Ministra deixa o cargo de olho no Senado

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Agronegócios Ministra deixa o cargo de olho no Senado Elogiada pelo agronegócio, Tereza Cristina será sucedida por Marcos Montes, que tem o Plano Safra pela frente Por Rafael Walendorff e Fernando Lopes — De Brasília e São Paulo

31/03/2022 05h03 · Atualizado há uma hora

Quase uma unanimidade entre representantes do agronegócio e figura central no governo Bolsonaro, mas alvo de críticas recorrentes de ambientalistas e da agricultura familiar, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deixa nesta quintafeira o cargo para, a princípio, concorrer ao Senado por Mato Grosso do Sul. Ela será substituída pelo secretário-executivo da Pasta, o ex-deputado federal Marcos Montes (PSD-MG). Não foram poucos os desafios de Tereza desde 2019, quando chegou à Esplanada com a benção da bancada ruralista, que havia presidido. E a vida de Montes também não será fácil, tendo em vista as incertezas domésticas e externas e a necessidade que ele terá de entregar um Plano Safra atraente diante de uma taxa Selic elevada e em ano eleitoral. Embora não ameace a continuidade da expansão agrícola do país, acelerada nos últimos anos pela demanda aquecida e preços das commodities em patamares bastante remuneradores, a disparada dos preços dos fertilizantes, acentuada pela guerra na Ucrânia, eleva custos e preocupa os produtores. Ao mesmo tempo, a alta dos juros, a suspensão das contratações do crédito equalizado e o aperto fiscal da União exigirão doses cavalares de traquejo político para convencer a equipe econômica a abrir os cofres em favor do agro no Plano Safra que será lançado em maio. Isso por mais que a “Lei do Agro”, que entrou em vigor no ano passado, tenha permitido a criação de novas fontes de financiamento privado, que estão em plena expansão.


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