico, dada a relevância de Atibaia e o corredor logístico do qual faz parte. “Além disso, está exatamente no cruzamento das mais importantes rodovias da região: Rod. Fernão Dias e a Rod. Edgard Maximo Zambotto (que chega até a Rodovia Anhanguera)”, diz. O empreendedor conta que a cidade vem crescendo, re-

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cebendo importantes empresas. “Além disso, Atibaia oferece bons incentivos e infraestrutura. É uma cidade em que a Fulwood está interessada há bastante tempo e felizmente a oportunidade de fazer bons negócios chegou”, destaca. Além dos condomínios, preparados para receber novas indústrias, há empresas que já iniciaram a instalação na cidade. Lívio cita 11 delas, todas de grande importância para seus mercados. São elas: Mitsubishi Chemical Polímeros de Desempenho Ltda., única planta na América Latina, que irá fabricar polímeros destinados à fabricação de air-bag; Quadrant Solidur do Brasil Ltda.; HVCC Climatizações do Brasil; Norma do Brasil Sistemas de Conexão Ltda.; Produtos Alimentícios FESTPAN Ltda.; Camargo e Gomiero Indústria e Comércio de Fornos Ltda.; Helicópteros do Brasil S/A; Iturri Coimpar Ind. e Com. de EPIS Ltda.; Tour House Eventos e Incentivos Ltda.; Sun-


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Há alguns facilitadores para a vinda de empresas. Um deles é a localização, mas há também o fato de termos um aeroporto voltado à viação executiva e os condomínios empresariais. ningdale Tech (primeira planta industrial de empresa de Singapura no Brasil) e DPaschoal. “Há empresas do Japão, Brasil, Coreia, França, Alemanha, Espanha, Portugal e de Singapura. A expectativa é uma média de 1.000 a 2.000 novos empregos com a chegada dessas novas empresas. Sem considerar os condomínios industriais, que trarão ainda mais oportunidades de trabalho”, destaca Lívio. O secretário conta que há alguns facilitadores para a vinda de empresas. Um deles é a localização, mas há também o fato de termos um aeroporto voltado à viação executiva, os condomínios empresariais e o arcabouço de desenvolvimento que vem sendo construído na cidade. O perfil das novas indústrias da cidade é a base tecnológica. “Estamos criando um parque tecnológico em Atibaia. Temos o Centro de Inovação inaugurado em 2013 no BBP (Brasilian Business Park), estamos construindo o Centro Tecnológico de Atibaia, na região do bairro da Usina, onde

haverá o programa de incubadoras. Os condomínios empresariais, pela lei atual, têm que construir um centro de inovação dentro, para atender às empresas que serão instaladas neles”, conta Lívio. Para empresas se enquadrarem na nova lei de incentivo, precisam passar por um “super crivo” da Prefeitura. “Só estamos acolhendo empresas com base tecnológica. Todas que estão chegando aqui vêm com super tecnologia e mão de obra reduzida. Tudo automatizado. Isso é excelente para a cidade. Com isso, Atibaia acolhe empresas, gera valor agregado – fatura bastante e dessa parcela boa parte vem para o ICMS, e não gera desequilíbrio social. Em Sorocaba, acabou de inaugurar uma fábrica da Hyundai. São 5.800 funcionários. São pessoas que necessitam de hospital, creche, escola e ônibus. Há um desequilíbrio social imediato, para evitar isso, tudo que vem para Atibaia é com base tecnológica. A geração de emprego é menor, mas temos população pequena e a demanda é bem acolhida”, finaliza Lívio.

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PESQUISA

Pesquisa Qualitativa Quantitativa

Qual a diferença?

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creditamos que criação de uma marca ou

imagem é um processo que tem início, porém requer o desafio de um aprendizado contínuo, pois não tem fim. O posicionamento correto pode-se tornar uma marca ou imagem valiosa, admirada e vencedora. A pesquisa proporciona um diagnóstico completo, uma fotografia daquele momento e ajuda a obter vantagens competitivas e sustentáveis, pois suas informações

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diminuem a área de incerteza. Apresento a seguir, os métodos qualitativos e quantitavos, os quais considero complementares, cada um com sua importância para um projeto de sucesso: A Pesquisa Qualitativa tem suas amostras pequenas, normalmente grupos entre 8 a 12 pessoas. Ela não tem bases estatísticas e analisa profundamente dados não mensuráveis – sentimentos, sensações, percepções, pensamentos, intenções, comportamentos passados, entendimento de razões, significados e motivações – de um determinado grupo de indivíduos em relação a um problema específico. Podemos dizer também que a


PESQUISA

pesquisa qualitativa tem caráter exploratório mediante critérios subjetivos. A pesquisa qualitativa contribui com a pesquisa quantitativa na definição do problema de pesquisa e ajuda a definir o foco e as prioridades de estudo da pesquisa quantitativa. Uma completa a outra. Já a pesquisa Quantitativa trabalha com um grande volume de dados, os quais representam um universo. Sua análise é baseada em critérios probabilísticos, em estatísticas como margem de erro e intervalo de confiança. Utiliza-se o instrumento de coleta de dados (questionário). Seus resultados têm caráter conclusivo e são utilizados para tomadas de decisão, pois representam um universo. Também permite um acompanhamento de evolução de dados, como por exemplo: quando ouvimos na mídia o

resultado de uma pesquisa sobre a avaliação do Governo onde os resultados são: “O atual Governo tinha 52% de ótimo e bom em dezembro, em março caiu para 48% e agora se mantém com 48%”. Esta, sem dúvida, é uma pesquisa quantitativa. Mais um exemplo entre as duas: na pesquisa quantitativa temos perguntas com respostas pré-definidas, como exemplo: pergunta “Como você avalia a atual administração? E apresenta respostas: 1.Ótima; 2.Boa; 3.Regular; 4.Ruim ou 5.Péssima?! Enquanto na pesquisa qualitativa podemos obter em profundidade TODOS os motivos pelos quais a avaliação é BOA ou RUIM. Do que adianta sabermos que uma avaliação é 50% ruim sem saber o que acontece no município e como mudar este cenário?

Qual pesquisa se encaixa a minha necessidade? Exemplo de caso:

“Meu partido vai lançar um candidato a prefeito nas próximas eleições e pretende estudar alguns nomes e saber qual terá mais chances de vencer, qual o método mais adequado?” Neste momento saber quem tem mais intenção de voto é o menos importante. Pode pesar como decisão a rejeição do candidato. Um candidato com menos intenção de voto pode ter o perfil e imagem mais desejada pelos eleitores e que mais se enquadra às necessidades do município. Portanto sugerimos que o primeiro passo seja a pesquisa qualitativa. Este estudo em profundidade, sim, é a base de qualquer projeto. Nele é possível identificar os pontos fortes e fracos de cada um e seus diferenciais. Mesmo com um relatório sem percentuais é possível identificar quem está dentro ou fora do jogo. Após o relatório da pesquisa qualitativa é possível definir um questionário melhor elaborado para o trabalho de campo, neste caso, a pesquisa quantitativa, na qual teremos os percentuais de cada item estudado. Envie sua pergunta: eliane@agenciaperfil.com.br

Eliane Dias Pires Economista, MBA em Marketing pela FGV, 21 anos de experiência em Pesquisas.

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DIREITO

INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SERASA, NOME NEGATIVADO E COBRANÇA INDEVIDA DE DÍVIDA SÃO PASSÍVEIS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

CONSUMIDOR INSCRITO NO SERASA INDEVIDAMENTE DEVE SER INDENIZADO POR DANOS MORAIS

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A dívida bancária que ultrapassou o prazo de 5 anos não pode ser mantida no SERASA, ou seja, em caso de negativação dos dados pessoais perante os órgãos de proteção ao crédito, nasce para o consumidor lesado o direito à indenização por danos morais.

EXISTE UMA SÚMULA DO STJ (323) QUE ASSIM DETERMINA:

“A inscrição de inadimplente pode ser mantida nos serviços de proteção ao crédito por, no máximo, cinco anos.” É muito comum o consumidor bancário ser lesado em sua moral pela negativação de seus dados nos órgãos de proteção ao crédito. Os juízes têm entendido também que cabe indenização por danos morais em favor daqueles consumidores que já pagaram seus débitos, porém o banco credor não efetuou a retirada do nome do devedor do SERASA. Ou seja, tanto a inscrição indevida, quando a manutenção indevida é passível de indenização por danos morais. A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça condenou o Banco do Brasil a pagar indenização de R$ 9.000,00 mil por danos morais a um agricultor do Rio Grande do Sul. Em dezembro de 1996, o Banco do Brasil enviou ao Cartório de 2º Ofício e Protestos de Buritis (MG) título no valor de R$1.080,24 por falta de pagamento. A dívida foi renegociada e o débito liquidado em junho de 1997. Ainda assim, o banco não retirou o nome do agricultor das listas de restrição ao crédito. Isso lhe causou problemas para obter financiamentos e fazer compra de insumos a prazo. O agricultor entrou com ação de indenização contra o Banco do Brasil, pedindo ressarcimento por danos morais e materiais, e pela permanência indevida de seu nome no cadastro da Serasa. A primeira instância negou o pedido, por considerar que não poderia ser atribuída ao Banco do Brasil a culpa pela manutenção indevida do nome do consumidor na lista de devedores. O agricultor apelou para o Tribunal de Justiça do Rio 30 || PREMIUM MAGAZINE || 2014

Grande do Sul. A 2ª Câmara Especial cível, em decisão unânime, acolheu parcialmente o pedido, para condenar o banco a pagar 50 salários mínimos vigentes à data do julgamento, corrigidos pelo IGP-M, além de 50% das custas processuais e honorários advocatícios de 15% sobre o valor da condenação. O Banco do Brasil recorreu ao STJ e este conheceu em parte do recurso para fixar em R$ 9 mil o valor da indenização por danos morais. Para o relator, ministro Raphael de Barros Monteiro Filho, “apanhados os fatos como descritos pela decisão impugnada, resulta inequívoca a responsabilidade do banco pela indevida permanência da inscrição no referido cadastro restritivo de crédito. A responsabilidade atribuída ao ora recursante confirma-se diante da circunstância de que confiara simplesmente na providência a ser tomada pelo Cartório de Protestos, sem que ele próprio, o banco, tivesse promovido alguma medida direta junto ao órgão de proteção ao crédito com o escopo de dar baixa na inscrição”. Também é passível de indenização por danos morais, a inscrição indevida do nome de devedor em cadastros de proteção ao crédito, sem prévia comunicação por escrito. A afirmação foi feita pelo ministro Jorge Scartezzini, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao dar provimento ao recurso de um consumidor contra a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, que deverá pagar indenização de R$ 300. Ele entrou na Justiça, afirmando que, ao tentar fazer compras, foi informado de restrições cadastrais formalizadas pela Brasil Telecom em seu nome, desde 10/6/2003, no valor de R$128,19. Segundo alegou, tais débitos são indevidos e seriam objeto de ação própria. Afirmou, ainda, que jamais foi informado de qualquer pendência no pagamento de contas telefônicas, ou de inscrição de seu nome em cadastros negativos de crédito. Requereu, então, o cancelamento da inscrição negativa de seu nome e o pagamento de indenização por danos morais em valor que deveria ser arbitrado pela sentença. A ação foi, no


DIREITO

entanto, julgada improcedente. “A irregularidade no defeito de informação não gera danos morais pela inclusão indevida, pois há simples falha do serviço cadastral de informar ao consumidor o registro negativo”, afirmou o juiz. A Quinta Câmara Cível da comarca de Porto Alegre manteve a sentença, negando provimento à apelação. “A ausência de prévia comunicação, ainda que macule o ato registral, não pode ensejar a pretensão indenizatória, já que dívida havia, cabendo ao autor a prova de sua inexistência”, considerou. No recurso especial para o STJ, o consumidor alegou ofensa ao artigo 43, parágrafo 2º, do Código de Defesa do Consumidor, além de divergência jurisprudencial. A defesa sustentou ser devida a indenização por danos morais quando ausente a comunicação do registro do nome do devedor em cadastros restritivos de crédito. O recurso foi conhecido. “Na sistemática do CDC é imprescindível a comunicação ao consumidor de sua inscrição no cadastro de proteção ao crédito, afirmou o ministro Jorge Scartezzini, relator do processo, ao votar. “Independentemente da condição que o devedor ostenta – idôneo ou não, fiador ou avalista – tem direito de ser informado a respeito da negativação de seu nome”, acrescentou. Segundo o relator, a comunicação deve, ainda, acontecer antes do registro de débito em atraso. Para o ministro, a afirmação de ausência de danos também não procede. “A simples inscrição indevida do nome do recorrido no cadastro de devedores já é suficiente para gerar dano irreparável”, afirmou. “O fato de não ter sido comprovado pelo autor a superveniência de embaraços por conta da anotação negativa – e com o fito de assegurar ao lesado justa reparação, sem incorrer em enriquecimento ilícito, fixo a indenização em R$ 300,00”, finalizou o ministro Jorge Scartezzini.

COBRANÇA INDEVIDA DE DÍVIDA PRESCRITA

Ocorre que muitas vezes a negativação é indevida por um motivo muito recorrente: o direito de ação de cobrança do banco prescreveu, ou seja, não mais pode ser executado. Na maioria dos casos, as empresas de cobrança enviam aos consumidores uma notificação extrajudicial, além de importuná-los com diversos telefonemas informando sobre uma proposta imperdível para quitar o débito, pagando tão somente 30% do valor da dívida, o que ilude qualquer leigo que está do outro lado da linha. Muitas vezes, a empresa ainda fala que trata-se de uma campanha que o banco está realizando e dá, inclusive, um prazo para aderir ao acordo. Assim, diante de tal proposta tentadora, além da consciência do cidadão dizendo-lhe que deve pagar, obviamente ele acaba realizando o “super acordo” e ainda pensando que fez um excelente negócio. No entanto, as empresas não têm o direito de exigir o pagamento da dívida utilizando-se de meios

coercitivos como a negativação dos dados no SERASA, o protesto em cartório e até mesmo processo judicial. A lei civil brasileira determina um prazo para que as instituições bancárias realizem cobranças do crédito perante seus clientes. De acordo com a lei o banco tem 5 (cinco) anos, a contar do fato gerador da dívida, para realizar cobranças utilizando-se dos meios judicial e extrajudicial (ex. negativação em órgãos de proteção ao crédito ou protesto junto ao cartório, etc.). Vale observar que o prazo pode variar dependendo da natureza do débito, por exemplo, para títulos de crédito como cheque ou Nota Promissória, o prazo é de 3 anos. Porém, muitas vezes, o dispositivo legal não é observado pelas instituições bancárias, que sabendo da prescrição vendem o crédito para outras empresas, as chamadas recuperadoras de crédito. Essas empresas compram os créditos do banco por um valor muito menor, e a partir daí iniciam uma série de cobranças junto aos consumidores que desavisados pagam a dívida, apesar de devida, não pode mais ser executada. Ressalte-se: a cobrança de débito prescrito é ilegal e gera para o consumidor o direito de se ver indenizado pelos danos morais. Atualmente os tribunais têm aplicado o entendimento que a simples negativação dos dados do consumidor nos órgãos de proteção ao crédito já gera o dever de indenizar. É o chamado dano moral presumido. Diante disso, o consumidor deve ficar atento ao receber uma “proposta imperdível” para quitar um débito gerado há muitos anos. Certamente esse débito está prescrito. Você consumidor que passa por uma situação semelhante, converse com um advogado da sua região e tire suas dúvidas. No entanto, há casos em que ocorre a prescrição da execução do título de crédito, mas o credor poderá cobrar a dívida pela ação monitória e pela ação ordinária, devendo sempre analisar-se caso a caso: tipo da dívida, data da dívida, etc. Assim, caso você esteja passando por uma situação semelhante, consulte um advogado para que ele possa resolver a situação e lhe dar a devida instrução de como agir.

Dra. Renata Consoli 11 99541.1414 11 2427.9289 renata.lfa@hotmail.com Rua Deputado Cunha Bueno, 644.B. cep 12946.291. Atibaia.SP

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AÇÃO ÁGUA

“Ação Água”

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é lançada para reduzir consumo em prédios públicos

prefeito Saulo Pedroso recebeu na manhã desta sexta-feira (14) o diretor comercial da Deca, Roney Rotenberg, e o diretor de Desenvolvimento e Marketing, Bruno Antonaccio, para oficializar a parceria em prol do projeto “Ação Água”, que faz parte do programa “Atibaia Município Sustentável” da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Num esforço conjunto entre o poder público e privado, a ação prevê a troca de cerca de 3.500 peças – entre chuveiros, torneiras e bacias sanitárias –, tendo como meta uma redução de até 50% do consumo de água das edificações públicas. A empresa é do segmento de louças e metais e será fornecedora das soluções para economia de água nos 191 edifícios municipais de Atibaia. No encontro foi assinado o “protocolo de intenções”, que possui detalhes sobre o objetivo da ação e a execução dos

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trabalhos, que já começaram na última semana com serviços de adequação em um banheiro da sede do SAAE.



GENTE DE DESTAQUE

Patrícia Ianda dedica

carreira em prol do desenvolvimento social Psicóloga desenvolve trabalho voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Por Thais Otoni

P

atrícia de Oliveira Ianda é psicóloga, tem 35 anos, 3 filhos e dedica-se ao atendimento social daqueles que estão nas situações mais vulneráveis que se possa imaginar. O trabalho é árduo, exige comprometimento, dedicação e muito amor à causa. E Patrícia se mostra feliz em conseguir atingir as metas estabelecidas e implantar um modelo de gestão que traz resultados positivos. A atual diretora de Proteção Especial da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do Governo do Estado de São Paulo conversou com a Lucas Magazine sobre a dedicação à assistência social. Antes de ingressar na faculdade de Psicologia, Patrícia já demonstrava interesse pela área social, principalmente nos abrigos institucionais. “A Eliane Pinheiro de Melo, uma grande amiga, foi fundamental neste

A especialista nos assuntos que concernem à área da Assistência Social em nosso país é moradora de Atibaia.


GENTE DE DESTAQUE

“O trabalho voluntário faz parte de minha vida desde muito cedo. E incentivei meus filhos a seguirem o mesmo caminho”. caminho. Ela me mostrou o trabalho nos abrigos institucionais e eu me apaixonei. Posso dizer que Elaine é minha mentora. Dentro do trabalho social, direcionei o interesse às entidades de acolhimento institucional e desenvolvi, desde a adolescência, trabalho voluntário”, conta. A carreira profissional, no entanto, seguiu um caminho diferente nos primeiros anos de formação. Patrícia ingressou jovem na faculdade, com 17 anos. Escolheu Psicologia e formou-se em 2001. A princípio, trabalhou em consultório particular, um “grande laboratório” que permitiu ampliar a perspectiva a respeito da construção do ser humano. Posteriormente, ainda na iniciativa privada, trabalhou em departamentos administrativos e de Recursos Humanos. Como voluntária, no entanto, há 15 anos atua com acolhimento institucional. “O trabalho voluntário faz parte de minha vida desde muito cedo. E incentivei meus filhos a seguirem o mesmo caminho. Desde pequenos me acompanharam”, destaca a psicóloga. Quando veio para Atibaia, há 8 anos, sentiu-se incomodada por não estar desenvolvendo nenhum trabalho social. “Certa vez, a escola dos meus filhos organizou uma visita dos alunos ao Lar Dona Mariquinha Amaral. Pedi para ir junto, me apaixonei e pedi para ser voluntária na entidade”, relembra Patrícia. Em 2011, foi convidada a presidir o Lar Mariquinha, desafio que aceitou, mas com uma condição: ter um prazo para alcançar os resultados desejados. “As pessoas envolvidas com o Lar e o juiz da Vara da Infância e Juventude entenderam que eu poderia gerenciar a entidade e foi o que fiz. Tive como meta aplicar um modelo de gestão e conseguimos superar as expectativas. Registramos todos os funcionários (havia funcionários não registrados) e tivemos um número expressivo de crianças que puderam voltar ao seio familiar ou que foram para famílias substitutas. O abrigo é um equipamento transitório e nossa gestão foi pautada nessa premissa. Mais de 30 crianças voltaram para as famílias ou foram para famílias substitutas. A preocupação que tínhamos era aplicar um modelo de gestão com resultados positivos, e conseguimos”, comemora. Patrícia também se engajou na área de assistência social de Atibaia participando do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. A área (Infância

e Adolescência) é o foco da especialização da psicóloga, pelo Instituto Sedes Sapiente. O trabalho desenvolvido no Lar Mariquinha e no Conselho Municipal teve repercussão em nível estadual e Patrícia passou a ter representatividade no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca). Em julho de 2013, o recém empossado secretário estadual de Assistência e Desenvolvimento Social, Rogério Hamam, a convidou para trabalhar como diretora do Núcleo de Supervisão e Avaliação da Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social de Campinas (DRADS), onde supervisionava em sua ação no Estado, 43 municípios, em execução da Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). “O resultado do trabalho desenvolvido em 8 meses resultou no convite para estar à frente da Diretoria de Proteção Especial, na qual cuidamos das principais mazelas sociais do Estado de São Paulo”. Segundo Patrícia, a proteção especial trata de casos mais graves, como moradores de rua, crianças em situação de acolhimento institucional, violência contra a mulher, tráfico de pessoas, migrantes vindos do Haiti, tráfico, trabalho infantil, etc. “Concernem atendimento grave, urgente. Temos que tratar e resolver rapidamente”, conta. O desafio de Patrícia é grande, já que sua equipe, de seis pessoas, atende os 645 municípios do Estado de São Paulo. O setor ainda dá subsídios às 26 diretorias regionais. “É um trabalho árduo, mas que me honra. Atingimos a parcela da população que mais precisa de ajuda”, destaca. Mesmo com uma grande responsabilidade e a agenda cheia de compromissos, Patrícia não deixa de lado sua paixão pelo voluntariado e principalmente o carinho pelas entidades de Atibaia. Apesar de não fazer mais parte da diretoria, sempre que solicitada oferece subsídio técnico e orientação à equipe do Lar Dona Mariquinha Amaral. “Tenho muito carinho pela entidade e quero contribuir para o crescente processo de gestão”. Patrícia também compõe, atualmente, a Coordenadoria de Desenvolvimento Social da agência Unicidades, da qual Atibaia faz parte. E ela quer muito mais: “Não pretendo parar, quero avançar na área de desenvolvimento social. Quero fazer a diferença, deixar um legado e mostrar que é possível ter excelentes resultados quando unimos o conhecimento técnico à visão de gestão”. 2014 || PREMIUM MAGAZINE || 35


EVENTO FOTO: CRIS SORAGGI

FOTOS: ALE MARQUES/BLOG BAPHONICOS

Sandra Miyuki e Glória

Mie Hayashsida

Tânia Mascarenhas, Elizabeth Samperi e Francine Montoya

Desfile beneficente de

Miyuki Boutique,

sempre um sucesso!

Cristiani Soraggi e Marina Orlanda

N

ada melhor para as mulheres antenadas do mundo da moda que um desfile de muito bom gosto de Miyuki Boutique. Além de apresentar novidades, o evento arrecadou alimentos para a doação 177, cestas de Natal em prol da Apae Atibaia. As modelos arrasaram com make do salão Keka Rauch. Parabéns a todos pela iniciativa. O coquetel foi de Tânia Mascarenhas.

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DJ Renan Marques

Marcia Duarte, Monica Fioco e Miriam Duarte


FOTO: CRIS SORAGGI

EVENTO

Ttza Almeida

Miyuki agra dece a sorteia presen presença de todos tes aos convid ados

Erenice Batistela, Ana Carolina, Vivi Pismel, Raifa Nassif

Lydia, Tânia Mascarenhas e Dra. Lucila

Marina Orlanda, Mônica Chaves, Keka Rauch, Ana Paula, Luciana e Glaucia

Gersey e Diana Cruz

Sandra Miyuki, Betty Furini e Andrea de Souza Santos

Adriana Amorim, Sandra Melchiori, Vivian Gifoni e Nilda Peraza


EVENTO

Nova agencia Sicredi

U

m belo coquetel marcou a inauguração da nova sede do Sicredi Atibaia. Autoridades, diretores da instituição e associados prestigiaram o evento e ficaram encantados com a nova estrutura localizada na Avenida São João, 261 – Centro.

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EVENTO

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EVENTO

2º Fórum de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Atibaia reuniu 400 empresários

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Prefeitura de Atibaia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, realizou o 2º Fórum de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Atibaia. O evento aconteceu na Fazenda Hípica Atibaia com o foco em projetos de impacto nas áreas de: desenvolvimento sustentável; incentivo aos pequenos e médios negócios; inovação e tecnologia; capacitação e qualificação profissional; fomento ao empreendedorismo de pequenas e médias empresas; e o plano diretor de desenvolvimento integrado. No evento, o prefeito Saulo Pedroso recebeu do Sebrae/SP o Prêmio de Prefeito Empreendedor 2013/2014. Os participantes do Fórum assistiram excelentes palestras com nomes de peso como: Carlos Khair Barbosa – Diretor de Projetos e Relações com Clientes da FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos; Jorge Hori – Coordenador Nacional do PNBE – Pensamento Nacional das Bases Empresariais; Bruno Basile Antonaccio – Diretor de Desenvolvimento e Marketing do Grupo Deca; Andrew Frank Storfer – Ceo da InterActa Participações, Luiz Rabi – Economista Chefe da Serasa Experian; Claudio de Oliveira Torres – Diretor Financeiro e de Negócios do DesenvolveSP; Adalberto Piotto - Cineasta, Produtor, Jornalista e Âncora de notícias da Rádio Jovem Pan AM/ FM; Walter Feldman – Porta Voz Nacional da Rede Sustentabilidade.

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EVENTO

Happy Hour

O

s proprietários do requintado Chateau Alpes: Barbara, Marta e Theo receberam parceiros para um delicioso Happy Hour. Os anfitriões apresentaram suas instalações como uma proposta exclusiva e diferenciada em beleza e estética.

EVENTO

Caminhada Rosa

O

mês de Outubro também é lembrado pelo mês da Luta contra o Cancêr de Mama. O Rotary Club Atibaia, sempre ativo em suas ações sociais, organizou uma caminha em prol da causa. Boa iniciativa!

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EVENTO FOTOS: ALE MARQUES

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EVENTO

Flower Show 2014

A florista Monique Bourganos participou da Flower Show 2014, no the Square Open Mall, Granja Viana. O evento contou com a participação especial de Araik Galstyan

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m seleto grupo de designer floral do Brasil e Argentina foi convidado a participar da Flower Show 2014. O evento foi produzido pela artista floral Liana Glingani e contou com a presença de artistas renomados, como o russo Araik Galstyan, um dos maiores nomes da atualidade em designer floral e fundador da Araik Galstyan House, florista oficial da

Sotheby’s Moscou e Campeão europeu da Floral Art Cup. Araik também é proprietário de três boutiques de flores nos mais renomados endereços de Moscou. “O show foi um presente para a visão da platéia que ficou hipnotizada com tamanho talento desse maravilhoso artista que além de tudo é um showman.” Contou Monique Bourganos. 2014 || PREMIUM MAGAZINE || 47


CIDADANIA

Rotary Day U

m grande evento organizado pelo Rotary Club Atibaia. A primeira edição do Rotary Day foi um sucesso! Um mutirão em prol da saúde, bem-estar, cultura e lazer foi criado para receber milhares de pessoas que passaram pelo Colégio Estância. Foram doados mais de mil livros e milhares de creme dental. Os visitantes também puderam medir pressão, teste do diabetes, exame de vista, cortar o cabelo, entre outras atividades.

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CIDADANIA

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