Centro de Inovação e Empreendedorismo | Fabiane de Sousa Santos | UniEVANGÉLICA

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Institucional Plataforma (CO)

Centro de Inovação e Empreendedorismo


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Cadernos de TC 2019-1 Expediente

Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Detalhamento de Maquete Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráfica Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Anderson Ferreira de Sousa M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754


Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao

processo, quanto ao produto final. A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq.



Plataforma (CO) Centro de Inovação e Empreendedorismo COnectar, COmpartilhar e COlaborar, são as prioridades da Plataforma (CO). O edifício é uma resposta às novas necessidades do trabalhador da era digital. Funcionando como uma rede de apoio e incentivo ao empreendedorismo, o usuário encontrará suporte educacional e financeiro, possíveis parcerias, e uma estrutura adequada para captar e receber clientes. O programa inclui ainda, espaços destinados à empresas já consolidadas, promovendo a diversificação de público necessária para cumprir os principais objetivos da proposta. Além disso, o projeto pretende iniciar uma reflexão acerca da falta de incentivos em inovação, na cidade e região, frente à constante evolução na qual vivemos. Em um mercado amplo de softwares, aplicativos e plataformas, que parecem nunca ser suficientes para a demanda existente, é preciso escancarar a urgência de se incluir no mundo tecnológico para sobreviver no meio empresarial.

Fabiane de Sousa Santos fabianesousa.arq@gmail.com




start


Muito além dos aspectos da nossa vida pessoal, a tecnologia está influenciando drasticamente os setores empresariais. Estamos vivenciando a tranformação digital, um mundo novo, onde o trabalho físico é feito pelas máquinas e o mental, pelos computadores. Cabe ao homem uma tarefa para a qual é insubstituível: ser criativo, ter ideias. Convivemos com tecnologias que nos permitem estar virtualmente em vários locais simultâneamente. A capacidade de gerar conhecimento, associada à mobilidade e conectividade entre as pessoas, promove transformações constantes nos mais diversos processos de produção, distribuição e serviços. No entanto, a forma de trabalho usual no Brasil, ainda segue os princípios ultrapassados provenientes da Revolução Industrial, que associa a produtividade, exclusivamente, ao número de horas trabalhadas. Contudo, para que seja possível alcançar bons resultados e acompanhar as necessidades do mercado atual, o perfil exigido é de um profissional multidisciplinar, dotado de criatividade e imaginação. Seu trabalho parte de um processo de reconhecimento de um problema e da necessidade de solucioná-lo de forma prática e eficiente.

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Esse processo pode ser otimizado através da concepção de uma nova dinâmica de trabalho que surgiu no meio da década de 90, quando o professor italiano Domenico de Masi¹, trouxe o entendimento de que não se deve medir a produção pela quantidade de horas laboradas, mas pela qualidade do serviço realizado. E assim como o trabalhador, os espaços de trabalho também precisam evoluir, afinal, o usuário terá necessidades específicas que são ignoradas nos modelos de negócio tradicional. Nesse cenário, a Plataforma (CO) funciona como um centro de apoio ao empreendedorismo, que parte do objetivo de impulsionar a economia local através da inovação e tecnologia. Portanto a dinâmica do espaço deve permitir e incentivar a criatividade: sempre buscando conectar pessoas, possibilitando o compartilhamento de ideias, que resulta na colaboração múltua entre mentes pensantes para solucionar problemas. Além disso, o projeto desempenha o papel de evidenciar a importância da inovação não só no meio acadêmico, - como acontece através das instituições de ensino técnico e superior - mas também no meio profissional, como ferramenta indispensável para acompanhar as tendências de mercado.

[1] Domenico de Massi é sociólogo e professor italiano. Tornou-se conhecido pelas discussões sobre o conceito de “ócio criativo”, segundo o qual, o ócio é um fator que estimula a criatividade pessoal.

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economia criativa


O conceito de economia criativa ganhou expressão e relevância a partir da década de 2000. Por meio de iniciativas isoladas no começo do século XXI, o que se observa atualmente é que economia criativa se estende em uma ampla gama de áreas de responsabilidade política e administração pública; inclusive, muitos governos criaram ministérios, departamentos ou unidades especializadas para lidar com as indústrias criativas. No caso do Brasil, temos a Secretaria da Economia Criativa² que está inclusa no Ministério da Cidadania junto à Secretaria Especial da Cultura. Economia criativa é, ainda, um conceito em evolução, e ao redor do mundo são apresentadas diferentes definições e formas de mensuração e caracterização. Entretanto, há poucas dúvidas sobre o que está no cerne da economia criativa. Howkins (2001) sustenta a ideia de que a economia criativa se assenta sobre a relação entre a criatividade, o simbólico e a economia. Assim, economia criativa é o conjunto de atividades econômicas que dependem do conteúdo simbólico – nele incluído a criatividade como fator mais expressivo para a produção de bens e serviços. Esta forma permite caracterizar

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economia criativa como uma disciplina distinta da economia da cultura, que guarda grande relação com aspectos econômicos, culturais e sociais que interagem com a tecnologia e propriedade intelectual numa mesma dimensão, e tem relações de transbordamento muito próximo com o turismo e o esporte. Do ponto de vista econômico, a economia criativa é um conjunto de segmentos dinâmico, cujo comércio mundial cresce a taxas mais elevadas do que o resto da economia, independentemente da forma de mensuração. (Oliveira, 2013) A economia criativa promove a diversificação econômica, de receitas, de comércio e inovação, e pode se relacionar simultaneamente com as novas tecnologias de informação e comunicação. Iniciativas baseadas na abordagem de economia criativa podem promover a revitalização de áreas urbanas degradadas, ou mesmo o desenvolvimento de áreas rurais com herança de patrimônio histórico/ cultural. Adicionalmente, as indústrias criativas podem reforçar a cultura como valores e tradições que identificam uma comunidade ou nação, e tem um papel de coesão social e inclusão. (Oliveira, 2013)

[2] A Secretaria da Economia Criativa (SEC) tem, dentre suas atribuições, planejar, promover, implementar e coordenar ações para o desenvolvimento da economia do País, em todos os segmentos da cadeia produtiva. Disponível em: http://cultura.gov.br/sec retaria/secretarias/sec-s ecretaria-da-economiacriativa/

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[3] O prêmio é uma iniciativa do Sebrae em Goiás, com o objetivo de identificar e valorizar ações municipais de estímulo aos micro e pequenos negócios. [f.1] Participação do PIB Criativo no PIB total Brasileiro – 2004 a 2015. Sist. Firjan - 2016. [f.2] Participação estimada do PIB Criativo nas UFs. Sist. Firjan - 2016.

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A criatividade como chave para a recuperação econômica Um estudo realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) em 2016, mostra que a economia brasileira entrou em prolongada e intensa contração da produção, com elevação da inflação, explosão do endividamento público, colapso do investimento e perda do poder de compra da nossa moeda. Indicadores de emprego, renda e consumo entraram em espiral negativa. Some-se a isso um longo período de crise institucional e política, nas mais distintas esferas de governo, a tônica do biênio 2014/2015 foi a incerteza. É preciso entender e suprir a demanda: onde, como e quando ela existe. Esse é o momento de renascimento e reorganização da economia, no qual a área criativa terá papel estratégico. A capacidade de se reinventar tem se consolidado como um dos fatores de vantagem competitiva no meio empresarial. Além dos insumos tradicionais de produção – capital, matéria-prima e mão de obra – as ideias passaram a ser relevantes e indispensáveis para a diferenciação e geração de valor. Sob a ótica da produção, a área criativa se mostrou menos impactada ante o cenário econômico adverso do período 2013-2015, quando comparada à totalidade da economia nacional. De fato, a participação do PIB Criativo no PIB Brasileiro cresceu de 2,56% para 2,64%, mantendo a tendência observada desde meados da década passada. Como resultado, a área criativa foi responsável por gerar uma riqueza de R$ 155,6 bilhões para a economia brasileira no último ano. Entre os estados, estima-se que as maiores participações da Indústria Criativa nos PIBs estaduais foram em São Paulo (3,9%), Rio de Janeiro (3,7%) e Distrito Federal (3,1%), todos

os três com participação acima da média nacional (2,64%) e apresentando manutenção ou expansão de participação no período. Em 2015, o Brasil tinha 851,2 mil profissionais criativos formalmente empregados, frente aos 850,4 mil, registrados em 2013. Uma leitura inicial desse número poderia sugerir certa decepção, na medida em que foram gerados pouco menos de mil empregos em um período de dois anos – uma expansão de somente 0,1% . No entanto, é importante ressaltar os desafios enfrentados pela economia brasileira no mesmo período, quando foram extintos 900 mil postos de trabalho, o que representa redução de 1,8% no estoque total de trabalhadores formais. O mercado de trabalho criativo foi o menos impactado pela crise econômica, evidenciando o papel estratégico dos profissionais criativos. Em âmbito municipal, Anápolis tem se tornado cada vez mais aberta ao empreendedorismo criativo. A começar pela conquista do ex-prefeito Antônio Roberto Otoni Gomide, vencedor da sexta edição estadual do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor Jaime Câmara3. As principais iniciativas para incentivar o empreendedorismo local foram: facilitar o acesso ao crédito e estimular a produção, e criar um canal de comercialização e divulgação. Outra frente de incentivo para quem pretende empreender foi a qualificação. Em parceria com instituições de ensino locais, foram criados programas de cursos profissionalizantes e de inclusão digital no município. A gestão atual deu continuidade às iniciativas, ofertando cursos gratuitos que incentivam o trabalho independente como forma de escapar do desemprego recorrente no Brasil.

Fabiane S. Santos


PIB Criativo estimado: R$ 155,6 bilhões

[f.1]

Participação estimada do PIB Criativo nas UFs.

[f.2]

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[4] O Ipea é uma fundação pública federal. Suas atividades de pesquisa fornecem suporte técnico e institucional às ações governamentais. [f.3] Fluxograma da cadeia da Indústria Criativa no Brasil. Sistema FIRJAN, Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil, 2016.

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Indústria Criativa e Indústria Cultural: conceitos distintos ou intrísecos? Segundo o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada4, existem várias definições propostas de “criatividade” nos diversos campos dos estudos científicos, mas nenhuma que consiga abranger todas as várias dimensões deste fenômeno. De fato, mesmo no campo da psicologia, em que a criatividade individual foi mais estudada, não há acordo quanto ao fato de a criatividade ser um atributo de pessoas ou um processo pelo qual as ideias originais são geradas. No entanto, as características de criatividade em diferentes áreas da atividade humana podem ser articuladas em três grandes áreas, conforme a seguir. 1) A criatividade artística, que envolve a imaginação e a capacidade de gerar ideias originais e novas maneiras de interpretar o mundo, expressa em texto, som e imagem. 2) A criatividade científica, que envolve curiosidade e uma vontade de experimentar e fazer novas conexões em resolução de problemas. 3) A criatividade econômica, que é um processo dinâmico conducente à inovação em tecnologia, práticas de negócios, marketing, e está intimamente ligada à obtenção de vantagens competitivas na economia. Todas elas envolvem criatividade tecnológica em maior ou menor extensão e podem estar inter-relacionadas. Independentemente da forma pela qual a criatividade é interpretada, não há dúvida de que, por definição, é um elemento fundamental na definição do âmbito das indústrias criativas e da economia criativa. Em síntese, para Hui et al. (2005), a criatividade pode ser definida como o processo pelo qual as ideias são geradas, conectadas e transformadas em coisas que

são valorizadas. Em outras palavras, a criatividade é o uso de ideias para produzir novas ideias. Deve-se salientar que, conceitualmente, criatividade não é o mesmo que inovação. Atualmente, o conceito de inovação foi ampliado para além de uma natureza funcional, científica ou tecnológica. Este novo conceito reflete mudanças estéticas ou artísticas, e está mais associado à originalidade, que significa criar algo do nada ou refazer algo que já existe. O escopo da economia criativa é determinado pela extensão das indústrias criativas. A definição de indústrias criativas, no entanto, é uma questão de considerável discordância, especialmente em relação ao conceito paralelo de indústrias culturais. Constantemente é realizada uma distinção entre as indústrias criativas e as indústrias culturais, e ocasionalmente, os dois termos são usados indistintamente. Uma das formas de se proceder quanto à diferenciação é definir os bens e serviços que estas indústrias produzem (Stoneman, 2010). Os bens e serviços culturais podem ser vistos como um subconjunto de uma categoria mais ampla que pode ser chamado de “bens e serviços criativos”, cuja produção exige nível significativo de criatividade e conteúdo simbólico. Assim, a categoria criativa se estende além dos bens e serviços culturais para incluir produtos como moda e software, que podem ser vistos essencialmente como produtos comerciais, mas a sua produção envolve certo nível de criatividade. As indústrias criativas compreendem quatro grandes grupos – patrimônio, artes, mídia e criações funcionais, tendo em conta as suas características distintas, como explanado no fluxograma a seguir.

Fabiane S. Santos


Indústrias Serviços

• Registro de marcas e patentes. • Serviços de engenharia. • Distribuição, venda e aluguel de mídias audiovisuais. • Comércio varejista de moda, cosmética, artesanato. • Livrarias, editoras e bancas de jornal. • Suporte técnico de TI. • Operadoras de televisão por assinatura.

TIC: desenvolvimento de softwares, sistemas, consultoria em TI e robótica. Editorial: edição de livros, jornais, revistas e conteúdo digital. Audiovisual: desenvolvimento de conteúdo, distribuição, programação e transmissão.

Patrimônio e Artes: serviços culturais, museologia, produção cultural, patrimônio histórico. Música: gravação, edição e mixagem de som, criação e interpretação musical. Artes Cênicas: atuação, produção e direção de espetáculos teatrais e de dança.

Atividades Relacionadas

Tecnologia Mídias

• Materiais para publicidade. • Confecção de roupas. • Aparelhos de gravação e transmissão de som e imagens. • Impressão de livros, jornais e revistas. • Instrumentos musicais. • Metalurgia de metais preciosos. • Curtimentos e outras preparações do couro. • Equipamentos de informática. • Equipamentos eletroeletrônicos. • Cosmética. • Produção de hardware. • Equipamentos de laboratório. • Fabricação de madeira e mobiliário.

Biotecnologia: bioengenharia, pesquisa em biologia, atividades laboratoriais.

Expressões Culturais: artesanato, folclore, gastronomia.

Cultura

Indústria Criativa (núcleo)

P&D: desenvolvimento experimental e pesquisa em geral, exceto biologia.

Consumo

Publicidade: atividades de publicidade, marketing, pesquisa de mercado e organização de eventos. Arquitetura: design e projeto de edificações, paisagens e ambientes. Planejamento e conservação. PDesign: design gráfico, multimídia e de móveis. Moda: desenho de roupas, acessórios, calçados e acessórios; modelistas.

[f.3] Plataforma (CO)

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[5] A Nu Pagamentos SA é uma startup criada em 2013 que desenvolve soluções simples, seguras e 100% digitais para serviços bancários, e tem como principal aposta o design e a tecnologia. [f.4] Infográfico mostrando o perfil do profissional criativo. Fonte: Elaborado pela autora.

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Geração de valor através de Startups e seus agentes Se tratando de economia criativa, tecnologia e empreendedorismo são duas palavras que devem andar juntas. A professora Maria Inês Felippe, defende a ideia de que o empreendedor, em geral, é motivado pela autorrealização, pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente, ou por necessidade financeira. Considera irresistíveis os novos empreendimentos e propõe sempre ideias criativas, seguidas de ação. Atualmente é praticamente impossível empreender sem utilizar as facilidades que surgiram nas últimas décadas, como a intranet, as plataformas digitais, os portais, os aplicativos, a automação, a computação em nuvem, os sistemas integrados de soluções empresariais, marketing digital, entre outras. Essas ferramentas são essenciais para que a mão de obra humana seja usada em todo o seu potencial, com criatividade e espírito inovador, ao contrário de ser empregada somente a tarefas repetitivas e exaustivas. Contudo, empreender é muito mais do que utilizar a tecnologia, é também saber aproveitar todo o seu capital intelectual para criar soluções para os problemas dos clientes. A partir disso surgem as startups, com foco em problemas e soluções. Segundo Steve Blank, um empreendedor em série do Vale do Silício, startups são organizações temporárias criadas para buscar um modelo de negócio repetível e escalável. Estudos realizados pelo Sebrae mostram que startups de sucesso passam de um a quatro anos estudando possibilidades, e após a implementação do modelo de negócio, a monetização acontece no prazo de um a três anos, alcançando o crescimento exponencial. Nesse aspecto, a meta de toda startup é se

tornar um unicórnio. A expressão curiosa é pertinente devido ao nível de dificuldade desse feito. Para se tornar uma startup unicórnio, é preciso possuir uma avaliação de preço de mercado no valor de mais de 1 bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de valores, ou seja, a arrecadar essa quantia antes de vender suas ações e se tornar uma IPO (Initial Public Offering, em português “Oferta Pública Inicial” – OPI). Mas esse feito exige muito mais que competências técnicas, ou hard skills, que referem-se ao conhecimento de determinada área de trabalho – marketing, programação, design, engenharia. A aproximação com o consumidor e a forma de se relacionar e interagir com pessoas, ganha cada vez mais espaço nas empresas. A NuBank5 , maior startup latina e o mais novo unicórnio brasileiro, tem uma avaliação de mercado de US$ 4 bilhões, e se baseia na desburocratização e agilidade de serviços bancários, características responsáveis por acumular mais de 5 milhões de clientes. No entanto, seu maior diferencial é um suporte ao cliente impecável. Os atendentes são dotados do que se chama de soft skills, habilidades interpessoais, como motivação, senso comum, receptividade, integridade, determinação, responsabilidade e até mesmo senso de humor. O mesmo acontece com outros grandes sucessos do empreendedorismo: Amazon, 99 Taxi, Uber, Linkedin, são plataformas que trabalham em rede, com experiências de usuário que superam as divergências de gostos. Portanto, assim como o mercado se torna cada vez mais complexo, é necessário acompanhar essas tranformações, tanto como empreendedor, quanto como integrante de uma organização formal.

Fabiane S. Santos


TRABALHADOR

TRABALHADOR

SÉC. XX

HOJE

“NÃO É PROBLEMA MEU!” “COMO POSSO MELHORAR ISSO?” “SEMPRE FOI ASSIM, E NUNCA VAI MUDAR!”

“EU VOU RESOLVER ESSE PROBLEMA!”

“NÃO SOU PAGO PARA ISSO!”

“ISSO NÃO FAZ PARTE DO MEU TRABALHO!”

“O QUE IMPORTA É FAZER O TRABALHO!”

“EU POSSO TE AJUDAR COM ISSO!” “EU TRABALHO SOZINHO!” “PODEMOS TRABALHAR JUNTOS?” “NÃO VOU FAZER, POIS NINGUÉM PEDIU!”

“VAMOS TROCAR IDEIAS?” [f.4]

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A tecnologia faz parte da evolução das empresas, desde a Revolução Industrial em meados do século XVIII, na qual resultou em um profundo impacto no processo produtivo, atingindo tanto os níveis econômicos e sociais, como o contínuo processo de evolução e inovação tecnológica do século em que vivemos. Uma empresa não consegue sobreviver em um cenário predominado por incertezas, sem tecnologia suficiente para inovar os serviços prestados e produtos oferecidos. Contudo, a tecnologia relacionada a indústria, ainda é pouco explorada no âmbito nacional, a maior parte dos recursos técnicos e científicos são adquiridos de outros países, tornando o desenvolvimento oneroso e tardio. Isso ocorre devido à falta de investimento na criação de softwares, aplicativos e plataformas digitais que assegurem a eficiência dos serviços nas diversas áreas econômicas. No ano de 2017 o Brasil ficou na 69ª posição no Índice Nacional de Inovação6, elaborado pela Universidade de Cornell, pela escola de negócios Insead e pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Foram analisadas 130 economias e o Brasil ficou estagnado em relação ao índice do

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ano de 2016. Além disso, somos um dos países que menos registra patentes no mundo. Para mudar essa realidade, é necessário aderir à tranformação digital nas empresas, que consiste na incrementação da distribuição de produtos, com a oferta de serviços. O cenário atual não se trata apenas de consumo de massa, mas de descobrir as necessidades individuais do cliente através de dados, relacionamento interpessoal, marketing, foco em problemas e soluções. Já existem no país iniciativas para alcançar esses objetivos, como o cubo e o habitat, que são investimentos de agências bancárias, como Itaú e Bradesco. Existem ainda, empreendimentos de grandes potências da internet, que já foram consideradas startups, como o Google Campus da Google LLC, e a estação Hack do Facebook, todos localizados em São Paulo. A elaboração de espaços destinados a esse tipo específico de negócio, buscando a melhoria de indicadores utilizando tecnologia aplicada, construção de experiências e geração de valor, implicará num aumento significativo de interesse nessa área, onde novas ideias serão trabalhadas e discutidas em um meio totalmente favorável à criação e inovação.

[6] O Índice Nacional de Inovação de 2017 é a 10ª edição do relatório. Elaborado em 2007 por Soumitra Dutta da INSEAD, a primeira edição teve como objetivo produzir um modelo de inovação amplo e geral que capturasse sua natureza complexa em economias desenvolvidas e emergentes.

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[7] A Endeavor é uma organização global sem fins lucrativos que apoia empreendedores de alto impacto. No Brasil ela atua em oito estados brasileiros, entre eles Pernambuco, Ceará e Minas Gerais. [f.5] Infográfico com os requisitos para que uma indústria seja considerada 4.0. Fonte: Endeavor Brasil.

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Indústria 4.0 O segmento tecnológico no âmbito da economia criativa no Brasil é uma abordagem insdispensável nas empresas, e que precisa ser trabalhada principalmente no que se refere a indústria, visto que, é uma das principais atividades econômicas do município de Anápolis, sendo o pólo industrial da região desde a criação do Distrito Agroindustrial - DAIA. Segundo investidores da Endeavor Brasil7, o atraso brasileiro diante da integração das tecnologias físicas e digitais em todas as etapas de desenvolvimento de um produto é evidente. Por outro lado, o país encontra-se num momento de transição importante e extremamente sensível para a adoção de uma nova forma de inovar: a conexão com startups pela indústria tradicional. Nesse sentido, aplicar o conceito da indústria 4.0 é substancial para que o setor produtivo brasileiro se potencialize. As 3 primeiras revoluções industriais trouxeram a produção em massa, as linhas de montagem, a eletricidade e a tecnologia da informação, elevando a renda dos trabalhadores e fazendo da competição tecnológica o cerne do desenvolvimento econômico. A quarta revolução industrial, que tem um impacto mais profundo e exponencial, se caracteriza, por um conjunto de tecnologias que permitem a fusão do mundo físico, digital e biológico. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, os impactos da Indústria 4.0 sobre a produtividade, a redução de custos, o controle sobre o processo produtivo, a customização da produção, dentre outros, apontam para uma transformação profunda nas plantas fabris. A estimativa anual de redução de

custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo, R$ 73 bilhões/ano. Essa economia envolve ganhos de eficiência, redução nos custos de manutenção de máquinas e consumo de energia. No entanto apesar dos evidentes benefícios, essas mudanças, ainda que urgentes, ainda parecem estar londe de acontecer. A dificuldade em aceitar riscos por parte das indústrias consolidadas é o maior obstáculo para alcançar os princípios básicos da indústria 4.0. O primeiro passo seria implementar conectividade através da automação de máquinas antigas, o que implicaria em investimento em patrimônio e capacitação de trabalhadores. O segundo passo seria conectar esses equipamentos e adquirir dados de processos produtivos, o que exige uma plataforma de armazenamento online. Essas duas etapas, aliadas à todas as ramificações que elas implicam (f.7), possibilitariam o cruzamento de dados, desburocratização de processos e informações em tempo real. A partir disso é possível ter pleno controle sobre a qualidade dos produtos, manutenção preditiva e até mesmo previsões de mudança de mercado. Todas essas ações requerem mão de obra específica e estudos aplicados para que a adaptação aconteça de forma eficiente. Por isso a necessidade de conectar startup e indústria. Já existem plataformas de oferta e procura onde indústrias podem registrar suas demandas, e startups podem oferecer suas soluções, mas o fato é que a existência de um espaço físico onde essa interação possa acontecer, tornaria esse relacionamento mais tangível e confortável para ambos os lados.

Fabiane S. Santos


[f.5]

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lugar


Anápolis está localizada no centro geográfico do país, entre a capital goiana e a capital federal. Tem se mostrado cada vez mais competitiva com vocação logística, industrial e educacional, configurando a segunda maior força econômica do estado de Goiás. È uma cidade com grande potencial para investimentos públicos e privados no país, e vem recebendo grandes marcas e empresas de diversas áreas da economia. O terreno situa-se no Setor Central de Anápolis, a oeste da Praça Bom Jesus. Está localizado a cinco minutos do Terminal Urbano, próximo a importantes eixos, que conectam toda a malha urbana, como as Avenidas Brasil Sul e Brasil Norte, e as Avenidas São Francisco e Pedro Ludovico. O Centro de Inovação e Empreendedorismo que será instalado no centro desses eixos, terá grande importância regional, já que será o primeiro edifício com este uso específico, e essas vias importantes prestarão todo o suporte necessário relativo a acesso ao edifício.

A zona do centro pioneiro de Anápolis, assim denominada por ser a parte mais antiga, tem hoje um grande problema quanto aos usos. Predominantemente os usos são comerciais, e existem alguns apartamentos residenciais em edifícios com o térreo também comercial. Durante o dia o fluxo de veículos e pessoas é muito intenso, contudo, após o horário de funcionamento, todo o comércio se fecha e o centro fica sem vida, tornando-se inseguro. Além disso, os edifícios dessa área são todos muito antigos e inadequados às atividades neles desenvolvidas. O novo edifício possibilita horários de trabalho mais flexíveis trazendo usos que poderão manter parte desse fluxo durante a noite e nos fins de semana, fornecendo segurança para o usuário. Além disso, irá reforçar a relação do pedestre com a praça, e trazer para o centro a arquitetura contemporânea, atraindo olhares e transformando a paisagem do coração da cidade, que necessita urgentemente de ações de requalificação.

[f.6] Mapa da cidade de Anápolis com destaque no Centro Pioneiro e vias de acesso ao terreno.

Av. Brasil Norte

Av. São Francisco

Av. Pedro Ludovico

Av. Brasil Sul

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Entorno imediato O terreno está localizado no entorno de um dos mais importantes marcos da cidade de Anápolis. A Praça Bom Jesus, construída em meados do século XX, passou por uma reforma em 2012 que preservou seu traçado original, conservando a identidade e a memória do lugar. A fonte luminosa no centro da praça, e o prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Cultura são registrados como patrimônio material de Anápolis. Além do edifício público, existem outras edificações importantes no entorno do terreno. A Catedral Bom Jesus da Lapa teve seu primeiro espaço construído no início de 1914 e sua mais recente reforma aconteceu no fim de 2017, porém não são todos os edifícios da região que recebem a mesma atenção. Como se trata da parte mais antiga da cidade, existem muitos edifícios antigos. A maioria das fachadas históricas estão cobertas por anúncios e banners com os nomes das lojas, e poucas ainda apresentam as características da arquitetura que imitava o art-decó. Um dos edifícios que manteve a arquitetura original foi a Pousada Zacarias, que teve o térreo adaptado para comércio, mas ainda funciona como um hotel. Outro edifício que ainda apresenta a arquitetura, mas não o uso original, é o Shopping Santana Box, que no passado foi um cinema importante da região. Portanto, o lugar é carregado de história e memórias que devem ser respeitadas para que não se perca o valor

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que o lugar tem para o anapolino, porém isso não impede a inovação, pelo contrário, é necessário que o centro também receba novos edifícios, se tornando dinâmico e mais atrativo ao público. As edificações preexistentes no terreno são basicamente comércio, escritórios e estacionamentos, que poderão ser realocados em outro local, ou no próprio edifício que será implantado. As vias imediatas à Praça Bom Jesus, que são as ruas Engenheiro Portela e General Joaquim Inácio na vertical, Barão do Rio Branco e Avenida Goiás na horizontal, são as vias de fluxo intenso e contínuo. As demais apresentam fluxo médio, mas que se intensifica principalmente no início e fim do horário comercial. A iluminação no terreno acontece principalmente nas fachadas leste, oeste e norte. A praça apresenta vegetação bem próxima à calçada, fazendo com que, a luz do sol incida indiretamente em parte da fachada principal do edifício que será inserido, pois a vegetação presente serve como um filtro para a luz e a temperatura em excesso. Quanto à ventilação, em épocas do ano em que o tempo está úmido e chuvoso (novembro a março) a direção predominante dos ventos é norte. Na época seca do ano (abril a outubro), a direção predominante é leste. Logo, o vento úmido percorreria o terreno no maior sentido (de norte a sul), diminuindo a necessidade de uso do ar condicionado.

Fabiane S. Santos


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[f.7] Mapa de localização dos edifícios importantes no entorno.

LEGENDA:

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Vias coletoras 1013

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Terreno da proposta 1014

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Avenida Goiás

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Curvas de nível (1 em 1m)

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R. 15 de Dezembro

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R. Engenheiro Portela

2.550 m²

3 R. General Joaquim Inácio

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Curvas mestras (5 em 5m)

R. Barão do Rio Branco

1013

R. 14 de Julho

1012

Vias locais

1

Escola de dança

2

Pousada Zacarias

3

Secret. de Cultura

4

Santana Box

5

Catedral Bom Jesus

[f.8] Pousada Zacarias, edificação presente na extremidade sul do terreno, que será mantida devido sua importância histórica. [f.9] Escola de Dança de Anápolis, edifício presente na extremidade norte do terreno, que será mantida devido sua importância cultural.

N 1019

1017

1018

[f.7]

1016

R. Barão de Cotegipe

0

[f.8]

Plataforma (CO)

20

40

80

140

[f.9]

20


[f.10] Preexistências no terreno. [f.11] Terreno com intervenção e acessos. [f.12] Relação do edifício com o entorno.

[f.10]

[f.11]

[f.17]

[f.18]

acesso terminal urbano

respeito ao entorno rua barão do rio branco

acesso praça

avenida goiás

respeito ao entorno

acesso praça

N

[f.12]

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Fabiane S. Santos


[f.13] Volumetria do edifício em relação ao entorno. [f.14] Estudo do terreno.

respeito ao entorno

[f.13]

vento úmido

N

L O

S vento seco

[f.14]

Plataforma (CO)

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O PROJETO


Mesmo com toda as mudanças pelas quais passamos, continuamos trabalhando como operários de uma fábrica de linha de montagem do século XVIII. Temos horário para acordar, chegar ao trabalho, horário para comer, horário para voltar ao trabalho, para sair, para dormir, temos funções a cumprir, livros de ponto para assinar, e procedimentos burocráticos a satisfazer. E tudo isso em nada contribui para a estimada autorrealização da qual o empreendedor necessita. Em uma tese publicada pela Universidade de São Paulo sobre as práticas gerenciais e suas contribuições para a capacidade de inovação em empresas inovadoras, chegou-se à conclusão de que a inovação não é gerada apenas por resultados de pesquisa e desenvolvimento (P&D). As práticas gerenciais antecedem e, em princípio, podem contribuir para a capacidade de inovação da empresa. Certas práticas adotadas acrescentam contribuições para a capacidade de inovação, entre essas práticas identificadas estão: antecipar necessidades dos clientes; prospecção tecnológica; avaliação constante de produtos; ambientes abertos; comunicações horizontais e verticais; poder

descentralizado; estrutura em rede; formação de grupos multidisciplinares; acompanhamento contínuo de processos; estímulo ao empreendedorismo corporativo; estímulo à criatividade; tolerância ao erro; desenvolvimento de competências; horário de trabalho flexível; criação e manutenção de laboratórios; registro de patentes; proteção das tecnologias; formação de parcerias; entre outras. Para que essas iniciativas sejam colocadas em prática, a própria arquitetura do edifício deve permitir essa dinâmica, são necessários ambientes flexíveis e sugestivos ao trabalho em grupo. Além dessas mudanças ligadas á gestão empresarial, tem-se outras questões estudadas ao longo do tempo com a finalidade de contribuir para a autorrealização no meio de trabalho, como o conceito de ócio criativo, uma ideia inovadora desenvolvida pelo professor e sociólogo italiano Domenico de Masi. Segundo ele, o futuro do trabalho na sociedade pós-industrial está marcado pela união entre estudo e lazer. Portanto em toda a área de produção existe um espaço reservado para jogos e descanso, a fim de proporcionar um ambiente de trabalho mais saudável e descontraído para o usuário.

DIVISÃO DO VOLUME PARA MELHOR ADEQUAÇÃO NA TOPOGRAFIA

POSSIBILIDADE DE VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO

EMPRESA CONSOLIDADA START UP

MUDANÇA DE ALT URA REMETENDO A CRESCIMENTO

Plataforma (CO)

CAPTAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

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PROGRAMA E SETORIZAÇÃO É o espaço voltado para o lazer, diversão, comunicação e descanso. É onde trabalho e prazer se unem, dando espaço para a criatividade e melhorando a qualidade de vida do trabalhador.

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ÓCIO CRIATIVO

O espaço de produção é onde a ideia toma forma. Para atender a um público mais diverso, será dividido de acordo com o tipo de usuário.

PRODUÇÃO

A base para realizar qualquer tarefa é o conhecimento e a investigação, onde se adquire as informações necessárias para reconhecer as deficiências do mercado em geral e solucioná-las

CONHECIMENTO

O espaço para compartilhamento das ideias, do conhecimento e dos trabalhos realizados, é essencial para o sucesso da proposta. O marketing será responsável por atrair novos investidores e novos usuários para o edifício.

DIFUSÃO

Fabiane S. Santos


PRODUÇÃO

A definição dos espaços de PRODUÇÃO foi pensada seguindo as necessidades do usuário, com a intenção de acompanhá-lo desde a ideia inicial até a concretização do projeto. Partindo do pressuposto de que esse usuário primeiramente precisa de um

ESPAÇO COWORKING

Profissionais de áreas variadas que buscam espaços de trabalho diversificado e flexível.

ESPAÇO START UPS

Grupos de pessoas com ideias em fase de nascimento, crescimento e amadurecimento.

ESPAÇO CORPORATIVO

Plataforma (CO)

espaço de pesquisa e discusão de ideias, para que possa se desenvolver como profissional até chegar a uma grande empresa, e gerar retorno para o investidor. Sendo assim, os espaços de produção são divididos em:

Empresas que já têm condições de atender clientes e trazer retorno ao investidor.

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Plataforma (CO)

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Plataforma (CO)

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Detalhamento de sistema de placas fotovoltaicas

PLACA FOTOVOLTAICA PEÇA EM AÇO PARA FIXAÇÃO FIXAÇÃO COM PARAFUSO 1/4 - 14X7/8" 500mm TELHA TERMOACÚSTICA TRAPEZOIDAL TERÇA METÁLICA

TELHA METÁLICA TRAPEZOIDAL COR BRANCA PREENCHIMENTO: POLIURETANO (PU) COSTURA: FIXA COM PARAFUSO 12 - 14X3/4" FIXAÇÃO COM PARAFUSO 1/4 - 14X7/8" 500mm TERÇA METÁLICA

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Plataforma (CO)

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Plataforma (CO)

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Sistema de laje de concreto grelhada Holedeck

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Sistema de piso elevado para instalações elétricas

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REFERÊNCIAS LUCCI, Elian Alabi. A Era Pós-Industrial, a Sociedade do Conhecimento e a Educação para o Pensar. LAMAS, Fernando Mendes. A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA NA AGRICULTURA. 2017. Disponível em: <https://www.comprerural.com/tecnologiana-agricultura/> OLIVEIRA, Filipe. EM PARCERIA COM O WEWORK, BRADESCO LANÇA COWORKING EM SÃO PAULO. 2018. Disponível em: <https://revistapegn.globo.com/Startups.ht ml> Conteúdo Estadão: Fundo de R$ 160 milhões quer tirar startups brasileiras do 'vale da morte'. Disponível em : https://epocanegocios.globo.com FERREIRA, Gustavo. Indústria 4.0: como startups e scale-ups estão liderando uma nova revolução Inovação Artigos Publicado em: 26 de outubro, 2017 | Atualizado em: 26 de junho, 2018. Disponível em : <https://endeavor.org.br/inovacao/era-da-i ndustria-4-0-esta-ai-e-nossas-empresas-preci sam-aprender-com-startups-e-scale-ups-co mo-entrar-nela-para-valer/>

Plataforma (CO)


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