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CENTRO DE ATIVIDADES DE ARTES Centro Artístico Filostro Machado Um centro de atividades de artes visuais planejando uma inclusão social.
issuu.com/cadernostc
Cadernos de TC 2019-1 Expediente
Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Detalhamento de Maquete Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráfica Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Anderson Ferreira de Sousa M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754
Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.
A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.
Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq.
Centro Artístico Filostro Machado Centro de Atividades de Artes Visuais planejando uma inclusão social. O proposto trabalho de Conclusão de Curso tem como objetivo projetar um Centro de Atividades de Artes Visuais para o Conjunto Habitacional Filostro Machado Carneiro. Visando que a arte é um trabalho educativo importante o qual amadurece a formação do gosto, instiga a inteligência e colabora com a formação da personalidade do indivíduo, sem ter como preocupação única a formação de artistas.
Gabriela Pires de Faria
Orientador: Simone Buiati Brandão gabrielap.arq@hotmail.com
No livro, “Ser professor”, de Délcia Ericone (organizadora, 2008), cita o pesquisador Augusto Rodrigues e sua teoria sobre o ensino artístico nas Escolinhas de Artes no Brasil. “[...] a arte é a forma de expressão do sentimento humano, fazê-la é excepcional, mas senti-la é comum, geral e universal. Contudo a situação real e concreta criada pela nossa civilização foi a do isolamento da arte, como forma de refúgio e consolo do homem moderno...É esta a grande motivaçã das escolinhas de arte de Augusto Rodrigues. Ele não está a ‘treinar’ artistas, mas dar às crianças oportunidade para a mais educativa das atividades, a atividade da criação artística” (Teixeira, 1970, p.3).
ARTE É VIDA
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É EXPRESSÃO
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ARTE É
IRADO
Se pararmos para pensar a arte está inserida no nosso meio desde que nascemos, tanto nas canções de ninar como nos rabiscos nas paredes que enlouquecem as mães. No caso de uma criança, aprender a desenhar estimula a criatividade e as canções tornam o ensino agradável e de rápida aprendizagem. Detalhes ligados erroneamente confia-se arte apenas as pinturas e esculturas de características clássicas, mas ela é muito mais ampla e muito mais presente no dia a dia, tanto que costuma passar despercebida. Encontra-se arte na dança, no cinema — desde os seus roman-
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ces clichês a, explosões exageradas, entre outros gêneros — na arquitetura das cidades, na literatura, inclusive no malabarismo apresentado no sinaleiro de uma avenida movimentada. A arte é composta por áreas e diferentes conceitos. É uma expressão que pode determinar o caráter de uma sociedade e uma cultura através de manifestações artísticas trazendo uma identidade social. Uma forma de se comunicar que permite ao homem se inteirar com a sua própria existência e tudo a sua volta. A arte na vida das pessoas possui uma nítida importância, afinal ela está em todo o lugar, fazendo e desenvolvendo cultura e história.
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CENTRALIDADE
FORA DA CENTRALIDADE
Ao percebermos que a arte está presente ao redor das pessoas e sua importância no meio social, nota-se o quanto o campo artístico é amplo e diferenciado, com uma capacidade de desenvolver culturas com costumes locais característicos. Em uma cidade, mesmo que pequena, possui diferentes expressões culturais encontradas ao percorrer das ruas. Bairros mais calmos, outros com maiores movimentações, ruas com personalidade alternativa, outras com ar de elitizado e ruas mais urbanas com expressões artísticas em seus muros que define bem uma cultura com visibilidade marginalizada usada de rótulos para as extremidades das cidades, as periferias. A cultura da periferia não é de raiz, é de fluxo e é ‘pop’, segundo Heloísa:
na verdade, determinado por papéis nos quais a personalidade de cada indivíduo é afirmada pelo que os outros veem nele.” (HERTZBERGER, Herman. 3ª edição 2015, pg. 12. ) A arte também deve ser implementada nas periferias onde pode ser rica em cultura e história, essas iniciativas no Rio de Janeiro servem como um exemplo. A cultura ‘pop’, mais urbana com os grafites, o giro no chão de uma dança de rua, o artesanato feito de uma reciclagem são expressões de artes de uma região que não tem visibilidade e nem estrutura para exercer essas expressões e é importante que todo tipo de arte seja expressada.
“Começamos a pensar que o lugar possível do intelectual nessa relação é o de parceiro. Quanto mais se chega perto da periferia, mais constatamos a existência nela de intelectuais muito potentes, de uma massa pensante muito sólida. Não estamos nos anos 70, 80. Agora temos uma classe em transformação. Professores de história da arte, filosofia, antropologia e outras áreas, os melhores, apresentam seminários para os quebradeiros. Pedimos que não facilitem sua linguagem pelo fato do público ser da periferia. Nos debates, os quebradeiros dão o seu retorno. Depois os papeis se invertem e são eles os expositores, e reagimos da mesma maneira.” Heloísa Buarque, USP. Estes programa visam que a literatura, assim como a poesia e a filosofia também seja de acesso à população mais carente utilizando-as como agente transformador e formador na sociedade, mas, por quê a citação desses programas? Por que são incentivos para uma população que não possui acesso. “Todo mundo quer ser aceito, quer se inserir, quer ter um lugar seu. Todo comportamento na sociedade em geral é,
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CENTRO LEGENDAS: [f.1] Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou - 1977, Paris. Fonte: Guilherme Lopes, 2017. [f.2] Centro cultural de São Paulo, inaugurado em 1982, São Paulo. Fonte: Renata Santoniero, ArchDaily. [f.3] Sesc Pompeia, inaugurado em 1982, São Paulo. Fonte: Pedro Kok, ArchDaily.
CULTURAL Para ser expressar é necessário primeiramente de um lugar, um lugar em que essa expressão seja vista, e foi nesse contexto que surgiu os centros culturais, uma evolução dos museus que evoluíram de espaços destinados à exposição de obras de arte para centros culturais que incorporam uma série de atividades, inclusive no aspecto da convivência, como pontos de encontro das pessoas.
[f.4] Instituto Tomie Ohtake, inaugurado em 2001, São Paulo. Fonte: Nelson Kon, institutotomieohtake.org [f.5] Centro cultural Oscar Niemeyer, inaugurado em 2006, Goiânia, GO. Fonte: Leonardo Finotti, ArchDaily. .
f.1 - Centro Nacional de Arte e Cultura Georges Pompidou - 1977, Paris. Marco na transmutação do museu em centro cultural.
CENTROS PELO BRASIL
f.2 - Centro Cultural de São Paulo - 1982, São Paulo. Marco na transmutação do museu no Brasil.
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f.5 - Centro Cultural Oscar Niemeyer - 2006, Goiânia, GO. Edificação destinada a eventos culturais recebendo artistas consagrados, peças de teatro, exposições, ‘shows’ de música e dança, orquestras e entre outros. O espaço também é bastante utilizado por esportistas. Centro cultural de ampla escala para a cidade de Goiânia.
f.3 - Sesc Pompeia - 1982, São Paulo. Ícone da arquitetura moderna e brutalista nacional, o projeto é uma reforma e requalificação dos antigos galpões da fábrica de tambores da Pompeia. O edifício inovou ao introduzir novos modelos de ação cultural com a educação destinada a todos os públicos sociais e diferentes manifestações artísticas e culturais.
f.4 - Instituto Tomie Ohtake - 2001, São Paulo. Espaço especialmente projetado para cidade que contribui na formação de professores e alunos das redes públicas e privadas. Realiza uma série de atividades dirigidas ao público em geral, com projetos de estímulo ao desenvolvimento da produção contemporânea com programa de exposições da cena cultural brasileira.
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REFERÊNCIA DE CENTRO LEGENDAS: [f.6] Centro cultural Gabriel García Marquez, Bogotá, Colombia. Inaugurado em 2008. Fonte: Enrique Guzmán, ArchDaily. [f.7] Projeto dos EFFEKT, vencedor do concurso de restauração. Dinamarca. Fonte: ArchDaily, 2014. [f.8 ] A/D/O, um novo espaço para design. New York ,Estados Unidos. Fonte: Matthew Carbone, ArchDaily.
f.6 - Centro Cultural Gabriel García Marquez em Bogotá, Colombia. O centro é uma obra aberta que respeita o entorno e permite uma liberdade nos usos.
f.7 - Vencedor do concurso na Dinarmaca com uma proposta de introduzir a cultura de rua em um edifício industrial abandonado. Projeto elaborado pelos EFFEKT.
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f.8 - Armazém revitalizado para proporcionar um novo espaço destinado para designers. Aberto ao público com trabalhos comunitários, eventos e exposições. projetados pelo escritório nARCHITECTS em New York, EUA.
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FORMULAÇÃO Foi pelas atividades mais dinâmicas, que permitem que o usuário interaja mais com o lugar e com a arte presente, que os centros culturais conquistaram o seu espaço dentro das cidades. Existem variados exemplos de centros construídos em diferentes regiões e com características distintas. Dentro deste contexto, que este trabalho de conclusão de curso abordará, em seu objetivo, um terreno na cidade de Anápolis, Goiás, onde está inserido centro denominado de Centro Cultural Artístico (CRAS) na região leste da cidade, mais precisamente, no Conjunto Habitacional Filostro Machado. Assim como os centros citados anteriormente, o CRAS tem uma funcionalidade de interagir com o bairro através de atividades exercidas no local, porém, o edifício presente, apesar de a estrutura estar em bom estado, a edificação não possui manutenção constante e o uso não oferece uma diversidade de atividades. O CRAS está inserido em um terreno que é o único local destinado ao lazer e convivência, sendo então o único ponto de encontro desses moradores, que concederá lugar a uma base de policiamento da Companhia de Policiamento Especializado. Enquanto o CRAS irá ser relocado para o terreno onde funcionava o centro de recondicionamento de computadores que se encontra desativado. O centro cultural atualmente atende ao todo 80 crianças em contraturno (atividades culturais, esportivas e de lazer, além de reforço escolar) no período da tarde. A notícia da transferência do espaço causou insatisfação nos usuários e alguns expressaram suas opiniões nas redes sociais, segue uma crítica encontrada no “fãs CEP Anápolis”, uma página na rede social Facebook administrada por fãs da companhia de Policiamento especializado, (CPE de Anápolis). Internauta/usuária Faixa: 20-30 anos comentou na página: “O centro cultural mais massa que já trabalhei. Um dos lugares onde mais
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DO PROBLEMA aprendi na vida, até hoje, vai virar posto militar... (quase) nada contra militares, até tenho amigos que são “RISOS”, mas tinha que ser no CRAS? Um lugar tão importante pra quem mora do lado de cá... Assim como eu, muitos menininhos (meus aluninhos inclusive) aprenderam através da arte nesse lugar. Aprendemos coisas para vida, de verdade. Não é só um passa tempo, não é vagabundagem... pelo amor de Deus, arte não é vagabundagem minha gente. Não estou citando o “rolê” pesado do bairro, porque isso tem em qualquer lugar. Estou falando das memórias boas que a gente tem dali, do valor sentimental que o CRAS carrega. Quem conhece sabe. Proponho um “rolê” de despedida, coisa simples. Grafite, dança, música, teatro, skate, circo e tal e fotos... muitas fotos. Porque aqueles “trampos” tem história e apesar de tudo eu amo cada um deles!” No site de notícias Voz de Anápolis também possui críticas de usuários que foram entrevistados pela página na internet, segue os comentários de dois adolescente que utiliza o Centro tendo aulas de Break. Adolescente, 17 anos cursa o 2º ano do ensino médio, diz: “Eu acho muito errado, porque aqui a gente não precisa de mais polícia, a gente precisa de mais espaço cultural, mais espaço para os jovens aprenderem. Não só eu, mas todo mundo! A única coisa que fazemos (no contraturno) é vir treinar. Colocando esse posto policial, os meninos vão ficar muito desocupados na rua”. Adolescente, 17 anos, também cursando o 2º ano do ensino médio, diz: “O Centro Cultural ajuda muito as crianças que ficam na rua durante o dia”, ressalta: “Isso aqui é um modo de salvar as crianças, de tirar elas da rua, poder ajudar elas também e nos ajudar a evoluir no break, que é nossa modalidade”.
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[F.6] Centro Cultural Artístico Filostro Machado (CRAS) Fonte: Gabriela Pires, 2018. [F.7] Sala de Aula. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [F.8] Crianças dançadno Break no CRAS. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [F.9] Ambiente interno do CRAS. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [f.10] Policias da Companhia de Policiamento Especializado (CPE).
Figura 6
Figura 7
Fonte: Felipe Homsi em Anápolis, No�cías.
Figura 8
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Analisando as problemáticas citadas do lugar o projeto tem como objetivo beneficiar os usuários já existentes, apresentando a eles novas atividades e atingir novo público de faixa etária diferenciada, em turnos de atividades diferentes. Visando desenvolver um centro de atividades de artes que sirva tanto para crianças e adolescentes como também para jovens adultos que buscam cursos profissionalizantes, dentro do campo da arte visual, por exemplo: “designs” gráficos, artesanal de reciclagem, bordado e entre outros. Pensando também em proporcionar aos usuários um lugar onde eles denominam sendo deles — com a identidade desses usuários, um ambiente familiar e característico da população do conjunto, e redondezas. O objetivo a ser atingido é um centro com identidade de uso, um local de lazer — que desenvolve e expressa a cultura do lugar e interaja também com a cidade.
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BELÉM
CORUMBA
BR 153
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BR 153
CHFMC Barão do Rio Branco
OURO VERDE
BRASÍLIA
CENTRO
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Av. Mato Grosso
Av. Goiás
Av. Ayrton Senna BR 153
Aproximação mapa 2
Av. Sérvio Túlio Jaime
BR 153
N BR 153
GO330 GO330
GOIÂNIA LEOPOLDO DE BULHÕES
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Mapa 1: Cidade de Anápolis com Centralidades e vias de acesso ao CHFMC.
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CONJUNTO HABITACIONAL FILOSTRO
MACHADO
Res. Vila Feliz Rua Antônio França 10-A
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Na época foram doadas em uma primeira etapa 1.034 casas. Em 1998, foi distribuída a segunda etapa com a doação de 234 imóveis, como é exemplificado na figura 11, a demarcação das quadras. “O bairro foi escolhido por haver maior números de dados consolidados na Secretaria Municipal de Saúde do Município e Secretaria do Planejamento Urbano e sobretudo, por ser o primeiro bairro construído em uma região que está em plena expansão em seu processo de urbanização. Outra razão que justifica sua escolha, é que no local está localizada a primeira Unidade Básica de Saúde (UBS) do município. O que facilitaria também, o acesso em maior número de dados clínicos dos pacientes cadastrados e por um período de tempo maior. O bairro é também um lugar onde as condições de habitabilidade são bastante questionadas. As atividades domésticas e sociais se veem afetadas pela insuficiência de instalações de equipamentos urbanos, um frágil sistema de saneamento básico urbano, onde, não há presença de um sistema de esgotamento sanitário e também uma população residente com um perfil sociocultural e econômico abaixo dos padrões médio do município.” (Vilar, 2011, p.86) De acordo com Vieira (2003) o bairro era uma área de erosão destinada ao aterro sanitário, porém, passou a ser considerada uma área de expansão pelos poderes públicos. Outra razão para a implantação do conjunto habitacional no local implantado deu-se pelo relevo levemente inclinado.
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Inicialmente foi levantado um estudo para o compreender a história do Conjunto Habitacional Filostro Machado Carneiro (CHFMC) implantado no ano de 1994 que recebeu este nome em homenagem ao pai de Íris Resende Machado, ex-governador do Estado. O conjunto é um resultado dos programas habitacionais do estado de Goiás, implantados na década de 1990.
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Foram através dessas condicionantes pontuadas que o trabalho de conclusão obteve o impulso em propor um novo centro, sendo voltado a atividades ligadas as artes visuais.
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Av. Jornalista Euripedes Gomes de Melo
Res. Morada Nova
Figura.11: Diagrama da distribuição de quadras no CHFMC
Observando os dados do SIAB - Sistema de Informação da Atenção Básica (2010), o CHFMC comporta 1.896 famílias cadastradas na Unidade Básica de Saúde — que atende a região — as mesmas, ocupam as 63 quadras.
LOCALIZAÇÃO De acordo com o Decreto n.º 5302 (1993) o conjunto abrange uma área de 674.791,1207 m² e está inserido no planejamento urbano como área de interesse social (ANÁPOLIS, 2006).
Primeira Etapa de quadras Segunda Etapa de quadras
LEGENDAS: [M.1] Mapa da cidade de Anápolis com Centralidades e vias de acesso ao Bairro escolhido. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [F.11] Diagrama do Conjunto Habitacional Filostro Machado Carneiro, com representação da primeira e segunda etapa e distribuição das 63 quadras. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
A inserção do conjunto é na região leste de Anápolis, cerca de sete quilômetros de distância do centro da cidade, considerando a Avenida Ayrton Senna como principal via de acesso ao CHFMC. A via atualmente liga outros bairros da região leste com à Br-153 (Mapa 1). De acordo com o Plano Diretor Participativo da cidade (ANÁPOLIS, 2006), outra via de acesso ao Conjunto é à BR060 também chamada de a Avenida Sérvio Túlio Jaime. O Plano Diretor demonstra ainda, que as Avenidas Goiás, Barão do Rio Branco e Avenida Mato Grosso, formam importante eixo de promoção da circulação entre as regiões leste e oeste da cidade, sendo eixo estruturante leste-oeste como demonstrado no mapa de centralidade e via (Mapa 1).
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ANÁLISE MORFOLÓGICA DO
CHFMC
Av. Ayrton Senna
BR 153
a od ntr olis e o C náp oa eA ã eç e d Dir dad Ci
Av. Sérvio Túlio Jaime
GO 560
Aproximação mapa 3
N BR 060
Mapa 2: Bairros proximos ao CHFMC
Privê Lírios do Campo
Conjunto Filostro Machado
Parque São Jeronimo
Jardim Itália
Res. Ayrton Senna
Res. Vila Feliz
Parque Brasília
Jardim Primavera
Gran Ville Res. Morada Nova
Res. Santo Expedito
LEGENDAS: [M.2] Mapa de bairros proximos ao CHFMC. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [M.3] Mapa do CHFMC e equipamentos públicos. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [M.4] Mapa do uso de solo/ocupação do CHFMC. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
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O conjunto é considerado pela prefeitura municipal como área de zoneamento especial III, residências de baixa renda familiar e periférico. A predominância no bairro é residencial (Mapa 4). De acordo com Vieira e Luz (2003), a categoria dos lotes no bairro são definidos na maioria (87%) residencial e do restante excedente em torno de 3% são mistos e o restante comercial localizado na Avenida Ayrton Senna. A morfologia das quadras é em malha retangular bastante organizada em sua estrutura viária.
ABC
O Filostro, como é conhecido, dispõe de duas escolas municipais (Mapa 3), sendo uma delas a Escola Ayrton Senna da Silva — que fica ao lado do terreno escolhido para a proposta — recebe quase 800 alunos do 1.º ao 5.º ano do Ensino Fundamental, sendo três turmas de 5.º ano, totalizando 98 alunos. A unidade escolar conta com 18 salas de aulas com carteiras escolares, laboratório com 35 computadores, auditório, refeitório, piscinas, quadra poliesportiva com arquibancada, campo de futebol e teatro de arena.
ABC
Aproximação mapa 4
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A escola é importante para a proposta aqui apresentada, que visa proporcionar atividades no contra turno atendendo os alunos e proporcionando um local como ponto de encontro. Ao lado da escola tem-se o CRAS (Mapa 3), centro cultural artístico, onde ocorre aulas de danças e é usado por crianças no período da tarde e da manhã, atendendo ao todo 80 crianças. A estrutura da edificação é de pequeno porte possuindo poucas salas de aulas e sendo mais usado pela parte exterior onde se encontra uma quadra existente com maior uso, em relação ao CRAS. A proposta contempla um novo centro, com atividades voltadas as artes visuais e um espaço coerente com o lugar e apropriado por todos os habitantes para uma convivência entre o conjunto e seus arredores.
Mapa 3: Bairro CHFMC e equipamentos públicos
Conjunto Filostro Machado
CRAS ( Centro cultural ar�s�co)
Escolas Municipais
Quadra de Esporte
ABC
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Área de Intervenção
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Mapa 4: Uso de Solo/Ocupação
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Residencial
Escola Municipal Ayrton Senna
Vegetação
Comercial
Centro Cultural Artistico
Lote escolhido
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TERRENO 1035
[d.1] Diagrama de posição solar no terreno Fonte: Gabriela Pires, 2018.
Ressaltando que a proposta consiste em um novo centro para o bairro, é determinado o mesmo local que abriga o atual centro cultural (mapa 5), CRAS, o qual como foi pontuado não atende ao uso. Essa escolha se baseia na localização, ao lado da escola municipal citada, na Avenida Ayrton Senna, pela pré-existência no terreno e pelo fato de ser a única área verde do Conjunto Habitacional.
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[f.2]: Corte do terreno. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
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LEGENDAS: [M.5] Mapa topográfico do Terreno Fonte: Gabriela Pires, 2018.
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Antes da construção do CRAS, o local era uma praça sem atrativos e sem urbanização e mesmo após a construção do centro, continua sem um paisagismo resultando em uma insolação direta no terreno, diminuindo o uso do local em certos horários do dia consequência da exposição solar (D.1).
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Mapa 5: Topografia
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O terreno é extenso com área de 9.258m², um amplo espaço para trabalhar a proposta. A topografia do lugar também é favorável, apresenta um leve declive conforme é mostrado no corte topográfico do terreno.
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A intenção da proposta é uma arquitetura urbana respeitosa, que expresse uma identidade dos usuários utilizando a arte urbana, um local jovial que atenda todos os habitantes de diferentes faixas etárias pensando em um ponto de encontro dessas pessoas, espaço sem barreiras com uma circulação fluida para uma interação com o bairro permitindo uma liberdade de uso no edifício.
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Área do Terreno: 9.258m²
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Corte Topográfico do Terreno. A-A 0
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D.1: Diagrama de Insolação 180 120
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LEVANTAMENTO
FOTOGRAFICO
CENTRO CULTURAL ARTÍSTICO Figura 16
LEGENDAS: [f.11] Avenida Ayrton Senna, principal via de acesso ao Bairro. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [f.12] Quadra de Esporte existente no local. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [f.13] CEU - Centro de Educação Unificada. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
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AV. AYRTON SENNA
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Topografia do ponto mais alto do Terreno
[f.17] Frente do terreno mostrando a Avenida Ayrton Senna. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [f.18] Topografica evidenciada Fonte: Gabriela Pires, 2018.
Figura 13 Muro da escola municipal Ayrton Senna CEU ( Centro de Educação Unificada)
Figura 19
Figura 14
[f.15] Residências dos bairro proximo ao local escolhido. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [f.16] Centro Cultural Artístico existente no local. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
Quadra de Esporte existente no local
Comércio do bairro, em frente o terreno
[f.14] Comercio do bairro rente a Av. Ayrton Senna. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
ARTE URBANA DAS EDIFICAÇÕES NO CONJUNTO HABITACIONAL
[f.19] Arte Urbana (grafite) presente no Centro Cultural. Fonte: Gabriela Pires, 2018. [f.20] Arte Urbana nos muros da escola municipal Ayrton Senna. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
Figura 15 Residências localizadas ao sul o terreno.
Figura 20
Escola Municipal Ayrton Senna
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PROJETO
DIAGRAMAS Aspirando um desejo de um bem-estar coerente com os gostos dos usuários é desenvolvida uma proposta com soluções projetuais, fundamentado na setorização de áreas. Considerando os usos determinados a partir das condicionantes encontradas no local, uma delas é a quadra esportiva, existente no terreno, que possui um uso constante na maior parte do dia por crianças e adolescentes conforme observado pela concluinte. Opta-se por manter a quadra, reformando-a de modo o qual o uso seja confortável. O posicionamento da quadra é favorável, ao lado da escola Municipal Ayrton Senna, em relação à setorização por aproximação de áreas, por isso a posição é mantida. Visando um fluxo de alunos para o uso dessa área se dispõem o fechado parcial da rua lateral (av. Jornalista Eurípedes Gomes de Melo) para uma melhor interação com a escola municipal (diagrama 1). Prosseguindo neste raciocínio, temos a consciência da dança no lugar propondo um espaço para as danças próximo à quadra poliesportiva (diagrama 2) resultando em uma zona esportiva e recreativa. Procurando integrar o lado de fora com o de dentro, espaços abertos, transparentes e claros, propositalmente há uma fuga dos edifícios muito fechados que mantêm as pessoas dentro ou fora, essa ideia condiz ao auditório definido como palco-plateia (diagrama 3), uma integração do espaço interno com o externo através de um cenário compartilhado com um anfiteatro, relação quase intima entre o centro, bairro e a cidade.
Avançando o zoneamento por aproximação de usos é anexado na edificação um ateliê destinado a artesanato, pintura e bordado (diagrama 3) buscando desenvolver a expressão artística da cultura local, a oficina funciona como uma transição das áreas recreativas para os espaços menos recreativo destinado aos cursos e uma cafeteria (diagrama 3). A integração de todas essas áreas é feita a partir de um passeio que visivelmente é compreendido como uma linha de ligação, ligando todos esses edifícios (diagrama 4). Para um aspecto mais fluído é usada uma forma curvilínea no trajeto — concebendo uma forma leve e artística para a volumetria, que resulta em “bolsões” (espaços) nas extremidade que ficam livres para o uso de exposições de trabalhos, patinação ou qualquer outro uso definido pelos usuários (diagrama 5). O principal objetivo da proposta é gerar um centro com atividades flexíveis que podem ser definidas pelos habitantes do bairro, a ideia é realmente espaços com porosidade no acesso, uma relação do lado de dentro com o de fora. Todo o paisagismo é refletido nesse conceito de interação do centro com o conjunto habitacional resultando em pontos de convivência para pessoas (diagrama 6), onde a dança, o esporte, a arte e o aprendizado está presente no dia a dia como na expressão italiana “dolce Far Niente”, doçura de nada fazer, libertando de toda obrigação.
Legenda dos diagramas:
182
Quadra Poliespor�va
Auditório
Cursos e cafeteria
Dança Comércio
Artesanato
Convivência
Residências
Escola Municipal
Gabriela Pires de Faria
DIAGRAMA 1
DIAGRAMA 4 A
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N
N
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V
A
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LEGENDAS: Diagramas explicativos do projeto Fonte: Gabriela Pires, 2018.
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DIAGRAMA 2
DIAGRAMA 5 A
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V
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DIAGRAMA 3
DIAGRAMA 6 SE
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Gabriela Pires de Faria
SE
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N
V
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A
N
N
SE
183
ROLÊ NO CENTRO,
TAMO JUNTO
LEGENDAS: O título fornecido tem como característica as gírias utilizadas pelos jovens entre seus grupos de amigos. O termo “rolê” significa programa de saída, quando uma pessoa vai á algum compromisso ou evento. “Tamo Junto” significa estamos em parceria, ou concordância com algo. Fonte: Gabriela Pires, 2018.
A
IST
AL
RN
O
.J
AV
N
[d.7] - Diagrama norteando as áreas.
11%
32% 940 m²
QUADRA
POLIESPORTIVA
325,44 m²
DANÇA DANÇA DE RUA STREET JAZZ BALLET BREAK JAZZ
184
9%
10% 312,28 m²
230, 83 m²
ANFITEATRO
ATERSANATO
AUDITÓRIO CAPACIDADE 50 PESSOAS INTERNAMENTE E EXTERNAMENTE 30.
ARTE
BORDADO E COSTURA RECICLAGEM DESENHO PINTURA GRAFITE
Gabriela Pires de Faria
27%
11% 335, 78 m²
CAFETERIA ACERVO LITERARIO
Gabriela Pires de Faria
765 m²
CURSOS INFORMÁTICA BÁSICA WEB DESIGN STORYTELLING MIDIAS SÓCIAIS MINI EMPRESA ILUSTRAÇÃO SOFTWARE FOTOGRÁFIA
185
Gabriela Pires de Faria
186
Gabriela Pires de Faria
187
188
Gabriela Pires de Faria
Gabriela Pires de Faria
189
PLANTA DE
COBERTURA A RG
A AD L TR CIPA N E IN PR
DE ESCA O SS E D E AC RGA CA
G
I
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40
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PLANTA DE
IMPLANTAÇÃO
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5 F
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A
LEGENDA 1- Quadra Poliesportiva 2- Área destinada a esporte (skate) 3- Área destinada a atividades ao ar livre 4- Anfiteatro 5- Extensão da cafeteria, área de descanso 6- Estacionamento
20
0 10
191
Gabriela Pires de Faria
40
PLANTA
TÉRREO
I PROJEÇÃO
F
14
13
6
SO GA ES AR C A SG DE /DE A A VI RG CA
URA
DE COBERT
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3 15
3 3 3
E
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10
7 3 5
4
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7
3 6
C
2
10
1
1 1 1
16
5
18 17
LEGENDA 1- Sala da Dança 2- Recepção 3- Banheiro/vestiário 4- PNE 5- DML 6- Depósito 7- Camarim H 8- Hall do auditório 9- Sala de luz e som 10- Plateia 11- Palco 12- Ateliê de Pintura e Artesanato 13- Cafeteria/Biblioteca 14- Cozinha 15- Sala dos funcionários 16- Administração 17- Sala de Reunião 18- Arquivo Morto 19- Diretoria 20- Sala dos Professores 21- Área destinada para exposição
19
21 20
2
I
AO O TO S ES EN AC AM E N D IO A VI TAC S E
O AO ACESS VIA DE NAMENTO IO ESTAC
E
D
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3
5
4
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4
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C
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PLANTA I
SEGUNDO PAVIMENTO
1 1 1
6
4
3
H
5 5
2 1
H
I
LEGENDA 1- Sala de Aula 2- Sala escura para fotografia 3- Deposito 4- Área de descanso 5- Banheiro 6- DML O AO ACESS VIA DE NAMENTO IO ESTAC
N
20
0 193
Gabriela Pires de Faria
10
40
CORTES E
ESTRUTURA
A edificação possui um estrutura mista.
CORTE A-A
Composta por alvenária aparente de tijolo maciço com estrutura metálica também aparente. Os Pilares são de aço 15x15, espessura da parede e as vigas também metálicas com de forma L. A cobertura da passarela é de concreto com pilares de aço com seção de 30cm.
BANHEIRO +0,10
DETALHE DA ESTRUTURA METÁLICA CORTE B-B
VIGA RIGIDAMENTE CONECTADA AO PILAR
BRISE/PERGOLADO VERTICAL E HORIZONTAL METÁLICO
CORTE C-C
SOLDAGEM
PLACA E CISALHAMENTO SOLDADA AO PILAR PARAFUSADA A ALMA DA VIGA
CANTONEIRA DE APOIO PARA MONTAGEM
CORTE D-D
ESTRUTURA METÁLICA TELA ALAMBRADO
ESTRUTURA METÁLICA
ESTRUTURA METÁLICA
ESTRUTURA METÁLICA
TIJOLO MACIÇO
COBERTURA DE CONCRETO
BANHEIRO +0,10
QUADRA +0,10
CORTE G-G
SALA DE DANÇA +0,10
SALA DE DANÇA +0,10
SALA DE DANÇA +0,10
CAFETERIA +0,10
Gabriela Pires de Faria
194
CORTE F-F
CORTE H-H
CORTE E-E 196
Gabriela Pires de Faria
Gabriela Pires de Faria
197
LOCAÇÃO
DE ÁRVORE
LEGENDA Porte Pequeno Porte Médio Porte Grande Vegetação com folhagem menos densa para uma passagem de iluminação e visibilidade entre a arborização.
N
198
Gabriela Pires de Faria
20
0 10
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Gabriela Pires de Faria
199
200
Gabriela Pires de Faria
Gabriela Pires de Faria
201
202
Gabriela Pires de Faria
Gabriela Pires de Faria
203
REFERÊNCIAS Barros, Marisa Moreira. Lugar e Percepção Ambiental: Estudo da Vivência da Comunidade das Escolas Municipais Ayrton Senna da Silva e Moacyr Romeu Costa, Anápolis/GO (2013). / Marisa Moreira Barros. Anápolis : Centro Universitária de Anápolis – UniEvangélica, 2013. 136 p. il. Disponivel em: <http://www.unievangelica.edu.br/files/images/MARISA%20MOREIRA%20BARROS.pdf> Acessado em 28 de março de 2018. Gravuras utilizadas nas colagens das capas e na arte da revista, todas retiradas no site: <http://www.pinterest.com> HOMSI, Felipe - Centro Cultural do Filostro resiste à mudança enquanto PM aguarda reforma da prefeitura para instalar base, 2017 <http://www.avozdeanapolis.com.br/centro-cultural-do-filostro-resiste-a-mudanca-enquanto-pm-aguard a-reforma-da-prefeitura-para-instalar-base /> Acessado em 13 de março de 2018.
BIBLIOGRAFICAS 978-85-7430-773-2 1.Professores–Formação Profissional. 2. Tecnologia Educacional. 3. Relação Professor-Aluno. 4. Professores – Prática profissional. I. Enricone, Délcia. II. Stobaus, Claus Dieter. Vilar, Welton Dias Barbosa. Análise dos riscos socioambientais do Conjunto Habitacional Filostro Machado na cidade de Anápolis/GO e seus impactos na saúde da população. / Welton Dias Barbosa Vilar. – Anápolis : Centro Universitário de Anápolis – UniEvangélica, 2012. 208 p. il. Disponivel em: <http://www.unievangelica.edu.br/files/images/Welton%20Dias.PDF> Acessado em 28 de março de 2018.
LINS, Claudia Maisa Antunes. A Arte e a Educação. /Claudia Maisa A. Lins. Juazeiro: Fonte Viva, 2011. 50 p. il. 1.Arte 2. Educação 3. Arte-Educação 4. Entrevista I. Título. PINTO DE SOUZA, Ivone – Arte e Ensino, 2011, <http://bdm.unb.br/bitstream/10483/4449/1/2011_IvonePintodeSouza.pdf> Acessado em 13 de março de 2018. Rosa, Luiz Eduardo. Primórdios do Conjunto Filostro Machado, 2016. Disponivel em: <http://www.jornalestadodegoias.com.br/2016/10/03/primordios-do-conjunto-filostro-machado/> Acessado 28 de março de 2018. Ser professor / Délcia Enricone (Org.), Claus Dieter Stobaus...et al.]. –6.ed. atual.Porto Alegre: EDIPUCRS,2008. 102 p. ISBN:
204
Gabriela Pires de Faria
Gabriela Pires de Faria
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