foto: Flávia Rocha | 360
especial ROck Rio Pardo 2017 é um encarte da edição 138 do Caderno 360. Todos os direitos reservados.
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programação completa
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encarte especial do Caderno foto: Flavia Rocha + 360 _ Rock Rio Pardo 2016
O rock sarcástico da carioca Matanza
foto: divulgação
“O Rock Rio Pardo é um evento consagrado que atinge um número cada vez mais expressivo de pessoas,além do apoio das empresas. Decidimos patrocinar porque queremos associar a nossa marca a eventos que se destaquem pelo respeito ao público. E já estamos colhendo resultados.” Lincoln Shiguematu Jr., diretor da BMS patrocinadora Master do Rock Rio Pardo
SÁBADO_ 29/7_15h: show das bandas abaixo. 23h: MATANZA
Charlie Marte. [Funk Rock]_ Formada final de 2016, o estilo musical das linhas de guitarra e baixo consiste principalmente de rock, além de elementos do punk, metal, funk rock e rock psicodélico. No repertório, músicas autorais e covers das principais influências, como Planet Hemp, Red Hot, Chilli Peppers, Foo Fighters e Charlie Brown Jr. H Miltinho Sanches (vocal), Paulo Oliveira (baixo), Mateus Gasperi (bateria) e André Leite (guitarra)._Pioneiro do Norte/PR
The Hangovern. [New Clasic Rock]_ Criada em 2013 com um estilo próprio e inovador, tem raízes no hard rock dos anos 70, no folk e no blues. Acaba de lançar seu primeiro EP e aposta que o rock ainda pode ser surpreendente. , HLeandro Dart (vocal), Marcelo Frey (guitarra), Rafael Romano (baixo) e Leandro DeVilla (bateria)_São Paulo
Gato Carteiro. [Rock’ n’Roll]_ Formada em 2006, faz versões exclusivas do Rock Nacional e Internacional. Em 2007 lançou o EP com as músicas Sabugo, Amigo Tranquilo e Histórias Elétricas de um Cuco Maluco. HLuciano Penedo (voz e guitarra), Luiz Carlos (guitarra), Julio Martins (baixo) e Well Bueno (bateria) _Jaú
No Fate [Classic Rock]_ Formada em 1993, foi pioneira do rock'roll em Sta. Cruz, fazendo do Bar do Cersão reduto do rock na cidade e abrindo caminho para bandas mais jovens. Já teve várias formações das quais se mantém o vocalista Vanio de Marqui. H Vaninho (vocal), Renato Neli (guitarra), Kaio Profeta (bateria) e Jé Cardoso (baixo)_Sta Cruz do Rio Pardo
Landau 69 [Pop Rock]_ Criada de 2002 por grandes amigos aos 17 anos, conquista o público com seu entusiasmo ao executar um repertório eclético. Com mais de 250 shows, partir de 2011, agregou a participação de uma segunda guitarra alternando talentos. H Barry (bateria), Tiago Cachoni (vocal e guitarra), João Rafael (baixo) e Wender Gomes (2ª guitarra) _Sta Cruz do Rio Pardo
Baleia Mutante. [Surf Music]_ Criada em 2010 por Bart (tocou na Astronautas, HellSakura e Edy Star /Raul Seixas), a banda lançou o disco "Confusão Sonora Organizada" (2012), com 8 faixas, incluindo “Marte, aí vou eu!” (2º lugar categoria instrumental do Samsung EFestival 2014). Destaca-se por versões de sucessos do rock. H Bart Silva (bateria), Adriano Speto (baixo) e Gabi Suyama (guitarra)_São Paulo
Sephion. [Heavy Metal] _ O metal da banda foi idealizado pelo vocalista B. Fortress, que compôs "Today I Know" (2011). Em seis meses, a Sephion venceu a 1ª edição brasileira do Festival Imagine, do JMI, organização musical para jovens da Europa. A banda gravou um EP com seis músicas autorais. H Brenno Fortress (vocal), Alex Steps (guitarra) Gabriel Stomp Paiva (guitarra), Pierre Setrak (baixo) e Gabriel Santalla (bateria)._Santos
Com a palavra: FREJAT 360:Como será o show do Rock Rio Pardo 2017? Frejat: Um show pra cima, com muitos sucessos, pra o público dançar e se divertir.
foto: Cristina Granato
360: Você já tinha ouvido falar desse evento?
Frejat: Não, só depois que fui convidado a participar.
Porém, o rock tem grande importância para a cidade, a ponto de haver um bar rural que sem360: Sta. Cruz é uma cidade de pre sediou shows das bandas menos de 50 mil habitantes, locais e da região e, com o pasonde o setor agro é bastante sar do tempo, terem criado esse forte já que o município é um evento que vem ganhando desdos maiores do estado de SP. taque e tem apoio da prefeitura da cidade. Como você avalia a presença do rock'roll num ambiente tradicionalmente voltado para o universo sertanejo? Frejat: Acho interessante, pois o rock é uma música mais ligada à cidade , ao urbano, do que a um ambiente mais agrícola, mas existe o rock rural feito por Sá , Rodrix e Guarabyra para me contradizer. 360:Você vai se apresentar para um público bacana, formado por jovens, pela velha guarda e por crianças, já que o rock tem um núcleo família muito forte. O que é importante pra você numa apresentação dessas? Frejat: Acho que o meu público hoje atravessa gerações e
em vários lugares me vejo tocando para várias gerações. Considero isso um privilégio que a vida me deu,pois não acontece com todos os artistas. Agradeço, desfruto e vou em frente. 360: Nós vivemos, aqui em Santa Cruz, um movimento muito forte em defesa do Rio Pardo, que vive às voltas com tentativas de obras de barragens que ameaçam sua integridade. Qual sua posição a respeito da preservação ambiental e das nossas riquezas hidrográficas do país? Frejat: Acho que temos de ter uma visão de equilíbrio e bom senso na nossa relação com o meio ambiente.Temos de parar de pensar em construções gigantescas, que submergem cidades e pensar mais em eficiência e custos razoáveis, mas não sou um especialista para opinar sobre um caso específico. 360: O Rock Rio Pardo foi criado
por músicos amadores que até hoje trabalham voluntariamente para a realização do evento, que completa 15 anos e tornouse uma realização da prefeitura com patrocínio de empresas privadas. Como você avalia essa iniciativa de quem gosta de fazer um som e consegue realizar um evento desse porte? Frejat: Acho maravilhosa e aplaudo o envolvimento e dedicação de todos. 360: O Rock Rio Pardo é um evento aberto a todo o público cujo acesso é permitido mediante a contribuição de alimentos não perecíveis, doados a entidades carentes da cidade.
Você já tinha visto um evento de rock dessa natureza? Frejat: Não , nunca tinha visto. 360: Os fãs ávidos por uma foto, um autógrafo, o que devem esperar? Frejat: Num festival isso é um pouco mais complicado pela grande quantidade de pessoas, mas não é impossível. 360: Qual o seu recado para cada pessoa que pretende assistir e curtir o seu show de 30/7? Frejat: Eu estou muito feliz por participar do festival e espero que tenhamos uma noite memorável, com muita música e muita alegria.
DOMINGO_ 30/7_15h: show das bandas abaixo. 21h: FREJAT
Elder King. [Hard Rock] _Fundada em 2015, tem influências de rock progressivo, heavy metal, punk e metal. Nasceu com o propósito de levar novas perspectivas sobre as mudanças do mundo e conscientizar sobre o comportamento atual e acaba de finalizar seu 1º álbum, “This Country Is Mine”, que traz suas vertentes. H Bah Poeta (vocal), Zet (guitarra base), Ricky (guitarra solo), Tomate (baixo) e Cola (bateria). _S. José do Rio Preto
Katakisma. [Heavy Metal] _Formada em 2012, a banda se preocupa exclusivamente em ser espontaneamente heavy metal, utilizando artifícios e ideologias totalmente naturais para criar um som dentro do estilo e do espírito do movimento rock. H Luiz Gustavo (vocal e abobo), Kleber Oshikawa (guitarra solo), Lucas Amadeus (guitarra base), Lucas Rosin (baixo) e Rafael Souza (bateria). _Sta Cruz do Rio Pardo
Deck 66. [Rock Pop Reggae] _ Formada em 2012, já se apresentou em mais de 15 cidades do estado de São Paulo. No repertório, as mais variadas vertentes do Rock nacional e internacional. H Guilherme Anzolin (voz), Filipe Okano (baixo), Lucas Dias (bateria) e Jordi Rovero (Roadie /Assist.Geral)._Bauru
Rockwell. [Rock Brasil]_ Formada em 2008, sob influências do rock, funk, reggae e a energia musical dos anos 90, traz composições que passeiam pelo cotidiano, experiências e realidades pessoais e superação, além da beleza feminina e natural. H Rafael Santiloni, Junior Giradella, Murilo Barrile, Vitor Hugo e Victor Abreu._Botucatu
High Voltage [AC/DC Cover]_Criada em 2007, busca reproduzir as duas fases do AC/DC com fidelidade de timbres, pegada e caracterização de seus integrantes apostando no carisma dessa grande banda como atrativo aos amantes do velho rock’n’roll. HDoug Scott (voz), Paulo Young (guitarra solo), Gaspa Young (guitarra base), Euler (bateria), Agostinho (baixo). _Bauru
“É um evento bacana, bem organizado e que traz boas bandas. É bom poder ajudar a vialibizá-lo através do patrocínio.” Erik Manfrim, diretor da Special Dog patrocinadora Master do Rock Rio Pardo
Em sua 15ª edição, o Rock Rio Pardo prova que veio para ficar. O evento que atrai gente de todas as idades, estilos e até mesmo gosto musical, prova que a união é realmente capaz de trazer ótimos resultados. Este ano, além de um contingente maior de empresas no patrocínio, de apoio municipal e participação nas áreas de alimentação, produtos típicos e outros itens que tornam o evento de dois dias imperdível, descolado e repleto de gente de
todo lugar, novidade fica por conta da mudança do palco, que cedeu lugar para uma área vip sem deixar de garantir ao público em geral o direito de assistir aos shows no gargarejo. A inclusão de um espaço pago (preços e local de compra abaixo) busca suprir uma demanda dos frequentadores que levam crianças e parte da velha guarda, que sentia falta de um pouco mais de conforto para permanecer longos períodos no local. É o que nos conta o secretário de cultura e membro da Comissão de Bandas (grupo de músicos que criou o evento) Luciano Pimental, o Barry. “Muitas pessoas reclamavam das filas para alimentação e sanitários, especialmente em se tratando de crianc;as. Então criamos uma área com serviço de bar e buffet, garçons, segurança, telas para assitir aos shows, sofás e outros itens sem que isso mudasse o acesso do público em geral à área do palco", afirma Barry. Outra mudança no Rock Rio Pardo 2017 é a grade de shows. Apesar de ser mês de férias, grande parte do
público trabalha na segunda-feira. Por isso, no domingo serão seis bandas tocando até às 21h, quando está agendado o show de Frejat (lembrando festivais podem atrasar, por várias razões). Em contrapartida, no sábado, serão oito bandas antes do show do Matanza, às 23h, encerrar a primeira noite. Vale informar que o público que estiver com pique após o show do Matanza, no sábado, poderá esticar a noite no Bar do Cersão, tradicional reduto de rock da cidade, que abrirá seus portões na chácara Santa Lúcia, do outro lado da cidade. Além do rock nas pick-ups, músicos poderão levar seus instrumentos e fazer uma jam session pela madrugada.
para se apresentar, tanto que a cada ano mais e mais bandas nos procuram e entendem perfeitamente o trabalho que a Comissão de Bandas faz para que todos consigam ter ótimos frutos dessas apresentações", afirma. Uma vez inscritas no site do festival, as bandas são selecionadas pela organização. O público também participa do processo através de uma enquete feita em rede social. Este ano, mais de cinco mil votos
Rock Rio Pardo faz 15 anos e consolida Sta Cruz no cenário rock'roll
O after hours no famoso bar de rock rural não faz parte da programação do festival, mas já era esperado por boa parte do público roqueiro que frequenta a casa nas festas mensais. Seleção das Bandas_ Ponto que gera certa polêmica no festival, a remuneração das bandas se mantém na base da ajuda de custo para quem vem de fora enquanto as bandas da cidade tocam de graça. A esse respeito, Barry explica que o evento exige altos investimentos para ocorrer da maneira organizada que o consagrou, a entrada permanece benemerente (1 kg de alimento para entidades) e há os custos dos shows com grandes nomes do rock nacional, aguaradados pelo público. Esse sistema, segundo ele, não incomoda os músicos, que reconhecem a oportunidade que o Rock Rio Pardo proporciona para as bandas . “A visibilidade que o festival dá às bandas, acaba compensando o investimento feito
elegeram as bandas Charlie Marte (de Norte Pioneiro/PR) e Elder King (de São José do Rio Preto/SP), que abrirão o evento no sábado e no domingo, respectivamente. Sobre o retorno efetivo que as bandas obtêm ao se apresentarem no Rock Rio Pardo, Barry pode falar com propriedade, já que á baterista da Landau 69, que este ano se apresenta no dia 29. “Eu me sinto
honrado. Para nós, que estamos acostumados a tocar com menor expressão de aparelhagem, tocar no mesmo palco em que se apresentam bandas como Ultraje a Rigor, Frejat, Titãs, Sepultura e cia, é totalmente compensador, pois você tem a mesma estrutura que uma banda famosa para mostrar o seu trabalho. Isso abre muitas portas e nos dá condições de fazer um material de divulgação cada vez melhor e maior. Além disso, uma coisa é você tocar para um público de 500 a 800 pessoas, outra é você pegar um festival que te coloca ali na frente 10 a 15 mil pessoas, vendo seu trabalho, cantando junto com você, participando e aplaudindo. É algo que em palavras eu não conseguiria transmitir. Só quem já esteve tocando no Rock Rio Pardo vai saber a sensação de encarar uma platéia dessas, vale muito a pena.” Para quem assiste, não resta dúvida de que os músicos, além de se apresentarem para um grande público num palco digno de grandes astros, se realizam enquanto se divertem. E muito. *por Flávia Manfrin | editora 360
Serviço: Rock Rio Pardo 2017: 29 e 30/7_ 15h. Recinto Expopardo. Ingresso: 1 kg de alimento não perecível. Área Vip: R$ 60, p/1 dia e R$ 100, p/ 2 dias (menores de 12 anos acompanhados de pagantes não pagam). Estacionamento: R$ 10,/motos – R$ 15, carros – R$ 20, vans e ônibus. www.rockriopardo.com.br Bar do Cersão: 29/7 após o encerramento do show do Matanza. Chácara Sta. Lucia - Fone: 14 99835.2630. www.facebook.com/bar-do-celsão