Habitação Estudantil | Anna Letycia Moreira Soares | UniEVANGÉLICA

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Habitação Habitação Estudantil: Uma nova proposta de continuidade entre a vida privada e a cidade


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2019-1 Expediente Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Detalhamento de Maquete Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráca Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Anderson Ferreira de Sousa M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754


Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridadeclaracomdisciplinasque ocorremaolongodostrêssemestres. Os procedimentos metodológicos procuraramevidenciar,pormeiodoprocesso, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-setaiselementoscomolayers,oque possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráco como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a m de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto aoprodutonal. A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as

estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíramparaqueestesresultadosfossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipedoAteliêorientoutodaaarticulaçãoe relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráca e Detalhamento de Maquete. Por m e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocêsavaliados.

Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq.



HABITAÇÃO ESTUDANTIL: Uma nova proposta de continuidade entre a vida privada e a cidade A cidade de Anápolis se destaca em âmbito nacional em setores como: economia, industrial e edu-cacional, sendo reconhecida como o segundo maior polo educacional de Goiás. Decorrente a isso muitos estudan-tes migram para a cidade em busca de um ensino superior de qualidade, aumentando a demanda de mora-dia sem qualidade e conforto no entorno da instituição para atender esses universitários. A proposta é suprir grande parte do décit de moradia por meio de uma Habitação Estudantil para o Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA. Proporcionando qualidade, segurança e conforto em um ambiente fora do campus visando interação e convívio entre universitário e a cidade.

Anna Letycia Moreira Soares

Orientador: Maíra Teixeira @aletyciasoares


O proposto trabalho de Conclusão de Curso (TCC)a ser apresentado, trata-se de uma Habitação Estudantil para o Centro Universitário de Anápolis. Localizado a cerca de 800 metros da instituição de ensino superior, será implantado no bairro Vila Santa Isabel, na Avenida Universitária. Foi proposto esse tema devido a grande expansão de universidades para o interior do Brasil, em especial o Centro Universitário de Anápolis, que vem se desenvolvendo e destacando no interior do Goiás desde 2004. Esse destaque faz com que vários estudantes oriundos de cidades distintas de Anápolis se desloquem para estudar e morar. Esse deslocamento fez com que edifícios habitacionais fossem construídos no entorno da instituição a m de atender esses moradores, muitos destes sem qualidade, ofertando somente a moradia com custos elevados. Por vivenciar esta situação por alguns anos e sentir a falta e a necessidade de uma habitação estudantil com qualidade e conforto, com espaços voltados para os acadêmicos e a sociedade no geral, proponho a Habitação Estudantil: uma nova proposta de continuidade entre a vida privada e a cidade, criando um edifício fora do campus universitário, priorizando o bem estar dos usuários, proporcionando ambientes com qualidade, conforto, baixo custo, oferecendo não somente um abrigo, mas também um ambiente com nalidades sociais, humanas e desenvolvimento educacional.

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Anna Letycia Moreira Soares Anna Letycia Moreira Soares


Habitação Estudantil

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Conhecendo o Passado Um breve estudo sobre a origem da universidade no mundo, a instalação da primeira habitação estudantil e a criação da UniEVANGÉLICA A origem da universidade no mundo se deu no nal do século XI, em Bolonha, na Itália, cando conhecida como Universidade de Bolonha, onde era ensinado Direito. Nesta época, somente poucas pessoas podiam obter conhecimentos e assim contratavam alguns professores especialistas em um dos temas chamados “essências universais”, criando assim o nome conhecido até hoje de universidade. Após o desenvolvimento da Universidade de Bolonha, foi criada a Universidade de Oxford, datada em 1096, sendo considerada a segunda universidade instalada no mundo. Cerca de 54 anos depois foi fundado a Universidade de Paris, em 1150, em razão à união das Escolas de Artes Liberais, de Teologia, as Escolas de Direito e Medicina, atraindo estudantes oriundos de todas as localidades da França. De acordo com Mara Leite Simões (2013), ocorreu uma expansão das universidades por toda a Europa no século XIV, surgindo instituições muito renomadas até hoje, como: a Universidade de Cambridge na Itália em 1209, a de Salamanca na Espanha em 1218, a de Roma na Itália em 1244, a de Coimbra em Lisboa no ano de 1290 e a de Madri, na Espanha em 1293. Já no Brasil, o surgimento das universidades teve uma resistência. Para Portugal, não havia justicativas para a criação de instituições de ensino superior na Colônia, preferiam enviar jovens da elite para a Europa, a m de realizar seus estudos e regressar ao Brasil quando concluir o mesmo. Segundo Masetto (1998), a universidade brasileira até o início do século XIX, foi a Universidade de Coimbra, as primeiras universidades registradas no Brasil ocorreram a partir de 1808, com a Escola de Direito, em Olinda no Pernambuco, de Medicina em Salvador na Bahia e a de Engenharia no Rio de

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Anna Letycia Moreira Soares


Habitação Estudantil

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Janeiro.

Centro Universitário de Anápolis.

As instituições de ensino tinham

O município contém um número

como referência de ensino as universidades

expressivo de instituições de ensino superior,

europeias, seguiam formação do sistema

entre elas, as mais conhecidas são: Centro

europeu. Esta situação modicou-se em

Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA

meados de 1970, com a implantação da Lei

(2004), Faculdade Metropolitana de

nº 5.540/68, mais conhecida como Reforma

Anápolis - FAMA (2010), Faculdade

Universitária Brasileira. O ensino superior no

Anhanguera (2002), entre outras. Dentre as

Brasil se desenvolveu de forma crescente a

instituições de ensino, o Centro Universitário

partir do nal da década de 1990, quando

de Anápolis é uma das melhores e maiores

houve o aumento de universidades e

instituições do Estado, sendo referência em

número de cursos ofertados. Essa expansão

infraestrutura e qualidade de ensino.

aconteceu, também, em razão do

Origem das moradias estudantis

crescimento econômico do país aos

A origem das moradias estudantis foi

investimentos em educação superior e formação dos professores.

na Idade Média, quando os estudantes se

Com a disseminação do ensino

reuniam em residências, chamadas de

superior por todo o país, a universidade

nações, onde estes jovens oriundos de outras

chegou no interior de Goiás em 1999, com a

localidades habitavam temporariamente. O

criação da Universidade Estadual de Goiás,

início da cobrança de aluguel por esses

localizada na cidade de Anápolis, a cerca

ambientes foi registrada em Coimbra,

de 60 quilômetros de distância da capital do

Portugual, a partir da criação e construção

estado, Goiânia e a 140 quilômetros da

de moradias estudantis pelo Rei D. Dinis em

capital do Brasil, Brasília, fazendo parte de

1309. (Site da Universidade de Coimbra,

um eixo econômico e populacional que é a

2007). No Brasil, a primeira moradia estu-

maior concentração urbana da região e seu principal pólo industrial. Anápolis vem se destacando desde

dantil surgiu em meados de 1876, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, onde

1976 após instalação do DAIA, como uma

originou a Universidade Federal de Ouro

das principais cidades industriais e centro

Preto (UFOP). Isso aconteceu em razão da

logístico do centro-oeste brasileiro. Após a

demanda de alunos e professores em busca

instalação da UEG (Universidade Estadual

de estudo e trabalho na cidade, motivando

de Goiás), o município obteve crescimento

a necessidade de criar moradias para esta

signicativo no ramo educacional, sendo

população. A institucionalização da assistência

reconhecida também como um grande

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polo universitário, o segundo maior de Goiás

estudantil ocorreu entre as décadas de 1940

(em 1º lugar - Goiânia). Isso acontece em

a 1950, durante o governo de Getúlio

consequência da instalação de universi-

Vargas, presidente do Brasil (1930-1945). Esta

dades na cidade. A Associação Educativa

institucionalização determinou a criação de

Evangélica (AEE) teve grande participação

cidades universitárias a m de atender os

no desenvolvimento educacional de

docentes e discentes de outras localidades

Anápolis. Em 1947 foi fundada com o intuito

nas universidades federais brasileiras. Na

de contribuir com a educação e formação

cidade de Anápolis não contém moradias

de crianças, jovens e adultos da região de

estudantis disponibilizadas pelas instituições

Goiás. Em 1993, as faculdades do AEE foram

de ensino superior, mas contém, cerca de

denidas como Faculdades Integradas da

150 edifícios habitacionais particulares nas

Associação Educativa Evangélica e em 15

proximidades das instituições de ensino pela

de março de 2004 credenciaram como

cidade.

Anna Letycia Moreira Soares


Analisando a evolução no Brasil e no Mundo

CRIAÇÃO DA UNIEVANGÉLICA Em 15 de março de 2004 as Faculdades Integradas da Associação Educativa Evangélica (AEE) foi credenciado como Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA).

2004

1993

ÁPICE DO ENSINO SUPERIOR NO

FACULDADES INTEGRADAS DA

A modernização do ensino superior no Brasil atinge o ápice com a criação da Universidade de Brasília (UNB), instituída pela Lei nº 3.998 em 1961.

Em 1993 as faculdades da Associação Educativa Evangélica (AEE) se transformaram em Faculdades Integradas da AEE.

1961

1876 1ª REPÚBLICA ESTUDANTIL NO BRASIL

1ª INSTITUIÇÃO DE ENSINO NO No Brasil o primeiro instituto de ensino datado foi a Escola de Cirurgia da Bahia, fundada em 1808. No Rio de Janeiro foi criado uma Escola Anatômica Cirúrgica e Médica no Hospital Militar do Rio de Janeiro.

1808

No Brasil as repúblicas estudantis surgiram a partir de 1876 em Ouro Preto, Minas Gerais, por conta da instalação da primeira insitituição de Ensino (Escola de Ouro Preto). Foi projetada inspirada nas primeiras Repúblicas Estudantis do mundo localizadas

1088

1ª UNIVERSIDADE NO MUNDO Foi em Bolonha, na Itália que o ensino na cidade se tornou livre e independente das escolas religiosas. Porém mesmo depois de desvinculada da Igreja, a instituição de ensino necessitava do aval do Clero ou do Governo para funcionar.

Habitação Estudantil

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O estudante e seu espaço de habitar Análise sobre os estudantes e seu hábitos, seus lugares para habitar e pesquisa feita com alunos da instituição de ensino superior. A mudança de ambientes, da escola de ensino médio para o ingresso na faculdade, trás novas exigências ao cotidiano do aluno, interferindo em seu desenvolvimento psicossocial e prossional. Estudos intensos, horários a cumprir, atividades que demandam esforço e atenção, interação social e principalmente a relação com os gastos e despesas, são desaos a serem cumpridos pelo acadêmico. Com o crescimento espacial e econômico de Anápolis, com a qualidade e quantidade de cursos e métodos de ingressar nas melhores instituições de ensino superior, como: o SISU - Sistema de Seleção Unicada, o PROUNI - Programa Universidade para Todos, incentivando pessoas que possuem baixo poder aquisitivo, e também o FIES - Fundo de Financiamento Estudantil, aumentaram a demanda de alunos nas instituições do município, se tornando um polo do conhecimento. Com a facilidade dos métodos de ingressar na instituição, aumentou a quantidade de alunos oriundos de cidades e estados distintas das instituições de ensino que estudam. O Centro Universitário de Anápolis é uma das melhores e maiores instituições de ensino superior e especialização do município, sendo reconhecida em todo o estado. De acordo com o Núcleo de Apoio ao Discente (UniAtender), departamento da instituição, com dados colhidos no último levantamento em 2018, o Centro Universitário recebeu alunos de 110 cidades do estado de Goiás, cerca de 2.435 alunos, destas cidades as que mais enviam alunos são: Goiânia, com cerca de 509 alunos, Silvânia com 233 alunos, Jaraguá com 200 alunos, entre outros. A instituição também recebeu, de acordo com o levantamento, mais de 98 alunos oriundos de outros estados do país, com destaque para o estado do Pará, com um número de 37 alunos enviados. Com essa demanda de pessoas oriundos de outras regiões do Brasil, cresce a necessidade de habitações voltadas para o estudante, um espaço que oferte acomodações adequadas, área de convívio social, estimulando o aluno a conviver em sociedade e trabalhar em equipe, possibilitando o sentimento de pertencimento do local. 12

Anna Letycia Moreira Soares


LEGENDA: UniEVANGÉLICA Terreno proposto Edicios habitacionais

0

Habitação Estudantil

50

100

150

[f. 01] 13


No entorno imediato do Centro Universitário de Anápolis contém uma média de 60 unidades habitacionais e 2 condomínios fechados com 8 unidades habitacionais cada, voltados especicamente para atender a demanda da instituição. Essa região vem passando pelo processo de eletização por meio de especulação do mercado imobiliário, pela implantação da instituição, porém, mesmo assim, não contém espaços sociais voltados para a sociedade, fazendo com que a população se desloque para outras regiões da cidade, gerando gastos com o deslocamento e sentimento de insegurança no entorno do centro universitário. Além da falta de áreas sociais e segurança, a grande maioria destes 60 edifícios habitacionais no entorno não oferecem acomodações adequadas para os usuários, contendo espaços internos reduzidos, sem área de convívio, contendo somente a unidade habitacional e estacionamento. O valor cobrado pela moradia nesta região também é visto como um problema, chegando a custar cerca de R$1.000,00 o aluguel de uma unidade, com sala/cozinha, banheiro e quarto, aproximadamente 15 metros quadrados de área por unidade. Analisando a situação presente da região, a proposta é oferecer uma infraestrutura de moradia, comércio e lazer, atendendo as necessidades dos universitários e também da população local e transeuntes. O proposto edifício atenderá acadêmicos de graduação, de pósgraduação e mestrado, priorizando os alunos oriundos de cidades mais distantes e com rendimento nanceiro reduzido. Atenderá também, alunos oriundos de outros países, por meio do intercâmbio e os docentes e palestrantes da instituição de ensino, proporcionando convívio entre aluno e professor também fora da sala de aula. Com essa proposta, procuro ofertar ambientes adequados para moradia, com áreas de convívio para toda a população, espaços internos compartilhados, com salas de estudos, biblioteca, sala de jogos, área de lavanderia, para fazer com que esse usuário sinta-se pertencente ao local. Para compreender a necessidade destes futuros usuários da habitação estudantil, foi realizada uma pesquisa por meio de um aplicativo na internet, o SurveyMonkey (utilizado pela instituição para coletar dados e informações do ensino ofertado em sala de aula), onde foi disponibilizado um questionário desenvolvido com perguntas

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oriundos de cidades distintas da instituição de ensino superior, responderam o questionário. De acordo com os participantes da pesquisa, a proposta de Habitação Estudantil é válida e de grande importância para os alunos da instituição. É possível identicar também, por meio do Gráco XX, os ambientes que não podem faltar no edifício, como: sala de estudo, espaço de lazer e espaço de alimentação. O ponto principal da pesquisa foi sobre o valor do aluguel da unidade a ser cobrado pela habitação, de acordo com os participantes a média de valor suposto a ser cobrado cou entre os valores de R$300,00 à R$600,00.

Usuários oriundos do Brasil

Acadêmicos da

UniEVANGÉLICA Outras cidades 2.533 al.

Até 2018

Anápolis 5.202 al.

Outros Cidades/Estados: Goiás - 2.435 alunos Pará - 37 alunos Tocantins - 26 alunos Mato Grosso - 9 alunos Distrito Federal - 9 alunos Bahia - 7 alunos

Minas Gerais - 6 alunos Paraná - 1 aluno Rio de Janeiro - 1 aluno São Paulo - 1 aluno Maranhão - 1 aluno Fonte: UniAtender

Usuários oriundos de outros países 2015 3 alunos

2018/1 9 alunos Acadêmicos de

Intercâmbio Até 2018

2016 2017 14 alunos Fonte: NAI

Países: 2015: Portugual. 2016: Angola e Argentina. 2017: Estados Unidos, Egito, Chile, Colômbia,

Romênia, Eslováquia, Equador, Alemanha. 2018/1: Colômbia, Itália, Angola e Tocantins.

Anna Letycia Moreira Soares


Usuários oriundos de outros estados

Usuários oriundos de outras cidades de Goiás NOTAS: [Grácos das análises da pesquisa feita com acadêmicos da UniEVANGÉLICA por meio de um questionário feito no site Survey Monkey.

Outras cidades de Goiás 2.435 alunos

Outros estados 98 alunos

Acadêmicos da

Acadêmicos da

UniEVANGÉLICA

UniEVANGÉLICA

Até 2018

Até 2018

Outros estados: Pará - 37 alunos Tocantins - 26 alunos Distrito Fed. - 9 alunos Mato Grosso - 9 alunos Bahia - 7 alunos Minas Gerais - 6 alunos

Total de alunos 7.735alunos Paraná - 1 aluno Rio de Janeiro - 1 aluno São Paulo - 1 aluno Maranhão - 1 aluno

O que acharam da proposta

Outras cidades: Goiânia - 509 alunos Silvânia - 233 alunos Jaraguá- 200 alunos Pirenópolis - 132 alunos Alexânia - 124 alunos

Alunos de Anápolis 5.202alunos Vianópolis - 94 alunos Goianápolis - 74 alunos e mais 103 cidades Fonte: UniAtender

Na busca de moradia na cidade

Não aprovou 1 aluno

Segurança 5 alunos O que é importante

Morariam ou não no

na hora de Alugar

Complexo Habitacional

Aprovou mais não moraria 2 alunos

Aprovou e moraria 7 alunos

Acadêmicos com alguma bolsa

Nenhum 2 alunos Qual programa de

Bolsa Filantropia 2 alunos

De acordo com cada curso

Lanchonete/ 10 alunos

Espaço de Lazer 6 alunos

O que não pode faltar

Bolsa/ Financiamento OVG 1 aluno ProUni 1 aluno FIES 7 alunos

Habitação Estudantil

Localização 4 alunos

Valor 7 alunos

na Habitação Estudantil

Valor em conta pelo aluguel 15 alunos

Salas de Estudo 7 alunos Fonte: SurveyMonkey

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Av. Universitária como proposta de moradia Estudo detalhado do bairro escolhido para receber a intervenção, compreendendo as peculiaridades do terreno e do seu entorno. A escolha do terreno foi a parte crucial do projeto e a partir dela que se iniciou um estudo minucioso do lugar e, assim, chegar na implantação do edifício. A proposta é oferecer uma habitação estudantil fora do campus universitário, propondo ao estudante a vivência com a cidade, fazendo parte dela. Para não car distante, foram analisados os bairros confrontantes do Centro Universitário de Anápolis e detectado um terreno, localizado na Avenida Universitária (via arterial A1), sendo então o escolhido para estudo, localizado no bairro Vila Santa Isabel, em Anápolis, Goiás. O bairro Vila Santa Isabel, escolhido para a implantação do edifício habitacional estudantil, é considerado um dos bairros mais tradicionais da cidade, o segundo bairro a receber maior quantidade de moradores universitários. Este bairro é predominantemente residencial, com grande porcentagem de edicações residenciais de baixo gabarito, contendo somente pavimento térreo, mas também, conta com edifícios habitacionais de médio e grande porte, como exemplo, as Torres Macedônia (edifícios na imagem ao lado), com cerca de 16 pavimentos, considerado um dos mais altos da cidade, podendo ser visto de vários bairros. A população que habita o bairro Vila Santa Isabel é caracterizada predominantemente por pessoas idosas e estudantes universitários por se encontrar entre duas grandes instituições de ensino superior da cidade: o Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICA e a Faculdade Anhanguera. A aréa comercial deste bairro encontra-se maioritariamente na Avenida Universitária, com mercados, farmácias, lanchonetes, sorveterias, restaurantes, academias, entre outros. O terreno localiza-se na região norte da cidade, contendo acesso direto à Br153, que circunda o município de Norte-Sul. A escolha do local tem como prioridade a proximidade do campus universitário, cerca de 800 metros de distância e acesso pela Av. Universitária, proximidade também do Anashopping, com distância de 300 metros, a malha urbana e fácil acesso que se tem por estar entre duas avenidas principais da cidade - Avenida Universitária e Avenida Brasil Norte, favorecendo o uso do transporte público.

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Anna Letycia Moreira Soares


Habitação Estudantil

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Análises do Lugar BR-414 Acesso à Corumbá / Niquelândia

UniEVANGÉLICA

BR: 060 Acesso à Brasília

GO-330 Ouro verde

Ferrovia Norte-Sul

GO-222 Acesso a Nerópolis

GO-437 Acesso à Gameleira / Silvânia

LEGENDA: Perímetro Urbano Ferrovia Norte-Sul Rodovias Vias Arteriais A1 Via Arterial A2 Avenida Brasil

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BR-153 Acesso a Goiânia

N

Faculdades em Anápolis: 0

UniEVANGÉLICA

Fac. GAP

Fac. FAMA

Fac. Univéritas

Fac. Anhanguera

Fac. Fibra

Fac. Católica

UEG Campus

UEG Centro

100

200

300

[f.02]

Anna Letycia Moreira Soares


1077

1077

1076

01

1075

RIA

02 RUA

URUG

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UAI

RS ITÁ

1075

NIVE

1074

1074

1072

RUA

AVEN

ITÁLIA

ID A U

1073

1073

03 1072

1071

RUA 1070

CHIL

NOTAS: [f.02] Mapa feito pela prefeitura de Anápolis modicado pela autora com marcação dos q u e s i t o s m a i s importantes da cidade. Fonte: Mapa de Anápolis 2017. [f.03] Mapa feito pela prefeitura de Anápolis modicado pela autora onde evidencia o bairro Vila Santa Isabel e mostra a localização do terreno. Fonte: Mapa de Anápolis 2017. [f.04] Mapa feito pela prefeitura de Anápolis modicado pela autora onde aproxima a localização do terreno proposto para estudo e implantação do edifício. Fonte: Mapa de Anápolis 2017.

E

04

1071

1070

1069 1069 0

2,5

5

10

[f.04]

Terreno para implantação do projeto

N

0

10

50

100

[f.03]

Planta do bairro Vila Santa Isabel com marcação do terreno proposto

Habitação Estudantil

A área escolhida conta com uma topograa pouco acidentada, com um desnível de 5 metros da Rua Uruguai para rua Chile. Está localizada entre a Avenida Universitária e a Rua Itália, segundo o CRTMA (Código Tributário e de Rendas do município de Anápolis), o valor venal por m² deste terreno é de R$958,32. Os bairros adjacentes oferecem inúmeros benefícios, valorizando a região e o local escolhido para a implantação da Habitação Estudantil, pois conta com boa infra estrutura urbana, comércios de grande relevância, shopping, redes bancárias, hospitais, clínicas, universidades, restaurantes, lanchonetes, bares e órgãos de grande relevância para a cidade. No mapa de análise da cidade de Anápolis [f.01] foram identicadas as vias principais e suas respectivas saídas para outras cidades, demarcada o bairro Vila Santa Isabel e logo após o terreno de implantação e foram marcadas também todas as faculdades instaladas, tanto particulares como a estadual, com foco no Centro Universitário de Anápolis.

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Diagnóstico do Lugar NOTAS: [f.05] Foto do limite do terreno. Fonte: acervo próprio. [f.06] Foto da rua Uruguai com as Torres Macedônia ao fundo. Fonte: acervo próprio. [f.07] Foto da rua Chile. Fonte: acervo próprio. [f.08] Foto do ponto de ônibus na Avenida Universitária. Fonte: acervo próprio.

A localização do terreno encontra-se em uma porção privilegiada, estando em uma das cotas mais altas da cidade. A reserva militar no lado oeste do terreno tem pouco adensamento construtivo e do lado leste contém edicações de baixo porte, aumentando a amplitude do ângulo de visão dos usuários do edifício proposto. Durante o tempo permanecido no local fazendo análises, foi percebido que não há nenhum elemento construtivo que interra (atrapalhe a visibilidade, e/ou faça sombra) no terreno, gerando sensação de amplitude. Há também ventilação natural no local, devido ao baixo gabarito da região e da predominância de vento leste/oeste. Na rua Itália onde a predominância é residencial, os ruídos da Avenida Universitária causada por veículos não chegam com tanta intensidade.

[f.05]

Calçamento em péssimo estado, somente na Av. Universitária está parcialmente coberta.

[f.07]

Sem pavimentação a calçada voltada para a rua Chile vira lixão e estacionamento.

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A área total do terreno proposto é de 6.161 m². O terreno atualmente se encontra murado, parcialmente com alvenaria e o restante com grades. Contém quatro árvores de grande porte e vegetação rasteira. As calçadas necessitam de revitalização, só contém acessibilidade na parte da Avenida Universitária, as demais estão sem pavimentação e com grande quantidade de lixo, impossibilitando o uso e a passagem de pedestres. Neste terreno contém dois mobiliários urbanos, um ponto de transporte público e um orelhão público. No mapa do terreno proposto no bairro Vila Santa Isabel [f.03] estão marcados as localizações das fotos do diagnóstico do lugar, mostrando os pontos negativos e positivos do mesmo.

[f.06]

Na rua Uruguai não tem calçada e é utilizado como estacionamento do Hospital Psiquiátrico.

[f.08]

Ponto de ônibus em frente ao terreno, porém em péssima qualidade.

Anna Letycia Moreira Soares


Malha Urbana

Cheios e Vazios

Uso do Solo

Gabaritos e Volumetria

Vias e Fluxos

A malha urbana se caracteriza por um padrão predominantemente ortogonal, com ruas e quadras em proporções bem semelhantes. Devido a tais características, ela pode ser classicada como malha reticada ortogonal. Esse tipo de malha favorece a setorização, o melhor aproveitamento da área, a implantação de infra estrutura, além de melhorar a questão da acessibilidade ao local de implantação. Na gura 09 é possível identicar o tipo de malha que o bairro Vila Santa Isabel ca muito próximo ao Centro Universitário UniEVANGÉLICA e entre as avenidas arteriais da cidade, Avenida Universitária que passa no bairro todo e a Avenida Brasil que corta a cidade.

A cidade de Anápolis está cada dia mais impermeabilizada, com lotes cada dia mais utilizados e edifícios mais altos. Neste mapa consegue-se identicar a densidade de edicações no entorno do terreno. Quanto mais se aproxima do campus do Centro Universitário, mais edifícios de grande porte são construídos e menos lotes vagos são encontrados. Nestas marcações de preto poucas massas são edifícios de grande porte, a maior parte ainda se mantém em baixa escala como residência unifamiliar, somente no extremo sul do terreno encontra-se as Torres Macedônia e mais dois edifícios de quatro pavimentos cada. Com base nisso a ideia da edicação proposta é manter um gabarito de baixa escala, sem proporcionar grande impacto no entorno do bairro.

Para analisar o tipo de uso de solo, foi executado uma classicação nas quadras próximas ao local de implantação, onde a predominância é de uso residencial, com construções de padrão médio/baixo, porém há dois edifícios Torres Macedônia que fogem do padrão, cada torre contém 18 pavimentos. A maioria dos edifícios comerciais e de prestação de serviço se encontram na Avenida Universitária. As Torres Macedônia são um marco no bairro Vila Santa Isabel, contém 54m de altura e sãos os únicos edifícios desse padrão no entorno. Seu uso é habitacional privado, suas fachadas laterais são muros de 4m de altura e na fachada frontal tem grades inibindo acesso da população. A análise está na gura 11.

O mapa de Gabaritos e Volumetria, é de grande ajuda e compreensão do entorno, pois através do seu estudo pode-se perceber, a predominância das edicações de um pavimento, e que a área já está bastante adensada, com poucos lotes vagos. O edifício residencial Torres Macedônia, apesar de ser o de maior contraste da região, é um grande referencial para o bairro e a cidade, com um grande uxo de veículos e pessoas, seu uso se caracteriza em grande número por universitários. A análise está na gura 12.

Em relação ao acesso, no terreno escolhido, do lado oeste, tem uma via arterial (Av. Universitária) a de maior importância para o mesmo, uma das avenidas principais da cidade, dividido em duas partes de sentido único, de trânsito rápido menos nos horários de pico como às 19h por conta da UniEVANGÉLICA. No sentindo perpendicular a Av. Universitária tem as vias locais de sentido duplo, a rua Uruguai e a rua Chile ligam a Avenida Brasil, facilitando o acesso ao local. O acesso pode ser feito por transporte público, por veículo próprio, ciclistas e pedestres. Para o uso do transporte público tem um grande número de linhas de ônibus e uxo que passa nas vias principais. Análise encontra-se na gura 13.

N

0

100

200

LEGENDA: Avenida Universitária (Arterial A1) Avenida Brasil (Arterial A2) Marcação da malha urbana

Anna Letycia Moreira Soares

N 0

300

[f.09]

50

LEGENDA: Cheios Vazios

100

N 150 0

[f.10]

50

100

150

[f.11]

LEGENDA: Terreno Residencial Comercial Institucional

Lote vago Uso misto Hospital Psiquiátrico Área militar

N

0

50

100

150

[f.12]

LEGENDA: Terreno Lote vago 01 Pvto. 02 Pvto.

03 Pvto. 04 Pvto. Mais de 10 Pvto. Área militar

N

0

50

LEGENDA:

100

150

[f.13]

Terreno Via arterial - A1 Via local - L2 Via local - L1

21


Insolação e Ventilação

Mobiliário e Infraestrutura

Após observar o terreno e analisá-lo, é possível perceber que o terreno é atingido pela insolação do sol nascente na fachada leste (rua Itália), e o sol de maior incidência atinge a fachada oeste (Avenida Universitária), se tornando uma problemática a ser resolvida no projeto, visto que esta é a fachada de maior visibilidade para a cidade. Com isso, a proposta é criar uma circulação de 1,50m de largura na extremidade de todo o edifício, proporcionando além de permeabilidade visual, ventilação natural predominante durante o ano no sentido leste/oeste, uma proteção da incidência solar em todas as fachadas, principalmente na oeste. Outra proposta é desenvolver elementos de proteção na fachada oeste, como brises, para que se possa reduzir ainda mais a incidência solar.

Vegetação

Percurso até o terreno

Aproximadamente 5min

Anashopping

RUA

URUG

UAI

300 290 280 190 W

15

260

Postes

50 60 70 80

16

14

13

12

11

10

17

250

E 90

A

Distância: 300m

9

100

8 7

18

6

Telefone público RUA

230

130

CHIL

E 140

220

Faixa de pedestre

110 120

240

Grama

O bairro conta com sistema de infra estrutura como: sistema de esgoto, água encanada, coleta de lixo, sistema de coleta seletiva para reciclagem, iluminação pública e mobiliário público. Um fator identicado durante o levantamento foi a falta de bocas de lobo próximo ao terreno para a coleta de águas pluviais.

40

320 310

ITÁLI

Terreno

[f.15]

RUA

200

30

RIA

100

Os mobiliários encontrados confrontantes ao terreno, são as paradas de ônibus com cobertura porém em péssimo estado de conservação, telefone público, postes de iluminação pública. Uma problemática do entorno foi a falta de hidrômetro próximo ao terreno.

20

RSITÁ

50

Mobiliário Urbano

Infra estrutura

10

330

NIVE

0

A vegetação no entorno imediato é dispersa e pouco adensada, se caracterizando em sua maioria árvores de médio porte. Encontra-se um número considerável em frente ao Hospital Pisquiátrico de Anápolis e no canteiro central da Avenida Universitária. O local onde ocorre o maior adensamento vegetativo é na Reserva Militar localizado a oeste do terreno da implantação.

0

N

350

340

IDA U

N

NOTAS: [f.09] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.10] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.11] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.12] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.13] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.14] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.15] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.16] Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.17] Esquema de insolação e ventilação no terreno. Fonte: Mapa de Anápolis modicado pela autora. [f.19] Mapa do entorno do terreno com marcação do mobiliário urbano e vegetação. Fonte: mapa de Anápolis modicado pela autora.

AVEN

Por ser um edifício que atenderá principalmente acadêmicos, professores e palestrantes vindos de outras localidades, o terreno foi escolhido próximo do câmpus universitário, procurando facilitar a locomoção dos mesmos. Nesta análise foram identicados os pontos da cidade que mais serão utilizados pelos usuários do edifício que tem como vertente o uso habitacional e de serviço como exemplo o coworking no térreo. Os pontos escolhidos foram o Centro Universitário - UniEVANGÉLICA por ser o local onde eles passaram grande parte do dia, estando localizado à 800m do terreno. O Anashopping, segundo maior shopping da cidade, onde encontra-se uma ampla praça de alimentação, lotérica, caixas bancários, mercado de grande porte, fármácia e lojas auxiliares. Foi escolhido também como ponto importante e que será muito utilizado pelos moradores e usuários do edifício, o Terminal Urbano de Anápolis, que proporciona acesso à todo território da mesma, localizado no bairro central, onde encontram-se lojas de grande porte, espaços de uso público, escolas de curso técnico.

150

210 200

190

S

170

160

[f.17]

180

Velocidade maxima Ponto de Ônibus

Tipologia das Árvores

LEGENDA:

N

N 0

22

100

200

300

Terreno

Distância: 800m

UniEVANGÉLICA

Aproximadamente 10min

[f.14]

0

200

400

600

Terreno

Distância: 3,5km

Terminal Urbano

Aproximadamente 25min

[f.16]

Pequeno Médio Porte Porte

Grande Porte

[f.18]

As épocas do ano em que há ventos com maior velocidade são nos meses de junho à setembro, a direção predominante é no sentido leste/oeste.

N 0

25

50

75

[f.19]

Habitação Estudantil


Habitação Estudantil

23


Habitação e as condicionantes Primeiros processos de criação e formação da ideia de habitação estudantil com foco no conceito e partido e início da forma do edifício. O conceito de habitar vai além das quatro paredes, da proteção do lar, dos móveis e do lugar, ela é a necessidade de se sentir presente, necessário, é a convivência entre pessoas e a permanência em um ambiente. O jovem quando transita para o ensino superior e sai da sua zona de conforto se encontra em uma nova realidade, para muitos que vem de outra localidade a distância acaba se tornando um grande obstáculo, pois estes acabam morando sozinhos, em apartamentos pequenos e sem conforto, com preços onerados, sem espaços de convivência e troca de informações. Muita das vezes esses moradores ao menos se conhecem por falta destes espaços, pela forma como o edifício é projetado sem corredores para um breve contato. Foi feito um levantamento no entorno do campus da UniEVANGÉLICA, onde se obteve o resultado de cerca de cinquenta unidades de edifícios com uso habitacional voltado especicamente para os estudantes da mesma. As especicações para se construir um edifício desse intuito é otimizar espaços, utilizar menos materiais ou materiais de qualidade inferior para não onerar a obra e pós obra cobrar preços exorbitantes por apartamentos (kitnets) por estar em uma «localização privilegiada». Mesmo com todas as advertências à esses edifícios eles não são sucientes para a demanda, fazendo com que mais prédios sejam construídos em grande escala e sem qualidade. Com todas as informações obtidas com pesquisas, entrevistas, livros, artigos e a própria experiência de ser de outra localidade e morar em lugares «adaptados» para estudantes, é possível relatar a grande necessidade da instituição de ensino ofertar unidades de apartamentos de uma habitação com foco estudantil de qualidade por meio de seleção para jovens acadêmicos. Uma habitação estudantil não seria a solução para este problema citado à cima, mais seria uma opção para acadêmicos que batalham para ingressar no ensino superior e que muitas vezes desistem por não conseguirem se manter fora do âmbito escolar pelo falta de condições nanceiras.

24

Anna Letycia Moreira Soares


Habitação Estudantil

25


26

Anna Letycia Moreira Soares


Habitação Estudantil

27


Conceito NOTAS:

[f.20] Esquema gráco dos três conceitos denidos para o projeto.

Após detectar a necessidade de uma habitação estudantil para a UniEVANGÉLICA, compreender o tema, usuários e local de implantação, necessita então de um conceito projetual e concepção formal para sanar as incertezas identicadas. O produto proposto, Habitação Estudantil, se desenvolve com conceitos totalmente diferentes dos edifícios até então construídos no entorno da instituição de ensino. Ao contrário dos apartamentos e kitnets que segregam os usuários em pequenos ambientes, sem espaço de convivência o projeto até então apresentado terá como prioridade a integração entre moradores, usuários e a sociedade do entorno imediato, ambientes confortáveis, transmitindo segurança, aconchego, fazendo com que esse indivíduo sinta-se parte do ambiente. Pensando nas três condicionantes do projeto (lugar, usuário e aspecto construtivo) e com base de análises das mesmas, chegou-se a três conceitos nais, determinando a forma da volumetria, o programa e a implantação do edifício no terreno.

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1

2

ACOLHIMENTO

Proporcionando espaços pensados para atender as necessidades de cada usuário.

CONVIVÊNCIA Criando espaços externos e áreas verdes para uso dos moradores, usuários do edifício e da população do entorno.

INTEGRAÇÃO Mantendo o gabarito dos edifícios do entorno e proporcionando ligação entre as ruas confrontantes do terreno.

3 [f.20]

28

Anna Letycia Moreira Soares


Partido/Forma O terreno escolhido para o projeto ca em uma localização, porém as pessoas não tem acesso imediato pois encontra-se fechado com muros e grades (se trata de área particular), com isso diculta entender o cotidiano da população local com o terreno e compreender essa relação é primordial para a análise do terreno. A solução encontrada para este problema foi: pegar um papel em branco, desenhado a planta do terreno e analisado de onde viriam os grandes uxos de pedestres. Nas extremidades do terreno na Avenida Universitária encontram-se a entrada para o Anashopping e na outra extremidade o caminho para a UniEVANGÉLICA, esses dois pontos geram muito uxo de pessoas. A partir destas informações e análises em frente ao terreno foram marcadas supostas linhas de uxo dos usuários no mesmo. As linhas denidas de vermelho demarcam os uxos mais importantes do terreno, uxo dos pedestres que vem dos bairros Vila Santa Isabel, Boa Vista para a Avenida Universitária, tanto pela rua Chile quanto pela rua Uruguai.

Por meio destas linhas foi criado a silhueta da forma, elevação, aberturas como átrio central e nas fachadas. Foi criado dois níveis de acesso, duas praças cada uma em um nível houve a tentativa de manter o terreno o máximo possível natural, possibilitando a percolação da água para o solo. A análise do terreno foi feita de acordo com o uxo de pedestres entre as vias confrontantes. Foi observado que os maiores uxos são derivados da UniEVANGÉLICA vindo pela Avenida Universitária e do Anashopping (também na Avenida Universitária), marcadas de vermelho no mapa abaixo. Os uxos secundários foram denidos pela cor laranjada, marcando as saídas e entradas do Hospital Espírita de Psiquiatria na rua Uruguai. E os uxos terciários foram denidos pela cor preta, marcando o ponto de ônibus localizado na Avenida Universitária, usado por todos do bairro e de grande relevância para o terreno por se propor de um edifício habitacional estudantil. Por meio destas marcações foi denido uma forma 2d e logo após 3d a partir de estudos.

NOTAS:

[f.20] Esquema gráco do partido para o estudo da forma. São as linhas de forças dos usuários, seus caminhos principais.

[f.21]

Habitação Estudantil

29


Evolução da Forma NOTAS:

[f.22] Esquema 3d do estudo e evolução da forma do edifício habitacional estudantil. [f.23] Esquema 3d da setorização dos ambientes no edifício por meio de cores diferentes para marcação destes ambientes.

Para se chegar na forma nal, foi feita toda uma análise do local, do terreno, do entorno, das edicações presentes e a necessidade dos futuros usuários deste local. Foram denidas linhas dos uxos de pedestres e por meio disso, foi marcado uma silhueta denindo assim a forma, com recuos, aberturas, elevações e espaços abertos. Os recuos foram de 3 metros nas fachadas leste e sul e 5 metros nas fachadas norte e oeste. Teve-se preocupação de manter o gabarito de 15 metros dos dois edifícios residenciais próximo. A proposta do edifício é uma intervenção neste ambiente que proporcione benefícios e uso para toda a sociedade, transformando não só a paisagem, mas também a rotina do lugar. O terreno escolhido para o projeto ca em uma localização, porém as pessoas não tem acesso imediato pois encontra-se fechado com muros e grades (se trata de área particular), com isso diculta entender o cotidiano da população local com o terreno e compreender essa relação é primordial para a análise do terreno. A solução encontrada para este problema foi: pegar um papel em branco, desenhado a planta do terreno e analisado de onde viriam os grandes uxos de pedestres. Nas extremidades do terreno na Avenida Universitária encontram-se a entrada para o Anashopping e na outra extremidade o caminho para a UniEVANGÉLICA, esses dois pontos geram muito uxo de pessoas. A partir destas informações e análises em frente ao terreno foram marcadas supostas linhas de uxo dos usuários no mesmo. As linhas denidas de vermelho demarcam os uxos mais importantes do terreno, uxo dos pedestres que vem dos bairros Vila Santa Isabel, Boa Vista para a Avenida Universitária, tanto pela rua Chile quanto pela rua Uruguai. Por meio destas linhas foi criado a silhueta da forma, elevação, aberturas como átrio central e nas fachadas. Foi criado dois níveis de acesso, duas praças cada uma em um nível. Houve a tentativa de manter o terreno o máximo possível natural, possibilitando a percolação da água para o solo.

01 As linhas vermelhas são a marcação da silhueta do edifício. Foi tirada a partir de ligações de linhas de uxos primários e secundários. 02 A p ó s e l e v a r a silhueta e se ter uma forma 3d, foram feitos recuos de suas linhas iniciais e abertura c e n t r a l , proporcionando melhor ambiência. 03 Em seguida, foi denido puxar as lajes das fachadas norte, sul e oeste, criando b a l a n ç o s , convidando a sociedade adentrar no edifício. 04 Após puxar as lajes, são denidas algumas para permanecer e outras para recuar, recuo na laje oeste onde cará o t e r r a ç o d e convivência.

06 A imagem 05 mostra a elevação da habitação e por meio das linhas primárias se faz a silhueta e 3d do térreo comercial, criase também dois retângulos no mesmo sentido da laje norte da habitação.

07 Acopla as duas e d i  c a ç õ e s : h a b i t a ç ã o e comercial, obtendo uma edicação mista, semi-enterrada, sobre pilotis e com grandes espaços de convivência e lazer. [f.22]

30

Anna Letycia Moreira Soares


Setorização dos Ambientes A setorização dos ambientes foi dividida em duas partes: o edifício habitacional com acesso restrito e o edifício comercial com acesso livre. O programa foi denido em quatro setores de acordo com os usos: público, semi-público, restrito e privado. Essas divisões inuenciaram na forma da implantação, os espaços públicos e semipúblicos foram intencionalmente mantidos no térreo conhecido como área comercial para ter ligação direta entre moradores do edifício e a sociedade do entorno. Para acessar os espaços restritos e privados que fazem parte da área habitacional, terá um sistema de segurança onde somente pessoas cadastradas e com cartão acesso poderão adentrar.

ESPAÇO PÚBLICO Praça - 2.500m² Cyber café - 270m² Ateliê multiuso - 120m² Salas comerciais - 120m² Ateliê multiuso - 190m² Espaço de exposições - 100m²

ESPAÇO SEMI PÚBLICO Recepção (habitações) - 2.500m² Recepção (coworking) - 60m² Coworking - 820m² Administração - 350 m² Estacionamento - 2.950m²

ESPAÇO RESTRITO Sala de estudo/Biblioteca - 145m² Sala de jogos e TV - 140m² Espaço de convivência - 450m² Espaço livre - 140m² Lavanderia - 90 m²

ESPAÇO PRIVADO Habitações: Quarto individual - 25m² 8 unidades - 200m² Quarto compartilhado 2p. - 40m² 2 unidades - 160m² Quarto compartilhado 4p. - 55m² 40 unidades - 2.200m² Quarto compartilhado - 65m² (PNE) 8 unidades - 520m²

Habitação Estudantil

[f.23]

LEGENDA DO PROGRAMA: Apartamentos

Hall e Administração

Sala de estudos

Coworking

Biblioteca

Salas Comerciais

Pátio de Convivência

Cibercafé

Lavanderia/Secadora

Circulação Vertical

Sala de TV/Jogos

31


Nova proposta de Habitação Estudantil Desenhos do projeto arquitetônico, plantas de todos os pavimentos, cortes explicativos, fachadas e imagens da maquete eletrônica. Neste último capítulo da revista na qual foi estudada e analisada a necessidade de se construir uma habitação, encontra-se o projeto desenvolvido para o terreno da Avenida Universitária, atendendo todas as exigências de construção e as prioridades dos futuros usuários. Poderá ser observado detalhes do edifício, como o mesmo será implantado no terreno, todas as suas peculiaridades, os usos no exterior onde teve como premissas a criação de espaços de estar e lazer em toda a extensão do térreo, proporcionando, não somente ao usuário do edifício, mas a toda sociedade e moradores do entorno, um ambiente de conforto e segurança. O projeto foi desenvolvido em sete pavimentos, onde um deles encontra-se no subsolo e tem o uso de estacionamento privativo para usuários do setor de serviço e moradores da habitação. Foi trabalhado dois térreos pelo fato do desnível do terreno de 5 metros da cota mais alta para a mais baixa proporcionando dois acessos independentes. Foram denidos como Térreo 1 onde localiza toda a área de comércio, como o Coworking projetado para atender esses futuros prossionais em busca de mercado de trabalho, as salas comerciais sem uso especíco prontas para alugar e o cybercafé equipado para atender em qualquer horário, este pavimento é acessado pela rua Chile. O Térreo 2 é considerado o pavimento principal pois encontra-se o Hall da Habitação Estudantil com acesso privado por meio de catracas de identicação, contém também a administração que comanda os dois blocos (setor comercial e setor habitacional), é acessado pela rua Uruguai e pela Avenida Universitária. Os demais pavimentos contém os apartamentos com quatro tipologias e em cada laje encontra-se um espaço para uso coletivo, como lavanderia completa e equipada para uso geral, sala de jogos e TV onde os moradores poderão se socializar e descontrair, sala de estudos com mesa individual para 51 pessoas e possui acesso para a biblioteca que ca no pavimento superior onde também localiza a cobertura verde com a proposta de desenvolver uma horta comunitária para consumo dos mesmos.

32

Anna Letycia Moreira Soares


Habitação Estudantil

33


Praça térreo 01 - acesso ao Cybercafé

Praça térreo 01

34

Anna Letycia Moreira Soares


Implantação nível +0,30

SETOR: SEMI-PÚBLICO

Rua Itália

01 Hall de entrada

B

02 Coworking tipo 01 03 Coworking tipo 02 04 Sala privativa

C

05 Sala individual

C

Banco com assento de madeira e espaço para vegetação

08

Paver drenante

inc

.: 5

06 Sala de reunião tipo 01 07 Sala de reunião tipo 02

,33

%

08 Sanitários SETOR: PÚBLICO

09 Salas comerciais

10

13

12

10 Sala de estudo Grama esmeralda

compartilhado

11 Cibercafé

09

12 Espaço de exposições

Rua Chile

Rua Uruguai

02

11

13 Praça térreo 01 LEGENDA: Acesso pedestres

01

Acesso veículos

Deck de madeira

A

A 03

05

07

Piso porcelanato cor: cinza

inc.: 15%

06

Rampa do estacionamento: Incl. 15%

33 : 5,

.

inc 03

Rampas de pedestres: Incl. 5,33%

%

04

Pilar

Cancela para controle de acesso

N

B

0

5

10

Avenida Universitária

Anna Letycia Moreira Soares

35


Planta nível +3,60 B

SETOR: SEMI-PÚBLICO

SETOR: PÚBLICO

01 Hall de entrada

12 Mirante

02 Sanitários

13 Praça térreo 02

03 Acesso moradores 11

04 Sala marketing Laminado de madeira

05 Sala da diretoria

LEGENDA: Acesso pedestres Pilar

06 Sala do nanceiro 09

C

07 Sala de reunião

C

10

08 Central de segurança

08

09 Almoxarifado 02

10 Refeitório / descanso

07 Cimento queimado

12

13

11 Acesso de serviço

06 03

A

A

05

Paver drenante

04 01 02

Vidro laminado temperado

N B 0

2,5

5

10

Corte A-A 36

0

2,5

5

10

Habitação Estudantil


Acesso ao Hall da Habitação Estudantil - Térreo 02

Bicicletário - Térreo 02

Habitação Estudantil

37


Praça Mirante -TÊrreo 02

Lavanderia - 01 pavimento 38

Anna Letycia Moreira Soares


Planta nível +6,90

B

SETOR: PRIVADO

01 Apartamento compartilhado 4 pessoas - 17 unidades

02 Apartamento compartilhado 4 pessoas PNE - 5 unidades SETOR: RESTRITO Piso porcelanato cor: cinza

02

03 Área de lavanderia 04 Sanitários

C

C

LEGENDA: Acesso pedestres

03

Pilar

04

Piso de madeira

02 01

A

A Vidro duplo laminado

Placa de drywall impermeabilizada

N B 0

2,5

5

10

Fachada Oeste Anna Letycia Moreira Soares

0

2,5

5

10

39


Planta nível +10,20

B

SETOR: PRIVADO

01 Apartamento compartilhado 4 pessoas - 25 unidades Piso porcelanato cor: cinza

01

SETOR: RESTRITO

02 Sala de jogos / TV

C

03 Sanitários

C

LEGENDA:

02

Acesso pedestres

03

Piso de madeira

01

A

Pilar

A Vidro duplo laminado

01

Placa de drywall impermeabilizada

B 0

2,5

5

10

Corte B-B

40 0

2,5

N

5

Habitação Estudantil 10


Praça Térreo 01

Sala de jogos - Pavimento 02 Habitação Estudantil

41


Praça TÊrreo 02

Sala de estudos - Pavimento 03 42

Anna Letycia Moreira Soares


Planta nĂ­vel +13,50

B

SETOR: PRIVADO Piso porcelanato cor: cinza

01 Apartamento compartilhado 4 pessoas - 25 unidades

02 Apartamento compartilhado

01

2 pessoas - 3 unidades

03 Apartamento individual

C

- 2 unidades

C

SETOR: RESTRITO

04 Sala de estudos compartilhada

04

Piso de madeira

com 53 cabines de estudo individual

05 SanitĂĄrios

05

LEGENDA: Acesso pedestres

01

Pilar

01

A

Vidro duplo laminado

A

Placa de drywall impermeabilizada

03 02

N

B 0

2,5

5

Anna Letycia Moreira Soares

10

Fachada Sul 0

2,5

5

10

43


Planta nível +16,80

B

SETOR: PRIVADO Piso porcelanato cor: cinza

01 Apartamento compartilhado 4 pessoas - 25 unidades

02 Apartamento compartilhado

01

4 pessoas - 25 unidades

C

03 Apartamento compartilhado

C

4 pessoas - 25 unidades SETOR: RESTRITO

05

Piso de madeira

04 Biblioteca 05 Sanitários

06

LEGENDA: Acesso pedestres Pilar

01

A

04

A

Vidro duplo laminado

Placa de drywall impermeabilizada

03 02

B 0

2,5

5

N

10

44

Habitação Estudantil

Corte C-C 0

2,5

5

10


Biblioteca - Pavimento 04

Terraço Verde - Pavimento 04 Habitação Estudantil

45


Cybercafé - Térreo 01

Espaço de Exposições - Térreo 01 46

Anna Letycia Moreira Soares


Planta cobertura nível +20,10 B

Painel solar para captação de energia

C

C Laje com manta asfáltica

A

Piso de madeira

A

Bancos de concreto e madeira

B 0

2,5

5

Anna Letycia Moreira Soares

N

Placa de drywall impermeabilizada

10

Fachada Leste 0

2,5

5

10

47


Planta estacionamento

N ESTACIONAMENTO 138 vagas de estacionamento no subsolo 12 vagas de estacionamento no térreo

48

LEGENDA: Acesso pedestres

0

2,5

5

10

Acesso de veículos Pilar

Habitação Estudantil


Espaço compartilhado - Térreo 01

Coworking - Térreo 01 Habitação Estudantil

49


Estrutura A estrutura denida para este edifício habitacional de sete pavimentos foi a estrutura em aço de seção I e H e lajes impermeabilizadas. Essa estrutura foi escolhida pela redução do prazo de execução, redução das cargas de fundação, exibilidade arquitetônica, otimização da área útil e a capacidade de vencer grandes vãos e balanços. Na planta abaixo foi feito a marcação das vigas e logo após os pilares. O desenho foi inspirado em grelha, por ser um edifício com laje em ta e as mesmas não chegam na extremidade da laje proporcionando assim um balanço. As caixas de circulação social e de serviço funcionam também como estrutura. A circulação social que será utilizada pelos moradores do edifício conta com dois elevadores com capacidade para dez pessoas e escada do térreo ao último pavimento de dois metros de largura. Esses acessos foram pensados de acordo com a quantidade de usuários principalmente em horário de maior uxo de pessoas, às 7 horas da manhã, 12 horas e 18 horas.

10,92

Nas imagens da maquete estrutural logo abaixo é possível identicar o desenho da grelha criado para estruturar a edicação, onde foi seguido uma metragem de 10 metros de um pilar ao outro para organizar a malha. O térreo teve que se adequar a estrutura e por isso ouve mudanças em sua forma por conta da diferença em comparação com os demais pavimentos. A iniciativa de utilizar estrutura em aço também se deu por procurar deixar os apartamentos livres, para que os moradores o utilizassem da melhor forma podendo modicar ou não o seu layout. As dimensões das vigas são: 20 centimetros de largura por 25 centimetros de altura e dos pilares são 12 centrimetros de largura por 28 centimetros de comprimento.

10

10

10

10,06

10

9,8

12,08

5,9

[f.36] Planta do 1º pavimento para indicar onde cam os pilares e as vigas estruturais. [f.37] Esquema 3d da estrutura de aço. [f.38] Esquema 3d da estrutura de aço com a circulação m a r c a d a d e vermelho. [ f . 3 9 ] C o r t e detalhado da fachada oeste para mostrar a tecnologia utilizada, brises m ó v e i s d e vegetação e madeira. [f.40] Imagem da maquete eletrônica para mostrar como cam os brises na fachada. [f.41] Imagem da maquete eletrônica representando a fachada oeste. [f.42] Imagem da maquete eletrônica tirada da rua Chile.

9,64

NOTAS:

6

9 11, 4

12,05

8 11,

6

7 11,

18

,03 7

7,0

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7 11, 6

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7 11,

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9

[f.36]

[f.37]

50

[f.38]

Anna Letycia Moreira Soares


Detalhe da fachada Oeste Laje hipermeabilizada com manta asfáltica Brise móvel de chapa de aço de 2,80x1,50x0,20m Vegetação rasteira Guarda-corpo de madeira com tratamento de ipermeabilização Estrutura do guarda-corpo de cabos de aço d: 3cm Montante em aço galvanizado para estruturação da parede de drywall Chapa de gesso acartonado pintura branca acrílica Viga de aço seção I 0,20x0,25m Forro em gesso acartonado

No corte da fachada oeste é possível observar os brises vegetais e os de madeira ripado em toda a extensão das fachadas do edifício. Essa tecnologia foi aliada a uma área de circulação de 2,50 metros da parede do apartamento, protegendo o mesmo da irradiação solar e proporcionando um corredor de ventilação. Foi escolhido fazer o detalhe dessa fachada pois se trata de um componente muito importante para todo o edifício, já que o intuito do mesmo é proporcionar um ambiente de conforto e qualidade para seus usuários (os estudantes).

Pilar de aço seção H 0,12x0,28m Janela basculante de aço branco e vidro temperado 10mm Brise móvel de madeira ripado com tratamento de hipermeabilização 2,80x1,50m Pintura da parede de drywall com tinta branca acrílica Chumbador de aço para estruturação do guarda-corpo Roldana metálica para movimentação dos brises na fachada Pilar em aço seção H com pintura branca

Detalhe do corte

[f.39] 0

1

Habitação Estudantil

0

0,30

0,60

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2

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Tipologias dos Apartamentos NOTAS:

[f.24] Esquema 3d da tipologia do apartamento individual. [f.25] Esquema 3d da tipologia do apartamento compartilhado para duas pessoas. [f.26] Esquema 3d da tipologia do apartamento compartilhado para quatro pessoas. [f.27] Esquema 3d da tipologia do apartamento para quatro pessoas com necessidades especiais.

Após iniciar o processo do projeto físico, denindo o conceito e partido, como se chegou a forma a ser detalhada por meio da evolução, a setorização dos ambientes dentro do edifício, locação das plantas no terreno, a denição e forma dos apartamentos foram o próximo passo a ser estudado e detalhado. Esta edicação tem o intuito de acolher, integrar e socializar o acadêmico oriundo de outra localidade e que por questões de distância e principalmente nanceira priorizam se xar na cidade de Anápolis para concluir seu curso superior. Por meio de análise e entrevista feita com o coordernador do UniAtender da instituição de ensino UniEVANGÉLICA, Roberto Alves Pereira, a habitação estudantil é de grande valia para os estudantes, pois viabiliza a continuação dos mesmos na instituição. Para ele, esta habitação poderia atender não somente acadêmicos de graduação, mas também os alunos de extensão internacional, de pós-graduação, de mestrado, professores e palestrantes de outras localidades a serviço da instituição. Foi denido após a entrevista que a habi-

tação proposta neste trabalho atenderá todas as categorias citadas, am de contribuir com o ensino de qualidade dos mesmos. Os apartamentos foram propostos a partir desta denição de público a ser atendido. Como a prioridade é atender uma grande quantidade de pessoas sem desconectar do partido (edifício de baixo gabarito), foi estipulado que a maioria dos apartamentos serão compartilhados por quatro pessoas, com primazia para privacidade de cada integrante. Foram estipulados quatro tipos de apartamento: Ÿ Individual: 25 m² - 4 unidades Ÿ Compartilhado 2 pessoas: 35 m² 4 unidades Ÿ Compartilhado 4 pessoas: 58 m² 84 unidades Ÿ Compartilhado 4 pessoas PNE: 68 m² 5 unidades No total são 97 apartamentos em 4 pavimentos de habitação. . APARTAMENTO COMPARTILHADO 4 PESSOAS Área total: 58 m² Contém: 2 camas de solteiro 2 guarda-roupas cozinha banheiro individual

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Anna Letycia Moreira Soares


Layout dos Apartamentos

APARTAMENTO INDIVIDUAL Área total: 25 m² Contém: cama casal guarda-roupa cozinha banheiro individual

Habitação Estudantil

APARTAMENTO COMPARTILHADO PARA 2 PESSOAS Área total: 35 m² Contém: 2 camas de solteiro mesa de estudo 2 guarda-roupas cozinha banheiro individual

APARTAMENTO COMPARTILHADO PARA 4 PESSOAS PNE Área total: 68 m² Contém: 2 camas de solteiro mesa de estudo 2 guarda-roupas cozinha banheiro individual

53


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Anna Letycia Moreira Soares


Referencial Teórico Ÿ

FRENCH, Hilary. Conjuntos Habitacionais do Século XX; tradução Alexandre Salvaterra. Porto Alegre, RS: Bookman, 2009

e Ÿ

BONDUKI, Nabil.; KOURY, Ana. Os pioneiros da habitação social: Vol: 3. São Paulo, SP: Editora Unesp, 2012.

Ÿ

FAVERO, Maria de Lourdes. A Universidade no Brasil: das origens à Reforma Universitária de 1968. 2006. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/er/n28/a03n28.pdf> Acessado em: 07/05/2018

d Ÿ

VASCONCELOS, Natalia. Programa Nacional de Assistência Estudantil. 2009. Disponível em: <http://www.catolicaonline.com.br/revistada catolica2/artigosv2n3/29-PosGraduacao.pdf> Acessado em: 07/05/2018

e Ÿ

CABRAL, André. Origens históricas das repúblicas.2016. Disponível em: <http://www.domuz.com.br/republicasuniversitarias-origens/> Acessado em: 07/05/2018

s

Habitação Estudantil

Ÿ

UniEVANGÉLICA. História da instituição. Disponível em: <http://www.aee.edu.br/index.php?&id_pagi =9> Acessado em: 25/05/2018

Ÿ

UniEVANGÉLICA. Quem somos? Disponível em: <http://www.unievangelica.edu.br/novo/a_in stituicao.php?idioma=pt_BR> Acessado em: 25/05/2018

Ÿ

IBGE. Informações sobre a cidade de Anápolis. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/anapo lis.> Acessado em: 25/05/2018

Ÿ

BRUNA, Paulo. Habitação social no Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ea/v29n83/01034014-ea-29-83-00317.pdf> Acessado em: 20/05/2018olvimento educacional.

Ÿ

MEC. Consulta. Disponível em: <http://emec.mec.gov.br/emec/consultacadastro/detalhamento/d96957f455f6405d14 c6542552b0f6eb/Mzg0

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