360 ed137 jun2017

Page 1

fto: acervo O Samaritano

Grátis! pegue & leve

Caderno 360 Gostoso de ler . ANO 12

cidadania_ entidade de abrigo a pessoas sem teto se expande em Sta. Cruz e chega a Ourinhos. Ajude! (foto acima) •p3

agronegócio_ o lixo do vizinho pode ser fonte de renda e servir de insumos para o plantio. •p5

culinária_Receitas do bem para angariar recursos para o cuidar dos animais de rua. Uma delícia! •p8

nº 137 junho/2017

Animais silvestres são riqueza a ser preservada

Caderno 360 Gostoso de ler . Circulação Mensal: 6 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Assis • Areiópolis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Chavantes • Cerqueira César • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Lins • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Sta Cruz do Rio Pardo • São

Turvo •Timburi + 6 Pontos Rodoviários

foto: Flávia Rocha | 360

Manuel • São Pedro do

Versão On line: issuu.com/caderno360 facebook/caderno360

Muito comuns na região as lebrese tapitis nos remetem à proliferação. Que o espírito de cidadania seja como eles e prolifere em todas os cantos para vivermos com igualdade.


2 • editorial

Cidadania. Quanto dela você exerce? Quando você se faz valer dessa condição? A cidadania exprime nossa condição de seres que vivem em grupos e, por essa razão, precisam se respeitar, bem como ao meio em que vivem. Sema prática da cidadania, deixamos de usufruir de nossos direitos, assim como abrimos mão daquilo que tanto se fala nas religiões: o amor fraterno e a união entre os povos. A doação e a responsabilidade em fazer do mundo um lugar melhor. Esta edição está 100% tomada de exemplos de cidadania. Seja para lidar com a terra e com os resíduos que produzimos no nosso dia a dia, o nosso lixo, como vemos em agronegócio. Seja para assumir nossa responsabilidade em preservar os bens naturais que podem garantir às novas gerações a mesma qualidade de vida – climática, produtiva e de subsistência – que hoje desfutamos, como é o caso do rio Pardo, que insistentemente ocupa a seção de meio ambiente deste periódico e, neste mês, ganha uma publicidade na contracapa. Ela também aparece no trabalho de acolhimento de pessoas que vivem nas ruas que vem sendo praticado com grande sucesso em Santa Cruz e está chegando a Ourinhos, como vemos em cidadania. Ser cidadão exige antes de mais nada, consciência sobre nossos direitos e deveres. E prática. Tanto para defender direitos, o que muitas vezes nos coloca na condição desconfortável do chato, do cricri, do mala que não deixa passar batido situações em que há desrespeito ao direito comum, de todos. Como para sair em busca de alternativas para dar amparo aos animais abandonados por pessoas que não pensam que a fome, o frio e a falta de atenção são fundamentais também para os bichos, como o leitor poderá conferir em gastronomia. A cidadania, torna-se ainda mais importante no inverno, quando o clima duro nos lembra que é preciso agasalhar o próximo com a nossa roupa velha,

com o cobertor usado, com a sopa quentinha e, muito importante, com o nosso calor humano. A cidadania, também é uma prática fundamental no meio corporativo e na iniciativa privada, já que infelizmente vivemos num país ainda longe de se mostrar capaz de suprir as necessidades fundamentais de seu povo. Por isso cidadãos conscientes e empresas dispostas a ir além do lucro puro e simples, se desdobram em ações voltadas às áreas essenciais a todos, como saúde, educação e cultura, como vemos nas páginas centrais desta edição, sob o tema acontece, e na agenda cultural do mês. Praticar a cidadania, no caso da imprensa, siginifica ser ética, honesta nas informações e capaz de superar qualquer receio para noticiar as más práticas que afetam a todos, bem como promover a conscientização a respeito daquilo que é importante para o bem estar coletivo. No caso deste periódico, voltado às boas notícias, a cidadania é exercida através da doação de espaços publicitários, na cobertura de ações comunitárias e boas práticas que podem ser multiplicadas e na responsabilidade de tornar públicas as soluções e alternativas para superarmos as mazelas que podem afetar de maneira drástica a nossa vida. Cuidar do outro, do meio em que vivemos, do coletivo, com atitudes e não só discursos. Com coerência e não de forma seletiva. E sobretudo com amor, nunca com soberba. Esse é o desafio de cada um de nós. E quando começamos a fazer a nossa parte, pode acreditar, essa prática é muito, mas muito mais fácil de ser abosrvida em nossa rotina. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin editora 360 360@caderno360.com.br

Ora ação! 1 Jo 3 Vs: 17

“Quem possui bens deste mundo e vê seu irmão passar necessidades, e lhe fecha o coração, como estará nele o amor de Deus? “


3 • cidadania

O bom samaritano existe e vive por aqui entidade O Samaritano. À esquerda, Jaks Santos alimenta um morador

*

lhimento humano da família de Jacks. “Nós assumimos o trabalho de amor ao próximo”, diz ele, esclarecendo que nada é cobrado dos moradores.

fotos: acervo O Samaritano

A ajuda comunitária através de doações é algo muito mais fácil de praticar do que a doação de tempo e o serviço pessoal de cuidar dos menos favorecidos

ex-moradores *hojeÀ direita, são voluntários da

Quem não conhece a história do bom samaritano? Aquele que, diferentemente de sacerdotes de diversas religiões, que passaram indiferentes à uma pessoa vivendo na rua, parou para ajudar? Essa famosa parábola do livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, tornou-se a rotina diária de uma família que vive em Santa Cruz do Rio Pardo. O casal Jaks, 42 e Claudia Santos, 29, o filho dele, um adolescente de 13 anos, e a filha do casal, de apenas 5 anos, vivem hoje num dos abrigos que criaram para amparar pessoas em condições de rua, incluindo dependentes químicos, e também aquelas que por alguma razão ficaram à mercê da própria sorte. A rotina samaritana de Jaks, um pastor

evangélico que diz ter uma visão aberta da religiosidade admitindo tolerância com outras doutrinas, começou com a entrega de alimentos e cobertores para necessitados. Dono de um comércio, não demorou para ele fechar as portas do local para amparar as pessoas das ruas. Decidido então a assumir essa missão, há dois anos ele alugou uma casa e criou um lar para os desabrigados. “Começamos com cinco moradores, mas logo percebemos que a demanda era bem maior e hoje temos 61 pessoas abrigadas", informa Jacks. Divididos hoje em duas moradias, uma casa na cidade e uma chácara num bairro rural, os abrigados recebem alimentos, atendimento, conforto e sobretudo aco-

e xpediente O Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 6 mil exemplares. Distribuição gratuita. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›,Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›, Paola Pegorer ‹repórter especial›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Adi Leite. Ilustradores: Franco Catalano Nardo e Sabato Visconti. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente a opinião desta publicação. • Endereço: R. Conselheiro Antonio Prado, 169 — 18900-000 — Sta. Cruz do Rio Pardo/SP • Cartas/publicidade: 360@caderno360.com.br • F: 14 3372.3548 _ 14 3372.2534 _14 99653.6463. 360_nº137_junho2017

A maioria do grupo, segundo o pastor, é formada por dependentes químicos, condição com a qual ele lida com consciência e muita paciência. “Não é com internação e remédios que tratamos esses casos. Na verdade é mostrando a eles que podemos ser felizes sem o uso dessas substâncias e que elas causam muito mal. Hoje temos pessoas que estão há bastante tempo sem consumir drogas”, garante, ascrescentando que alguns já prestam serviços pela vizinhança. ajuda comunitária – Com uma alta conta mensal, formada pelo consumo de de alimentos e aluguel de dois imóveis, a entidade O Samaritano ainda não tem apoio do poder público e se mantém principalmente graças à ajuda da comunidade, além da venda de hortaliças orgânicas e artesanatos produzidos pelos abrigados mais jovens. “As pessoas de Santa Cruz ajudam muito. E sempre”, diz o pastor, que está tratando de questões

brucráticas para formalizar a entidade. expansão – Com um CNPJ em mãos e na iminência de obter alvarás da vigilância sanitária e do corpo de bombeiros, Jaks, que se dedica exclusivamente à atividade “samaritana”, revela que está montando uma unidade de atendimento em Ourinhos. “A nossa missão é essa”, garante com entusiasmo e determinado a estender os cuidados aos desfavorecidos de uma cidade maior. Para tanto, ele solicita todo e qualquer tipo de doação: móveis, roupas, alimentos e trabalho voluntário. “Muitos profissionais de saúde visitam as nossas unidades em Santa Cruz para tratar os doentes”, afirma. inverno quente – Um dos pontos altos das necessidades da entidade, nessa época do ano, são os cobertores, que servem tanto para quem está no abrigo como para aqueles que se negam a deixar as ruas, que recebem alimentos e cobertores. “Quando somos avisados de pessoas na rua, vamos até o local para falar com elas e dar-lhes nosso atendimento”. contato: +55 14 99824-7365


4 • ponto

*José Mário Rocha de Andrade

de vista

Órfão no berço, não de berço

A imagem de 42 anos atrás permanece viva em minha lembrança. Eu o vejo caminhando no longo corredor da Santa Casa vestindo seu paletó bege claro, gravata borboleta, alto, elegante, altivo em direção ao Ambulatório de Oftalmologia para ensinar os residentes. Estava triste, muito triste. Depois de uma reunião tensa na Congregação da Faculdade, ele havia pedido demissão. Uma semana depois teve um enfarte fulminante e faleceu. Na dor, Penido e UNICAMP levantaram um muro de separação. Eu não era apenas órfão. O primeiro hospital de olhos da América Latina, o Instituto Penido Burnier, que deu a Campinas a fama de excelência na Oftalmologia, fechou as portas à UNICAMP. A dor e a perda fazem isso e pedem tempo para confortar. Quem sabe o que é dor e

imagem: Pixabay

Março do ano do nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo de 1975, na cidade de Campinas, faleceu Dr. Antônio Almeida. Um dos fundadores da Faculdade de Medicina da UNICAMP, Professor Titular do Departamento de Oftalmologia da UNICAMP, Médico Oftalmologista ilustre do Instituto Penido Burnier. Para mim, no sexto ano da Faculdade de Medicina com opção de especialização em Oftalmologia, ele era o meu pai científico, meu mentor, orientador, o mestre a dirigir meus primeiros passos. Ainda nem engatinhava na Oftalmologia, ainda no berço, fiquei órfão.

respeita, entende. Nesse fim de semana houve o Simpósio do Instituto Penido Burnier comemorando seus 97 anos de fundação. A dor não mais existe, muito menos o muro que caiu há muito tempo. Oftalmologistas das melhores Universidades do Brasil participaram e Penido e UNICAMP convivem em comunhão. No Simpósio houve uma revelação. Há uma urna metálica que foi enterrada em 1926 com fotos, jornais da época, moedas, e uma ata com assinatura dos médicos dessa época com um pedido para que ela seja aberta somente em setembro de

2020, no aniversário dos 100 anos da Fundação do Instituto Penido Burnier. Não por coincidência, o Congresso Brasileiro de Oftalmologia acontecerá nesse setembro de 2020 em Campinas. Na ata, no pedido, na construção de uma instituição que fará 100 anos, estavam essas pessoas especiais, geniais do passado, ali presentes, trazendo o melhor do ser humano, fatos, histórias, princípios, fé a serem abraçados e vividos. Neste nosso país de 500 anos de história, nesse nosso tempo em que o tempo que conta é o agora, saber que um grupo de médicos acreditou que o que havia sido construído existiria 100 anos depois é acreditar nas pessoas, acreditar no ser humano, acreditar com fé no trabalho, no empreendedorismo, nos princípios humanitários que redigiram e que transcrevo uma parte: “Aqueles a quem o destino reserva a execução desta tarefa, que é encontrar e abrir a urna metálica, aqui deixamos desde já o nosso agradecimento. Do além-túmulo as nossas almas farão preciosas e fervorosas preces para que sobre as suas cabeças recaiam bênçãos do Senhor”.

*médico santa-cruzense radicado em Campinas

*Fernanda Lira

As pessoas têm uma necessidade incrível de se expor. Essa é a maior constatação que a internet nos trouxe. O instrumento que nos globalizou prova que o ser humano adora olhar para o próprio umbigo. Tem tanta coisa que não tem a menor importância, que não vem ao caso sabermos, postado nas redes sociais que, mesmo sem querer acabamos lendo e dando alguma atenção. Coisa que não deviam estar ali. Eu não tenho que acompanhar prato a prato da sua dieta. Ou 45 fotos da sua festa em família. Pior, ainda, muitas vezes postadas separadamente, numa torrente de posts que impedem que tantos outros, de tantos outros amigos apareçam na sua timeline. Se você quer tanto falar das suas trivialidades, crie um blog, um programa no Youtube. Quem quiser que vá lá ver. Eu não preciso saber que você está de TPM. É constrangedor. As vezes, nem é na rede social. Mas numa roda de amigos. Vem a loira gloriosa e chora em bom tom: Estou de TMP. Ou a morena que lamenta da sua cólica. Cá entre nós: sério que isso é assunto? Sério que os caras e as caras precisam saber disso? Do modelo da sua

pixabay.com

A TPM é sua! depilação? Você acha que isso interessa mesmo a alguém? Você se sente entrevistada pela Ana Maria Braga quando anuncia isso no mais questionável estilo Caras? Guarde suas intimidades pra você. Ela deve ser não só preservada quando mantida. É tanta informação, detalhe e tempo em torno de nada. A gente presta atenção a essas banalidades quando elas assiste uma novela, um filme, um teatro, geralmente protagonizadas pelos personagens mais bizarros, mais sem noção. A nossa vida cotidiana não é enredo de entretenimento. A festa do seu filho não é pra todo mundo ver, mas para os convidados. Você nem conhece a pessoa, ficou de fora da lista, mas tá lá um álbum completo, exposto na timeline. Não apenas dos fotógrafos, que espalham seus trabalhos sem qualquer constrangimento, em uma quase centena de imagens, como também de pessoas comuns que estiveram lá, clicando e filmando tudo, sem qualquer critério.. Será que vamos ter que pedir aos convidados pra deixar o celular em casa quando programamos uma festa para não corrermos o risco de saírem por aí mostrando

tudo que acontece na nossa casa? Sério que você precisa mostrar pra todo mundo cada restaurante que você vai, cada prato que pede? Essa ostentação é, pra começar, muito brega. Esse egocentrismo extremado em que só nos interessa aquilo em que nos vemos é muito ruim. Porque nos tira um tempo precioso de olhar para a frente, olhar ao redor, olhar para o outro e de focarmos em algo que realmente nos traga novo, seja o aprofundamento de um ponto ou a expansão de uma visão, onde se mergulha numa seara enorme de informações, sem a necessidade de mostrar o que estamos fazendo, o que somos. Além de nos distrair de um entretenimento verdade, no caso de um momento em que procuramos apenas relaxar na internet, a proliferação de postagens voltadas para o próprio umbigo nas redes sociais nos tira do dia-a-dia o que realmente vale a pena

ao voltarmos nossos olhos para a tela de computador ou de um celular. Nos tira a chance de encontrarmos algo novo, que nos acrescente. Ficar postando torrentes de correntes do bem ou defender ofensivamente posições com base no boletim econômico ou na revista semanal que você assina não o tornam uma sumidade no assunto. Você pode até postá-los por achar interessantes. Mas isso não lhe confere autoridade sobre o tema. Porque é pouco, muito pouco para uma base de verdadeiro conhecimento. Em outras palavras, se ao olhar só pra si você acha que está pronto e completo, ledo engano. Nem a internet é capaz de mascarar isso. Não tem como por filtro

*jornalista paulistana que adora o interior


5 • agronegócio

Me dá o seu lixo aí?! A ideia é simples e genial: coletar o lixo orgânico na cidade e transformar em adubo natural para o agronegóci. A prática já se provou viável e capaz de gerar não apenas um produto eficaz e natural para plantas, como numa ação de cidadania, sustentabilidade e economia para o setor público. À frente do projeto está o casal Flávia Tonon e Ricardo Lopes Kaulich, empreendedores que decidiram colocar a ideia em prática a partir do ano passado e já oferecem ao mercado produtos com a marca Alegria.

FOtos: acervo COmposto Alegria

Tudo começou quando Ricardo procurou criar algo que envolvesse reciclagem, mas fugisse dos sistemas tradicionais do plástico e papel. Dono de um sítio, ele teve a ideia de comprar galões plásticos nem simples, com tampas herméticas, e distribuir aos amigos para coletar o lixo orgânico de suas residências. Deixava o latão limpo e passava para coletar quando estivesse cheio, trocando por um outro. O sistema “Leva meu Lixo” funcionou. O material coletado passou a ser levado para o Sítio Alegria, onde o engenheiro agrônomo Ricardo, implantou uma área para compostagem. Segundo ele, são cerca de 40 dias até que os resíduos orgânicos se transformem em

um rico nutriente para se aplicar em jardinagem e na lavoura. Os testes foram realizados na sua própria plantação. Depois, estendido a plantios de amigos, que também aprovaram o produto. economia para o município – Passado o rápido processo de desenvolvimento, o projeto foi aumentando em termos de volume coletado. Hoje, já são 2

O lixo em 3 fases: no latão das *residências e comércios, na compostagem e na forma de adubo natural *

mil litros diários de lixo orgânico que o projeto coleta em Piraju, incluindo restaurantes, supermercados, padaria e outros pontos comerciais. Até restos de cinza são coletados, pois enriquecem o produto final, sefundo o agrônomo. O farto volume de matéria-prima que Ricardo consegue de graça traz ainda uma grande economia para o município, pois promove uma redução significativa do lixo que o serviço público tem que coletar e transportar para um aterro da região. A vantagem aumenta, para os dois lados, uma clara relação de “ganha x ganha”, com o descarte dos restos de poda verde da cidade no Sítio Alegria. Produtos à venda – Com um tempo de implantação ainda bastante curto, Ricardo ainda aguarda retorno do investimento em equipamentos, como um caminhão de coleta, equipe e estrutura, mas acredita que isso seja recuperado num prazo razoavelmente curto, através da comercialização do lixo transformado em adubo. “São dois

produtos que estão sendo vendidos diretamente aos clientes e também através de casas agrícolas e casas de paisagismo”, informa Ricado. Segundo ele, o Composto Orgânico Alegria é um revitalizador de plantas, para ser usado em vasos, jardins, pomares e plantas em geral. E a Terra Vegetal Alegria com Composto Orgânico é indicada para o enchimento de vasos e jardineiras. “Acompanhamos todo o processo com teste e análises químicas, para que o produto final tenha uma qualidade nutricional elevada. Depois de finalizado, retiramos os resíduos mais grosseiros e embalamos para venda”, explica o produtor, destacando que os produtos passaram também pela análise de órgãos competentes a fim de serem autorizados para o comércio. contato: 14 99798- 2728 e 98152 4636 • www.compostoalegria.com.br


6 • acontece

Grupo voluntário melhora instalações de hospital de SantaCruz Enquanto a saúde pública vai mal em todas as cidades, um movimento em Santa Cruz do Rio Pardo tem se esforçado para melhorar progressivamente as instalações do único hospital da cidade, que atende a vários municípios da região. Formado por amigos determinados a mudar o cenário da cidade pequena, o Movimento Acorda Santa Cruz se mostra incansável em bater às portas dos mais favorecidos em busca de doações que possam tornar mais confortável, segura e até mesmo alegre o tempo que se passa num hospital. O resultado é notório, como mostram as fotos, e extensivo às áreas ambulatoriais, de modo que todos possam, progressivamente, desfrutar dos novos confortos. ação entre amigos – Foi na década de 80 que o MASC nasceu, quando duas amigas, SIlva Pellegrinno e Terezinha Botelho Reis, decidiram agitar a cidade com jogos esportivos. A ideia teve tanta força que acabou tornando-se uma tradição nas comemorações do aniversário da cidade e foi absorvido ao calendário do município, que também tratou de promover os jogos. Anos mais tarde, o grupo voltou-se para a área de saúde e desde os anos 90 provou que consegue amenizar pelo menos parte das necessidades físicas do hospital, que sofre com uma questão financeira sem

foto: divulgação Santa Casa

Além dos quartos particulares e área de atendimento coletivo, a ação contínua tem agregado espaços como biblioteca e área para gestantes

*

Quarto reformado pelo MOvimento Acorda Santa Cruz, que busca patrocinadores para trazer conforto aos pacientes da Santa Casa da cidade

*

ajuda e alto astral – Enquanto governos de todas as esferas não resolvem uma questão difícil de ser compreendida, principalmente num estado rico como São Paulo, a turma do MASC segue fazendo com muito capricho melhorias nos setores do hospital, sempre depois de conseguir patrocinadores, que empresta seus nomes a quartos, enfermarias e todos os setores que se dispuserem a bancar a reforma. O trabalho é feito com uma dose elevada de entusiasmo e alegria, o que acaba movitando todos os funcionários a trabalharem com ânimo. soluções, dado o baixo repasse do SUS para procedimentos e internações e com um minguado auxílio do governo estadual. “As contas não fecham e o volume é alto", explica o especialista financeiro do hospital, Hélio Pichinin, que trabalha voluntariamente, contribuindo com seu conhecimento no setor para tentar diminuir os déficits orçamentários. A situação é tão dramática – e comum em

Biblioteca da Sta. Casa faz parte de projeto nacional

foto: divulgação Santa Casa

A biblioteca inaugurada no hospital público de Santa Cruz é mas uma realização do Projeto Primavera, que espalha bibliotecas em localidades longínquas do país, onde a leitura é hábito poudo difundido.

Criado Vera Quagliato, leitora costumaz, o projeto tem uma mecânica simples e eficiente, onde as pessoas doam os livros (novos ou usados), ela recolhe, cataloga e monta as bibliotecas, sempre com ações de incentivo, como premiações aos leitores mais frequentes. Iniciado numa fazenda no Pará, que pertence à família, o Projeto Privavera já inuugurou mais de uma dezena de bibliotecas que deram acesso à leitura a pessoas de todas as idades dispostas a mergulhar no mágico universo dos livros. contato: www.projetoprimavera.com.br

todo o Estado de São Paulo –, que é comum a realização de eventos, como jantares, para angariar recursos que pouco resolvem do enorme rombo da saúde pública. O corte de gastos também é constante, a ponto de ter resultado na redução de 20% dos honorários médicos. “Tivemos que tomar essa medida para reduzir um pouco a nossa planilha de custos, mas mesmo assim ainda operamos com deficiência financeira.

Biblioteca e área de gentantes – As mais novas realizações do MASC na Santa Casa, recém inauguradas são a Biblioteca e a Sala para Admissão de Gestantes. Além do apoio da iniciativa privada, a Sta. Casa conta com a ajuda eventual de políticos, especialmente deputados, na busca de recursos juntos aos governos estadual e federal para dar algum alívio à constante luta da saúde para manter um bom atendimento.



8

• gastronomia

Comidinhas do BEM

Quem tem um pet e cuida dele direito, com amor, sabe o quanto esses seres dependem da nossa disciplina e responsabilidade. E também começa a reparar na quantidade de cães e gatos que vivem nas ruas, muitas vezes abandonados por pessoas que desistem de ter um animal de estimação, deixando-os à mercê da própria sorte. Com frio, chuva e sem alimentos, esses animais acabam por proliferar-se, afinal, quase nunca são castra-

dos. A sorte desses bichinho depende de pessoas que deixam seus afazeres e não medem esforços para mudar a situação em que se encontram. Em Sta. Cruz do Rio Pardo, a fotógrafa Renata Cachoni é uma dessas pessoas. À frente de um grupo que criou o projeto Castra Rua, ela não mede esforços para tirar cães e gatos das ruas da cidades, castrá-los e encontrar um lar onde possam ser realmente estimados. Para angariar fundos, ela faz eventos, sorteios e até cozinha. E cria petiscos incríveis cuja venda revertem para a cara manutenção do projeto, que pode ter sua ajuda, basta ligar. No finald e semana do dia 24/6, ela estará com a sua turma vendendo caldo de mandioqunha e um inusitado Cachorro Quente de Pote na festa junina da cidade.

Caldinho de Mandioquinha

Cachorro Quente de Pote

receita de Renata Cachoni

receita de Renata Cachoni

_Ingredientes - 2 porções: • 1 kg de mandioquinha • 1 batata grande • 1 copo requeijão • 1 cebola • 1 talo de alho poró • 2 peitos frango desfiado Preparo: Cozinhe o peito temperado , desfie e reserve. Cozinhe os legumes na pressão e bata com mix ou no liquidificador. Volte ao fogo e acrescente o frango. Se ficar muito grosso, dilua com um pouco de leite. Por último adicione o alho poró. Sirva quentinho.

_Ingredientes 2 porções: • 2 salsichas • 1 porção de purê de batatas • 2 fatias de pão de forma • molho de tomate • batata palha a gosto • requeijão Preparo: Forre um potinho com o pão coberto de molho e salsicha. Cubra com um puco de requeijão e do

purê de batatas. Faça outra camada igual por cima: pão, molho, salsicha, requeijão e purê. Finalize com a batata palha. Coma com ajuda de uma colher!

fotos: Renata Cachoni

fotos: Renata Cachoni

Flávia Manfrin


Onde IR: •RESTAURANTE S BERNARDINO • Donana_Peixes, risotos, massas. 3ª/sab: 18h_ 22h dom: 12h_ 15h F: 14 3346.1888' BOTUCATU • Celeiro_ Situado num bairro rural criado com base na agricultura biodinâmica e na antroposofia, o restaurante e bar é farto em elementos naturais e tem um variado cardápio que se sobressai em toda a região. Destaque para os cortes de carne. 5ª (19h-0h), 6ª (18h-0h), sáb. (17h0h) e dom.feriados (12h-17h) F: 14 3814-4675 IPAUSSU • Harpo's_Cozinha contemporânea caprichada em ambiente agradável. 6ª e sab: 19h_ 0h dom: 11h30_ 14h F: 14 99853.0904 OURINHOS • La Parrilla_ Comida argentina. 3ª/sab: 11h_ 16h e 19h, dom: 11h _16h F:: 14 3324.9075 • Olivia Bistrô. Ponto nobre da cidade com cardápio criativo e variado. 3ª a dom:jantar, sáb./dom: almoço. F: 143325-2539 • Sushi Ventura_Comida japone-sa delicio-sa e criativa. Deck com vista para o por-do-sol. 3ª a dom: 19h_0h. F:14 98114.8015 • Via Venetto Restaurante e Pizzaria_ Comida variada com menu a la carte e buffet. Abre apra almoço e jantar de 3ª a dom. F: 14 3322-7890 PIRAJU • Adrenalina's Oishi_ O famoso bar de Ricar-do Mello agora com cozinhas brasileira e japonesa. Ótimo atendimento e a melhor vista da cidade. 16h às 23h (fecha às 3ªs) F: 14 3351.0811 • Kenko Sushi_ Cozinha japonesa serve almoço e jantar. 3ª a dom. F:14 3351-8176 • Pirabar_ Almoço e casa noturna à beira do Paranapanema. 3ª a dom. F:14 3351.4387 • Taças e Cachaças_ Cachaças, petiscos, pratos variados. Ótimo atendimento. 2ª a sáb.: após 18h | dom: 10h-15h. F: 14 3351.0811 ÁGUAS DE STA. BÁRBARA Nossa Chácara_Buffet de prratos quentes e saladas . Local bucólico. 5ª a dom. F: 14 3765.154 STA. CRUZ • Giro 360_Espaço de artes, culinária e produtos da região. Comida criativa. TSugere-se ligar para reservas. Aber todos os dias das 11h à meia noite. F: 14 3372.2534 e 99653.6463 • Pizzaria Alcatéia_Pizzas, massas,

carnes, peixes e saladas . 3ª-dom. 19h _23h. F: 14 3372.2731 • Rancho da Tilápia_ Cozinha caseira caprichada. 2ª/dom. 8h30_ 14h30_ 2ª/sab. 17h30_ 0h. F: 14 3372.4828 S. PEDRO DO TURVO • Restaurante Rosinha _ Deliciosa comi-da caseira. 2ª a sáb: 11h30 às 15h F:: 14 3377.141 • Pizzaria Camiloti _ De dia lanchonete e padaria. De 5a. a dom.: Pizzaria_ F: 14 3377.1113

• BARES E LANCHES AVARÉ • Di-Ferentti_Comida típica mexicana e outras gostosuras | 3ª a 6ª: 17h_0h sáb.:11h_1h30 - dom: 17h_23h F: 14 3733.2928 BERNARDINO • Pastelaria Bagdá_ Melhor pastel da região 360. 2ª a sab. hor. com. STA. CRUZ • Bar da Neusa ( Sodrélia)_ Todo dia 8h_ 20h ou até o último cliente. • Bar do Cersão _ Drinks, assados, por-ções. Festa de rock. 22h às 4h

F: 14 998.352630 • Casa da Esfiha_Mais de 70 sabores. F: 14 3372.2915 • Espetinho Pilão e Cocho_Espetinhos, porções e acompanhamentos . 2ª a 6ª: 17h à 1h, sáb. e dom.: 16h à 1h. F: 14 3373.1041 • London Chopp_ Petiscos, refeições e as variadas cervejas e drinks. • 3ª a 5ª (18h-0h), 6ª a dom. (17h-2h30). F:14 3372.8677 • Nina Lanches_ Tradição em lanches. Todo dia 18h_0h. F: 14 3372.6555 • Down Town Food Park_Área de Food Trucks com mesas e ambientação criadas pelo famoso Johnny's Burguer. 5ª a dom. 19h-23h. R. Cons. Antonio Prado, 298. F: 14 99885.7779 • Treiler dos Amigos_Lanches e porções. Fecha às 3ªs-feiras. 18h30 à 0h30 F: 14 3372.9297

OUTROS

cionadas. R. Mal. Bittencourt c/ R. Benjamin Constant 8h_ 23h. • Sorveteria União_ Sorvete artesanal e ingredientes naturais. Todo dia 9h_18h. F: 14 3372.3644

OURINHOS

• RODOVIAS

• Gelateria Perino_Sorvete natural, sem conservantes, glúten, corantes e aromatizantes. Avenida Rodrigues Alves, 185. 3ª a dom. 13h_ 22h. F: 143026-7007 STA. CRUZ

PIRAJU—OURINHOS SP 270 ‹RAPOSO TAVARES›

• Frutaria do Baiano_ Frutas sele-

• Cia. da Fazenda_ Km 334: Lanches e refeições saborosas. F: 14 3346.1175

OURINHOS—S.CRUZ SP 352 ‹O. QUAGLIATO› Restaurante Cruzadão _ Km 16: Restaurante 24h F: 14 3372.1353. Orquidário Restaurante Café_ Km 14: Lanches, sucos, refeições, orquidário. Salão de festas. Todo dia 7h_ 19h F: 14 99782.0043 • Varanda do Suco_ Km 27,5: Refeições, sucos, salgados e doces. Todo dia 9h_19h. F: 14 98125.3433 S. CRUZ—S.PEDRO

• Pesqueiro Paulo Andrade Peixes frescos, aves e assados ‹ encomenda›. F: 14 99706.6518 IPAUSSU—BAURU SP 225 ‹ENG. JOÃO BAPTISTA RENNÓ› • Paloma Graal Km 309 Praça de alimentação, lojae cafeteria. 24h. F: 14 3332.1033 • Graal Estação Kafé_Km 316: Museu , antiguidades, comida caipira. 24h | Maria Fumaça! F: 14 3372.1353


10 • agenda

cultural

Centro Cultural Special Dog muda cenário cultural da cidade

Paranapanema Energia traz espetáculos à região:

Com um espírito de inclusão digno de ser multiplicado, a Special Dog, empresa que chama a atenção por sua cidadania em todas as esferas, vem mudando o cenário cultural de Santa Cruz do Rio Pardo, onde funciona sua fábrica, através do centro cultural que leva seu nome.

Adepta de projetos itinerantes de entretenimento cultural, a Paranapanema Energia, que detém a concessão de geração de energia na região, traz atividades culturais para o público infanto-juvenil e adulto. Veja a programação deste final de junho nas cidades de circulação do Caderno 360: H CinEMA. Projeto Estadafora. A sala móvel inflável com capacidade para 140 expectadores será instalada na Expofar, com filmes variados. Além das sessões de cinema, haverá apresentações da peça “Correntes”, encenada pelo Teatro de Tábuas. Fartura: 29 e 30/6

fotos: Fernadna Botelho | CCSD

H TEATRO: "A menina e o pássaro encantado" e "Como nasceu a alegria". Com atores do Teatro de Tábuas. Contação de histórias do escritor, educador e filósofo Rubem Alves: Público: alunos de 3 a 10 anos da rede municipal de ensino. Bernardino de Campos: 28/6

Em recente apresentação, o coral da escola que atende a todos sem distinção, bastando haver vagas e vontade de envolver-se com a música, congregou professores renomados de Tatuí, que lecionam na escola, ao lado de músicos da cidade, mostrando que a troca e convivência são praticáveis e saudáveis em todas as instâncias. O mesmo se pode observar no coral, repleto de pessoas de diferentes idades e estilos de vida. E no público, já que as três aspresentações do Concerto Agnus Dei, foram gratuitas e abertas a quem quisesse ouvir boa música.


11 • meninada

P i n g o

Pingo de Gente

Alvinho, por que é que o Pingo se chama Pingo? O Pingo foi o oitavo cachorrinho de todos que sua mãe deu à luz. Nascia um, outro, e mais outro. Quando parecia que já haviam nascidos todos, ainda faltava um. O menorzinho deles, um muito pequenininho. Era tão pequeno, mas tão pequeno, que parecia um pingo de cachorro. Demorou para acordar, demorou para andar, e muito mais ainda para latir. E sabe mais o que? Quando cresceu, ficou o mais bonito, o mais esperto e o que late mais alto que todos os seus irmãos. Fala aí, Pingo. É, ou não é? Au! Au! Au!

Coelhos, lebres e tapitis Ache as 10 palavras em destaque no diagrama! Coelho, lebre ou tapiti? Que bichos são esses tão fofinhos e orelhudos? O único originaL do continente americano é o tapiti, o coelho-brasileiro. O outros foram trazidos pra cá. Seja um ou outro, temos que pensar que eles precisam ser protegidos e para tanto, precisamos preservar as nossas matas e florestas, onde eles vivem e se alimentam, como todos os animais silvestres.

arte: Sabato Visconti | 360

S

O

T

E

C

H O N

I

S

S

E

R

T

S

I

Q

A M O H

N

A

U

L

N

L

U

M

J

O

E

I

A

N A

V

L

I

S

I

F

O

F

S

I

R

N M N

H

E

L

L

A

T

A

R

O

T

E

U

A

A

A

M O

A

O N

A

C

I

R

E

M

A

B

R

P

T

R

R

O G

B

N O

S

E

A

P

H

A

O

R

L

E

I

A

E

C

A M

I

R

A

U G

L

S

A

T

S

E

R

O

L

F

S

A

Q U

I

F

E

T

E

N

I

T

N

O

C

B

O

A

L

N

E



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.