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Parque urbano Parque Novo Paraíso Requalificação urbana
issuu.com/cadernostc
Cadernos de TC 2019-1 Expediente
Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Detalhamento de Maquete Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráfica Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Anderson Ferreira de Sousa M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754
Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.
A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.
Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq.
Parque Novo Paraíso Requalificação urbana
O projeto de intervenção no bairro Novo Paraíso visa a melhoria de um bairro que se formou como um assentamento informal, com áreas de risco e áreas de preservação permanente em seu meio. Diretrizes projetuais para o bairro são descritas neste trabalho, juntamente com o projeto de um parque urbano nos limites do bairro, visando proteger as áreas de preservação e criar um espaço público para a população. Ocorre uma mudança de um local ruim em um bairro que irá favorecer tanto a população local como também toda a cidade, que poderá usufruir deste parque urbano.
Daniela Azevedo Fontes
Orientador: Rodrigo Santana
Parque Ambiental
Porque?
Os parques urbanos ambientais aparecem de maneira importantíssima na atualidade, oferecendo áreas verdes que estão em falta em nossas cidades. Para a população, são favoráveis como uma área de respiro, para fugir do ambiente caótico do meio urbano. Espaços públicos podem oferecer diversos usos, como áreas recreativas, espaços para atividade física, espaços de descanso e contemplação, locais de reuniões da comunidade, entre muitos outros. Além de melhorar a vida das pessoas de forma pessoal, estes espaços públicos também atuam como forma de valorizar uma área ou um bairro, implantando-o da forma correta, com um bom projeto e pensando no uso da população, um espaço público leva movimento a um bairro e as consequências disso não poderiam ser melhores, como o incentivo ao comércio local, uma maior segurança no entorno, a melhoria da infraestrutura do bairro e também a melhoria na qualidade de vida da comunidade local.
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Daniela Azevedo Fontes
Parque Novo ParaĂso
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O Parque
Argumentos e terreno
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O desenvolvimento da proposta de intervenção acontece por conta de um conhecimento pessoal da área em questão, o bairro Novo paraíso. Desde criança morei no bairro Paraíso, vizinho ao bairro Novo paraíso, que na época era conhecido por mim e até hoje alguns ainda conhecem como Morro do cachimbo, um local perigoso, por conta da violência e da ocupação também por usuários de drogas, porém um local importante devido a presença do Movimento de Reintegração Hanseniano e do Núcleo de aprendizagem da criança e do adolescente (NACRI). A escolha da temática aconteceu a partir do lugar, que necessita de uma intervenção para a melhoria da qualidade de vida da população, buscando a valorização do bairro em questão. A escolha da área de intervenção dentro do bairro ocorreu por conta da presença da área de preservação no local, que também era uma preocupação inicial da proposta. Inicialmente pensando em melhorar a infraestrutura do bairro pequenas intervenções são previstas e posteriormente o projeto de um parque urbano ambiental deve acontecer. Pensando também que o bairro Novo paraíso precisou se adaptar a uma condicionante que foi implantada no local, por conta da irregularização fundiária, sem a menor preocupação com a comunidade que estava instalada no entorno, a chegada da ferrovia Norte-Sul assustou os moradores, alguns foram retirados de suas casas com uma compensação, porém sem saber onde iriam se instalar. O bairro se encontra consolidado e a situação de irregularidade não deveria mais existir, sendo esta também uma das justificativas para a realização desta temática, neste local, buscando as melhorias necessária para tornar o bairro regular e dar tranquilidade a todas famílias que vivem neste local.
Daniela Azevedo Fontes
LEGENDAS: [f.1] Avenida Cachoeira dourada, limite entre o bairro Paraíso e Novo Paraíso. FONTE: Acervo pessoal. [f.2] Cais 24H em um dos acessos ao bairro Novo paraíso. FONTE: Acervo pessoal. [f.1]
[f.2]
[f.3] Núcleo do adolescente e criança no bairro Novo paraíso. FONTE: Acervo pessoal [f.4] Quadra poliesportiva no bairro Novo paraíso. [f.5] Nascente onde passa a ferrovia Norte-Sul. FONTE: Acervo pessoal. [f.6] Início do túnel da ferrovia Norte-Sul que passa pelo bairro Novo paraíso. FONTE: Acervo pessoal.
[f.3]
[f.4]
[f.7] Vista dos trilhos sobre o túnel da ferrovia Norte-Sul. FONTE: Acervo pessoal.
[f.5]
[f.7]
Parque Novo Paraíso
[f.6][f.7]
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Parques urbanos em Anápolis
1
2 3
4 6 5
7
9
1 - Parque da Jaiara 2- Parque da Criança 3- Matinha cidade jardim
8
4- Parque da Liberdade 5- Central Parque Senador Onofre Quinan 6- Parque ambiental Ipiranga 7- Parque ecológico JK 8- Parque da Cidade 9- Bairro Novo Paraíso
0 62
500
Daniela Azevedo Fontes
1500 M
[f.8]
3
[f.9]
4
[f.10]
5
[f.11]
6
Parque Novo Paraíso
Os parques urbanos foram introduzidos nas cidades como uma forma de sanar a falta de espaços verdes, áreas de lazer e de estar para a população urbana. Estes contêm uma diversidade de usos e de pessoas que frequentam estes locais buscando fugir da atual situação das cidades, onde é predominante a poluição do ar, sonora e visual. Estes espaços são cada vez mais importantes nos meios urbanos, que estão se tornando coda dia mais impermeáveis, o que gera condições de vida para a população cada vez menos saudáveis, pois estes não tem mais contato com os meio naturais. Por conta da política da atual administração da cidade de Anápolis de recuperar áreas de preservação ambiental e proporcionar mais lazer e qualidade de vida à população, a cidade já possui uma boa quantidade destes parques urbanos, porém alguns bairros ainda não foram beneficiados com isto, esta realidade acontece nos bairros mais afastados, os que estão às margens da cidade. Alguns dos parques de Anápolis são, o parque da criança, que é o parque mais antigo da cidade que contém uma mata de preservação e um lago represado do córrego João Cesário, o Central parque Senador Onofre Quinan que se encontrava fechado a visitação, porém está passando por uma reforma que proporcionará a população a voltar a utilizar o parque, este também possui uma área de preservação em seu meio. O parque da Jaiara que teve que passar por uma reforma antes de ser entregue a população, por conta de uma chuva que destruiu o parque, foi entregue a população em junho do ano de 2018. O parque da liberdade no bairro são José, que também faz parte de uma área de preservação ambiental. O parque Ipiranga, no bairro jundiaí que é um dos mais conhecidos de Anápolis. O parque JK, que se encontra no bairro Jk e possui um grande lago e o parque da cidade que fica as margens da ferrovia norte sul.
[f.12]
LEGENDAS: [f.8] Parque da matinha cidade jardim. FONTE: Acervo pessoal. [f.9] Parque da Liberdade. FONTE: Acervo pessoal. [f.10] Central parque Senador Onofre Quinan. FONTE: Acervo pessoal. [f.11] Parque ambiental Ipiranga. FONTE: Acervo pessoal. [f.12] Parque da cidade. FONTE: Acervo pessoal.
8 63
Nascentes e ferrovia
Onde?
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Daniela Azevedo Fontes
Parque Novo ParaĂso
65
Acessos e ligações
BR 414
BR 153
GO 330
BR 060
GO 222
Bairro Novo paraíso BR 153 Ferrovia Norte - Sul GO’s Principais avenidas
66
0
500
GO 330
N
1500 M
Daniela Azevedo Fontes
O bairro Novo Paraíso está localizado na extremidade oeste da cidade de Anápolis,Goiás. Também conhecido como Morro do cachimbo, é um bairro periférico que foi concebido na década de 60 como uma invasão, sendo formado principalmente por uma população carente que não tinha condições de ocupar áreas regularizadas na cidade. A ocupação do bairro se deu quando ocorreu um surto da doença Hanseníase, onde devido a falta de conhecimento desta doença em tempos mais antigos, viu-se a necessidade de que os doentes fossem isolados fora da área central da cidade. Com um terreno doado pela prefeitura para a Sociedade São Vicente de Paulo, uma entidade que se encarregava de prestar assistência aos pobres e doentes na cidade, deu-se o processo para abertura de um local para atendimento destes doentes, como consta no documento de doação do terreno citado abaixo: [...]sendo a Prefeitura de Anapolis, senhora e possuidora de um terreno de cultura e campos, com 5 alqueires mais ou menos, dividido, situado no logar antigamento denominado ‘fasenda Lagôa Formosa’, imediações desta cidade, havido por doação feita pelos condôminos da referida fazenda [...] dôa, como efetivamente doado tem, um alqueire de 4 hectares e 84 ares de terreno [...] a donataria conferencia de S. Vicente de Paulo de Anapolis para fim especial e debaixo da expressa condição de nele ser edificado casa ou casas para leprosos; e neste caso ficará pertencente à Conferencia toda a posse e domínio do referido terreno [...]
Sendo assim houve implantação do hospital para tratamento da Hanseníase, Hospital Mohan - Movimento de Reintegração Hanseniano, onde estes doentes ficaram isolados até serem feitos estudos sobre a doença e os doentes puderam então ser liberados para saírem do hospital. Por conta do isolamento que sofreram, muitos deles já não tinham condições de se estabelecerem em locais apropriados dentro da cidade, sendo assim passaram a ocupar os arredores do hospital Mohan, iniciando dessa forma, a criação do assentamento informal Morro do cachimbo. A partir do ínicio da construção de residências por estes ex internos no entorno do Mohan, famílias pobres passaram a ocupar também este local, pois com suas baixas condições de vida esta era a unica forma de construirem suas casas, que eram humildes e sem qualidade, formando então um novo bairro em uma área periférica da cidade, sem a infraestrutura necessária para o loteamento, acabando por se tornar um local segregado da cidade.
Parque Novo Paraíso
Atualmente existem no local aproximadamente 850 residências, considerando que no ano de 2008 com a chegada do túnel da ferrovia Norte Sul a área foi cortada e houve a necessidade de retirada de algumas famílias. Atualmente este local se encontra esquecido pelos órgãos responsáveis e é direito da população possuir moradia digna, saneamento básico e integração social, como é citado na Constituição de 1988:
LEGENDAS: [f.8] Mapa esquemático dos principais bairros do entorno do bairro Novo paraíso. FONTE: Acervo pessoal.
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. ” “Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;”
O bairro Novo Paraíso existe há 50 anos e é direito destes moradores receber a escritura de suas casas, conforme se encontra descrito no estatuto da cidade:
“Para aquele que possuir como sua uma área ou uma edificação urbana de até 250 m², por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.”
É importante citar que os moradores sofrem preconceito por conta do local onde vivem e é devido a estes motivos que propus este trabalho, pensando na melhoria das condições de vida dessa comunidade, melhorando o bairro como um todo, reestruturando ruas que se encontram em péssimas condições, levando infraestrutura ao bairro, criando espaços públicos para lazer, esportes, educação, acabando com a segregação e com o preconceito com este espaço. Além das necessidades da população, o olhar para o bairro Novo paraíso é necessário por motivos também ambientais. Este assentamento informal se deu sobre uma área de preservação, onde ocorre a existência de diversas nascentes que estão se deteriorando por conta das residências que foram construídas sobre elas e da ausência da mata ciliar que foi retirada do entorno destas nascentes.
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Topografia e hidrografia
LEGENDAS: [f.13] Mapa de topografia e hidrografia. FONTE: Graficação do autor, 2018.
RUA TA
O bairro Novo Paraíso se consolidou em uma área que possui uma conformação topográfica bastante acidentada, área também que deveria ser de preservação ambiental, onde existem nascentes que abastecem o ribeirão João Leite. A ocupação irregular da população gerou a retirada da mata nativa, o que ocasionou o aparecimento de erosões no local e algumas nascentes foram tampadas pelos próprios moradores. Segundo moradores do bairro, na época de chuvas algumas nascentes ainda minam água e passam pelas casas que foram construídas em seu curso natural, mas com o tempo estas nascentes restantes tendem a secar devido a falta de mata ciliar. Parte da população residente neste bairro ocupam áreas de risco, por conta das
erosões que se formam e da topografia íngreme. A melhor decisão para estas pessoas seria realocá-las em um local próximo ao bairro, para que vivam com qualidade e sem riscos de vida. A ocupação destas áreas de riscos se dá por pessoas que não tem condições de construirem suas casas em locais regularizados, por conta dos altos valores que estes locais oferecem, isso faz com que elas sejam obrigadas a se instalarem neste tipo de áreas. O bairro Novo Paraíso foi o primeiro assentamento informal a surgir na cidade de Anápolis, logo apareceram outros, como o Vale das laranjeiros que recentemente entrou em processo de regularização e o bairro Novo Paraíso ainda se encontra em situação de irregular.
GUATIN
GA
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A CACH
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AV. PEDRO LUDOVICO
N
[f.13]
0
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RUA J
R. DOS PINAS
AVENIDA PEDRO LUDOVICO
RUA
R.11 IRMÃOS
RUA SANTA APARECIDA
RUA SANTA IZAIRA
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LA
RUA HELY ALVES FERREIRA
RUA DO GOVERNADOR
EFEITOS
RUA DOS PR
RUA DOURADOS
A
RUA PIRATINING
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RUA 12 DE AGOSTO
A
RUA DOS CRAVOS
AP
RU
RU
VOS
DA R.NACIONALISTA
OS CRA
DOURA
RUA PATRIOTA
RUA D
OEIRA
50
100 M
Daniela Azevedo Fontes
Uso e ocupação do solo O bairro Novo Paraíso possui predominantemente edificações residenciais de um pavimento, as edificações comerciais acontecem principalmente na área inicial do bairro. É comum observar ao transitar pelo local a falta de espaços públicos, porém nota-se a grande presença de bares, que se tornam o lazer da comunidade. O livre tráfico e uso de drogas, gera um ambiente desfavorável as crianças que desde cedo presenciam estas situações. O bairro é conhecido como um local violento e apesar disto não existem equipamentos institucionais para erradicar estes comportamentos. Atualmente existe no local instituições que dão apoio a população, como o NACRI, instituição não governamental, sustentada pela igreja católica que presta serviços
[f.14]
Residências Comércios Institucionais MOHAN NACRI Entorno
Parque Novo Paraíso
LEGENDAS: [f.14] Mapa de uso do solo. FONTE: Graficação do autor, 2018.
sociais, como o ofercimento de reforço escolar para as crianças da comunidade, abriga também uma unidade do PETI Programa de erradicação do trabalho infantil. Funciona também o hospital Mohan que trata casos de hanseníase e fazem atendimentos básicos na área da saúde para a população. Além deste hospital, funciona também o CAIS 24 horas Abadia Lopes da Fonseca, onde atualmente atende os casos de emergência. No âmbito educacional o bairro é atendido por três unidades escolares, onde duas, sendo elas a Escola Municipal Moacyr Romeu Costa e a escola Lar São Francisco de Assis, se encontram na área de influência do bairro Novo Paraíso, e o colégio estadual Dr. Mauá Cavalcanti Sávio se encontra mais distante, no setor residencial Pedro Ludovico.
N 0
50
100 M
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Infra estrutura urbana LEGENDAS: [f.15] Mapa de infra estrutura urbana. FONTE: Graficação do autor, 2018.
Como a formação deste bairro se deu de forma irregular isso aparece refletido em seu traçado, com uma má estruturação das vias, muitas vezes com gabaritos que não suprem as necessidades para mobilidade. Com dimensões que não permitem a entrada de automóveis de grande porte, como ônibus e caminhões, o local fica isento de linhas de ônibus e em alguns lugares também ocorre a falta de coleta de lixo. Até mesmo com carros existe a dificuldade de deslocamento, tanto pelas dimensões, como também pelas más condições em que se encontram as vias. Em visitas ao bairro é notável a presença das pessoas que caminham pelas ruas devido as más condições dos passeios ou
até mesmo em alguns pontos a inexistência destes. Além deste quesito, nota-se também a presença de esgoto pelas ruas, devido a falta de infraestrutura urbana com que o bairro foi se formando. Muitas vias são muito íngremes devido a declividade do terreno em que o bairro se implantou. Com uma topografia bastante acidentada esta é uma área de preservação permanente e com a ocupação da população sobre diversas nascentes ocorreu o assoreamento destas e a vegetação ciliar acabou sendo retirada em muitos locais, formando processos erosivos no terreno criando então áreas de risco.
f.15
f.18
f.19
f.14 f.16
f.17
N
[f.15] 0
70
50
100 M
Daniela Azevedo Fontes
LEGENDAS: [f.16] Imagem evidenciando a situação das ruas no bairro. FONTE: Acervo pessoal. [f.17] Imagem evidenciando a situação das habitações no bairro. FONTE: Acervo pessoal. [f.18] Imagem que evidencia uma fossa irregular no bairro. FONTE: Acervo pessoal. [f.19] Imagem que evidencia o lixo em local inadequado. FONTE: Acervo pessoal.
[f.17]
[f.16]
[f.20] Imagem mostrando o esgoto pelas ruas do bairro. FONTE: Acervo pessoal. [f.21] Imagem mostrando rua estreita no bairro. FONTE: Acervo pessoal.
[f.18]
[f.19]
[f.20]
[f.21]
Parque Novo Paraíso
71
LEGENDAS: [f.22] Imagem de residentes do morro em 1960. FONTE: A Lepra Mora no Morro: O “refúgio” de leprosos em Anápolis, Goiás, Brasil (1930–1970). Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science. [f.23] Imagem de moradores do morro construindo suas casas em 1960. FONTE: A Lepra Mora no Morro: O “refúgio” de leprosos em Anápolis, Goiás, Brasil (1930–1970). Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science.
[f.22]
[f.23]
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Daniela Azevedo Fontes
LEGENDAS: [f.24] Imagem mostrando a degradação ambiental no ambiente do leprosário em 1970. FONTE: A Lepra Mora no Morro: O “refúgio” de leprosos em Anápolis, Goiás, Brasil (1930–1970). Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science. [f.25] Imagem mostrando a degradação ambiental no ambiente do leprosário em 1970. FONTE: A Lepra Mora no Morro: O “refúgio” de leprosos em Anápolis, Goiás, Brasil (1930–1970). Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science.
[f.24]
[f.25]
Parque Novo Paraíso
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Os moradores
O esquecimento
74
Daniela Azevedo Fontes
Parque Novo ParaĂso
75
LEGENDAS: [f.26] Imagem mostrando Dona Aparecida nas ruas do bairro Novo ParaĂso. FONTE: Acervo pessoal.
[f.26]
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Daniela Azevedo Fontes
Para Dona Aparecida de 55 anos de idade (fig.26), o dia começa cedo, mais exatamente as 05:00 horas da manhã. Ela que mora no bairro Novo Paraíso precisa sair de casa nesse horário para chegar ao bairro vizinho e conseguir pegar o ônibus e ir ao seu trabalho, que fica no centro da cidade de Anápolis. No percurso de sua casa até a parada de ônibus mais próxima, ela precisa enfrentar um longo caminho a pé, já que não tem condições de possuir um carro para seu deslocamento diário, passando todos os dias por ruas escuras, devido a iluminação do local que é precária. Nesse caminho se tornou comum para ela fazer seu trajeto pelas ruas, já que as calçadas do local são estreitas e na maioria das vezes se encontram em péssimas condições. Ao passar pelas ruas ela avista o esgoto que corre a céu aberto, por conta da falta de infraestrutura do lugar e se preocupa com o bem estar de toda a população que vive nesse bairro. Ao voltar para sua casa por volta das 17:30 horas da tarde ela visita seu filho e seus netos que também residem no mesmo bairro, logo em frente a ferrovia Norte Sul, é comum ela ver seus netos de 5, 7 e 10 anos brincarem as margens da ferrovia, pois não há um espaço de lazer para as crianças no bairro. Segundo ela eles já acostumaram, mas o risco para as crianças é muito grande naquele lugar, ela se preocupa com os netos e deseja que um dia eles possam ter um lugar seguro e agradável para eles brincarem. Enfim, todos os dias, Dona Aparecida é testemunha do descaso com o bairro Novo paraíso.
LEGENDAS: [f.27] Imagem mostran do criança brincando às margens da ferrovia Norte Sul. FONTE: Acervo pessoal. [f.28] Imagem mostran do criança brincando às margens da ferrovia Norte Sul. FONTE: Acervo pessoal.
[f.27]
[f.28]
Parque Novo Paraíso
77
LEGENDAS: [f.29]Imagem mostrando frase escrita por moradores em muro de casa no bairro Novo ParaĂso. FONTE: Acervo pessoal.
[f.29]
78
Daniela Azevedo Fontes
NOVO PARAÍSO I
NOVO PARAÍSO II
358
161
DOMICÍLIOS
DOMICÍLIOS
132
329
159
351
POSSUEM ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA REDE GERAL
POSSUEM ENERGIA ELÉTRICA
LIXO
150
TÊM LIXO COLETADO POR SERVIÇO DE LIMPEZA
9
FONTE: Dados conforme IBGE Censo 2010 de aglome rados urbanos.
POSSUEM ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA REDE GERAL
POSSUEM ENERGIA ELÉTRICA
231
LIXO TÊM LIXO COLETADO POR SERVIÇO DE LIMPEZA
5
POSSUEM REDE GERAL DE ESGOTO
POSSUEM REDE GERAL DE ESGOTO
NOVO PARAÍSO I
593
PESSOAS RESIDEM NO BAIRRO
293 MULHERES
Parque Novo Paraíso
300 HOMENS
NOVO PARAÍSO II
1225
PESSOAS RESIDEM NO BAIRRO
592 MULHERES
633 HOMENS
79
Mudanças
O inĂcio
80
Daniela Azevedo Fontes
Parque Novo ParaĂso
81
Avenida Cachoeira dourada
[f.30]
A avenida cachoeira dourada faz a ligação dos bairros Paraíso, Novo Paraíso e Vila são Joaquim, local onde esta se encontra com a avenida Pedro Ludovico, uma das principais vias de Anápolis. A região da avenida cachoeira dourada é de predominância comercial, fazendo com que tenha um grande fluxo de pessoas. No ano de 2012 parte da avenida cachoeira dourada foi duplicada, promovendo melhorias na segurança e no comércio para a população do bairro Paraíso, sendo que na região do bairro Vila são joaquim a avenida já se encontrava duplicada, porém o cenário no bairro Novo paraíso não mudou, muito pelo contrário, na altura deste bairro a avenida sofre uma interrupção, se encontra dividida por este bairro que não se beneficia com a presença de uma grande avenida como essa. Ainda no ano de 2012 reportagens foram divulgadas com a informação de que haviam projetos de urbanização para o bairro Novo paraíso e rumores de que a avenida seria duplicada eram comentados no bairro, porém nada foi feito, permanecendo assim até hoje. Com as obras da ferrovia Norte Sul que passa pelo bairro, a população foi afetada e tornou mais complicada a passagem da avenida pelo local. Por estes motivos, com a intenção de levar movimento ao bairro Novo paraíso, o projeto propõe a ligação dessa avenida, que passará dentro do bairro, levando também mais segurança devido ao maior fluxo de pessoas que irão passar por ali. A reestruturação das vias locais também são diretrizes para o projeto , assim como a criação de calçadas, iluminação e mobiliário público, prevendo assim que o bairro Novo paraíso se torne regularizado e a população possa receber as escrituras de suas residências.
LEGENDAS: [f.30]Imagem mostrando a Avenida Cachoeira dourada entre o bairro Paraíso e o bairro Novo Paraíso. FONTE: Acervo pessoal.
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Daniela Azevedo Fontes
LEGENDAS: [f.31]Imagem mostrando o local na Avenida Cachoeira dourada que se encontra duplicada. FONTE: Acervo pessoal. [f.32]Imagem mostrando o local na Avenida Cachoeira dourada onde a sua duplicação acaba. FONTE: Acervo pessoal.
[f.32]
[f.31]
[f.33]Imagem mostrando a bifurcação onde se inicia o bairro Novo Paraíso e a Avenida Cachoeira dourada acaba. FONTE: Acervo pessoal. [f.34]Imagem mostrando parte da Avenida Cachoeira Dourada onde se encontra estreita. FONTE: Acervo pessoal. [f.35]Imagem mostrando onde começa a Avenida no bairro São Joaquim, onde a mesma se encontra com uma parte estreita. FONTE: Acervo pessoal.
[f.33]
[f.34]
[f.35]
[f.36]
Parque Novo Paraíso
[f.36]Imagem mostrando a Avenida no bairro São Joaquim, onde a mesma se encontra duplicada até o final. FONTE: Acervo pessoal.
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Situação atual
Após a invasão do bairro, muitos moradores passaram a construir suas casas sobre as nascentes existentes no local, o qual deveria ser uma área de preservação permanente. O bairro atualmente se encontra segregado do entorno, porém existem possibilidades de integrá-lo por meio das avenidas Pedro Ludovico e Cachoeira dourada, que já deveria passar no bairro Novo paraíso mas se encontra dividida justamente por este. Atualmente o transporte público não entra no bairro, devido as ruas estreitas e esburacadas. Há também edificações no local que devem ser respeitadas devido seu valor histórico e social para o bairro, sendo elas o MOHAN (Movimento de Reintegração Hanseniano - Núcleo de Anápolis) e o
NACRI (Núcleo da Criança e do Adolescente Aliança). A ferrovia Norte Sul que atravessa o bairro Novo paraíso está atualmente como um divisor que segrega o próprio bairro em dois lados, são chamados de Novo paraíso I e Novo paraíso II, a ferrovia também está em condições perigosas, sem proteção, possibilitando a chegada de todos até os trilhos.
0
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Daniela Azevedo Fontes
50
100 M
Desapropriações
As desapropriações que foram realizadas no bairro Novo paraíso se deram por conta da ocupação inadequada ao longo do tempo das áreas de preservação e áreas de risco pelos moradores do bairro Novo paraíso. Foram retiradas as residências que se encontravam próximas as nascentes com uma margem de 30 metros, dimensão que se encontra descrito em lei para áreas de preservação permanente e áreas de risco. Devido a necessidade de abertura e ligação da avenida Cachoeira dourada, foram desapropriadas algumas residências que estavam nos locais por onde passará a avenida, para isto o mínimo de casas possíveis foram retiradas para preservar os moradores em seus locais atuais.
0
50
Como estratégia de resolução propõe-se como diretriz a implantação de uma habitação social próxima ao local, para estes moradores que foram desapropriados. O terreno para implantação da habitação social encontra-se indicado na imagem abaixo.
LEGENDA: Desapropriações Diretriz de habitação social
100 M
Parque Novo Paraíso
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Proposta de arruamento
Como principal proposta de intervenção acontece a ligação da Avenida Cachoeira Dourada, que atualmente se encontra dividida pelo bairro Novo Paraíso e também ocorre a ampliação da avenida em alguns trechos onde ela existe mas ainda se encontra estreita. Para as vias internas ao bairro foi realizado a implantação dos passeios e a melhoria das vias onde se encontram esburacadas e até sem asfaltamento. Para possibilitar a abertura da avenida, algumas residências precisaram ser retiradas, para isto há como diretriz a criação de uma habitação social ainda dentro do bairro Novo paraíso para que os moradores não se sintam deslocados por saírem do local de moradia atual.
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Por conta da necessidade de regularização de algumas quadras, lotes foram criados nestas sendo então possível a locação de algumas casas nestes lotes. Ocorrerá também a criação de um parque no entorno do bairro, criado a partir da limitação das avenidas de acesso, que tem como objetivo impedir novas invasões nas áreas de preservação e áreas de risco que se encontram neste locais.
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Daniela Azevedo Fontes
Processo do projeto
Os locais com hachura em vermelho são possíveis áreas de realocação da comunidade e que precisam de reflorestamento por conta das nascentes que existem nestes locais, sendo então necessário preencher essa área como gerando limites de expansão.
Núcleos para implantação do parque que poderão atender todo o bairro Novo Paraíso, além de toda a cidade que passará a frequentar o local por conta do boa estrutura oferecida.
Ligações importantes para o deslocamento da população por meio do parque, fazendo com que não percam os locais que transitavam anteriormente antes das desapropriações e gerando novas áres de passagem. O processo de criação do parque Novo Paraíso se deu a partir da necessidade de limitação dos locais de APP e das áreas de risco presentes no bairro, bem como do desejo de proporcionar espaços de passeio, lazer e interação social para a comunidade do bairro Novo paraíso, principalmente por conta do grande número de crianças que atualmente ficam nas ruas durante o tempo de ócio, enquanto os pais não podem cuidá-las. A criação do parque no bairro também fará com que este seja valorizado e mais bem visto pelos bairros do entorno, juntamente com a abertura da avenida Cachoeira dourada no bairro, mais pessoas poderão passar pelo local aumentando assim o movimento, gerando melhorias para comércios locais, aumentando a segurando no bairro e acabando com o preconceito que atualmente existe com esse local.
REFLORESTAMENTO FERROVIA
CONTEMPLAÇÃO CICLOVIAS
DECK
QUADRAS POLIESPORTIVAS
PASSARELAS EVENTOS
NASCENTES
ACADEMIA
PLAYGROUNDS
HORTA COMUNITÁRIA
Parque Novo Paraíso
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Parque Ambiental
Novo ParaĂso
Como serĂĄ?
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Daniela Azevedo Fontes
Parque Novo ParaĂso
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6 LEGENDA:
1 Horta comunitรกria 2 Deck sobre o lago 3 Playground
6
4 Ponte elevada 5 Academia ao ar livre 6 Ciclovia 7 Mirante para a ferrovia 8 Quadras poliesportivas 9 Praรงa 10 Espaรงo aberto para eventos ร rea de 11 reflorestamento 11
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1
1
6 2
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Parque Novo ParaĂso
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10 8
9
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5 5
1 1
6
4 7 6 5
3 5
6
LEGENDA:
1 Quadras poliesportivas
6 Bancos
2 Espaço aberto para eventos
7 Caminhos principais
3 Chafarizes no piso
8 Ciclovia
4 Elementos verticais de decoração
9 Área de contemplação da ferrovia
5 Canteiros arborizados e abertos à entrada
Parque Novo Paraíso
0 4 8m
10 Ferrovia Norte Sul
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1
1
2
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3
5 3
0 4 8m
LEGENDA:
1 Horta comunitรกria
6 Ciclovia
2 Deck sobre o lago
7 ร rea de reflorestamento
3 Playground 4 Ponte elevada 5 Academia ao ar livre
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Parque Novo ParaĂso
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Daniela Azevedo Fontes
5
2 3
1
6
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LEGENDA:
1 Horta comunitária
4 Academia ao ar livre
2 Ponte elevada
5 Ciclovia
3 Playground
6 Reflorestamento
Parque Novo Paraíso
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8m
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Detalhe do deck sobre o lago
*Stain é um produto impregnante que permite vida mais longa à madeira, possui alta proteção contra efeitos da chuva, sol e fungos, devido a penetração do produto dos veios da madeira. A vantagem do stain sobre o verniz é a sua manutenção, pois ele pode ser reaplicado por cima da camada antiga com apenas uma limpeza para remover partículas de pó e outras impurezas.
Esc. 1:10 Guarda corpo em madeira (eucalipto) tratado com stain*.
Piso em madeira (cumaru) tratada com stain*. Viga em madeira (Pinus Autoclavado* 5x15,2cm) tratado com stain.
Pilar de concreto armado moldado in loco.
Fundação em bloco de concreto sobre estacas.
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Daniela DanielaAzevedo AzevedoFontes Fontes
Processo de maquete 1° Maquete . Visualização da topografia do local e delimitação do área do parque. . Estudo das vias com linhas. . Delimitação das áreas de preservação com manchas na cor verde. . Possíveis áreas de implantação de núcleos do parque em manchas na cor amarela. . Novas quadras que foram criadas para regularização em recortes na cor vermelha.
2° Maquete . Vias definidas e implantadas . Novas áreas definidas dos núcleos do parque. . Área de reflorestamento já arborizada. . Novas quadras e lotes implantados, já com as novas residências. . Visualização da interferência clara da ferrovia Norte Sul no local.
3° Maquete . Maquete final do local atualmente. . Visualização da ferrovia Norte Sul adentrando muito no bairro Novo paraíso. . Visualização da atual situação no entorno das nascentes, com relação a arborização. . Visualização clara do traçado irregular das vias internas ao bairro novo paraíso. . Relação do bairro com o entorno e com a avenida Pedro Ludovico, principal avenida do entorno.
4° Maquete . Maquete final de um recorte do parque. . Visualização da praça principal do projeto. . Área de ligação da avenida Cachoeria dourada.
Parque Novo Paraíso
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Espécies de plantas
Nome científico: Peltophorum dubium Nome popular: Canafístula, Angico-amarelo Altura:Acima de 12 m
Nome científico: Caesalpinia leiostachya Nome popular: Pau-ferro, Jucá Altura:Acima de 12 m
Nome científico: Lagerstroemia indica Nome popular: Resedá roxo Extremosa Altura: 3,5 - 5 m
Nome científico: Tibouchina granulosa Nome popular: Quaresmeira, flor de quaresma Altura: 9 - 12 m
Nome científico: Mangifera indica Nome popular: Manga, mangueira Altura: acima de 12 m
Nome científico: Persea americana Nome popular: Abacate, Abacateiro Altura: acima de 12 m
Nome científico: Myrciaria cauliflora Nome popular: Jaboticaba, Jaboticabeira Altura: 5 - 6 m
Nome científico: Psidium guajava Nome popular: Goiaba, Goiabeira Altura: 6 - 9 m
Nome científico: Punica granatum Nome popular: Romã, Romãzeira Altura: 3 - 3,6 m
Nome científico: Tradescantia zebrina Nome popular: Lambari Altura: 30 - 40 cm
Nome científico: Tradescantia pallida Nome popular: Trapoeraba-roxa Altura: 30 - 40 cm
Nome científico: Axonopus compressus Nome popular: Grama-são-carlos Altura: menos de 15 cm 100
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Nome científico: Tabebuia impetiginosa Nome popular: Ipê, Ipê-mirim Altura: 6 - 9m
Nome científico: Malpighia emarginata Nome popular: Acerola, Aceroleira Altura: 2,4 - 3m
Nome científico: Wodyetia bifurcata Nome popular: Palmeira-rabo-deraposa Altura: 6 - 9m
Fonte: Dados conforme jardineiro.net.
Daniela Azevedo Fontes
Paginação de pisos
Mobiliário urbano
Mobiliário: Elementos verticais emaço galvanizado com pintura automotiva na cor bronze. Mobiliário: Postes em aço galvanizado com pintura automotiva na cor preta.
Mobiliário: Lixeiras com apoios em concreto e caixa em aço galvanizado com pintura automotiva.
Paginação: piso intertravado em diferentes tamanhos na cor vermelha.
Mobiliário: Bancos em concreto aparente.
Paginação: piso iem placas de concreto aparente na cor natural.
Mobiliário: Bancos em concreto aparente. Parque Novo Paraíso
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Paginação de pisos
Mobiliário urbano
Mobiliário: Totem de iluminação com base em aço galvanizado com pintura automotiva na cor preta e vidro. Mobiliário: Balanço acessível para cadeirantes em aço galvanizado com pintura automotiva na cor azul. Mobiliário: Gangorra com estrutura de madeira e assentos em aço galvanizado. Mobiliário: Módulo de peças hexagonais em aço galvanizado com pintura automotiva nas cores verde, azul, amarelo e rosa.
Paginação: piso intertravado em diferentes tamanhos na cor vermelha.
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Daniela Azevedo Fontes
Paginação de pisos
Mobiliário urbano
Mobiliário: Módulo de peças retangulares em aço galvanizado com pintura automotiva nas cores verde, roxo, amarelo e vermelho. Mobiliário: Escorregador em aço galvanizado com pintura automotiva na cor prata.
Paginação: Amarelinha pintada no piso nas cores amarelo e roxo.
Parque Novo Paraíso
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Daniela Azevedo Fontes
REFERÊNCIAS: CORRÊA, R.L. O espaço urbano. 3ª. Ed. Rio de Janeiro: Ática, 1995 FREITAS, J. F., A expansão urbana e a segregação socioespacial em Anápolis -Goiás. Dissertação de Mestrado. Instituto de Ciências Humanas/Universidade de Brasília, 2005 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico, 2010, Aglomerados subnormais: IBGE, 2018.Disponível em: https://censo2010.ibge.gov.br/agsn/ acesso em: novembro 2018 TAVARES, G. G.; PEIXOTO, J. DE C.; CAMPOS, D. M. B.; LUZ, J. S. DA; MONTEIRO, R. S. A Lepra Mora no Morro: O “refúgio” de leprosos em Anápolis, Goiás, Brasil (1930–1970). Fronteiras: Journal of Social, Technological and Environmental Science, v. 4, n. 1, p. 110-125, 31 jul. 2015. Disponível em: https://www.jardineiro.net/
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