Grátis!
agro_ A produção de orgânicos se dissemina na região e chega até à merenda de escolas da rede pública. •p7
pegue & leve
Gaijin expõe no Giro 360 desenhos de mangás e retratos, além de ensinar arte em Sta. Cruz. •p10
culinária_Mais
receitas do caderno maravilhoso da tia Dalva. •p8
ANO 12
facebook/caderno360
foto: Marco Rodrigues
issuu.com/caderno360
foto: acervo 360
On line:
fevereiro 2017
fotos: Movimento Panema Livre
Circulação Mensal: 6 mil exemplares
Pontos Rodoviários: • Cia. da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Rest. Café • Rodoserv • RodoStar • Varanda do Suco
nº 133
Rios Pardo e Paranapanema pedem leis e passagem
Caderno 360 Gostoso de ler .
Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Assis • Areiópolis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Chavantes • Cerqueira César • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Sta Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo • Tatuí •Timburi
Foto: Fernando Franco para CATI Avaré
artes_ O artista Pablo
A cidadania fala mais alto no Carnaval da região, com os defensores das águas naturais e limpas dos rios Pardo, em Santa Cruz e Águas de Santa Bárbara, e Paranapanema, em Piraju, clamando pela preservação dos rios ao ritmo das baterias dos blocos locais. Entre nessa. •p6
•giro 360 _publieditorial
Cocoricó CocoricóCocoricó Quer palavra mais engraçada do que essa? E todo mundo sabe significado. O cantar do Galo. Quando ele anuncia o dia. Quem já não ouviu um galo cantar? Galo é o chefe do galinheiro. O todopoderoso altivo e dono do pedaço - e das penosas, numa evidente relação de poder. As galinhas todas dão mole pra ele. E ai de você se o incomodar. Já levou um carrerão de galo? Uma bicada? Sei de gente que trincou costela apanhando de galo. Sei sim. Bonito, garboso, com sua plumagem combinada de nuances solares e terrosas, o galo é também o símbolo de muitas culturas, crenças e hábitos. Como a representação de Portugal, o horário de se levantar para a responsabilidade de cada dia... Até na história de Jesus Cristo, o galo aparece marcando o tempo. O Galo também é relacionado à boêmia e à festa, fazendo parte da cultura das fantasias e músicas de carnaval. Quem nunca ouviu falar do Galo da Madrugada, da capital do frevo, Olinda?
bilidades e capacidade crítica para agir de maneira equilibrada para alcançar desejos e ideais. Haverá que se lidar com entraves, como a inveja e a maledicência, mas o amor, o carinho e a audácia vão aparecer para dar aquela força e fazer a coisa acontecer.
Ora ação! Salmos 54 Vs: 1
O galo, com todas as crenças e lendas que o envolvem, é ainda um bicho caipira, como a gente que nasce ou vive no interior. E, seguro de si, nos indica que alguém tem que estar na liderança para a coisa funcionar. Assim como mostra que os que estão sob sua tutela podem viver tranqüilos, porque ele não vai deixar a peteca cair. Se depender de suas penas, aliás, nem haverá peteca! Para celebrar o carnaval e o calendário 2017 chinês, apresentamos o Galo de Acácio Pereira, artista santa-cruzense. Venha conhecer mais obras desse e de outros artistas no Giro 360. O lugar!
Há também o galo na cabeça, quando damos alguma trombada que incha como um ovo, na testa, no cocoruto.
Segundo nossas leituras sobre esse período, chamado do Galo de Fogo, por ser este o elemento regente, a previsão é fr tempo de mudanças, confiança e segurança. De encontrar o novo e se valer de suas ha-
foto: Flavia Rocha | 360
Em 2017, desde o dia 28 de janeiro e até meados de fevereiro do ano que vem, o Galo ganha a cena também no calendário do Horóscopo Chinês, que ao contrário do tradicional, baseado no sol e seus astros, tem como orientação a lua e representa cada signo, também 12 deles, com animais. Aulas de Desenho_ O artista plástico Pablo Gaijin está dando aulas de desenho no Giro 360e. Intessou? Ligue pra ele e combine uma aula. Não é necessário conhecimento prévio. F/whats: 14 997666242
“Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder. “
e xpediente
3 • editorial
Não existe organização horizontal se não estiverem todos responsáveis por fazer acontecer e, portanto, a fazer aparecer o dinheiro, que é a recompensa e a medida do sucesso de um empreendmento. O leitor poderá pensar: mas como assim, a pessoa que não é da área comercial pode produzir dinheiro? Tratando de fazer muito bem a sua parte. E aceitando como contrapartida não um salário fixo, que lhe é concedido choa ou faça sol, mas um rendimento proporcional ao resultado da empresa. Ou seja, se você tem direito a 10%, 15%, 40% do lucro, vai receber o que isso representar. Podendo ser muito ou pouco ou, ainda, quase nada, num ou outro mês. Sem esse risco sobre o resultado individual, do todo partilhado, falar em organização horizontal e eliminação de hierarquias é balela. Ou o paraíso que todo jovem – e atualmente adultos também – acreditam que podem econtrar no ambiente profissional. Só que não. Não mesmo. Num cenário de crise de longo prazo, como o que passa o Brasil, sejamos nós de direita, esquerda, centro ou avesso a isso tudo, entender que o esforço individual é fundamental para a saúde de uma empresa é dar-se a chance de permanecer num sistema produtivo com perspectivas de superar os obstáculos previstos e imprevistos. Um forte ingrediente para manter o espírito de empenho encontrar amor no que se faz. Além de promover resultados numericamente mais consistentes, o amor garante um outro ganho para o trabalhador: a satisfação pessoal.
Além do amor, vale apostar no prazer da conquista. De superar-se. Afinal, quem não se realizou quando aprendeu a andar de bicibleta? A nadar? A virar aquela cambalhota? Esse prazer também existe quando se trabalha. E ele funciona como um ótimo ingrediente para manter o pique, a ousadia e a persistência. Porque, afinal, quem não quer desistir? Quem não quer desencanar, dedicar-se à preguiça? pode apostar, com mais ou menos frequência, todo mundo tem seu dia de não. E resistir a ele é preciso. Para tanto, entra em cena um outro ingrediente ligado ao prazer. A boa vontade. Estar de bem com o trabalho ajuda muito a encarar os “ossos do ofício”, geralmente bem duros de roer. O capricho é a cereja do bolo. Pois além de garantir mais sucessos às tarefas, nos traz, de novo, o prazer. O de fazer bem feito. Pode até ter um um toque de vaidade, qual o problema? Desde que honesto – pra ter o sono mais pesado do unvierso e descansar nas poucas horas que puder dormir – e verdadeiro, todo o ser flui quando se encontra em estado de boa vontade. Não é exatamente a gentileza gerando gentileza. É a boa vontade dando o tom, mesmo que em um ou outro lado da linha ela se ausente. Porque ninguém, mas ninguém mesmo, acerta sempre. O que não significa, é bom assimilar, que os erros devam ser aceitos sem exceção. O acúmulo de erros, falhas e furos é sinal de desleixo. E capricho não depende de talento ou experiência. É questão de escolha.
O Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 6 mil exemplares. Distribuição gratuita. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›,Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, André Andrade Santos ‹correspon-dente SP›, Paola Pegorer ‹repórter especial›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Adi Leite. Ilustradores: Franco Catalano Nardo e Sabato Visconti. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente a opinião desta publicação. • Endereço: R. Conselheiro Antonio prado, 169 — centro — cep 18900-000 — Santa Cruz do Rio Pardo/SP • Cartas/publicidade: 360@caderno360.com.br • F: 14 3372.3548 _ 14 3372.2534 _14 99653.6463. 360_nº133_fevereiro/2017
lizado de cidadãos que cosneguem conciliar suas atividades profissionais com o voluntariado em benefício do bem comum, no caso, da preservação das águas limpas da região, como vemos em meio ambiente. A edição traz também novas práticas de alimentos orgânicos, oportunidades de negócios e aprendizado e o escoamento da produção de Agricultura Familiar para a merenda escolar, como vemos em agronegócio. O leitor também poderá conhecer a arte do santacruzense Pablo Gaijin, que aparecem em acontece e a visão de nossos colunistas a respeito do cenário atual, da internet e do insondável coração humano, como vemos em ponto de vista e bem viver. Completa esta edição, as estrepulias do Pingo e o passatempo de meninada e, como não poderia deixar de ser, receitas bem gostosas para você colocar em prática a sua arte culinária, em gastronomia.
Daí o termo: vestir a camisa. Essencial para quem quer a liberdade, desenvoltura, autonomia e respeito de trabalhar numa organização horizontal.
Boa Leitura!
Nesta edição, o trabalho encansável e horizonta-
360@caderno360.com.br
Flávia Rocha Manfrin editora
4 • ponto
de vista
imagem: Pixabay
É proibido proibir *José Mário Rocha de Andrade
Estava no Largo da Matriz em Santa Cruz aos 12 anos de idade quando as pessoas começaram a se falar agitadas, andar pra lá e pra cá meio sem rumo. “Golpe, golpe militar!”, diziam. E vivi minha adolescência e juventude sob as leis da ditadura. Cinco anos depois o Congresso foi fechado e as liberdades individuais limitadas. Nos jornais receitas de bolo, doces, salgados eram estampadas desde a primeira página. Somente a censura corria livre e solta. Os escritores, os músicos, as peças de teatro diziam nas entrelinhas.
Caetano Veloso cantava “É Proibido Proibir” nesse tempo em que o que mais havia era proibir. Há alguns anos houve um plebiscito para o brasileiro votar a favor, ou contra, a proibição do porte de armas. Meu irmão argumentava: “As pessoas de bem votam a favor da proibição”. Pode ser, mas nunca consegui ser a favor desse verbo e votei contra.
Cálice de: “Pai, afasta de mim esse cálice”, significava cale-se. “Apesar de você” era escrita para uma pessoa, mas “você” era o Governo. As artimanhas não escondiam a mensagem de protesto e foram todos presos, depois exilados sem julgamento. Músicos, escritores, educadores, todos, menos os padres, mesmo os que eram chamados de padres vermelhos. Os padres ficaram. Dom Helder Câmara, arcebispo de Recife e Olinda, um santo padre vermelho dizia: “se você dá um peixe a um pobre, você é um santo, se o ensina a pescar, é comunista”. Diziam que os comunistas comiam as criancinhas. O professor Carmelo morava em uma casa na rua do Buracão e diziam: “ele é comunista”. Atravessávamos a rua para passar longe.
Na nossa cultura ocidental os pais usam muito a palavra “não” para os filhos. Não faça isso, não faça aquilo... Nããoo! Isso aí... não! Nem todos. Lembro-me que nessa idade eu já tinha a chave da porta de casa, acho que era meu pai ensinando-me a ter responsabilidade. Um psicólogo alemão radicado nos Estados Unidos conta de sua experiência vivendo alguns meses em uma casa de família no Japão. Nunca ouviu a palavra não. Quando as crianças faziam alguma coisa errada, os pais jogavam a responsabilidade para ela: “você quer que seu pai e sua mãe passem vergonha? ”. Sempre achei que isso obriga e treina a criança a pensar. O não estimula a ignorância, o não pensar, o comportamento instintivo, para não dizer, animal.
Dizem que o pior feitor de escravos é aquele que já foi escravo. Pode ser, mas proibir é não confiar nas pessoas. Para proibir, bastam os Mandamentos de Deus, porque, Ele sim pode mandar, mas cá entre nós, como fazer para proibir “proibir”, se é proibido proibir. O melhor é cantar com o Caetano e viver a vida em liberdade. Os brasileiros sempre admiramos os bairros bons dos Estados Unidos. Casas sem muro, sem grade, voltadas para a frente. Agora querem fazer um muro para fechar o país. Houve um humorista americano que dizia: é preciso que façam uma lei proibindo as pessoas de ir à escola. Se isso acontecer, em pouco tempo os americanos serão o povo mais instruído do mundo. Todo mundo sabe que proibir é permitir. Do jeito mais gostoso. Só porque é proibido. Por isso, “É Proibido Proibir! ”. *médico santa-cruzense radicado em Campinas
arte: Franco Catalano Nardo | 360
As correntes do século 21 *Fernanda Lira
Quando eu era criança, as pessoas colocavam uns papéis sob a nossa porta cujo conteúdo nos prometia a realização de desejos incríveis… desde que tratássemos de fazer 10, 20, 100 cópias daquilo e saíssemos distribuindo às pessoas da mesma forma, ou seja sorrateiramente, pois se fosse pessoalmente, ninguém iria aceitar. Por isso, ainda sem o recurso do xerox, e meemos depois dele, fazer cópias e cópias e mais cópias e dar a quem não queria, era mesmo um trabalhão. O prêmio, incerto, não valia o esforço. Ocorre que as tais "correntes", como se chamavam aqueles textos condicionais, eram também ameaçadores. E contavam vários casos de terror para quem quebrasse o movimento e se recusasse a sair copiando e distribuindo aquele "presente". Você se lem-
bra disso? Caso não seja tão antigo, sabe que o sistema de correntes continua a pleno vapor em pleno século 21. O mais incrível nas "correntes" atuais é que elas acontecem às claras. Ou seja, seus amigos e amigas do facebook, instagram, whatsapp… todos adultos e já donos de umas boas doses de rugas e cabelos brancos acha lega pra caramba repassar mensagens em sistemas do messenger ou na própria timeline que implicam que quem leia trate de repassar. Ou seja, chega-se aos 40 anos e usase a tecnologia para se promover as insuportávels "correntes" da infância, das quais nossas mães zombavam ou nos tranqüilizavam serem meros joguinhos sem qualquer importância.
Nos tempos atuais, as correntes são feitas das mais repletas formas e temas. As mais freqüentes são as ligadas à saúde (câncer no topo da lista) e as religiosas, geralmente maquiadas do mais cafona desenho virtual. Elas chegam o dia inteiro e por todos os canais e você se vê obrigado a ignorar a mensagem de seus queridos amigos. Ou vai incomodar outros amigos queridos, se quiser levar a "corrente" adiante. Quem não gosta de arriscar a "quebra da corrente", ainda pede que você avise caso não queira se envolver, pois não pode quebrar a "corrente" (ouviu, seu ser malvado e indiferente?!). E aí se vc, em consideração avisa que não entra nessa, estará frustrando seus amigos, que o julgarão ou insensível a causas importantes, como o câncer, ou um ateu longe do Senhor!
O mais intrigante disso tudo é que não se trata mais de correntes criadas e propagadas pelas crianças. É corrente de adulto. De gente ocupada, que trabalha, cuida da casa, vai à academia. Ou seja, tem mais o que fazer! Ah, puxa!!! Acho que agora entendi. Talvez aquelas crianças cresceram achando que mandar corrente é muito legal. Devem ter conseguido realizado todos os pedidos que fizeram nas volumosas correntes da infância. E do alto de seu paraíso na terra estão nos dando a chance de o alcançarmos também. Só que não né, não mesmo!
*jornalista paulistana que adora o interior
5 • bem
viver
Você já perdoou hoje? O perdão é a cura do presente e a paz no futuro.
Perdoar é um ato fundamental para sua boa saúde. Em algum momento de nossas vidas, somos ofendidos ou traídos. Imediatamente reagimos incorporando um sentimento de raiva e desejos de vingança. Guardar esses sentimentos pode transformá-los em ranco-res tão profundos que lembrar da situação faz o coração disparar. O estresse aumenta, afeta nosso siste-ma imunológico e causa prejuízo para nossa saúde física e mental. Perdoe! Perdoar não significa necessariamente se reconciliar com seu algoz. Diz respeito a deixar os ressentimentos irem embora, levando com eles a raiva e desejos de vingança. Perdoar é fazer as pazes com o que aconteceu, para que o passado não comprometa o presente colocando em risco o futuro. A natureza do ato de perdoar, é a natureza do cultivo da autocompaixão. A autocompaixão aqui, está relacionada ao entendimento de que na vida todos nós, inclusive você, estamos à mercê de desconfortos, traições, ameaças e ofensas. Perdoar é um ato de mudança mental onde você decide transformar emoções negativas em emoções positivas. Os benefícios são claros: :– diminui os níveis de estresse e ansiedade :– melhora os relacionamentos :– melhora o sistema imunológico :– melhora o sono :– aumenta o sentimento de felicidade
imagem: Pixabay
*TAdi Leite
O cultivo do perdão demanda comprometimento e esforço. Segundo o Dr. Fred Luskin, da Universidade de Stanford (EUA), o processo só deve ser iniciado quando você se sentir pronto e, por isso, ele projetou nove passos para quem busca perdoar ou ser perdoado: 1 – Saiba exatamente como você se sente sobre o que aconteceu e seja capaz de articular de forma clara seus sentimentos sobre a situação. Seja honesto com você. Em seguida, divida com amigos. 2– Assuma o compromisso com você mesmo para se sentir melhor. O perdão é para você seguir em frente, nada mais. 3– Perdoar não significa necessariamente reconciliação. É o cultivo de uma mudança mental. Uma busca de entendimento como o resultado de não julgamento. 4– Busque a perspectiva certa sobre o que está acontecendo.
Avalie se a angústia primária vem dos sentimentos do passado ou dos ressentimentos que você carrega agora. 5– No momento em que você se sentir mais angustiado com essas questões, faça uma pausa, respire profundamente, segure o ar por alguns segundos e solte, mantenha-se o foco da sua transformação. 6– Não crie expectativas. Esteja aberto. 7– Coloque sua energia em busca de construir emoções positivas entendidas através da experiência que o feriu. 8– Lembre-se que uma vida bem-vivida é a melhor vingança. Em vez de se concentrar em seus sentimentos feridos, e assim dar poder sobre você para a pessoa que causou dor, procure o amor, beleza e bondade em torno de você. Concentre sua energia para apreciar o que você tem ao invés de olhar para o que você não tem. 9– Transforme a maneira como você olha para o seu passado para que você se lembre de sua escolha: perdoar. O perdão não é só o desenvolvimento de uma habilidade que todos podemos aprender. É uma escolha, um processo de cura para o presente construindo a paz para futuro. *couch, jornalista e fotógrafo paulistano
6 • cidadania
_ meio ambiente
Folia com cidadania: rios da região Sob constantes ameaças por parte de empreiteiras afoitas por fazer deles fonte de riquesa, os rios Pardo e Paranapanema ganham as ruas e praças durante o Carnaval, clamando proteção
O carnaval da região 360 ganha um tom de manifesto em defesa das águas naturais dos rios Paranapanema e Pardo. As festas de Momo de Piraju, Santa Cruz do Rio Pardo e Águas de Santa Bárbara, a dimuta cidade balneária à beira da rodovia Castello Branco que atrai milhares de foliões em seu famoso carnaval de rua, vão além dos temas festivos e locais para chamar a atenção de todos, foliões locais, turistas a autoridades, da condição frágil e alarmaente em que se encontram suas águas. Em Piraju, o trecho ainda natural do rio Paranapanema, um dos mais represados do país, inclusive na área central em que atravessa a cidade, está sendo alvo de litígio. Após décadas decretada área de preservação municipal, com direito a tombamento na qualidade de patrimönio público, a parte ainda natural das águas, corre o risco de virar um lago para gerar energia elétrica. Como se não houvesse atualmente tantas alternativas viáveis no país, inclusive na
fotos: Movimento Panema Livre
ganham as ruas durante o carnaval *
Ativistas do movimento em defesa do Rio Paranapanema em Piraju fazem plantão para lembrar a todos que as águas ainda selvagens que margeiam boa parte da cidade devem ser preservadas
*
retgião para se gerar energia de forma sustentável. Ali, a artimanha de advogados bem pagos por empresas criadas exclusivamente para cimentar as águas em nome de um pseudodesenvolvimento regional tem conseguido alarmar cidadãos conscientes da necessidade de preservação ambiental do Paranapanema, numa queda de braço desigual, mas que tem sido mantida graças à garra da comunidade. A situação é semelhante em Águas de Santa
Bárbara e Santa Cruz do Rio Pardo. A decisão lutar pela preservação das águas do rio Pardo em seu estado natural, sem a interferência de projetos de barragens gigantes, capazes de alterar definitivamente o equilíbrio ecológico e as condições climáticas e produtivas de toda a região sofre um vaivem que coloca a população em alarde e tendo que tomar providências urgente. Com cinco projetos aprovados e em estado de licenciamentos ambientais mal explicados, as cidades alternam momentos de calmaria, quando podem se debruçar em projetos de aproveitamento turístico das águas que abastecem campo e cidade de 15 municípios, quando momentos de grande turbulência, como a atual, que concedeu à empreiteira que é ré numa ação do Ministério Público, autorização para dar andamento às obras interditadas pela justiça em 2015, em Águas de Santa Bárbara. É como se um juiz autorizasse a uma das partes construir uma casa num terreno antes de resolver um litígio de posse. Por trás da folia – Enquanto o movimento a favor das águas ganha as ruas durante o carnaval, as organizações criadas para defender as águas da região tratam também de tomar medidas cabíveis para conter o processo de instalação de barragens pouco analisadas do ponte de vista sustentável. Em Piraju, a Teyquê-pê e a Panema Livre trabalham para revogar a situação que pôs abaixo as leis municipais de preservação do que restou de natural no rio Paranpanema, criadas há décadas e julgadas incosntitucionais em 2016, num processo movido por interessados em instalar ali mais uma bar-
por Flávia Mafrin
ragem. Com apoio unânime dos vereados e prefeito empossados este ano, os movimentos trabalham em busca do reconhcimento da importância de se manter a pequena área natural intacta e o quanto a energia a ser gerada por uma barragem pode ser facilmente obtida através de projetos mais alinhados com o modo sustentável do mundo moderno. No rio Pardo, a Organização Rio Pardo Vivo também trabalha junto à justiça, tentando revogar a autorização para a continuidade de desmatamento em Águas de Santa Bárbara. “Estamos entrando com uma medida cautelar para que as obras continuem interditadas até que seja julgado o processo movido pelo Ministério Público, que questiona a falta de um estudo de impacto ambiental dos cinco projetos previstos para o rio Pardo”, afirma Luiz Carlos Cavalchuki, presidente da Rio Pardo Vivo. No âmbito polítco, além de prefeitos e vereadores, o deputado estadual Ricardo Madalena, que vive na região e acompanha todo o processo envolvento empreiteiras e ambientalistas, assumiu o compromisso de levar ao Congresso Nacional, através de alinhamento com deputados federais comprometidos com a região, projetos de leis que protejam definitivamente as águas do rio Pardo e o trecho natural do Paranapanema de projetos de barragens. “Estou 100% comprometido com essa causa. A região já comporta hidrelétricas e tem elevado potencial de geração de energia verde, através de biomassa, produzida em grande escala pelas usinas de açúçar e álcool instaladas na região”, afirma. Aos cidadãos, cabe clamar pelas águas e matas da região. Desta vez, embalados pelo samba no pé. Isquindô!
Info: CARNAVAL PELAS ÁGUAS sáb._21h: balneário Municipal- Águas de Sta Bárbara dom._20h: seguindo o Bloco Swingueira - Piraju 2ª-f. _21h: Praça Leônidas Camarinha - Sta Cruz *Mais informação, acesse os links: https://www.facebook.com/events/220870695044249/ http://www.chegadeusina.com.br/2017/02/swingueira-doparanapanema-carnaval-2017.html
7 • agronegócio
Agricultura familiar abastece merenda O agronegócio parece ser mesmo vocação em Avaré. E não apenas quando se trata de grandes produtores e criadores. A Agricultura Familiar também tem se destacado graças ao aproveitamento de programas públicos de incentivo à produção que contemplam desde a capacitação e aprimoramento produtivo à venda dos produtos. É o caso do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Para suprir a rede escolar, a prefeitura da cidade está absorvendo boa parte da produção agrícola de pequenos produtores rurais que se enquadram no modelo de Agricultura Familiar. Em linhas gerais, a Secretaria Municipal da Educação compra hortifrutigranjeiros da Associação que compreende cerca de 53 produtores. Atualmente, são consumidos em média 500kg de vegetais folhosos, 2.500kg de legumes e 6.500kg de
frutas por semana, garantindo que Avaré cumpra as exigências do convênio com o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que rege a alimentação escolar e exige que 30% dos recursos federais sejam repassados para o município, para essa finalidade. Um dado importante é que a compra desses produtos pode ser feita legalmente, sem a necessidade de licitação, desde que os preços sejam compatíveis com praticados pelo mercado local e atendam às exigências de qualidade estabelecidas. A compra é feita a partir da elaboração de um cardápio que aproveita os gêneros alimentícios produzidos na região. definida a quantidade a ser consumida pela rede pública de ensino, é feito um cronograma de entrega dos produtos segundo a sua sazonalidade. As mercadorias chegam se-
Aprenda Agroecologia
Xô formigas
Até 10/3 está aberta a Chamada Pública para a criação/manutenção de Núcleo de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (NEA) e de Centro Vocacional Tecnológico de Agroecologia e Produção Orgânica (CVT), com vistas à formação de professores/alunos, à ampliação das pesquisas e conhecimento de princípios e práticas da agroecologia e produção orgânica pelos diferentes segmentos da sociedade, dando continuidade à política pública de fomento a criação de NEAs em instituições de ensino. O edital pode ser acessado em https://goo.gl/giehH5. . Fonte: CATI Regional Avaré
Censo Rural Produtores rurais do estado de São Paulo devem atualizar os dados de cadastros de suas propriedades na Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) para que seja feito o Levantamento das Unidades de Produção Agrícola (LUPA), que traz dados sobre ocupação do solo, explorações vegetais, mão-de-obra, proprietários, administração e assistência técnica, tecnologia em explorações vegetais, técnicas em pecuária e criações
Aparentemente inofensivas, as formigas também contaminam ambientes e alimentos. Uma receita natural para espantá-las: 30 gotas de óleo essencial de cravo-da-índia + 30 gotas óleo essencial de hortelã-pimenta + 100 mL de água. Misture em um frasco spray. Agite bem e aplique no local onde elas circulam.
e atividades econômicas não agropecuárias. Realziado a cada 10 anos, o censo permite apurar o índice de participação dos municípios no ICMS, balizar serviços de assistência técnica e pesquisa junto ao setor dos agronegócios, conhecer a realidade rural paulista para a criação de programas, projetos e ações da SAA, além de promover o acesso de produtores a programas públicos e ao sistema de crédito rural. Info: www.cati.sp.gov.br Fonte: CATI-Avaré/SP
manalmente no Galpão do Agronegócio de Avaré, e de lá são distribuídas para as escolas municipais.
Info: 14 3733.7015 e 3732.5997
de Produção Agroflorestal (SAF) baseado nos ensinos do especialista Ernst Gotsch, famoso por transformar grandes áreas áridas e improdutivas em grandes cenPO sistema de produção orgânica tros de produção de alimentos. Afinados baseado no plantio de diversas culturas com as práticas orgânicas da região, os de maneira ordenada e intercalada, produtores da Chácara Berelu receberam eliminando-se arados e aplicação de de- visita da OSC Avaré, que reúne produfensivos e adubos químicos já é realidade tores de alimentos orgânicos na cidade em Cerqueira César, onde uma provizinha, onde é realizada feira duas vezes priedade de menos de 1 hectare está por semana. sendo transformada através do Sistema Fonte: CATI-Avaré/SP
Agrofloresta em prática
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• gastronomia
foto:acervo pessoal MM
Flávia Manfrin
Receitas pós democracia
Eu o chamo carinhosamente de "Lord, santa-cruzense”, tal a permanente elegância desse nobre conterrâneo radicado na capital paulista desde adolescente. Maurício Camarinha Machado é jornalista e comunicólogo em amplo espectro de atuação do alto de seus 59 anos que completará daqui a cinco minutos!, neste 22/2.
Amigo desde sempre, Maurício tem nos brindado com receitas da Vovó Alice nesses inacreditáveis tempos bicudos em que a democracia parece morta e enterrada diante de uma atônita massa de mentes que ainda consegue ver além dos muros da intolerância, do preconceito e da falta de critérios minimamente humanos de se governar um país. Com sua fina ironia, nos remete com humor aos tempos nada memoráveis que esperávamos, não voltassem nunca mais.
Crumble de Marmelo receita de Vovó Alice - por Maurício Machado _Ingredientes: • 2 colheres (sopa) de manteiga • 4 marmelos grandes, descascados, descaroçados e cortados em cubos • 120 g de açúcar • 1 colher (chá) de extrato de baunilha • 280 g de farinha de trigo • 80 g de amêndoas trituradas • 150 g de açúcar mascavo • 60 g de açúcar cristal • 1 pitada de sal • 225 g de manteiga gelada, cortada em cubos • açúcar de confeiteiro para polvilhar Preparo: Derreta as 2 colheres de manteiga numa panela de fundo grosso, no fogo médio. Adicione o marmelo, o açúcar e o extrato de baunilha e misture bem. Cozinhe por 5 minutos, mexendo de vez em quando. Em seguida, cubra com 750 ml de água. Quando a água estiver quase fervendo, tampe a panela e deixe cozinhando no fogo mais baixo possível, sem deixar ferver. Cozinhe por 25 minutos, mexendo ocasionalmente, até o marmelo amolecer (teste com a ponta de uma faca). Enquanto isso, misture a farinha, as amêndoas trituradas, o açúcar mascavo, o açúcar cristal, a
"Galette des Rois" (Bolo de Reis) receita de Alice de Castro - por Maurício Machado
manteiga gelada em cubos e o sal num bowl grande. Esfregue a manteiga nos ingredientes secos até obter uma mistura esmigalhada e irregular, com pedacinhos maiores e outros menores. Reserve. Preaqueça o forno a 180°C. Unte e forre com papel-manteiga uma fôrma de torta de 23 cm de diâmetro. Espalhe cerca de 1/3 da mistura esmigalhada na fôrma. Com uma escumadeira, pegue os cubos de marmelo da panela e espalhe-os sobre a mistura. Cubra tudo com o restante da mistura, pressionando levemente. Leve ao forno e asse por 40-50 minutos, até ficar dourado e crocante por cima. Retire do forno e deixe descansar por 5 minutos. Polvilhe com uma fina camada de açúcar de confeiteiro e sirva.
_Ingredientes: • 2 rolos de massa folhada • 3 ovos • 100 g de amêndoas em pó • 100 g de açúcar • 1 colher (sopa) de farinha • 70 g de manteiga amolecida • 1 colher (sopa) de rum • 1 colher (sopa) de leite • 1 fava seca • manteiga q.b. _Preparo: Retirar o tabuleiro do forno. Untar com um pouco de manteiga e cobrir com papel vegetal também untado. Reservar. Pré-aquecer o forno a 200ºC. Preparar o recheio: bater muito bem os ovos com as amêndoas em pó, o açúcar e a manteiga
amolecida. Incorporar a farinha e o rum. Misturar delicadamente. Estender uma das massas folha das sobre o tabuleiro do forno e barrar com o recheio. Introduzir a fava no recheio. Cobrir com a massa folhada restante, pincelar as bordas com um pouquinho de água e pressionar com a ponta dos dedos para soldar. Decorar a superfície à gosto com a ponta de uma faca e pincelar com o leite. Levar a dourar no forno, a 200ºC, por 20-25 minutos. Servir a galette morna, acompanhando com champagne.
Onde IR! •RESTAURANTE S BERNARDINO • Donana_Peixes, risotos, massas. 3ª/sab: 18h_ 22h dom: 12h_ 15h F: 14 3346.1888' BOTUCATU • Celeiro_ Situado num bairro rural
criado com base na agricultura biodinâmica e na antroposofia, o restaurante e bar é farto em elementos naturais e tem um variado cardápio que se sobressai em toda a região. Destaque para os cortes de carne. 5ª (19h-0h), 6ª (18h-0h), sáb. (17h0h) e dom.feriados (12h-17h) F: 14 3814-4675 IPAUSSU
• Harpo's_Cozinha contemporânea caprichada em ambiente agradável. 6ª e sab: 19h_ 0h dom: 11h30_ 14h F: 14 99853.0904
para o por-do-sol. 3ª a dom: 19h_0h. F:14 98114.8015 • Via Venetto Restaurante e Pizzaria_ Comida variada com menu a la carte e buffet. Abre apra almoço e jantar de 3ª a dom. F: 14 3322-7890
OURINHOS PIRAJU • La Parrilla_ Comida argentina. 3ª/sab: 11h_ 16h e 19h, dom: 11h _16h F:: 14 3324.9075 • Olivia Bistrô. Ponto nobre da cidade com cardápio criativo e variado. 3ª a dom:jantar, sáb./dom: almoço. F: 143325-2539 • Sushi Ventura_Comida japone-sa delicio-sa e criativa. Deck com vista
• Adrenalina's Oishi_ O famoso bar de Ricar-do Mello agora com cozinhas brasileira e japonesa. Ótimo atendimento e a melhor vista da cidade. 16h às 23h (fecha às 3ªs) F: 14 3351.0811 • Kenko Sushi_ Cozinha japonesa serve almoço e jantar. 3ª a dom. F:14 3351-8176 • Pirabar_ Almoço e casa noturna à beira do Paranapanema. 3ª a dom. F:14 3351.4387 • Taças e Cachaças_ Cachaças, petiscos, pratos variados. Ótimo atendimento. 2ª a sáb.: após 18h | dom: 10h-15h. F: 14 3351.0811
dia 8h_ 20h ou até o último cliente. • Bar do Cersão _ Drinks, assados, por-ções. Festa de rock. 22h às 4h F: 14 998.352630 • Casa da Esfiha_Mais de 70 sabores. F: 14 3372.2915
• Frutaria do Baiano_ Frutas selecionadas. R. Mal. Bittencourt c/ R. Benjamin Constant 8h_ 23h. • Sorveteria União_ Sorvete artesanal e ingredientes naturais. Todo dia
ÁGUAS DE STA. BÁRBARA Nossa Chácara_Buffet de prratos quentes e saladas . Local bucólico. 5ª a dom. F: 14 3765.154 STA. CRUZ • Giro 360_Espaço de artes, culinária e produtos da região. Comida criativa. TSugere-se ligar para reservas. Aber todos os dias das 11h à meia noite. F: 14 3372.2534 e 99653.6463 • Pizzaria Alcatéia_Pizzas, massas, carnes, peixes e saladas . 3ª-dom. 19h _23h. F: 14 3372.2731 • Rancho da Tilápia_ Cozinha caseira caprichada. 2ª/dom. 8h30_ 14h30_ 2ª/sab. 17h30_ 0h. F: 14 3372.4828
• Espetinho Pilão e Cocho_Espetinhos, porções e acompanhamentos . 2ª a 6ª: 17h à 1h, sáb. e dom.: 16h à 1h. F: 14 3373.1041 • London Chopp_ Petiscos, refeições e as variadas cervejas e drinks. • 3ª a 5ª (18h-0h), 6ª a dom. (17h-2h30). F:14 3372.8677 • Nina Lanches_ Tradição em lanches. Todo dia 18h_0h. F: 14 3372.6555 • Posto 53 Crep's Bar_Crepes, petiscos e drinks. Almoço. 4ª a dom. 18h-
9h_18h. F: 14 3372.3644
• RODOVIAS PIRAJU—OURINHOS SP 270 ‹RAPOSO TAVARES› • Cia. da Fazenda_ Km 334: Lanches e refeições saborosas. F: 14 3346.1175 OURINHOS—S.CRUZ SP 352 ‹O. QUAGLIATO› Restaurante Cruzadão _ Km 16: Restaurante 24h F: 14 3372.1353. Orquidário Restaurante Café_ Km 14: Lanches, sucos, refeições, orquidário. Salão de festas. Todo dia 7h_ 19h F: 14 99782.0043 • Varanda do Suco_ Km 27,5: Refeições, sucos, salgados e doces. Todo dia 9h_19h. F: 14 98125.3433 S. CRUZ—S.PEDRO
S. PEDRO DO TURVO • Restaurante Rosinha _ Deliciosa comi-da caseira. 2ª a sáb: 11h30 às 15h F:: 14 3377.141 • Pizzaria Camiloti _ De dia lanchonete e padaria. De 5a. a dom.: Pizzaria_ F: 14 3377.1113
• BARES E LANCHES AVARÉ • Di-Ferentti_Comida típica mexicana e outras gostosuras | 3ª a 6ª: 17h_0h sáb.:11h_1h30 - dom: 17h_23h F: 14 3733.2928 BERNARDINO • Pastelaria Bagdá_ Melhor pastel da região 360. 2ª a sab. hor. com. STA. CRUZ • Bar da Neusa ( Sodrélia)_ Todo
0h. F: 14 3372.5656 • Treiler dos Amigos_Lanches e porções. Fecha às 3ªs-feiras. 18h30 à 0h30 F: 14 3372.9297
OUTROS OURINHOS • Gelateria Perino_Sorvete natural, sem conservantes, glúten, corantes e aromatizantes. Avenida Rodrigues Alves, 185. 3ª a dom. 13h_ 22h. F: 143026-7007 STA. CRUZ
• Pesqueiro Paulo Andrade Peixes frescos, aves e assados ‹ encomenda›. F: 14 99706.6518 IPAUSSU—BAURU SP 225 ‹ENG. JOÃO BAPTISTA RENNÓ› • Paloma Graal Km 309 Praça de alimentação, lojae cafeteria. 24h. F: 14 3332.1033 • Graal Estação Kafé_Km 316: Museu , antiguidades, comida caipira. 24h | Maria Fumaça! F: 14 3372.1353
10 • acontece
O Forasteiro dos Mangás Pablo Gonçalves do Rego, tem 26 anos e desenha desde sempre. "Eu não me lembro de não ter desenhado", conta numa conversa objetiva, em que explica que o pai, agricultura, era também tatuador e na família a arte das linhas que formam imagens cenários é não apenas uma forte presença, mas estimulada. "Sempre tive muita liberdade em casa", revela. "Meu quarto é uma biblioteca de mangas e o deixo aberto. Minha família tem acesso. Meu irmão de 20 anos também desenha, mas não tem esse ímpeto de mostrar para pessoas", diz assumindo que decidiu expor sua arte por ter consciência de que era isso que produzia. “Eu sempre tive noção de que o que fazia era arte, porque evoluía. Você é uma artista à medida que você é bom no que você faz, quando você evolui. Na faculdade eu comecei a participar de eventos, exposições e a dar oficinas. Aí conheci a turma da secretaria de cultura, que trouxe a oportundiades de desenhar em eventos e para publicações. Gosto de participar de eventos culturais", conta. Curiosamente, Pablo graduou-se em História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)em vez de estudar artes plásticas ou design, mas não pensa em lecionar. "O meu intuito foi o de ganhar conhecimento, sempre gostei muito de ler. Quis fazer história porque desenho eu já praticava. Queria algo diferente. Agora é que vou fazer design, pois além de aprimoramento técnico, acho que vai abrir caminhos, como aprender a produzir e distribuir o meu trabalho", conta o jovem artista que tem muita clareza de seus objetivos e dos passos que pretende dar para alcançá-los e tem se dedicado a uma série de quadrinhos baseada em viagens. Ë tanta dedicação que atualmente, Pablo Gaijin, nome artístico que escolheu por significar "estrangeiro", já que ele é um ocidental mergulhado na tradição de desenhos japoneses, vive de sua arte. Além de obras a preços bastante acessíveis, pintadas ou desenhadas em papel A4, com uma delicadeza e ao mesmo tempo impacto, especialmente nos retratos, que faz com excelente resultado, ele dá aulas para pessoas interessadas em aprender desenhos figurativos e, claro, mangás.
aARTE: PABLOI GAIJIN
ram mais tarde, para atender a pedidos em eventos dos quais participava. "Desenvolvi minha própria étnica, baseada no manga que é pegar uma forma complexa como o rosto humano através de li-nhas mais limpas", explica. O resultado é de uma delicadeza marcante, com a beleza da pessoa retratada explícita através de sombras quase imperceptíveis. "Eu recebo muitos elogios, inclusive de desconheci-dos.Mas eu queria ouvir críticas de conhecedores. E isso a faculdade vai me proporcionar. Espero estar acertando mais do que errando", avalia com um misto de humor e senso crítico. Dentro de seu pragmatismo ele mostra muita clareza do que almeja para sua arte. "Em 2005, numa das primeiras exposições que fiz, eu falei que queria viver de desenhar o que quero. E esse continua sendo meu objetivo. Hoje eu desenho mais o que me pedem. Eu quero viver de um trabalho autoral. A história em quadrinhos é um caminho para isso", afirma, referindo-se ao projeto "50 milhões de metros", série de quadrinhos ancorada numa viagem cuja distância percorrida pelos personagens tem essa medida. "É uma história de viagem que aborda sexualidade, amadurecimento e deverá estar pronta no ano que vem", diz o artista.
"Estou dando aulas de mangá para jovens no Icaiçara Clube já faz uns oito meses. São seis alunos e eles estão evoluindo", avalia o artista. Para ele, desenhar é também uma forma de desenvolver a capacidade intelectual, ajudando no desenvolvimento de outras atividades curriculares. "Porque não é só desenhar. Você tem que pensar antes de fazer. A ferramenta não é a mão, mas a sua cabeça. Você tem que pensar por que fez aquele traço.Então desenhar ajuda na escola. Ajuda na questão social, a interagir com as pessoas", garante ele. Quando questionado sobre o que o inspira, Pablo Gaijin responde rápido. "A questão não é inspiração. É que eu não sei não fazer. O ócio criativo me irrita. Desde meu contato com o desenho animado japonês Anime, eu nunca mais parei de desenhar mangas". Sobre os retratos, ele diz que surgi-
*tradutor, estudante de cinema e músico independente, roga adeus ao verão enquanto se proteje do típico frio de Curitiba, cantando esperançosamente as letras de Nelson Cavaquinho
Habituado a expor seus trabalhos em eventos e feiras de arte, Pablo Gaijin reuniu seus mangas e retratos no Giro 360, reduto de artes plásticas de sua cidade, Santa Cruz do Rio Pardo, onde também está dando aulas particulares de desenho. A mostra permanecerá aberta ao público até o final de março. E o artista dará plantões para atender a pedidos de desenhos feitos na hora ou encomendas a partir de fotos.
Info: fone/whats:14 997666242 • desenhista.pablo@gmail.com • facebook: pablo gaijin Expo Giro 360: até final de março. Visitação gratuita todos os dias F/whats: 14 996536463
11 • meninada
arte: Sabato Visconti | 360
Rebelde
com
causa
Alvinho estava engajado com as atividades da escola que vivia uma cruzada contra o mosquito Aedes. As pessoas não cuidam da água nos pneus vazios, nas latas vazias, tudo que vira crIAdouro de mosquitos e ficarão doentes por culpa delas mesmo. Uma ignorância irritava-se Alvinho, um despautério, gritou a palavra que seu pai usara no dia anterior. Pingo, que estava acordando e se esticando, levantou as orelhas. E você aí, seu dorminhoco que nada faz? Os mosquitos dominarão o mundo, seu folgado! Pingo viu Alvinho ganhando cor, calor, os olhos arregalando e, esperto como é, levantou-se muito devagar, espreguiçou mais um pouco, virou-se e tomou o rumo do quintal. Volte já aqui, seu alienado, seu rebelde sem causa e continuou a falar todas as frases que seu pai dizia e ele nunca entendia. Seu cara de cuíca!
arvores para colher agua. Salve o Rio Pardo Vivo.
Mensagem Secreta: cada flor corresponde a uma letra. Descubra e espalhe a mensgem. As casas em destaque formam o nome de um rio que precisamos salvar!
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E preciso plantar