nº 143
meio ambiente_ O comitê de Bacias do Médio Paranapanema, cria grupo técnico para cuidar das ameaças ao rio Pardo •p2
ANO 13
culinária_
agenda_ Em sua quarta edição, Cantata de Natal do Centro Cultural Special Dog é aguardada por todos, com programação dupla. •p10
dezembro/2017 foto: Flavia Rocha | 360
Uma sobremesa bem refrescante para as festas de Natal e Ano Novo, feita de frutas desta época do ano. •p5
! s i t á r G
A natureza é a melhor aliada para desenvolver o turismo
Caderno 360 Gostoso de ler . Circulação Mensal: 6 mil exemplares
Pontos Rodoviários: • Cia da Fazenda • Graal Estação Kafé • Orquidário Cyber Café • RodoServ • RodoStar • Varanda do Suco Versão On line: issuu.com/caderno360 facebook/caderno360
foto: Flávia Rocha | 360
Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo • Ourinhos • Palmital • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi
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o m ri s u T
Árvores de grande porte são a forma mais barata e eficiente de se transformar uma cidade em atração turística. Na foto, a sibipiruna, que enche de flores amarelas e sombras refrescantes praças, ruas, avenidas e estradas. •p6
2 • meio
ambein
foto: Flávia Rocha | 360
Comitê de Bacias volta atenção para o rio Pardo mente para a geração de energia, como já faz com as usinas no rio Paranapanema, mas usando meios mais modernos e sustentáveis, como a energia solar, eólica e de biomassa, esta última bastante aplicável se considerarmos a enorme produção canavieira que temos por aqui", explica o ambientalista.
* Cavalchuki e especialistas do GAEMA e proteção a animais silvestres visitam a área natural do Pardo ameaçada* Em virtude das necessidades de preservação do Rio Pardo, ameaçadas pela construção de barragens para geração de energia, o Comitê de Bacias do Médio Paranapanema, aprovou no dia 5 de dezembro, uma moção de apoio ao processo que o GAEMA de Assis (braço ambiental do Ministério Público) move requerendo junto à justiça federal, uma Análise de Impacto Integrada que avalie os prejuízos ambientais (fauna e flora) dos cinco projetos propostos para o rio Pardo entre as cidades de Iaras e Ourinhos. A preocupação com o rio que tem 264 km de extensão e vai de Pardinho até Salto Grande, onde deságua no rio Paranapanema, também resultou na criação de um grupo técnico para tratar exclusivamente das questões que envolvam a preservação da qualidade e do volume das águas do rio Pardo. Membro do Comitê de Bacias, o ambientalista e especialista em recursos hídricos Luiz Carlos Cavalchuki, fundador da ONG Rio Pardo Vivo e principal articulador do movimento em defesa do rio Pardo, comemora a decisão do Comitê. “É mais um evidente sinal, desta vez de quem trabalha no setor, das ameaças que o rio Pardo está sofrendo por causa de projetos de barragens gigantescos para gerar uma quantidade ínfima
de energia”, avalia Cavalchuki. Segundo ele, o principal ponto de divergência em torno da questão das barragens reside no fato dos projetos serem grandiosos para gerar um volume praticamente insignificante de energia numa época em que a crise energética foi controlada e existem novas alternativas que já são aplicadas em diversos países, inclusive no Brasil. “Nossa região pode continuar a contribuir forte-
Além da ação do grupo técnico do Comitê de Bacia, o rio Pardo é tema de dois projetos de lei estadual que impedirão que ele seja alvo de projetos energéticos. “Estamos aguardando a votação dos projetos dos deputados Ricardo Madalena e Carlos Gianazzi. É ano eleitoral, queremos ver quanto a ALESP dedende o rio Pardo, já que ele é sempre um argumento na busca por votos na região”, destaca Cavalchuki.
3 • editorial Conseguimos. Eu, você, todos que estão aí, na luta, na fé, de pé. O ano passou. Foi desafiante. Foi extenuante. Exigiu muita energia. Muita força de vontade. Muita criatividade para não esmorecer, não desistir, não sucumbir. Foi realmente um ano de superação. O país numa crise ampla e longa, que já vinha pesada desde 2016 e sem perspectivas de melhoras a curto prazo. O mundo ainda mais caótico do que sempre foi. E conseguimos. Superamos as dificuldade e estamos preste a romper mais um ciclo, deixando para trás os passos muitas vezes arrastados, noutras apressados, desajustados até, mas que nos trouxeram até o final de mais uma etapa. Parabéns!
A boa notícia é que estamos muito bem treinados. Ao chegarmos até aqui, provamos que somos capazes de nadar, nadar, nadar e sobreviver. Não tem essa de morrer na praia. Somo sim um povo aguerrido, que luta sabendo que está em desvantagem – os mais altos impostos, preços exorbitantes para produtos que custam muito menos em outros países – e não esmorece. Um povo que, claro, tem sim que ser melhor educado – haja paciência para tanto lixo jogado nas ruas, praças, estradas, campos… –, mas que tem jogo de cintura não apenas pra jogar o futebol arte, mas para viver feliz apesar de tudo e de todos. A capacidade de superação é um desafio constante para as pequenas cidades do interior. Na região, apesar de estarmos no mais rico Estado brasileiro, apesar de contribuirmos tanto para o país como um todo, é sofrível a deficiência em questões básicas, que poderiam ser facilmente sanadas se considerarmos o quão pequenos somos. Moradia, saneamento básico, educação, segurança, saúde. Tudo está deficitário na pequena cidade, o que prova que o Brasil ainda tem que comer muito feijão com arroz pra ser grande. Essas questões, que realmente são difíceis de solução num grande centro e em localidades de baixa geração de renda, poderiam ser perfeitamente solucionadas no interior de São Paulo. Por isso, é passada a hora de acharmos os responsáveis pelas deficiências que se arrastam há tanto tempo e evitar que sejam mantidos no poder. Temos que superar essa nossa fraqueza e isso não depende apenas da nossa boa conduta no trabalho. Depende também do nosso voto. Que em 2018, estamos, portanto, mais sensatos que em
Isaías 45 VS 22
foto: Flávia Rocha | 360
2018 promete ser tão ou mais árduo que 2017. Um ano que, além de termos que continuar lidando com as dificuldades econômicas e sociais típicas de um país em desenvolvimento (não vamos tapar o sol com a peneira, quase METADE das crianças brasileiras vive em condição de pobreza, acaba de anunciar o IBGE), teremos que ver a grande maioria dos nossos representantes públicos, que já mostraram que não são mesmo confiáveis, posando de bonzinhos em busca do nosso apoio, do nosso voto.
Ora ação!
Jacarandá Mimoso, Paulista ou Pardo. Espécie de *grande porte plantada em calçada com cova funda
*
2017. Que deixemos de lado o maniqueísmo que coloca de um lado eleitores de Lula e de outro de Bolsonaro, para ponderarmos e evitarmos cair na armadilha do extremo, porque tudo o que é demais, não é bom.
“Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro.“
paginação, pois os tempos ainda são áridos, traz o que mais pode nos ajudar a viver em paz e na prosperidade: a valorização da natureza. Pode parecer papo de louco falar disso em plena era da tecnologia ao alcance de tudo e de todos, mas é o que vai nos trazer a saída para muitos problemas. Feliz Natal. Um ótimo Ano Novo!! Que seja muito melhor do que possamos imaginar. Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin editora 360 | 360@caderno360.com.br
Que saibamos olhar para as alternativas sem tanta emoção, como na torcida de um time, na profissão de uma fé. Que a escolha dos nossos governantes seja fruto da mais dedicada, ponderada e complexa análise. Feita a cada dia, a cada mês do novo ano. Nesta edição, o 360 entra em seu 13º ano de circulação comemorando a sobrevivência num cenário de pouca leitura e pouca relevância a respeito da ética editorial. Enquanto tantos propagam e replicam falsas notícias, enquanto outros divulgam matérias por conta de venda de anúncios e acordos políticos, continuamos firmes em nossa independência, provando que é possível sim ser mídia sem ser corrompido. A edição, em sua tímida
e xpediente O Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 6 mil exemplares. Distribuição gratuita. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›,Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›, Paola Pegorer ‹repórter especial›. Colunistas: José Mário Rocha de Andrade, Fernanda Lira e Adi Leite. Ilustradores: Franco Catalano , Waldomiro Neto e Sabato Visconti. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados não expressam necessariamente a opinião desta publicação. • Endereço: R. Conselheiro Antonio Prado, 169 — 18900-000 — Sta. Cruz do Rio Pardo/SP • F: 14 3372.2534_14 99653.6463. Cartas/publicidade:360@caderno360.com.br 360_nº143_dezembro2017
4 • ponto
de vista
Se Beber, Não Fale! *José Mário Rocha de Andrade
Quando, em 1970, entrei na Faculdade de
Medicina aos 17 anos de idade. Eu era um típico caipira da roça, absolutamente incapaz de conversar em um ambiente universitário como o de Campinas ou São Paulo. Era tempo da Ditadura sob Médici e lá, eles eram todos politizados, vivam a revolução sexual, liam os livros proibidos, ouviam as músicas proibidas, conversavam as conversas proibidas, discutiam Simone de Beauvoir, Rosa de Luxemburgo e contavam das perseguições do DOPS que sofriam. Em minha infância e adolescência em Sta. Cruz todo mundo jogava bola, nadava e subia o rio Pardo nas canoas vermelhas, subia nas árvores para chupar manga, fazia serenata,
A síndrome do Copo na Mão
*Fernanda Lira
Pode xeretar nas redes sociais. Casais felizes. Famílias reunidas, a galera toda. Sempre de copo na mão. Você não consegue um clic sem que a pessoa não esteja segurando um copo. E o pior: é feio. É feio pra chuchu. Você olha o álbum de casamento, 90%d as fotos os noivos estão com copos nas mãos. Batizados, idem. Só salva o bebezinho. Quiçá, o
namorava, ia ao cinema, brincava de “salva” à noite no Largo da Matriz e de “passa-anel” com as meninas nos bancos dos jardins. Jjogava xadrez, lia Monteiro Lobato, Jorge Amado. Fazíamos tantas coisas que é melhor parar por aqui. Não havia televisão, muito menos computador. Meu pai assinava o jornal o Estado de São Paulo e a revista semanal VISÃO. Conversava um pouco comigo sobre as coisas do Brasil, mas nessa época, ninguém da minha idade conversava muito com os adultos. Entrar na Faculdade, para mim, foi mudar para um outro planeta chamado Campinas. Foi em Campinas, na Faculdade, que descobri como conversar, me soltar. Eu era o calouro e só escutava, não sabia o que falar naquele planeta. Era um mudo atento a tudo. Na verdade, fiquei sabendo somente no dia seguinte, quando me contaram, porque enchi a cara bebendo a “marvada da cachaça” e não me lembrava de nada do que havia feito e dito. Eu estava quieto, bebia a cachaça que era servida e, em um determinado momento eu sofri algum tipo de transformação e falei, pelo menos foi assim que me contaram: “O cara
arte: montagem com imagens Goole
Ela pode ser loira, morena ou ruiva. Os cabelos longos, muito bem penteados, presos como determina a moda. Ou soltos como uma arista de cinema. Ele pode ser alto, moreno, sensual. Ou esportista. Tanto faz. Há também os velhos. Os maduros. Os ricos. Os pobres, os remediados. Intectuais, ignorantes. Enfim, o fato é que todo, mas todo mundo sai na foto de copo na mão. E pode apostar: 99% das vezes, o que tem no copo é ,sim,um drink, uma bebida alcoólica.
imagem: pixabay.com
“Foi na Happy Hour após o trabalho. Exagerei nas doses, exagerei nos comentários. Critiquei colegas, meus superiores, falei o que não devia ao chefe. E agora, o que fazer?” A pergunta foi dirigida a Max Gehringer em um programa de rádio sobre o Mundo Corporativo e sua resposta foi mais, ou menos, assim: “A Happy Hour após o trabalho, com o pessoal do trabalho, é ambiente de trabalho e a sinceridade etílica que costuma vir após algumas doses a mais é pecado gravíssimo”. Parafraseando o filme “Se beber não case”, imaginei a sinceridade etílica em ambiente de trabalho levando a um outro possível filme: “Se beber, não fale”.
padre. Nas festas da firma: todo mundo ostentando um copo. Nas baladas, nem se fala, mas até que é perdoável, compreensível. Só que em festas tão esmeradamente organizadas, como a comemoração dos 15 anos, a formatura, o casamento, as bodas de prata, ouro…, os 50, 460, 60, 70, 80 anos… de copo na mão? Será mesmo que é essa a principal lembrança que vamos deixar do início do século 21? Que ninguém sabe se divertir sem ter um copo na mão (e um celular na outra?) Feliz Ano Novo! Tim tim!
*jornalsita paulistana que adora o interior
tomava um Sonrisal e se masturbava repetidamente até que, exausto, esparramou-se no sofá e exclamou: essa vida de Champanhe e mulheres ainda me mata”. Profundo, calouro. Profundo! Exclamavam os outros! E eu não parei mais de conversar. No fim da festa eu havia divertido a todos e, mais importante, a partir desse dia tornei-me alguém com voz. Até uma certa idade, a autenticidade, a manifestação nua e crua de suas opiniões é maravilhosamente aceita pela sociedade, uma graça da juventude a florescer, mas somente enquanto a ingenuidade cabe em você. Exalando sinceridade etílica, Shakespeare, na fala de Catarina, a católica, abandonada depois por seu marido Henrique VIII, escreveu: “A verdade gosta da linguagem rude”. Oscar Wilde complementou: “A finalidade do mentiroso é simplesmente fascinar, deliciar, proporcionar regozijo. Ele é o fundamento da sociedade civilizada”. Por isso, aviso aos navegantes: “Se beber, não fale”. *médico santa-cruzense radicado em Campinas
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• gastronomia
Torta Mousse de Natal
foto: google imagens
Flávia Manfrin
Tem receita que é uma tradição. Você cresce comendo aquilo até que aprende a fazer. Outras surgem do acaso. É o caso dessa torta-mousse foto: Flávia Rocha | 360 de frutas vermelhas. Ao ganhar uma linda cesta de frutas, minha mãe tratou logo de deixá-las pronta para comer, mas eram muitas para as poucas pessoas da casa. Maduras que estavam, coloquei a maioria delas no liquidificador. Congelei a maior parte e do que sobrou fiz um delicioso refresco frozen, batido apenas com gelo e um pouco açúcar. Ficou tão bom que imediatamente pensei em usar o restante para essa sobremesa, que ficou deliciosa. O mesmo aconteceu com o suco refrescante, que entrou para o cardápio do Giro 360, onde faz muito sucesso com clientes. Tudo muito fácil de fazer. Teste e comprove.
Torta Mousse Vermelha
receita de Flávia Manfrin
receita de Flávia Manfrin _Ingredientes para a massa: • 250 de farinha de trigo ou de arroz • 100g de manteiga sem sal em temperatura ambiente • 80g de açúcar • 1 gema de ovo • 50ml de água • 1 pitada de sal Preparo da massa: Junte a farinha, o açúcar e a manteiga com as mãos até esfarelar. Adicione os demais ingredientes. Não amasse demais a massa. Uma vez homogênea, forme uma bola e envolva em filme plástico. Leve à geladeira por pelo menos 1 hora. Abra a massa com um rolo (fica mais fácil se você forrar a mesa com um filme e cobrir a massa com filme. Ajeite em forma de fundo removível forrada com papel manteiga.
Atenção à espessura: no máximo 1 cm para não ficar pesada. Faça vários furinhos na massa com as pontas de um garfo para não levantar bolhas. Asse em forno pré aquecido a 180°.Deixe esfriar para montar a torta. _Ingredientes para a mousse: • 1 lata de creme de leite gelada (sem o soro) • 1 lata de leite condensado • 1 lata de suco de frutas batido (sem adição de água) Preparo da mousse: Bata tudo no liquidificador por 20 minutos pelo menos. Coloque numa forma sobre a massa assada e leve ao congelador até ficar bem gelada. Retire antes que congele e transfira para a geladeira até servir.
Suco Refrescante
imagem: Google
_Ingredientes:: • 1 copo de suco de uvas integral (sem conservantes e açúcar) • 2 limões • 3 colheres de sopa de açúcar • folhas de hortelã • qualquer outra fruta cítrica (maçã, morangos, acerola,
mexerica…) • 1 pequena porção de gengibre ralado • 2 copos de água gelada • 6 ou + cubos de gelo Preparo: Coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata bastante para que fique tudo bem triturado. Pronto! É só servir. Dica: Para transformar em drink, troque os 2 copos de água por 1 dose bem servida de destilado da sua preferência (vodka, cachaça, tequila, saquê, rum ou gin)
6 • giro
360_turismo
A natureza é o grande trunfo para o turismo vingar no interior foto: Flavia Rocha | 360
Não se trata de opinião, mas de fatos. O desenvolvimento turístico, especialmente em localidades onde atrações culturais e históricas são escassas e o inquestionável poder da orla marítima é algo muito distante, é a natureza que pode transformar uma cidade em centro turístico. Sem ela, por mais que se esmere em criar eventos e tradições, sejam elas esportivas, culturais ou gastronômicas, tudo ficará à sorte do interesse de um ou outro forasteiro e de um calendário festivo que, para ser constante, custará muito para uma pequena cidade.
Em meio a esse cenário produtivo, pairam mangueiras, seringueiras, canasfriscas, ipês, flamboyants, sibipirunas e jacarandás, ávores de grande porte que se embrenham mata adentro, refletindo seus verde com as cores de primaveras, quase sempre floridas, e as grandes moitas de bambuzais, muito típicos na região.
A boa notícia é que se tem algo que toda cidade pequena tem é uma praça, o átrio de uma igreja e as beiras de água doce, que, por mais que se aproxime a industrialização e o desenvolvimento econômico pautado na produção, permanece se não preservada, apta a uma revitalização a baixos custos. As árvores de cada lugar – Muitas pessoas viajam longas distâncias para ver o florir de árvores que fazem tradição em mutias localidades. Quem nunca ouviu falar das cerejeiras em flor de ...? Na região em que o 360 é produzido, as árvores nativas do Brasil ganham a cena e embelezam ruas que transformam-se em cenários que nos convidam a voltar, e voltar e voltar.
em meio a campos de produção agrícola, numa dupla autenticidade que certmente encanta e entretem o turista. Assim, plantações de soja, de milho, de feno, pastos repletos de gado, ensinam ao viajante como se vive num pequeno centro do interior, onde a mesa é farta e a casa, quase sempre santa, pois a religiosidade fala alto em tem lugar cativo nas agendas oficiais.
Viveiro Municipal de Santa Cruz o Rio Pardo supre as demandas da cidade e *daOárea rural com dezenas de espécies de mudas de árvores desenvolvidas por Natalino Marconi de Souza. Basta fornecer os dados e indicar o local de plantio * Periferia natural – Uma das qualidades da pequena cidade é que ao contrário dos
grandes centros, as áreas periféricas são portões apra a beleza da natureza nativa
Sombra e beleza – São essas árvores de grande porte que acabam por fazer uma grande diferença numa cidade turística. Isto porque elas não apenas embeleza as ruas e praças, com seus tapetes coloridos em época de florada. As árvores de grande porte são também a única alternativa sustentável para que uma cidade tenha um clima aprazível, mesmo no verão de altas temperaturas, típicos do nosso país. São elas que, ao ultrapassar a altura das edificações térreas, podem realmente refrescar não apenas ambientes fechados,
foto: Cecília Luchetti
elétrica e de água é essencial para mapear as áreas onde o plantio de árvores de grande porte possa ser feito sem colocar em risco o seu crescimento e o serviço dessas empresas à comunidade. Além de indicar os locais onde devem e podem ser plantadas, é preciso gerir a forma de plantio, de modo a evitar que raízes migrem para galerias de água e esgoto. Dessa forma, evita-se que elas cresçam e causem problemas á rede elétrica e também invadam o serviço de fornecimento e tratamento de água.
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Calçada em Águas de S Bárbara revela *o benefício da natureza para a cidade * facilmente refrigerados à custa de aparelhos de ar condicionado. Elas equilimbram também o cliema externo, evitando o impacto de sair de um lugar de clima artificialmente ameno para a rua que “torra a cabeça". O mesmo efeito se obtém nas práticas esportivas, culturais e religiosas que exijam realização ao ar livre. Somente as grande e frondosas árvores poderão diminuir o rigor das altas temperaturas e, em muitos casos, proteger em momentos de pancadas de chuva, dando tempo para que todos se abriguem de vendavais.
Quedas e prejuízos – Há quem pondere dos riscos que árvores de grande porte trazem em caso de grandes tempestades. O que, na verdade, é um equívoco. Além de conterem os vendavais antes que cheguem à área urbana, árvores de grande porte, se bem cuidadas não irão causar prejuízo. Irão, inclusive proteger telhados e instalações elétricas externas. Plantio organizado – Naturalmente, é preciso que a arborização de uma cidade, uma atividade recorrente em todos os municípios, seja feita de forma ordenada e planejada. Uma parceria com empresas que exploram o fornecimento de energia
Repensar as escolhas – Numa época em que a maioria busca pela praticidade do dia-a-dia, o que é natural, já que todos têm que trabalhar – e muito – restando pouco tempo aos cuidados com nossas plantas, o plantio de árvores de pequeno porte e arbustou tomou conta de muitas cidades. O resultado são calçadas onde o pedestre mal consegue andar, com copas à altura da sua cabeça e com sombras diminutas, que não contribuem de maneira significativa para conter o calor. Outros reclamam das folhas que as árvores de grande porte desprendem em seus jardins e quintais. Uma alternativa é criar programas de incentivo, dando descontos em impostos para quem vive em ruas adequadas para o plantio de árvores de grande porte. E manter um sistema de manutenção público para que elas crescam e vivam – muitas décadas, vale dizer – saudáveis, sem colocar em risco as casas, os automóveis, as pessoas. Mudas gratuitas – Muitas cidades man-
têm viveiros de mudas municipais, onde é possível encontrar mudas nativas de árvores de todos os portes. Em Sant Cruz do Rio Pardo, onde o 360 é profuzido, o viveito municipal é bastante generoro. Lá o morador da cidade pode levar até 6 mudas de árvores para casa, enquanto o morador do campo pode conseguir até 20 mudas de pelo menos 5 ou 6 espécies sem ter que pagar nada. Basta o compromisso de plantar no município. Numa visita ao local, o Sr. Natalino, que nos mostrou as mudas altas do projeto Santa Cruz Mais Verde, realizado pela ONG Rio Pardo Vivo com apoio da prefeitura e de empresas da cidade, que atendem a demandas de moradores, e as que ele mesmo desenvolve para atender às demandas do município, num total de mais de 7 mil mudas de árvores das mais diversas variedades e tamanhos. Ali, é possível encontrar árvores de grande beleza e tradição, como o Pau Brasil, Ipê, Sibipiruna, Quaresmeira, Oiti e muitas outras. Ele também desenvolve mudas para a comunidade. Basta levar as sementes e o que brotar é dividido entre o viveiro e o doador das sementes. Foi lá que busquei o jacarandá que planejo no meu quintal, que é grande e vai ter uma das mais belas árvores para deixar a casa fresca e o jardim vistoso. Quando perguntei se poderia fazer uma contribuição, já que a muda é grátis, ele foi taxativo: “Sua maior contribuição é plantar árvores e ajudar a natureza. Porque sem ela, não iremos sobreviver. Falou tudo, sr. Natalino.
Viveiros municipais doam mudas para moradores do campo e da cidade A manutenção de viveiros municipais de mudas nativas para suprir moradores das áreas rural e urbana é uma prática bastante comum e capaz de promover a arborização de forma acessível e adequada. Confira como funcionam os viveiros de algumas cidades da região 360: 360 Águas de Santa de Bárbara: possui um viveiro no Balneário Mizael Marques Sobrinho, às margens do rio Pardo, no centro da cidade. Com planos de aumentar a produção, o viveiro atende a demanda local e de turistas. contato: Claudinei - F: 14 99674.3158 assis: A retirada de mudas é gratuita e obtida através de requerimento junto à Secretaria de Meio Ambiente. O morador deve apresentar também documento com foto e comprovante de en-
dereço. contato: Fabio ou Clara - Secretaria de Meio Ambiente – F: 18 3324.9395 e 3324.2556 cândido Mota: O viveiro funciona junto com uma horta e atende moradores da cidade. A retirada de mudas é gratuita mediante aprsentação de requerimento que pode ser retirado na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente. contato: Wilson. endereço:R. Simão Casado,750 – Bairro Sta. Terezinha. Sec. Meio Ambiente: 18 3341-5237. Ibirarema: O viveito tem cerca de 26 espécies de mudas nativas para área urbana e rural, distribuidas gratuitamente para moradores da cidade. Também atende pessoas da região. Neste caso, o morador deve fazer um requerimento junto à prefeitura da sua cidade e depois entregar para a retirada da muda direto
no viveiro. contato: Rosângela e Sinésio. endereço: R. Vereador Agnelo Jacinto de Moraes,207 – Parque dos Oitis. F: 14 99725.2179 e 14 99761.3851 Cerqueira césar: O viveiro não é municipal, mas atende moradores da cidade. Funciona por meio de uma parceria entre a Usina Rio Pardo e a APAE. Para retirar uma muda, o interessado deve levar 25 caixas vazias de leite. Rua dos Jaborandis, 319. contato: 14 3711.1010 Manduri: O viveiro oferece mudas de árvores nativas e frutíferas para reflorestar a cidade. O plantio é feito pela própria comunidade, sem a distribuição de mudas diretamente para o interessado. O morador deve fazer o pedido na Secretaria de Meio Ambiente e então a muda será
plnatada com a presença de pessoal da secretaria e moradores da cidade. endereço: R. Bahia, 233. contato: Elenir - Secretaria de Meio Ambiente – F: 14 3356.9220. ourinhos: O viveiro oferece mudas nativas urbanas para reflorestamento de ruas. Faz distribuição gratuita para os moradores, que podem levar até cinco mudas para plantio. contato: Cíntia. endereço: R. Olavo Ferreira de Sá, s/n° - Parque Ferreira de Sá Santa cruz do rio Pardo: O viveiro tem dezenas de espécies e mais de 4 mil mudas disponíveis para atender a população urbana e rural da cidade. Quem mora na
cidade pode levar até 6 mudas por período de 3 ou mais meses. Moradores da área rural podem levar até 20 mudas de espécies diversas a cada dois meses. O viveiro também desenvolve mudas se o morador levar sementes. Neste caso, a produção é dividida entre o doador das sementes e o viveiro, para atender a mais pessoas. contato: Natalino – F: 14 3372.9425 São Manuel: o viveiro atende moradores da cidade, que podem retirar até 25 mudas gratuitamente, basta fazer um requerimento junto à Secretaria de Meio Ambiente, responsável pelo local. contato: Flávio – F: 14 3841-7222. endereço: R. Sebastião de Parros, s/n.
Onde IR:
• Di-Ferentti_Comida típica mexicana e outras gostosuras | 3ª a 6ª: 17h_0h sáb.:11h_1h30 - dom: 17h_23h F: 14 3733.2928 BERNARDINO • Pastelaria Bagdá_ Melhor pastel da região 360. 2ª a sab. hor. com.
•RESTAURANTE S
STA. CRUZ • Bar da Neusa ( Sodrélia)_ Todo dia 8h_ 20h ou até o último cliente. • Bar do Cersão _ Drinks, assados, por-ções. Festa de rock. 22h às 4h F: 14 998.352630 • Casa da Esfiha_Mais de 70 sabores. F: 14 3372.2915 • Espetinho Pilão e Cocho_Espetinhos, porções e acompanhamentos . 2ª a 6ª: 17h à 1h, sáb. e dom.: 16h à 1h. F: 14 3373.1041 • London Chopp_ Petiscos, refeições e as variadas cervejas e drinks. • 3ª a 5ª (18h-0h), 6ª a dom. (17h-2h30). F:14 3372.8677 • Nina Lanches_ Tradição em lanches. Todo dia 18h_0h. F: 14 3372.6555 • Down Town Food Park_Área de Food Trucks com mesas e ambientação criadas pelo famoso Johnny's Burguer. 5ª a dom. 19h-23h. R. Cons. Antonio Prado, 298. F: 14 99885.7779 • Treiler dos Amigos_Lanches e porções. Fecha às 3ªs-feiras. 18h30 à 0h30 F: 14 3372.9297
BERNARDINO • Donana_Peixes, risotos, massas. 3ª/sab: 18h_ 22h dom: 12h_ 15h F: 14 3346.1888' BOTUCATU • Celeiro_ Situado num bairro rural criado com base na agricultura biodinâmica e na antroposofia, o restaurante e bar é farto em elementos naturais e tem um variado cardápio que se sobressai em toda a região. Destaque para os cortes de carne. 5ª (19h-0h), 6ª (18h-0h), sáb. (17h0h) e dom.feriados (12h-17h) F: 14 3814-4675 IPAUSSU • Harpo's_Cozinha contemporânea caprichada em ambiente agradável. 6ª e sab: 19h_ 0h dom: 11h30_ 14h F: 14 99853.0904 OURINHOS • La Parrilla_ Comida argentina. 3ª/sab: 11h_ 16h e 19h, dom: 11h _16h F:: 14 3324.9075 • Olivia Bistrô. Ponto nobre da cidade com cardápio criativo e variado. 3ª a dom:jantar, sáb./dom: almoço. F: 143325-2539 • Sushi Ventura_Comida japone-sa delicio-sa e criativa. Deck com vista para o por-do-sol. 3ª a dom: 19h_0h. F:14 98114.8015 • Via Venetto Restaurante e Pizzaria_ Comida variada com menu a la carte e buffet. Abre apra almoço e jantar de 3ª a dom. F: 14 3322-7890 PIRAJU • Adrenalina's Oishi_ O famoso bar de Ricar-do Mello agora com cozinhas brasileira e japonesa. Ótimo atendimento e a melhor vista da cidade. 16h às 23h (fecha às 3ªs) F: 14 3351.0811
OUTROS OURINHOS • Gelateria Perino_Sorvete natural, sem conservantes, glúten, corantes e aromatizantes. Avenida Rodrigues Alves, 185. 3ª a dom. 13h_ 22h. F: 143026-7007
• Kenko Sushi_ Cozinha japonesa serve almoço e jantar. 3ª a dom. F:14 3351-8176 • Pirabar_ Almoço e casa noturna à beira do Paranapanema. 3ª a dom. F:14 3351.4387
• Taças e Cachaças_ Cachaças, petiscos, pratos variados. Ótimo atendimento. 2ª a sáb.: após 18h | dom: 10h-15h. F: 14 3351.0811 ÁGUAS DE STA. BÁRBARA Nossa Chácara_Buffet de prratos quentes e saladas . Local bucólico. 5ª a dom. F: 14 3765.154 STA. CRUZ • Giro 360_Espaço de artes, culinária e produtos da região. Comida criativa. TSugere-se ligar para reservas. 2ª a 4ª mediante reserva.; 5ª e 6ª: 19h_0h; Sáb./Dom./feriado: 12h _ 0h. F: 14 3372.2534 e 99653.6463 • Pizzaria Alcatéia_Pizzas, massas, carnes, peixes e saladas . 3ª-dom.: 19h _23h. F: 14 3372.2731 • Rancho da Tilápia_ Cozinha caseira caprichada. 2ª/dom.: 8h30_ 14h30_ 2ª/sab. 17h30_ 0h. F: 14 3372.4828 S. PEDRO DO TURVO • Restaurante Rosinha _ Deliciosa comi-da caseira. 2ª a sáb: 11h30 às 15h F:: 14 3377.141 • Pizzaria Camiloti _ De dia lanchonete e padaria. De 5a. a dom.: Pizzaria_ F: 14 3377.1113
• BARES E LANCHES AVARÉ
STA. CRUZ • Frutaria do Baiano_ Frutas selecionadas. R. Mal. Bittencourt c/ R. Benjamin Constant 8h_ 23h. • Sorveteria União_ Sorvete artesanal e ingredientes naturais. Todo dia 9h_18h. F: 14 3372.3644
• RODOVIAS PIRAJU—OURINHOS SP 270 ‹RAPOSO TAVARES› • Cia. da Fazenda_ Km 334: Lanches e refeições saborosas. F: 14 3346.1175 OURINHOS—S.CRUZ SP 352 ‹O. QUAGLIATO› Restaurante Cruzadão _ Km 16: Restaurante 24h F: 14 3372.1353. Orquidário Restaurante Café_ Km 14: Lanches, sucos, refeições, orquidário. Salão de festas. Todo dia 7h_ 19h F: 14 99782.0043 • Varanda do Suco_ Km 27,5: Refeições, sucos, salgados e doces. Todo dia 9h_19h. F: 14 98125.3433 S. CRUZ—S.PEDRO • Pesqueiro Paulo Andrade Peixes frescos, aves e assados ‹ encomenda›. F: 14 99706.6518 IPAUSSU—BAURU SP 225 ‹ENG. JOÃO BAPTISTA RENNÓ› • Paloma Graal Km 309 Praça de alimentação, lojae cafeteria. 24h. F: 14 3332.1033 • Graal Estação Kafé_Km 316: Museu , antiguidades, comida caipira.
10 • agendas
CULTURA AVARÉ ´até 29/12_8h às 12h e das 13h às 17h: Mostra Centenário de John F. Kennedy. Museu Histórico Anita Ferreira de Maria. ´ até 30/12: Exposição Salão do Humor, no Poupatempo. ´ até 30/12: Exposição Caricatura Artistas Avareenses. Das 8h às 17h. Sala Herculano Pires - Biblioteca Municipal Prof. Francisco Rodrigues dos Santos. ´ até 30/12_8h às 17h: Exposição de Fotos Antigas Avaré 156 Anos. Saguão Paço Municipal. Até 30/12_8h às 17h: Exposição Consciência Negra, Flávio de Oliveira. Centro Cultural Esther Pires Novaes. 22/12_20h: Apresentação Coral Municipal. Largo do Mercado. 23,24, 30 e 31/12_19h30 às 22h: Projeto Viva o Largo São João. Largo São João.
SANTA CRUZ ´ Cantata de Natal. Aguarda por toda a região, a Cantata de Natal do Centro Cultural Special Dog dobra de tamanho, com dois espetáculos programados para a semana que antecede o Natal. A novidade é o concerto de orquestra e vozes, com músicos e cantores do CCSD e a participação especial da cantora lírica santa-cruzense Giovana Maira. O concerto será reprisado, assim como a Cantata que mistura canções entoadas pelo coral do CCSD em meio ao espetáculo de artes circenses que este ano contará a história de uma fábrica de brinquedos. 20 e 22/12_20h: Concentro O Primeiro Natal. Concerto com osquestra, coral e participação especial da cantora lírica Giovana Mayra em repertório de canções natalinhas 21 e 23/12_20h: Cantata Um Sonho de Natal. Música e entretenimento cênico com práticas circenses e aparição do Papai Noel. Praça Deputado Leônidas Camarinha. ´ 16 a 21/01/18_ Festa do Peão de Santa Cruz do Rio Pardo. Rodeio e shows com Conrado e Aleksandro (16/1); Matogrosso e Mathias (17/1), Gusttavo Lima (18/1), Henrique e Juliano (19/1_ único show pago), Fiduma e Jeca (20/1) e encerramento com final do rodeio (21/1).
Único show pago será o da dupla Henrique e Juliano. Shows camarotes: Nego do Borel (18/1), Lucas Akira e Fábio (19/1) e Pedro e Yuri (20/1). Recinto de Exposições José Rosso (Expopardo).
ESPORTES SANTA CRUZ 21/01_ 8h: 3º Fest Run. O feriado de aniversário da cidade trará para as ruas a terceira edição do evento de Corrida e Caminhada que reúne centenas de participantes de diversas localidades. Serão 2 provas: caminhada de 3km, corrida de 5km e corrida de 10km. A inscrição dá direito a kit de participante (camiseta, squeeze e chip de monitoramento de distância). Quem completar a prova recebe medalhas. Haverá premiação para os vencedores das provas de corrida. O evento é realizado pela rede de farmácias Drogalar e rede de academias Moovit com apoio da prefeitura da cidade. Inscrições: R$ 55,00 até 15/01 pelo site www.incentivoesportes.com.br
Divulgue GRÁTIS. Aqui! Envie dados completos p/: agenda@caderno360.com.br
AGRO-ANIMAL SANTA CRUZ 16 a 20/1_I Torneiro e Julgamento Leiteiro de Santa Cruz do Rio Pardo. Palestras por especialistas, ordenhas, julgamentos e premiações do 1º ao 5º colocado. Realização: Prefeitura de Santa Cruz do Rio Pardo, coordenação do Sindicato Rural e Marrero Rodeio, parceria com a Fazenda Botelho e apoio de entidades e empresas do município e região. Recinto de Exposições José Rosso (Expopardo). Info: 14 23372.
11 • meninada arte: Sabato Visconti | 360
Cachorro do Mato
P ingo é um cachorro típico da cidade; passeia com Alvinho nas avenidas, atravessa junto as ruas movimentadas de carros e pessoas, vai aos Shoppings, parques, escuta atento todos os barulhos, as buzinas, as freadas dos carros, o canto dos pneus derrapando, tudo o que as pessoas falam e, como um bom cachorro, conhece muito bem os cheiros de cada lugar, das pessoas e dos animais e, muito importante, sabe onde pode e não pode fazer xixi e cocô. Um dia acordou no filme “O Mágico de Oz”, pelo menos achou que fosse, no exato momento em que
P i n g o
Dorothy abre uma porta e entra em um novo mundo de cores, fantasias e sonhos. Mas não era um sonho bom. Na verdade, um filme de terror daqueles que Alvinho gosta de assistir depois que fez 12 anos, um terrível pesadelo: pensou ouvir uma buzina daqueles enormes caminhões, mas o som saia de um longo chifre que um cavaleiro assoprava. Deve ser um terremoto, pensou, quando a terra tremeu e viu o tropel da boiada levantando poeira ao lado de outro cavaleiro estalando um enorme chicote. Assustado que estava, mais assustado ficou quando viu vários cachorros correndo ao lado e quase sob as patas da boiada. Calma Pingo, ouviu Alvinho dizer. Estamos na fazenda e os cavaleiros estão tangendo o gado, tocando o berrante e, olhe que legal, como os cachorros se divertem. Pingo voltou a olhar tentando achar aquilo normal, mas não conseguiu e pensou: esses cachorros do mato são todos loucos! Aconchegou-se em Alvinho esperando a hora de dormir e acordar em seu cantinho na cidade.