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60 mil pessoas querem o Rio Pardo livre de barragens

São 60 mil pessoas que assumiram documento assumindo que querem o rio Pardo livre de barragens.

Apesar da maciça e consistente busca pela preservação do rio Pardo iniciada em 2010.

São dois Projetos de Lei [PL 180/14 e PL 198/2017] propostos por deputados estaduais [Carlos Giannazi e Ricardo Madalena, respectivamente] que visam a proteger o rio Pardo da ação degradante da construção de usinas hidrelétricas.

Apesar de estarmos era da sustentabilidade, onde já se sabe que é imprescindível tratarmos toda a água limpa e despoluída livre de interferências que possam comprometer seu estado natural.

São inúmeras palestras com base científica proferidas em órgãos reguladores, escolas, Câmaras de Vereadores, eventos empresariais, feiras agropecuárias onde todos compreenderam a insensatez desses projetos.

Apesar da disponibilidade de diversas fontes sustentáveis de energia disponíveis e capazes de superar o volume proposto pelas barragens gigantes que tem construir no rio Pardo. Apesar da crise hídrica dos anos recentes no Estado de São Paulo e do programa de nascentes e projetos hídricos criados pelo governo estadual.

São centenas de páginas de um processo movido pelo Ministério Público através do GAEMA, solicitando um Estudo de Impacto Integrado dos cinco projetos propostos para o rio Pardo antes de qualquer obra, exigência que deveria ter constado da lista dos órgãos que avaliaram os projetos quanto à sua viabilidade social, econômica e ambiental.

Apesar das moções de apoio à preservação do rio Pardo assinadas por vereadores de 20 municípios.

São dezenas de capas e reportagens de jornais, rádios e TV mostrando a fragilidade de um rio despoluído que supre as necessidades urbanas e rurais de 15 municípios.

Apesar das diversas irregularidades encontradas pela CETESB nas obras que prosseguem em Águas de Santa Bárbara, inclusive contrariando determinações de embargo do órgão fiscalizador.

Apesar da aprovação unânime dos PLs 180/14 e 198/17 pelas comissões cabíveis na ALESP.

Os PLs encontram-se parados na mesa da presidência da ALESP. O processo movido pelo GAEMA corre a passos lentos, atropelado por uma série de ações burocráticas. A Cetesb fiscaliza, avalia e pune as infrações nas obras da PCH Ponte Branca com meses de intervalo.

Por que a justiça, o legislativo e o executivo estadual protelam esse caso? Especial Rio Pardo Vivo - encarte da edição 146 do Caderno 360 [março/2018]

foto: acervo Caderno 360

Obras que não vão gerar um volume significativo de energia. Desmatamento de matas natiivas impossíveis de serem repostas. Dispersão de animais silvestres. Comprometimento do abastecimento de água de 15 municípios Comprometimento da produção agrícola de 15 municípios. A quem, afinal, interessa a construção de barragens no Rio Pardo?


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