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Grátis!

cidadania_ em-

giro

360_Piraju tem novo endereço de boa comida, ar puro e uma linda vista natural •p10

gastronomia_ imitamos um prato típico de restaurante ótimo de Bauru •p8

Caderno 360 Gostoso de ler .

facebook/caderno360

nº 1 19

Não poderia haver melhor celebração para o aniversário de 10 anos do Caderno 360 do que receber uma “carta ao leitor”dos alunos da 4ª série D da escola estadual Sinharinha Camarinha, de Santa Cruz do Rio Pardo, narrando seu apreço por nossas matérias de incentivo à arborização das cidades e preservação do meio ambiente.

dezembro|2015

issuu.com/caderno360

pegue & leve

Alunos de escola estadual plantam árvores na rua motivados pelo 360

ANO 11

O resultado está aí, nesta foto feita após visitarmos a escola para agradecer a carta, falar sobre o jornal, como é feito e de nossa defesa ambiental.

foto: Flavia Rocha | 360

Circulação Mensal: 8 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Assis • Areiópolis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Chavantes • Cerqueira César • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Sta Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo • Tatuí •Timburi Pontos Rodoviários: • Cia. da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Rest. Café • Rodoserv • RodoStar • Varanda do Suco

foto: Flavia Ropcha | 360

presas criam ações comunitárias com equipes internas •p6

Para ilustrar, convidamos o diretor de meio ambiente da cidade, Cristiano Miranda, que junto com a professora Neide Silva, orientou os alunos a plantarem mudas de árvores numa das ruas da cidade, tornando o plantio uma ação solene. O resultado positivo está expresso em dezenas de mãozinhas remexendo a terra fértil, num aprendizado prático de que é simples e importante termos muitas árvores nas ruas da cidade para que o clima seja ameno e o ar se mantenha puro para o bem de todos.


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• editorial

O futuro do Brasil. Assistir ao Master Chef Junior Brasil, além de me divertir e emocionar, essas coisas leves e frugais das quais mutias vezes somos privados por conta da vida adulta, que visam apenas nos entreter ou distrair, me fazem despertar para uma nova visão a respeito do nosso país e do mundo, quem sabe. As crianças de 9 a 13 anos mostraram muitas virtudes. E isso é incrivelmente animador, ainda mais se considerarmos as gerações que estão aí, ou em plena atividade, na casa dos 30 e poucos anos, ou a moçada a partir dos 18. A geração atual deixa pais, professores e chefes de cabelo em pé, com sua conduta indiferente, de quem sabe de tudo, sem saber nada, nem mesmo portar-se com educação diante das pessoas. Agem com grosseria, descaso e verdadeira falta de educação. E sem se darem conta, o que é muito pior. Como aquele ditado de que o pior cego é o que não quer ver, da historinha do rei nu.

É com essa fé no amanhã que concluo a 119ª edição do Caderno 360. A que completa 10 anos de existência do jornal e dá início ao seu 11º anos. Uma coletânea de artigos e de indicações de lugares que podem fazer bem a cada leitor, seja por abrir as portas subjetivas do pensamento própria, seja para inspirar uma vida pautada na honestidade, no amor, na natureza e na simplicidade implícita de uma vida que transcorre na pequena cidade do interior. Feliz Ano Novo! E boa leitura! Flávia Rocha Manfrin diretora-editora 360 • 360@caderno360.com.br

Ora, Ação! Romanos 21 Vs: 2

“Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações.”

Para completar, agem com um sentido incrível de solidariedade. Nota-se que estão sendo criados – provavelmente em casa e nas escolas também – para serem boas pessoas. Para serem corretos. Para enfrentarem a realidade, para acreditar num sonho e para assumirem a tarefa de colocá-lo em prática. São crianças que não fogem da raia. Que dão a cara pra bater e sabem ouvir. Não fazem tipo. Elas são. E trazem resultado, quase sempre da melhor qualidade. Neste campo, me valho não apenas das crianças do programa de culinária mirim da TV. Mas também na eterna mascote deste jornal, a Paola, que desde menininha, aos quatro anos de idade, se aventurou a participar do Caderno 360. E com ele cresceu, trazendo a público inúmeros momentos da mais pura, doce e incrível infância e do bem que podemos esperar do futuro.

e xpediente Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 8 mil exemplares. Distribuição gratuita. Redação/Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›,Odette Rocha Manfrin ‹receitas, revisão e separação›, Patrícia Oliveira ‹assistente de produção e vendas›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›, Paola Pegorer ‹repórter especial›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade, Priscila Manfrim, Fernanda Lira, Tom Coelho, Shai Oliva Alon e Adi Leite. Ilustradores: Franco Catalano Nardo, Waldomiro Neto e Sabato Visconti. Edilene Araujo Andreoli ‹separação›, Marcos Valentiere ‹distribuição› Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente a opinião desta publicação. • Endereço: R. Cel.Julio Marcondes Salgado, 147/fundos — centro — cep 18900-000 — Santa Cruz do Rio Pardo/SP • Cartas e publicidade: 360@caderno360.com.br • F: 14 3372.3548 _14 99653.6463. 360_nº118_dezembro|2015

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• correio

Querida Flávia, boa tarde. Recebi hoje o exemplar de novembro do Caderno 360. O slogan "Gostoso de ler", está mais do que apropriado à publicação. O visual está super agradável, atrativo, e o texto saboroso, flui deliciosamente com um conteúdo muito agradável e diversificado. A matéria com a Andréia Suli, uma das vencedoras do Prêmio Longevidade Histórias de Vida Bradesco Seguros está excelente. Parabéns a você pela edição 118. E que outras centenas de edições venham para a satisfação dos leitores. Abraços e sucesso! Pedro Luiz Aguiar _São Pedro

Caros amigos! Mais uma vez parabenizo esse jornal pelas matérias, foto, entretenimento, caça-palavras. Aproveito para enviar uma mensagem de Natal e Ano Novo para os leitores. Que todos tenham um ótimo Natal de muita oração, saúde, felicidade, amor e harmonia em cada lar! Que cada família se una se abracem e peça paz a Jesus. Amem! Rubens Freitas Rodrigues e Família _Chavantes

Olá editores do Jornal Caderno 360! Somos alunos do 4º Ano D da Escola Estadual Sinharinha Camarinha. Estamos desenvolvendo um projeto sobre jornal, do material “Ler e escrever”. Exploramos alguns jornais de circulação em nossa cidade e gostamos muito de saber que vocês estão atentos aos benefícios que as árvores trazem para o meio ambiente.Nossa escola também se preocupa com essa causa e pouco tempo atrás os alunos fizeram um plantio de árvores para proteger uma nascente que estava desprotegida no bairro Graminha.Queremos parabenizá-los pelas publicações de capa, com o tema árvores. Achamos muito importante o incentivo da plantação de árvores, pois sabemos que elas são importantes para a qualidade do ar que respiramos. Gostaríamos que vocês continuassem publicando mais matérias, incentivando as pessoas a plantar árvores e cuidar das que já estão plantadas. Um Abraço Alunos do 4º ano D, da Escola Estadual Sinharinha Camarinha _ Professora Neide Maria da Silva _Santa Cruz do Rio Pardo

foto:s: Flavia Rocha | 360

Já a meninada ainda na infância mostra o oposto. Para começar, prova que boa educação é algo corriqueiro, natural. Incorporada ao ser, ao estar. Ainda mais diante dos outros. Têm uma capacidade incrível de se expressar, com um empoderamento, como usase dizer hoje, diferente da moçada. Porque o faz com delicadeza, ternura, carinho mesmo. E respeito, o que é muito importante.


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• meio ambiente

Rompimento de barragens: um risco REAL *Edson Luís Piroli

Este triste episódio reflete uma das faces da cultura do faz de conta que tem imperado em nosso país. De governantes ao cidadão comum, passando por empresas pequenas e grandes, a imagem é mais importante do que aquilo que fazem na realidade. Assim, empresas gastam milhões em propaganda para tentarem convencer o consumidor de que tem o melhor atendimento, quando bastava atender bem cada cliente que as visitasse. O que nem sempre acontece. Pessoas gastam horas do dia para postarem nas redes sociais o quanto são as melhores e, no entanto, não conseguem desenvolver um diálogo presencial ou colocar o discurso em prática no mundo real. Um claro exemplo disso são as propagandas feitas pela Vale mostrando o compromisso ambiental da empresa que é uma das proprietárias da Samarco, responsável pela represa que rompeu. Exemplos podem ser vistos no youtube (youtube.com/watch?v=g3pKNWrGKcE). Os recursos investidos em propagandas poderiam ter sido melhor aproveitados se

A barragem de Algodões, a *250km de Teresina/PI, se rompeu em 27/05/2009, deixando 9 mortos, dois mil desabrigados e 80 feridos. As águas inundaram 50 KM da cidade e chegaram a 20m de altura. Pelo menos 500 casas foram destruídas. Os 52 milhões de litros de água represada inundou 50km da cidade de Cocal da Estação, chegando a 20m de altura. Cerca de 500 casas foram destruídas, árvores foram arrancadas, deixando um rastro de lama no vale ao lado do rio.

imagem: http://adrenaline.uol.com.br/forum/threads

Os relatórios da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), baseados nos relatórios do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Sisema), que se basearam nos relatórios da empresa Samarco, que diziam haver monitoramento contínuo da barragem do Fundão, em Minas Gerais apontavam a mesma como com baixo risco de rompimento. Mas ela rompeu. E a lama arrastou construções, estruturas, plantações, criações, e pessoas. Vidas humanas foram ceifadas pela incompetência, pela boa ou pela má fé! Boa fé de alguém que se baseou numa legislação questionável que determina que a empresa detentora de alguma concessão pública é a responsável pelos estudos e pelo monitoramento das condições de estruturas com alto risco de impacto socioambiental. Má fé ou incompetência de alguém que deveria avaliar e não avaliou ou então que não avaliou direito. Além das vidas humanas, perderamse também um rio e praticamente todas as formas de vida que em seu leito e em suas margens viviam. Perdeu-se importante parcela da economia das áreas afetadas, e, perdeu-se mais um pouco da fé e da crença de que podemos desenvolver atividades produtivas e preservar o patrimônio natural concomitantemente.

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tivessem sido usados para o pagamento de uma equipe realmente comprometida com o monitoramento das represas ou para o reforço das estruturas destas. Ou para a criação de um sistema de proteção da população e do ecossistema no caso de ocorrer um rompimento. Ou ainda para a manutenção de uma equipe capacitada para atuar em episódios como o ocorrido, ao invés de largar o ônus nas costas do poder público. Mas não. Se a propaganda está bem feita, a sociedade compra e acredita. E então está tudo bem. Não importam os riscos, não importam os maus atendimentos, não importam os outros... Este episódio me fez lembrar que a pouco mais de quatro anos atrás Santa Cruz do Rio Pardo, Ourinhos, Águas de Santa Bárbara, Iaras e outros municípios da região foram tentados pelo canto da “sereia do desenvolvimento” que queria “presenteálos” com um belo conjunto de usinas e alguns empregos, e em troca pegaria “apenas” o Rio Pardo, suas matas ciliares, todas as formas de vida que ali habitam, propriedades rurais, suas produções e os empregos nelas gerados. Felizmente as comunidades não viram com o mesmo olhar dos colonizadores e não aceitaram trocar o ecossistema regional por promessas tão pequenas. E, após ver o rompimento da barragem do Fundão e suas consequências, surgiu a pergunta: e se os moradores das cidades localizadas às margens do Rio Pardo tivessem aceitado pacificamente a construção das represas? E se estas represas fossem mal construídas e futuramente alguma rompesse? Ou se mesmo bem construídas, um conjunto de fatores como os processos erosivos fluviais, de assorea-

mento ou os sismos induzidos apontados na página 107 do Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente (RIMA), que foi elaborado por empresa contratada pela proponente das represas, ocorressem e de-

sestruturassem as imensas barragens que seriam construídas à montante (acima) de Ourinhos (514,40 metros de largura por 33 metros de altura) e de Santa Cruz do Rio Pardo (380 metros de largura por 32 metros de altura, na Figueira Branca e 497,32 metros de largura por 33 metros de altura na Niágara)? Os riscos apontados no RIMA eram pouco significativos e de baixa relevância... Como os de rompimento da barragem do Fundão em Mariana apontados pelos estudos feitos pela empresa que operava a barragem... *professor livre docente da UNESP campus de Ourinhos


4 • ponto

de vista

Em 2016, imite o Cristo

*Fernanda Lira

cristãos fazendo isso, não Cristo. Isso está errado. Todos têm o direito de ter a sua religião ou a descrer da existência de Deus. É uma questão pessoal. Discriminar pessoas segundos suas crenças é uma forma de instigar a intolerância. Algo que, para quem conhece um pouco da história de Cristo, sabe que não fazia imagem: pixabay.com

Principalmente porque vivemos num Estado Laico, ou seja, no Brasil as práticas religiosas não devem interferir nas decisões para toda a população. Aquim qualquer prática religiosa é permitida. Muitos cristãos que se julgam salvos pelo Espírito Santo discriminam outras práticas religiosas, especialmente o espiritismo e o candomblé. Julgam-nas “demoníacas”. Há

imagens: pixabay.com

Em nome de Deus vale tudo? Os radicais que matam em nome de Deus, pode? Os cristão que arrancam árvores que poderiam ser mantidas, pode? Os evangélicos, que, a exemplo da igreja Católica no passasdo, dizimam seus fieis em falcatruas milagrosas, pode? A discriminação de outras práticas religiosas, pode? Não, não pode.

*Flavia Rocha Manfrin

Todo mundo sabe que deve ligar 190 numa situação. A polícia atende e você é socorrido por uma viatura mais próxima. Ou orientado pelo policial ao telefone. Não mais. Hoje, em cidades pequenas como Santa Cruz do Rio Pardo, você liga 190 e depois de muitas e (para quem está aflito diante do perigo) intermináveis chamadas.. a linha cai. Assim. Sem atendimento. Ninguém me contou. Isso aconteceu comigo. Várias vezes. E mais de uma vez numa mesma necessidade. Independentemente das minhas razões, e posso garantir todas eram justificáveis, não é pra ser assim. Não pode ser assim. Abrir mão da segurança pública, quer por questões de logística ou de economia ou sejam lá por quê for, é inaceitável. Nenhum cidadão, nenhum, deve aceitar isso. Nem mesmo a PM. Muito menos as prefeituras. E ainda mais os vereadores. Nem mesmo o judiciário. Nenhum poder. Nem os poderes públicos, muito menos os

parte de seus ensinamentos. Se você segue alguma outra religião ou se crê apenas na capacidade do homem ser digno de virtudes e bondades, tem a obrigação de respeitar a natureza e as pessoas. Tem o dever de defender a natureza e o próximo, nunca o contrário. Deve alertar e interferir quando seus companheiros de fé Sem essa de nada de fé cega, faca amolada. A gente tem que ter paz no futuro. E isso pressupõe respeito à natureza, o que implica ações em defesa das plantas e dos animais, e respeito ao próximo, seja ele quem for. Creia ele ou não no seu Deus. *jornalista paulistana que adora o interior

SOS

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privados. Nem mesmo você e muito menos eu, que neste instante represento o 4º poder, a imprensa. Todos os brasileiros, todos, têm o direito à segurança. É constitucional. Abrir mão do atendimento de emergência como fez o governo de São Paulo, que comanda a Polícia Militar, que por sua vez é a zeladora da nossa segurança, é abrir mão do nosso direito. Do nascimento à morte. E se for um bandido armado tentando arrombar a minha porta. Prestes a invadir o meu quarto? A minha casa, a minha loja? Ou a colocar em risco a vida de alguém? Eu ligo uma, duas, três vezes, pacientemente, até a EMERGÊNCIA atender? E ainda sou obrigada a dar nome de ruas em detalhes e pontos de referências para um policial que sequer conhece a minha cidade? Sim, o atendimento de emergência 190 hoje é regional no estado de São Paulo. Não sei se isso funciona em algum outro lugar. Não funciona aqui em Santa Cruz do Rio Pardo, onde moro.

Muita gente desconhece essa situação por felizmente não ser obrigada a ocupar os PMs com telefonemas. Porque ninguém com um mínimo de civilidade e consciência liga para a polícia à toa. Sabe o quanto é importante que esse profissionais estejam concentrados naquilo que é essencial numa cidade, numa sociedade: a segurança de quem está sob risco e a ordem pública.

Procure saber qual a situação da sua cidade. Procure informar-se e, por mais que isso possa ser uma dica que implica ligar sem um motivo de segurança para a polícia, disque 190. E comprove o entrave que nosso governo estadual criou para que possamos contar com a ajuda da PM quando estivermos em

perigo. PS: Esse texto foi escrito depois de mais uma vez eu ter que esperar até cair a linha e tentar uma segunda vez para ser atendida pela PM. Pacientemente expliquei a situação barulho impróprio para o horário e sinais (sonoros, porque não sou doida de sair à rua pra ver) de desordem. Disse-me o polícial, há pelo menos uma hora, neste pequenina cidade, onde a sede da PM fica a menos de 1km do local indicado e possui pelos menos duas viaturas, que mandaria uma viatura para o local. Diante do barulho que insiste impedir que eu me concentre no que estava fazendo (trabalhando? dormindo?, não importa, são 5h da manhã) e do tempo transcorrido, ligo de novo para 190. Tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum… tum……… Silêncio! *editora | 360


Onde IR!

restaurantes restaurantes Bernardino • donana_Peixes, risotos, massas. 3ª/sab: 18h_ 22h dom: 12h_ 15h F: 14 3346.1888' Botucatu • celeiro_ Situado num bairro rural criado com base na agricultura biodinâmica e na antroposofia, o restaurante e bar é farto em elementos naturais e tem um variado cardápio que se sobressai em toda a região. Destaque para os cortes de carne. 5ª (19h-0h), 6ª (18h-0h), sáb. (17h-0h) e dom.feriados (12h-17h) F: 14 3814-4675 ipaussu • Harpo's_Cozinha contemporânea capri-

chada em ambiente agradável. 6ª e sab: 19h_ 0h dom: 11h30_ 14h F: 14 99853.0904

15h. F: 14 3351.0811 • adrenalina's oishi_ O famoso bar de Ricardo Mello agora com cozinhas brasileira e japonesa. Ótimo atendimento e a melhor vista da cidade. 16h às 23h (fecha às 3ªs) F: 14 3351.0811

sta. cruz • pizzaria alcatéia_Pizzas crocantes, massas, carnes, peixes e saladas . 3ªdom. 19h _23h. F: 14 3372.2731 • rancho do peixe_ Cozinha caseira caprichada. 2ª/dom.

da caseira. 2ª a sáb: 11h30 às 15h F:: 14 3377.141 • pizzaria camiloti _ De dia lanchonete e padaria. De 5a. a dom.: Pizzaria_ F: 14 3377.1113

outros sta. cruz • Frutaria do Baiano_ Frutas selecionadas. R. Mal. Bittencourt c/ R. Benjamin Constant 8h_ 23h. • sorveteria união_ Sorvete artesa-nal e com ingredientes naturais. Todo dia 9h_23h F: 14 3372.3644

ourinHos • La parrilla_ Comida argentina. 3ª/sab: 11h_ 16h e 19h, dom: 11h _16h F:: 14 3324.9075 • sushi Ventura_Comida japonesa deliciosa e criativa. Deck com vista para o por-do-sol. 3ª a dom:19h_0h F:14 98114.8015 piraju • pirabar_ Almoço e casa noturna à beira do Paranapanema. 3ª a dom. F:14 3351.4387 • taças e cachaças_ Cachaças, petiscos, pratos variados. Ótimo atendimento. 2ª a sáb.: após 18h | dom: 10h-

F: 14 3372.5656 • treiler dos amigos_Lanches e porções. Fecha às 3ªsfeiras. 18h30 à 0h30 F: 14 3372.9297

• rodoVias

ÁGuas de sta. BÁrBara nossa chácara_ Buffet de prratos quentes e saladas . Local bucólico. 5ª a dom. F: 14 3765.154

8h30_14h30_ 2ª/sab. 17h30_ 0h. | F: 14 3372.4828 s. pedro do turVo • restaurante rosinha _ Deliciosa comi-

• Bares e LancHes aVaré • di-Ferentti_Comida típica mexicana e outras gostosuras | 3ª a 6ª: 17h_0h sáb.:11h_1h30 - dom: 17h_23h F: 14 3733.2928 Bernardino • pastelaria Bagdá_ Melhor pastel da região 360. 2ª a sab. hor. cmercial. sta. cruz • Bar da neusa ( sodrélia)_ Todo dia 8h_ 20h ou até o último cliente. • Bar do cersão _ Drinks, assados, porções. Festa de rock. 22h às 4h F: 14 998.352630 • casa da esfiha_ Mais de 70 sabores F: 14 3372.2915 • espetinho pilão e cocho_Espetinhos, porções e acompanhamentos . 2ª a 6ª: 17h à 1h, sáb. e dom.: 16h à 1h F: 14 3373.1041 • London chopp_ Petiscos, refeições e as variadas cervejas e drinks. • 3ª a 5ª (18h0h), 6ª a dom. (17h2h30) F:14 3372.8677 • nina Lanches_ Tradição em lanches. Todo dia 18h_0h F: 14 3372.6555 • posto 53 crep's Bar_Crepes, petiscos e drinks variados. Almoço. 4ª a dom. 18h-0h

piraju—our sp 270 ‹raposo taVares› • cia. da Fazenda_ Km 334: Lanches e refeições saborosas. F: 14 3346.1175 our—s.cruz sp 352 ‹o. QuaGLiato› restaurante cruzadão _ Km 16: Restaurante 24h F: 14 3372.1353. orquidário restaurante café_ Km 14: Lanches, sucos, refeições, orquidário. Salão de festas. Todo dia 7h_ 19h F: 14 99782.0043 • Varanda do suco_ Km 27,5: Refeições, sucos, salgados e doces. Todo dia. 9h_19h F: 14 98125.3433 s. cruz— s.pedro • pesqueiro paulo andrade ; Peixes frescos, aves e assados ‹ encomenda›. F: 14 99706.6518 ipaussu— Bauru sp 225 ‹enG. joão Baptista rennó› • paloma Graal Km 309 Praça de alimentação, lojae cafeteria. 24h. F: 14 3332.1033 • Graal estação Kafé_Km 316: Museu , antiguidades, comida caipira. 24h | Maria Fumaça! F: 14 3372.1353 s.pauLo— sta.cruz sp 280 ‹casteLLo Branco› • rodoserv : Km • rodostar: Km • Km 53: comida típica portuguesa


6 • cidadania

Centro Cultural Special Dog realiza Cantata de Natal *André Andrade Santos correspondente 360

A Special Dog, mais uma vez, deu um grande exemplo de cidadania na região de Santa Cruz do Rio Pardo, arrasando com sua festa de Natal para a cidade. Pelo segundo ano consecutivo, realizaram em frente ao Centro Cultural Special Dog – que funciona no primeiro prédio de dois andares da cidade, totalmente restaurado pela empresa – uma primorosa Cantata de Natal. O evento teve apresentações em duas noites, para que toda a população pudesse ter a chance de assistir. O resultado foi a reunião de mais de mil pessoas por noite aproveitando a magia e o encantamento da apresentação que durou cerca de uma hora. Entre as canções natalinas apresentadas com grande talento pelos integrantes dos corais adulto e infantil do Centro Cultural Special Dog, artistas circenses vestidos à caráter como os duendes auxiliares do Papai Noel realizavam números divertidos e surpreendentes. O momento mágico foi coroado com a aparição do Papai Noel, que fez questão de cumprimentar as pessoas e trouxe uma mensagem muito interessante a respeito da igualdade entre todos. Aliás, esse talvez seja o melhor exemplo que podemos tirar dessa ação da empresa que envolveu mais de uma centena de pessoas entre cantores, atores, apoio técnico e colaboradores que ajudaram a coordenar o espetáculo. Quem assumiu o papel do bom velhinho de barbas brancas foi o diretor da empresa Mario Sergio Manfrim, mostrando que não basta patrocinar, é importante também participar. “Há 32 anos vesti essa roupa pela primeira vez, quando meu filho nasceu. Ser Papai Noel comunitário é maravilhoso. Quem veste essa roupa uma vez vai querer sentir essa felicidade sempre. Só de ver a alegria nos olhos das crianças, não há o que pague”. A mensagem dele para quem estava ali para assistir ao espetáculo. “O Natal não tinha que se resumir a dezembro. Se a gente consegue transmitir nessa época, por que não no decorrer do ano? Se cada um desse um pouco de si o mundo seria outro.” _fotos: Flávia Rocha | 360

Disposto a *colaborar e alegrar às crianças de todas as idades que se juntaram para assistir à Cantata de Natal, o Papai Noel fez de sua aparição o ápice do evento

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Uma dinâmica promovida por uma empresa especializada em Recursos Humanos na Rosalito (empresa de alimentos de Santa Cruz do Rio Pardo), rendeu quase R$ 15 mil em doações para a Santa Casa da cidade. Desafiados a coletar roupas usadas como atividade de treinamento, os funcionários da empresa juntaram 15 mil peças de roupas, das quais 10 mil foram doadas e 5 mil foram selecionadas para vendas. O volume a ser comercializado por preços de R$ 5,00 a R$ 15,00 foi oferecido aos moradores da cidade durante um bazar festivo que incluiu praça de alimentação e diversões infantis, com toda a renda revertida para o hospital. Para atender os visitantes, os profissionais da Rosalito assumiram a tarefa de vender, atender e agradecer a comunidade que compareceu à praça onde o grande bazar foi montado. Um exemplo prático de inserção de ações de cidadania eficientes dentro do ambiente de trabalho.

SRO faz mais um Natal Criança Feliz _fotos: acervo SRO

Rosalito promove Bazar Solidário _fotos: Maria Clara Peres | 360

O incansável Eduardo Bicudo Ferrado, o Brigadeiro, presidente do Sindicato Rural de Ourinhos, liderou mais uma vez a ação beneficente Natal Feliz, dedicada a trazer alegria na forma de brinquedos para crianças de bairros carentes das cidades onde o SRO atua. Com apoio de sua rede de postos de combustível e das unidades de extensão do SRO, Brigadeiro arrecadou 22 mil brinquedos, além de itens de utilidade para entidades carentes, como cadeiras de rodas, utensílios domésticos entre outros. No domingo, seis de dezembro, um grande evento realizado nas dependências do recinto da Fapi, com direito a Papai e Mamãe Noel, refrigerantes, sorvetes, pipoca, algodão doce, cama elástica, pula-pula, tobogan e outras atrações em volume capaz de atender a cerca de oito mil crianças e seus familiares. Na ocasião foram distribuídos 10 mil brinquedos. O restante foi partilhado entre fundos de ação social das cidades de extensão de base do SRO (Salto Grande, São Pedro do Turvo, Ribeirão do Sul, Canitar, Chavantes e Ipaussu) e entidades de Ourinhos, num total de 20 entidades beneficiadas.


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• gastronomia

Carne vermelha recheada deBRÓCOLIS foto:s: Flavia Rocha | 360

por Flávia Manfrin

Rocambrólis

Há mais de 20 anos, magrinha e enjoada que sempre fui, meu exigente e ainda restrito paladar se apaixonou pelo sabor inigualável de um prato chamado “Rocambrólis”, servido até hoje num restaurante incrível de Bauru, o Templo.

Há menos de um ano estive lá, mas a falta de uma mesa farta em pessoas – e a aparição, na mesa ao lado, de um filet combinado com alcachofras – me fizeram adiar a satisfação de novamente ter o prazer de devorar aquela comida toda, um grande rocambole feito de filet mignon, recheado de brocólis pre-

receita experimental _Ingredientes: • 1 maço de brócolis fresco • 10 dentes de alho • 1 cebola pequena • azeite • 1 filét mignon ou ponta de fraldinha (carne sem gordura e macia) em tamanho suficiente para abrir num grande bife e enrolar • 1 ovo • farinha de mandioca crua ou de rosca para empanar • sal e pimenta a gosto • gotas de limão

o recheio (bem mais do que aparece na foto) e enrole com cuidado, evitando que vaze por alguma imperfeição da carne. Prenda com palitos de dente e, se achar que não está firme, amarre com barbante. Empane passando no ovo batido (com algumas gotas de limão) e empanando com a farinha. Frite em gordura abundante e quente, sem estar acima demais da temperatura. Frite tampado para prolongar a fritura e garantir o cozimento ideal da carne. Quando estiver quase moreninho, retire e escorra em peneira de metal. Sirva acompanhado de arroz e batatas fritas.

_Preparo do recheio: Limpe e pre cozinhe o brócolis. Enquanto isso pique miudinho ou fatie o alho fininho, pique a cebola miudinho. Escorra a água do brócolis (se quiser aproveitar, use para cozinhar o arroz), seque ao máximo e pique miudinho. Numa panela, refogue o alho no azeite e vá acrescentando a cebola para não ficar com gosto muito forte, use um pouco de sal. Quando estiver quase dourado, acrescente o brócolis. Acerte o sal. Quando estiver bem cozido e sequinho, desligue o fogo e reserve.

Obs: o segredo das batatas é fritá-las a partir da gordura aquecida, mas não muito quente. E tampar a panela. Ela vai fritando e cozinhando enquanto o óleo aquece secando o valor que a panela fechada junta quando aquecida.

_Preparo do prato: Numa tábua de carne grande abra o filet com a faca, desenrolando a carne até ter um grande bife de menos de 1cm de altura. Tempere apenas com sal e pimenta, para não juntar água durante a fritura. Coloque

viamente salteado no alho e azeite, empanado e servido com crocantes e macias batatas fritas e arroz. A última vez que tive essa sorte, faz quase 10 anos, quando levava um CD com o arquivo do 360 à gráfica que o imprime, até hoje, e por isso dormia na cidade, carregando os exemplares logo pela manhã. Foi num sábado sem qualquer pretensão, que me deparei com um pedaço de ponta de fraldinha e brocólis pré cozido e verdinho na geladeira. Então pude fazer meu próprio rocambrócolis. Que, se não fez jus ao original do sabor (faltou recheio, de fato), ficou parecido, com a carne no ponto, crocante e sequinho. Também desvendei (espero) o segredo a batata frita crocante e seguinha. Bem cozida por dentro, mesmo quando mais grossa. Está aí, na receita.

Info: templo Bar e restaurante. Vale a pena ir a Bauru para provar o rocambrócolis original e compará-lo à sua receita! Além de templo da boa gastronomia, a casa tem uma grande história cultural, promovendo shows inimagináveis em um restaurante e exposições de arte. A casa não aceita cartões de crédito ou débito. Ligue antes de ir para verificar horários e reservas. •R. Benjamin Constant, 1-34 - Centro -Bauru. F: 14 3223-3493. foto: acervo Templo Bar


viver

ABRAÇO

José Mário Rocha de Andrade*

imagem: acervo pessoal

E chegou essa vontade de falar sobre o abraço. Comecei como se começa nos dias de hoje. Fui ao Google e escolhi frases falando dele: “Os olhos se fecham, mas as pupilas continuam dilatadas. A boca sorri em silêncio. O cérebro tenta desesperadamente parar o tempo. O coração bate mais forte”. “Cabe tudo dentro de um abraço”. “E quando você menos espera, um abraço te surpreende com poder de cura”. “Um dia alguém vai te abraçar tão apertado que até todos os seus pedaços quebrados vão se juntar novamente”. “A vida é muito curta pra não abraçar apertado”. “Tem abraço que aperta a alma!”. “22 de maio, dia do abraço. Benefícios de um abraço: alivia a tensão, reduz o estresse, ajuda na autoestima, melhora o fluxo sanguíneo, é de graça. Então, está esperando o que para dar uns abraços?”. “Nas horas difíceis, de angústia, de felicidade, de saudade... seja qual for o momento, abrace”. “É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço”. “É no abraço que a gente abarca tudo o que o outro está sentindo”. “Abraço é a única coisa do mundo que, quanto mais apertado ele é, mais alívio ele dá”. “Conselho do dia: Abrace! Pessoas e oportunidades”.

Vontade de abraçar a Flávia, essa guerreira que comemora os 10 anos do 360, o jornal gostoso de ler, vontade de agradecer. Chegou via WhatsApp um professor português falando sobre o Tratado da Gratidão de São Tomás de Aquino. Diz ele que “Thank you” é um agradecimento em nível intelectual. “Merci”, “Gracias”, “Grazie” são agradecimentos oferecendo uma graça e “Obrigado” oferece um compromisso, um vínculo, que é o nível mais profundo de agradecimento. Decidi que meu agradecimento será um abraço simples, essa entrega sem premissas, nada além e tentei escrever o impossível porque, em todos os abraços desse ano estará quem eu não posso mais abraçar, a tia Dalva que se foi e aprendi que abraçar dói. No abraço há esse desassossego procurando sossego querendo que não acabe, como enfim é a vida. Quatro braços que envolvem e se envolvem para aconchegar, acolher, confortar, retribuir, unir emoções, sentimentos, partilhar dores, alegrias, vibrar e reverberar em comunhão sem barreiras, sem fronteiras, sem receios, ou pensamentos, enquanto o tempo para, a vida se reconhece, o coração bate imóvel como a respiração, sem

O autor estabelece que a raiz de todos os conflitos é a escassez. Na base da escassez está o medo da perda. Nosso apego transforma o medo em ameaça. Diante da

*médico santa-cruzense radicado em Campinas

imagem: pixabay.com

“ A melhor maneira de mudar o jogo é trocar a moldura...” (William Ury )

Há algum tempo tenho pensado em como seria um texto sobre abundância em tempos de escassez. Foi após a leitura do livro “Como chegar ao sim com você mesmo”, de William Ury, que decidi encarar o desafio.

O livro de Ury trata da mediação de conflitos. Especificamente conflitos internos, partindo do princípio que a melhor forma de se chegar a uma solução é o sim. O sim consigo mesmo.

som e os nervos conectam-se enquanto as pupilas, as janelas da alma, com os olhos fechados, dilatam. No abraço há esse chamamento, essa comunhão, essa entrega, e por isso dizemos: abraço de corpo e alma, como fazem todos os que amam, abraçam as pessoas, abraçam a vida de olhos fechados, as pupilas dilatadas, palpitando, querendo mais.

Como criar abundância no lugar de escassez? Adi Leite*

Abundância, significa entre outras coisas, grande quantidade e profusão. Escassez, significa falta, carência e privação. São opostas em seus significados, e interdependentes entre si, certo?

arte: Franco Catalano Nardo | 360

9 • bem

ameaça, nos tornamos intolerantes. Para contrapor essa ideia, ele propõe uma reflexão a partir da pergunta feita por Einstein no início da segunda guerra: “Somos capazes de pensar, agir e conduzir nossos relacionamentos como se o universo fosse basicamente um lugar amistoso e como se a vida estivesse de fato do nosso lado? ” O fato é que nosso presente está marcado pelo discurso da escassez. Todos os dias somos bombardeados por notícias sobre a falta de água, sobre a fome, sobre as mudanças climáticas, sobre a fuga em massa de popu-

lações, sobre o enriquecimento de alguns e o empobrecimento de muitos etc. Com efeito nos colocamos em posição de alerta. Seja porque precisamos cuidar da água para que não fiquemos com sede, seja para impedir que outros entrem em nossos territórios nos obrigando a dividir o que tememos que nos falte. Focados na ameaça da perda, nos defendemos do lado de dentro de nossas caixinhas e assim vamos nos tornando escassos. Focados em ganhar sempre, repetimos velhas fórmulas e propagamos o desespero. Somos parte de um sistema. E

o resultado do funcionamento desse sistema está ligado à forma como nos relacionamos com ele. Temos a exata consciência das consequências causadas por nossas ações? Valores como conservação, compartilhamento, cooperação e parceria, estão na pauta para a construção de uma vida abundante. O físico Fritjof Capra afirma que a interdependência entre os seres vivos é a responsável pela teia da vida. O que precisaríamos fazer, ou como deveríamos agir para que nossa palavra de ordem e nosso foco fosse a abundância? Será que a solução para nossos problemas está em nos isolarmos em nossas caixinhas nos separando dos outros? Será que ainda faz sentido nos colocarmos no mundo apenas como observadores fundamentados em nossas ideias, crenças e teorias, sem nos preocuparmos com

nossa forma de atuação? E você? Já parou para pensar de que forma gostaria de

responder a pergunta de Einstein? *life & career coaching, fotógrafo e jornalista


10 • giro

360

por Flávia Manfrin

Quando o que era bom fica muito melhor ainda Há quase 10 anos eu descobri um peixe na chapa feito com alho e sal que nunca mais deixou minha memória gustativa quieta. Vira e mexe, hum.... que vontade de me esbaldar com a “tilápia feita no alho” do Adrenalina’s, o bar do Ricardo do Amaral Mello e da Dani, lá de Piraju. A novidade é que o botequinho estreito e sempre cheio de gente até à calçada, onde outros quitutes foram sendo incorporados, como as crocantes batatas fristas – “fish and chips”, publiquei certa vez – mudou. Deixou a parte alta da cidade, próxima ao Peixe Dourado que marca uma das vias de acesso a Piraju, e alojou-se de maneira incomparável, às margens do que há, ainda, natural do rio Paranapanema. Digo isso porque em 10 anos pela região nunca estive num bar tão urbano, dentro de um recinto – o parque de exposições Fecapi –, e ao mesmo tempo envolto em exuberante e farta natureza.


Ricardo Mello à *frente do novo Adrenalina's Oishi. Encarando o desafio de ampliar o ótimo astral do reduto das tardes e noites pirajuenses, agora no com a natureza a seu favor

*

_ fotos: Flávia Rocha | 360

Cercado por árvores altíssimas e floridas, o novo Adrenalina’s agora é também Oishi. E, como o próprio nome diz, tem um lado oriental, muito bem estalecido, aliás. “Foi uma oportunidade que apareceu e acabamos encarando o desafio”, conta o sempre simpático e atencioso pirajuense que atende a todos com um largo sorriso e disposição para que tudo saia da melhor maneira possível. Talvez por isso, ele logo se adiante em avisar: “ainda estamos nos adaptando e temos muitos acertos a fazer”. Exagero. Afinal, quem não tem problema em atender os clientes, mesmo quando algo não está 100% perfeito, sempre vai agradar. E foi isso o que constatamos ao passar a tarde – e

O cardápio cresceu tanto quanto o bar. *Abaixo, a famosa tilápia no alho, do antigo endereço. Ao lado, sushi, da parte oriental *


noite – do domingo ensolarado que escolhemos para visitar o novo endereço da tilápia na grelha. Do cardápio completamente avantajado, trazendo variações da tradicional tilápia, além de lanches e uma boa vairedade de pratos orientais, ao atendimneto dos jovens garçons, clientes do bar que estão sendo treinados pela casa, o novo Adrenalina’s Oishi só agradou. Não houve falta de vontade para ajustar todos os nossos pedidos, da cerveja mais gelada, resolvida com baldes repletos de gelo, às meias porções para que pudéssemos provar vários itens, tudo foi feito com muita disposição e cortesia. Com esse cenário, onde a arquitetura valoriza o visual, enchendo de luz e visões para quem está dentro do bar e descontraindo quem opta por uma mesa no grande mezanino sobre a barranqueira do rio, tudo agrada. Aliás, encanta. Vale destacar, ainda, a grande sacada de Ricardo em abrir aos domingos, a partir das 16h, estendendo o atendimento até às 22h, às vezes mais (saímos por volta das 23h e havia gente chegando). Com isso, o Adrenalina’s Oishi torna-se talvez a única opção para quem quer começar o domingo sem pressa, deixando para mais tarde a melhor refeição do dia. Quem decidir fazê-la no novo endereço de Piraju, certamente vai sentir muito prazer, gustativo e visual. E vai voltar. Ah, e como!!!! Info: Adrenalina's Oishi Parque da Fecapi - Piraju 4ª a 2ª (fecha na 3ª) _ a partir das 16h. F: 14 3351.3188



pet

P or Q ue ADOtAr

A relação que se estabelece com cães e gatos vai muito além da ou do pedigree

Eu tenho três cães. E admito que tenho com eles uma relação que não consigo estabelecer com outros animaizinhos. Por isso mesmo consigo entender que a adoção pode ser um grande momento na vida de qualquer pessoa. Porque mais importante do que a raça, a beleza ou o pedigree, é a relação que estabelecemos com eles. Os outros atributos são secundários. Eu jamais trocaria meus dogs por outros. Rezo todos os dias para que eles tenham saúde, vida longa e possam ser sempre felizes como os vejo quando correm, brincam e me cercam interessados no meu carinho.

fotos: Renata Cachoni

14 • mundo

Animais.. para Adoção:.. Projeto Castra.. Rua.. F: 14.. .99609.7230.. Sta. Cruz do Rio Pardo..

Minha recente experiência, me fez mudar o olhar para os bichos. Me compadeço com a situação de animais indefesos abandonados à própria sorte. E tenho certeza de que essa mesma sensação invade corações e mentes de outroas pessoas que têm a sorte de ter um pet pra chamar de seu. Então, se você tem essa consciência, porque não ensinar a seu filhos, sua esposa ou namorado que adotar um bichinho em vez de comprar um cãozinho ou um gatinho, é, por um lado uma atitude econômica e por outro o mais generoso gesto de amor? Ele vai ser tão feliz por ter um lar. Vai ser grato, vai amar você. E vai te provar que mais importante de tudo, é a relação vocês terão.

Como alguém pode abandonar um animal à própria sorte depois de o criar? Quem me conhece pode questionar: mas e aí, você adotou o seu cão? Sim e não. Explico. A decisão de ter um cão aconteceu quando um border collie adulto me foi prometido. Era uma fêmea que vivia num canil numa fazenda. Infelizmente, antes que eu tomasse coragem de ir buscá-la, ela ficou doente. E se foi. E anos depois seu antigo dono me ligou, me presenteando com um filhote que ele tinha ganhado. Por falar nisso, se você faz questão de uma raça específica, saiba que mesmo os mais lindos e amáveis cães passam por situações de abandono. Então, se você pesquisar um pouco nesse incrível pequeno-grande mundo chamado internet, vai achar um do seu agrado, precisando do seu colo, da sua casa, da sua amizade. Pode acreditar, sua recompensa será incrivel. E eterna.



16 • papo

cabeça

• Música

Um adeus Natal da quebrada Mitológico

• Esportes

*Priscila Manfrim

Tendo passado a maioria da minha vida em Israel, sempre fico surpreso e entretido com a colorida paisagem do tropi-natal do Brasil; Papais Noel de bermudas passeando na garupa de motos Harley Davidson, pinheiros artificiais ou importados ao lado de coqueiros baianos ou samambaias amazonicas e enfeites de neve perdurandos debaixo das quentes rajadas de chuva dos primórdios do verão sul-americano. Obviamente, Israel e Brasil constituem realidades diferentes. Porém, é nessa época do ano que essas duas realidades tão diferentes reverberam uma mesma história comum e demasiadamente humana; contos de esperança, ao redor da mesa de jantar, com enfoque na união da família, na ajuda ao próximo, além das muitas expectativas, que nos permeiam ao nos prepararmos para um ano novo, esperançosamente mais tranquilo e sem crises. Durante estas épocas, afastado de minha família e sentindo na pele a sua ausência, eu carrego comigo a inspiração de minha mãe enquanto aproveito meu tempo aqui para desvendar sua terra natal e tentar também me descobrir nela. De um fim do mundo ao outro, da terra aspera, militar e ancestral de meu pai, à terrinha sagrada de Santa Cruz: "Levo minha mãe comigo, pois deu-me seu próprio ser". Essa poderosa frase, a qual encerra o novo CD de Elza Soares, "Mulher do Fim do Mundo" (2015, Circus/Natura Music), deveria ecoar nas mentes de todo marmanjo que jamais ousou levantar o braço ou abusar de uma mulher. Num ano em que o próprio ENEM contempla questões de violência contra a mulher, levando o debate ao âmbito geral, Elza mergulha de cabeça em um cenário pós-apocaliptico, no qual o Brasil, e, afinal, o mundo inteiro, se transmuta inteiramente em "quebradas"; favelas pós-apocalipticas nas quais a destruição e a violência são tão sistemáticas quanto a esperança pelo renascer. Acompanhada por arranjos modernos e semi-

1237 jogos, 131 gols, 978 partidas como capitão, inúmeras conquistas inesquecíveis e algumas derrotas cruéis, mas o mais importante: 25 anos vestindo a mesma camisa, honrando o mesmo escudo – escudo de 5 pontas, vermelho, preto e branco.

*Shai Oliva Alon

Tenho certeza que ao ler as primeiras linhas, você já sacou que o personagem dessa coluna é ninguém menos que Rogério Ceni, o M1TO. Se você espera que as próximas linhas sejam imparciais, um aviso: melhor parar por aqui – a coluna

eletrônicos, vagando destemidamente entre samba, rock e rap, Elza consegue renascer das cinzas e criar uma obra imperdível para aqueles amantes da música que não tem receio de se surpreender. Dentro desse mesmo cenário pós-moderno, incerto e livre de demarcações demográficas, eu gostaria de recomendar também o filme "Beasts of No Nation" (ou, Bestas de Nação Nenhuma, em tradução livre ao Português); um emocionante filme de guerra sobre milicias de crianças em um país imaginário na Africa, a grande aposta da Netflix para o Oscar, representando uma atitude inédita de rebeldia contra as grandes multi-corporações que dominam Hollywood hoje em dia. Para encerrar, o ano e o texto, aproximo as incertezas e as dúvidas apocalipticas mais ainda e aproveito para divulgar e recomendar (sendo um verdadeiro fã), o trabalho da nova banda autoral santacruzense, Los Chicos de La Cruz. Tendo a oportunidade de acompanhar e colaborar com o trabalho dos meninos, encontro a síntese desses questionamentos sobre o futuro, sobre o ano que virá, sobre nossa condição humana extremamente polarizada, em sua música, "Escombros da Cidade". Enfim, desejo um bom natal e feliz ano novo à todos, e, em meio à tantas dúvidas, aproveito para recitar a letra dos Los Chicos: "Reina quem não duvida". [Para assistir ao clipe dos Los Chicos De La Cruz: https://youtu.be/EimZ_TXkSBE] * santacruzense de coração, nascido na Terra Santa, estudante de cinema em Curitiba, tradutor e amante da música.

portante da história do SPFC vestir a camisa desse clube que tanto ama, camisa que se tornou sua segunda pele. Estávamos lá para ver o adeus de Rogério Ceni. Foi lindo, triste, emocionante, épico e foi inesquecível, como havia de ser. foto: Ivan Martins

Até poucos anos atrás, o mês de dezembro costumava representar para mim o congelante e característico frio do fim do ano. Eu podia desfrutar de uma ocasional neve, ao meio dos vários pinheiros que enfeitam a paisagem cinzenta e sagrada da cidade de Jerusalem, enquanto comia uma deliciosa Sufganiya (um típico sonho recheado com geleia, muito disputado durante o Hanucá, festival das luzes celebrado nessa época do ano pelos judeus).

deste mês é 100% são-paulina, assim como essa que vos escreve. No dia 11 de Dezembro de 2015 estive no Morumbi (palco que deu tantas alegrias ao torcedor tricolor, mas que infelizmente anda carente de taças), eu e mais 60mil são-paulinos, das mais diversas gerações. Estávamos lá, não para ver uma final de campeonato (admito, há algum tempo não vamos lá para isso), mas para vermos por uma última vez o jogador mais im-

Melhor nem citar aqui aqueles que acham Ceni “comum”, “ordinário”, pois esses são predicados que nem de longe se encaixam na figura EXTRAordinária que é Rogério Ceni, o maior goleiro do Brasil. Poderia facilmente me delongar mas finalizo por aqui, deixando meu “MUITO OBRIGADO” àquele que eternizou a camisa 01 tricolor, e entoando pela última vez: “Todos, todos têm goleiro. Só nós temos Rogério, o goleiro matador”. Valeu por tudo, capitão! *são-paulina por influência do primo, torcedora fanática por “culpa” de Rogério Ceni


• Cinema

O lado Nerd da força *André Andrade Santos

Acabo de sair de uma das primeiras exibições do dia da estreia oficial de Star Wars: O Despertar da Força. Desde que a gigante Disney comprou a LucasArts por mais de quatro bilhões de dólares e anunciou que veríamos mais filmes minha empolgação não parou de aumentar. Até convenci a namorada a embarcar na aventura após a maratona das duas trilogias. Como todo bom fã, movi montanhas para conseguir assisti-lo antes que todos os outros amigos da turma contassem os detalhes e estragassem a experiência com spoilers (Spoiler: quando um site ou alguém revela um fato importante sobre algum livro, filme, série ou jogo. Vem do inglês to spoil que significa estragar ou em bom português estraga-prazeres). Do alto de minhas maiores expectativas, passei longe da realidade. O filme superou todas as previsões mais animadas que tive em conversas com os amigos e o trabalho de seu diretor, J.J. Abrams, deu sequência a saga da forma como todos os fãs esperavam. George Lucas, o antigo dono do Império Star Wars pode ficar tranquilo: sua obra está em boas mãos com a turma do Mickey. Um filme com méritos em fotografia, direção, roteiro brilhante, digno de Oscars, e com muita emoção girando em torno da fórmula de novelão que Star Wars consagrou. Diversão garantida para toda a família. Apaguemos da memória a trilogia de Anakin Skywalker. Os erros cometidos não foram repetidos. Temos aqui a passagem de bastão feita com eloquência e esmero: Poe Dameron, Rey, Finn e BB-8 serão os heróis de uma geração toda assim como Luke, Leia, Han e Chewie foram dos jovens dos anos 80 e 90. Esqueçam o exagero de computação gráfica e pensem em efeitos práticos. Pra quem acompanhou o pouco que vazou na internet dos bastidores sabe que o filme tinha já pinta de que seria grandioso. E Adam Driver, o novo vilão Kylo Ren, fará os fãs o temerem tanto quanto Darth Vader.

foto: Ivan Martins

E o ponto que Star Wars mais uma vez revoluciona é na reinvenção de seus personagens. Quando o elenco saiu, as partes nebulosas da internet habitadas por racistas e misóginos entraram em polvorosa com Daisy Ridley como a jovem Rey e John Boyega fazendo o Stormtrooper se redimindo. Uma mulher e um negro escalados para os papéis de destaque. Um americano chegou a se suicidar ao alegar que preferia morrer antes de ver sua saga favorita liderada por eles. Que pena para este infeliz, pois ele perdeu o maior tapa na cara da sociedade que vimos no cinema nos últimos anos. Star Wars se reconstrói em cima destas duas figuras e mostra que o estereótipo machista não cabe mais no mundo e que não há espaço para intolerância. Não entregarei o ouro, mas posso dizer a todos que o ingresso vale cada centavo de seu preço. E os centavos da segunda ida ao cinema e até da terceira.

Minha criança interior vibrou o filme todo. O cinema urrava de alegria nas cenas de ação e cada referência ao colossal legado da trilogia original dava um ar de nostalgia. Não fui da geração que viu a trilogia original nos cinemas, e só vi a trilogia de Anakin fora da grande tela. Mas fico feliz de estar aqui para assistir o começo da nova. Como o próprio marketing do filme, cada geração tem sua história e os jovens de hoje tem uma nova esperança. A força está te chamando. Deixe-a entrar. Você não vai se arrepender. Venha para o Lado Nerd da força. Todo mês, aqui no 360.


arte: Sabato Visconti | 360

18 • meninada

Como é que está essa sua vida aí, Pingo?

Au! Au! Au! Assim é o Pingo. Basta um convite, um carinho, uma atenção e sua vida se enche de alegria. Ele precisa de muito pouco pra ser feliz, mas Pingo tem muito medo de raios, tempestades, ventos muito fortes e mais medo ainda dos trovões ensurdecedores. Ele deve imaginar que o céu está pra cair sobre sua cabeça e se encolhe todo, se esconde, abaixa as orelhas, cobre a cabeça com as patas e parece que nem respira de imóvel que fica. Uma coisa Pingo aprendeu. Tudo isso uma hora acaba e o sol, o céu azul distante e seguro sempre aparecem e chega a hora de brincar e passear com Alvinho e serem, outra vez, os donos da alegria e do barulho: Au! Au! Au!

P i n g o

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