nº173
coronavírus1_ Santa Cruz
gastronomia_ Receitas bem gostosas criadas com base em exercícios físicos e mentais. É possível!!! •p6
coronavírus2_A epidemia existe, não adianta negar. Veja os números e esclareça suas dúvidas a respeito. •p10
Jornal360
Gostoso de ler.
imagem: Sotaques do Brasil - Tião Carvalho
tem mais casos confirmados do que deveria, mas segue salvando todas as vidas. •p8
JUNHO 2020
ANO 15
! s i t Grá
O melhor remédio contra o coronavírus é a cidadania
Circulação Mensal: 2 mil exemplares Distribuição: • Águas de Santa Bárbara • Areiópolis • Assis • Avaré • Bernardino de Campos • Botucatu • Cândido Mota • Canitar • Cerqueira César • Chavantes • Espírito Santo do Turvo • Ibirarema • Ipaussu • Manduri • Óleo
foto: Flavia Rocha | 360
• Fartura
• Ourinhos • Palmital • Pardinho • Piraju • Santa Cruz do Rio Pardo • São Manuel • São Pedro do Turvo •Timburi Pontos Rodoviários: • Graal Estação Kafé • Orquidário Cyber Café • RodoServ • RodoStar • Varanda do Suco Versão On line: www.jornal360.com
* O Colégio Camões, que ensina até por meio de sua arquitetura. Fechado por causa da epidemia *
O combate ao coronavírus fez de 2020 a sua principal vítima até o momento. E as crianças e jovens os mais prejudicados. Além da perda de familiares e de assistirem a um cenário onde chefe da nação minimiza a perda de mais de 50 mil pessoas, estudantes do ensino básico e médio estão sendo submetidos a um sistema criado às pressas, muitas vezes sem estrutura para que o ano letivo seja cumprido. Por mais que se esforcem, impossível não haver sequelas. Do lado de lá da tela, professores, muitas vezes também envolvidos em dramas familiares por causa da epidemia, sofrem
com uma carga horária além do habitual acompanhada do sedentarismos de permanecer horas a fio diante da tela do computador e na solidão de fazer em casa as suas tarefas e atendimentos. Essa é apenas uma das perdas de caráter humanitário que estão ocorrendo com a epidemia. E vivem nos noticiários, a exemplo de outras, ainda mais dramáticas, como a perda da saúde, quando centenas de milahres de pessoas adoecem e morrem. Sabemos que a melhor maneira de enfrentar a epidemia com eficácia, mais
rapidamente e gerando o menor índice possível de perdas, é adotando as medidas preventivas que estão sendo exaustivamente promovidas (e muitas vezes patrocinadas) por autoridades públicas e científicas. Já o sucesso desse combate depende de cada um de nós. Sem exceções. É preciso um comprometimento com o coletivo, é preciso aderir. É preciso ser cidadão. Não são os medicamentos que farão a diferença neste momento. É a atitude de cada um diante de todos. Esse é o melhor remédio: a cidadania. Ela promove a vida, a liberdade e a volta às aulas! •p10
2 • editorial
Do latim civilĭtas, -ātis Substantivo feminino 1.conjunto de formalidades, de palavras e atos que os cidadãos adotam entre si para demonstrar mútuo respeito e consideração; boas maneiras, cortesia, polidez. 2.o fato e a maneira de observar e ssas formalidades. É incrível que em pleno século 21, nos observemos o homem e a coletividade agindo de maneira tão pouco civilizada. E nos faz pensar que talvez os selvagens estejam muito mais preparados para viver juntos, em harmonia. A civilidade exige que tenhamos uma conduta onde o coletivo está em primeiro lugar. A pessoa civilizada não afronta as regras de convívio. A pessoa civilizada do século 21 não joga lixo na rua. Nem dá as costas a uma epidemia que já dizimou 50 mil pessoas em apenas três meses no Brasil, e está perto de matar meio milhão de pessoas em todo o mundo. A pessoa civilizada do ano 20 do século 21 não sai às ruas sem máscaras. Não teima em negar o que está acontecendo. Isso não é nada civilizado. E pior do que ser não civilizado, chega a ser imbecil. Porque selvagens são aqueles que não conseguem compreender a comunicação verbal. E todos os seres humanos deste planeta, com exceção daqueles que nasceram ou tornaram-se mentalmente insanos, da atualidade são capazes de se comunicar. São capazes de entender o que está sendo exaustivamente noticiado pela imprensa e orientado pelos poderes públicos e órgãos de saúde de todas as esferas: municipais, estaduais, nacionais e mundiais. Quando TODOS despertarão para questões básicas, fáceis de serem praticadas até que possamos retomar nossos velhos e bons hábitos de convivência? De que adianta uma parte da população se comportar de modo civilizado, saindo às ruas apenas para o necessário, evitando reuniões sociais de qualquer natureza, evitando estar até mesmo em família, evitando viajar, evitando os hábitos supérfluos, como ir a salões de beleza e academias, se uma parcela considerável da população continua afrontando a pandemia? Não cabe defender esses hábitos sob a prerrogativa de que as pessoas precisam trabalhar. Quem
Civilidade está em condições de pagar o cabeleireiro, a massagista, a manicure, a academia, que pague. Mas não vá. Desapegue-se do “toma lá dá cá” e ofereça a esses profissionais o valor que já está acostumado a gastar com seus serviços. Qual a necessidade de realizar uma festa? Nenhuma reunião de pessoas faz sentido se elas precisam ficar no mínimo a dois metros de distância. Nenhuma reunião de pessoas faz sentido se elas precisam tirar as máscaras para comer e beber. Em que momento as pessoas que estudaram, que trabalharam duro para ter seu negócio, para constituir suas famílias, deixaram de lado a capacidade de entendimento? Onde está a humildade cristã de aceitar regras de comportamento por um período, sabendo que quanto mais todos as acatarem, mais rápido tudo vai passar?
2 Coríntios 12 Vs 9
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Apenas pessoas com a mente em desatino ou selvagens são passíveis de negar a realidade. As pessoas civilizadas não. Elas têm a obrigação de saber se comportar socialmente. Esta edição está repleta de informações que comprovam que estamos vivendo o pior momento da epidemia. No mundo, no Brasil, no interior de São Paulo. Os números são inaceitáveis. Há mais casos e óbitos em cidades do interior de São Paulo do que em alguns países do mundo. Para quem insistir em duvidar, basta pesquisar no valioso conteúdo on line que todos hoje tem à disposição.Escreva: Coronavírus no mundo, no Google e vão aparecer dezenas de links confiáveis. Com uma impressão reduzida e todo este conteúdo on line em nosso site, esta edição traz ainda, receitas deliciosas para saborear em tempo de quarentena, em GASTRONOMIA; a realidade das escolas em tempos de isolamento, em VIDA ON LINE; a rotina do Pingo em plena epidemia, em MENINADA; as notícias da UNIFIONEWS, em sua página própria neste periódico; as opiniões de nossos colunistas, também falando da situação atual, em PONTO DE VISTA; a consolidação da Orgânicos Avaré, em AGRONEGÓCIO; e a beleza suprema da natureza, em BEM ESTAR e MEIO AMBIENTE, para aliviar nossas dores com a ajuda da mãe nativa. Flávia Rocha Manfrin editora c/w: 14 99846-0732 360@jornal360.com
Ora ação!
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Artigo 2º
A divulgação da informação, precisa e correta, é dever dos meios de divulgação pública, independente da natureza de sua propriedade.
e xpediente O jornal 360 é uma publicação mensal da eComunicação. Todos os direitos reservados. Tiragem: 2 mil exemplares. Distribuição gratuita. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ‹editora, diretora de arte e jornalista responsável | Mtb 21563›, André Andrade Santos e Paola Pegorer Manfrim ‹colaboradores eventuais›, José Mário Rocha de Andrade e Fernanda Lira ‹colunistas›, Sabato Visconti ‹ilustrador› e Odette Rocha Manfrin ‹receitas e separação› Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 — centro — 18900-007 — Santa Cruz do Rio Pardo/SP • contato: 360@jornal360.com • cel/whats: +55 14 99846-0732 • 360_nº173/junho2020 _ www.jornal360.com
4 • ponto
de vista
*José Mário Rocha de Andrade
Bichos e Classes
Por mais que eu tentasse explicar do jeito que ele era, de alguma história, parecia que nada o faria lembrar-se do colega com quem fez a faculdade de medicina 25 anos atrás, até que observei: ele tinha um apelido engraçado, se não me engano era o nome de uma ave. Sim! Já sei! É o Ganso! Exclamou ele feliz! É o Ganso! Por que você não falou antes? Ganso é um amigo de sempre, bom de bola, bom de papo, um cara que todo mundo gostava! Talvez pelo nariz, talvez pelo jeito de andar, para os amigos da faculdade ele será sempre o Ganso. Nome que carrega no bojo as festas, as artes, as saídas com as meninas, as dificuldades que passaram juntos. Seu nome de batismo, Ricardo, soa frio, distante, enquanto Ganso soa como um nome de guerra, de tempos inesquecíveis passados juntos.
imagem: Pixabay
Peru era goleiro do nosso time de futebol: “De Olho na Rede”. O apelido veio com ele, pela paixão pelo esporte e por gostar de jogar no gol. Ganhar o apelido nunca o desestimulou a ser goleiro, mas, bem ao contrário, aceitou-o como desafio e como um carinho dos amigos
Na infância, em Santa Cruz, o loirinho, descendente de italianos, por vezes escutava: Alemão Batata. Poderia ser Italiano Polenteiro. Mas, ah! Existiam também aqueles em que ninguém falava na frente: Popózinho da Totonha. Menino mimado pela mãe nunca escapa de apelidos maldosos na escola.
que zoavam quando ele tomava um peru e faziam a festa quando salvava muitos gols. Hoje, médico, se ouve um grito chamando-o: Ei, Peru! Vira-se feliz, sabe que é um amigo de muitas histórias.
Dos amigos de papai no Banco do Brasil, lembro-me de poucos apelidos, mas o Felix Perez sempre foi Tchê, se não me engano o Antonio era Xerife, o João José era Dedé e o do Ivo Tosato, eu não me lembro mesmo, mas a indignação de minha mãe ao ouvir papai chamá-lo por um desses apelidos mágicos, chamar assim um “senhor de idade”, isso fez história. Mamãe olhou papai com o olhar duro de reprovação, mas a lembrança inesquecível é outra, a do sorriso solto, do brilho no olhar, da alegria imensa que somente vêm do encontro da amizade cheia de histórias e bons tempos estampados no Senhor Ivo Tosato. Talvez o Ivinho, seu filho, se lembre.
Bons tempos eram também a escola em que estudavam o mais rico e o mais pobre na mesma sala, afinal, as escolas públicas eram as melhores e, no esporte, todos sabem muito bem, não existe nem pobre nem rico, ali jogam o Peru, o Ganso, o Alemão Batata, o Xexé, o Dedé, o Padeirinho, o Gordo Peréba, o Perninha, os que nasceram em berço de ouro e os que nasceram em berço de panos velhos. Todos são iguais! Quer dizer, nem tão iguais porque, ali, o que existe são os pernas de pau e os bons de bola e, ao fim do jogo, todos são verdadeiramente iguais e amigos. Pena que, hoje, as escolas boas são as pagas, as melhores são as muito caras e as escolas públicas são cada vez piores. Há uma coisa muito errada na construção do futuro do povo do nosso país. Não existirá mais um Peru, um Ganso que, ao ouvir alguém gritar seu nome, estampará o sorriso e o olhar de alegria do Ivo Tosato olhando um amigo de longas datas e de outra classe social. *médico santa-cruzense radicado em Campinas
O presidente é o culpado por tantas mortes por Covid-19 no Brasil * Fernanda Lira
Sim o presidente da república do brasil, cujo nome eu não vou citar porque o 360 não permite. Mas a maior responsabilidade por essa situação epidêmica no Brasil é dele. Ele é o chefe da nação. A ele cabe zelar pela integridade de todos os que habitam nesta terra. É sua obrigação. Para isso foi escolhido e para isso é muito bem remunerado. Para isso pode contar com nossas reservas financeiras, os cofres públicos. Para isso tem um Ministério da Saúde – que tem sido usado para seus desvaneios pessoais e políticos em vez de estar à frente do combate ao coronavírus. O Brasil tem um dos piores resultados no combate à epidemia, mesmo não tendo sido o primeiro a ter que enfrentá-la. Ou seja, teve muitos exemplos de sucesso e de fracasso no combate à disseminação de uma doença que
tem alta transmissibilidade, não tem vacinas ou remédios específicos para tratamento e pode ser fatal. E por que ele não faz nada além de parecer um mico de circo brincando com algo que matou mais de 50 mil pessoas residentes no Brasil em menos de 3 meses? Porque ele não ouve ninguém. Porque é uma pessoa que não se importa com o povo, mas com as vantagens que passou a ter ao assumir o mais alto cargo Gráfico: jornal360.com | Fontes:OMS + Min. Saúde/BR + Wikipedia (população e áreaterritorial) público do país. Age feito um doidivanas que nada, nem ninguém consegue controlar. Age Com populações mais de 3 vezes 20/6 Brasil EUA China Índia feito um sanguinário disposto a ver o circo pegar fogo. Age como um demônio, cuja cru- maior do que Brasil e EUA, a China, Casos 1.070.139 2.172.212 84.940 395.048 primeira a ser atingida pela doença, Mortes 50.058 118.205 4.645 12.948 eldade não tem limites. Qualquer pessoa que tenha estômago para
e a Índia, registraram muito menos casos e mortes por Covid-19:
acompanhar os feitos, mandos e desmandos do atual presidente da República do Brasil sabe que ele não a mínima condição de ocupar o cargo que lhe foi confiado por milhões de brasileiros. Os quais ele está traindo, um a um, ao se comportar da maneira leviana e abusiva em relação à epidemia que estamos sendo obrigados a passar da pior maneira possível por sua causa. Já que está lá, eleito democraticamente graças à sua habilidade de fugir do diálogo e da exposição de suas ideias, ou ele age com decência e responsabilidade ou deve deixar o cargo. Ou ele faz jus à confiança de todos os seu eleitores que acreditaram nele e abre mão daquilo para o qual não tem a menor com-
Popu- + de 200 + de 300 + de 1,4 + de 1,3 lação milhões milhões bilhão bilhão
petência ou precisará ser deposto, o quanto antes. Sabemos que ele jamais vai querer abandonar o osso que conseguiu. Vai querer roer até o final, dando uma rosnada a cada um que lhe ameace tirar tal poder. O Brasil não precisa passar por tudo isso sem ter um líder consciente e capaz de amar o seu povo à frente dessa luta. Impeachment já. Para tirar do poder desta nação o pior presidente que o século 21 conheceu. E olhe que a concorrência é grande, basta checar os números dos EUA! *jornalista paulistana que adora o interior
news UNIFIO e UENP assinam Protocolo de Intenções
Informativo mensal • edição 13_jun2020 • especial para o 360
Reportagem/Edição: Rose Pimentel Mader
A partir da esquerda, o presidente da FEMM Roque Quagliato, o reitor Murilo Ángeli dos Santos e a reitora da UENP Fátima Padoan, durante assinatura do Protocolo de Intenções
Representantes da UENP visitaram as instalações do Campus Universitário UINFIO acompanhados pelo Presidente da FEMM, pelo Reitor e pelo Pró-Reitor UNIFIO O Centro Universitário UNIFIO recebeu no último dia 20 de maio a visita de uma comitiva da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) formada pela Reitora, Profa. Fátima Aparecida da Cruz Padoan, a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Vanderléia Oliveira; o Pró-Reitor de Planejamento e Avaliação, Bruno Galindo; o Diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas do campus de Jacarezinho/PR, Luiz Fernando Kazmierczak e o assessor Jurídico, Fernando Brito. A comitiva paranaense foi recepcionada no campus UNIFIO pelo Reitor, Prof. Murilo Ángeli dos Santos, pelo Pró-
Reitor Administrativo e de Pesquisa, Prof. Valdeir Vidrik e pelo Presidente da Fundação Educacional Miguel Mofarrej, Roque Quagliato. O principal objetivo da visita foi a assinatura de um Protocolo de Intenções com o objetivo de regular a cooperação técnico-científica entre as duas instituições nas áreas de atuação e interesses comuns. O documento formaliza, regula e destaca disposições sobre futuras celebrações de convênios e acordos de cooperação para projetos acadêmicos conjuntos. A reitora da UENP, Profa. Fátima Padoan, acentuou a importância do
Protocolo para o desenvolvimento de cooperação acadêmica, científica e tecnológica entre as Instituições. “Com a celebração desse Protocolo de Intenções, respeitadas as legislações específicas de cada Instituição de Ensino Superior (IES), damos um passo importante para criar oportunidades de crescimento conjunto por meio do desenvolvimento científico e tecnológico. Esse ato formaliza atividades a serem desenvolvidas por professores da UENP e UNIFIO”, disse a reitora. Para o reitor Murilo Ángeli dos Santos, “cada vez mais a interdependência e interconectividade en-
tre pessoas e regiões é neces-sária e evidente. E no meio acadêmico não é diferente”. De acordo com o reitor, “uma instituição, consegue entregar ainda mais resultados para a sociedade em que está inserida quando se une a outras instituições”. “UENP e UNIFIO têm características muito semelhantes na medida em que valorizam a pesquisa e os professores. Temos inclusive diversos professores que lecionam em ambas as instituições e desenvolvem pesquisas em conjunto. A assinatura desse Protocolo de Intenções só vem a formalizar uma parceria que sempre existiu entre nós”, destacou Santos. Algumas ações já estão em andamento por meio da parceria. O desenvolvimento do ventilador mecânico pulmonar para hospitais, conhecido como “Projeto Sopro de Vida” já conta com professores pesquisadores das duas instituições, além de pesquisadores da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI). O equipamento é um dos pilares terapêuticos do tratamento de pacientes que apresentam alguma síndrome respiratória aguda causada pelo Coro-
navírus. A equipe multidisciplinar conta com integrantes das áreas da Engenharia, Sistema de Informação, Enfermagem e Fisioterapia. Outra atividade envolvendo as duas instituições aconteceu no dia 28 de maio, quando os cursos de Direito de ambas as IES ofereceram para seus estudantes e toda a comunidade jurídica regional, o Debate Virtual “Reformas Trabalhistas: até onde se pode ir?”, com o Prof. Dr. Luciano Martinez, Juiz do Trabalho da 9ª Vara do Trabalho de Salvador/BA e Prof. de Direito do Trabalho e da Seguridade Social da UFBA. O Prof. Paulo Mazzante de Paula representou o curso de Direito UNIFIO e o Prof. Antônio José Saviani da Silva o curso de Direito UENP. Após a assinatura do Protocolo de Intenções, a comitiva da UENP participou de uma visita ao campus do Centro Universitário Unifio. Na companhia dos anfitrões, percorreram o Museu de Artes, a Clínica Odontológica, o Hospital Veterinário e o Núcleo Tech, onde puderam conversar com dois dos professores da equipe que desenvolve o ventilador mecânico pulmonar.
À esquerda, momento do Debate Virtual de Direito: “Reformas Trabalhistas: até onde se pode ir?” Acima, representantes da UENP e UNIFIO reunidos para assinatura do Protocolo de Intenções
6 • gastronomia
Receitas para exercitar o corpo e a mente
*Flávia Manfrin
Todo mundo deve ficar em casa. Estamos estudando, trabalhando e nos isolando em casa há mais de três meses. Neste cenário, a cozinha vira diversão. afinal, há mais tempo para se aventurar na produção de quitutes que aqueçam o coração e tornem tudo mais gostoso. Esta edição trazemos receitas que valem um exercício, para corpo e mente!!!! A primeira, um delicioso bolo de tangerina,que exigiu criatividade e
cálculo para troca de ingredientes, colocando os neurônios em atividade. A segunda, segue a linha da abstração, um exercício mental muito importante, com o aproveitamento de sobras e a invenção de uma cobertura crocante de queijo para a já conhecida massa de torta de liquidificador. Para completar, um do delicioso pão caseiro que demandou muita atividade física, pois o que o torna mais leve e macio é a sova. Então bota pra sovar!
Flávia Rocha Manfrin _Ingredientes da massa: • 1 xícara de farinha de trigo • 1 xícara de farinha de amêndoas (pode fazer triturando amêndoas cruas no liquidificador • 4 ovos • 2 xícaras de açúcar (pode ser mascavo ou cristal batido no liquidificador) • 1 xícara de maisena • 3 colheres de manteiga • 250ml de suco de mexerica • raspas de casca de 2 mexericas • 1 colher de sopa de fermento em pó _Ingredientes cobertura: • 2 colheres de suco de mexerica • 100g de açúcar cristal batido no liquidificador • 2 colheres de amêndoas laminadas torradas ou raspas de casca de mexerica (opcional) _Preparo: Bata as claras em neve e reserve. Numa outra vasilha, adicione a manteiga, as gemas e o açúcar e bata até ficar bem misturado. Acrescente então as farinhas (pode usar
Aldine Rocha Manfrin
só de amêndoas se quiser, ou outra farinha, como de aveia) e a maisena. Misture as raspas de mexerica com o suco e vá acrescentando à massa enquanto bate. Acrescente o fermento, bata mais um pouco e desligue a batedeira. Adicione então as claras em neve, misturando com delicadeza. Asse em uma forma untada com manteiga e farinha (em forma de buraco fica melhor). Asse em forno pré aquecido a 180º. Desenforme ainda quente. Enquanto assa, misture os ingredientes da cobertura com uma colher (não vai ao fogo). Use para decorar o bolo.
Pão da Mamãe _Ingredientes da base: • 02 colheres sopa fermento biológico fresco (tipo Fleshman) • 1/2 colher de açúcar • 1/2 litro de leite •1/2 kg de farinha de trigo _Preparo da base: Amasse o fermento com o açúcar e acrescente o leite para amolocer. Adicione a farinha e misture bem. Cubra com um pano e aguarde crescer (dobrar de tamanho) _Ingredientes da massa: • 4 ovos • 1/2 copo de de óleo de cozinha • 1,5 kg de farinha de trigo • 1/2 litro de leite • 2 colheres de manteiga • 1 colher de sopa de sal (ou menos)
_Preparo do pão: Misture tudo no fermento crescido, menos a farinha, que deve ser misturada aos poucos até a massa não grudar nas mãos . Numa mesa, amasse e sove bastante. Deixa a massa crescer novamente. Quando tiver crescido a massa, enrole os pães. Aguarde os pães crescerem (se quiser, coloque uma bolinha de massa num copo com água, quando subir, está pronta assar. Asse em forno pré aquecido a 200º. Rende 15 pães médios.
fotos: Aldine R.Manfrin
Régis do Couto Rosa
_Ingredientes do recheio: • sobras de costelinha de porco já cozida • sobras de molho de cozimento da costelinha de porco • ½ xícara de cebola • 3 dentes de alho • 1 tomate sem sementes • 1 xícara de legumes (o que houver disponível) _Ingredientes da massa: • 3 ovos • de óleo de cozinha (pode misturar com um pouco de azeite se quiser) • de farinha de trigo (ou de arroz) • de leite • 100g de parmesão ralado • 2 colheres de salsinha picadinha • 1 colher de chá de fermento em pó • 1 colher de café de sal _Preparo: A massa é feita com a mistura de todos os ingredientes no liquidificador, mas apenas metade do queijo ralado. O recheio é feito desfiando a carne das costelinhas e refogando com legumes: numa panela com um pouco do molho da
fotos: Aldine R.Manfrin
Bolo de Tangerina
fotos: Flavia Rocha | 360
Torta de Costelinha
costelinha, refogue a cebola e o alho. Adicione os legumes (palmito e tomates, por exemplo). Adicione a carne desfiada e tempere com uma pitada de molho de pimenta. Não deixe ficar muito seco. Unte a forma com azeite e farinha de trigo. Coloque uma parte de massa, depois o recheio e cubra com massa. Polvilhe com bastante queijo ralado. Asse em forno pré aquecido a 180º.
7 • agronegócio
Orgânicos Avaré inaugura box no mercado municipal O mês de junho entrou para o calendário da produção de orgânicos em Avaré. Já está funcionado no Mercado Municipal da cidade um box repleto de alimentos produzidos por 15 produtores rurais que integram a Associação “Orgânicos Avaré” (AOA). Quem lá já esteve pode escolher à vontade entre legumes, frutas e hortaliças, além de outros itens como pães, ovos e café. Tudo 100% orgânico. Os produtos também estão acessíveis através do sistema de entregas, que já estava funcionando regularmente em Avaré. Passo a passo – A história do Orgânicos Avaré, que já foi bastante retratada neste 360, traz muitos ensinamentos para todas as cidades onde a agricultura familiar é uma realidade, ou seja, em todo o país. O primeiro deles é a importância do apoio do poder público para o desenvolvimento do setor. No caso de Avaré, estamos falando da disponibilidade e autorização para que profissionais da CATI (órgão estadual presente em todos os municípios) e da Casa de Agricultura da cidade se empenhassem no desenvolvimento do setor. E também da logística de distribuição, que, seguindo programas públicos de incentivo, garante a venda de boa parte dos produtos para o programa de merenda escolar das escolas públicas. Há que se destacar também, o espaço que a feira de orgânicos ocupou durante todos esses anos, no pátio da Casa de Agricultura da cidade. O ininterrupto apoio do poder público ainda contribuiu fortemente para que a produção de orgânicos da cidade saísse do patamar de apenas quatro produtores participantes para o grupo que hoje abriga 15 propriedades rurais do município.
fotos: Orgânicos Avaré
* O bons da Orgânicos Avaré, no Mercado Municipal da Cidade, é um convite ao sabor de uma alimentação seguramente mais saudável sem pagar a mais por isso*
O segundo ponto que traduz a história de sucesso da Orgânicos Avaré é o aprendizado contínuo proporcionado aos produtores dispostos a mudar seu sistema de produção. Uma série de parcerias que garantem o acesso a técnicas e sistemas de plantio capacitaram os produtores a avançar com o sistema em suas lavouras, permitindo também que os consumidores pudessem acompanhar e até mesmo aprender a respeito. Ou seja, além de apoio, tem havido uma sistemática disseminação de conhecimento e técnicas que têm garantido que o sonho da eliminação dos agrotóxicos e dos custos que eles significam numa produção seja uma realidade concreta.
Ganha ganha – O resultado desse constante trabalho envolvendo mais e mais pessoas trouxe resultados positivos concretos não apenas para os produtores, que além de atingirem resultados melhores por suas colheitas, ganharam também qualidade de vida, já que deixaram de manipular produtos tóxicos. Também os consumidores saíram ganhando, e muito, com o acesso a alimentos mais saudáveis, bem mais saborosos, mais resistentes e, importante, sem cus-
tar mais caro que os produtos hoje chamados de “convencionais”. O mapa do sucesso – No site do 360, o leitor poderá conhecer em detalhes todo o processo que já ultrapassa uma década, narrado por um dos principais atores do Orgânicos Avaré, o gestor de agronegócio da Casa da Agricultura da cidade, Fernando Franco Amorim. Não deixe de ler.
_ saúde pública
Enquanto muitas cidades lutam para conter a epidemia encarando óbitos que gostariam de ter evitado, Santa Cruz do Rio Pardo segue com um número crescente de casos e sem nenhum óbito. O que faz a cidade de apenas 45 mil habitantes ser tão competente no tratamento da Covid-19? A competência pela equipe qualificada do hospital, que inclui médicos e enfermeiras, além de toda a turma que dá suporte ao trabalho desses profissionais, mantendo o hospital limpo e estruturado para receber os pacientes. Aliada a isso, está a determinação do poder público em tomar todas as providências possíveis para estruturar o hospital de modo a prestar o melhor atendimento possível aos pacientes. Isso inclui um considerável investimento, que contou com a contribuição, em parte, de empresários que se dispuseram a ajudar financeiramente. Para saber em detalhes, como este desafio está sendo enfrentado, conversamos com exclusividade com o Dr. Jonas Jovanolli, diretor médico da Santa Casa e conceituado médico da cidade. “Estamos oferecendo a todos, sem distinção, um tratamento da mais alta qualidade, do padrão dos melhores hospitais do país”, afirma o médico, referindo-se ao sistema de Fila Única, adotado desde os primeiros casos, que garante o mesmo protocolo de atendimento a qualquer pessoa. Pergunto qual o diferencial praticado na cidade. “De cara, fazemos uma tomografia para saber qual o estado do paciente. E fazemos a internação imediata para que seja tratado. Isso tem ajudado a evitar que a doença passe para os níveis mais severos na maioria dos casos”, explica. Quanto aos casos mais sérios, ele conta que está aplicando os mais efetivos medicamentos e tratamentos. “O uso de determinados medicamentos virou uma questão política, o que é um erro”, avalia.
Bastante atingida pela epid *Flávia Manfrin
Santa Cruz tem vencido
foto: Santa Casa_SCRP
8 • cidadania
* À frente da equipe que está trabalhando incansavelmente para recuperar todos os pacientes de Covid-19, o Dr. Jonas deixa se
peitem os profissionais da saúde. Eles arriscam a vida por vocês”. À direita, o gráfico da epidemia em Santa Cruz do Rio Pardo: a
Estamos em plena epidemia – Sobre a teimosia de boa parte da população em admitir a epidemos, Dr. Jonas é taxativo: o aumento de casos é alto e isso coloca em risco a qualidade do atendimento prestado até o momento, que tem garantido a sobrevivência de todos os pacientes. “Se tivermos muitos casos, não teremos condições de garantir esse padrão elevado da qualidade do atendimento”, destaca o médico, alertando também para a quantidade de leitos na UTI do hospital. “Temos que combater a epidemia para que não falte
ninguém tenha que ser transferido para outra cidade”, explica. Atitude responsável – Para que não haja essa possívelqueda no padrão de atendimento, o médico pede que todos ajam com mais responsabilidade, adotando as medidas de segurança, como distanciamento social (mínimo de 2 metros), evitar contato físico, mesmo entre familiares, usar máscara quando estiver convivendo ou em local com mais pessoas e higienizar as mãos, objetos e ambientes.
Assim como toda a equipe do hospital, Dr. Jonas vive sob um rigoroso controle pessoal para evitar a contaminação. “Eu deixo as roupas de atendimento médico aqui no hospital e uso todos os equipamentos de proteção. Chego em casa, coloco a minha roupa para lavar, tomo um banho. Esses cuidados básicos estão evitando que muitos fiquem doentes. É importante que todos adotem essas práticas pois o contágio do coronavírus é muito rápido e está assumindo novas
AJ sofre há 80 dias num hospital
demia, o a morte
*Mario Benedito Rocha de Andrade - especial para o 360
Nos últimos meses, a vida se tornou mais frágil do que ela é. Não digo o nome do meu amigo porque ele não está em condições de me autorizar a citá-lo numa matéria de jornal. Vou chamá-lo de AJ. Ele já está há mais de 80 dias internado num hospital do Rio de Janeiro e os médicos não sabem quando poderá sair.
foto: Santa Casa_SCRP
Epidemia de Covid-19 em Santa Cruz do Rio Pardo * Além da longa jornada, que inclui noites e finais de semanas, o Dr. Jonas e a equipe do hospital precisam usar incômodos trajes de proteção para não serem contaminados pelo vírus *
eu recado: “Se vocês não se respeitam, resalto índice de contaminação e zero óbito * proporções, precisamos controlar para que possamos manter esse atendimento diferenciado para todos”, alerta o diretor técnico da Santa Casa. Previsão de relaxamento – Aos que insistem em minimizar a situação, relaxando a prevenção, seja deixando de usar máscaras ou participando de eventos sociais, mesmo em pequenos grupos, o médico ressalta que o vírus é de alta trasmissibilidade e como não há remédio específico nem vacina, estamos sujeitos a novas ondas de epidemia. “Pode acontecer da pessoa contrair a doença mais de uma
vez. Além disso, quem tem alta deve cumprir rigorosamente a quarentena e permanecer 14 dias isolada em sua casa, sem contato com a família e com esterilização de objetos”, avisa o médico. Só o controle salva – Apesar do sucesso do atendimento que a equipe médica de Santa Cruz está conseguindo, evitando que os pacientes venham a óbito, Dr. Jonas pede que as pessoas não se exponham tanto. “Estamos lidando com uma doença que pode até não se manifestar em alguns pacientes, pode surtir efeitos fáceis de solucionar em muitas pessoas, mas que pode se agravar em muitos casos, inclusive jovens que tendem a demorar para procurarem ajuda.
Foi diagnosticado com covid-19 no início de abril. Quase 30 dias depois, recebeu alta, quando os testes para a doença deram negativo. Foi um alívio geral. AJ tem quatro filhos, uma neta, um irmão e muitos amigos espalhados pelo mundo. Dois dias depois, no entanto, precisou voltar ao hospital com um quadro muito forte de pneumonia. Foi internado novamente e, passados cerca de 30 dias, precisou ser sedado e submetido a ventilação mecânica, um processo também conhecido como entubação. A covid-19 havia voltado. Ficou 14 dias entubado, que é o tempo máximo que uma pessoa pode receber esse tipo de tratamento. Vencido esse prazo, precisou fazer uma traqueostomia. Segue em coma induzido há mais de três semanas. AJ sempre foi um homem forte, praticante de surf e natação, fez 61 anos em maio, antes de ser entubado, num quarto frio de hospital. Na foto que postou em rede social naquele dia, exibia otimismo e confiança. Há 10 dias, AJpegou infecção hospitalar, um dos riscos da traqueostomia. Mas venceu mais esse round de uma luta que tem se mostrado longa, sofrida e dolorosa. Se ele estivesse num hospital com menos recursos, talvez já tivesse partido.
Quando vejo pessoas desprezando os cuidados para evitar o contágio do coronavírus, penso nos amigos e familiares do AJ que diariamente se unem numa corrente virtual para fazer suas preces e orações pela recuperação dele. O descaso com o distanciamento social, com o uso de máscara e com a higiene com água e sabão e álcool gel é uma afronta desumana à dor daqueles que sofrem diariamente com parentes e amigos atingidos pelo coronavírus. Quando vejo pessoas se abarrotando no comércio, fazendo festinhas e churrascos, quando vejo rostos sem máscaras de proteção, aumenta a minha agonia com o risco de contágio a que as cuidadoras da minha mãe idosa, que vive em São Paulo, estão sendo submetidas. Um risco que atingiu um amigo e que pode chegar à minha mãe. O que será preciso acontecer para que as pessoas tomem consciência de que a vida de cada um depende do comportamento da coletividade? O que precisa acontecer para que as pessoas se deem conta de que quando eu uso máscara eu protejo você e de que você me protege quando usa máscara? Será preciso que passem pelo que os filhos e amigos do AJ estão passando? E tantos outros que já passam de um milhão no Brasil? Não desejo esse sofrimento a ninguém. Por isso, se proteja, proteja seus familiares e amigos e vizinhos, use máscara, evite aglomerações, lave as mãos, ouça o que os médicos têm a dizer. Se pode, fique em casa. Seja responsável. Não odeie, ame!
10 • acontece_coronavírus
Muitos brasileiros pegaram a Covid-19 por não acreditarem nos alertas que vêm sendo dados exaustivamente pelas áreas de saúde, prefeituras, governos estaduais e toda a imprensa. Mesmo tendo acesso a boletins diários, ainda há quem afirme que tudo já passou. Não é verdade. O coronavírus está se espalhando mais do que nunca no interior de SP e em todo o país. O 360 listou as principais questões sobre a epidemia e colheu o dspoimento de quem pegou o vírus e consegui passar pelo processo de cura.
Para quem ainda duvida da epidemia, informe-se * A curva epidêmica de 3 importantes cidades da região 360, traz Ourinhos, onde vivem mais de 110 mil pessoas. Em uma escala muito elevada de casos confirmados. Santa Cruz, por sua vez, apresenta mais casos do que Avaré, cidade que tem quase o dobro de sua população *
Por que devo que ficar em casa?
São várias razões: 1- O coronavírus dura até cerca de 3h em superfícies. 2- O coronavírus pode não apresentar sintomas. 3- O coronavírus dura pelo menos 14 dias no organismo. 4- Não existe vacina nem remédios específicos para curar ou evitar o coronavírus. 5- O coronavírus se multiplica rapidamente e em grande quantidade. 6- O coronavírus tem facilidade para entrar nas células do organismo. Podemos explicar cada uma dessas razões com base no que lemos em muitos artigos no últimos meses, na conversa com médicos e pessoas que tiveram a doença. Mas antes é preciso entender por que há tantas mortes
por causa da doença – só no Brasil foram mais de 50 mil pessoas em menos de três meses, e esse número deve aumentar bastante até que a epidemia passe. O coronavírus causa a morte de pessoas porque como se multiplica muito e tem facilidade para entrar nas células, ele atinge várias partes do organismo, especialmente o sistema respiratório, o que significa atingir o pulmão, que é vital para nos mantermos vivos. Ele também pode afetar outros órgãos, comprometendo seu funcionamento em níveis muitas vezes irreversíveis. Todo mundo pode pegar e morrer? Sim. Ninguém está livre de ter muitas complicações e até morrer por causa do coronavírus. O que pode salvar qualquer pessoa é começar o tratamento médico o mais rápido possível. Diante dos primeiros sintomas, procurar imediatamente um atendimento hospitalar. Quem é mais propenso a ter complicações? Pessoas com menos condições físicas, como idosos e portadores de doenças crônicas são mais vulneráveis porque seu organismo não reage com o mesmo vigor de combate do que um organismo mais jovem e saudável. Por que tantos jovens chegam a morrer? Pessoas mais jovens e saudáveis reagem melhor a uma situação como essa, porém, muitas vezes, por acharem que não estão doentes, já que o portador do vírus pode não ter sintomas ou apresentar sintomas corriqueiros, como os da gripe, essas pessoas demoram a procurar tratamento. E pode acontecer de chegarem a um nível de infestação que pode ser irreversível. Por que isolar quem já teve alta do hospital? O vírus pode ficar encubado até 14 dias. Mesmo que a pessoa tenha tido alta, é importante que ela cumpra esse prazo de isolamento, como margem de segurançca.
Por que não devemos ficar perto das pessoas, nem beijar ou abraçar? Porque não dá para saber quem está infectado ou não. O vírus pode demorar até 14 dias para se manifestar. E muitas pessoas não têm sintomas. A proximidade com outras pessoas, a circulação em ambientes fechados, sem boa ventilação, sem higienização das mãos e uso de máscara vai expor a pessoa ao vírus que está ali no ambiente. Ele é expelido da pessoa contaminada como um aerosol que se espalha pelo ar até atingir alguma superfície. O coronavírus dura até três horas no ambiente.
Eu não acreditava e peguei a Covid-19
Casos Cofirmados
foto: Mario Benedito Rocha de Andrade
* Acima, os índices de mortes
em 4 cidades da região. O destaque negativo é Avaré, com 8 óbitos. E o positivo, Santa Cruz, que tem mais casos confirmados do que Avaré mas nenhum óbito, À direita, as curvas da capital paulista, do Estado de São Paulo e do Brasil até 19/6 *
Tem problemas ficar em ambientes com ventilador ou ar condicionado? Sim. Esses equipamentos não devem ser usados pois mantêm o vírus no ambiente. Durante a epidemia devese abrir janelas e portas para que o ar circule. Por que temos que evitar o coronavírus já que a grande maioria das pessoas não vai ficar tão mal por causa dele? Porém nem sempre é possível manter o isolamento total, então temos que adotar medidas que impeçam que nos contaminemos: manter as mãos limpas, não por as mãos nem na boca, nem no nariz ou nos olhos. O que fazer quando tiver que sair de casa? Adotar os procedimentos básicos de higienização: usas. máscara, manter distância mínima de dois metros das pessoas, usar álcool gel cada vez que tocar um objeto, uma superfície, não tocar nas pessoas. Limpar sapatos, bolsas e outros objetos que tenha levado com álcool gel ou água misturada com um pouco de água sanitária. Preferencialmente tomar um banho e colocar as roupas que usou para lavar. Por que temos que evitar o coronavírus já que a grande maioria das pessoas não vai ficar tão mal por causa dele? Porque como ele se multiplica muito rápido, ele pode atingir cada vez maus pessoas. E com muita gente doente não há estrutura de saúde para que se possa prestar a todoso atendimento adequado. Numa situação epidêmica descontrolada, os hospitais, além de não terem leitos para todos os doentes, não terão estrutura de atendimento suficiente (equipe médica, medicamentos, procedimentos). Por que se morre de Covid-19? Porque ainda não temos vacina para diminuir a ação nociva do vírus no nosso organismo Quando uma doença é transmitida tão facilmente como a gripe, o sarampo, entre outras que conhecemos, apenas a vacina pode evitar complicações tão sérias que deixem sequelas ou levem a óbito.
Devemos confiar nos remédios que estão usando, como a cloroquina? O médico é quem vai determinar o que uma pessoa que tem o coronavírus deverá tomar. Todos os remédios que estão sendo usados são autorizados para tratar outras doenças. Ou seja está sendo feita uma adaptação, já que ainda não tem um remédio específico para o Coronavírus. E como todo remédio, os medicamentos que têm apresentado algum efeito contra o vírus têm efeitos colaterais e são eficazes para uns, mas podem não funcionar em outros. Por isso, só o médico pode receitar. Quando isso vai acabar? Quando o vírus não tiver mais organismos desprotegidos para atacar. Ou seja, quando a maioria das pessoas já tiver anticorpos suficientes para que o vírus não resista no organismo. Isso só vai acontecer quando houver vacina. Até lá, viveremos sob o risco de pegar o coronavírus e sofrer as consequência da doença. As epidemias tendem a ter ondas de menos e maior intensidade, como a que estamos vivendo no Brasil. Quando a onda abaixa, como na China e países da Europa, onde começou mais cedo, podemos ficar mais tranquilos. Mas o Brasil ainda não chegou nesse estágio. Estamos no auge da epidemia e do risco de contágio. Pode haver nova epidemia? Sempre estaremos sujeitos ao apa-recimento de doenças. E quando elas são transmissíveis facilmente, como o coronavírus, não havendo vacina ou remédios eficazes, teremos uma epidemia. Quando poderemos relaxar o combate contra coronavírus? Quando houver uma vacina e re-médios eficazes para combatê-lo. Fontes/Dicas de leiura: https://saude.abril.com.br/medicina/como-o-coronavirus-e-transmitido-e-por-quantotempo-ele-resiste-por-ai/ https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-complicacoes-mortes/ https://www.paho.org/en Leitura de muito material, cartilhas e reportagens
Wellington Nascimento de Luna, tem 48 anos e mora em Parelheiros, zona sul de São Paulo. Trabalha como porteiro em um edifício residencial no Itiam Bibi, bairro nobre paulistano. Nas horas vagas é motorista do Uber, atividade que deixou de exercer logo que começou a quarentena na capital, há mais de três meses. Recentemente, começou a apresentar sintomas: dor nas costas, perda de apetite, fadiga, febre e calafrios. Achou que era uma gripe comum e esperou cinco dias para ir ao médico. Ele tem convênio médico e o exame mostrou que sua oxigenação estava comprometida. Foi encaminhado para um hospital e ficou internado por seis dias. “Não precisei ir para a UTI. Fui medicado e passei quatro dias respirando com oxigênio, na enfermaria, depois passei 48 horas em observação. Depois, cumpriu a quarentena de 14 dias em casa, em total isolamento. Wellington não usa transporte público para trabalhar, vai de carro. Fica na guarita do prédio, sozinho, a uma distância considerável dos moradores e outras pessoas que circulam pelo prédio. Afastado do Uber, não teria muitas chances de pegar o coronavírus. “Eu acho que peguei num barzinho perto de casa, onde vou jogar snooker. Era o único lugar onde ficava mais aglomerado”, conta. Ele não acreditava na epidemia porque não conhecia ninguém que tinha pegado. Mudou de opinião. “É preciso tomar muito cuidado e se prevenir. Eu não acreditava, mas depois que peguei, vi que o negócio é sério”, avisa. De volta ao trabalho, para onde vai todos os dias em seu próprio carro, Wellington agora se protege adequadamente. E convive com um certo receio de moradores do prédio, algo natural quando se vive uma pandemia.
12 • comportamento
_ vida on line
A epidemia não atinge de modo dramático apenas a saúde das populações. A vida estudantil no Brasil já ultrapassa três meses de reclusão, com aulas à distância sem o melhor da vida escolar: o contato entre alunos, professores e equipes pedagógicas
A escola pelo whatsapp
Acostumados a longos períodos de planejamento, professores e equipes de coordenação pedagógica foram obrigados a criar alternativas para o cumprimento do calendário escolar com grande escassez de tempo e de recursos, pois muitos não dominavam o universo on line, como a grande maioria das pessoas. Escolas particulares com mais recursos e organizadas de modo a investir em si próprias, como o Colégio Camões, de Santa Cruz do Rio Pardo, que é uma uma cooperativa, e o Colégio Santo Antonio, de Ourinhos, que pertence à uma fundação, se desdobraram para colocar em prática um cenário feito de plataformas, lives e o mais utilizado canal para esta finalidade atualmente: o Whatsapp. A determinação em proporcionar o mais completo, eficiente e acessível ambiente escolar em versão on line não poupou as escolas particulares de um grande problema quando se é obrigado a fazer investimentos não previstos: a inadimplência, que cresce em todos os setores, inclusive o educacional.
* Os alunos do colégio Arnaldo Ribeiro, de Santa Cruz, Gustavo e Ingrid, fazendo as lições sob orientação dos professores através de plataforma acessível pelo celular. *
No Colégio Camões, a situação é semelhante. Todos se esmerando para garantir o cumprimento do ano escolar da maneira mais eficiente e completa. “A instituição escolar é viva e não se restringe a estruturas físicas, vai muito além disso”, afirma Luciely Vieira Tobias, diretora pedagógica do Camões. Segundo ela, o colégio está usando o momento que atual para oferecer o que há de melhor mantendo sua filosofia baseada no humanismo e respeitando as individualidades. “Nosso colégio está mais vivo do que nunca, apesar do contextos”, garante.
Mesmo assim, o que se apura é um determinação das organizações de ensino em proporcionarem a mais eficiente rotina para seus alunos, agora através da tela do celular ou do computador. No CSA-Ourinhos, que integra a rede Objetivo de ensino, os professores usam canais para transmissão de aulas ao vivo nos períodos da manhã e à tarde e se valem de diversos recursos para dinamizar a aula. A coordenaçao ̃ também se mantém conectada aos alunos, pais e responsáveis por meio do Whatsapp Business. Também ocorrem encontros virtuais de mentoria para proporcionar aos alunos um espaço de acolhimento e reflexão sobre as questões sócio-emocionais que emergem nesse período de quarentena. Somado a isso, foram liberadas agendas, também virtualmente, para atendimentos de Orientaçao ̃ Educacional para os alunos que encontrarem dificuldades de aprendizagem. A escola também mantém uma rotina acadêmica em andamento, inclusive com a aplicação de Simulados numa grande rede de estudantes.
ternet estão perdendo muito. Agora estão correndo atrás de livro para eles, porque muitos deixaram na escola. Já o professor trabalha dobrado. Tem muito mais atividades para corrigir e a preparação das aulas exige mais tempo”, avalia. Ela conta que fica sentada das 7h às 16h, fazendo as atividades. “Na sala de aula a gente fica em pé e anda o tempo todo”, diz, saudosa da escola. Enquanto adultos do mundo acadêmico tratam de se adaptar a uma rotina mais extensa, em casa, os pais se veem às voltas com algo pouco habitual, especialmente para quem trabalha fora e há muito não frequenta a escola: as dúvidas dos filhos. Outro grande empecilho para que essa rotina de estudos seja vivida de modo mais positivo e confortável é a necessidade de todos terem que estar diante de uma tela de computador (preferencialmente) ou celular, e, ainda com uma boa conexão de internet. No caso de famílias com vários estudantes, o desafio torna-se ainda maior.
Mesmo com todo o esforço estrutural, a diretora do Camões acredita que uma grande desvantagem do ensino à distância é a ausência de contato presencial. “A convivência é necessária para o estreitamento dos vínculos que auxiliam na aprendizagem”, avalia. Por outro lado, acredita que a experiência vai de encontro ao perfil da nova geração, que ela chama de tecnológica. “A atenção necessária que o aluno destina à tela possibilita maior concentração”, diz Luciely.
Edivânia dos Santos, mãe de três alunos da escola Prof. Arnaldo Moraes Ribeiro, da rede pública de ensino de Santa Cruz do Rio Pardo, conta que está sendo bem difí-
No caso dos professores, organizar uma rotina diária, passar horas em frente ao computador, atender um a um os alunos com dúvidas, preparar mais e mais aulas on line, tem significado trabalhar muito mais pelo mesmo salário, numa rotina bastante solitária. A professora da ETEC, Ana Rosa Rocha de Andrade fala de sua experiência. “Os alunos que não têm acesso à ina. * À esquerda, a prof Ana Rosa, em sua nova sala de aula. À direita, sua tia, Odette, em aula da UATI *
foto Aldine Rocha Manfrin
foto Ana Rosa Rocha de Andrade
Desafio tamanho família – Se o drama das estruturas administrativas e organizacionais das escolas é grande, maior é o das famílias que envolvem pais, filhos e professores. Muitas vezes com a mesma pessoa ocupando dois papeis (mãe e professora).
Foto: Flávia Rocha Z| 360
cil conciliar seu trabalho, que passa por mudanças de turnos com frequência. “Está sendo complicado porque as crianças precisam do meu celular e eu uso o celular.E quando você tem dificuldade de acesso à internet e computador ou celular, fica mais difícil. De qualquer forma, mesmo com a disponibilidade dos professores para es, não é a mesma coisa do que a criança estar dentro da escola”, avalia Edivânia. Segundo ela, os filhos Marcelo, de 14 anos, Ingrid, 10, anos e Gustavo, de 9 anos, ficaram sem aula de março a junho, cumprindo apenas as tarefas que eram passadas para serem feitas on line ou impressas. “Nas primeiras semanas eles ficaram sem atividade nenhuma. Depois foram duas semanas de exercícios para fazer no computador ou imprimir, mas as correções só serão feitas quando voltarem as aulas. Agora em junho, começaram as aulas on line. Está bem complicado. Temos apenas dois celulares, o meu, que os menores usam, e do Marcelo, que ele usa. O horário da aula é o mesmo da escola, mas fica disponível para quem não tem acesso à internet no momento da aula. Cada criança tem um código de acesso e senha, o que torna mais difícil de acompanhar”, garante Edivânia. Saudade da escola – Em meio a tudo isso, era de se esperar que jovens e crianças estivessem satisfeitos com uma rotina que tira de cena ter que acordar cedo, usar um uniforme, carregar uma mochila pesada e encarar uma rotina repleta de aulas, cadernos e livros. E, ainda, com direito a ficar colado no computador ou no celular. Só que não.
professor”, diz Miguel Lamino Colombo, de 13 anos, que também no colégio Prof. Arnaldo Moraes Ribeiro. Estudioso, segundo a mãe, Miguel tem a vantagem de ter um celular grande e acesso à internet. Mas isso não faz dos três meses sem aulas presenciais uma experiência que ele queira viver por muito tempo. O aluno que gosta de prender sente falta dos professores e mais ainda dos amigos. Além disso, acredita que em casa a perda de concentração é um fator negativo dos estudos on line. “Dá muita diferença com a escola. Espero que tudo passe e que as aulas voltem logo. É bem melhor”, garante Miguel. Novidades para a terceira idade – Ouvimos várias pessoas para saber como está sendo a rotina de aulas on line e, por incrível que pareça, ela está agradando exa-tamente quem pouco domina a tecnologia: os idosos. Aluna do curso da UATI – Universidade Aberta da Terceira Idade – da UNIFIO, em Ourinhos, Odette Rocha Manfrim, prestes a completar 89 anos, está encantada com as aulas on line. Depois de três meses sem as aulas semanais que ela tanto gosta, foi informada que as aulas voltariam através de plataformas on line, onde o whats-app tem papel importante. “É bom fazer os exercícios e rever as pessoas da escola”, afirma Odette, para quem essa experiência é comparável às descobertas de uma criança num parque de diversões. Ela destaca que os horários da aulas são os mesmos, inclusive com o intervalo para o café. “O que mais gosto é das aulas de Me-mória e de ginástica, está muito interessante. Nunca pensei que pudesse ter uma aula on line”, diverte-se a aluna da UATI. Para garantir esse retorno ao curso, a coordenadora da UATI, Gerda Kewitz, contou com o apoio e suporte do Núcleo Tecnológico de Educação Aberta (NTEA) do Centro Universitário UNIFIO, coordenado pelo Prof. Dr. Gilson Castadelli, que tratou de colocar a UATI na era digital. De acordo com Gerda, o objetivo é oferecer às alunas alternativas para a continuidade do curso neste momento de incertezas. Fotos: Unifio e CSA | divulgação
Sem precisar que ninguém lhes explique o quanto estão perdendo ao não estarem convivendo na rotina escolar, crianças e adolescentes se vêm tendo que lidar com pais, muitas vezes estressados ou aflitos por terem que ajudar a ensinar o que não sabem e professores sobrecarregados pela tarefa de estar à disposição para esclarecer dúvidas um a um. “Não está sendo fácil. Em algumas matérias que você tenha mais dificuldade, às vezes você fica com dúvidas, é melhor estar na sala de aula com o
* Apesar de gostar de usar o celular, o estudante Miguel prefere as sulas presenciais. Sente falta dos professores e principalmente dos amigos. Também acha que em casa é mais fácil perder a concentração. “Espero que tudo passe e que as aulas voltem logo” *
* Os profissionais do NTEA, da UNIFIO, desenvolvendo meios de colocar a UATI na plataforma online.
À direita, aplicação de prova do Colégio Santo Antonio, de Ourinhos *
Duas vezes por semana, as alunas da UATI acessam suas salas virtuais que alojam os conteúdos disponibilizados pelos professores, tais como links com sugestões de vídeos, arquivos de texto, arquivos sonoros, aulas ao vivo e gravadas, exercícios, fóruns de discussão e atividades avaliativas. “Os encontros presenciais conectados com os alunos ficam gravados e são disponibilizados nas salas virtuais”, explica o professor Castadelli. “Sabemos que tudo isso vai passar, mas não podemos esperar passivamente. Uma instituição como a nossa tem muito a oferecer para a sociedade e estamos muito empenhados. Com a UATI não poderia ser diferente”, disse o Reitor da UNIFIO, Prof. Murilo Ángeli dos Santos.
Eu preferia que o ano letivo fosse cancelado As aulas on line já nasceram mortas. Não porque as crianças e famílias não se esforçam ou porque professores não conseguem. Nasceram mortas porque o processo educacional vivido na escola e mediado pela comunidade escolar, em especial, os professores, não cabe numa plataforma Não é uma crítica aos professores, tão pouco à escola. Tenho acompanhado o empenho dos professores das minhas meninas, em tentar ensinar alguma coisa a elas, em tentar estar perto de alguma forma e salvar alguma coisa nesses tempos em que a vida nos coloca a necessidade de estarmos longe e distantes. Sim, nos rendemos às aulas on line aqui em casa, mas isso não me impede de criticar. Meu desejo pessoal me diz todos os dias "dane- se não vou submetê-las a isso", mas aí logo em seguida entro naquela armadilha "é o que temos pra hoje", e neste ir e vir de sentimentos, a gente está tocando as aulas do jeito que dá e podemos. O sistema quer que a gente entre numa guerra, famílias X professores e isso é a maior cilada, porque na realidade tá difícil para ambos, tá muito difícil. Só não tá difícil para o sistema que sempre desvalorizou o professor e nunca se importou com o processo de desenvolvimento das crianças. Para o sistema o que importa é o lucro, o que importa são as empresas educacionais que lucram com a EAD entrando com força total e substituindo de vez a educação humanizada, os professores, os livros, a socialização, a formação, os funcionários, a biblioteca. A realidade é que tá todo mundo sofrendo pra caramba, sobretudo as crianças que estão impedidas de viverem o melhor da escola. A gente finge uma normalidade que não existe. Meu desejo mais profundo? Que o ano letivo de 2020 fosse cancelado. Que diferença vai fazer na vida dos nossos filhos uma ano a mais na escola?"
14 • meninada
Pingo recebe Visita À noite, a mãe do Alvinho arrumou uma caminha bem gostosa para ela dormir. Não adiantou muito. Assim que foram dormir, Madona saiu de sua cama e pulou na cama dos pais do Alvinho. Um pouco assustados, porque Pingo não faz isso, pegaram a cachorrinha,recolocaram-na em sua cama, fecharam a porta do quarto por segurança e voltaram a dormir. Não adiantou. Madona pulou de sua caminha gostosa e, encontrando a porta fechada, começou a latir, aquele latido ardido.
Ache as 12 Diferenças
arte: Sabato Visconti
Depois de levar Madona de volta à caminha muitas vezes e ela latir atrás da porta fechada, os pais do Alvinho, morrendo de sono, desistiram e Madona dormiu na cama deles. Moral da história, lembrou-se Pingo: “Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, ou pensou em uma criação própria: “Quem insiste sempre alcança”. E latiu feliz: Au! Au! Au! Afinal já era dia.
Responda as questões no Diagrama e descubra a mensagem do Pingo para você: 1: Um dos sintomas da Covid-19. 2: Carinho que devemos evitar. 3: Como se chama o período em que devemos ficar reclusos em casa. 4: Objeto que deve ser usado com cautela, útil para fazer compras e usar em caixas eletrônicos. 1: 5: O que devemos fazer com sapatos, bolsas e tudo o que compramos, ao voltar para casa. 2: 6: Qual a melhor forma de evitar o coronavírus. 7: O que devemos usar 3: quando estamos na presença de outras pessoas, dentro e 4: fora de casa. 8: Produto que substitui a :5 água e sabão quando não :6 podemos lavar as mãos, para higienizá-las. 9: Medida que deve ser tomada 7: quando estamos na presença de :8 outras pessoas (mín. 2 metros). 10: Para onde devemos ir ao :9 apresentar sintomas como febre, dor no corpo, tosse seca, cansaço e 10: dificuldade para respirar.
respostas_Diferenças:1- Zíper do saco de dormir da Madona. 2- Ponta do gorro do Pingo. 3- Detalhe do rodapé da parede entre Pingo e Madona. 4- Boca da Madona. 5- Detalhe do saco de dormir da Madona. 6- Cor da parte superior do saco de dormir do Pingo. 7- Nariz do Pingo. 8- Patinha esquerda do Pinto. 9- Orelha da Madona. 10- Remendo do saco de dormir do Pingo. 11- Coleira da Madona. 12- Pijama do Pingo.Diagrama: 1- Febre. 2- Beijar. 3- Quarentena. - 4- Luvas. 5- Esterilizar. 6- Isolamento. 7- Máscara. 8- Álcool em gel. 9- Distância. 10 Hospital. Destaque: Fique em Casa!
Em tempos de pandemia, somente quem ali mora entra na casa de Alvinho, mas, com cachorro é diferente. Cachorros não pegam e nem transmitem a Covid-19. Os vizinhos viajaram e a linda, talvez um pouco ardida, cachorrinha Madona foi passar um dia lá.
15 • bem
viver - meio ambiente
O Dia Mundial do Meio Ambiente, dia 5 de junho, transcorreu sem termos muito a comemorar. Porém, apesar de tantas perdas ambientais, de tanto lixo jogado fora do lugar apropriado e mal aproveitado, apesar de tanto descaso da maioria com a nossa fonte de vida, são elas, as árvores, plantas, águas e animais que mais encantam as pessoas nas redes sociais! Aqui, alguns registros para descansar o leitor das horas de isolamento, preocupação e incertezas deste nosso 2020.
Natureza rende mais curtidas na rede