Moradia Estudantil: Casa de estudante da UniEvangélica l Andrea Ramos D'Abadia l UniEVANGÉLICA

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Moradia Estudantil Casa de estudante da UniEvangĂŠlica


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2019-1 Expediente

Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Detalhamento de Maquete Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráfica Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Anderson Ferreira de Sousa M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754


Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.

A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.

Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq.



O proposto trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo, tem como proposito uma moradia estudantil especificamente da instituição de ensino UniEvangélica, por se tratar de uma universidade que recebe uma grande quantidade de alunos de outros municípios, cidades, estados e até mesmo outros países. Em consequência do crescimento do centro universitário e dos cursos oferecidos pelo mesmo, a demanda por moradia estudantil tem aumentado gradativamente, a partir da necessidade de estudantes se estabelecerem no lugar em que está sediada a universidade surge a criação da moradia estudantil. Habitação essa que deverá oferecer qualidade e baixo custo, para que estudantes oriundos de diferentes localidades possam garantir sua permanência no ensino superior.

Casa de estudante da UniEvangélica

Andrea Ramos D’Abadia

Orientador: Rodrigo Santana Alves

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"habitar implica mais do que morar, cultivar ou organizar o espaço". Pois para ela, o habitar também "significa viver de um modo pelo qual se está adaptado aos ritmos da natureza", significa "ver a vida da pessoa como apoiada na história humana e direcionada para um futuro" Ela ressalta também, que esse estado envolve construir um lar. 06


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Andrea Ramos D’Abadia


justificativa As configurações de moradias tem mudado com o decorrer dos anos no Brasil, de maneira que, modelos como mudar da casa dos pais até se casar para se constituir uma nova família, já não são mais tão convencionais. Tais formas de organização, fizeram surgir a necessidade de novos formatos habitacionais, como o das moradias estudantis. Na busca por proporcionar uma melhor qualidade de vida para estudantes em situação de vulnerabilidade social, que vem de outras cidades para estudar em Anápolis, é criar um espaço que possa atender de forma adequada, economicamente acessível e nas imediações da faculdade esses estudantes. Para Araújo (2003) as moradias estudantis podem ser uma importante ferramenta facilitadora para a melhoria do desempenho acadêmico, já Lanasa e cols. (2007) avaliam que a vivência de estudantes em moradias especializadas promovem aumento significativo na participação e desempenho de atividades extracurriculares, bem como desempenho acadêmico. Fazendo entender portanto, que uma boa assistência para os acadêmicos coopera não somente para o bem estar dos indivíduos como para a própria universidade. A UniEvangélica conta com 2.435 alunos de outras cidades e até mesmo estados, significa dizer, que aproximadamente 31,5% dos discentes por não serem locais, acabam optando por moradias de alternativas de baixa qualidade, havendo assim a latente demanda para a criação de uma moradia estudantil para alunos da universidade. Esse projeto trará muitos benefícios para os Esse projeto trará muitos benefícios para os alunos da UniEvangélica, os quais terão melhores condições de moradia e estudo,

Moradia Estudantil da UniEvangélica

como também para a universidade, que terá um grande diferencial em relação as outras instituições da cidade. Para a concepção de um edifício residencial de caráter estudantil os recursos financeiros referentes a aquisição da área a ser construída e da obra serão da universidade e a administração e gestão das futuras moradias serão realizada por uma empresa do ramo imobiliário. Empresa terceirizada que ficará responsável pela preservação e manutenção do local, bem como pela parte financeira. Estas moradias serão destinadas a alunos de baixa renda devidamente matriculados no Centro Universitário UniEvangélica, provenientes de outras localidades e que comprovem carência socioeconômica e dificuldade para se manterem em Anápolis- GO. Previamente serão solicitados documentos semelhantes aos pedidos na obtenção de bolsas e financiamento estudantis que comprovem a situação do aluno. Estima-se que a maior parte dos alunos beneficiados pelas moradias se enquadre em algum programa de bolsas ou financiamento existentes (Pro-uni, Bolsa OVG, ...). Será implantado um sistema de aluguel, acessível e de baixo custo em relação ao preço cobrado na região, tendo em vista que devido à grande quantidade de alunos existentes, o preço de mercado é regulado pela lei de oferta e procura e por consequência eleva o valor dos alugueis e custos de sobrevivência na região. Além disso, haverá também retorno financeiro para a Instituição, pois com os valores dos alugueis será mantido uma infraestrutura do local de boa qualidade, sendo o possível lucro investido em laboratórios, professores e outros benefícios para a universidade.

Notas: Dados da quantidade de alunos vindo de outras cidade para estudar na UniEvangelica,dados disponibilizados pelo Uniatender da institiçao. LEGENDAS: [f.2] Espaço de convivência do Centro Universitário UniEvangélica-AnápolisGo.Fonte:Arquiv o pessoal.

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Problemática

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Andrea Ramos D’Abadia


Problemática Anápolis é uma cidade que exerce um grande papel no setor educacional no estado de Goiás, conferindo a ela um caráter de cidade universitária, e junto com essa demanda pela qualificação através do ensino superior, há um grande número de estudantes que vêm de cidades interioranas e de outros estados em busca de ensino de qualidade e que não é oferecido em suas respectivas cidades Por outro lado, grande parte destes estudantes enfrentam problemas financeiros, dificultando aspectos fundamentais como moradia, alimentação e transporte, e até mesmo os estudos, já que no setor em que as faculdades se encontram os valores cobrados, muitas vezes, são inacessíveis, além da infraestrutura inadequada para se viver. Consequentemente, o estudante de baixa renda tende organicamente buscar moradias mais distantes da faculdade, a fim manter os estudos. Atualmente o Centro Universitário UniEvangélica, possui um total de 7.735 alunos, sendo que 5.202 são alunos de Anápolis, 2.435 de outras cidades / municípios e 98 de outros estados, em haver nenhuma moradia que tenha vínculo com a universidade. Devido à falta de edifícios destinados a moradias estudantis, é possível notar que alunos acabam se estabelecendo em

moradias muitas vezes adaptadas e/ou distantes, várias são as dificuldades encontradas por esses estudantes, dentre elas estão: mudanças, mobiliários, gastos com manutenção, divisão de despesas e aluguel em meses que estão em férias escolares. Contribuindo para a evasão de alguns alunos da universidade, essa, está diretamente ligada a essas e outras dificuldades que são enfrentadas após sair de sua cidade natal. Segundo Girotto (2008) os principais obstáculos são para os estudantes se manterem na cidade: a insuficiência de residência, alta especulação imobiliária, os impactos urbanos (barulhos, fluxos de pessoas) e a exclusão social devido ao preconceito da população já residente com jovens vizinhos. Os estudantes não possuem apenas necessidades de encontrar um lugar que tenham simplesmente a função de dormitório, mas sim o ambiente que seja adequado a suas necessidades próprias e que possibilite descanso, estudo, lazer, dignidade e integração social. Logo, como a arquitetura pode contribuir para melhorar a realidade dos acadêmicos em situação de vulnerabilidade financeira da UniEvangélica? De que maneira o espaço pode vir a cooperar para que esses indivíduos tenham melhor desenvolvimento nos estudos?

Notas: Dados da quantidade de alunos matriculados no ano de 2018/1 vindo de outras cidades e ate mesmo outros paises, para estudar na UniEvangelica,dados disponibilizados pelo Uniatender da institiçao.

Moradia Estudantil da UniEvangélica

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cenário internacional

Universidade de Sorbone, em Paris . [f.3] 1170

1088 Fundação da primeira ideia de universidade em Bolonha.

cenário nacional

[f.4]

[f.7] 1919

Primeira Universidade Federal do Brasil.

1900

[f.9] 1939

1920

Republica Pureza.

Republica Castelo dos Nobres.

[f.8] Desde a idade média os estudantes já enfrentavam a questão de alojamentos. A necessidade desses estudantes de permanecerem no local da universidade, surgiu quando eles se viram, muitas vezes, distantes de suas casas, o que ocasionou a formação de moradias coletivas. O surgimento das moradias estudantis se deu a partir da criação das primeiras instituições de ensino superior e ele está ligado diretamente com a necessidade dos 11

estudantes de deixarem seus lares em busca de formação, sendo a Academia de Platão, fundada por volta de 387 a.C. foi a primeira escola da história com quartos para seus discípulos. As primeiras universidades surgiram entre os séculos XI e XII, e juntos com elas surgem as moradias coletivas para estudantes, sendo a primeira no mundo a Academia de Platão, fundada por volta de 387 a.C., ela possuía quarto para os Andrea Ramos D’Abadia


LEGENDAS:

Real Republica kagádos

[f.5] 1933

1264

Faculdades de Oxford [f.6]

[f.3]Universidade em Bolonha.Fonte: [f.4]Universidade de Sorbone, em Paris.Fonte: [f.5]Faculdade de Oxford.Fonte:https://ww w.pragmatismopolitico.c om.br/2017/10/universid ade-de-oxford-faz-perg untas-inusitadas-selecion ar-alunos.html [f.6] Republica Kadágos. Fonte:https://www.cam peaoprovincias.pt/notici a/kagados-a-mais-antiga-republica-d e-coimbra-festeja-85-an os [f.7]Republica Castelo dos Nobres. Fonte:http://triplov.com/ viagens/minas-gerais/ouro_preto/repub licas/index.htm [f.8]Primeira Universidade Federal do Brasil. Fonte: [f.9]Republica Pureza. Fonte:http://www.republ icapureza.com.br/ [f.10]Casa do estudante Goiânia. Fonte: [f.11]Casa do estudante nte Samanbaia. Fonte:

Casa do Estudante Goiânia. [f.11]

1960

1933 Casa do estudante Samanbaia.

[f.10]

discípulos dos filósofo, seguida pela Merton College Oxford na Universidade de Oxford no ano de 1264. As primeiras moradias estudantil do Brasil surgiram entre os anos de 1850-1860 na cidade de Ouro Preto, por conta do ciclo da mineração. A exigência por habilidades nos serviços de extração de minérios fizeram com que surgisse a escola de Minas de Ouro Preto, e com a existência de estudantes forasteiros, houve a necessidade da Moradia Estudantil da UniEvangélica

criação de moradias estudantis. Seguida pela primeira casa de estudantes em 1929, que mais tarde em 1937, se torna a União Nacional dos estudantes. Em Goiás a primeira casa de estudante foi a da Pontifica Universidade Católica no ano de 1978. As moradias estudantis no Brasil são vinculadas as instituição de ensino porém não se localizam dentro do campus da instituição, já nos outros países as moradias acontecem dentro do campus 12


como morar

[f.12]

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Andrea Andrea Ramos Ramos D’Abadia D’Abadia


A moradia não está relacionada somente ao lugar habitado, sendo assim ela é determinada por um conjunto de fatores, como as expectativas pessoais, felicidade e também frustrações e outros sentimentos que são subjetivos e ligados a cada pessoa e relacionados ao espaço. Apesar de terem condições semelhantes de vida, os estudantes, são indivíduos que tem uma diversidade de raças, credos, cultura, idade e outros aspectos que devem ser levados em consideração ao se projetar um espaço tão importante. Espaço que servirá como local de descanso, intimidade e convívio social. Segundo da Silva (2010), os estudantes universitários podem ser caracterizados como um grupo merecedor de especial atenção, dado seu momento evolutivo, geralmente de transição da adolescência para a vida adulta e vivenciando uma etapa de adaptação às novas exigências e desafios do contexto do ensino superior e de uma nova vida adulta. Geralmente os estudantes são de diferentes regiões e enfrentarão as diferenças sociais, culturais e sociais. Além de estarem em fase de transição para essa nova etapa ligada ao egresso ao ensino superior, também existe o aspecto em sair de suas casas e morar agora com colegas e amigos até então estranhos e ter de encarar um amadurecimento psicológico relacionado a responsabilidades e criação de valores sólidos. Por se tratar de um abrigo provisório e não permanente, o usuário permanecerá na habitação apenas durante o período de estudos na universidade e seu vínculo com a moradia estará restrito a esse período. O edifício deverá ser projetado visando o público alvo constante de universitários,

cada um. A moradia tem de oferecer suporte para os usuários, bem como atividades que permitam a socialização e o convívio entre os moradores além de proporcionar apoio à formação profissional. Os principais componentes das residências para estudantes são as unidades habitacionais individuais de tamanho reduzido. Deve-se ter o cuidado para que o local seja saudável e não seja um ambiente monótono e sendo ele mais lar e menos institucional. Haverá alojamentos que disponibilizarão de unidades habitacionais conectadas por um único corredor e outros modelos onde grupos de quatro ou cinco estudantes são alojados em apartamentos independentes. Em um primeiro momento os serviços de alimentação eram prestados em grandes salões da residência, porém por razões culturais, de praticidade, economia, e mudança dos hábitos, muitos estudantes passaram a providenciar suas refeições ou comer fora. Desta forma, os novos projetos optaram por oferecer cozinhas e copas com autosserviço, onde o indivíduo é responsável por sua alimentação. A privacidade deve ser tratada com prioridade em relação as acomodações individuais, pois as moradias estudantis caracterizam-se por um agrupamento de pessoas que necessitam estar próximas a instituição de ensino que estudam, além de ser um espaço de relações interpessoais que convivem cotidianamente num envolvimento afetivo íntimo. Sendo assim, os estudantes modificam o ambiente por meio de suas percepções, escolhas, objetivos, esforço e ações, enquanto que o ambiente os modifica através de suas normas, expectativas, recursos e oportunidades (POLYDORO, 2000).

HABITAR...

MORADIA ESTUDANTIL...

Anne Buttimer (1982, p. 166) descreve. "habitar implica mais do que morar, cultivar ou organizar o espaço". Pois para ela, o habitar também "significa viver de um modo pelo qual se está adaptado aos ritmos da natureza", significa "ver a vida da pessoa como apoiada na história humana e direcionada para um futuro" Ela ressalta também, que esse estado envolve construir um lar.

COABITAÇÃO... Habitação que se divide com uma ou mais pessoas: ação de morar alguem: Convívio pacifico: convivência harmônica ou sem prolema e conflitos.

Moradia Estudantil da UniEvangélica

Segundo Dalton Barretos (2014, p. 27) “Moradias estudantil, são espaços geralmente mantidos ou ligados a uma instituição de ensino como forma de auxiliar na formação de pessoas que deixaram seus locais de origem para estudar e morar com outras pessoas em condições semelhantes”

ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO...

Segundo, Rachel Rubim da Silva (2010, p.13) “Os estudantes universitários podem ser caracterizados como um grupo merecedor de especial atenção, dado seu momento evolutivo, geralmente de transição da adolescência para a vida adulta e vivenciando uma etapa de adaptação a novas exigências e desafios do contexto do ensino superior”.

LEGENDAS: [f.12]Universidade em Bolonha.Fonte:

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LEGENDAS: [f.13]Centro Universitário UniEvangélica AnápolisGo.Fonte: Arquivo pessoal Notas: dados daa UniEvangélica.Fonte:htt p://www.unievangelica. edu.br/

Em 31 de Março de 1947 foi fundada a Associação Educativa Evangélica (AEE) na cidade de Anápolis- GO por um grupo de cristãos que se preocupavam, sobretudo com o desenvolvimento da região e tendo como tarefa fundamental contribuir com a educação e formação de crianças, jovens e adultos. Instituição fiel aos princípios cristãos, éticos e democráticos a fim de garantir a qualidade no ensino oferecido e também a expansão do ensino a outras regiões fundou em 1961 a Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão, em

1969 a faculdade de Direito de Anápolis, em 1971 a Faculdade de Odontologia João Pudente e em 1976 a Faculdade de Filosofia do Vale do São Patrício. Em 2004 o Centro Universitário de Anápolis UniEvangélica foi credenciado e no ensino superior trata-se de uma referência no cenário educacional regional, tanto pela qualidade do ensino quanto pela posição geográfica estratégica, atraindo alunos não só da região-Oeste, mas de todas as regiões brasileiras.

Faculdade de Filosofia Em 1961 foi inaugurada a Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão.

1947

1961

Fundação A Associação Educativa Evangélica foi fundada por um grupo de cristãos para manter escolas rurais e urbanas Faculdades Integradas A Faculdade de Filosofia Bernardo Sayão, a Faculde de Direito de Anápolis,a Faculdade de Odontologia João Prudente e a Faculdade de Filosofia do Vale de São Patrício, situada em Ceres/GO, funcionavam isoladamente e em 1993 passaram a ser chamadas

2004

1993

Credenciamento O credenciamento como Centro Universitário foi obtido junto ao Ministério da Educação - MEC em 2004 e oficializado através da

Recredenciamento Recredenciamento através da Portaria 106 de 8 de fevereiro de 2012.

2012

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Andrea Ramos D’Abadia


a uniEvangĂŠlica [f.13]

Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

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Andrea Ramos D’Abadia


o lugar

Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

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BRA

SÍLIA

FAMA

UniEvangélica

Anhaguera

FIBRA UEG

GOIÂNIA

19

Go-330 Av. Universitária Av. Brasil Br. 153

[f.1]

Andrea Ramos D’Abadia


Anápolis é a terceira maior cidade de Goiás, ela é cortada pelas rodovias federais Br - 153, Br - 060 e Br - 424, bem como pelas rodovias estaduais Go - 22 e Go 330. Anápolis se destaca no cenário goiano por ser um polo universitário com 5 faculdades, são elas: UniEvangélica, FAMA (Faculdade

a cidade

Metropolitana de Anápolis), UEG (Universidade Estadual de Goiás), Anhanguera e Fibra, valendo ressaltar também a importância da cidade para o setor agroindustrial do estado, tais aspectos são importantes para contribuir com a economia do estado de Goiás.

[f.15]

[f.16][f.16]

[f.18]

Moradia Estudantil da UniEvangélica

[f.17]

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LEGENDAS: [f.14] Mapa com as principais vias de Anápolis, e marcaçoes das faculdades . Fonte: Google earth com intervenções autoral. [f5]Centro Universitário UniEvangélica Anápolis-Go. Fonte: http://www.unievangelica.edu.br/. [f.16]Faculdade Uni Anhaguerra Anápolis-Go. Fonte: https://www.anhanguera.com/graduacao/localidades/anapolisgo.php. [f17] Faculdade UEG Anápolis-Go. Fonte: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/ueg-inclui-cursos-de-direito-e-psicologia-e-prorr oga-inscricoes-do-vestib ular-2018.ghtml [f.18]Faculdade Fibra. Fonte: https://fibra.edu.br/a-faculdade/ [f.19]Faculdade FAMA. Fonte: https://www.faculdadefama.edu.br/.

20


jardim das américas II etapa No recorte da área analisada é possível notar que a região possui caráter predominantemente residencial, sendo uma boa parte dessa população composta por estudantes universitários, a maioria das edificações são no modelo de kitnets, com gabarito que não ultrapassa dos 6 pavimentos, com exceção do edifício Jardim do Éden, tal fator é devido à proximidade da universidade. A região também dispõe de indústrias, valendo ressaltar que edificações comerciais são minoria, se destacando as de maior impacto no entorno imediato:

LEGENDAS: [f.20]Centro Universitário UniEvangélica Anápolis-Go. Fonte: Arquivo Pessoal. [f.21]Anashopping. Fonte: Arquivo Pessoal. [f.22] Vila dos Sargentos. Fonte: Arquivo Pessoal. [f.23]Colégio Couto Magalhães.Fonte: Arquivo Pessoal. [f.24] Mapa com potencialidade do entorno. Fonte: Google earth com intervenções autoral.

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UniEvangélica, Ana Shopping e Hospital Psiquiátrico. Apesar do pouco uso comercial, a região consegue se manter razoavelmente viva pela noite por conta da faculdade. O acesso da área de intervenção é privilegiado, que se dá pela Avenida bernado Sayão/Rua 07 e pela Avenida Universitária/Rua 14, importantes logradouros do bairro. Valendo lembrar a Avenida Universitária, ela se localiza paralela ao terreno e é a principal avenida de ligação da área da futura moradia ao centro e lugares importantes da cidade.

[f.20] [f.20]

[f.21] [f.21]

[f.22] [f.22]

[f.23v] [f.23]

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[f.24]

Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

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a área definida

A necessidade de inserir o estudante na vivência com a comunidade, consequentemente com a cidade, influenciou na escolha do lote, de maneira que, a área a ser intervida é fora dos domínios da universidade, possibilitando a sensação de liberdade ao estudante, pra que ele não viva o tempo inteiro para a rotina de estudos. Traçando raios de cerca de 1,5 km da UniEvangélica foi escolhido o terreno, em

uma área que tem um caráter familiar e que não dificulta a locomoção dos estudantes até a faculdade, sendo o trajeto de fácil acesso. O terreno escolhido possui área de 7.120 m², e tem declividade de 9 metros. Por estar nas imediações da faculdade ele e possibilita que o estudante se desloque pouco até chegar a instituição de ensino, tendo assim um ótimo potencial pra ser edificado.

[f.25]

[f.26]

LEGENDAS: [f.25]imagem do terreno .Fonte:google earth. [f.26] Rua Universitária.onte: arquivo pessoa. [f.27] Avenida Bernado Sayão. Fonte: arquivo pessoal [f.28] Rua 14. Fonte: arquivo pessoal. [f.29]Rua 07. Fonte:

[f.28] [f.28]

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[f.27]

[f.29 [f.29] Andrea Ramos D’Abadia


[f.30] [f.30] Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

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o usuário Anápolis 5.202

UniEvangélica Total: 7.735

Goiás 7.637 Outras Cidades 2.435

Brasil Total: 7.646

Goiânia/ GO 509 Outras 105 Cidades Distintas 6.563 Pará 37 Tocantins 26 Outros Estados 26

Goías Total: 7.637

Jaraguá/ GO 200 Silvânia/ GO 233 Pirenópolis/ GO 230

[f.14]


o programa SETOR PRIVADO

SETOR SOCIAL 46,92

Convívio da Academia

Sala de Home Teacher

28,90

30 Módulos Compartilhado

SETOR SERVIÇOS 8,63

Administração

22,60

Manutenção

306,18

46,92

60,80

10 Módulos PNE

Sala de Leitura

159,88 Sala de Jogos

46,92

32 Módulos Individuais

63,02

8 Módulos Familiares

63,02

2 Módulos PNE

Terraço 407,28

269,20 Salão de Festas

354,70 Academia

2.053

597,19 Salas Comerciais

Área de Lazer

89,55 Recepção


27 80

Andrea Ramos D’Abadia


concepção projetual

Moradia Estudantil da UniEvangélica

81 28


a forma 1. O terreno está localizado entre as avenidas Bernardo Sayão, Avenida Universitária e entre as ruas 10 e 14. Ele possui uma topografia com 9 metros de caimento em 108 metros de comprimento.

2. O edifício começa a ser pensado em duas formas retângulares, dispostas de maneira paralela ao comprimento do terreno, tornando as faces voltada para a avenida universitária e rua 07 fachadas cegas.

[f.26]

[f.27]

3. Sendo assim, o edifício é implantado, gerando modificações de terra e criando entre os blocos, áreas de lazer e convivência. A ligação entre os edifícios se dá por uma

LEGENDAS: [f.12]Universidade em Bolonha.Fonte:

29

[f.28]

[f.29]

Andrea Ramos D’Abadia


Acesso

Térreo Convívio

Estacionamento

Acesso

Academia Comércio 6. Os acessos para o edifício

Estacionamento

Acesso

acontece através de duas entradas ,sendo a entrada principal pela rua 7 que e o ponto mais alto, sendo está rua com menos fluxos e a outra entrada pelo Avenida universitária, com acesso a moradia e acesso ao comércio,o estacionamento está pela Avenida

Academia Comércio

Fachada Sul

Fachada Norte

6. E para norte ficam localizadas as circulação horizontal que da acesso aos apartamentos. Brises também foram colocados para aumentar o conforto térmico, uma vez que é uma fachada de grande incidência solar.

Moradia Estudantil da UniEvangélica

[f.30]

30


Setorização

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So

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Setor Privado Setor Serviços Setor Social [f.28]

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Circulação

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4

3 5

3

3

3

2

1

planta terréo comércioo

3

6

01 02 03 04 05 06

Recepção 2 Manutenção Salas Comercias Academia Area de convívio Estacionamento

N

32 0

5

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15


3

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2

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1

33

planta terréo comércioo

2

0

01 Mesanino Recepção 02 Mesanino Salas Comerciais 03 Mesanino Acadêmia 04 Estacionamento 5

10

15

N


8 7

7

6

6 6

6

6

6

6

6

10

1 2

3 4

5 6

6 6

6

planta terréo moradia

9

01 Recepção 1 02 Administraçao 03 Sala de jogos 04 Sala de estudos 05 Sala de Home Teacher 06 Modulo PNE 07 Modulo Individual 08 Salão de Festas 09 Terraçpo 10 Aréa de Convívio

0

5

10

15

N


1 2

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1

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2

2

2

1

planta pav.tipo

1

0

01 Mรณdulo Familiar 02 Mรณdulo Compartilhado 03 Mรณdulo Individual

N

5

10

15


0

planta cobertura

N 36

5 10 15


Cortes

Corte A 1/1

Corte A 3/3

37

Corte A 2/2

Corte B 1/1


tipologia 01

33 MóDULO Individual: 28,90 m² Suíte Cozinha Área de Serviço

[f.30]

Moradia Estudantil da UniEvangélica

38


tipologia 02

30 MóDULO Compartilhado : 46,92 m² Quarto 01 Quarto 02 Cozinha Área de Serviço

39

Andrea Ramos D’Abadia


tipologia 03

08 MóDULO Familiar: 63,02 m² Quarto 01 Suíte Cozinha Área de Serviço Banheiro Social

[f.30]

Moradia Estudantil da UniEvangélica

40


tipologia 04

12 MóDULO PCD: 46,92 m² Quarto 01 Quarto 02 Cozinha Área de Serviço Banheiro

41

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42


estrutura

Vigas de concreto 15/30 cm Pilares de concreto 15/50 cm

43

Andrea Ramos D’Abadia


Malha estrutural Espaçamento 7/5 cm

Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

44


Grama Amendôim ma Amendôim Grama Amendôim

Ypê Amarelo

Grama Amendôim

Ypê Amarelo

Ypê Amarelo pê Amarelo

Dianela Tasmanica

Dianela Tasmanica

Dianela Tasmanica ela Tasmanica

45

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paisagismo

Capim dos Pampas

Grama Esmeralda

Capim dosPampas Pampas Capim dos Pampas Capim dos

Grama Esmeralda

Grama Esmeralda Grama Esmeralda

Concreto Ripado

Concreto Ripado

Concreto Ripado Concreto Ripado

Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

46


Guarda Corpo Vidro Temperado 12mm

Vidro Temperado 12 mm

Revestimento de parede tinta sólida branca

Brise de Alumínio na cor branca 47

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materialidade

Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

48


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Andrea Ramos D’Abadia


Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

46 50


51 45

Andrea Ramos D’Abadia


Moradia Estudantil da UniEvangĂŠlica

52 46


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Andrea Ramos D’Abadia


Referências

ARCDAILY”Alojamentos estudantil Ciudad del saber/Sic Arquitetura”.ArchDaily 25 Dez. 2014. Diaponivel em https://www.archdaily.com.br/br/759500/alojamentoestu dantil-na-ciudad-del-saber-sic-arquitetura Acessado em 12 de Set.2018. ARCDAILY”8House/BIG”. ArchDily 20 Out.2010.disponivel em https://www.archdaily.com/83307/8-house-big acesso em 23 de outubro de 2018 ARCDAILY “Moradia West Campus/ Mahium Archdaily”. Archdaily 11 Set. 2013. Disponivel em https://www.archdaily.com.br/br/01-139009/moradiaestudantil -west-campus-slash-mahlum-architects acesso em 23 de outubro 2018. Junior, A.J. (2003). Uma visão de alojamentos universitários no brasil. 16. Pinto, G. D.(2009) Arquitetura e Educação: Campus universitários brasileiros. São carlos:Edufscar COSTA, Gerson Carlos de Oliveira e OLIVEIRA, Pedro. Moradias estudantis: Uma políti ca na cosolidaçao do direito a cidade. Universidade federal da Bahia, 2015.

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54 46


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