Jornal 360_ed.225_outubro24

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bem viver _ O uso de próteses capilares se populariza resgatando a auto estima e a liberdade para homens de todas as idades •p8

meninada _ Pingo tem que se despedir de um companheiro da vida toda. E mostra aos humanos que ele compreende tudo

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cidadania _ Diretor de entidade de acolhimento a idosos faz uma verdadeira revolução na qualidade de vida dos assistidos •p10

Santa Cruz do Rio Pardo está entre as 100 maiores do agro nacional

Mnicípio aparece na lista dos 100 municípios que mais geraram resultados financeiros para o agronegócio brasileiro em 2023, faturando, juntos quase 32% do setor em valores de

produção. Santa Cruz na 83ª posição entre as 100 cidades do país, e em 2º lugar no Estado de São Paulo, representado por apenas quatro municípios na lista nacional.

Coragem

do Latim “Coraticum”, por sua vez, derivado de “cor”, “cordis”, “coração” , significa Postura de quem se mantém firme diante de riscos ou do perigo; bravura, valentia, destemor.Força espiritual para ultrapassar uma circunstância difícil; confiança.Capacidade de enfrentar algo moralmente árduo; perseverança.Característica da pessoa bom caráter; hombridade.Cuidado e perseverança no desenvolvimento de algo; determinação.

* A soja a perder de vista resulta em uma posição de grande destaque para Santa Cruz no agro nacional *

É preciso muita coragem para empreender no agronegócio. Afinal, é um segmento de mercado que traz uma lista de variáveis que nenhum expert, ou nenhum bom consultor, poderá prever: as oscilações do clima. Chuva demais ou de menos. Ou na hora errada. Seca imprevista, geada, vendaval, calor excessivo. São muitas as interferências climáticas a tirar o sono dos produtores rurais, seja qual for o tamanho da sua plantação. Há, ainda a invasão de pragas, sempre desafiando a inteligência e as previsões dos mais letrados no assunto.

Quando uma cidade consegue sair do anonimato produtivo e ingressa para uma lista das 100 maiores cidades de um país chamado Brasil, gigante em terras produtivas e em desafios econômicos, ela certamente é povoada por gente de muita coragem. É o que vemos na reportagem central desta edição, que destaca o resultado da laranja como cultura intensiva do município e a presença efetiva e bem sucedida de plantações extensivas de soja, milho e cana que se perdem de vista. Veja em AGRONEGÓCIO

A edição também destaca a coragem de quem vence o estigma visual da calvície e ousa resgatar sua própria identidade através de um recurso que conquista cada vez mais homens até então conformados em se tornarem carecas, as próteses capilares, como mostra nossa seção

BEM VIVER.

Também é preciso muita coragem quando um cidadão que já traçou a sua vida profissional e pode se dar ao deleite da aposentadoria decide abraçar uma causa social de maneira expressiva, pública e repleta de trabalho, num caminho sem volta, pois afinal “somos responsáveis pelo que cativamos”, como bem postou Saint Exupery em seu antológico Pequeno Príncipe. Conheça a história do heroico Valdeir Nantes à frente do Lar São Vicente de Paulo em CIDADANIA

Para completar a edição, temo um emocionante e corajoso Pingo sabendo lidar com a morte de seu amigo de vida e estripulias, em MENINADA, os pensares de Fernanda Lira e do ator Leonardo Medeiros, com uma nova peça teatral em cartaz, em PONTO DE VISTA, e nossa tradicional seção de gostosuras, confira as receitas de GASTRONOMIA

Boa leitura!

Flávia Rocha Manfrin

| editora

c/w: 1499846-0732

• 360@jornal360.com

* Moradoras do Lar São Vicente de Paulo ganham nova rotina sob a liderança de Valdeir Nantes *

Salmos 37 VS3

“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado.”

xpediente e

O jornal 360 é uma publicação da eComunicação. Todos os direitos reservados. Distribuição: gratuita. Tiragem: 2 mil exemplares. Circulação: mensal. Redação-Colaboradores: Flávia Rocha Manfrin ˙editora, diagramadora e jornalista responsável -Mtb 21563˚, Fernanda Lira, Leonardo Medeiros, Angela Nunes e Maurício Salemme Corrêa ˙colunistas˚, Sabato Visconti ˙ilustrador˚, Odette Rocha Manfrin ˙receitas e separação˚. Impressão: Fullgraphics. Artigos assinados são de responsabilidade de seus autores. Endereço: R. Cel. Julio Marcondes Salgado, 147 - CEP 18900-007 - Santa Cruz do Rio Pardo/SP. • f/w: 14 99846-0732 • 360@jornal360.com • www.issuu.com/caderno360 • 360_nº225/out24

Parece que o respeitável público está voltando aos teatros. Tenho ouvido de fontes variadas que os espetáculos teatrais estão abarrotados de gente ávida por aquela precariedade mágica que só o teatro guarda. Aquele perigo da intervenção do acaso e do erro escancarado. Algo perdido na era da revolução digital onde tudo é editado à exaustão, numa vontade asséptica de eliminar o erro. Quilotons de imagens tão profundas quanto uma planilha de engenharia hidráulica bombardeiam nossa paciência ocultando a propaganda subliminar que solapa nossa inteligência e nossa sensibilidade. Zeros e uns gerando ódio lucrativo por inimigos desumanizados. Quando aplicativos e plug-ins alimentados por inteligência artificial corrigem erros e imperfeições, parece que o pessoal da vida real está encontrando alívio nas salas de espetáculos. Porque ali naquele tablado mágico existem pessoas falíveis, figurinos que podem descosturar em cena, cadeiras que podem tombar e incautos que podem tropeçar.

Claro que é mais que isso. Atores são xamãs. Catalizadores. Sacrifícios sagrados vivos prontos para o abate. Estar sobre o palco é experimentar o perigo de morte. É ter a heroica coragem de estar sob constante escrutínio e julgamento. Nele nós, atores, somos inundados de hormônios que só alcançam essa intensidade numa batalha sangrenta.

No teatro estamos expostos a suores, perdigotos e odores. Coisas antes humanas. Experiências transcendentes para quem está acostumado ao ignoto insípido de viver nas telas, sem contato real com a vida. Porque a vida está no outro. Sim, no outro;

Um Jardim para o Teatro

somos símios, animais gregários, precisamos da consagração coletiva, da celebração arrepiante das peles que se tocam e do intercâmbio de bactérias benfazejas. Fora isso só há ansiedade e depressão.

Estou pensando essas coisas nos últimos dias porque, depois de um afastamento auto impingido dos palcos de mais de cinco anos, estreei uma peça nova. “Um Jardim para Tchekhov”. Um modesto idílio

russo brasileiro escrito pelas mãos sensíveis de Pedro Brício e estrelado pela minha parceira de cena Maria Padilha. Em novembro estrearemos no CCBB São Paulo, e conto com a presença de vocês! Já fizemos Belo Horizonte e Rio de Janeiro para salas sempre lotadas de gente fascinada pelo movimento provocado no espírito pela celebração dionisíaca. O povo ri e chora com nossa trama, e sai de alma lavada pela catarse arcaica.

A melhor oração é amar

não adianta, não sou pessoa de igreja. Me sinto amordaçada, me distraio do ritual. Não adianta forçar a barra.

Só vou em missa de 7º dia e olhe lá. Tambem nao sou de orações, ainda mais quando se trata de ladainha.

Até a ciência diz que orar faz bem. Eu acredito que faça, mas não consigo. Já tive minha fase carola, mas passou. A manipulação de toda e qualquer ordem religiosa não é capaz de me reter por muito tempo. Isso não muda em nada o quanto tenho Deus em minha vida. O tempo todo me sinto diante Dele ou sob o seu olhar. Não um olhar soberano de regras e doutrinas, mas de amor, proteção e perdão. E graças também. Já recebi muitas, inclusive.

De tudo isso, o que mais me faz sentir estar vivendo o cristianismo, que é a doutrina que sigo, é dar sem esperar nada em troca. É agir pelo bem até mesmo de gente que me ofende e desgosta. Não é algo fácil,

Tentei me aposentar dos palcos porque tudo que envolve esse ofício é extenuante, precário e mal remunerado. A peça só existe por causa da tão mal falada e pouco compreendida Lei Rouanet, que no nosso caso emprega dignamente dezenas de profissionais entre artistas, artesãos, técnicos e burocratas, e supre a condição depauperada dos valores dos ingressos, reduzidos a preços de banana por causa da campanha incessante da burrice estabelecida em tirar da arte seu valor.

Espero encontrar vocês lá na saída do teatro, para ver seus olhos brilhando e receber seu abraço de reconhecimento pelo presente de vida.

@umjardimparatchekhov

mas aprendi que isso é possível. Assim, minha religião, como me disse uma amiga, é essa: fazer algo pelos outros sem nenhuma expectativa de retorno.

É fazer não por quem faz parte da minha vida, mas por quem eu mal conheço ou nunca tenha visto antes.

É fazer sempre. Chova ou faça sol, sobre ou falte tempo. E é fazer feliz, ficar radiante com cada um que recebe. E estar sempre disposta a fazer mais e mais e mais. Quando eu penso nisso, lembro de uma música que aprendi na igreja, quando eu frequentava: a melhor oração é amar, a melhor oração é amar.

Isso tudo pode soar piegas e controverso

para uma pessoa fadada a fazer críticas a tudo e a todos, mesmo que com o intuito da evolução humana e social.

E é piegas mesmo. Sinto até um certo e intenso constrangimento em publicar esse texto. Ocorre que ele carrega um fato. E como tal, também deve ser respeitado.

Afinal, por que somente nos orgulhamos daquilo que nos distancia da mais pura e profunda afeição?

Por que preferimos nos proteger com a carcaça do pensar sobre o agir de maneira livre do julgar se é isso que na verdade deveríamos perseguir?

Pois aí está, minha alma de cara lavada!

* jornalista paulistana que adora o interior

* Fernanda Lira
imagem: divulgação
*ator, escritor e vocalista de banda de rock

Miscelânias de sobras

Detesto descartar alimento. Ainda não evoluí o suficiente para usar cascas, mas um dia chego lá. Enquanto isso não acontece, abro a geladeira à procura daquilo que precisa ser usado para não virar lixo. Algumas beterracas, muitas batatas, uma abobrinha, um ponte de amêndoas fatiadas, um pouco de damasco picado, um tanto de brócolis já salteado no alho.... e a partir daí surgem as receitas desta edição.

Pasteis de Forno

Adaptação:

_Ingredientes da massa:

• 200ml creme de leite

• 50g de manteiga (nem gelada nem muito mole)

• 310g de farinha de trigo

• 1 colher (chá) de sal

_Ingredientes recheio:

•1 xícara de brócolis cozido e salteado no alho

• 1/2 xícara de mozzarela ralada

• 1 colher de requeijão

• 6 azeitonas picadas

• crips de presunto cru

_Preparo: Junte os ingredientes da massa, sove um pouco e leve para descansar na geladeira por pelo menos 30 minutos. Enquanto isso, junte o recheio num bolw, sem levar ao fogo. O crips de presunto cru eu fiz na airfryer a 200º por 3 minutos. Abra a massa em círculos, coloque o recheio numa das

metades, feche e pincele com gema de ovo. Leve para assar em forno pré aquecido a 180º. Varie o recheio!

fonte: https://www.facebook.com/areceitasdefamilia

Uma mistura de sobras para experiências que tiro das redes sociais e do meu velho e bom caderno de receitas já publicadas.

Essa prática não faz bem só para evitar o desperdício. Ela ajuda a variar o cardápio. E a exercitar a mente e o paladar. Experimente! Posso garatir que ficou tudo muito gostoso. Aliás, sem qualquer modéstia: delicioso!

_Ingredientes

batatas:

• 5 batatas

• azeite

• sal e pimenta a gosto.

_Ingredientes molho:

• 100g de iogurte natural

• 2 colheres de creme de ricota ou cream cheese;

• 1/2 limão (suco)

• sal e pimenta

_Ingredientes salada:

• 1 pepino japonês

• 1 cebola

• salsinha

• cebolinha

• abobrinha

• cenoura

• maçã verdes

_Preparo: cozinhe as batatas com casca. Quando estiverem bem macias, es

corra e leve numa forma para assar. Amasse sobre a forma deixando o mais fino que der. Regue com azeite e tempere. Asse em forno a 200º. Enquanto isso mjunte os itens do molho, corte os legumes. Misture os legumes, o cheiro verde, a batata triturada. Finelize adicionando o molho

fonte: https://www.facebook.com/reel/429340716844492

_Ingredientes:

• 2 xícaras de farinha de arroz

• 1/2 xíc. de fécula de batata

• 1/2 xíc. amêndoas batidas

• 1 xícara de açúcar

• 2 xíc. de beterraba ralada (f

• 3 ovos

• 1 xícara de óleo

• 1 pitada de sal

• 1 colher de chá de canela

• 1 colher de chá de fermento

• 1 pitada de bicarbonato

• 1 xícara de nozes ou amendoins torrados e picados

• 1 xícara de frutas cozidas

• 2 laranjas

• 1 limão

_Preparo: Pique as frutas e leve ao fogo com o suco da la-

ranja. Usei maçãs e abacaxi frescos,passas e damasco. Adicione um pouco de açúcar, uma gota de molho de pimenta e suco de meio limão. Prove para ver se ficou cítrico e não muito doce. Reduza e reserve. Numa vasilha, junte as farinhas, o açúcar, o sal, bicarbonato, canela e fermento. Mexa bem e acrescente a beterraba. Mexa bem e acrescente os ovos batidos no óleo. Prove. Veja se precisa de mais de açúcar. Se precisar, acrescente até 1/2 xícara de açúcar. Adicione as frutas cozidas e depois as frutas secas (nozes, amendoins, que são opcionais). Mexa tudo e leve para assar em forno pré aaquecido a 180º. Para cobrir, faça uma calda com o suco da outra laranja e da metade do limão que não usou. Adicione açúcar bem fininho (eu bato no liquidificador) e despeje sobre o bolo. É leve e saudável!

Salada Crocante
Adaptação: Flávia Manfrin
Flávia Manfrin
Flávia Rocha Manfrin
fotos: Flavia Rocha | 360
Bolo sem Glúten receita de Flávia Manfrin

Cinema e teatro movimentam a cena cultural de Santa Cruz

O Palácio da Cultura de Santa Cruz do Rio Pardo traz para o público da região eventos de cinema e teatro para público de todas as idades.

Semana Umberto Magnani – No final de outubro, a programação traz espetáculos das companhias teatrais da cidade durante a “Semana de Teatro Umberto Magnani Netto”que homenageia o ator e cidadão santacruzense que também dá nome ao teatro da ciddade. A iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura , tem apoio do Programa de Ação Cultural (APAA), Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Veja a programação:

30/10_19h: “Oficina de Laban” - Cia. Épica

31/10_20h: documentário sobre o teatro santacruzense - Cia. Épica.

01/11_20h:“Rabbits”- Cia. Épica

02/11_17h: “A Menina do Fio” - Nina Brondi

02/11_20h: “Um Pacto e Meio” - Grupo Incenna

03/11_20h “Ensaios Selvagens sobre Voos e Aterrissagens”_ Cia.Teatro das 8

Os ingressos são gratuitos e devem ser retirados na bilheteria do Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto.

Trilogia de Cinema – Na 2ª-feira, 11/11, o espaço dá lugar a uma “Noite de Cinema”, promovida pelo Centro Cultural Special Dog com apoio do PROAC. O evento vai trazer para o público as três produções cinematográficas produzidas pelo cultural da Special Dog Company com mensagens de esperança e felicidade sobre a vida cotidiana. A grande novidade é a estreia do filme “O Presente da Vida”, produção que conta com a participação de atores locais e da atriz Eliete Cigarini que incorpora uma avó que comemora uma situação emocionante de sua vida enquanto relembra outros tantos momentos simples, de intensa felicidade, nos seus tempos de menina. O roteiro do filme foi criado pela equipe contratada pelo CCSD a partir de argumento escolhido a partir de concurso promovido ao longo do ano.

O público também poderá assistir aos dois filmes produzidos pelo CCSDog desde a indtrodução de um nú-

cloe de cinema em suas atividades: “O Bem Sempre Retorna” (2021), que conta a estória de três crianças que fazem de tudo para ajudar um pipoqueiro sem trabalho, às vésperas do Natal, e “A Semente de Natal”(2022), estrelado pelo ator Leonardo Medeiros e crianças da cidade.

Além dos filmes, o evento contará com a presença de atores das produções e promoverá uma grande arrecadação de brinquedos novos e semi-novos para serem entregues às crianças da cidade em campanhas de cidadania na época do Natal.

Info:

Semana Umberto Magnani de Teatro 30/10 a 03/11/24

Entrafa: Grátis

Palácio da Cultura Umberto Magnani Netto

Noite de Cinema do Centro Cultural Special Dog 11/11_20h (2ª-feira)

Entrada: 1 brinquedo novo ou semi-novo

Palácio da Cultura Umberto Magnani Nett0

Santa Cruz é uma das 100 maiores em valor de produção do agro nacional

Em meio a mais de uma década de franco crescimento econômico, Santa Cruz do Rio Pardo aparece na lista dos 100 municípios de maior valor de produção do agronegócio brasileiro. Os dados divulgados pelo MAPA (Ministério de Agricultura e Pecuária) são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e referem-se à Produção Agrícola Municipal (PAM) de2023, que avaliou 70 produtos das lavouras temporárias e permanentes produzidas nos 5.563 municípios brasileiros, juntos totalizaram R$ 814,5 bilhões em valor de produção.

Com sua efetiva produtividade em culturas intensivas, como a laranja, e extensivas, como a soja, o milho e a cana-de -açúcar, Santa Cruz ocupa a 83ª posição do ranking nacional, que traz apenas quatro municípios do Estado de São Paulo. Santa Cruz é segunda dentre cidades paulistas com resultados expoentes no cenário nacional.

Mais de 30% do total – Juntos, os 100 municípios com maior valor de produção indicados pelo PAM 2023 respondem por 31,9% dos resultados do agro nacional, chegando a R$ 260 bilhões.

O valor de produção de Santa Cruz no período foi da ordem de R$1.380.267, respondendo por 0,2% do total nacional, participação onde há pouca diferença na lista a partir da 50ª posição. A cidade brasileira com o maior valor de produção, Sorriso (MT), alcançou um valor de produção superior a 8 bilhões, correspondente a 1% do total nacional.

Produtos de destaque – Dentre os 70 produtos nacionais que foram computados no PAM 2023, o MAPA destacou 17 que respondem por 90,4% no valor da produção. A soja aparece como o produto de maior valor e volume de produção no país, seguida da cana-de-açúcar, milho, café algodão, laranja, mandioca, arroz, feijão, trigo e cacau. Depois aparecem frutas como banana, uva, manga, maçã, mamão e melão.

As cidades por produto – O MAPA também divulgou listas por produto, onde aparecem os municípios de maior valor da produção e 5 municípios com maior quantidade produzida de cada produto. Nessa análise, Santa Cruz aparece nas listas dos cinco maiores em valor e volume de produção de laranja em todo o país, ressaltando a importância da citrucultura para o município que soma mais de 50 mil hectares destinados

* Cultura permanente de grande produtividade por área de cultivo, a laranja foi introduzida no município a partir dos anos 80 *

a essa cultura somente no principal produtor local, a AGT Citrus, sediada na fazenda Guacho.

Soja faz a diferença – O grande peso da laranja nos resultados alcançados pelo município não seria suficiente, no entanto para que a cidade alcançasse tamanho destaque. Avaré e Botucatu, por exemplo, também aparecem nas duas listas da laranja, mas não constam entre os

maiores em valor de produção nacional. Santa Cruz conseguiu esse feito graças à produção de grãos, especialmente da soja, que ocupa 40 mil hectares no município, além do milho e da cana-de-açúcar, que também se destacam.

Repercussão – Conheça a avaliação desse resultado por parte de importantes atores do setor agro de Santa Cruz: “É importante destacar que Santa Cruz

* Abaixo, a produção agrícola de Santa Cruz do Rio Pardo em 2023, segundo tabela do PAM-IBGE. Com grande produção de laranja, que é uma cultura intensiva, ou seja, se produz muito em menos espaço, o município tem ainda uma área considerável de plantio de soja, seguida pelo milho e pela cana-de-açúcar. Na coluna da direita, o valor de produção das principais culturas da cidade. Apenas o arroz e o algodão, que integram as principais culturas do país (gráfico da direita) não aparecem na lista do município *

tem diversidade na atividade agropecuária. Está entre os quatro maiores municípios paulistas em área da cultura da soja.. É também o 5º município do Estado em laranja, graças à atividade da AGT na Fazenda Guacho, que foi pioneira e está entre as propriedades com os ISOs que marcam qualidade em todos os sentidos. O município também é produtor significativo de produtos em ambiente protegido, possuindo importante e

* A partir da esquerda, o presidente do Sindicato Rural de Santa Cruz e região, Antonio Consalter; o produtor de soja, milho e outros grãos, Rogério Ferrari, da Romalure Agrícola, e o direitor de produção agroindustrial da AGT Citrus, Ezequiel Castilho*

reconhecida empresa produtora de mudas como a Hidroceres, que exporta para outros estados e países. Possui ainda grande rebanho bovino em exploração extensiva e se destaca na área de pecuária de corte com aumento de animais em confinamento e em semi confinamento, abastecendo mercado nacional e internacional. Temos ainda uma grande área de plantio de cana-de-açúcar que abastece usinas da região.” Toninho Consalter, presidente do Sindicato Rural.

Para o produtor Rogério Ferrari, da Romalure Agrícola, que também integra a diretoria da Aprosoja-SP, sediada na cidade, a produção de soja e milho, além

da cana, que já é tradição da cidade, foram determinantes para que a cidade entrasse para a lista dos 100 maiores municípios em valor de produção do agro nacional. “Hoje estima-se que tenhamos 40 mil hectares de produção de soja, então, com certeza, a soja é uma grande locomotiva do nosso município”, avalia Ferrari.

Ele acredita que esse resultado fortaleça ainda mais a imagem da cidade que passou a ser destaque no setor, atraindo uma grande quantidade de cooperativas e empreendimentos de apoio ao segmento. “Esse resultado agrega valor e visibilidade ao nosso município, não apenas

para o agro, mas para toda a cidade”, afirma. Ferrari também aponta a maior presença de bancos na cidade, indicando o interesse do setor financeiro em ofertar linhas de crédito e de investimento para empresas. “Estar entre as 100 maiores do agro nacional fortalece um resultado que o agro local vem conquistando nos últimos anos. Isso atrai investimentos, geração de empregos e de renda para o nosso município”, conclui Ferrari.

Para o diretor de produção agroindustrial da AGT Citrus, Ezequiel Castolho, sSanta Cruz do Rio Pardo se destaca porque porque tem um valor agregado por hectare. “O plantio de laranja começou

em 1988. Do total de 8 mil hectares de plantio de laranja na região, 50% é produzido na cidade, que também é sede da empresa que emprega dois mil funcionários”, relata. “A cidade vem se destacando ano a ano por seus resultados no agronegócio. Somente a AGT conquistou muitas premiações da Revista Globo Rural nos últimos 10 anos, ficando em primeiro lugar em cinco edições e entre as 3 melhores em outros 3 anos, na categoria de frutas, flores e hortaliças”, diz Castilho. Além da laranja, a fazenda Guacho produz limão siciliano e tem um expressivo rebanho de gado confinado.

A calvície deixou de ser um estigma masculino

Finalmente acabou. Ninguém mais precisa encarar a calvície. A não ser que goste. O tabu em torno dessa condição é coisa do passado. Ser calvo ou careca deixou de ser algo irreversível e de depender de soluções complexas, como o implante capilar. A mudança tem origem num processo simples: as próteses capilares feitas com cabelo natural. Uma alternativa de resultado tão positivo que tomou conta das redes sociais, abrindo a caixa de pandora do universo masculino confinado ao uso de bonés e outros disfarces.

A mudança no comportamento masculino em relação à aparência mudou evoluiu muito, aliás. Hoje, homens se depilam, aparam as sobrancelhas e cuidam da pele sem se sintirem intimidados. O mesmo se aplica agora aos cabelos, ou à falta deles. São milhares de vídeos de transformação nas redes sociais, mostrando que além de quebrarem a limitação imposta pelo preconceito, os homens se sentem também livres para mostrar a diferença que o uso de uma prótese faz.

Muito além dos cabelos – O ponto alto dos videos emocionantes que vemos na internet, mostrando o trabalho de profissionais especializados no assunto atendendo gente de todo lugar, é a satisfação dos clientes. São ápices de alegria e de um reencontro com a própria aparência, comprometida pela calvície por períodos que somam décadas na maioria dos casos. “Felicidade. Felicidade de me ver com o cabelo que há muitos anos eu não me via. É uma felicidade grande, que te emociona, te arrebata lá pra trás, quando você ainda tinha cabelo e que te traz a satisfação enorme de você ver que está melhor do que estava antes de colocá-la”, afirma Natal Camacho, que colocou a prótese há alguns meses.

Ele viajou até Piracicaba para fazer e colocar a prótese, que é confecionada com cabelo humano já no primeiro atendimento. “Após você colocar a prótese, recebe um kit de tratamento para o dia-a-dia do cabelo. São cuida-

dos normais. E a cada 15 a 20 dias, faço a manutenção em um salão da cidade”, explica Natal que investiu em torno de R$ 5 mil reais no trabalho feito pelo profissional Robson Ramos, famoso pelos filmes que divulga na internet.

Além das expectativas – Segundo nosso entrevistado, o resultado supera todas as expectativas. Tanto de praticidade, como de adaptação ao uso da prótese, que não impõe nenhuma limitação à rotina do usuário. “Pode tomar banho, nadar, correr... sem o menor risco de desconforto ou insegurança”, conta.

Natal também destaca que a reação das pessoas foi 100% positiva e muitas vezes supreendente, pois chegavam a não notar que a mudança em sua aparência estava nos cabelos.. “As pessoas ficaram tentando saber o que eu tinha feito para rejuvenescer. Perguntaram até se havia feito harmonização facial”, revela Natal, num sinal de que a prótese tem mesmo um efeito muito natural na aparência das pessoas.

Investimento na auto estima – Enquanto a produção das próteses capilares está concentrada no talento e ousadia de alguns profissionais, a manutenção pode ser feita em muitas cidades, facilitando a vida dos clientes.

* A perda gradativa de cabelo durou mais de 20 anos na vida de Natal Camacho. Adepto da prótese capilar, ele está esbanjando alegria com o resultado que trouxe de volta sua identidade *

Natal faz a sua a cada duas ou três semana em Santa Cruz,

* Com o tempo, a pessoa tende a se acostumar e não percebe o avanço da calvície. Quando decide pela prótese, no entanto, há um resgate da própria identidade. A satisfação atinge um nível que o usuário nem esperava, recuperando também a auto estima e a confiança em si mesmo *

com o cabeleireiro Luiz Fernando Madeira, sócio do salão Monet Coiffeur. “Hoje em dia a imagem é importante pra tudo, emprego, relacionamentos..., mas o importante é o bem estar da pessoa. A maioria se sente tão bem que muda o estilo de vida. A pessoa vai para a academia, se veste melhor, sorri mais, pois a vaidade fica a mil. É muito legal ver essa transformação completa que a auto confiança traz”, avalia Fernando.

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O tempo não para

Pingo estava cochilando quando ouiu um burburinho na cozinha. Eram seus tutores falando baixinho. Bom de ouvido, como qualquer cão que se preze, Pingo esticou as orelhas de abano, qual antenas captando tudinho: “Tadinho.... como vai reagir? Será que vai entender? Estou sem coragem de encarálo”˜..... Ouviu Pingo, intrigado.

fungada em torno daquele monte de pelo caramelo, espregui;ou-se e foi para um canto dormir tranquilo.

Mais à tardinha, veio a notícia: o velho e bom amigo Duque, que cresceu brincando e se aventurando com Pingo, tinha virado estrela.

Pingo arfou apreensivo quando reparou que seu bom amigo já não respirava. Depois, deu uma boa

Os tutores de Pingo ficaram surpresos, mas nosso mascote lhes ensinou uma grande lição. Afinal. cães são seres especiais, sensíveis e amigos por todo o sempre. E sabem que a vida na Terra é finita. Por isso vivem um dia de cada vez, felizes e em paz, sem brigas, sem tramoias ou vinganças.

Pingo e seus amigos de quatro patas sabem que chega uma hora que irão embora, deixando para outros cães a missão de alegrar a vida dos humanos.

No início, era o VERBO. Encontre-os aqui!

ABRIGAR ACORDAR AGIR

AGUARDAR

AJUDAR

AMAR

ALCANÇAR APROVEITAR

ARRUMAR BEBER

BEIJAR CANTAR

COMER CONSIDERAR DEITAR

DEVER

DIZER

DORMIR

ENGANAR

ERRAR

ESTUDAR

FAZER

GOSTAR

GRAVAR

GUIAR

INSTIGAR

JOGAR

JULGAR

LATIR

LEVAR

LIVRAR

MEDIR

MIAR MINGUAR MOVER

MUGIR

NAMORAR

OCORRER

PROCURAR

RALAR

REALIZAR

REFLETIR RELER RELINCHAR

RESMUNGAR RESPEITAR RETRIBUIR RETUMBAR REVER REMAR REZAR RODAR RUMINAR SALTAR SOPRAR SORRIR SUSPIRAR TIRAR TOMAR TRABALHAR TRANCAR UIVAR VARRER VENDER VERSAR ZANZAR

PR ZANZ AR IZH M O VERQ C

RU ARRU MA RUIJUÇAS IO

ILEVAR RO MACBEIJAR M RAL0AD OI RFA H U PILO E

AH R I ZR ES M U N G A R F TG R

HROAAAGI RRO A UIVARR

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ROVUNQMINGUARRLEMP

TEGEHUBISOQMOJRRIO

OIVLRAMARNJCAMARÇS

RGEEZUIGAJOGARZAUR

EÇRORATI DER C A REVED

SUSPIRAR UOZ D H ORZBO

ANAMORAR JHO Ç Q RARIT

ITRABALH ARG N U FOJUD

arte: Sabato Visconti

Quando uma só pessoa é capaz de revolucionar uma entidade social

Ele é um fenômeno a serviço dos idosos de Santa Cruz do Rio Pardo. Aposentado da atividade que exerceu por 40 anos, o farmacêutico Valdeir Nantes decidiu retribuir a saúde que reconquistou nos últimos anos ajudando o Lar São Vicente de Paulo de Santa Cruz do Rio Pardo. Seu ingresso na diretoria da entidade, há cerca de dois anos, revelou uma vocação nata para fazer as coisas acontecerem de maneira intensa, rápida, eficiente e transformadora. Com uma simpatia fora de série, ele trouxe vida nova aos idosos, aliás muito mais do que vida, ele trouxe qualidade de vida!

360: Você era farmacêutico e no momento de aposentar-se assumiu uma função de agente social, como isso aconteceu?

Valdeir Nantes: Depois de me aposentar pensei em curtir a vida passear sem hora para acordar etc., mas isso não foi algo consegui conciliar. Fui então convidado pelo Frei Bruno a fazer parte da Mesa do Dízimo no Santuário Nossa Senhora de Fátima. E depois, pelo Frei Fernando, a coordenar essa ação da igreja. Naquele momento, enfrentei um problema sério de saúde e recebi a graça da cura. Foi então que pedi a Deus para me colocar num caminho para servi-lo. Foi um período de luta, em que também perdi meu irmão, o Dr. João Nantes, que prestava serviço voluntário para o Lar São Vicente de Paulo. Então fui convidado assumir a sua vaga. Foi quando tudo começou.

360: Por que decidiu ajudar o lar dos idosos?

VN: Para preencher a mente, o tempo e tentar fazer o melhor aos nossos idosos que ali vivem.

360: Você vem promovendo mudanças na rotina dos idosos. Como a diretoria reage?

VN: Eu coloco as minhas idéias para toda diretoria e nunca foram contra. Entrei com objetivo de fazer melhor a eles e não só ficar pensando. Eu sou de pensar e por em prática. E comunico

* Valdeir Nantes com a esposa Rosângela (à esquerda) e com moradoras e colaboradoras do Lar São Vicente de Paulo (acima) mudança radical na vida dos idosos *

tudo o que pretendo fazer. E eles entendem que não faço nada para aparecer, mas para divulgar ao máximo a nossa entidade, que passou por um período obscuro. Com toda essa atividade, o presidente Acácio e o vice-presidente Jacyr me deram todo o comando, até sobre os funcionários.

360: Pode nos listar as mudanças que você promoveu e as que pensa realizar?

VN: A primeira foi tirar o horário de visitas, que era só aos domingos com hora marcada. Agora, parentes e amigos não têm horário, nem dia para visitá-los. Depois partir para questões práticas. Coloquei ventiladores , estou montando uma padaria dentro entidade. Reformei todas as camas, trocamos todos os colchões. Aumentamos o número de funcionários, contratamos enfermeira padrão, introduzimos o relógio de ponto, criamos novos uniformes e identificação da equipe, promovemos reuniões de trabalho. Temos agora um preparador físico, mudamos a alimentação, e além do

* O espaço para eventos da entidade foi revitalizado para ser locado e também tem gerado recursos por meio de quermeses mensais *

médico habitual, incluímos um oculista e um dentista. Colocamos câmeras de segurança, melhoramos as instalações do ambulatório, reativamos o salão de cabeleireiro e a barbearia para os idosos. Colocamos o salão de festas em ordem para locar para eventos e também promover eventos beneficentes do Lar. E o rebatizamos de Salão Viva. Os idosos também aproveitam as instalações, naturalmente. Trocamos a iluminação da frente da entidade e seguiremos com melhorias. O mais importante, no entanto é a atenção que faço questão de dar aos idosos. Eles ganharam um amigo. Conversamos, ouço seus causos, expresso minha afetividade a todos. Carinho é o melhor remédio.

360: Notamos que você também os tirou do isolamento social. Fale sobre isso. VN: Tomei atitude de levá-los para passear, para tomar sorvetes , comer um hambúrguer, ir ao teatro. Formos ao Graal Estação Kafé con-

hecer as novidades. E eles se sentem muito felizes. Eles adoram sair. E fazemos tudo com todo o cuidado, transporte com ônibus com plataforma para total segurança.

360: Você tem um entusiasmo gigante e certamente os idosos estão reagindo às suas iniciativas. O que eles dizem?

VN: Quando chego, percebo nos seus olhares, além do amor que recebo deles, a confiança. Eles compreenderam desde o começo a intenção de estarmos ali para o bem estar deles.

360: Você tem consciência que essa mudança no tratamento aos idosos precisa ser irreversível. Não tem medo de se cansar ou que isso não seja levado adiante?

VN: Não pretendo parar de ajudar. Só se minha saúde vier impedir. Mas creio em Deus que vou muito longe. E se em algum momento eu não puder passar carinho pelo menos estou mostrando a outros que ali estão como se faz.

360: É notório o apoio e o envolvimento da sua esposa nas suas iniciativas. Isso ajuda?

VN: Minha esposa Rosângela sempre foi minha parceira em tudo. Devo tudo que sou e que tenho à ajuda dela. É uma pessoa sempre atenciosa, que pensa no próximo e está sempre ao meu lado, vestindo a camisa também. O apoio dela me dá muita motivação e fica tudo mais fácil tendo uma esposa que te acompanha.

360: Você acha que qualquer pessoa poderia ter esse tipo de atitude, se dedicar tanto a um trabalho voluntário, mesmo não tendo um padrão de vida seguro e confortável?

VN: Sim. Conheço muitas pessoas, mas vejo o seu perfil e percebo se aquela pessoa tem o dom, porque para ser voluntário tem ter um chamado Deus. Tem estar no seu coração . Tem estar para servir a qualquer hora. Toda entidade tem voluntários, mas muitos aceitam apenas

para dizer que estão ajudando algo. E não é assim. Voluntário tem vestir camisa e sentir orgulho de poder ajudar ao próximo.

360: Quais as realizações que estão sendo planejadas para o futuro?

VN: Há muito a ser feito. Queremos pintar tudo, aumentar as alas das mulheres. Também penso em fazer tipo pensionato. Temos espaço para isso. Também penso em construir mais uma parte para o salão de festas. E quero levar os que estiverem em condições para conhecer o mar. Tudo leva tempo e dinheiro, mas essas são as minhas metas. Deus me guiando com saúde, pretendo fazer essas e muito mais. Vou colocar o nome do Lar São Vicente entre as melhores entidades.

360: Você algum dia na sua vida tinha imaginado se jogar dessa maneira na promoção do bem estar de idosos acolhidos em uma entidade pública?

VN: Nunca tinha passado pela cabeça, mas aí, quando você participa e vê os resultados aparecendo é muito gratificante.

360: Como a equipe que trabalha no Lar tem reagido à todas as mudanças e atividades que você vem implantando?

VN: No começo foi um namoro. Fomos nos conhecendo. Fui me mostrando com gestos de carinho e reconhecimento pelo serviço. Passamos a nos reunir periodicamente, algo que não havia antes. Além de elogiar or acertos, fomos dando liberdade. Hoje somos amigos. Eles sentem que têm um ombro amigo ali dentro, que não sou patrão de ninguém. Então ficou muito fácil

360: Você usa muito as redes sociais para falar dos idosos e das suas iniciativas. Por que isso é importante?

VN: Acredito que tudo que é bem feito tem ser divulgado. O Lar estava fora da mídia, ninguém sabia o que acontecia lá dentro, porque tinha hora até para visita. Então, você há de convir que se você estiver esperando visita, estará limpinha e bem vestida. Agora, caso contrário você fica à vontade, em casa, de pijama. Com a mudança, eles podem receber visita a qualquer hora. E por isso estão sempre arrumados, lindos. Queremos mostrar esse astral, essa alegria que pode existir todos os dias na vida dos idosos.

360: Qual o nível de satisfação pessoal que você encontra nesse trabalho?

* Valdeir mudou a rotina dos idosos que vivem no Lar São Vicente com atividades nas dependências da entidade e também passeios diversos *

VN: Satisfação total. Não vejo hora de acordar com saúde agradecer a Deus e seguir em frente. Esta entrega me fez dar muito mais valor à vida e à família. Sou muito feliz.

360: Até onde pretende ir?

VN: Boa pergunta. Até onde Deus permitir.

360: Que conselho você daria a que tem vontade de fazer algo pela comunidade?

VN: Que escute seu coração. Porque ele te fala e te avisa. E quando isso acontecer, não deixe passar para ano que vem vou fazer isso ou aquilo. Vá agora. Se dedique à sua intuição e você verá portas se abrirem. Principalmente a do céu.

360: Alguma coisa que você gostaria de acrescentar?

VN: Sim, agradecer as pessoas e empresas que têm respondido com muita ajuda às nossas iniciativas. São muitos parceiros. O Graal Estação Kafé, o Johnny Burguer, a Sorveteria do Pedrinho, as unidades públicas que nos atendem, a empresa de ônibus, a Vaquinha do Alimento, a Academia Sport Center, o professor Lamoso, que é nosso voluntário... O povo de

Sta cruz colabora muito. E isso só aumentou porque o Lar São Vicente está mostrando o que realmente é e para quê serve. A ideia é fazer tudo com a maior transparência e logo estarei pres-tando contas de entrada e saída de recursos para todos ficarem sabendo onde está sendo usanda a ajuda que nos enviam.

* Visitas são bem-vindas e estimuladas. Podem acontecer todos dias, em qualquer horário. Os idosos agradecem *

* Valdeir cuida pessoalmente da seguran;ca dos moradores do Lar São Vicente, inclusive na hora do passeio *

fotos:
Valdeir

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