TC
cadernos de
BIBLIOTECA
Biblioteca Parque Matriz
Uma nova biblioteca para Jaraguรก
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issuu.com/cadernostc
Cadernos de TC 2020-2 Expediente
Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Detalhamento de Maquete Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráfica Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754
Apresentação Este volume faz parte da coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2020/1, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.
A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.
Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq.
BIBLIOTECA PARQUE MATRIZ Jaraguá-GO O projeto refere-se em um novo conceito e uma nova proposta de edifício para a Biblioteca pública na cidade de Jaraguá Goiás. O intuito é trazer para a cidade um espaço atrativo, recreativo e educativo permitindo e atendendo funções acessíveis a toda população trazendo diferentes classes sociais para o mesmo lugar, harmonizando o conhecimento, lazer e a interação entre as pessoas. O novo conceito da biblioteca parque é um espaço dinâmico podendo promover mudanças sociais e culturais tornando a leitura um habito, com espaços mais lúdicos principalmente para as crianças criando uma visão diferente para as bibliotecas, tornando-as mais convidativas.
Amanda Munielly G. Ribeiro
Orientador: Maíra Teixeira amunieelly@gmail.com
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LEGENDAS: [f.1] Projeto biblioteca parque. Fonte: Do autor. [f.2]JaraguĂĄ-GO. Fonte: Do autor.
O projeto consiste no desenvolvimento de uma nova proposta para a biblioteca Municipal implantada na Praça Silvio de Castro Ribeiro - que serĂĄ revitalizada - no antigo centro da cidade de JaraguĂĄ-Go. A biblioteca Dr. Augusto Ferreira Rios ĂŠ a Ăşnica existente da cidade, e nĂŁo se sabem o tempo que ela foi implantada no local. Ela ĂŠ uma biblioteca pĂşblica, e desde a sua construção se manteve no mesmo lugar, na praça em frente a primeira igreja que foi construĂda na cidade. Que antes era um largo, depois se tornou uma praça e logo apĂłs veio a construção da biblioteca. A biblioteca ĂŠ pequena comparada a população e por ser a Ăşnica da cidade. Um local pouco utilizado por nĂŁo ter conteĂşdo suficiente e pelo fato de hoje em dia o acesso as tecnologias de informação estarem mais acessĂveis, entĂŁo o espaço acaba deixando a desejar por nĂŁo conseguir suprir a necessidade das pessoas.
O objetivo ĂŠ a implantação de um biblioteca pĂşblica com programa mais expandido em relação as tradicionais, contribuindo para cidades mais justas em relação aos espaços pĂşblicos favorĂĄvel ao convĂvio e tambĂŠm ao desfrute da vida por meio do lazer, abordando novos programas de modo que convide a população a se interessar pela leitura de uma forma mais didĂĄtica. As bibliotecas pĂşblicas tem apresentado ambientes mais aptos, atrativos e lĂşdicos em relação ao conhecimento nĂŁo sĂł para o leitor individual, mas para a vida comunitĂĄria. Agregando novas tecnologias, espaços e serviços. O objetivo deste tema e trazer para a cidade um novo meio de integração, convivĂŞncia e lazer para a população, onde a praça e a biblioteca Municipal atual da cidade nĂŁo atendem a necessidade da população, o que faz muitos nem perceberem a existĂŞncia da mesma.
[f.02]
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[f.03] LEGENDAS: [f.3] Espaço infantil, Biblioteca parque Rio de janeiro. Fonte: http://www.bibliotecasparque.rj.gov.br/bibliotecas/espaco/
As pessoas estão em uma constante mudança, e a leitura é uma grande aliada onde ela nos mostra caminhos, ensina, ajuda na interpretação e traz conhecimento. A infância e um fase de brincadeiras, sendo uma das formas que elas mais aprendem, o lúdico entra de maneira pra ensinar de um jeito mais fácil, onde as crianças despertam um interesse envolvendo-as facilmente na leitura, pois a brincadeira e algo ligado a elas.
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Lúdico pode ser algo difícil de se definir, mas a atividade lúdica é uma atividade descobridora que está do lado da seriedade e além da brincadeira, tornando a desistência do silêncio absoluto em todos os ambientes, sendo um dos elementos fundamentais das bibliotecas nesta era digital, transformando-as mais flexível, acessível e convidativas.
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LEGENDAS: [f.4] Projeto biblioteca parque. Fonte: Do Autor. [f.5] CafĂŠ literĂĄrio, Biblioteca Metropolitana Columbus Filial de Dublin Fonte: www.archdaily.com.br [f.6] Acervo, Biblioteca Metropolitana Columbus Filial de Dublin Fonte: www.archdaily.com.br [f.7] Biblioteca parque LeĂłn de Grieff. Fonte: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieff-g iancarlo-mazzanti
A imagem da biblioteca tradicional ĂŠ ligada a ideia de um depĂłsito de livros, considerada um lugar de concentração, estudos, silencioso e sagrado Idealizando a Biblioteca como um ‘templo de conhecimento’, onde deve se permanecer em silencio. Mas com o passar do tempo essa ideia vem desmanchando e se tornando um espaço de prazer e didĂĄtico. No mundo contemporâneo, com a introdução das tecnologias de informação as bibliotecas tradicionais nĂŁo estĂŁo mais atraindo as pessoas, onde elas passavam horas lendo e fazendo pesquisas. Hoje nĂŁo se busca apenas por livros, por isso as bibliotecas precisam se reinventar, mas sem perder sua essĂŞncia de transmitir o conhecimento, onde ela precisa ter outra finalidade que nĂŁo seja simplesmente a de depĂłsitos de livros. A biblioteca parque tem um conceito mais amplo do que a tradicional [f.05], vai alĂŠm de ter um acervo literĂĄrio e de oferecer emprĂŠstimos, ela tende em focar na inclusĂŁo social de modo que todos se interessem pela leitura de uma forma mais didĂĄtica atravĂŠs de programas culturais, esportivos, oficinas, espaços lĂşdicos[f.06] para crianças e cursos profissionalizantes, que podem gerar resultados muito positivos. A partir disso as bibliotecas estĂŁo passando e sofrendo diversas transformaçþes e adaptaçþes tecnolĂłgicas, indo muito alĂŠm da leitura na vida de um indivĂduo, se tornando edifĂcios com tecnologias de informação e vĂĄrios meios de comunicação, possuindo um grande papel social, onde a leitura ela pode ser tanto fĂsica ou virtual. Desse modo e possĂvel compreender que o papel da biblioteca deixou de ser a de busca por informaçþes, que estĂŁo disponĂveis maciçamente. O foco passa ser a conexĂŁo online, espaços para interagir com a informação. Com a missĂŁo de proporcionar um ambiente de encontros, discussĂľes, brincadeiras e eventos[f.07].
A biblioteca parque ela cria um espaço onde as crianças elas podem brincar, ler, participar de oficinas e descansar,[f04]. assim elas nĂŁo se sentem presas com aquela ideia de lugar rĂgido e silencioso, o que fazem se sentir atraĂdas e tende a focar e aprender mais, criando um vĂnculo com a leitura.
[f.05]
[f.06]
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[f.07]
EVOLUĂ‡ĂƒO DAS Desde o inĂcio da humanidade os homens sempre procuraram registrar sua historia, na prĂŠ-histĂłria os registros eram atravĂŠs de pinturas nas paredes das cavernas, entĂŁo as bibliotecas surgiram a partir da necessidade que os homens viam de reunir, conservar, organizar e armazenar os conhecimentos da sua ĂŠpoca, mas isso sĂł foi possĂvel depois da descoberta da escrita. Surgindo entĂŁo a primeira biblioteca que foi na Antiguidade, e nesse tempo eram apenas espaços de armazenamentos de livros, nĂŁo sendo como as que conhecemos hoje. [1] A palavra biblioteca ĂŠ originada do grego bibliotheke, que chegou atĂŠ nĂłs atravĂŠs da palvra em latim bibliotheca, derivada dos radicais gregos biblio e teca que, respctivamente significam livro e coleção ou depĂłsito. (CUNHA, 1997) Martins (2002), nesse tempo as bibliotecas eram apenas espaços de armazenamentos de livros, nĂŁo tinham o carĂĄter pĂşblico, sendo mais um local que escondiam os livros do que um lugar para preservĂĄ-lo, a escrita eram feitas em tabuas de argilas, conhecida como “cuneiformeâ€?, pois o homem ainda nĂŁo conhecia o papel. A palavra biblioteca nĂŁo deve apenas se referir a depĂłsito de livros, mas sim a toda e qualquer compilação de dados registrados em diversos suportes. (SOUZA, 2005) Durante a Idade Media as bibliotecas eram sob o domĂnio da igreja catĂłlica e ficavam restritas aos mosteiros, sendo considerado locais sagrados, seu acervo era fechado ao pĂşblico tendo os usuĂĄrios especĂficos, sendo definida como uma guardiĂŁ dos livros. Nessa ĂŠpoca o nĂvel de analfabetismo era muito alto. [1]
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A primeira biblioteca na GrĂŠcia foi fundada por PisĂstrato, a qual tinha o carĂĄter de biblioteca pĂşblica e chegou a reunir vĂĄrias obras. (MARTINS, 1956, p. 79) Sendo na ĂŠpoca do renascimento que as bibliotecas realmente passaram a ter o acesso por todos. [1] As Bibliotecas de NĂnive, PĂŠrgamo, gregas, romanas e a de Alexandria, sĂŁo as mais importante da antiguidade, sendo a de Alexandria a mais famosa e importante desta ĂŠpoca, e hoje sĂł possui registros histĂłricos de que essas bibliotecas existiram no mundo antigo. [1] Na primeira metade do sĂŠculo XVI existem poucos relatos sobre livros e bibliotecas existentes no Brasil, os mesmos sĂŁo escassos o que torna quase insignificante nesse perĂodo. Os poucos que tinha ficavam sobre domĂnio dos padres e magistrados do exercĂcio. As bibliotecas e os livros sĂł começaram aparecer a partir de 1549 com a instalação do Governo Geral em Salvador-Bahia, assim começou o sistema de educação e os primeiros acervos do Brasil foram dos conventos da Companhia de Jesus - os JesuĂtas. [1] Moraes (1979) A vida intelectual estava concentrada no norte do paĂs e foi lĂĄ que iniciou a produção literĂĄria naquilo que ele chamou de “Idade MĂŠdia Brasileira.â€? [1] Com o tempo as bibliotecas estĂŁo passando e sofrendo diversas transformaçþes e adaptaçþes tecnolĂłgicas tornando o mundo virtual a continuidade dos livros, e nĂŁo o substituindo criando uma parceria com a internet e tornando o computador uma mĂĄquina de ler e um novo suporte para a leitura. Surgindo um o novo conceito de bibliotecas parque, com intuito de promover o bem-estar social, com oficinas e espaços com acesso a tecnologias de informação. Esse desenvolvimento marca toda a revolução do saber. [1]
NOTAS: [1] Dados obtidos atravÊs da pesquisa no Art. Origem e Evolução das Bibliotecas no Ocidente ao Longo do Tempo. Autor: JosÊ Henrique Adriano dos Santos
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Colégio Jesuíta - BA Primeira biblioteca do país, início dos primeiros acervos.
[f.08]
1549
280 a.c
Biblioteca de Alexandria. Pioneira e a mais importante do mundo antigo.
[f.09]
[f.12]
A nova Biblioteca de Alexandria construída em homenagem a pioneira biblioteca do mundo antigo.
[f.08]
2002
1960
Biblioteca Nacional de Brasilia Projeto de Oscar Niemeyer, conhecida como “Biblioteca sem livros”, Inaugurada somente em 2008.
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[f.13]
[f.10]
Biblioteca Mario de Andrade - SP Segunda maior biblioteca pública do Brasil e umas das mais importante de pesquisa.
1925 1808
Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
[f.11]
[f.14]
Biblioteca Parque de Manguinhos - RJ Primeira Biblioteca parque do Brasil, inspirado no projeto de Medellín.
2010 2007
Biblioteca Parque de Medellín 2007 Primeira Biblioteca parque do mundo, com objetivo de oferecer oportunidades econômicas e sociais iguais à população.
LEGENDAS: [f.8] Biblioteca de alexandria. Fonte: https://literaturapolicial.com/2016/02/23/10-bibliotecas-mais-importantes-da-antigui dade/ [f.9] Biblioteca colégio jesuíta. Fonte: https://www.culturavigilenga.com/a-biblioteca-dos-jesuitas [f.10] Biblioteca nacional do Rio de Janeiro. Fonte: https://diariodorio.com/a-historia-da-biblioteca-nacional-rio-de-janeiro/ [f.11] Biblioteca de São Paulo. Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2017/04/20/bibliotec a-mario-de-andrade-dei xara-de-funcionar-de-m adrugada.htm [f.12] Biblioteca nacional de Brasilia. Fonte: https://www.publishnews.com.br/materias/2019/11/12/o-calendario-de-eventos-liter arios-da-biblioteca-nacional-de-brasilia [f.13] Nova biblioteca de alexandria. Fonte: https://www.girassolviagens.com/a-moderna-biblioteca-de-alexandria/ [f.14] Biblioteca parque de Medellín. Fonte:https://www.flickr.com/photos/26146554@ N08/ 5386131142 [f.18] Biblioteca parque de manguinhos Rio de Janiero. Fonte: http://www.bibliotecasparque.rj.gov.br/niteroi/bibliotecas/
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[f.15]
NA COLÔMBIA
NOTAS: [2.3] Dados obtidos atravĂŠs da pesquisa no Plataforma Arquitectura 2019.
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O conceito de biblioteca parque surgiu em MedellĂn na ColĂ´mbia, que fazem parte de uma rede municipal de bibliotecas. MedellĂn considerada atĂŠ meados dos anos 90, uma das cidades mais perigosas do mundo, colocou em pratica vĂĄrias medidas para promover o bem-estar social e a segurança pĂşblica, resgatar e promover a cidadania, com a ideia de levar os livros para as zonas de riscos, periferia pobre e marginalizada. Com isso foi construĂdo noves bibliotecas parque, edifĂcios que sĂŁo espaços pĂşblicos em primeiro lugar, sendo o principal objetivo de usar a arquitetura publica como meio para alcançar uma reinvenção das prĂĄticas sociais, construindo o papel social atravĂŠs da arquitetura para representar uma sociedade modernizada e para produzir um novo senso de comunidade e cidadania. A biblioteca foi construĂda para promover praticas educativas, culturais e sociais nos bairros de MedellĂn, como ponto de transformação e fortalecimento das comunidades, Indo alĂŠm de ter um acervo literĂĄrio e de oferecer emprĂŠstimos de livros, focando na formação de leitores, proporcionando cursos e oficinas. Com isso diminuiu gradativamente o Ăndice de violĂŞncia e iniciação de jovens no mundo das drogas. Essas estratĂŠgias reforçam o caratĂŠr social da bibloteca e o poder de transformação dos espaços para a comunidade onde estĂĄ inserida e com isso alcança resultados significativos quanto ĂĄ transformação da sociedade. A biblioteca parque LeĂłn de Greiff ĂŠ uma das que faz parte da rede, foi projetada pelo arquiteto colombiano Giancarlo Mazzanti e inaugurada em 2007. Faz parte do projeto de requalificação urbana de MedellĂn, sendo um dos edifĂcios que compĂľe as redes de bibliotecas parque da cidade. O edifĂcio ĂŠ composto por trĂŞs mĂłdulos de contĂŞiner girados (quadrados) de concreto aparente que giram adaptando-se a topografia e as vistas, possuindo um volume semi enterrado que conectam os trĂŞs blocos, sendo adaptada a topografia do local e se abre para a contemplação da paisagem.
A biblioteca estå inserida em uma årea pública que Ê utilizada para atividades esportivas, conectando-se a årea superior e inferior do bairro. A implantação da biblioteca tem uma relação com o local atravÊs do espaço público na sua cobertura que funciona como um mirante, onde ocorre tambÊm as realizaçþes de eventos culturais.
FICHA TÉCNICA Arquiteto: Giancarlo Mazzant
[3]
Ano: 2007[3] à rea total: 37.546 m² [3] à rea biblioteca: 6.800 m² [3]
ACERVO Acervo total: 20.165 [3] Acervo geral: 14.813 [3] Acervo infantil: 5.532 [3]
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[f.16]
[f.17] Centro comunitário Biblioteca Auditório
[f.18]
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O programa é dividido entre os três blocos que abrigam o auditório, biblioteca e o centro comunitário e administração, e no volume de circulação fica a cafeteria e exposições. A estrutura dos três blocos são idependentes do volume curvo, são de alvenarias estrutural e cada bloco possui dois eixos de pilares retangulares de concreto. O acesso principal é por meio da via pública, direcionando o usuário ao espaço de circulação principal que liga os três blocos [f.17]. As fachadas principais são composta por grandes paineis de vidro e para minizar a incidência solar os paineis são de vidro vermelho. Na parte inferior as pedras são molduras para as aberturas e o balanço das lajes serve como proteção solar.
[f.19]
LEGENDAS: [f.16]Biblioteca León de Greiff. [f.17] Desenho esquemático com distribuição do programa. [f.18] Espaço infantil. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2019 [f.19] Espaço de convivência. Fontes: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieff-g
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NOTAS: [4.5] Dados obtidos através da pesquisa no archdaily, 2020
A biblioteca de Santo Domingo também faz parte da rede de Bibliotecas Parque da Espanha, projetada pelo arquiteto Giancarlo Mazzanti e inaugurada em 2005. O edifício fica em uma das encostas que foram afetadas pela violência desde os anos 80. O programa da biblioteca é um plano diretor social para oferecer oportunidades iguais a população, devido a rede de trafico de drogas que opera na cidade de Medellín. A cidade está localizada no norte da cordilheira dos Andes, sendo um dos lugares mais topograficamente quebrados da Colômbia. O edifício segue a ideia do local mostrando as direções desconhecidas dos contornos irregulares das montanhas, um edifício dobrado cortado como as montanhas. O edifício é perceptível em grande parte da cidade, o que o torna como um símbolo de um novo Medellín, sendo um dos pontos turísticos da cidade. O edifício cria por meio do seu design de interiores a ideia de que os indivíduos se descontextualizam da pobreza. O programa do edifício é fragmentar em três grupos: A biblioteca, as salas e o auditório, criando três blocos que operam independentemente.
No volume das salas está o hall de entrada, salas polivalentes, sala de informática e salas dedicas a conferências, palestras, exposições e outros tipos de reuniões que relacionam com a cultura e a exclusão social. No volume do auditório encontra o café e o auditório, e no ultimo volume da biblioteca possui um parque infantil, recepção, sala meu bairro, onde as pessoas se reúnem e expõe diferentes experiencias. Possui também uma academia e um anfiteatro. [4]
FICHA TÉCNICA Arquiteto: Giancarlo Mazzant
[5]
Ano: 2005[5] Área: 5.500m² [5]
[f.20]
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[f.21]
Entrada Circulação Acesso serviço
[f.22]
[f.23]
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LEGENDAS: [f.20]Biblioteca León de Greiff. [f.21] Desenho esquemático com distribuição do programa. [f.22] Espaço infantil. Fonte: Plataforma Arquitectura, 2019 [f.23] Espaço de convivência. [f.24] Espaço de convivência. Fontes: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-6075/biblioteca-parque-espana-gianca rlo-mazzanti
[f.24]
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[f.25]
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SUA A cidade de JaraguĂĄ - GO se localiza no centro do estado de GoiĂĄs, situado no Parque EcolĂłgico da Serra de JaraguĂĄ, ĂŠ um municĂpio emancipado de PirenĂłpolis e se inclui na MicrorregiĂŁo de AnĂĄpolis, no Vale do SĂŁo PatrĂcio. Considerada o maior pĂłlo de confecção do Centro Oeste e conhecida por seu patrimĂ´nio cultural, ĂŠ um das cidades mais antigas do estado, que estĂĄ situada a 85 quilĂ´metros da cidade de AnĂĄpolis e 120 km da capital do estado. O povoamento de JaraguĂĄ iniciou-se apartir das buscas de riquezas minerais do solo goiano no sĂŠculo XVIII, entre os anos de 1731 e 1737, em tempos que ainda se usuvam a mĂŁo de obra escrava. O Bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva veio com sua bandeira rumo ao GoiĂĄs e fundou varios arraial como Vila Boa (cidade de GoiĂĄs), Meia Ponte (PirenĂłpolis) logo descobrindo mais uma regiĂŁo aurĂfera, impulsionando a criação de acampamentos ĂĄs margens dos rios e cĂłrregos, e a construção da primeira capela Nossa Senhora da Penha - terreno da intervenção - surgindo Arraial denominado CĂłrrego de JaraguĂĄ, que logo se tornou Vila de JaraguĂĄ pertencendo ao julgado de Meia-Ponte (atual PirenĂłpolis). Em 1882 foi emancipada e elevada a categoria de municĂpio passando a ser chamada apenas de JaraguĂĄ. No inĂcio da dĂŠcada de 1960, JaraguĂĄ sentiu os impactos decorrentes da construção da BR-153, mudando o ritmo de seu crescimento urbano, econĂ´mico e demogrĂĄfico o que fez tornĂĄ-lo em um nĂşcleo comercial e regional. Na dĂŠcada de 80 registra a chegada de maquinas na cidade, marcando a implantação da indĂşstria de confecção no local, o que a nomeou ao titulo de Capital das Confecçþes. JaraguĂĄ, jĂĄ com seus 283 anos de histĂłrias, passou por vĂĄrias modificaçþes e ampliaçþes. Um local que em 1940 havia 18 mil pessoas, hoje no ano de 2019 possui mais de 50 mil habitantes. [6]
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JaraguĂĄ
[f.26] BrasĂlia - 235 km AnĂĄpolis - 85 km Goiânia - 120 km
LEGENDAS: [f.25] Jaraguå ano de 1947. Fonte: Lucas Araújo[f.16] Mapa do estado de Goiås. Fonte: do Autor [f.26] Mapa da cidade. Fonte: do Autor [f.27] Evolução urbana. Fonte: do Autor NOTAS: [6] Dados obtidos atravÊs de pesquisas no livro Aspectos histórico–sociais de Jaraguå, Casa histórica do Padre Silvestres. [7] Dados obtidos atravÊs da pesquisa no IBGE 2019.
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[f.27]
Evolução da cidade PerĂodo de 1736 a 1957 PerĂodo de 1952 a 1965 PerĂodo de 1970 a 1987
PerĂodo de 1990 a 2000 PerĂodo de 2000 a 2010 Loteamentos recentes
à rea: 1.888,938 km² [7] População: 50 51 habitantes [7]
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LEGENDAS: [f.28] Largo igreja Matriz. Fonte: Lucas Araujo [f.29] Praça Silvio de Castro dÊcada de 70. Fonte: Genilson [f.30] Praça Silvio de Castro Fonte: Genilson [f.31] Imagem São Sebastião. Fonte: Igreja nossa senhora da penha. [f.32] Cavalhadas, festa do Divino. Fonte: Lucas Araújo 2017 [f.33] Cavalhadas, festa do Divino. Fonte: Lucas Araújo 2017 [f.34] Plantação de abacaxi. Fonte: do Autor [f.35] Confecção de Jeans em Jaraguå. Fonte: www.imb.go.gov.br [f.36] Igreja Nossa Senhora da conceição. Fonte: www.biapo.com.br [f.37] Igreja do rosårio. Fonte: do Autor [f.38] Igreja Nossa Senhora da Penha. Fonte: do Autor [f.39] Serra de Jaraguå. Fonte: Lorrane de Oliveira 2017 [f.40] Serra de Jaraguå. Fonte: Lorrane de Oliveira 2017 [f.41] Festa do peão. Fonte: www.jaraguago.com.br
E CULTURAL A Praça Silvio de Castro Ribeiro da Igreja Matriz – local de intervenção – quando aconteceu o povoamento da cidade era um largo [f.28], por ter o terreno Ă primeira igreja construĂda, onde o espaço era livre, sem nenhum mobiliĂĄrio e arvores, pois aconteciam todas as festividades da igreja, servindo como palco para atividades e convivĂŞncia da comunidade. Praças sĂŁo espaços livres pĂşblicos, com função de convĂvio social, inseridos na malha urbana como elemento organizador da circulação, geralmente contendo expressiva cobertura vegetal, mobiliĂĄrio lĂşdico, canteiros e bancos. PĂĄtios ou Largos sĂŁo espaços livres pĂşblicos definidos a partir de uma igreja ou outro elemento arquitetĂ´nico expressivo, alĂŠm do casario antigo aos quais dĂĄ acesso, de propiciadores do encontro social e eventualmente destinados a atividades lĂşdicas temporĂĄrias.(CARNEIRO;MESQUITA,2000, p.29).
Na dĂŠcada de 70 o espaço passou por uma reforma, tornando uma praça de convivĂŞncia [f.29]. Logo apĂłs foi construĂda a Biblioteca Municipal e o espaço da praça foi desmanchado para poder acontecer Ă s festas religiosas da parĂłquia [f.30], que acontece trĂŞs vezes ao ano, sendo elas as principais: Novena em louvor a SĂŁo SebastiĂŁo [f.31], Nossa Senhora da Penha que ĂŠ a padroeira da cidade e ao Divino EspĂrito Santo, que se comemoram as cavalhadas [f.32/33 ] e a folia do Divino. Época que atrai um maior pĂşblico para a cidade, festeiro e fieis do entorno da regiĂŁo, por conta da tradição centenĂĄria.
Por a cidade ser as margens da BR BelĂŠm-BrasĂlia, favoreceu a penetração dos produtos de agricultura [f.34] e industrias de roupas no mercado regional, se tornando um importante pĂłlo de confecçþes [f.35]. JaraguĂĄ possui um grande potencial turĂstico, porĂŠm ĂŠ pouco explorado. Sendo as construçþes histĂłricas, como a Igreja da Nossa Senhora da Conceição [f.36] a igreja do RosĂĄrio [f.37] construĂda por escravos, que ainda estĂĄ conservada e tombada pelo IPHAN (Instituto do PatrimĂ´nio HistĂłrico ArtĂstico e Nacional). E a Igreja Nossa Senhora da Penha (Matriz) [f.38] e algumas construçþes da ĂŠpoca pertencente Ă rua do rosĂĄrio, como os casarĂľes. A serra de JaraguĂĄ [f.39/40] ĂŠ a elevação mais importante da cidade, conhecida por fazer parte do circuito nacional do campeonato de parapente, por as correntes de ar ser consideras como uma das melhores do Brasil para praticar o esporte. A cidade recebe pilotos de vĂĄrios lugares, alcançando o destaque nacional. TambĂŠm no local estĂŁo instaladas as torres repetidoras de televisĂŁo. A festa do peĂŁo [f.41] tambĂŠm ĂŠ uma tradição que acontece no mesmo dia do aniversario da cidade, que ĂŠ dia 29 de julho, a festa acontece uma vez ao ano durante quatro dias, com rodeio em touros, exposiçþes de animais, praça de alimentação, show com artistas brasileiros, cavalgada e leilĂľes, ĂŠpoca que tambĂŠm atrai bastantes turistas para a cidade.
[f.28]
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[f.29]
[f.34] [f.38] [f.30]
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[f.35]
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LEGENDAS: [f.42] Biblioteca Municipal Augusto Ferreira Rios. Fonte: do Autor [f.43] Acervo biblioteca Municipal Augusto Ferreira Rios. Fonte: do Autor [f.44] Mapa de JaraguĂĄ-GO. Fonte: do Autor
A årea do trabalho escolhido Ê a praça Silvio de Castro Ribeiro da Igreja matriz e a Biblioteca Municipal Augusto Fereira Rios [f.43] o terreno ele fica no centro histórico da cidade de Jaraguå-GO. É o local mais antigo da cidade, localizado na região central, o entorno Ê cercado por residências, bancos e comÊrcios, tornando a årea bastante movimentado durante o dia. A cidade de Jaraguå Ê de tamanho e população consideråvel e possui apenas uma Biblioteca. Livros que se falam sobre a cidade, que contêm a evolução e como surgiu o povoado de Jaraguå lå não se encontra, então as vezes a população tem o interesse de ir atÊ o local pra saber mais um pouco sobre essa história e não encontram, então acaba que muitos não sabe toda essa trajetória da cidade. Fazendo com que o local deixa a desejar não suprindo a necessidade de quem a deseja utilizar.
Com isso faz com que a população nĂŁo frequente o local, onde eles sabem que na cidade tem uma, porĂŠm ĂŠ um local que nĂŁo se sentem atraĂdos por nĂŁo ter um espaço que possam se interagir ou passar um tempo ali lendo um livro, e pĂ´r as vezes nĂŁo terem o conteĂşdo que procuram. Assim o edifĂcio fica como se nĂŁo existisse por nĂŁo ter um pĂşblico que ele possa atender. EntĂŁo a proposta ĂŠ de um novo edifĂcio que possa atender Ă necessidade dos usuĂĄrios e que sirva de apoio para as escolas da cidade, onde o principal objetivo e promover a integração social, uma vez que a cidade necessita deste tipo de edifĂcio. No mapa de anĂĄlise da cidade de JaraguĂĄ-GO [f-44] foi demarcado as principais vias de acesso, e o terreno que serĂĄ trabalhado, Identificando tambĂŠm as escolas e colĂŠgios da cidade que a nova biblioteca irĂĄ atender.
[f.43]
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Amanda Munielly
N
[f.44]
Antigo eixo GO-60 Atual Avenida Bernado Sayão
GO-60
GO-427
Legenda Colégio Particular Colégio Estadual Escola Municipal
TERRENO
BR-153
Faculdade Evangélica Universidade Estadual de Goiás (UEG)
Biblioteca Parque
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LEGENDAS: [f.45] Mapa uso do solo. Fonte: do Autor [f.46] Mapa gabarito e vias. Fonte: do Autor [f.47 Mapa topografia e vegetação. Fonte: do Autor [f.48] Biblioteca Dr. Augusto ferreira rios. Fonte: do Autor
Av
.c
el.
tur
be
tin o
ulo alves
rio
s
N N
Av. dr. pa
O centro de Jaraguá é uma região bastante densa e predominante por residências, mas possui um número significante de comércios valorizando a região, como bancos, comércios, bares, órgãos da prefeitura, igreja, clinicas e edifícios históricos. O que gera potencialidades e problemáticas para o local, como o grande fluxo durante o dia, mas assim que os comércios fecham o fluxo diminui bastante deixando o lugar com aspecto de vazio. No local possui bastante poluição visual devido as fachadas dos comércios, porém a poluição do ar já não é tanta por ter uma quantidade considerável de vegetação. O acesso ao local se da por duas vias, Av. Dr. Paulo Alves e Av. cel Tubertino Rios. Sendo elas arteriais que passam do lado leste e oeste do terreno, sendo umas delas a principal avenidas que corta a cidade norte a sul. Esse acesso pode ser feito por veículos e pedestres. A topografia do local tem um caimento de 2m para Av. Dr. Paulo Alves, onde o nível mais alto está a 490 metros e o mínimo a 475 metros, o local da intervenção está em diferentes pontos de caimento, a igreja está no plano mais alto no nível 490, a praça e a biblioteca está entre os níveis 490 e 485. A malha urbana do local é irregular, onde possui um traçado de ruas e praças não retangulares com ruas curvas e com uma variação considerável na largura das mesmas.
[f.45] 0
25 Igreja Misto
50 Cemitério Comércio
Vazio Serviço
Residencial Institucional
[f.48]
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AmandaAmanda MuniellyMunielly
475
N
480
485
490
N
475
480 490 485 485 480
490
490
[f.46] 0
25 1 Pav. 2 Pav.
Parque Biblioteca parque
480 [f.47]
50 Local Arterial
485
0 Coletora Rodovia
25
50
Vegetação
28
O local de intervenção é localizado em uma das partes privilegiadas da cidade, que é o Centro Histórico, porém ao passar dos anos vem perdendo suas características representativas nos edifícios, por várias questões como, falta de interesse do poder público e pelos próprios donos dos imóveis. A partir da análise no local foi percebido que não a elementos além das arvores que atrapalhe a visibilidade e faça sombra no local, sendo bem ventilado por conta do gabarito da região. Ao decorrer do dia e um espaço da cidade que é bem movimentado por conta dos bancos que se encontram próximo, causando ruídos no terreno, mas durante a noite e um local bem tranquilo.
LEGENDA: [f.48] Praça silvio de castro ribeiro. Fonte: do Autor [f.49] Praça silvio de castro ribeiro. Fonte: do Autor [f.50] Lixeira da praça. Fonte: do Autor [f.51] Lixeira da praça. Fonte: do Autor [f.52] Banco da praça. Fonte: do Autor [f.53] Praça silvio de castro ribeiro. Fonte: do Autor [f.54] Iluminação praça. Fonte: do Autor [f.55] Iluminação praça. Fonte: do Autor
[f.54]
O terreno possui uma área de 4.026 m², possui arvores de grande e médio porte [f.49], No local possui mobiliários urbanos como lixeiras[f.50/51], bancos[f.52] e luminárias[f.53/54], onde alguns estão em boas condições já outros estão bem precários, as calcadas estão bem degradadas por descuido e por conta das raízes das arvores. Na parte posterior da praça, onde possui um lanche, que também ficam alguns vendedores ambulantes, é a parte em que as arvores de grande porte estão e as calçadas estão mais degradadas[f.55]. No mapa de análise a baixo é indicado onde foi tirada cada foto[f.48].
[f.51]
[f.55]
[f.50]
[f.53]
[f.52]
[f.48]
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Amanda Munielly
[f.49]
[f.50]
[f.51]
[f.52]
30
Biblioteca Parque
[f.53]
[f.54]
[f.55]
Com a implantação de um novo edifĂcio o objetivo ĂŠ que continue com a mesma função, porĂŠm com um novo conceito de biblioteca, que tende a focar na inclusĂŁo social de modo que a biblioteca se reinvente, mas sem perder sua esscĂŞncia, com o objetivo de que todos se interessem mais pela leitura de uma forma mais didĂĄtica. A biblioteca possui poucos livros e boa parte deles sĂŁo antigos, e nĂŁo possui nenhum atrativo no local para a sociedade de modo a despertar a curiosidade das crianças e dos jovens para a leitura. A intenção de permanecer a biblioteca no local que ela jĂĄ estĂĄ implantada e por estar na parte histĂłrica da cidade, assim permiti a aproximação das pessoas a cultura da cidade, mostrando a importância dos bens patrimoniais. A biblioteca parque irĂĄ atender a necessidade de todos, promover atividades para as crianças havendo um incentivo a
SOCIALIZAĂ‡ĂƒO
INTERAĂ‡ĂƒO
LEGENDA: [f.56] Diagrama com os benefĂcios da biblioteca parque. Fonte: do Autor [f.57] Diagrama programa de necessidades. Fonte: do Autor
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leitura, enriquecendo suas horas de lazer permitindo que os usuĂĄrios passem a ter o habito pela leitura, sendo possĂvel brincar com as histĂłrias e desenhar, possibilitando a criança a entrar no mundo da imaginação. O programa proposto tem como base as condiçþes apresentadas, que sĂŁo unir e ligar espaços. Espaços que seja mais convidativo, compensando a ausĂŞncia dos mesmos, propondo e desenvolvendo uma nova dinâmica para o ambiente, criando uma nova identidade estimulando o encontro e a interação entre os usuĂĄrios, sendo uma nova forma de ver e compreender os espaços. O novo espaço nĂŁo serĂĄ um local baseado somente em livros, sendo um espaço que incentiva a leitura, onde as pessoas terĂŁo mais oportunidades de aprendizados com espaços para interação e convĂvio despertando o seu interesse pela leitura e tornando-se um habito, proporcionando outras atividades alĂŠm da leitura.
CONVIVĂŠNCIA
BIBLIOTECA PARQUE
INFORMĂ TICA
TECNOLOGIA
LEITURA [f.56]
Amanda Munielly
Administrativo 7,09m²
36,42m²
13,06m²
Acervo Administração
35,39m²
Acervo de livros Acervo MultimĂdia
15,00m²
Acervo de livros infantil Acervo MultimĂdia infantil
Sala tĂŠcnica
Almoxarifado
Social
95,88m²
37,20m²
Estudos
Hall de entrada CafÊ literårio Recepção Guarda volumes terminal de consulta
75,40m²
Espaço de leitura Espaço de computadores
26,00m²
Espaço de leitura infantil Espaço de computadores infantil
Banheiros Femininos, Masculino e PNE
ConvivĂŞncia
Biblioteca Parque
60,00m²
Espaço de intereção
30,00m²
Espaço de intereção infantil
[f.57] 32
33
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[f.55]
Biblioteca Parque
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01
02
O volume ĂŠ implantado acompanhando o sentido longitudinal do terreno, tirando partido da sua morfologia, mas com a ideia de que nĂŁo seja um rebatimento.
O movimento que se faz na calçada puxando as linhas como referência cria-se cincos blocos distintos, seguindo as mesmas dimensþes da calçada.
03
04
O volume ĂŠ implantado acompanhando o sentido longitudinal do terreno, mas com a ideia de que nĂŁo seja um rebatimento.
O deslocamento dos blocos segue a ideia do movimento na calçada, dando a entender que no momento que a calçada recua o bloco avança e quando a calçada avança o bloco recua, como se eles se encaixassem.
13,6 10,2 13,6 9,5 8
10
14
14 10 14
35
05
06
A cobertura em diferentes alturas enriqueci e ao mesmo tempo quebra a rigidez da volumetria, criando movimento.
Por seguir as dimensþes da calçada os blocos não tem uma proporção entre eles, e seguindo essa ideia de proporção, as medidas usadas se intercala entre múltiplos de dois.
Amanda Munielly
Desde o inĂcio do estudo do projeto foi visando a conexĂŁo entre a biblioteca e a praça, onde acontece as festividades da igreja. A proposta ĂŠ de uma estrutura fixa para as barracas ganhando um carĂĄter contemplativo buscando espaços pĂşblicos mais atrativo permitindo a interação entre as pessoas.
A estrutura fixa acontece como um pergolado aos dias normais e durante a festa funciona como uma tenda. A intenção ĂŠ seguir a mesma ideia de deslocamento da volumetria fazendo com que tenha relação entre os mesmos, criando entĂŁo movimento na estrutura, sendo momento pergolado e momento ĂĄrea verde, funcionando como uma ĂĄrea de convĂvio e lazer
A paginação diferente acontece em determinado momento na praça com a ideia de ligação entre o velho e o novo, mas sem perder a principal identidade do lugar.
Biblioteca Parque
36
[f.60]
CafĂŠ literĂĄrio
Acervo
Acervo
Acervo infantil
Hall de entrada/ Recepção
Espeço de convivência
Espaço de computação
InformĂĄtica
Guarda volume funcionarios
Estudo Individual
Espaço de convivência
Espaço interativo
DML
InformĂĄtica
Estudos em grupo
Espaço de estudo
Almoxerifado/ Catologação
Acervo
WC
Espaço de convivência
Guarda volume Acervo/ Espaço de convivência
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15
01 CafĂŠ literĂĄrio
13
02 Recepção 03 Guarda volume 04 Catalogação/
14
Almoxerifado
07
05 DML 06 Banheiros 07
Espaço de leitura/ Convivência
08
08 Acervo literårio 09 Guarda volume 10 Caixa D’ågua 11 Espaço informåtica 12 13 14 15
12
Estudo em grupo Espaço infantil
08
Espaço informåtica Acervo infantil
07
08
11
11
10
07
08 07
09
08
07
AA
06
LEGENDA: [f.58] imagem Biblioteca Parque. Fonte: do Autor [f.59] Diagrama geração da forma. Fonte: do Autor [f.60] Diagrama praça. Fonte: do Autor [f.61] Planta Setorização. Fonte: do Autor
02
01
05
04
03 [f.61] M 0
Biblioteca Parque
5
10
38
39
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Biblioteca Parque
40
aa
cc
20%
aa
20%
20%
20%
20%
AV
.C
EL.
TUB
ERT
INO
RIO
S
M 41
0
5
10
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PAULO
ALVES
bb
AV. DR.
bb
cc
Biblioteca Parque
42
N
aa
aa
cc
AV
.C
EL.
TUB
ERT
INO
RIO
S
M 43
0
5
10 Amanda Munielly
Legenda: Acesso rampa Acesso escada
bb
AV. DR.
PAULO
ALVES
bb
cc
Biblioteca Parque
44
M 0
LNT
45
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CORTE aa 5
10
CORTE bb M 0
5
10
LNT
M 0
Biblioteca Parque
CORTE cc 5
10
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Pingadeira para dentro Tela perfurada em chapa de alumĂnio
Armação treliçada
Bloco de isopor
Preenchimento de concreto
Laje treliçada com isopor, 50cm Reboco de gesso (forro) Viga concreto armado Cano PVC ågua pluvial, 100mm Shafts de gesso (Drywall), pilar falso para esconder a tubulação, sendo de fåcil acesso caso seja necessårio
Vedação: Concreto armado
LAJE
[f.62]
0
Peça metålica fixada a viga, para cobertura do pergolado
LEGENDAS: [f.62] Detalhe laje. Fonte: Do autor. [f.63]Detalhe pergolado Fonte: Do autor. [f.64] Detalhe laje. Fonte: Do autor. [f.65]Detalhe pergolado Fonte: Do autor. [f.66] Material edifĂcio concreto. Fonte: archdaily [f.67]Vidro insulado. Fonte: aecweb [f.68] Pedra portuguesa. Fonte: mhmpedras [f.69]Madeira plĂĄstica Fonte: m.dutramaquinas [f.7]Metalon para pergolado. Fonte: mfrural [f.71]Fotos externas Biblioteca Parque. Fonte: Do autor [f.72]Fotos internas Biblioteca Parque. Fonte: Do autor
Toldo articulado fixo a peça metålica, cor bege
1
Viga em alumĂnio 15x15cm, pintura cor branco
Peça metålica de fixação na lona, aparafusada na viga metålica
Pilar em alumĂnio 20x20cm, pintura cor branco
Pavimentação em pedra portuguesa
Chapa em alumĂnio 30x30cm, para fixação do pergolado
[f.63]
PERGOLADO 0
47
0,5
0,5
1
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A estrutura escolhida foi a de concreto armado, pela sua resistĂŞncia e durabilidade e pelo seu custo relativamente baixo, esta forma de estrutura permite ter janelas diferente das convencionais, criando um charme a mais para o edifĂcio, essas aberturas foram de vidro insulado por ser um isolante termoacĂşstico. A laje foi a de treliça com isopor por suportar grandes vĂŁos, onde permite nĂŁo ter pilares no meio da circulação, alĂŠm das paredes de concreto armado foi proposto vigas de concreto para poder da uma sustentação a laje. Laje treliçada com isopor Paredes de concreto armado [f.64] [f.66]
[f.67]
[f.68]
[f.69]
[f.70]
[f.65]
Lona enrolavel
Biblioteca Parque
Pilar e vigas metĂĄlicas
A estrutura do pergolado foi em pilares e vigas metålicas, tendo uma lona enrolavel em cima onde serve de apoio para as festas que iram acontecer na praça. A materialidade da praça e de pedra portuguesa e madeira plåstica, por ser materiais mais permeåvel.
48
49
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[f.71]
Biblioteca Parque
50 [f.72]
LEGENDAS: [f.73] Oiti-Licania tomentosa. Fonte: Do autor [f.74]Oiti-Licania tomentosa. Fonte: sitiodamata [f.75] IpĂŞ mirim rosa. Fonte: Pinterest [f.76]Palmeira imperial. Fonte: safarigarden
Ă RVORE EXISTENTE
Saboneteira Pode atingir altura de atĂŠ 20 metros.
N
[f.73]
Ă RVORES IMPLANTADAS
Oiti - Licania tomentosa Pode atingir altura de atĂŠ 15 metros.
[f.74]
IpĂŞ Mirim Rosa Pode atingir altura de atĂŠ 7 metros.
[f.75]
Palmeira Imperial Pode atingir altura de 18 a 40 metros.
[f.76] M
51
0
5
10
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MODELO 01 Banco com suporte para lixeira e plantas em madeira.
Perspectiva
Vista Superior
MODELO 02
Perspectiva
[f.77] Vista Superior Biblioteca Parque
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MODELO 03
Perspectiva
Vista Superior
MODELO 04
Perspectiva
[f.77] Vista Superior 53
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ILUMINAÇÃO
LEGENDAS: [f.77] Detalhe dos bancos da praça da Biblioteca parque Fonte: Do autor [f.78]Detalhe da iluminação da praça. Fonte: Do autor [f.79] Detalhe das lixeira da praça. Fonte: Do autor [f.80] Fotos internas Biblioteca Parque. Fonte: Do autor
Poste iluminação em alumínio, com luz de LED.
Vista Frontal
Perspectiva [f.78]
LIXEIRA Lixeira em alumínio.
Vista Superior
Vista Frontal
Perspectiva [f.79]
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54
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[f.80]
[f.80]
Biblioteca Parque
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[f.80]
FONSECA, Maria CecĂlia Londres. JARAGUĂ : Tradição e Modernização. 1999. Tese (Mestrado em HistĂłria das Sociedades AgrĂĄrias) - Universidade Federal de GoiĂĄs, Goiânia. 1999. PREFEITURA DE JARAGUĂ . DisponĂvel em https://www.jaragua.go.gov.br/pagina/202-historia-. 2018/2019. UEG. Universidade Estadual de GoiĂĄs. ASPECTOS HISTĂ&#x201C;RICO-SOCIAIS DE JARAGUĂ . 2012. Grupo de pesquisa de JaraguĂĄ: Educação, MemĂłria e Identidade. ARAĂ&#x161;JO, LNB. Entrevista feita no dia 28/08/2019, 13:00 hora. BIBLIOTECA PARQUE MEDLLĂ?N. DisponĂvel em: https://www.archdaily.com.br/br/884133/arquitetura-com o d i s p o sitivo-politico-introducao-ao-projeto-de -parques-biblioteca-em-medellin. Acesso: 2019/2020 BIBLIOTECA PARQUE. DisponĂvel em: http://www.bibliotecasparque.rj.gov.br/ Acesso: 20 out.2019 MACHADO, Josiel Santos. O Processo Evolutivo das Bibliotecas da Antiguidade ao Renascimento. (Artigo) Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, SĂŁo Paulo, 23/12/2012. DponĂvel em: https://rbbd.febab.org.br/rbbd/article/download/237/235. 2018/2019 MILANESI, LuĂs. O que ĂŠ biblioteca. 1Âşedição (Coleção primeiros passos). SĂŁo Paulo, Brasiliense, 1983. BIBLIOTECA PARQUE. Archdaily. DisponĂvel em: <https://www.archdaily.com/2565/espana-library-giancarlo-mazzanti/> Acesso em: 20 out.2019.
Biblioteca Parque
SANTOS, J. M. Bibliotecas no Brasil: Um olhar histĂłrico. SĂŁo Paulo: Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, 2010. DisponĂvel em: file:///D:/Documents/FACULDADE/8%20PERĂ?ODO/C R I T I C A % 2 0 E % 2 0 T E O RIA/livro%20biblioteca%20-%20cronolog ia/BIBLIOTECAS%20NO%20BRASIL%2013 2-491-1-PB.pdf. Acesso em: 20 out.2019. SANTOS, JosĂŠ Henrique Adriano. Origem e Evolução das Bibliotecas no Ocidente ao Longo do Tempo. 2014. Monografia - Universidade de BrasĂlia Faculdade de CiĂŞncia da Informação, 2014. DisponĂvel em: file:///D:/Documents/FACULDADE/8%20PERĂ?ODO/CRIT I C A % 2 0 E % 2 0 T E O RIA/livro%20biblioteca%20-%20cronolog ia/BIBLIOTECA%20-%202014_JoseHenriq ueAdrianodosSantos.pdf. Acesso em: 20 out.2019. VIVA SĂ&#x192;O PAULO. DisponĂvel em: < http://cidadedesaopaulo.com/v2/atrativos/biblioteca-mario-de-andrade/> Acesso em: 20 out.2019. DE BOA.COM. DisponĂvel em: <https://brasilia.deboa.com/dicas-descontos/biblioteca-nacional-de-brasilia> Acesso em: 20 out.2019. PARQUE BIBLIOTECA LEĂ&#x201C;N DE GRIEFF. DisponĂvel em: https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/02-5937/parque-biblioteca-leon-de-grieff-giancarlo-mazz anti. Acesso: 2019/2020 NASCIMENTO, Lucia. L. PINTO, Valdir. B. VALE, Helena. C. P. O livro, a biblioteca e leitura: conhecer o passado para entender a (r)evolução tecnolĂłgica. XXV Congresso Brasileiro de Biblioteconomia, Documentação da Informação. FlorianĂłpolis 10/07/2013.
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