nº170
exclusivo_
O seminário Fru.to se firma como agenda de diálogo entre os atores do setor de alimentos •p8
que sustentam um entidade de atendimento a crianças são destaque em Santa Cruz •p7
bem viver_ O desafio da mulher no mundo atual e o histórico de sua luta por mais justiça e por igualdade •p3
Circulação Mensal: 6 mil exemplares
A consciência sobre a importância de preservarmos o que ainda resta de água doce despoluída no planeta é urgente. Sem esse já restrito suprimento, não tardará a faltar água para consumo, lavauras, indústrias e saneamento básico.
Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos
A preservação de rios e seus correla-
• Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Fartura • Ibirarema • Ipaussu
• Palmital • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi Pontos Rodoviários: • Graal Estação Kafé • Orquidário Cyber Café • RodoServ • RodoStar • Varanda do Suco Versão On line:
foto: Acácio Pereira
• Manduri • Ourinhos
MARÇO 2020 ANO 15
! s i t á Gr
A água doce disponível no mundo precisa ser preservada
Caderno 360 Gostoso de ler.
• Óleo
imagem: Claudia e Giovanna | 360
cidadania_Ovos de Páscoa
tos ainda existentes e limpos e a recuperação de nascentes são urgentes e devem constar nas agendas de todas as cidades brasileiras. Da mesma forma, deve-se promover o plantio de árvores nativas diversificadas, incluindo as de grande porte tanto nas cidades como nos campos,
pois são os únicos seres capazes de produzir água, já que nenhuma tecnologia consegue produzir água. O reflorestamento rural e a arborização urbana devem, portanto, ser contemplados por todo plano diretor das cidades brasileiras, inclusive as da região, onde ainda não se sente a escassez. •p11
2 • editorial
Prontidão
1: Qualidade do que é ou está pronto. 2: Estado de pessoa preparada para agir sem demora, conforme a ocasião exige. 3: Rapidez nas decisões. 4: Boa vontade para resolver certos assuntos. Há pessoas sempre de protidão. Prontas para ajudar. Dispostas a fazer. Determinadas a cumprir o que se prontificaram a realizar. Essas pessoas fazem uma grande diferença na nossa vida. Porque são antes de mais nada altruístas. Agem pensando no coletivo, no outro, antes mesmo de pensarem em si próprias. Elas são também otimistas. Agem acreditando naquilo que se propuseram a fazer. Pensam no êxito. Lidam com os obstáculos como parte do processo, nunca como um limite intransponíveis. Muitas vezes é difícil acompanhar e conviver com pessoas que estão sempre de prontidão. Porque elas têm uma energia intensa e um ritmo quase alucinado. Elas não descansam enquanto não colocam em prática o que se determinaram a fazer. E não se satisfazem enquanto tudo não estiver bem feito. Esta edição traz muitas personalidades que mostram o quanto a prontidão pode mudar reliadades. O seminário Fru.to - Diálogos do Alimento é um sensacional exemplo. A partir dois líderes prontos a
fazer acontecer, uma cadeia de pessoas se conecta resultando num dos mais arrojados e oportunos encontros em torno da questão que é essencial ao planeta: a sustentabilidade. No caso, decorrente de toda a cadeia alimentar. Como eles fazem isso se mantêm dispostos a repetir o sucesso há 3 anos? É o que nossa reportagem central conta em ACONTECE. É do Fru.to também que tiramos a reportagem sobre a água e sua alarmante situação de escassez, como vemos em MEIO AMBIENTE. A prontidão também aparece na presenlça de nossos colunistas, Zé Mario e Fê Lira, e de nosso ilustrador, Sabato Visconti, que todos os meses nos brindam com seus textos e arte, vountariamente, como vemos em PONTO DE VISTA e na seção MENINADA. Nesta edição, a prontidão também está bem representada na nossa seção BEM VIVER, sobre a saga da mulher na luta por seus direitos, inclusive o de existir sem correr o risco de ser futilmente assssinada. É a por poder contar com pessos sempre prontas a ajudar que a Chocolataria Frei Chico surgiu, há
33 nos, e se solidificou como um incrível projeto social capaz de manter duas entidades assistenciais em suas necessidades básicas, como vemos em CIDADANIA. E também que conseguimos a cada mês trazer receitas bacanas, pois dona Odette está sempre pronta a encarar os desafios culinários com sua delicadeza e presteza, como vemos em GASTRONOMIA.
João 8 vs 7
A prontidão é algo nato, que nasce com a pessoa. Mas acredito – e espero – possa ser também adquirida, como um bom hábito. Afinal, contar com pessos que não fazem firula, nem enrolam é tudo que todo e qualquer empreendedor quer. Assim como é o que qualquer cidadão deseja.
Ora ação!
“E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.”
Neste contexto, quero registrar aqui a presença, na forma de imagens da amiga a fotógrada Daniela Dalmatti, que se manteve em total prontidão na cobertura fotográfica do Fru.to 2020, fazendo o meu trabalho ser ainda mais prazeroso.
Código de Ética do Jornalismo
Artigo 5º
A obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação e a aplicação de censura ou autocensura são um delito contra a sociedade.
Boa leitura! Flávia Rocha Manfrin editora | 360@caderno360.com.br c/w: 14 99846-073
* Os mentores e líderes do Fru.to, Felipe Ribenboim e Alexa Atala em entrevista exclusiva ao 360. Acima, com Daniela Dalmatti *
foto: Flávia Rocha | 360
foto: Daniela Dalmatti | 360
e xpediente O Caderno 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 6 mil exemplares. Distribuição gratuita. RedaçãoColaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos ‹correspondente SP›, José Mário Rocha de Andrade e Fernanda Lira ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹lustrador› e ,Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação› Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. • Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 — centro — 18900-000 — Santa Cruz do Rio Pardo/SP • contato: 360@caderno360.com. br • cel/whats: +55 14 99759.1985 • 360_nº170/março2020
3 • bem
viver
A exuberância do ser mulher Fernanda Lira Não sente de pernas abertas. Não fale alto. Não corra desse jeito. Não levante a saia. Arrume a cama. Lave a louça. Cuide de seu irmão. Atenda o telefone. Limpe a casa. Chegue cedo. Obedeça seu pai. Sirva seu irmão. Lave a roupa. Estude. Seja independente. Arrume um emprego. A mulher cresce ouvindo ordens que condicionam a agir e a assumir e responsabilidades que só a elas cabem. Cresce aprendendo a acatar, a obedecer e a se desdobrar. Cresce aprendendo a agir e a proteger. Cresce aprendendo a se sacrificar, a se omitir, a se calar. Talvez essa educação ancorada no atender e servir o outro (pai, mãe e irmãos inicialmente), explique a capacidade incrível deste ser em aprender, em recuperar-se, em superar-se. E também ex-
plique sua aceitação até o limite do tolerável e, tantas vezes, inadmissível. Naturalmente, mulheres conscientes do quanto essa formação é abusiva, colocando a mulher à mercê de gerar conforto para os demais, entendem que a educação deve ser igual para todos. As demais são lembradas disso no dia-adia, enquanto se desdobram para cuidar da casa, dos filhos e do marido depois de voltarem do trabalho, enquanto seus companheiros se refastelam no sofá ou tomam uma gelada no bar. Porém, por mais injusto que o mundo ainda seja com a mulher em pleno século 21, quase 100 anos depois de elas terem conseguido direitos como o voto e queimado seus sutiãs em praça pública, ainda que hoje a impunidade a coloque em
tão grave risco de vida por apenas não querer mais um namorado, um marido ou um parceiro, a mulher segue forte. A mulher segue altiva, segue corajosa, segue resiliente e cada vez mais capaz de superar qualquer desafio. Ela segue de braços abertos para amar, para compartilhar, para garantir segurança. Ela segue superando limites e rompendo barreiras. Ela segue provando que pode transformar o impossível em realidade. Ela segue realizando sonhos e buscando tornar o mundo um lugar melhor para todos.
O ser feminino cuida. O ser feminino empreende. O ser feminimo trabalha. O ser feminino ousa. O ser feminino supera e surpreende. E sempre muito mais e melhor do que o masculino, é fato. No dia 8 de março de 2020 ainda teremos que chamar a atenção do planeta para as questões femininas. E em todos os outros dias deste e de todos os anos passados e futuros ela continuará sua saga, sua sina e sua sorte de ser mulher.
A agenda da luta feminina atravessa séculos O Dia Internacional da Mulher foi criado em 1910 durante o 2º Congresso Internacional da Mulher, na Dinamarca. A data, 8 de março, foi escolhida para homenagear operárias americanas que foram mortas queimadas pela polícia porque reivindicarem a redução de jornada de trabalho e direito à licença-maternidade, em 8 de março de 1857, em Nova Iorque (EUA).
da Mulher, no México, e lançou um plano de ação para toda a década seguinte com o objetivo de evitar que as mulheres continuassem a ser Em 1949, a escritora francesa discriminadas. Simone de Beauvoir lançou um livro que marcou a traje- Nos anos 80, foi criada a pritória feminina do século XX meira Delagacia da Mulher chamado“O Segundo Sexo”e no Brasil, refletindo a necessiimortalizou a frase: “Não se dade de se conter os abusos praticados contra a mulher. nasce mulher, torna-se.” ria dos países permitiu o voto feminino apenas após a Segunda Guerra Mundial, que terminou em 1945.
Nos nos 1960, a temática da luta feminina recaiu sobre a sexualidade. As mulheres foram ruas para anunciar que queriam a mesma liberdade que é conferida ao homem. Elas passaram a lutar pelo direito de praticarem sexo sem Nos anos 20, 30 e 40 do sé- que isso afetasse a sua moral. culo passado, as mulheres lu- E a lutar pelo direito ao abortaram por seus direitos civis, to. “O corpo é nosso.” incluindo o direito ao voto. No Brasil, elas passaram a votar Em 19750, a ONU (Organizaem 1934. Nos Estados Unidos, ção das Nações Unidas) proem 1920. Na Europa, a maio- moveu o Ano Inter]nacional Isso não as deteve. As mulheres continuaram a lutar por seus direitos e assim fazem até hoje. Da mesma forma, elas continuam a ser perseguidas até os dias atuais.
lência doméstica praticada contra as mulheres, seja ela física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral. Maria da Penha é uma mãe de família que levou um tiro nas costas enquanto dormia, em 1983. O marido foi o autor do disparo. Ela ficou paraplégica.
Mais da metade desses crimes (58%) foi cometida por conhecidos, companheiros, ex-maridos ou familiares.
Apesr de ser qualificado como crime hediondo no Brasil a partir de 1990 (lei nº 8.072), o feminídio tem aumentado no Brasil, tendo vitimado Na dácada atual, apesar de 1.314 mulheres em 2019, um toda luta feminina e do en- aumento de 7,3% em relação tendimento das sociedades, inclusive a brasileira, de que a mulher continua sendo abusada em seus direitos civis e morais, os índices do que se passou a chamar Feminicídio – crimes contra a mulher por sua condição de gênero– não param de crescer.
Nos anos 90, a defesa da mulher ganhou ênfase em todo o mundo com a proliferação de Organizações Não Governamentais em defesa da mulher, evidenciando o necessário combate à violência praticada contra mulheres desde a infância e a defesa de seus Segundo a ONU, em 2017, direitos institucionais. um total de 87 mil mulheres Na primeira década deste no mundo foram vítimas de atual, o Brasil criou a Lei Maria feminicídio, numa média de 1 da Penha (lei 11.340 - 7/8/06) mulher assassinada a cada 6 que tornou crime toda a vio- horas ao longo de todo o ano.
a 2018. Esse número aponta que uma mulher é assassinada por sua condição feminina cada 7 horas, em média no país, colocando o Brasil entre os países com os mais elevados índices de feminicídio do mundo – constava em 5º no ranking mundial em janeiro de 2017.
de vista
*José Mário Rocha de Andrade
Asas do Desejo
Filme de 1987 do diretor alemão Wim Wenders, assisti nesse fim de semana na Casa de Santo Inácio de Loyola, em Campinas, SP, com direito a conversar no fim, quando cada um manifestou o que sentiu nesse filme em que dois anjos observam e aproximam-se das pessoas de maneira invisível, mas tocados pelos sentimentos humanos a ponto de um deles decidir renunciar à imortalidade pelas alegrias, dores, compaixão, amor, enfim, as paixões humanas. “Apolo, o deus grego do sol, da luz, da beleza masculina, voava nas asas do desejo em perseguição a Dafne, a ninfeta, filha do deus grego Peneu, que voava nas asas do desespero, fugindo. No momento em que Apolo estava para concretizar seu desejo, Dafne implora ao pai e
* Fernanda Lira
imagem: Pixabay.com
4 • ponto
Peneu a transforma em uma árvore, o loureiro. “Se não podes ser minha mulher, serás minha árvore sagrada” e a partir desse momento, Apolo se enfeitou sempre com um ramo de louros. Há filmes que se encerram quando acendemse as luzes, outros que permanecem conosco por longos períodos, como aconteceu com Asas do Desejo. Eu fazia faculdade em Campinas, meus pais e irmãos moravam em São Paulo, primos, tias ficaram em Santa Cruz e, de repente, minha família ficou pequena. Disse à namorada. Sinto falta de uma família grande. Cuidado, família grande, grandes problemas, disse ela. Lembrança que Asas do Desejo me trouxe e puxou o Fausto do Goethe que declamava na mesma linha: “O que preciso e quero é atordoar-me. Quero a embriaguez de
incomparáveis dores, a volúpia do ódio, o arroubamento das sumas aflições. Estou curado das sedes do saber; de ora em diante às dores todas escancaro est’alma. As sensações da espécie humana em peso, quero-as eu dentro de mim; seus bens, seus males mais atrozes, mais íntimos, se entranhem aqui onde à vontade a mente minha os abrace, os tateie; assim me torno eu próprio a humanidade; e se ela ao cabo perdida for, me perderei com ela”.
O bebê, aos 6 meses, olha as mãos, os pés e se encanta ao admirá-los em um momento em que sua visão dá um salto em qualidade. Barreiras para enxergar é o título de um livro sobre fotografia. Preocupação, vida corrida, enfim, uma vez e outra, entrar em um parque de diversões e voar nas asas do desejo é preciso. *médico santa-cruzense radicado em Campinas
Ítalo Calvino, escritor italiano, em um delicioso
O capeta e o encapetado
Se você é religioso, se você frequenta ou pratica alguma religião, deve admitir que as forças do mal existem. E sabe, também que essas forças do mal geralmente estão nas pessoas. Aí você tem o cara que é do mal mesmo, é um anjo maligno focado na maldade, que é o verdadeiro capeta, e tem aquele cara legal que desanda em determinadas situações, parecendo estar possuído pelo mal, o encapetado.
Imagem de PIRO4D por Pixabay
Você saber quem é quem. Há que ter coragem para expurgar o mal. Ainda mais aquele que você idolatrou e deu poder.
Ou seja, o encapetado é aquele que procura o bem comum, mas comete deslizes. Esse tem salvação. Agora, aqueles seres que são o própio mal. Muitas vezes educados e sorridentes, eles vivem de sacanear a maioria em benefício próprio ou de um grupo, de uma minoria, de poder, daquilo que não condiz com nenhum religião. Afinal, todas pregam o amor e a fraternidade. Se você concorda ou adora práti-
conto “A Aventura de um Míope”, descreve as sensações de Amilcare Carruga quando des-cobre-se míope e coloca seus óculos pela pri-meira vez: as cores voltam à sua beleza que encanta e se perdia a admirá-las, a observar detalhes de janelas, do cotidiano, da natureza. Foi um renascimento, entrava em um mundo de magia que parecia não mais existir.
cas do capeta é melhor você rever a sua religião. Ou a sua religiosidade. Mas a questão é: entre capetas e encapetados, vale pena tentar salvar a alma frágil de quem se deixa dominar pelo bem, mas acaba praticando o mal. Já os capetas é bom exorcisar na
base do vade retro satanás, xô, fora daqui.
Por isso, reflita nessa época de introspecção espiritual chamada quaresma, respire fundo, assuma seu poder de pessoa de bem e tire do trono o capeta que você, seja por ingenuidade ou ignorância, coroou. Afinal, como diz o velho ditado: “diga-me com quem andas e te direi quem és.” E há também quele que nos lembra que “quem cala, consente”. *jornalista paulistana que adora o interior
news
Informativo mensal • edição 10_mar2020 • especial para o 360 Reportagem/Edição: Rose Pimentel Mader
UNIFIO recebe calouros com show musical, palestra e tour pelo Campus Universitário O Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos – UNIFIO recebeu os calouros para o primeiro dia de aula na segunda-feira, 17 de fevereiro, com show musical, palestra e um tour pelo Campus. O reitor Murilo Angeli Dias dos Santos, coordenadores de cursos, professores e alunos veteranos participaram da recepção e acompanharam os calouros em todas as atividades. Pela manhã, a UNIFIO recebeu os calouros do período matutino dos Cursos de Agronomia, Direito, Medicina Veterinária e Odontologia e à noite, os alunos dos Cursos de Administração de Empresas, Agronomia, Arquitetura e Urbanismo, Artes Visuais, Biomedicina, BSI (Computação), Ciências Contábeis, Direito, Engenharias, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina Veterinária, Nutrição e Psicologia. Nos dois períodos, os novos alunos foram recebidos, inicialmente, em frente à Secretaria Geral, onde foram realizados shows da cantora Letícia Menegasso (manhã e noite) e apresentação da BatuQuê, bateria formada por alunos de vários cursos da UNIFIO. Logo após as boas vindas, coordenadores, professores e veteranos de todos os cursos acompanharam os calouros pelas Centrais de Aula, conduzindo-os ao Anfiteatro Irmãos Quagli-ato, no Bloco 3, para uma palestra do professor Cleber Sordi que falou sobre a história da UNIFIO e da Fundação Educacional Miguel Mofarrej (FEMM), mantenedora da instituição que comemora 50 anos este ano; infraestrutura oferecida pelo Campus Universitário e desempenho acadêmico. Encerrada a palestra a equipe de recepção levou os calouros para fazer um tour pelo Campus, passando pela Biblioteca, Museu de Arte, Cultura e Pesquisa, Centro de Convivência, pelo Bloco 6 (inclusive entrando para conhecer a Clínica Odontológica) e o Hospital Veterinário.
Professor Cleber Sordi ministrou palestras para os calouros Calouros da UNIFIO assistem a palestra de boas-vindas e participam de atividades divertidas e musicais no campos da universidde
Professor da UNIFIO lança livro na Espanha O advogado e professor doutor Washington Luiz Testa Junior, que integra o corpo docente da Faculdade de Direito do Centro Universitário das Faculdades Integradas de Ourinhos – UNIFIO lançou, na Espanha, o livro “Democratización de los Medios de Comunicación de Masas”. O prof. doutor Washington Testa pesquisa sobre a liberdade de informação nos meios de comunicação de massas (televisão, rádio e jornal) desde a Especialização em Direito Constitucional (PUC-PR). Testa deu sequência ao seu trabalho por ocasião do Mestrado na UENP-PR e, por último, no Doutorado na Universidad de Murcia - Espanha. Washington Testa defendeu sua tese doutoral em dezembro de 2018 em um tribunal acadêmico espanhol, que premiou seu trabalho com a qualificação "Summa Prof. doutor Washington Testa Cum Laude" que significa "com a maior das defendeu sua tese doutoral na Espanha honras", recomendando a publicação edito-
rial realizada, em fevereiro de 2020, na Espanha. Professor há 9 anos da UNIFIO, da disciplina de Direito Civil, Testa explica que “na Era da Informação os valores imateriais, como a própria informação, constituem a força motriz do desenvolvimento social, sendo indispensável ao indivíduo obtê-la de modo factualmente verdadeiro (no fake news)”. De outro lado, aponta “a necessidade de uma real participação cidadã nesses meios de comunicação de massas, daí a ideia de democratização, pautando-se programações que valorizem assuntos de interesse geral e relevante aos indivíduos, em detrimento de programações que buscam emocionar
e alienar o (tel)espectador a fim de que não se exerça pensamento crítico. O autor defende maior autonomia na liberdade dos profissionais jornalistas que, não raras vezes, ficam adstritos à linha editorial das empresas de comunicação”. Testa defende a abertura maior dos meios de comunicação de massa, com a participação plural da sociedade civil e ressalta a importância da atuação jornalística ser, efetivamente livre e desvinculada de interesses ideológicos e econômicos. Seus estudos e pesquisas evidenciam a realidade dos meios de comunicação de massa que levam ao público notícias editadas e preparadas que, por vezes, contrariam a responsabilidade social e, especialmente, o compromisso que a imprensa deve ter com a ética e a verdade.
6 • gastronomia
*Flávia Manfrin
Receitas on line testadas em casa A internet democratizou o acesso ao universo da gastronomia. As receitas, muitas vezes ensinadas passo a passo pelo próprio autor, muitas vezes vêm de chefs famosos, noutras de pessoas anônimas que adoram a arte culinária e começaram a replicar receitas de família e outras que pegaram na rede on line. Com isso, as receitas passaram a ser de domínio público e passa a depender da sua atenção, do seu carinho e da suas mãos o sucesso da produção de pratos doces e salgados. Como eu tenho em casa uma das melhores cozinheiras da cidade, procuro pegar receitas fáceis e que levem ingredientes acessíveis, seja por serem fáceis de encontrar, seja por não custarem o olho da cara. Nesta edição, um pão sensacional, que não precisa sovar e você prepara em uma hora. E um pudim de coco que só não é um “manjar dos deuses” porque é mesmo um pudim.
Pudim de Coco preparo: Odette Rocha e Therezinha Delfino _Ingredientes do pudim: • 1 lata de leite condensado • 1 lata da mesma medida de água • 4 gemas de ovos • 1/2 pacote de coco ralado em flocos (usei fresco) • 1 gotas de essência de coco ou baunilha (opcional) _Ingredientes da calda: • 2 xícaras de água • 2 xícaras de açúcar _Ingredientes do enfeite: • tiras de coco fresco • 150g de açúcar • água • canela _Preparo da calda: Coloque a água e o açúcar numa panela, mexa só para misturar e deixe o açúcar derreter sem mexer. Quando ficar numa cor de caramelo, desligue e unte a forma do pudim, cobrindo o fundo e as laterais da forma. _Preparo do pudim: Prepare
Pão de Liquidificador um banho-maria no forno liga-do a 200º, colocando água fervente numa assadeira grande (já dentro do forno) onde caiba a form do pudim. Bata no liquidificador o leite condensado, a água e as gemas até misturar bem (lembre-se de peneirar as gemas para tirar aquele película que dá gosto forte de ovo). Misture o coco ralado no copo do liquidificador e dê só uma pulsada para misturar. Distribua a massa do pudim na forma . Coloque forma do pudim na assadeira com a água quente e deixe assar por mais ou menos 1 hora tomando o cuidado de completar a água do banho-maria se for secando. Para saber se está pronto, teste com uma faquinha se a lâmina não sai com creme, se sair só úmida, está pronto. A superfície deve estar douradinha. Deixe esfriar e leve à geladeira de um dia para o outro antes de desenformar. _Preparo da decoração: Coloque a água, o açúcar, o coco e a canela numa. Quando levantar fervura, abaixe o fogo para cozinhar até o coco ficar transparente e flexível. Espere esfrir pra decorar o pudim.
preparo: Odette Rocha Manfrin _Ingredientes: • 250ml de leite morno • 1 ovo • 1 colher de chá de sal • 120ml de óleo • 2 colheres de sopa de açúcar • 1 envelope de fermento seco para pão • 2,5 xícaras de farinha _Preparo: Bata todos os ingredientes, exceto a farinha, por dois minutos no liquidificador Coloque a mistura numa tigela e então acrescente a farinha mexendo bem com uma colher para não ficar com pelotas. Cubra e deixe descansar por 30 minutos dentro do forno desligado. Coloque então em uma forma untada com manteiga e farinha. Polvilhe com parmesão, ervas ou sal, como preferir. Asse por 30 minutos em forno pré aquecido a 180
7 • cidadania
Chocolataria beneficente atrai clientes e turistas em Santa Cruz Com uma linha de diversificada e produção artesanal, a Chocolataria Frei Chico conta com a ajuda de cerca de 50 voluntários e deverá produzir 20 mil itens de páscoa Famosa pela qualidade de seus chocolates, pela criatividade em oferecer uma grande variedade de bombons e ovos de páscoa, sobretudo, pelo caráter filantrópico de sua produção, a Chocolataria Frei Chico está trabalhando a todo vapor para colocar no mercado cerca de 20 mil ovos, considerando os diversos tamanhos produzidos. O motivo de tanto trabalho é atender à demanda de clientes cativos, como escolas, empresas e grupos de senhoras, e manter a competitividade na época em que todo o setor de alimentos se volta para as vendas da páscoa. Por trás de tudo isso, está também a determinação da entidade criada pelo padre Francisco, o Frei Chico, em angariar recursos com a venda de chocolates, atividade iniciada há 33 anos e hoje principal fonte de renda para sustento da Casa de Apoio ao Menor Carente Adelina Aloe e do Centro Social São José, que juntos atendem a mais de 300 crianças e adolescentes. Novidades a preços de 2019 – Atenta à procura por ovos de páscoa em diferentes formatos e recheios, a equipe de voluntárias da Chocolataria Frei Chico – cerca de 50 pessoas –, se esmerou em criar novidades com o cuidado de não encarecer os produtos. Tanto que a tabela de preços continua a mesma do ano passado. Entre as novidades estão os ovos temáticos, com motivos de personagens infantis, times de futebol e até mesmo séries e filmes, que devem ser encomendados com antecedência por conta da confecção personalizada. A Chocolataria também está repleta de opções que incluem chocolates e lembranças na forma dos mais divertidos coelhinhos nos mais diversos tamanhos. Os clientes também podem escolher entre muitas cores e formas, como os bombons em cachos de uva, em coração e em caixas especiais. Para as empresas, as embalagens podem seguir as cores da marca, aliando o caráter beneficente da compra à personalização corporativa. Qualidade que conquista a todos – Não é só com as decorações e a embalagem que os voluntários da Chocolataria Frei Chico se preocupam. A qualidade do chocolate é o ponto alto da produção, hoje bastante diversificada. Além dos tradicionais ovos de chocolate ao leite, branco e meio amargo, há opções de crocante, diet, pretígio e o leite ninho. A diversidade também aparece nos bombons recheados, nos pirulitos e outros produtos à base de chocolate.
Apesar da grande produção, os produtos são artesanais, um diferencial da marca. Trabalho redobrado – A preparação dos produtos para a páscoa começa cedo na Chocolataria. Depois das vendas de final de ano, onde o destaque é a linha de chocotones, os voluntários retomaram o trabalho na segunda semana de janeiro para conseguir colocar milhres de produtos no mercado até o dia 12 de abril, já que as vendas de páscoa são as mais altas do ano. O restante do ano é dedicado à produ-
ção de bombons e doces para festas. Contato para visitas e encomendas – Interessados em conhecer e comprar na Chocolataria Frei Chico também podem contar com um horário de atendimento diferenciado: de 2ª a 6ª das 7h30 às 17h e das 19h ás 21h e aos sábados das 9h às 17h. Nos finais de semana mais próximos da páscoa, costuma abrir também aos domingos. Vale ligar para agendar visitas de grupos e fazer encomendas: 14 3373.2244
8 • acontece
foto: Daniela Dalmatti | 360
Fru.to 2020 questõe
360: Vamos começar falando de empenho. Percebemos que para realizar um evento da proporção do Fru.to é preciso ter consicência sobre as questões emergentes do planeta e decidir fazer. Como é parar tudo que se está fazendo para realizar um evento deste porte? Felipe Ribemboim Toda ação tem uma reação. Acho que temos que repensar em tudo que a gente faz, entender quais são esses impactos todos. Fazer o Frut.to é mais do que criar esse movim-
neto, como organizar palestras, pessoas etc.Mais do que isso é a gente entender que a gente dá espaço para as pessoas falarem. Não é a gente falar, mas dar espaço para falarem. E isso está acontecendo. Seja por uma eminência, uma urgência, uma importância de dialogar sobre isso, seja por uma vontade pessoal como indivíduo, mas ainda mais como sociedade, de que a gente precisa dialogar sobre algo que é essencial. Ou seja a água que depende do alimento, a gente que depende do alimento e da água. E do
ar. Está tudo interconectado. O alimento é transversal em todas essas relações. Alex Atala: Acho que a vida de todo mundo é atribulada. Eu me divido de duas maneiras. Uma é cenário. A outra é missionário. Eu tenho minha carreira nos restaurantes, tenho negócios, tenho funcionários, um pé na vida real e dura, ainda mais num momento econômico e político que gente vive. E tenho que achar tempo pra fazer coisas que me alimentem. Que alimentem não só a minha
O que faz pessoas bem sucedidas o se engajarem em causas que dizem respeito a todos? O que pensam os agentes de reflexões e mudanças que podem tornar o planeta mais sustentável, humano e capaz de dar à atual e às novas gerações perpectivas mais otimistas em relação à nossa sobrevivência e ao resgate de valores como respeito e responsabilidade com esta Terra? Foi o que perguntamos ao renomado chef de cozinha Alex Atala e ao descolado produtor cultural Felipe Ribenboi, organizadores do Fru.to, o seminário que promove um franco, abrangente e instigante diálogo em torno daquilo que nos é vital e não apenas prazero: o alimento.
barriga, os meus funcionários, mas que nos inspirem. Tem horas que a gente fraqueja, que a gente questiona. Ano passado às vésperas do Fru.to, uma agência nacional de promoção retirou o patrocínio por questões políticas e o Fru.to tinha que acontecer. Isso doeu no bolso, doeu na alma, na inspiração, na vontade de continuar. Mas aí você olha pro lado e vê o Felipe, disposto a fazer. O Fru.to é um coletivo. Não é meu ou do Felipe, mas ele puxa um trem e a gente vai atrás.
Ampliar o público e agregar a arte
Despertar a consciência é um processo
Alex Atala: Saindo do pouco do plano pessoal, mas do Fru.to propriamente, conseguimos colocar esse terceiro Fru.to em pé no dia 18 de novembro, a apenas dois meses de acontecer, pois tínhamos menos de 10% do valor captado e achávamos que nem íamos conseguir manter essa data. Aí fomos tratar do conteúdo e pensamos que se a inspiração disso é para não convertidos, tínhamos que envolver a nova geração. Então além da novidade de trazer crianças, que já estamos fazendo este ano com uma dia aberto a todo o público e uma programação para elas, temos que trazer os jovens. Com a música. A música é um catalizador. Os jovens que participaram este ano deixaram esse recado hoje. Esse movimento tem que ser liderado por entidades como o Instituto Sócio Ambiental e vamos chamar outras para tratar desse momento. Porque através da diversão, da música, da sociabilidade, do lúdico, essa criança vai escolher quais questões ela quer ajudar a resolver. Porque hoje, quando falamos de problemas ambientais, econômicos e sociais passamos uma mensagem ruim, de um mundo ruim. Como vou convidar meu neto, meu filho para vir participar de uma coisa que vai só deprimir? Acho que a Greta (Greta Thunberg, ativista sueca que tem chamado a tenção de todos o mundo para a situação do planeta) é uma quebra de um paradigma para todos nós, mas não quero falar para meus filhos e netos que os sonhos deles foram roubados. Eu quero falar que os sonhos deles estão vivos.
360: Ontem o Peri Pane (ativista que se veste com o lixo que geramos para destacar nossos maus hábitos com resíduos) falou que a mudança de mentalidade é a que leva mais tempo para acontecer. Por que apesar de tanta informação disponível, de tanta gente bacana que hoje detém o poder econômico e, consequentemente, político, por que tantos empresários de 20 a 50 anos ainda insistem em modelos que já sabemos são insustentáveis mesmo sabendo que podem inclusive lucrar com a sustentabilidade? Alex Atala: Vou te contar uma história que vivi. Estava numa reunião que nem sei se deveria estar, entre pessoas que militam pela Amazônia há muitos anos, que têm uma vida dedicada a essa causa. Aí começamos a falar sobre o fogo deste ano, que ele sempre aconteceu e sempre vai acontecer, e que este ano ele foi mais forte, como em muitos lugares do mundo, mas também porque temos um problema político. E falamos preocupados, porque esse fogo vai acontecer também no ano que vem. Não adianta falar do fogo que passou, mas do fogo que virá. E falamos dessa juventude que às vezes cria movimentos que fazem mais ruído do que ação. E aí tentando analisar essa questão, em meio a um certo amargor na conversa, uma pessoa mais velha disse: “não foi pra isso que a gente trabalhou? Não foi para as pessoas olharem pra a Amazônia? Elas ainda não olham como nós, mas já estamos num novo momento. É um processo.” Essa é um mudança de paradigma para mim. A gente vai ter
foto: Daniela Dalmatti | 360
0 reúne corações e mentes para discutir es que envolvem o alimento no planeta
* A jovem ativista Paloma Costa dá o seu recado lembrando a todos que os
jovens podem e devem ser ouvidos e incluídos em movimentos como o Fru.to*
sempre esses opostos, sempre vai existir contrassenso. Mas a gente tem dar uma parada de vez em quando e pensar: qual o motivo de eu estar fazendo isso? A vida não é um conto de fadas. Sou praticamente um novato nesta causa, enquanto tem gente que passou 30, 40 anos se dedicando a isso, mas é sensacional pensar que o trabalho surtiu efeito. O jovem brasileiro olhar e discutir o fogo, discutir a Greta, discutir isso... é importante.
Envolvimento das novas gerações Felipe Ribemboim Eu complementaria colocando as palavras da Paloma Costa (coordenadora do Grupo de Trabalho de Clima do Engajamundo, organização de jovens dedicados a questões como direitos humanos e mudanças cli-
máticas, e assessora do Instituto Socioambiental) em que ela fala que os jovens não precisam só escutar. Acho que é isso. A gente precisa juntar as pessoas. Elas não precisam ser dualidades, elas se complementam. Então acho que esse momento é da gente escutar e incorporar. QΩuando falamos que queremos passar uma mensagem para a nova geração, a gente tem que se juntar a ela, entender o que queremos deixar e o que podemos fazer juntos para isso acontecer. 360: Em 2018, o Fru.to teve uma agenda ampla, abordando várias vertentes da questão do alimento. Ano passado focou o desperdício e a inclusão alimentar, e este ano trouxe questões da água e dos resíduos. Como vocês avaliam o desdobramentos do evento e o que devemos esperar para o Fru.to 2021?
fotos: Daniela Dalmatti | 360
360: Vamos começar falando de empenho. Percebemos que para realizar um evento da proporção do Fru.to é preciso ter consicência sobre as questões emergentes do planeta e decidir fazer. Como é parar tudo que se está fazendo para realizar um evento deste porte? Felipe Ribemboim Toda ação tem uma reação. Acho que temos que repensar em tudo que a gente faz, entender quais são esses impactos todos. Fazer o Frut.to é mais do que criar esse movimneto, como organizar palestras, pessoas etc.Mais do que isso é a gente entender que a gente dá espaço para as pessoas falarem. Não é a gente falar, mas dar espaço para falarem. E isso está acontecendo. Seja por uma eminência, uma urgência, uma importância de dialogar sobre isso, seja por uma vontade pessoal como indivíduo, mas ainda mais como sociedade, de que a gente precisa dialogar sobre algo que é essencial. Ou seja a água que depende do alimento, a gente
que depende do alimento e da água. E do ar. Está tudo interconectado. O alimento é transversal em todas essas relações. Alex Atala: Acho que a vida de todo mundo é atribulada. Eu me divido de duas maneiras. Uma é cenário. A outra é missionário. Eu tenho minha carreira nos restaurantes, tenho negócios, tenho funcionários, um pé na vida real e dura, ainda mais num momento econômico e político que gente vive. E tenho que achar tempo pra fazer coisas que me alimentem. Que alimentem não só a minha barriga, os meus funcionários, mas que nos inspirem. Tem horas que a gente fraqueja, que a gente questiona. Ano passado às vésperas do Fru.to, uma agência nacional de promoção retirou o patrocínio por questões políticas e o Fru.to tinha que acontecer. Isso doeu no bolso, doeu na alma, na inspiração, na vontade de continuar. Mas aí você olha pro lado e vê o Felipe, disposto a fazer. O Fru.to é um coletivo. Não é meu ou do
* Atala (acima) e Felipe ente convidados do Fru.to, comonutricionista
e apresentadora Bela Gil: promovendo o diálogo. No alto à esquerda, pais e filhos que aproveitaram a programação do domingo, 26/01 *
11 • meio
ambiente
Água: por que ela importa tanto? Todo o planeta comemora o Dia Mundial da Água no di 23 de março. A razão dessa celebração é simples: sem esse recurso natural não há como sobrevivermos.
Isso significa que resta apenas 1/3 dos 3% (ou 1% da água doce terrestre) para suprir todas as nossas necessidades. “Desse pouco que sobra, 70% é usado no agronegócio, e boa parte pelas indústrias. Sobra muito pouco da água doce para matar a nossa sede. E sobre esse pouco há uma constante e grande pressão de contaminação, da poluição das grandes mineradoras e garimpos que estão poluindo os rios”, destaca. Segundo Caldas, essa conta vai diminuindo até chegar à excassez. “Shiva Vatari mora numa casa de 5x5 metros no alto de uma montanha no Nepal. Sua janela dá de frente para o Himalaia, o maior reservatório de água doce em forma de geleira do planeta. Mas toda essa água que ele vê, ele não tem. Ele precisa caminhar uma hora para pegar água, descendo a montanha, onde ele pode tomar banho e voltar levando água para sua casa. Ele dispõe de apenas 20 litros de água por dia para consumo próprio, enquanto a ONU (Organização das Nações Unidas), determina que o mínimo necessário por habitante é de 110 litros diários.” Ele aproveita os poucos minutos que dispõe para falar do Brasil. “Enquanto isso, em Barreiro, no Piauí, pessoas caminham 6km por dia para pegar água e voltar para casa”, diz. E conta que acompanhou duas crianças que fazem a pé esse trajeto. “Levamos o dia inteiro, sob sol a pino, para pegar 10 litros de água. Isso foi feito por crianças. Ou seja, em pleno século 21, num mundo onde se criam start ups de bilhões de dólares por dia, ainda se tem crianças carregando lata de água na cabeça”, informa.
foto: Paulo Viggu
Ele começa seus 15 minutos de exposição lembrando que “alimento e água são grandes desafios da atualidade conectados com outro grande desafio que é o aquecimento global”. E parte para números, afinal, eles respaldam teses e fatos. “Uma imagem que a gente sempre vê do nosso planeta mostra que 75% é coberto por águas superficiais. Mas 97% de toda essa água é salgada. Ou seja, é inapropriada para uso humano. Isso significa que apenas 3% é de água doce. E desses 3%, dois terços está inacessível porque está em forma de geleiras ou em reservatórios subterrâneos profundos.”
divulgação Fru.to
A importância da água foi destaque da 3ª edição do seminário Fru.to – Diálogos do Alimento, que aconteceu em São Pulo. Sob vários aspectos, esse bem imprescindível para todos, individual e coletivamente, foi abordado sob várias óticas, entre elas, a do jornalista, roteirista e cineasta Sérgio Tulio Caldas, que viajou o mundo para conhecer a situação hídrica do planeta.
* Acima, trecho ind intacto do Rio Paranapanema, em Piraju, ameaçado por projeto de PCH. Sergio Tulio Caldas, no Fru.to2020 *
Paradoxalmente, como ele mostra, o Brasil tem o maior reservatório de água doce do planeta. “Do 1/3 de água doce da superfície terrestre, 12% está aqui. Além disso temos tesouros hídricos incomparáveis, como o Aquífero Guarani, que passa por oito estados brasileiros, pelo Paraguai e Argentina. Achava-se que essa era a maior reserva de água doce subterrânea do planeta. Mas hoje sabemos que há o SAGA, descoberto por pesquiadores da Universidade do Pará”, destaca. Caldas conclui sua apresentação focando São Paulo, a maior e mais rica cidade do país. “Tratamos muito mal a nossa água”, afir-ma informando que o rio Tietê tem 163km de trecho morto, com zero de oxigênio (dados do SOS Mata Atlântica). “Por mais que se façam campanhas de conscientização, ainda vemos pessoas despejando lixo no rio. São Paulo foi uma cidade que nasceu, cresceu e se desenvolveu por causa de seus rios, mas virou as costas para suas águas”, afirma o jornalista. O que fazemos com nossas águas? No interior também se dá as costas para as águas quando se aceita passivamente projetos de represamento, como os que estão sendo feitos no rio Pardo em Águas de Santa Bárbara e pretende-se fazer em Iaras e em Botucatu, nas duas primeiras cidades por causa de projetos devastadores, capazes de destruir o rio para gerar uma quantidade irrisória de energia e na última sob o pretexto de ser fazer um reservatório para suprir possíveis deficiências hídricas.
Os três casos revelam um grande descompasso de nossos governantes e até mesmo da população em relação à atualidade, tanto em termos de consciência a respeito da importância de se preservar as reservas de água doce, quanto sobre as soluções sustentávies disponíveis para o abastecimento de água e energia. Seja com sistemas solar ou eólico, para citar apenas dois exemplos de energia limpa, seja reflorestando cidades e campos para se promover o equilí-
brio climático capaz de manter em níveis suficientes os reservatórios já existentes. É preciso admitir que qualquer ação que envolva a destruição de um rio é nociva, atrasada e fadada a trazer mais problemas do que soluções a curto, médio e longo prazos. “Não temos tecnologia para produzir água. Apenas as árvores a podem produzir”, lembra o estudioso no tema encerrando sua apresentação no Fru.to 2020.
12 • agenda
C U LT U R A E L A Z E R AVARÉ
cisco Rodrigues dos Santos I 07, 14, 21 e 28/03_14h às 19h: Projeto Museu Vivo. Visitação Livre. Museu Automóvel I 07, 08, 14, 15, 21, 22, 28 e 29/03_19h30 às 22h: Projeto Viva o Largo São João. 10 e 11/03_10h às 16h: Projeto Livro na Rodoviária “Embarque nesta Viagem”. Terminal Rodoviário “Manoel Rodrigues” 12/03_13h30 às 17h: Oficina de Danças Africanas. Centro Cultural Esther Pires Novaes I 19/03_19h: Encontro Literário. Centro Cult. Esther Novaes I 20 e 21/03_20h: teatro infantil Pluft O Fantasminha. Centro Cult. Esther Pires Novaes I 25/03_13h: Projeto “Cultura Aqui”. Santa Casa de Avaré I 27/03_19h15: Cinema no Divã. Centro Cult. Esther Novaes I 29/03_19h: Sarau Caipira. Clube da Viola e da Sanfona
I até 31/03_8h às 17h: Mostra Fotográfica “Imagens de Avaré”. Paço Municipal I até 31/03_8h às 17h: Exposição de Desenhos de Guilherme Kevyn. Poupatempo I até 31/03_8h às 17h: Exposição “Obras de Mazzarola”. Biblioteca Mun. Prof. Francisco Rodrigues dos Santos. I até 31/03_8h às 17h: Exposição de desenho “Mi-lionário e José Rico”. Centro Cultural Esther Pires Novaes I até 31/03_8h às 17h: Exposição “Caminhos de Avaré”. Casa do Cidadão I até 31/03_8h às 12h e 13h às 17h: Exposição “Propagandas de Antigamente em Avaré”. Museu Anita Ferreira BOTUCATU I até 31/03_08h às 17h: Projeto “Gostou? é Seu!”. Biblio- I 07/03 a 13/09_4ª a 6ª teca Municipal Professor Fran- 8h30 às 17h e sáb., dom. e feri-
/ • drops
ados 11h às 17h: Exposição “Luso Afro Brasil – Encontros: Arte, História e Memória”. A maior exposição itinerante promovida pelo Museu Afro Brasil, de São Paulo, tem curadoria de seu diretor, Emanoel Araujo, e reúne cerca de 400 obras de artistas brasileiros, portugueses e africanos entre pinturas, fotografias, esculturas, gravuras, documentos históricos e outros objetos do século XVIII até os dias atuais. Pinacoteca Fórum das Artes. STA. CRUZ DO RIO PARDO I 10 a 14/03_20h: filme “AMY”. Documentário sobre a vida da cantora e compositora Amy Winehouse. 14 anos. Legendado. Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto. Entrada: 01 garrafa pet I15/03_10h às 12h: oficina “Memória em cena: reinvenção e ativação”. Abordará a pesquisa de movimento e estados corporais usando a me-
I 15/03_19h30: “OBA NU MUM”. Com Lúcia Kakazu, a memória é o elemento ativador da dança. O trabalho surgiu do desejo da bailarina de criar uma obra de dança sobre a avó e as questões identitárias no contexto da imigração japonesa em SP. 40 min. Livre. Palácio da Cultura Umberto Magnan. GRÁTIS. NEGÓCIOS STA. CRUZ DO RIO PARDO j 21 a 23/03_: 1º Mega Liquida ACE. Primeiro saldão de vestuários e calçados com 10 lojas participantes. Salão da ACE Info: 3332.5900
Concurso Mamãe & Bebê
Santa Cruz_
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ACE pra mulheres
O 4º Happy Hour das Mulheres acontecerá no salão da ACE no dia 10/03, a partir das 18h30. O evento é direcionado às empresárias associadas da ACE e sus colaboradoras. As palestrantes vão falar de Planejamento Financeiro e Orçamento Ideal e Saúde da Mulher. Vagas limitadas. Entrada Gratuita. Info: 14 3332.5900 Santa Cruz_
mória como elemento ativador. O foco é na concepção do movimento na dramaturgia. Indicado pra bailarinos, atores, estudantes e interessados em geral. 20 Vagas. Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto. GRÁTIS.
As incrições para a 5ª edição do Concurso Mamãe e Bebê na ACE vão de 9 a 23/03. A ficha de inscrição e o regulamento poderão ser retirados na ACE, pelo valor de R$ 5,00. O concurso será dia 31/03 e a dupla vencedora será conhecida em 02/04. Info: 14 3332.5900
Prêmio Cidade Verde
Santa Cruz do Rio Pardo foi certificada e qualificada no “Programa Munício Verde Azul” do governo do estado de São Paulo.A premiação contemplou 154 municípios que colocaram em prática 85 tarefas da agenda ambiental do governo estadual. Desses, 62 foram qualificados e 92 foram também certificados, por alcançarem melhor pontuação, caso de Santa Cruz, que ficou em 19º lugar.
foto: Divulgaçãio ACE-Sta. Cruz
Avaré_
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Futsal feminino na copa
Basquete masculino no estadual
Pela primeira vez, Avaré irá disputar a Copa Paulista de Futsal Feminino, com atletas da categoria sub18. O time masculino de futsal participará em todas as categoris da versão masculina da competição. Há previsão de rodadas das competições masculinas e femininas na cidade.
Após 29 anos, a equipe avareense de bastquete msaculino disputará uma competição estadual. Com a categoria sub-17, a equipe do Projeto “Cestinhas do Futuro”, mantida pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, irá participar da competição que começa agora em março. Avaré realizará seus jogos no Ginásio Tico do Manolo.
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Esportes & Educação em fina sintonia
Com uma fina sintonia entre dirigentes das escolas e técnicos do CAS (Clube Atlético Santacruzense), o projeto Talento Brasil vem cumprindo sua vertente de desenvolvimento educacional do atleta com sucesso. A iniciativa que começou no segundo semestre de 2019, prevendo adotar o rendimento do aluno como critério para participar das competições e treinos, já apresenta resultados positivos segundos as escolas onde eles estudam. O CAS (Clube Atlético Santacruzense) atende uma média de 100 atletas, com idade entre 5 e 15 anos através do Talento Brasil, projeto contempldo pela Lei de Incentivo Fiscal, que possibilita o repasse de até 3% do ICMS. As empresas patrocinadoras são a Convivium, Graal Kafe/Paloma, Santa Massa e Special Dog e Supermercado Avenida.
14 • meninada
Que cheiro é esse? Que os cachorros têm um olfato superior a nós, humanos, todo o mundo sabe. O que não conseguimos entender é a atração que os cheiros ruins, pelo menos para nós, humanos, tem os cachorros. Alvinho passeia com Pingo que para e fica um tempo enorme cheirando um cocô. Alvinho fica matutando, cismado, querendo entender. Se a gente cheira mal o cheiro é ruim e se cheiramos melhor o cheiro também fica melhor? Lembrou-se do avô dizendo; “pra gostar de matemática é preciso entender”. Alvinho não gosta de matemática, mas também não entende muito o que fazem aqueles números todos com uma pergunta no final. Pois é, Pingo, ainda tenho muito o que aprender, só não sei se um dia irei entender como um cheiro de cocô pode ser bom. Acho que você é mais sabido do que muita gente que se acha muito sabido. Ah! Ah! Ah! E caiu na risada enquanto Pingo latia feliz: Au! Au! Au! artes: Sabato Visconti
Ache no diagrama as 31 palavras e desvende qual bem natural é comemorado em 22 de Março PALAVRAS: AÇUDE – BREJO – CACHOEIRA – CORREDEIRA –CÓRREGO – CORRENTEZA – CHUVA – ENXURRADA – DILÚVIO – FOZ – GAROA – GOTA – IGARAPÉ – INUNDAÇÃO – LAGO – LAGOA – LAMA – MAR – MARÉ – MAROLA – MINA – OCEÂNO – ONDA – POÇA – POÇO – POROROCA – RIACHO – RIBEIRÃO – RIO – SALTO – TEMPESTADE
A L R F F O X A F A C B
Z I A C O R O R O P A T
E T N Z U B A R H O N D A H T O V I N T U A G R E L A C H O O C G
E A R N U N I H R E R
R G U E R A
R A X D J R
O R N U A O
C O E Ç T E A
H A Ã A I E Ç
R L H R R P Ã
I T A A I R O U Z R
V R C I R
E R R R E
A O J I G A Z T E I N O I V
P U M J I E I Ç O A O
O F I R A R A O Ç O P F O R
O T L A S L B F A P T L
Ç V C M L A N I M E A I
E H N A O G E R R O C D
O A G L A O U Q U Ç E R
J O P
S U P O L T E M P E S T A D E D A D
Não solte fogos e rojões. Eles podem matar nossos pets!