Jornal 360
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nº183 ANO 16
cidadania_ A sociedade civil e as prefeituras promovem ações de combate à epidemia e apoio aos desassistidos •p3 foto: Flávia Rocha | 360
exclusivo_Entrevista com o prefeito Diego Singolani, de Santa Cruz do Rio Pardo, sobre •p5 governar na epidemia
Abril/21
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Usar a MÁSCARA salvará a sua VIDA e a de quem você AMA
2 • editorial
Liderança
Do Inglês LEADER, guia, chefe, do Inglês arcaico LAEDAN, guiar, chefiar, do Germânico LAITHJAN, chefiar, daí vieram nossas palavras “liderar” e líder”. A palavra líder de origem celta, tem como significado, o que vai na frente. Todo cristão, seja qual for sua religião, segue os ensinamento de Jesus. Narrados pela Bíblia, o livro sagrado do cristianismo, as ideias do Filho de Deus se perpetuaram. Há, naturalmente, muita interpretação errada e repleta de segundos e escusos interesses, mas cada linha que remete à história e aos ensinamentos do Cristo têm a coerência de um ser iluminado, que deu sua vida em defesa da igualdade e do amor incondicional entre os seres.
Salmo 59 Vs16 imagem: capturadetela_13abr21
Passados 2021 anos de seu nascimento, Jesus, ainda seguido e aclamado, é, indiscutivelmente, o maior líder da história da humanidade. E para nossa sorte, um líder do bem, como hoje avaliamos quem age realmente em defesa da vida e do bem estar de todos. Líderes são necessários. Eles surgem naturalmente, suprindo a necessidade das pessoas que convivem juntas, em pequenas aldeias a grandes nações, de terem alguém capaz de manter a ordem de maneira que todos possam viver livres em um cenário de justiça e prosperidade, onde todos possam ter a oportunidade de conquisetarem seus sonhos. Esse é o ideal, a razão de ser de um líder. Infelizmente, de tempos em tempos, surgem líderes perversos, que incorporam todo o mal do mundo e dizimam seu povo sem a menor cerimônia e crise de consciência. Para eles, o importante é garantir seu poder através da disseminação do ódio e exibir-se através da morte coletiva de inocentes. Nero, Napoleão e Hitler são talvez os mais conhecidos e possivelmente mais atrozes líderes do mal, daquilo que contraria tudo que um líder deve ser. O Brasil, essa terra cantada e narrada por ser “abençoada por Deus e bonito por natureza” caiu na garra de um líder do mal. Um ser inominável, cuja identidade todos conhecemos e não será escrita neste periódico. Afinal, somos um jornal focado em boas notícias. Qual seus pares diabólicos, o líder da nossa nação faz estragos incomparáveis em velocidade alarmante. Além de destruir toda a organização voltada para o desenvolvimento do país, inclua-se nisso educação, cultura e meio ambientes, itens fundamentais para quem almeja equiparar-se às mais nobres nações da atualidade, o atual presidente da República do Brasil está covardemente matando milhares de brasileiros. É importante ressaltar que não se mata apenas através de armas de fogo. É possível também matar com um minúsculo vírus. Basta levar o povo que se lidera a ignorar as medidas básicas e efetivas de proteção, como fez e continua fazendo o atual líder deste imenso país. Basta também protelar ao máximo a compra de insumos capazes de evitar mortes, como a vacinação em massa, que poderia estar sendo aplicada no país em larga escala, mas continua em níveis irrisórios, enquanto o vírus se transmuta, se fortalece e se torna ainda mais fatal.
* O prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, Diego Singolani, durante entrevista concecida em ambiente virtual para o jornal 360. Ação de combate e assistência hoje e planejamento para o futuro, pós-pandemia. * Quando um líder dessa desnatureza age, é necessário lhe conter. Pela força, se necessário. Porque enquanto isso não acontece, em cada comunidade, seja um Estado, uma cidade, uma aldeia, os líderes que cuidam diretamente de zelar pela vida das pessoas onde vivem se veem obrigados a agir de maneira paleativa, curando feriadas sem conseguir evitar que sejam abertas. Esta edição traz uma entrevista exclusiva com um líder comunitário que, como tantos, está tendo a exigente tarefa de tentar conter o mal que o atual presidente da República promove. Em seu primeiro mandato, o prefeito Diego Singolani Costa, de Santa Cruz do Rio Pardo, nos conta como está exercendo essa delicada missão, na seção ACONTECE. A edição também traz notícias e opiniões a respeito do mal que assola o país e como podemos e devemos agir, em CIDADANIA e PONTO DE VISTA, que traz também um texto sobre a saúde dos olhos, dividido ali e também em BEM VIVER. Em tempos tão sombrios para o povo brasileiro, aproveite a leveza das seções MENINADA e GASTRONOMIA. E proteja sua vida e a de quem você ama, usando máscaras o tempo todo se for preciso, ficando em casa todo o tempo que puder e sem reunir pessoas, mesmo parentes. Aproveite para pregar, na frente da sua casa ou do seu estabelecimento comercial, o novo cartaz da campanha “Depende de Nós”, alertando sobre a importância de se usar máscara para manter-se vivo! Boa Leitura! Flávia Rocha Manfrin | editora c/w: 14 99846-0732 • 360@jornal360.com www.jornal360.com
Ora ação!
“Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia; porquanto tu foste o meu alto refúgio, e proteção no dia da minha angústia.”
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3 • cidadania
Cidadania em tempos de Covid Que a pandemia tomou proporções inimagináveis, ninguém mais duvida. E com ela, qual um arrastão, aumentaram as mazelas das comunidades mais carentes e também dos sistemas públicos de saúde, especialmente dos municípios. Diante desse cenário comparável a uma guerra, quer pelo número cotidiano de óbitos e enfermos, quer pela carestia de itens básicos, as comunidades estão se organizando e tratando de tentar minimizar a situação dos menos favorecidos, afinal, nem mesmo o auxílio emergencial começou a ser pago em 2021 aos milhões de brasileiros em situação de pobreza, como a fosse possível às pessoas ter um intervalo tão grande de falta de recursos para sobreviver. Vejam algumas ações que vêm sendo tomadas. Quem sabe você pode ajudar a criar ações semelhantes onde vive. Cestas Básicas – Está cada vez mais comum a ação entre amigos e até reunindo várias empresas para providenciar cestas básicas de modo a auxiliar famílias carentes. Em Avaré, a prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social, assumiu a tarefa de distribuir alimentos para a população que mais necessita. Algo muito positivo, pois centralizar as doações para uma unidade assistencial pública permite que se mapeie as famílias de maneira mais abrangente e completa, contemplando a todos. A campanha “Adote uma Família” foi lançada agora e é bastante simples: os interessados em contribuir podem deixar as cestas e também leite na sede do Fundo Social durante a semana e a secretaria repassa às famílias cadastradas no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e no Bolsa-Família. Uma ação simples que permite que todos sejam contemplados e não apenas pessoas de um bairro ou região da cidade. Capacetes Elmo – Outra ação que merece destaque tem origem em Ourinhos e também acontece em Santa Cruz do Rio Pardo. Empresários das duas cidades resolveram se unir e providenciaram a compra de equipamentos para o tratamento de pessoas internadas com Covid. As Santa Casas dos dois municípios já estão trabalhando com os chamados “capacetes elmo”, dispositivo criado por cientistas do Ceará que oferece oxigênio em alto fluxo para o paciente com dificuldade de oxigenação, sendo indicado para casos leves, moderados e, ainda para adiar a intubação de pacientes com quadro evolutivo da doença. Outra vantagem é que o dispositivo evita a contaminação do ambiente, aumentando a segurança da equipe de saúde no tratamento aos pacientes.
Conscientização – Diante do aumento alarmante de casos e óbitos e da resistência de muitos ao uso adequado da máscara, também estão sendo feitas campanhas de conscientização a respeito desse acessório simples e eficaz para combater a epidemia. A campanha “Depende de Nós!”, lançada por este jornal, consiste da distribuição de cartazes mostrando a importância do uso de máscaras e a facilidade dessa atitude, trazendo cidadãos de todas as idades usando, cada qual, a sua máscara. O cartaz da fae 1 da campanha saiu encartado na edição de março do jornal, num total de três mil cartazes distribuídos em 24 municípios e pontos rodoviários da região. Posteriormente, com o apoio da empresa Special Dog, foram produzidos mais mil cartazes, distribuídos em Santa Cruz, Franca e Ourinhos.
Acima, cena de hospital de Fortaleza, onde o capacete elmo foi criado por cientistas cearenses. Dezenas de unidades do equipamento que promove a oxigenação do paciente e reduz os riscos de contaminação da equipe de saúde foram doadas por empresários locais para as Santa Casas de Ourinhos e de Santa Cruz do RIo Pardo. À direita, a campanha “Depende de Nós”, de conscientização da importância de uso de máscaras para conter a epidemia, ganha espaço em postes e pontos de ônibus de Santa Cruz do RIo Pardo e aparece em comércios de toda a região onde o Jornal 360 circula. Na foto, a eequipe da ACE-Santa Cruz, que apoia a ação e expoem o cartaz em sua sede. Abaixo, cartaz da campanha “Adote uma Família”, promovida pela prefeitura de Avaré é um convite à solidariedade
A partir do dia 22 de abril, mais 3 mil cartazes da fase 2 da campanha chegam às cidades da região, desta vez, acompanhando os lotes de jornais que seguem para os pontos de distribuição, formados predominantemente por supermercados. Em Santa Cruz, a campanha teve apoio da prefeitura Municipal que autorizou a colagem do cartaz em postes e pontos de ônibus para maior visibilidade. Info: Campanhas em Andamento “Adote uma Família de Avaré” - 14 3731-2658. “Depende de Nós’ - 14 99846.0732
4 • gastronomia
DOCES, mas nem tanto assim Flávia Rocha Manfrin
Eu nunca fui muito de doce, mas quis o tempo me trazer esse hábito da sobremesa. Apenas não pode ser doce demais. Porque não agrada nem ao meu paladar e muito menos à minha amizade com a balança. Nesta edição, três receitas que adaptei tirando uma boa dose do açúcar. Por uma boa coincidência, todas trazem coco, esse alimento que além de dar sabor e untosidade aos alimentos, também traz textura, saciando rapidamente a vontade do açúcar.
Receita de Flávia Rocha Manfrin
Receita de Joana Almeida Rocha
Pudim de leites Receita de Flávia Rocha Manfrin imagem: pesquisa GOogle
_Ingredientes: • 1 abóbora de qualquer tipo • metade do peso da abóbora em açúcar • 200g de coco ralado • 1 gota de molho de pimenta pura • 1/2 limão • 5 cravos da Índia _Preparo: Descasque a abóbora e corte em pedaços (aproveite as sementes, que podem ser torradas com um pouco de sal e misturadas em saladas). Use uma panela de fundo grosso para cozinhar a abóbora com o açúcar. Alguns tipos de abóbora levam mais tempo apra cozinhar, então use a panela de pressão e desligue depois de 3 a 5 minutos do início da pressão. Abóboras mais macias podem ser cozidas sem pressão. Depois do cozimento, retire do fogo. Você vai ter uma massa de abóbora (porque ela amoleceu durante o cozimento) e uma calda meio rala. Retire a maior parte possível da calda. Coloque a calda numa outra panela e misture o coco ralado (pode ser batido no liquidificador ou ralado grosso, como você preferir). Cozinhe o coco na calda por alguns minutos, até ficar transparente. Adicione essa calda com coco à abóbora que você já cozinhou. Mexa, teste o sabor.
Cocadinha da Vovó
_Ingredientes: • 2/3 de 1 lata de leite condensado • 200ml de leite de coco • 3 ovos • 1/2 lata de leite (suficiente p/ completar) • 1 colher de café de essência de baunilha • 1 colher de café de gfengibre em pó • 1 xícara de açúcar • 1 xícara de água _Preparo: Coloque os ovos e a baunilha o liquidificador. Retire da lata de leite condensado pelo menos 1/3 e guarde. Complete a lata com leite de coco. Despeje no liquidificador. Colo-que o restante do leite de coco na lata e complete com leite. Adicione ao liquidificador e bata por uns 5 minutos. Deixe a mistura descansar. Numa panela, coloque o açúcar e o gengibre. Mexa até derreter bem. Adicione a água, vai endurecer o açúcar, mas depois de ferver forma o caramelopara untar toda a forma, incluindo as laterais. Adicione a mistura do pudim e asse em banho maria em forno a 150º por 1h15.
_Ingredientes: • 1 lata de leite condensado • 1/3 da lata de açúcar • 100g de coco ralado (desidratado ou não) • 1 colher de manteiga sem sal • 3 cravos da Índia _Preparo: Use uma panela de fundo grosso e adicione os incredientes. Mexa em foigo baixo até dar ponto de cortar (quando aparece o fundo). Despeje num pirex e corte com uma faca molhada antes de esfriar para não ficar todo quebrado.
fotos: Flavia Rocha | 360
Doce de Abóbora
Seco ao natural, desidratado ou na forma de leite, o coco ajuda muito a tirar a diminuir a quantidade de açúcar sem tirar o sabor dos doces!
5 • acontece_exclusivo
O desafio de governar uma cidade epidêmica Há exatamente um ano, o Brasil se viu às voltas com uma situação inesperada e desesperadora, que determinava uma mudança de hábitos que, a princípio, poderiam ser passageiros: usar máscara, não manter contato físico, nem mesmo com as pessoas mais próximas e ficar em casa todo o tempo possível. A higinização das mãos, que já deveria ser um hábito, apareceu como prática essencial e de maneira rigorosa, com água e sabão ou álcool em gel.
O Brasil estava se preparando para enfrentar o que diziam ser o “pico” da epidemia. Esperava-se que após um período de alta nos casos de Covid-19, a epidemia entrearia em declínio e a vida poderia voltar ao normal. Isso não aconteceu. Ao acontrário. Estamos a cada dia mais apreensivos pelos números gritantes e inesperados de mortes. A trágica estimativa de 100 mil mortes se revelou diante de mais de 374 mil óbitos já registrados.
Em meio a esse mar revolto, tivemos eleições para prefeito. E coube a pessoas que, em muitos casos assumiram a administração pública de uma cidade pela primeira vez, lidar com um desafio sem precedentes na história do Brasil. É o caso de Diego Henrique Singolani Costa, prefeito de Santa Cruz do Rio Pardo, com quem conversamos com exclusividade. A entrevista, feita por um canal online, começou com um desabafo do novo gestor da cidade:
“A gente tem percebido uma mudança de comportamento das pessoas neste momento da pandemia. Nos últimos dias, a tristeza está tão grande, o número de casos tem aumentado tanto, que o pessoal está com o pensamento de se manter vivo.
Agora não adianta internar no primeiro ou segundo dia, porque vai chegar no 11º dia e teremos um boom de pacientes e não teremos estrutura, não teremos onde colocá-los. Como sou da área da saúde, tenho uma visão muito clara de tudo isso que nós estamos vivendo. Hoje, estamos lidando vivendo a fase da assistência. Dobrei a carga horária dos funcionários do hospital, a hora extra que pagava 50%, estamos pagando 100% para motivar as pessoas, que estão muito cansadas, a trabalharem mais. Alinhamos os postos de saúde com o hospital.
Outro dia, estava de carro oficial, passando por onde as pessoas fazem caminhada, parei o carro e chamei a atenção de várias pessoas para colocarem a máscara. Neste momento, não era nem para estar caminhando, mas é o direito de ir e vir de cada um e eu não vou entrar nessa esfera. Mas já que você não está tão preocupado, ao menos, use máscara, respeite quem está ao seu lado, quem está passando. E ontem, algo me chamou atenção pelo la-do positivo, diferente do que acontecia, a maioria das pessoas estava de máscara. Pior do que estar sem a máscara é o movimento negacionista tão grande que virou uma pandemia da desinformação, da ignorância, porque não há como, neste momento, você alegar que não sabe alguma coisa. Faz mais de um ano que nós estamos, todos os dias, aqui em Santa Cruz, gravando o Boletim. Está na imprensa, na rua, em todo lugar. A pandemia virou o primeiro assunto de qualquer roda, seja online, seja quando as pessoas se encontram. Então não é mais um momento para isso, é um tempo realmente de focar, brigar muito pela vacina porque é isso que nós precisamos. A vacina é nossa única esperança neste momento. No desenho da tomografia computadorizada, exame feito desde o início da pandemia em Santa Cruz, notamos que já se trata de um novo tipo de vírus. Além do comportamento do paciente, a agressividade e, principalmente, a letalidade do vírus é outra. Nos últimos dias, cerca de 98% dos pacientes que foram entubados vieram a óbito. Famílias estão morrendo. A esperança é a vacina.
foto: André Camargo | PMSCRP
Você vê que as pessoas já não estão nem com aquela revolta e sim buscando, de alguma forma, se apegar na fé e lutar para sobreviver. Porque, antes, o Covid estava no país vizinho, estava na cidade vizinha, estava no trevo, estava no portão... Agora está no sofá da casa da gente. Cada vez mais, são pessoas mais próximas, mais conhecidas, que são contaminadas, inter-nadas, morrendo. Eu percebo esse movimento das pessoas estarem mais preocupadas com suas vidas porque viram que a doença está mais próxima. Isso é triste, claro, mas é necessário para conseguir maior conscientização das pessoas.
* Prefeito pela primeira vez, aos 33 anos, Diego Singolani está enfrentando o desafio de exercer o complexo cargo de chege do executivo de Santa Cruz do Rio Pardo em meio ao pior cenário da epidemia desde março de 2020. Com larga experiência em saúde pública, ele conta sua experiência, explica suas decisões e alerta a população * Nós, da administração pública, temos buscado fazer o possível. Num cenário onde faltam remédios, faltam médicos, falta estrutura mínima de atendimento, nós conseguimos realinhar a estrutura. Gerir a Covid é tão dinâmico quanto gerir o município como um todo, porque as regras mudam a todo momento, mas é uma regra que vem do próprio vírus. No começo da pandemia, a regra era pegar o paciente no começo, acompanhar o tratamento, internar, antibióticos, protocolos, alta. Hoje, com essa nova variante, o paciente começa a ficar ruim a partir do 10º, 11º dia de sintoma e não tem um tratamento para isso. Todas as lendas que aparecem em redes sociais, os “cientistas” de WhatsApp, de Facebook, não têm comprovação nenhuma de que fazem a diferença na vida do paciente. Nós tivemos que reorganizar toda a rede básica de saúde, na última semana, para monitorar o paciente, para evitar a super lotação de pessoas na Santa Casa. Consegui uma redução de 80 a 90 de atendimentos na Santa Casa para 16 hoje (13/4), porque a Atenção Básica, que são os Postos de Saúde, estão alinhados com o protocolo e monitorando pacientes.
Tudo é muito dinâmico, você tem que ter uma visão muito clara do que está acontecendo e ter ideias sempre pensando 10 dias, 15 dias na frente. A decisão que você toma hoje, vai colher os frutos lá na frente. Você tem que ter paciência, ter firmeza para começar a fazer um trabalho. Eu tenho, graças a Deus, uma abertura muito grande com os médicos. Todos me ajudam muito e em especial o Dr. Jonas. Sem palavras, nesse momento, o que esse homem está representando para nossa cidade. Às vezes, é difícil de chegar em casa e segurar essa emoção toda porque eu tenho grupos de WhatsApp onde tenho informações, em tempo real, de internações, óbitos. É muito triste. Em contrapartida, recebo informações do outro grupo, o da fiscalização, sobre festas clandestinas em todo lugar e aglomeração. Às vezes, é bastante triste e cansativo. Estou falando em forma de desabafo porque a gente às vezes acha que não vai conseguir alcançar algum objetivo. Mas daí você tem fé, esperança e foco. E gestão é isso, é planejamento. Numa guerra, não são todos que voltam para casa, mas os que voltam estão mais fortalecidos. Por ser profissional da saúde, trabalhando há tantos anos, desde 2016 na Secretaria de Saúde e 17 anos em hospital, não tenho como defender nenhuma ação que está sendo tomada pelo Governo Federal neste momento. Pelo contrário, nós, que temos cargo público, que somos líderes políticos, seja vereador, prefeito, governador, deputado, senador ou o próprio presidente, temos que dar exemplo. Se não sabemos o que é a doença, porque, na verdade não se tem o estudo completo sobre ela, se eu não sei, vou me apegar ao que eu entendo que é o melhor, que é o mínimo: usar a máscara, usar o álcool, não sair de casa e, claro, se tem o poder de compra, comprar a vacina, comprar os insumos e disponibilizar a vacina para todos.”
“Muitas vezes,para fazer o certo, chamar a atenção, corrigir, você é visto como chato. Mas ser o chato do Covid é proteger a sua vida e a vida do próximo.” Diego Singolani necessário para que essas crianças tenham um ressarcimento desse prejuízo, mas não agora, vamos aguardar mais um pouco. Acho que essa vacinação dos professores já é uma ponta de esperança, tem bastante gente vacinada, mas vamos ter que esperar mais um pouco, ainda não é o momento de fazer isso. Eu, quando não tenho segurança científica de uma coisa, uma opinião contrária à minha, mas muito bem embasada eu não mudo, sou convicto. E pelo menos até os próximos dias, meses talvez, não tem como voltar aula presencial.
360: Você era Secretário de Saúde e conviveu com um índice de óbitos muito baixo no ano passado. Foram apenas seis mortes em sete meses, entre março a outubro de 2020. Santa Cruz se destacava, inclusive, por conseguir tratar com sucesso os pacientes de Covid. Você imaginava viver uma situação de aumento de casos e de óbitos tão grandes como a atual? Diego: Imaginava. Na verdade, eu sempre coloquei que janeiro e fevereiro seriam os meses mais tristes da pandemia porque era o estudo epidemiológico que próprio Estado de São Paulo tinha, ainda que, naquela época, não se falava em variante do vírus. Então, realmente, em janeiro começou a aumentar o número de óbitos em virtude dos feriados de fim de ano. Só que, entre fevereiro e março, a nova variante do vírus chegou, que é essa que está assolando todo o nosso país. Como gestor de saúde, entendo que não foi uma questão de mudança de direção, porque o protocolo é o mesmo, o médico é o mesmo, a estrutura aumentou, nós separamos o atendimento e criamos novos postos. O que mudou foi o comportamento do vírus. E não tem como esconder: a velocidade da vacina está, infelizmente, levando nossa população à morte.
360: Diego, em relação ao comércio, há muita argumentação de que não é o comércio que promove a disseminação de casos. Como é que você avalia isso? Diego: Realmente, o comércio nunca contaminou. Só que quando você está com todas as atividades abertas, automaticamente você estimula a movimentação das pessoas. E isso vale para comércio, igreja, academia, qualquer atividade. O problema não é dentro do local, é a movimentação nas ruas. Como nas igrejas, por exemplo. criamos esse protocolo de no máximo 30 pessoas. Mas expliquei para todos que o problema não está dentro da igreja, onde vão estar separados por grupo familiar. O problema é a chegada no culto, na missa, é a saída, é aquele beijinho de 2 segundos, é aquela conversinha, o bate papo. E no comércio também, não é dentro da loja, é a movimentação. Quando você restringe horário, fecha, é um recado para a população: “Agora não é hora de sair para isso”. O sistema delivery/drive-thru tem funcionado bem, o comércio tem se atualizado. É importante para o comerciante se atualizar no que de novo existe.
360: Como é exercer um cargo abrangente como o de prefeito, que tem que cuidar de muitos aspectos da cidade, ainda mais pela primeira vez, e ter lidar com uma situação tão crítica e inédita como a epidemia em seu estado atual? Diego: Como administrador, sempre fui acostumado a ter problemas que, por mais complexos fossem, tínhamos opções, positivas ou negativas, mas tínhamos soluções. Hoje, nós lutamos contra um problema que a solução não está em nossas mãos, não está no livro ou no caderno. A solução está no dia-a-dia, no enfrentamento de tudo isso, diariamente. Somadas toda essa responsabilidade da pandemia com a responsabilidade de todas as áreas é um desafio muito grande, mas eu tenho uma equipe muito bem estruturada, tanto quem eu mantive no cargo quanto aqueles que eu convidei, cada um já sabe o dia-a-dia da sua pasta. Como estive no cargo de secretário da saúde nos últimos 6 anos, conheço a todos e já conhecia um pouco a realidade de cada pasta e ser prefeito não é diferente de nenhum outro trabalho. Então dá para dar conta, mas a pandemia toma de 80% a 90% do tempo, não tem como ser diferente.
foto: André Camargo | PMSCRP
360: Como está a situação de Santa Cruz, hoje, em meio à epidemia de Covid? Diego Singolani:A situação não está diferente do restante do Brasil, estamos enfrentando uma dificuldade muito grande. Temos, hoje, mais de 700 pessoas contaminadas, em Santa Cruz do Rio Pardo. O desafio é tremendo, neste momento, porque nós temos que trabalhar três eixos: a conscientização das pessoas com a prevenção, trabalhar meios de tratas os contaminados e, principalmente, dar o suporte para aqueles que vão necessitar de um leito de UTI.
* O prefeito de Santa Cruz grava boletim diário para atualizar população sobre Covid * 360: Quais as providências que você tomou e quais que você está tomando para lidar com essa situação? Diego: Bom, nós temos que equilibrar o comércio, a economia, a saúde, a educação, mas, em determinados momentos da pandemia, você tem que tomar a decisão mais difícil que é parar tudo, buscar colocar as pessoas em casa. Eu sempre tive uma convicção: prefiro escutar críticas de pessoas que estão vivas do que ter as mãos, de alguma forma, sujas de sangue por ter deixado de fazer alguma coisa e as pessoas morrerem por imprudência. No meu governo as pessoas que, infelizmente, morrerem de Covid serão pelo comportamento do vírus e não por má gestão. O que tiver ao meu alcance, eu sempre serei defensor da saúde e da ciência. Paralelamente, existe uma parte da nossa equipe que trabalha apenas e exclusivamente com ações para o pós-pandemia. Criamos o “Laboratório de Criatividade”, com objetivo de planejarmos já ações para implantar no pós-pandemia, envolvendo cultura, turismo esportivo, turismo religioso, movimentação do comércio, calçadão. São vários projetos já em desenvolvimento que serão implantados assim que tivermos a maioria imunizada, que irão devolver a alegria, a fé, a esperança, o emprego, a cidade para todos. 360: Como está o índice de vacinação da população de Santa Cruz e quais são as perspectivas? Você tem a liberdade de vacinar mais gente ou tem que seguir uma política Federal ou Estadual? Diego: Vacinamos cerca de 6500 pessoas até o momento. Temos que seguir o Plano Nacional de Imunização, coordenado pelo Estado. o prefeito tem não a prerrogativa de mudar nenhuma regra. Ocorre, porém que a União anuncia uma grade de vacinação, mas não manda doses suficientes para atender toda essa população. Daí o prefeito tem que ver quem que está na linha de frente, que é quem está na Santa Casa, na
UPA, no SAMU, no consultório e então poder trabalhar, mas não criando uma regra nova. Tenho 33 anos, sou administrador hospitalar, sou da área da saúde, vou ao Hospital Municipal quase todos os dias, mas não me vacinei. No caso dos profissionais da saúde, por exemplo, não recebemos doses suficientes que nos permitissem vacinar veterinários, cuidadores de idosos e educadores físicos. O Ministério da Saúde soltou a documentação para encaminhar as doses e a gente está aguardando. Também não posso receber uma grade de vacinação para profissionais de saúde e vacinar o pessoal da educação, eu não posso fazer isso. 360: Falando em Educação, em relação aos professores, houve uma limitação da idade para vacinar, acima de 47 anos. Como fica o retorno das aulas presenciais numa situação que tantos professores continuarão sem imunização? Diego: Hoje, eu não tenho segurança epidemiológica técnica para o retorno das aulas presenciais, não vou voltar. Tem bastante pedido disso, principalmente da área privada, mas eu não vou voltar. Tentei retornar às aulas, há pouco tempo, criamos um protocolo, todos fizeram adesão, inclusive as escolas privadas de Santa Cruz, porém, começou a aumentar o número de casos e ter casos mais complexos. Hoje mesmo eu transferi uma menina de 13 anos, muito mal, para a UTI pediátrica de Marília. O exemplo dela foi um caso, mas não importa, um caso pode se transformar em 10 casos, 20 casos dentro de uma escola, dentro de uma sala de aula. O cenário é assustador. Então não tem como retornar as aulas agora. O prejuízo da educação está sendo grande, eu sou completamente favorável ao ensino presencial e ao que for preciso para essas crianças. Mas creio que, se está perdendo 1 ano e meio ou 2 anos, que seja, vamos formar uma educação que seja mais consistente, mais eficiente, aumentar a carga horária. Façamos o que for
360: Você falou uma coisa verdadeira, é tão fácil ter uma loja online, mas a gente não vê isso no nosso comércio. Diego: O E-Commerce é o futuro. A gente não pode fugir disso. Tenho desenvolvido algumas ideias aqui para gente fazer um atendimento com hora agendada para o próximo passo do comércio, para evitar aglomeração porque não adianta o delivery e o pessoal ficar na porta da loja. É desesperador porque é aquilo que não pode acontecer. E não adianta, quando você vê está um do lado do outro, daí abaixa a máscara para conversar. E não pode. 360: Como fica a questão dos impostos? Está tendo flexibilização do recolhimento? Diego: Posterguei o recolhimento de taxas da prefeitura até 31 de dezembro. Taxas de início de atividade, de renovação, de vigilância sanitária. Foi o que eu pude fazer, porque o restante não depende de uma política municipal. O IPTU, por exemplo, quem recolhe é o dono do imóvel que, muitas vezes, nem afeta o comerciante que aluga o ponto. Então o que nós pudemos fazer foi postergar as taxas até o final do ano. 360: O que você acha que faz com que mesmo diante dessa situação tão grave, tantas pessoas ainda resistam a usar más-
“Prefiro escutar críticas de pessoas que estão vivas do que ter as mãos, de alguma forma, sujas de sangue por ter deixado de fazer alguma coisa e as pessoas morrerem por imprudência.” Diego Singolani cela que erra, mas erra gritando, na política tem isso, nosso próprio líder maior está errado, mas grita muito. As pessoas intencionadas, vocacionadas para o bem ainda são maiores. Então isso, com certeza, me dá gás para continuar.
360: O que o desanima nesta situação? Diego: Eu tenho uma capacidade muito grande de separar a minha pessoal da profissional. Sempre trabalhei muito isso porque, por trabalhar na área da saúde, sempre tem uma exposição muito grande, seja de mídia, seja de morte, de tristeza mesmo. O que incomoda bastante, com certeza, são as fake news, as mentiras, as lendas que chegam no meio do caminho atrapalhando um trabalho de verdade. O Boletim que gr. Ali é o momento para eu passar para a população a realidade do que está acontecendo e também de fazer um certo desabafo, porque é tanta mentira e, muitas vezes, são mentiras plantadas dentro de um cenário municipal para prejudicar o trabalho do prefeito ou de qualquer outro gestor. 360: E o que renova a sua esperança? Diego: São duas coisas fundamentais. Primeiro, eu vejo as crianças nascendo, a vida sendo renovada. E também quando
foto: Marina Belei | PMSCRP
caras corretamente e conversem de perto, sem máscara? Diego: No começo era uma doença ainda um pouco distante, sabe aquele sentimento que temos de “acontece com o vizinho, mas não acontece comigo”? E, claro, também, tem toda a influência midiática do nosso Presidente, fazendo todo tipo de ação negacionista, influenciando tanta gente. Mas vejo que, nos últimos tempos, as pessoas já têm percebido e têm tido mais consciência, sabem que não estão certas com elas mesmas e com as outras quando não estão com máscara. É que, muitas vezes, você fazer o certo, chamar a atenção, corrigir, você é visto como chato. Mas ser o chato do Covid é proteger a sua vida e a vida do próximo.
* Diego e Dr. Jonas, diretor clínico da Santa Casa, avaliam os capacetes elmo, doados por empresários da cidade para auxiliar o tratamento de pacientes de Covid * participo dos drive-thru de vacinação, que eu gosto de ir, quando vejo o rostinho dos idosos sendo vacinados, aquela vontade de viver, o sorriso, a gratidão deles, eu acho que isso, com certeza, enche o coração da gente de energia para continuar o trabalho. Tem muita tristeza, sim, nos tempos que nós vivemos, de tanta depressão, de tanto suicídio, de tanta gente perdendo o sentido da vid. De repente, você percebe que, se tem uma coisa que nós vamos ter que refletir no pós-pandemia é a valorização da vida, são as pessoas lutando pela vida, são as pessoas lutando pela sua vacina e a renovação chegando, crianças nascendo. Sinal que nosso
mundo tem jeito ainda. E uma experiência que nós temos tido, você faz parte disso também, que é uma ativista das causas sociais, é a movimentação das pessoas para o bem, para gratidão, para ajudar o próximo. É alimento, é roupa, pessoas ligando oferecendo ajuda, são as campanhas. Eu vejo que esse mundo nosso tem jeito e que nós vamos ter um pós-pandemia com muitas marcas tristes, mas, com certeza, um mundo um pouco mais empático. E é isso que nós esperamos porque, muitas vezes, temos, por cultura, de observar só o negativo, só a reclamação, só o ruim, só quem está fazendo errado. Mas não, existe uma pequena par-
360: Qual seu recado para a população até que todos sejam vacinados? O que você diria para cada um, nesta cidade? Diego: Eu peço paciência para todos neste momento. É o momento que a vacinação está acontecendo, porém ainda estamos na pior fase da pandemia. Se cuidem. Fiquem em casa. Agora é o momento, realmente, de você colocar em primeiro plano o amor ao próximo, que nós aprendemos desde cedo, seja qual religião que tenhamos, em prática. É hora, realmente, de se colocar no lugar do seu avô, da sua avó, do seu vizinho, do seu tio. As pessoas que estão nos deixando, não são mais apenas aquelas pessoas distantes Hoje elas estão dentro da nossa casa. Tomem cuidado, cuidem de suas vidas e, principalmente, multipliquem as informações verdadeiras, preguem a mensagem do bem. A inteligência está aí, todos nós a temos, vamos usá-la para o bem, para conscientizar as pessoas. A probabilidade de uma guerra acontecer é tão grande tamanha tristeza, tamanha dificuldade que as pessoas estão vivendo, então nós temos que buscar levar a mensagem da fé, da esperança e do bem. Só que isso é dentro de casa, usando máscara, álcool em gel, se cuidando. Um ano atrás, não tinha perspectiva de vacina. Hoje, ainda que morosa, nós a temos.Tenhamos paciência. Vamos superar tudo isso.
Letalidade da Covid-19 só tem aumentado Ficar em casa, sair apenas usando máscara e usando-a corretamente, cobrindo rosto e nariz. Manter as mãos limpas e distantes da própria máscara, dos olhos. Manter distância de pelo menos 2 metros das pessoas. Evitar contato físico dentro de casa. Fazer as refeições o mais distante possível um do outro. Essas são medidas de segurança para evitar a tramissão do novo coronavírus, cuja variante que se espalhou pelo Brasil está ainda mais letal. Letalidade é a quantidade de mortes entre pessoas atingidas pela doença. Esse índice aumentou muito no último mês, causando óbitos em série até mesmo em cidades de menos de 50 mil habitantes. Por isso, todo cuidado é pouco. O uso de máscara, até mesmo dentro de casa quando se vive com muita gente, é fundamental. Ou seja, todo cuidado é pouco. “Covid é grave e pode ser fatal, mesmo para pessoas mais saudáveis e jovens. O número
de casos aumentou assustadoramente. O vírus está com outra cara, mais agressivo e de agravamento mais rápido”, informa o Dr. Jonas Jovanolli Filho, médico que está à frente do combate à epidemia na Santa Casa de Santa Cruz do Rio Pardo, onde é diretor clínico. Isolamento é a solução – Na avaliação do médico, seria necessário tomar medidas restritivas neste momento. “Estamos tendo casos de reinfecções após 70 dias da doença e também infecção em pacientes que já tomaram a segunda dose da vacina. Como o número de internações aumentou muito, a única pro-
vidência seria o isolamento total para diminuir o fluxo de pacientes, porque o sistema de saúde entrou em colapso. Acho que só aumentar equipamentos e leitos não resolve porque nos Estados Unidos, que é a nação mais rica do mundo, aconteceu a mesma coisa. A solução, de imediato, seria o “lockdown”. O que é lockdonw – Medida que causa muita polêmica por questões de ordem econômica, o lockdown é uma medida mais rigorosa de isolamento social. Uma vez adotado, a circulação de pessoas numa cidade torna-se mais restrita e monitorada pelas autoridades que trabalham o controle da epidemia. A medida permite que se promova uma queda brusca no contágio e, consequentemente, na superlotação de hospitais e unidades de saúde, sendo a única alternativa comprovadamente eficaz para diminuir a curva epidêmica.
8 • ponto
de vista
*José Mário Rocha de Andrade Na década de 1950, a televisão já existia e foi exatamente nesse ano que a TV Tupi se tornou o primeiro canal de TV no Brasil. Qual foi o dano, a lesão, o problema que a televisão causou aos olhos das pessoas nesses mais de 70 anos de existência? A resposta é: nenhum.
Excesso de Tela
1994, a Revista Times estampava em sua capa em letras garrafais: “Internet, ela irá revolucionar o mundo”. Qual foi o dano, a lesão, o problema que os computadores causaram aos olhos das pessoas nesses quase 40 anos de existência? Nenhum. Apenas desconfortos passageiros.
Em 1976 eu viajava para São Luís - MA lendo a revista de bordo da VASP, companhia aérea que faliu em 2008. “No futuro, os computadores serão tão pequenos que as pessoas poderão tê-los em casa”, lia eu, entusiasmado, imaginado um futuro distante. Seis anos antes, na Faculdade de Medicina da UNICAMP, havia feito um curso de FORTRAN, linguagem de computação que exigia cartões perfurados para o enorme computador ler.
imagem: Pixabay.com
O primeiro smartphone, como o conhecemos hoje, foi lançado pela Apple em 2007, com tela maior, finos, touch screen e antena embutida. As telas dos celulares que o antecederam eram pequenas e somente permitiam textos.
O primeiro PC (Computador Pessoal) foi lançado pela IBM em 1981, o IBM 5150 que, em agosto, completa 40 anos. Cinco anos antes, a Apple havia lançado o Apple I. Em
Quais os danos o smartphone pode causar à sua visão? Muitos. Por isso, convido o leitor a conferir a seção Bem Viver, na página ao lado, onde abordo a questão e indico práticas que podem proteger os seus olhos sem deixar de aproveitar o seu smartphone sem prejudicar sua visão. *médico santa-cruzense radicado em Campinas
Estamos em guerra. Queremos paz! *Fernanda Lira
Ainda estamos em abril de 2021. Até que termine o atual mandato presidencial, quantos brasileiros serão abatidos pelo atual desgoverno brasileiro?
Sabe quantas pessoas morrem numa guerra? Quantos soldados e civis?
Qual a intenção dessa gigante massa que se intitula “a direita brasileira”? Dizimar o país de sua gente? Acham, por acaso, que os crimes desse presidente e a omissão de seus eleitores ficarão impunes?
Os Estados Unidos vivem em guerra. Não no território deles, mas no territótio dos outros. Mesmo assim, muitos americanos morrem, lutando por sua pátria, numa situação insana de um povo tradicionalmente bélico, que gosta de resolver tudo na bala de fuzil.
O mundo está assistindo, horrorizado, à inexplicável tragédia brasileira. E vai cobrar, das maneiras mais justas e injustas, essa postura dos eleitores do atual presidente da República do Brasil. Já não somos mais bem vistos.
Guerras são sinônimo da intolerância. Do ódio exacerbado. Da incapacidade do raciocínio humano que deve concentrar seu foco no bem vital, ou seja, na vida, não na morte. O Brasil está em guerra. A epidemia provocada por um vírus em todo o mundo, vem sendo usada pelo presidente da República do Brasil para promover uma guerra onde o sangue não escorre em tiros de bala. Ele seca à base da morte epidêmica. Também não se trata de matar um inimigo externo. As vítimas somos nós, o povo brasileiro. Estamos de ter 400 mil pessoas abatidas pela epidemia no país. E o presidente da República do Brasil (o nome dele é proibido neste periódico) é o responsável por termos chegado a esse contingente humano sacrificado por seus delírios negacionistas, que nenhuma ideologia é capaz de explicar.
Desse total, pode ter certeza, a maioria é de pobres, afinal, somos um país de muita gente sem recursos, ainda mais nos tempos atuais, quando os índices de pobreza também aumentaram graças ao desgoverno federal. O sujeito que lidera essa matança já provou ser incapaz de sentir qualquer empátia pelo povo brasileiro que o elegeu. E precisa ser deposto. Ele já era sabidamente uma versão piorada do sanguinário monstro que sucumbiu promovendo o nazismo na Alemanha da Segunda Guerra Mundial. Ele deu inúmeras provas disso. Mesmo assim, um povo majori-
tariamente equivocado, levado, como é cultural no Brasil, a seguir a elite como se isso colocasse a todos em pé de igualdade, o colocou no poder. Já passou da hora desse sujeito monstruoso desocupar a vaga. Já passou da hora de acabar essa matança impune de brasileiros. Cabe aos que se declaram “a direita do país”, que tanto usou o verde-amarelo da pátria, que tanto teimou no “se errar a gente tira”, assumir o erro que cometeu e tratar de consertá-lo. Já basta da omissão. Do descaso.
O Congresso Nacional, predominantemente representante dos eleitores do sujeito que ocupa a presidência da República do Brasil, está aí, omisso, aguardando seus eleitores tomarem as ruas pelo impeachment. Algo, aliás solicitado em mais de 100 pedidos que estão à mesa do presidente da Câmara dos Deputados, todos elencando os crimes e irresponsabilidades do genocida que desgoverna este imenso país.. Atenção você, eleitor desse sujeito, crie coragem, tire a cabeça do buraco que você insiste em colocar e tome uma atitude. Mostre que você realmente vale alguma coisa. *jornalista paulistana que adora o interior
9 • bem
viver
*José Mário Rocha de Andrade
A sua visão em cada tela
Como o leitor já sabe, além de colunista do 360, sou médico oftalmologista, ou seja, minha especialidade são os olhos. Hoje, complementando minha coluna da página ao lado, venho falar dos cuidados para você garantir uma boa visão nesta época em que convivemos com tantas telas, da TV de dezenas de polegadas, ao monitor do computador, do lap top e do smartphone.
nessas faixas de idade, além de estar relacionado à falta de concentração para outras atividades e um desestímulo para atividades ao ar livre. Como diminuir o risco de miopia e o estrabismo em crianças e adolescentes?
ele não irá causar nem danos, nem lesão aos olhos.
Por isso, quando estiver usando o computador, faça breves intervalos de hora em hora. Dê um tempo para o computador, converse, olhe para longe, se precisar pingue um colírio lubrificante, levante-se, alongue-se, volte. Assim, o computador não causará nada além desses desconfortos passageiros. Porque
É com os smartphones que começam os problemas causados pelo excesso de tela nas crianças e adolescentes. Esse instrumento fantástico que carregamos para todos os lados, que nos facilita inúmeras tarefas, leva o trabalho para o ambiente familiar e é extremamente viciante, também não causa danos aos olhos dos adul-
imagem: Pixabay.com
Nas telas, piscamos pouco, o tempo passa rápido e não percebemos, os olhos ressecam e ardem. Nas telas do computador e, principalmente do celular, ficamos muito tempo com os olhos em convergência e acomodação (esforço para focalizar as imagens de perto). O que podemos fazer? Quando conversamos, piscamos muito. Não existe ressecamento dos olhos quando conversamos. Olhando para longe, os olhos relaxam a convergência e a acomodação.
tos, mas em crianças e adolescentes sim. Há uma explosão no número de casos de miopia, um boom no século XXI em todo o mundo e a causa é o uso excessivo de celular por crianças e adolescentes, que os utilizam muito próximo dos olhos. Os adultos não conseguem enxergar tão perto, por isso não são afetados. O uso acima de 2 horas por dia é considerado excessivo. Pode causar estrabismo
Regra importante: Assistir filmes, séries, shows, sempre na TV! Nunca no celular! Ao navegar na internet por muito tempo, faça-o no computador, ou conecte seu celular à TV! Assim você poderá passar mais tempo nesse universo paralelo da internet sem prejudicar a visão de seus filhos. E por que isso é possível? Como disse em meu artigo, as TV não representam nenhum perigo para nossa visão. A televisão é a tela que fica mais longe, exige menor convergência e acomodação dos olhos e, mesmo que a criança fique mais perto, não ficará tão perto como usando celulares. Essa regra é fundamental para prevenir danos, lesões aos olhos e é para ser seguida por todos os que têm crianças e adolescentes em casa
10 • finanças
o Mapa da
MINa
Por uma vida financeira mais tranquila! O artigo de hoje será sobre um tema muito importante no nosso caminhar no Mapa da Mina para atingirmos o TESOURO do BEM ESTAR FINANCEIRO. Vamos falar sobre CONSUMIR de forma mais organizada e que nos ajude a ECONOMIZAR. Angela Nunes
Aí está o tesouro: Capítulo 3 - consumo
Maria Angela de Azevedo Nunes, CFP®, Planejadora Financeira Certificada pela Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros. Graduada em Ciências Econômicas pela UERJ, com Especialização em Psicologia Econômica. É Consultora e Administradora de Valores Mobiliários autorizada pela CVM e sócia da Moneyplan - Consultoria em Planejamento Financeiro e Educação Financeira. Membro do Conselho de Administração e do Comitê Executivo da Planejar - Associação Brasileira de Planejadores Financeiros, foi diretora do Banco Itamarati, da BCN Alliance Capital Management e do Banco BCN - Grupo Bradesco - e docente do Curso de Planejamento Financeiro do INSPER – Instituto de Ensino e Pesquisa. É também co-autora do livro “Planejamento Financeiro Pessoal e Gestão do Patrimônio – Fundamentos e Práticas”
ganizada, fica mais fácil de encontrar o que precisa.
QUAIS SEUS HÁBITOS DE CONSUMO? Economizar, nos diversos itens que compõem o nosso consumo, nos traz duas coisas muito boas:
3: Acumule roupa para lavar (use a máquina cheia) e passar (ligue o ferro de uma única vez para aproveitar mais o calor).
1: Ajuda no nosso orçamento! Seja para sair do vermelho (não faltar dinheiro no final do mês) ou, até mesmo, para sobrar dinheiro (o que fará de nós poupadores de recursos para atingirmos os nossos objetivos).
4: Evite benjamin (também conhecido como “T”) e extensão, porque gastam mais energia. 5: Vá trocando devagar (quando uma lâmpada queimar, por exemplo) as lâmpadas pelas mais econômicas, como as de Led. Elas são mais caras, mas duram muito mais.
2: Ajuda nos tornarmos consumidores mais conscientes. Vamos falar de orientações muito práticas e objetivas. Pode ser que muita coisa você já faça (O QUE É ÓTIMO), mas sempre vale a pena rever. Todos nós estamos sentindo no bolso o peso das compras, especialmente de as ligadas à alimentação. Portanto, vamos começar por elas.
COMO ECONOMIZAR COM ALIMENTAÇÃO: 1: Não faça compras com fome (você comprará mais), com pressa (você não pesquisará preço) ou com crianças (elas acabarão fazendo você sair da sua lista de compra). 2: Faça uma lista de compra e não saia dela (mesmo nas compras on line). Para fazer a lista pense no cardápio que você fará, por exemplo, para a próxima semana. Em seguida, verifique o que você já tem em casa e o que precisará ser comprado. 3: Pesquise preço. Pode ser que você tenha que comprar em uma parte em um lugar, outra em outro (por isso, é importante ter um certo tempo para as compras). 4: Compre em dias certos, nos quais você saiba que, normalmente, tem ofertas. 5: Evite alimentos processados. Compre alimentos “in natura” e da estação. Dê preferência de produtores locais (provavelmente, serão mais baratos e você estará ajudando a sua região). 6: Cuidado com as ofertas, verifique se elas realmente valem a pena e se estão na sua lista de compra. Evite comprar por impulso o que você não precisa, só porque está em oferta!
7: Substitua itens que estejam mais caros por outros de preço melhor. 8: Tente comprar com um grupo de pessoas, o que chamamos de Atacarejo (o varejo comprando no atacado). Provavelmente, com um maior volume, o preço será melhor. 9: Se sobrar comida de uma refeição, seja criativo, crie um novo prato. NÃO DESPERDICE OU JOGUE FORA ALIMENTOS QUE POSSAM SER APROVEITADOS. Vou pedir licença para contar sobre a minha avó: na casa dela tinha um prato famoso chamado “tigelada”. Receita: ela misturava todos os legumes que sobravam (bem picadinhos) com um ovo, um pouco de leite e um pouquinho de farinha de trigo. Colocava a mistura na TIGELA e botava para assar. Ficava uma delícia. Eu faço bastante aqui em casa. 10: IMPORTANTÍSSIMO: Estabeleça no seu orçamento o quanto você tem para gastar por mês e tente, de todas as maneiras, não gastar mais do que está no seu orçamento. Ajudará muito, por exemplo, definir o valor que poderá ser gasto por semana. Assim, você vai controlando melhor o quanto ainda tem para gastar no mês. COM DISCIPLINA E ESTRATÉGIA, você pode até conseguir gastar menos do que está no “combinado” do seu orçamento.
COMO ECONOMIZAR COM A CASA: 1: Reduza o tempo do banho (economiza água e energia). Se for chuveiro elétrico, use o modo “verão”. 2: Cuidado para não deixar a geladeira aberta. Pense no que vai pegar antes de abrir. Se a geladeira for bem or-
61: Busque planos mais baratos para celular, internet e TV a cabo. Vamos seguindo com o MAPA DA MINA, lembrando que: 1: Quanto mais conscientes formos como consumidores, melhor será para nós e para todos! 2: Uma vida mais simples é mais fácil de carregar!
11 • meninada
Massagem e Escovação A mãe do Alvinho adora receber massagem. Um dia havia uma senhora que massageava seus pés, um outro dia, o pescoço e os ombros, depois, as costas e, nesses momentos sua fisionomia se transforma, uma paz e tranquilidade que Alvinho havia visto somente em bebês e no Pingo dormindo, ou sendo escovado.
arte: Sabato Visconti
Pingo tem poucos pelos, mas, vez ou outra, Alvinho pega uma escova e fica a escová-lo. Pingo adora e faz a mesma cara que sua mãe faz sendo massageada. Alvinho não gosta de massagem não, no máximo gosta de um cafuné quando recosta a cabeça no colo de sua mãe e ela fica ali alisando seus cabelos, até que ele dorme. Dormir é bom, é muito bom, mas muito melhor é acordar, tomar um bom café da manhã e sair correndo e rolando fazendo farra e brincando com Pingo que, como se tivesse lido os pensamentos do Alvinho, estava ali, ao seu lado, orelhas em pé, pronto pra sair, brincar e latia gostoso: Au! Au!
Marque as palavras VERDES!! POR FORA OU POR DENTRO, OS ALIMENTOS VERDES SÃO FAMOSOS POR SEREM MUITO INDICADOS PARA A NOSSA SAÚDE. PESQUISE A RESPEITO. E COLOQUE MUITO VERDE NA SUA DIETA! ABACATE – AGRIÃO – ALECRIM – ALFACE – ALHO – PORÓ – ALMEIRÃO – ASPARGOS – BOLDO – BRÓCOLIS – CEBOLINHA – CHICÓRIA – CHUCHU – COENTRO – COUVE – ESCAROLA – ESPINAFRE – ERVILHA – GUACO – HORTELÃ – JILÓ – KIWI – LENTILHA – LIMA DA PÉRSIA – LIMÃO – MAÇÃ – MAMÃO - MANJERICÃO – MELANCIA – MELÃO – MILHO – ORÉGANO – PEPINO – PIMENTÃO – QUIABO – REPOLHO – RÚCULA – SALSINHA – SALSÃO – UVA – VAGEM
K S O G R A P S A Ç O L M I T R O H
A I R G A I Ã C M A M Ã A F J A H E
R W O R O P O H L A U O M E L A C S
U I P O D Ã G U H E L P Ã I D K I C
C H Ã C M J Ç X A K A U M U L U L A
C S C A I R O C I H C E C W I A O R
U L M U L O L W A R N D A U M S R O
L I E G H Ã I A T T E I V G R F M L
E M V Q O C J W O H S A L F A C E A
B A N A U I O S V S L O E O T U L S
K D O E G R V U A B D J L Ã B F A U
I A Ã H C E B S A L E C R I M E N R
D P R A R J M E O U S U P G Z T C O
U E I D S N E B N Q U I A B O A I C
A R E I U A V Ã Ç A M A N N B C A E
B S M A B M A R R E U Z O H D A Z H
S I L O C O R B N G A Q U Ã A B A C
O A A C O E N T R O G Ã H Z S A E G
C R G A G W Ã O E J L E N T I L H A
O U O R Q O N Ç T E C O U V E V A J
L C B H I A U R T S S N Ã H L U F S
E G I C G Ã S R B Z G O H L O P E R
S A V E D Ç O J W U O N I P E P A I
V U R F A H L I V R E T G A D M G E
Q O U I A B E R F A N I P S E U L