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agenda_Programas do governo estadual trazem ótimas atrações à região. Ao lado, cena do filme Os 12 Trabalhos, do Pontos MIS •p12
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foto: divulgação
gastronomia_ Peixe que virou tradição da 6ªfeira santa, o bacalhau aparece aqui em duas versões deliciosas •p 6
pegue & leve
Circulação Mensal: 8 mil exemplares Distribuição: Águas de Santa Bárbara • Assis • Areiópolis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Chavantes • Cerqueira César • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Sta Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo • Tatuí •Timburi Pontos Rodoviários: Cia. da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Restaurante. Café • Rodoserv • RodoStar • Varanda do Suco
n º. 1 10 ANO 10 março|2015 issuu.com/caderno360 facebook/caderno360
Preservação do rio Pardo mobiliza ambientalistas e poder público
Este rio está ameaçado por projetos de PCHs que já causam um desmatamento sem precedentes em Águas de Santa Bárbara. Autoridades, entidades, cidadãos, ambientalistas: Salvemos o Rio Pardo VIVO. Veja a cobertura do caso. • foto: Flávia Rocha | 360 •p8
SOS
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• editorial
a questão que envolve o rio é a mesma. Projetos de PcHs, no caso, tirando o sono dos moradores e autoridades de Águas de Santa Bárbara, assim como dos ambientalistas e apaixonados pelo rio. E por que razão essa questão vira e mexe aparece? Porque não se cumpre o básico: a lógica. antes, prevalecem as formas de se tirar proveito de linhas de crédito do governo. Ou de se ostentar a geração de energia. Mesmo que isso não faça o menor sentido. É o caso das PcHs no rio Pardo. como mostra a matéria de capa, que estampa nossas páginas centrais. as PcHs propostas para o rio Pardo: 1- Vão gerar muito pouca energia; 2- Vão consumir muito dinheiro público (governo financia); 3- Dificilmente vão dar lucro, pois a energia a ser gerada vai demorar para quitar o custo do investimento; 4- Vão destruir mata ciliar nativa, essa mesma que está faltando nos rios que suprem a capital e outras cidades paulistas que estãos sofrendo com a falta d’água; 5- Vão colocar em risco a integridade física do rio, com perdas irreparáveis de fauna e flora originais, anteriores à época do cabral; 6- Vão comprometer seriamente a produção agrícola; 7- Vão diminuir a arrecadação dos municípios por causa da perda de produção agrícola; 8- colocam em risco o abastecimento de água de 15 municípios paulistas; 9- Eliminam do estado, definitivamente, a existência de um rio nível 2 (existe apenas um rio nível 1 no país), em ter-
fotos: Flavia Rocha | 360
lógica.
É impossível viver sem colocar a lógica na pauta do dia. E isso, naturalmente, é… lógico. Ocorre que muitas vezes nos deparamos com questões, inclusive de ordem comunitária, social, global, que claramente fogem à lógica que devemos aplicar na vida prática. É o caso do Rio Pardo, que reaparece aqui provavelmente com a mesma insistência que o leitor do 360 pode aocmpanhar em 2012, quando o movimento Rio Pardo Vivo botou o bloco na rua contra a instalação de PcHs no rio Pardo, no caso três projetos de grandes proporçõers – tanto nas barragens, quando nos danos ambientais – em Santa cruz.
mos de características originais e água limpa; 10- Vão comprometer as práticas de atividades náuticas tradicionais da região, que são acessíveis a todos e não comprometem a natureza. Qual a lógica disso? governos precisam agir qual empresas. Manter-se em constante aperfeiçoamento. Os tempos são outros. gerar energia sem cumprir com o requisito da sustentabilidade – ou seja sem a garantir a preservação da fonte energética, no caso, o rio – não faz o menor sentido em 2015. Se é para o governo incentivar o setor com linhas de crédito, que sejam para projetos modernos, de fonte renovável, como a biomassa, geradores eólicos e, por que não, energia solar. Sol aqui é o que não falta, nem vento! Fato é que os cidadãos do interior continuam a ser tratados feitos índios a serem ludibriados com espelhinhos, a julgar pelo discurso de empreiteiras que destruir o rio Pardo com projetos sem lógica alguma. Não somos tão ignorantes. E somos eleitores. Queremos o melhor para o rio Pardo e para nossa região. É lógico. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin diretora-editora 360 | 360@caderno360.com.br
Ora, Ação! Provérbios 21 Vs: 3
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“Fazer justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício.”
• correio
Nosso agradecimentos às leitoras • Elzinha Caccuri/São Paulo • Jamile Burzichelli/Penápolis • Inez Cassita/ Sta. Cruz do Rio Pardo pelos depoimentos espontâneos a respeito das edições do Caderno 360. É para que as pessoas leiam mais que circulamos a cada mês com notícias, artigos e dicas. Saber que gostam tanto de ler todo o nosso conteúdo é uma honra e satisfação !
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• gastronomia
Vocês querem BACALHAU? por Flávia Manfrin
Para garantir que sua Páscoa tenha um bacalhau para agradar em cheio ao seu paladar, trazemos duas receitas muito testadas pelos amigos e pela família. a primeira, traz o peixe que chega no mercado conservado no sal numa versão espanhola, como não poderia deixar de ser na casa de Vivianne Peres Renófio. a segunda receita, mais simples, surgiu na base do improviso, nas grelhas de churrasco de meu cunhado, e caiu no gosto da galera. Eu sinceramente não comi nenhum dos dois. Mas a julgar pelos comentários, os leitores podem copiar, sem susto. E depois, podem nos contar se valeu a pena. Publicaremos as opiniões, com o maior prazer. Bom apetite!
_Ingredientes: • 3kg de bacalhau • 1 pacote de grão de bico • 1kg de tomates maduros e firmes • 1kg de cebolitas • 2 cabeças de alho • 500ml de azeite de oliva • 200g de azeitonas pretas miúdas • 2 colheres de manteiga _Preparo dos ingredientes: Coloque o bacalhau de molho com dois dias de antecedência. Mantenha na geladeira e troque a água 2 vezes ao dia. Na véspera, é a vez de colocar o grão de bico de molho. No dia do preparo, afervente o bacalhau em água com duas colheres de manteiga. Retire, escorra a água e limpe o peixe, retirando pele e espinhas. Depois desfie a carne em grandes lascas e reserve. Cozinheo grão de bico cuidando para não ficar mole demais. Quando estiver no ponto, retire do fogo e dê um choque térmico com água gelada, pra soltar a pele. Retire toda a pele e reserve. Tire as peles dos tomates. Corte em quatro pedaços cada tomate e retire o miolo com as sementes.
Bacalhau à Espanhola por Vivianne Peres Renófio
Bacalhau na Brasa por Orlando Quagliato Neto
Bata esse miolo no liquidificador. Descasque as cebolas e esprema os dentes de alho. _Preparo do prato: Aqueça metade do azeite (250g) e frite o alho. Em seguida, cubra com camadas, primeiro colocando as lascas de bacalhau, depois a cebolas, o grão de bico, os tomates cortados e as azeitonas. Acrescente 700ml de água (pode ser quente), o restante do azeite e os miolos do tomate batidos. Cozinhe até que as cebolas estejam macias. Caso prefira, pode fazer o mesmo processo no forno. Neste caso, frite o alho no azeite e transfira para um pirex, seguindo com a mantagem das camadas e cobrindo com um papel metálico para não ressecar.
_Ingredientes: • bacalhau em postas • azeite extra virgem __Preparo do prato: Compre postas já desprovidas do sal que preserva o bacalhau ou tire o sal deixando de molho desde a véspera, trocando a água pelo menos duas vezes ao dia. Coloque as postas numa panela de água e leve ao fogo. Quando for levantar fervura, desligue. Escorra bem o bacalhau numa peneira, por pelo menos 30 minutos. Depois regue o peixe com azeite. Uma, duas, três vezes até deixá-lo bem umedecido com o azeite. leve ao fogo de brasa e churrasco. Em 15 minutos estará pronto.
Fotos apenas Ilustrativas _ extraídas da internet
Bacalhau é um peixe de extremos. Ou você adora, detesta. apesar de fazer parte do segundo time, não perco a chance de comer um bom bolinho feito dele, desde que seja bem desfiado. imortalizado pelo grande mestre do escracho na TV, o impagável chacrinha, o bacalhau também se tornou o símbolo da Páscoa. Não do domingo, exatamente, mas da 6ª-feira Santa, quando, segundo a tradição católica, todos devem se abster do consumo da carne vermelha.
4 • ponto
de vista
Ate quando?
Estamos em 2015. Já estamos carecas de saber que temos que cuidar do planeta, pensar na permanência da natureza e adotar hábitos que cumpram essas duas premissas. Ou seja, não devemos desperdiçar água, nem energia, muito menos alimentos. Não devemos jogar lixo no chão, permeabilizar o solo e deixar água acumulada. cidadania voltou à moda já faz muito tempo. E pra ficar. Não se trata de opinião. Mas da realidade, de fatos. Há controvésias? Sim, claro. Vira e mexe aparece algum estudioso dizendo que efeito estufa não é aquilo tudo, que a tecnologia vai fabricar água e que sementes dos alimentos que sempre brotaram da terra podem ser transformadas pelo homem, em laboratório, sem que isso siginifique um risco, um dano, um problema para todos nós. Ocorre que com tanta informação a respeito dessas questões, o homem se mantém prorrogando velhos – e nocivos – hábitos. Eu pergunto: afinal, o que o homem busca na vida? Não, não é a riqueza, pasmem. Ele busca perpetuar-se. Porém, mesmo com todos os avanços do mundo moderno – somos a geração coca-cola, mas no final das contas estamos mesmo vivendo mais, com mais jovialidade, inclusive – ainda somos mortais. Ou seja, diante dessa fatalidade, só nos resta perpertuar-nos através dos nossos filhos, das novas gerações. Esse é o sentido da vida do homem. a perpetuação da vida. Quando ele busca a riqueza, faz isso para viver bem, viver muito bem. E para dar uma boa vida para seus filhos. Ou seja, em tudo está a existência. certo? Bom, então vamos retomar a lição de casa. Para continuar existindo, já descobrimos que temos que: 1- Manter o que resta de original no planeta, tratando de preservar a natureza e usá-la de modo que ela não acabe, não se extinga. 2- Ter muito cuidado com as inovações que transmutam a natureza ou a maneira de viver do homem, pois já está provado que o tempo pode trazer surpresas desastrosas – o efeito estufa está aí pra comprovar, afinal, é fruto de criações do homem que se julgavam inofensivas, como o aerosol. 3 – Mudar hábitos que nossos avós, até nosso pais tinham, porque não se preocupavam com isso, porque a vida era mais simples e, principalmente, porque não eles não tinham como gerar a montanha de descartes que geramos hoje.
lixãO_ Veja como isso faz sentido. Seu avô, ou bisavô, talvez não se importasse em jogar lixo nas ruas. E qual a razão? Talvez porque ele vivesse no campo e o lixo se resumisse a jogar cascas de frutas no chão. Ou então, sua querida avó, no intervalo do colégio não descartasse lixo algum, guardando com cuidado o guardanapo de pano no qual embrulhava o lanche escolar. Ou, ainda, seu tio-avô também não deixasse lixo na hora da folga do almoço no trabalho, porque comia numa marmita, que levava de volta para casa. Quanto mais o homem buscou evoluir e ter uma vida confortável, mais lixo ele passou a gerar. Todo mundo quer trocar de TV a cada ano. a geladeira, o fogão. celulares são descartados a granel, computadores idem. Tudo vai para o lixo. Um lixo eletrônico, difícil de reciclar, como o plástico. O papel, mesmo que feito de madeira legal, é descartado a rodo. Quer provas? coloque um saco plástico, desses de farmácias ou supermercados, pendurado no seu banheiro. Deposite ali o “lixo limpo”: caixas de remédios, bulas, cartelas de remédios vazias, papelão do papel higiênico, caixa do creme dental, embalagem do sabonete, da escova de dentes, o lacre do shampoo, a caixa das folhas de depilação, as embalagens de tudo que você usa no banheiro. Você não vai acreditar como ele se acumula rápido. O modo de vida “a granel”, quando o produto era vendido num grande saco ou barril e você
* Fernanda Lira
levava a sua embalagem para encher, talvez possa ser um estilo “vintage” interessante, pois é angustiante ver a quantidade de embalagens plásticas que descartamos com produtos de limpeza, por exemplo. Uma verdadeira loucura. Resistentes, grandes e robustos, elas acompanham o produto como se custassem nada. custam sim. Muito, para ser recicladas. Essa vida pautada no consumo de quem mal tem tempo pra pensar no que está fazendo, muito menos dar atenção ao lixo que está gerando, me faz perguntar: até quando? Estamos em 2015. as crianças que foram ensinadas nas escolas que não se deve jogar lixo no chão já são adultas. Já ingressaram no mercado de trabalho. Muitas são mães, pais. E estão aí, jogando lixo, perpetuando algo que além de tudo é de uma falta de educação tremenda. Então, preste atenção: Não pode jogar lixo na rua. Nunca. Não pode varrer o quintal ou a calçada com a água da mangueira. Ou você usar equipamentos de pressão de água, que consomem pouca água, ou vassoura. Depois um balde com a água da máquina de lavar. Não se trata nem de economizar. E sim de não desperdiçar. Outra atitude mal educada. E por que, oras, é tudo isso falta de educação? Porque ninguém vive sozinho. Porque temos que respeitar os limites que cercam a vida comunitária, onde todos fazem parte do mesmo ambiente e podem interferir nele.
DENgUE _ O mesmo se pode dizer da Dengue. como temos epidemias e casos e mais casos se alastrando se a maneira de se conter depende apenas de nós? Não depende de governos, da saúde pública, do papa. Depende apenas de cada um manter sua casa sem água parada. Simples. Muito simples. Já se comprovou que os locais públicos têm sido tratados pelos governos. Os focos estão nas residências, nas empresas. Então, não era pra ter, era? RiO PaRDO_ Os exemplos não param de surgir. E concluo com um que me parece talvez o mais insano: projetos de PcHs no rio Pardo. Desmatamento de mata ciliar num rio do estado de São Paulo. Esse mesmo que está se vendo diante de um grande, enorme problema chamado falta de água. Um rio paulista e despoluído, que supre as necessidades de 15 municípios, tanto para moradores, quanto para as empresas e as lavouras. Um rio que não é nem largo, nem tão fundo como um Panapanema, do qual é afluente. Um rio que nunca judia de sua gente, não deixando faltar água, nem causando tragédias em época das cheias. Um rio Pardo. limpo, moreno. cheio de vida. Não dá pra ter PcHs neles. E isso não devia nem gerar dúvidas. Na atual conjuntura, somando prós e contras, parece óbvio que o rio deve pernanecer intocado. Pelo menos até que se prove que dá mesmo pra fabricar água. * jornalista paulistana que adora o interior e anda estarrecida com o nível de insensatez que do homem| felira@caderno360.com.br
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• agro
Quem não quer uma casa no campo? Um lugar aconchegante cercado pela natureza? Percorro sempre a área rural e sempre vislumbro casinhas como as da foto, muitas delas abandonadas. Na mesma situação que estava essa, cuja restauração acompanhamos pela rede social , na página da autora, Ana Cristina Botelho.
EU QUERO uma casa no campo fotos: acervo particular de Ana Cristina Botelho
Ciente do pequeno tesouro que tinha, ela recuperou o imóvel, deu acabamento e mobiliou com graça e uma capacidade clara de inserção ambiental. Fez tudo com graça, baixo custo e divertindo-se com cada etapa do processo. Usou mão de obra familiar, capricho, material acessível e muita criatividade, inclusive para dar novos usos aos objetos que ali restavam. O resultado está aí. Adorável. Uma casa arrumada, alegre, descolada e aconhegante. Onde dá vontade de estar, de morar. E, o que é melhor, histórica e ecológica, pois se mantém original. Para completar, econômica, com aproveitamento de material e compra de itens mais baratos, como a cal colorida, que fica O processo de restauração *mostra que o que poderia ser descartado é renovado com graça, conforto e prazer
*
linda no campo, a chita para revestimento, condutores de energia aparentes, entre outros. Uma releitura muito acertada e fácil de fazer na sua casa na roça. Inclusive seguindo com seu próprio estilo. Para quem não leva muito jeito, ou não tem muita ideia, vale a pena observar o trabalho, que nos pemitem algumas dicas: arrumar a casa pensando em simplicidade, organização e funcionalidade. Descartar o que não será usado e dar nova vida a tudo que restar, tratando de colocar cada coisa em seu lugar. Valer-se do uso de cores e não ter receio de botar a mão na massa. Muito pelo contrário. Para completar, as fotos mostram que para ter um bom resultado, é importante incluir no projeto o ambiente externo e não deixar nada por fazer, inacabado. Como mostram as fotos, a casa está pronta. E o que há em volta dela também.
• giro 360
FOOD truck tipo “arrasa quarteirão” fotos: Flavia Rocha | 360
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O food truck *Johnny's Burguer no domingo à noite, em Sta. cruz. Fila para a delícia que “exala” sabor
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De volta à Santa Cruz do Rio Pardo, cidade para onde retornou depois de fixar-se com a família em vários endereços no Brasil e no exterior, a chef que tem assinado boa parte das festas descoladas da cidade, como jantares e aniversários repletos de delícias criativas, desenvolveu com o filho, João Augusto, seu caçula, um projeto a partir do tão fascinante papel, usado para embrulhar os suculentos hamburguers sob a marca Johnny's Burguer.
que eles agregam, pois além da versão básica, que leva fatias de bacon crocante, queijo, tomate e alface, há criativas versões do Especial do Mês –, o Jonny's foi um sucesso instantâneo, a ponto de criar fila de espera na linha que atendia diretamente
foto: edição 3460 de foto Johnny's Burguer
Quando se encantou com o papel de seda quadriculado de preto e branco numa viagem, a ponto de comprar um grande lote sem saber como o usaria, provavelmente, a quituteira Cristina Santos de Oliveira, não podia prever o sucesso que estava prestes a criar.
ao lado, João augusto *(cristina está ao fundo), e a “chapa quente” e lotada de hamburguers feitos de angus. acima, a versão tradicional e o papel xadrez branco e preto
*
na casa da família, duas vezes por semana, e filas de clientes nos eventos que eles começaram a participar.
Com uma receita de molho tipo maionese que não tem precedentes – e é guardada em segredo – e ingrediente altamente selecionados – hamburguer de angus, pão feito sob encomenda, entre outros itens
Não demorou para que o descolado sanduba, que tem ainda uma versão Duplo, que leva os mais gulosos às alturas, ganhar o tão falado “food truck", que é como usam chamar agora os trailers de comida de rua, que se apresentam diferenciados pelo charme e pelo sabor. A novidade tem atraído gente até mesmo nos dias mais chuvosos, sempre às 5a.s e
domingos, quando o food truck Johnny’s Burguer estaciona em pontos da cidade, devidamente divulgados nas redes sociais. Com venda garantida de todas as unidades feitas artesanalmente, a novidade também entra no cardápio de festas, onde comparece em versões diminutas e tão deliciosas quanto a original. E já anuncia sua
versão benemerente: o Burguer Rio Pardo Vivo, que entrará no cardápio sempre que possível e reverterá parte de sua venda para a Associação Rio Pardo Vivo, que defende a preservação do Rio Pardo. Focado em manter os clientes satisfeitos, João Augusto agora se prepara para percorrer a região e atender aos incansáveis pedidos de uma visita do Johnny’s Burguer às cidades vizinhas. A julgar pelo que tem ocorrido em Santa Cruz, seu food truck vai provocar filas qual os filmes de grande sucesso, conhecidos como “block buster", ou “arrasa quarteirão". Info: Johnny's Burguer 14 99885.7779
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• meio ambiente
por Flávia Manfrin
O grande conhecer técnico do Pardo chama-se Edson Luís Piroli. Acadêmico da Unesp, em sua análise Piroli defende que o rio seja mantido como está. Ou seja, sem intervenção de barragens. Os principais argumentos do especialista constam em um dossiê que acaba de ser entregue ao presidente da Cetesb, Otávio Okano. Ele recebeu um grupo de defesa do rio que vem sofrendo um desmatamento que já ultrapassou 10 hectares na região de Águas de Santa Bárbara. A devastação foi questionada porque o projeto em questão, chamado Ponte Branca, não parece estar adequado às premissas ambientais previstas em lei. Tanto que está sendo questionado pelo Ministério Público através do GAEMA (Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente), em documento de mais de 60 páginas que também consta do dossiê entregue à Cetesb.
Desmatamento progressivo Um dos pontos que mais pesam na análise dos defendores do rio é que o desmatamento pode estar ocorrendo antes do projeto obter o Licenciamento de Implantação. A administração municipal de Águas de Santa Bárbara, não teve acesso a qualquer documento que comprovasse a autorização para a destruição da mata ciliar que acontece próximo à cidade. Tampouco a Cetesb soube justificar o fato durante a reunião com a Rio Pardo Vivo. Tanto que prontificouse a fazer uma inspeção. Representando a cidade, o prefeito José Mariano e os vereadores Marcelo Martins e Fabio Glaser, compareceram ao encontro agendado pelo ambientalista
fotos: Flavia Rocha | 360
O rio pardo está em pauta novamente. E com o mesmo tema: a possível criação de barragens para gerar energia em seu percurso. A equação é muito simples e claramente desfavorável para os empreendimentos, todos com claros sinas de estarem ultrapassados, além de incrivelmente caros e dependentes em quase sua totalidade de financiamento do BNDES, ou seja, de dinheiro público. Dinheiro nosso, que poderia ser usado para a educação, saúde, agricultura…. Além disso, os projetos de PCHs colocam em risco a integridade do rio. Os danos ambientais, que estão sendo alertados já há algum tempo, são claros e de grande importância, quer pela variedade, quer intensidade dos impactos.
MAIOR patrimônio natural da região ganha defesa coletiva Fabio Feldmann, que foi convidado a avaliar a questão e se dispôs a acompanhar os desdobramentos e analisar a situação do rio Pardo de perto. O encontro teve como principais interlocutores os ambientalistas Luiz Carlos Cavalchuki, presidente da Rio Pardo Vivo, e Ricardo Assaf, que contribuiu com sua experiência na defesa do rio Paranapanema, em Piraju. Também o ator Umberto Magnani fez questão de participar. “Quando assumi isso já tinha sido tratado”, disse o prefeito de Santa Bárbara, referindo-se ao Licenciamento Prévio emitido pela Cetesb em 2010. Ele acreditava que por envolver instâncias federais e estaduais, o gestor de uma pequena cidade de pouco mais de 5 mil habitantes – mas dona de minas de água mineral e terapêutica –, não teria como defender o rio. Descobriu que tem. E que a Cetesb, a julgar pela equipe presente à reunião, está disposta a tratar a questão com competência que ela merece.
Entenda o caso Diante da crise enérgica eminente, em
2002, o governo federal abriu linhas de crédito do BNDES para a instalação de PCHs. Pequenas Centrais Hidrelétricas, vale dizer, implicariam pequenas barragens em quedas d’água não muito elevadas, como as do rio Pardo, capazes de gerar alguma energia sem interferir demais no rio. Ou seja, teoricamente, uma PCHs não causaria grandes impactos no rio. Porém, os cinco projetos apresentados são gigantes. As barragens têm proporções de grandes hidrelétricas, implicam uma perda ambiental sem precedentes, que coloca em risco a integridade do rio – características físicas, além de fauna e flora. A perda de áreas de mananciais e produtivas é enorme. Pequeno mesmo, só o volume de energia a ser gerada (apenas 7Mw no caso do projeto Ponte Branca). “Essas PCHs são pequenas apenas na geração de energia, mas gigantes nos danos ambientais”, costuma explicar Piroli. O professor se refere ao volume de energia a ser gerado. Além disso são, PCHs hoje, são consideradas obsoletas, em razão de outras alternativas de geração de energia de fontes renováveis, como a
de biomassa (bagaço de cana), ou a eólica, que não causa danos ambientais nas proporções dos previstos nos projetos de PCHs para o rio Pardo. Sem contar os fatores de risco de abastecimento de água, já que o rio provê 15 municípios por onde passa. Seria mais um problema hídrico para o governo do estado, que está às voltas com a crise de água em várias cidades, incluindo a capital. O projeto Ponte Branca é gigante: um reservatório de 1,2km2, com uma barragem superior a 200 metros de comprimento e 24 metros de altura, localizado a apenas 1,5km de distância da cidade, uma estância turística hidromineral. Águas de Santa Bárbara, para quem não sabe, é uma diminuta cidade que atrai turistas com suas águas termais. No centro, figura um belo parque público por onde o rio Pardo passa, com direito a pista de caminhada, muitas plantas e um balneário de água quente natural, que oferece banhos medicinais de imersão, ofurô e ducha escocesa. Tudo a preços muito acessíveis para turistas e grátis num dia da semana para os moradores da cidade. Dona de diversas fontes de
membros *da ambientalistas, associação Rio Pardo Vivo e representantes de Águas de Santa Bárabra se reúnem com o presidente e técnicos da cetesb, em São Paulo. Na pauta do encontro, a integridade do rio Pardo
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água mineral da melhor qualidade, a cidade possui torneiras espalhadas pelas esquinas. Basta trazer o galão para ter água mineral em casa ou no trabalho, sem pagar nada. O município ocupa mais de 400km2 do estado e sua economia está ancorada em empreendimentos que se valem da exploração das minas de água mineral, como a marca Santa Bárbara, da Nestlé, da agricultura e do turismo. Ou seja, depende 100% do rio Pardo. A grande obra que vai gerar apenas 7Mw de energia (a hidrelétrica que atravessa o Paranapanema dentro de Piraju gera 30Mw), afetar 33 propriedades rurais, gerando uma perda anual de arrecadação de cerca de R$ 1,5 milhão e apenas cinco empregos.
O que pode ser feito Segundo o presidente da Cetesb e sua equipe de especialistas, presentes à reunião realizada em São Paulo, o caso será discutido e analisado com todos os critérios e cuidados que merece. O órgão responsável pela autorização das obras demonstrou grandes dúvidas a respeito do desmatamento que vem ocorrendo e garantiu que uma inspeção ao local será providenciada de imediato. Com dados e argumentos bastante consistentes e documentados, os defensores do rio Pardo acreditam que puderam suprir a Cetesb de informação clara e detalhada sobre o rio, de quem está vivendo o dia a dia da questão. E se propôs a
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tomar providências. E se comprometeu a comparecer para uma análise técnica, juntamente com técnicos da Cetesb. De volta à região, o grupo programa ações voltadas ao assunto. Além de vereadores e do prefeito de Águas de Santa Bárbara, a defesa da Rio Pardo Vivo tem apoio de toda a Câmara de Vereadores de Santa Cruz, de grande parte dos empresários da cidade e dos deputados Ricardo Madalena e Carlos Giannazi, este, autor de um projeto de lei estadual de preservação do rio Pardo, que tramita na Assembleia Legislativa. Caso seja aprovada, a lei encerrará a questão definitivamente, já que o Pardo é um rio estadual (nasce em Pardinho e desagua no rio Paranapanema, em Salto Grande).
Um trabalho de informação à comunidade também está em andamento. O apoio de Feldmann à causa, o trará à região para cumprir uma agenda que inclui conhecer de perto a situação de Santa Bárbara e conversar com a comunidade que se reunirá em Santa Cruz. Para quem não sabe, o ambientalista é autor das mais importantes leis relacionadas ao meio ambiente, tendo sido deputado federal por três mandatos e se mantém como ícone de conhecimento e estudo de questões ambientais no Brasil. Para acompanhar os desdobramentos da luta em defesa do rio Pardo, a Rio Pardo Vivo mantém o site um informativo atualizado: www.RIOPARDOVIVO.ORG e a página FACEBOOk/RIOPARDOVIVO.
Como funciona o processo das PCHs O Governo Federal _ Anúncia linhas de crédito (dinheiro mais barato) para que empresas construam projetos de geração de energia. O objetivo é evitar que falte energia no país. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) é o órgão que indica onde os projetos podem ser implantados e os autoriza desde que se cumpram os critérios já estabelecidos. Para detectar esses locais, no caso, quedas d’água, a ANEEL tem o aval da ANA (Agência Nacional de Água), que tem controle sobre os volumes e disposição dos recursos hídricos do país. São órgãos federais. A ANEEL indicou nove pontos de queda d’água no rio Pardo que seriam adequados para instalação de barragens de pequeno porte. Eles analisam a viabilidade do projeto, não os impactos ambientais, muito menos econômicos ou sociais, nos municípios em torno das barragens. Uma vez cumpridas as exigências da ANEEL, o projeto tem que ser submetido por um órgão estadual que vai avaliar os impactos ambientais. No caso do rio Pardo, a Cetesb. Governo Estadual_ Ao governo estadual, cabe avaliar se o projeto é viável ambientalmente. E isso é feito com base em dados técnicos. Além disso, o órgão checa se o projeto está em dia todas as determinações da ANEEL para poder ser executado.
Governo Municipal_ Aos municípios cabe valer-se daquilo que lhes compete. Com avaliar o uso do solo, pronunciar-se nas audiências públicas que acontecem antes de qualquer licenciamento, avaliar os ambientais sociais e econômicos. Em Santa Bárbara, as autoridades que hoje regem o município avaliam que o assunto não foi devidamente discutido à época da aprovação da Licença Prévia. Vale resssaltar que geralmente, esses projetos são apresentados à população como um grande empreendimento, que vai trazer modernidade e elevar o potencial turístico e de lazer da cidade. Não é verdade. Especialmente no rio Pardo, que é um rio altamente navegável, tranquilo e limpo, ideal para as mais ecológicas e saudáveis atividades náuticas. Também cabe aos municípios alertar e questionar os órgãos competentes diante de danos ambientais impossíveis de serem revertidos. É o caso do desmatamento que foi verificado próximo à cidade. O que está sendo questionado pela Rio Pardo Vivo é a viabilidade ambiental, econômica e social dos projetos. A entidade pleiteia junto à Cetesb que, antes que isso seja efetivamente avaliado, o desmatamento seja interrompido. Afinal, não se coloca o piso antes de uma casa ser construída. Muito menos o terreno ser comprado.
A Rio Pardo Vivo foi criada para proteger o rio Pardo de riscos Quando um órgão dá parecer negativo, a autorização dos de- de contaminação, modificação das águas e perda da fauna e da mais perde o valor. Ou seja, é preciso que o projeto seja flora originais. A associação representa grande parte da população da região das duas cidades mais fortemente afetadas aprovado em todas as instâncias. pelos cinco projetos que tramitam na Cetesb. Tanto que já Ocorre que, como todo processo, quando se tem uma negativa, somou mais de 38 mil assinaturas registradas em cartório, cabe recurso. É o que está acontecendo com os três projetos em 2012, quando foram discutidos com a sociedade os 3 propropostos para o rio Pardo em torno de Santa Cruz. Em Águas jetos próximos a Santa Cruz. de Santa Bárbara a situação é mais alarmante, porque foi dada a Licença Prévia. Mas para que fosse feito o desmatamento, Para ampliar o movimento em defesa do rio Pardo, foi criada seria necessária uma Licença de Implantação. E nem a Rio Pardo uma petição on line, que vem ganhando força nas últimas seVivo, nem a prefeitura de Águas de Santa Bárbara teve acesso manas. O documento pode ser assinado através do link www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N43858 a tal documento.
12 • agenda
cultural
M A R ÇO -abril
Março inaugura a agenda cultural da região, com profusão de eventos de música, teatro, cinema e literatura. A maioria é Grátis! Aproveite!!!! • Leitura. projeto Leitura na praça. Exposição de livros, jornais, gibis, cantinhos para leitura, painel criativo e contação de histórias. Com participação da Biblioteca Fama de Ourinhos. 06/03 _ 8h às 17h. Praça Central • Lazer: Feira da Lua.Barracas de gastronomia, artesanatos, brinquedos, roupas etc. Participação da Banda Ecoarte de Chavantes. 14/03_17h às 23h. Pr. Central CHaVantes • Evento: encontro regional da terceira idade. 22/03 _16h às
21h. Ginásio de Esportes. info: 14 3342-9200 – r. 215 Fartura • evento: 27ª eXpoFar. 14/03: Baile Escolha da Rainha 26/03 _ 20h às 04h: Abertura oficial, início do rodeio e show com Munhoz e Mariano 27/03_ 20h às 04h: Rodeio e show com João Bosco e Vinicius. 28/03_ 10h às 18h: Prova 3 tambores_ 20h às 04h: rodeio e show com Rio Negro e Solimões 29/03_ 09h às 15h: Cavalgada _20h às 03h: Rodeio,encerramento e queima de fogos info: 14 3308-9200
aVaré • Evento: dia nacional da poesia. Atrações culturais, exposição de trabalhos poéticos. 14/03 – 10h às 16h. Largo São João • Evento: Viva o Largo são joão. Música dançante na praça. 14, 15, 21, 22, 28 e 29/03 _ 19h às 22h. Largo São João • Infantil: a Hora do Conto. Contação de histórias. 19/03 _ 9h às 14h. Biblioteca Municipal Prof. Francisco Rodrigues dos Santos • Poesia. encontro poético. 19/03 _ 19h30. Biblioteca Municipal Prof. Francisco Rodrigues dos Santos • Cinema. Cinema no divã. Apresentação do filme“Meu mal-
O PONTOS MIS está de volta. O programa inclui 2 filmes (um curta e um longa) 1 vez por semana. Sempre no mesmo dia e hora semanal. E também uma Oficina, que acontece 1 vez por mês. Tudo Grátis!! A cada mês, muda a programação (os filmes) e a oficina. Várias cidades da região participam. Para tanto, basta procurar os organizadores no MIS (Museu de Imagem e do Som). Eles podem informar que tipo de local é preciso, entre outras coisas que podem garantir esse ótimo programa na sua cidade. Informe-se. aVaré: Clube Avareense de Cinema. 2ª quarta-feira do mês_ 9h, 14h e 19h30. Curta: Viagem a Marte. Dir. Juan Pablo Zaramella. 16 min. Livre. Animação com bonecos de massinha conta a história do garotinho que se encanta por uma série de TV. Longa: o pequeno italiano. Dir. Andrei Kravchuk. 99 min. 12 anos. Garoto de 6 anos vive em orfanato na Rússia e será adotado por um casal de italianos. oficina: desvendando sua Câmera. Com Natália Tonda. 11/03 – 18h30 às 22h30. 20 vagas. A partir de 14 anos. BotuCatu: (local não informado) 5as-feiras – 20h. tatuÍ: Auditório do Museu Histórico Paulo Setúbal. (data e horário não in-
formados). Curta: 5 Minutos. Dir. Quico Meirelles. 6 min. Livre. Casal de brasileiros que mora em Londres, encontram um pyb fechado e começam a discutir sobre o que pode acontecer em 5 minutos. Longa: os 12 trabalhos. Dir. Ricardo Elias. 90 min. 12 anos. Heracles é um jovem que vive na periferia de São Paulo e gosta de desenhar. Após deixar a Febem, vai trabalhar como motoboy e tem que realizar 12 tarefas. Baseado mitologia grega sobre os doze trabalhos de Hércules. oficina: narrativa audiovisual. Com Paulo Aragão. 14/03/15 – 9h às 13h. 20 vagas. A partir de 14 anos. Aborda os fundamentos da criação de histórias, além de recursos dramatúrgicos e estéticos, que podem
ser utilizados na produção de narrativas para cinema, TV ou web. CHaVantes. Centro Cultural Wadia Mansur. (data e horário não informados). Curta: Historietas assombradas para Crianças Mal Criadas - alphonsinho o inventor. Dir. Victor Hugo Borges. 11 min. Livre. A chegada de uma velhinha transforma o cotidiano de garoto de 11 anos. Longa: os três zuretas. Dir. Cecílio Neto. 82 min. 12 anos. Três meninos desconfiam quepodem ter o poder de invocar o demônio. Em meio a trapalhadas chegam ao dilema de escolher entre o bem e o mal. oficina: séries Fotográficas com a Câmera do Celular. Com Nati Castro. 03/03/15_ 13 às 17h.
vado favorito.” Após a sessão, debate mediado por psicanalista sobre o tema do filme. 20/3 _ 19h15. Auditório das Oficinas Culturais José Reis Filho • Evento: Horto encanto.22/03 _ 15h30. Horto Florestal • Evento: encontro de Violeiros. 15, 22 e 29/03 _ 16h e 22h. Centro Comunitário Jardim Brasil • Música.sarau Caipira. 25/03 _ 19h30. Biblioteca Mun. Prof. Francisco Rodrigues dos Santos • Música: Coreto Cultural. Música Instrumental. 28/03 _ 10h e 15h.Praça Independência. piraju • evento. Xiii encontro de Mo-
20 vagas. A partir de 10 anos. Os participantes são motivados a criar séries de fotos, tirando o melhor proveito de uma câmera de celular. CerQueira César (local, data e horário Não informados). Curta: os sons do divino e o espírito santo do silêncio. Dir. Claudia Pinheiros. 15 min. 12 anos. A Festa do Divino é o pano de fundo para história sobre incomunicabilidade e o amor entre pai e filha, a descoberta do amor e a fé. Longa: Marvada Carne. Dir. André Klotzel. 80 min. 14 anos. Nhô Quim vive resolve cair no mundo à procura da solução para as duas questões que mais lhe incomodam: arranjar uma moça para casar e comer carne de boi. oficina: séries Fotográficas com a Câmera do Celular. Com Nati Castro. 04/03/15 – 8h às 21h. 20 vagas. A partir de 10 anos. Os participantes são motivados a criar séries de fotos, tirando o melhor proveito de uma câmera de celular. ourinHos. Teatro Municipal Miguel Cury. (data e horário não informados) Curta: a Última reunião dançante.Dir. Lisandro Santos. 13 min. Livre. O mundo nunca mais foi o mesmo depois de 1989 para Jonas, adolescente que ficou em recuperação na escola.
tociclistas. 14, 15 e 16/03. Na Fecapi. Info: 14. 3351 2569/4551
tura. Ingressos à venda no local, na Tons & Acordes e no Studio Instituto Musical em Ourinhos.
santa Cruz • Música. jean Freitas e zé Barbeiro. O jovem sanfoneiro encontra o mestre do Violão 7 Cordas 22/03 _ 20h30. Palácio da CulLonga: titãs – a Vida até parece uma Festa. Dir. Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves. 100 min. 12 anos. Documentário sobre a trajetória da banda em ritmo de aventura, cenas inéditas da vida dentro e fora dos palcos. oficina: Câmera no trombone. Com Christian Saghaard. 12/03/15 – 8h às 12h e 13h30 às 17h30. 25 vagas. A partir de 7 anos. A proposta é despertar a sensibilidade para a linguagem dos documentários. paLMitaL. Anfiteatro do Centro Cultural Antônio da Silva Cunha Bueno. 5as-feiras – 20h. Curta: Linha do Mar. Dir. Felipe Vernizzi. 20min. Livre. Menino sonâmbulo, André fugia todas as noites para ir se deitar na areia da praia. Trinta anos depois, continua a sonhar com o mar, mesmo morando distante dele. Longa: Brasil somos nós. Dir. Robert Bellsolá. 110 min. 12 anos. Em 1904, diretor de uma banda de música foi para o Brasil em busca de fortuna e desapareceu. Ele era bisavô de Carlos Nuñez, músico internacional que decide
• ArtesLazer. Coreto Criativo. Música, dança e os mais diversos tiposd e artesanatos e culinária. 15/03 _ 17h às 22h. Praça Dep. Leônidas Camarinha buscar a verdade. oficina: Câmera no trombone. Com Christian Saghaad. 25/03/15 – 13 às 17h. 25 vagas. A partir de 7 anos. A proposta é despertar a sensibilidade para a linguagem dos documentários. santa Cruz do rio pardo. Cine Teatro São Pedro - Palácio da Cultura. 3as-feiras – 20h. Curta: atrás da História. Dir. Jarleo Barbosa. 10 min. 10 anos. Um filme atrás de sua história. Longa: Cinema, aspirinas e urubus. Dir. Marcelo Gomes. 101 min. 14 anos. No meio do sertão nordestino, um alemão que fugiu da guerra e um brasileiro que quer escapar da seca viajam apresentando o cinema como um remédio "milagroso". Filme vencedor de diversos prêmios. oficina: séries Fotográficas com a Câmera do Celular. Com Nati Castro. 02/03 - 18h às 22h. 20 vagas. A partir de 10 anos. Os participantes são motivados a criar séries de fotos, tirando o melhor proveito da câmera de celular.
foto: divulgação
Canitar
O Circuito Cultural Paulista volta à cena do interior trazendo espetáculos de qualidade que já fizeram sucesso na capital. Circo, teatro,música e outras performances percorrendo a região. Grátis! "blaxploitation à brasileira" se misturam com equilíbrio, mantendo a elogiada influência do afrobeat diluída junto aos outros ritmos. (90 min./ Livre) aVaré: 20/03 – 21h. Concha Acústica ourinHos: 21/03 – 22h. Teatro Municipal Miguel Cury
bique, catira e guarânia. (50 min./ Livre) paLMitaL: 19/03 – 16h. Escola Adalgisa C. Campos • Teatro. não Vamos pagar! Virgínia Cavendish. Antônia e Margarida são donas de casa com dificuldade para manter as contas em dia. Antônia perde o emprego e seu marido trabalha em fábrica ameaçada de fechar. Ela se envolve com um grupo que em protesto pelo aumento dos preços decide saquear um supermercado, envolvendo-se em de peripécias e com foto: divulgação
• Teatro. o Último sarau - os geraldos. A morte do diretor artístico do Grupo Arte & Vida, que por 30 anos promoveu saraus, peças e eventos culturais em uma pequena cidade, é ocasião para um último sarau com a sua presença. Poemas, canções e cenas que fizeram parte da história do grupo são apresentados em uma despedida alegre que, ao evocar memórias e afetos, conduz a uma reflexão sobre a vida, o amor e a arte. (60 min./ 12 anos) santa Cruz do rio pardo: 15/02 – 20h30. Palácio da Cultura.
• Dança. do Corpo à raiz - Cia. dança Vida. Traz modalidades criativas das culturas de raiz em uma leitura contemporânea provocando o olhar para um possível distanciamento de valores essenciais da vida humana. Revisitando o sagrado e o profano em práticas populares tradicionais, os bailarinos constroem o seu próprio corpo-caboclo dentro dos ambientes sonoros por Ivan Vilela em ritmos como congado, Moçam-
problemas criados pela Margarida. (110min. 12 anos) assis:20/03 – 20h30. Teatro Municipal Pe. Enzo Ticinelli • Música. Bixiga 70. O show chega com disco com groove mais pesado, guitarras e teclados na linha de frente, junto com os metais, bateria, baixo e percussões impulsionando os arranjos. Terreiro, Jamaica, dinâmicas jazzísticas, Pará, Etiópia e um clima de
• Infantil: o Circo dos objetos Marisa Basso Formas animadas. Sons, cores e movimentos se fundem e, de repente, de um guarda chuva temos a lona. A alegria do Circo está no ar, nas formas e no ritmo dos mais variados objetos. Como num passe de mágica, escovas, baldes, vassouras, desentupidores de pia, tecidos e espanadores vão se transformando em personagens circenses, ganhando alma e encantando o público. (45 min./Livre) Lins: 06/03 – 14h. Casa da Cultura • Música. Bárbara eugênia. A cantora carioca radicada em São Paulo apresenta canções de seus dois discos. Uma das autoras da trilha sonora do filme "O Cheiro do Ralo", junto com Edgard Scandurra, Arnaldo Antunes, entre outros, promoveu o projeto "Les Provocateurs", homenagem ao cantor francês Serge Gainsbourg. (60 min./ Livre) piraju: 21/03 – 20h30. Cinemax BotuCatu: 22/03 – 19h. Teatro Municipal
• Música *Tiago Cachoni
uM 2015 agitado alta do dólar, inflação, manifestações, crise econômica, denúncias de corrupção... Nosso 2015 não parece lá muito empolgante, mas, ao menos na seara a que me proponho neste espaço, há motivos para sorrir: a música. No caso, a quantidade de shows para se ver em nossa região (e Brasil afora). Neste março, nos dias 28 e 29, teremos a 4ª edição do lollapalooza brasileiro, novamente no autódromo de interlagos, São Paulo. Pela primeira vez ficarei de fora, mas alguns shows merecem uma conferida, notadamente o Jack White, que anda em ótima fase, e a lenda Robert Plant. ainda temos alt-J, Kasabian, St. Vincent, Banda do Mar, interpol, The Kooks, Pharrell Willians e Smashing Pumpkins como destaques. Hoje firmado como o grande festival de música no Brasil, e responsável indireto pelo sumiço de outros (Planeta Terra, SWU), a grande sacada do lollapalooza é prezar por uma escalação equilibrada, prezando por apresentar coisas novas ao público, sem, no entanto, esquecer alguns medalhões. incomoda a enxurrada de bandas sem sal que mais parecem trilha sonora de propaganda de celular, mas nem tudo são flores, né? completamente diferente é o gigante Rock in Rio, que tem nova edição no próximo setembro. com ousadia zero, seus produtores sabem que o que interessa ao público é o entretenimento (e os selfies nas redes sociais). a música é detalhe. E
tome as mesmíssimas bandas de sempre. Já anunciaram o Metallica e o Slipknot. Não duvido nada de iron Maiden e o mortovivo guns N’ Roses nos próximos dias. O Queens of The Stone age, a despeito de ser a melhor banda do rock atual, tocou recentemente no país (e pela quarta vez). Faith No More, outro monstro ao vivo, também tocou aqui há não muito tempo. a bola dentro foi o ótimo Mastodon, inédito no Brasil. No campo das especulações, consta que teremos ac/Dc, Rolling Stones e Pearl Jam mais para o final do ano. Vendo um rim por um show do Stones. Em nossa região, o Racionais virá a Ourinhos em 02/05 (imperdível!). Vale muito a pena também o show da banda Bixiga70, que tocará no Teatro Miguel cury (Ourinhos), em 21/03. Trata-se de um dos melhores sons a se conferir no Brasil hoje. O João Rock, festival sediado em Ribeirão Preto, anunciou recentemente sua escalação: Skank, Raimundos, Frejat, criolo, gabriel O Pensador, Dead Fish, Móveis coloniais de acaju e o mítico Planet Hemp (que por si só já vale o ingresso). O festival acontece em 13/06. E ainda tem Virada cultural em São Paulo e no interior (em maio). Haja fôlego! *músico que te recomenda uma audição do disco de estreia do Russo Passapusso, Paraíso da Miragem.
P i n g o
arte: Sabato Visconti | 360
14 • meninada
Uma casa em construção direito. Subiu no monte de areia fofa, fresquinha e achou o lugar perfeito, de onde tudo via e sentiu-se feliz. Ali teve uma visão: o mundo ideal dos cachorros é uma construção sem fim. Montes de areia, buracos, paredes que sobem, outras que caem, todos cavando, fazendo e jogando barro nas paredes, um verdadeiro parque de diversões canino. Quem gosta de tudo arrumado são os humanos, cachorro gosta de desarrumação, de construção sem fim, filosofou Pingo, mas lembrou-se do quarto do Alvinho na maior bagunça, mil brinquedos e spalhados pelo chão e refez a imagem. Quem gosta de arrumação são as mães. E sonhou que a construção não terminaria jamais.
Wladomiro Neto
A casa do Alvinho tornou-se um canteiro de obras. Pedreiros quebrando paredes, levantando outras, muito movimento, bem ao gosto do Pingo. Montes de areia, mais ainda ao gosto do Pingo. Barulho, sujeira e a mãe do Alvinho dando ordens, ficando nervosa, andando pra lá e pra cá, levantando o dedo, a voz, e Pingo seguindo-a o tempo todo. Aquilo tudo estava muito divertido, a não ser... Com pouco espaço e muito movimento alguns esbarrões, aqui, ali e acolá eram inevitáveis e a mãe do Alvinho começou a implicar com o Pingo. Tanto ralhou que Pingo foi observar o movimento em um canto. Não gostou, era baixo e não via
15 • bem
viver
Mulher arte: Franco Catalano Nardo | 360
*José Mário Rocha de Andrade Minha geração viveu a revolução sexual, o início da busca pela emancipação da mulher. Falar da luta da mulher em busca de seu espaço é falar de sexo, essa força poderosa que tanto mascara quanto expõe o íntimo do ser humano, o seu melhor e o seu pior. Aqui vai minha história como personagem, observador e admirador. Vivi minha adolescência na década de 1960, tempo em que o sexo era tabu. Namoros, noivados, eram assexuados, pelo menos ao pé da letra. Muitos pais levavam os meninos com 16 anos à zona do meretrício para sua primeira experiência sexual sem amor. As meninas a tinham na lua de mel, com amor. As meninas que não se casavam tornavamse as tias solteironas, viviam e morriam virgens. Se perdessem a virgindade, mesmo com amor, eram mal faladas, mal vistas, mal assombradas, uma ameaça aos casamentos e eram excluídas da sociedade. Hoje o sexo é descoberto no namoro, com amor. Ainda há muito medo, preocupação e preconceito em relação ao sexo. Ao pé da letra, conhecer o sexo é conhecer o corpo e conhecer o corpo começa com o bebê mamando, conhecendo suas mãos, seus pés, aprendendo a andar, a falar e termina com o idoso conhecendo suas rugas, sentindo as dores da artrose, revivendo em seus netos. Nem todas as meninas se “guardavam” para o casamento nas décadas de 60 e 70. Em 1960 a pílula anticoncepcional foi aprovada nos Estados Unidos e abriu espaço para o sexo seguro, sem medo da gravidez indesejada. Essas meninas que transavam antes do casamento e faziam sexo porque assim o desejavam eram rotuladas de biscates. Perdiam a condição de “menina de família”, “menina para casar”, ganhavam o status de “devassa”, “dá pra qualquer um”, “uma doença incurável”. Em um filme do Ingmar Bergman, “O Sétimo Selo”, o herói joga xadrez com a morte e, um dia, vê uma carroça transportando uma adolescente enjaulada, condenada à morte na fogueira porque “estava com o diabo em seu corpo”. Ele a olha, procura pelo diabo, observa a menina, sua juventude, seu medo e não consegue enxergar, nela, o tal do diabo. Foi o homem da Igreja quem viu e sentiu o diabo no momento em que seu corpo foi tomado pelo desejo avassalador da carne, o desejo proibido de fazer sexo com a adolescente sueca, loura, sensual, linda de morrer. Enxergar o diabo na mulher é um pecado que o homem paga até hoje. Basta ver um peito e ele se assusta com o reboliço que começa em seu interior.
Há poucos anos uma dezena de mães promoveu um “Mamaço” no Centro Cultural Itaú em São Paulo, após uma delas ser proibida de amamentar em público pelo segurança do local. No dia do “Mamaço” todas, ao mesmo tempo, tiraram o peito e o deram de mamar ao seu bebê.
nos de minha geração, dormi com muitas biscates antes de fazê-lo com uma namorada. Elas transavam porque era bom, porque gostávamos um do outro, num tempo distante que não permitia esse comportamento. Os riscos e os preconceitos eram todos em cima delas.
Biscate é um nome do passado, dado pelos homens, é história. As mulheres de hoje decidiram mudar tudo isso, tomaram a dianteira e gritaram ao pé da letra, para o horror dos bons costumes e da tradição: “Somos as Vadias”. O movimento começou em 2011, em Toronto, Canadá, e dezenas de mulheres fizeram a primeira, de inúmeras que se seguiram, inclusive no Brasil, “Passeata das Vadias”, SlutWalk no original, vestindo roupas sensuais, provocantes, dessas que acordam o diabo nos homens, porque, nos dias de hoje, autoridades culparam as roupas sensuais das mulheres pelos estupros cometidos pelos homens. A fogueira não se apagou.
Ao pé da letra, biscate vem de bico, serviço temporário e, segundo o Houaiss, prostituição, esse dicionário ainda dizendo errado,
O destino das bruxas foi a fogueira, o das biscates o ostracismo, mas as vadias, essas mulheres fortes e guerreiras que não mais aceitam esse demônio sem controle que move alguns homens a castigá-las estão lutando mundo afora pelo seu espaço, pela liberdade de se vestir, agir e ser. O tempo hoje é outro, outro instante, enxergar de longe a década de 60 e 70 ajuda a enxergar melhor, a ter visão panorâmica. Lembro-me de, voltando de Marília, de uma Feira de Ciências, em um ônibus alugado pela escola, o Instituto de Educação Leônidas do Amaral Vieira, eu com 16 anos, sentado no banco ao lado de minha colega de classe. A biscate era ela, o virgem, eu, a inibição foi maior que a vontade e eu não disse uma palavra, não movi uma mão. Nunca usei a palavra biscate com menosprezo a meninas que viviam e agiam com o coração e os desejos do corpo, sem ligar para o que dissessem. Eu, como a maior parte dos meni-
carecendo do significado do espírito da letra, porque biscate, as biscates das décadas de 60 e 70 eram símbolo de autenticidade na vontade e atitude e, para elas, eu tiro o meu chapéu, no espírito da letra e agradeço tantos bons momentos, ao pé da letra
*médico santa-cruzense radicado em Campinas | zemario@caderno360.com.br