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Projeto de horta comunitária de Santa Cruz recebe prêmio nacional

Criado por iniciativa do SUAS (Sistema Único de Assistência Social) do município, com apoio de uma empresa do setor privado, a Hidroceres, que produz mudas de hortifrutis e, muito importante, com o envolvimento de membros da comunidade, o Projeto Horta Comunitária do CRAS Betinha, implantado na Vila Divinéia, em Santa Cruz do Rio Pardo, foi contemplado com o Prêmio Cidadania na Periferia, concedido pelo governo federeal através do Ministério dos Direitos Humanos.

Dividida em seis categorias, a premiação recebeu mais de 1,2 mil inscrições, contemplando 107 ações vencedoras, que “promovem melhorias nas condições de vida em áreas urbanas de vulnerabilidade social”, segundo divulgado pelo Ministério de Direitos Humanos. A ação que vem sendo desenvolvida desde 2022 em um terreno em frente à unidade do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) que atende a Vila Divineia, bairro São José e adjacentes, alcançou a segunda posição na categoria Soluções para Segurança Alimentar e Alimentação Saudável”, que premiou 20 iniciativas no total.

Modelo exemplar – O projeto Horta Comunitária do CRAS Betinha alcançou pontuação máxima em todos os critérios de avaliação, trazendo para o município o reconhecimento de uma iniciativa que alia o poder público, a iniciativa privada e a própria comunidade. Entre os atores que se destacam na implantação do projeto, estão as técnicas do SUAS, a psicóloga Antiela Carrijo e assistente social Laine Cardo, e dois líderes comunitários da Vila Divineia, Jarbas São Miguel e Antonio Goes, que se dedicam a muitas frentes de trabalho para melhoria da qualidade de vida da comunidade, num exemplo notável de cidadania.

Com apoio direto do empresa Juninho Basseto, fundador e diretor da Hidroceres, a Horta Comunitária Cras Betinha vem fornecendo hortaliças livres de agrotóxicos para os moradores, agregando não apenas mais uma atividade comunitária no local, como uma fonte recorrente de alimentos de qualidade acessíveis a todos.

Fonte de recursos – Além do troféu, essa conquista representa um suporte financeiro ao projeto. Segundo os organizadores, “o Prêmio Cidadania na Periferia tem o objetivo de potencializar, reconhecer, valorizar e premiar projetos em andamento, protagonizados pela população periférica, que contribuem para a efetividade dos direitos humanos e da cidadania nos seus territórios. A iniciativa surgiu a partir das escutas realizadas pelo ministro Silvio Almeida em periferias brasileiras e da interlocução com parceiros que atuam junto à população periférica.” Ainda, de acordo com o Ministério de Direitos Humanos, “entre as finalidades, o prêmio contempla também o papel fundamental de comunicadores e comunicadoras comunitárias no enfrentamento à desinformação e na promoção de direitos, além de reconhecer a necessidade de diálogo do governo federal com organizações, grupos e lideranças periféricas.”

Prêmio Cidadania na Periferia

Categoria/ premiados:

Comunicação comunitária e educação popular em Direitos Humanos/ 20; Cidadania LGBTQIA+ / 20; Acessibilidade e participação social de pessoas com deficiência/ 18; Proteção integral de crianças e adolescentes/ 20; Educação para toda vida: iniciativas baseadas na educação popular para pessoas idosa/ 9; Soluções comunitárias para segurança alimentar e alimentação saudável (Horta Comunitária CRAS Betinha 100 Sudeste)/ 20. Critérios de avaliação :

1 – Qualidade da apresentação.

2 – Relevância e impacto.

3 – Inovação.

4 – Diversidade..

5 – Atuação em rede.

6 – Territorialidade: o projeto é voltado para a população do Arquipélago de Marajo Info:: https://www.gov.br/mdh/pt-br

À esquerda, Jarbas ensina as crianças da comunidade a plantar. À direita, Antiella e Renata, do Cras Betinha; Jarbas e Tonho, líderes da comunidade Vila Divineia; Juninho, da Hidroceres; Prof. Edvaldo e Cristiano, da administração pública em 2022, época da criação da horta
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