MUSEU HISTÓRICO | Gabriela Stefanczack | UniEVANGÉLICA

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Museu Histรณrico Museu Histรณrico de Anรกpolis: Uma Narrativa Urbana


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2017-2 Expediente Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Celina Fernandes Almeida Manso, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, E. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Celina Fernandes Almeida Manso, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, E. arq. Detalhamento de Maquete Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráca Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754


Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2017/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráco como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a m de atribuir sentido, tanto ao processo,

quanto ao produto nal. A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráca e Detalhamento de Maquete. Por m e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados. Ana Amélia de Paula Moura Celina Fernandes Almeida Manso Rodrigo Santana Alves Simone Buiati



Os museus possuem um vasto campo de interesse e uma crescente prossionalização e qualicação de suas múltiplas atividades e tarefas. Assim, deixam de ser apenas um local de acúmulo de objetos para assumir um papel importante na interpretação da cultura e na educação do homem, fortalecendo a cidadania e respeito à diversidade cultural e na qualidade de vida, embora este cenário não seja visto na maioria dos museus históricos, como é o caso do Museu Histórico de Anápolis. Desse modo, a proposta desse trabalho é ir além da leitura do acervo do Museu para a idéia de deriva urbana. Propõe-se a implementação de um circuito cultural urbano e a criação de um edifício anexo de médio porte ao museu histórico para comportar um novo programa e proporcionar a adequada restauração e conservação do acervo.

Museu Histórico de Anápolis: Uma Narrativa Urbana

Gabriela Stefanczak Leão Orientadora: Simone Buiate



Anápolis Museu Histórico de Anápolis

Os museus surgiram a partir do hábito humano do colecionismo. Desde a antiguidade já existiam registros sobre instituições semelhantes ao museu atual, mas somente no século XVII o museu como conhecemos é consolidado. Segundo o Conselho Internacional de Museus (ICOM), museu é uma instituição permanente, aberta ao público, sem ns lucrativos, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento, que adquire, conserva, pesquisa, expõe e divulga as evidências materiais e os bens representativos do homem e da natureza, com a nalidade de promover o conhecimento, a educação e o lazer (IPHAN/ICOM, 2005, apud Fança, 2009). Neste sentido, o Museu Histórico de Anápolis só foi instalado a partir da Portaria nº 261 de 24 de setembro de 1971, na gestão do ex-prefeito Henrique Santillo (1969-1973) e constituiu um espaço que vem contribuir com o resgate da memória e preservação cultural da história do município. Parte deste trabalho é extrapolar a leitura do acervo do museu histórico para a idéia de deriva urbana, com a construção de um percurso que traga conexão entre os espaços históricos do bairro central. Dessa maneira o acervo congura-se como ponto de partida e a deriva como parte da proposta. Esse projeto vem com objetivo de enaltecer o edifício museu como próprio acervo e trazer o circuito urbano cultural como possibilidade de discurso para a história da cidade. As atividades desenvolvidas no museu (exposições, cursos, palestras, seminários, ocinas e visitas guiadas) são adequadas a um novo programa e dessa maneira é necessário a implementação de um edifício anexo ao museu. Desse modo este trabalho propõe cumprir com o dever de preservar e valorizar a história, a memória e as tradições locais englobando não um único edifício que é o Museu Histórico de Anápolis, mas sim um conjunto de edicações históricas localizadas no bairro central. 09


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UNIEVANGÉLICA

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Setor Central

MHAnápolis Principais avenidas 10

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Município de Anápolis (GO) Gabriela Stefanczak Leão


Histórico Com uma área de quase 934km², o município de Anápolis esta localizado a 53 km de Goiânia (Sul) e 151 km da capital federal (norte). Possui importantes conexões com rodovias do Brasil, como a BR153, a BR-060 e BR-414, e conexões com pistas estaduais, como a GO-222 e GO-330. Possui limites ao norte com os municípios de Pirenópolis e Abadiânia, a leste com o município de Silvânia, ao sul com o município de Leopoldo de Bulhões e Goianápolis e a oeste com os municípios de Nerópolis e Ouro Verde de Goiás. Em seus 934km², Anápolis contém importantes cursos d’águas como os ribeirões João Leite, Antas, Piancó (que abastece o município) e o Padre Souza. Com uma população estimada pelo Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística (IBGE) de 370,875 habitantes (2016), Anápolis é o terceiro maior município do estado em população. Primeiramente nomeada como Santana de Goiás, Anápolis iniciou-se como um núcleo central por volta de 1819 na atual Praça Santana, onde também se localiza a Igreja Santana, bem como os principais edifícios históricos da cidade. Passou a ser considerada cidade, já com o nome Anápolis, em 1907, quando a emancipação política de outros distritos nortearam o processo de urbanização. Desse modo a economia Anapolina se inseriu no mercado regional e nacional.

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[f.4] Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

LEGENDAS: [f.1] Igreja Santana (década de 20). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges. [f.2] Praça Bom Jesus (década de 20). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges. [f.3] Rua 15 de Dezembro (década de 20). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges. [f.4] Avenida Goiás (década de 20). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges. [f.5] Estação Ferroviária no dia de sua inauguração (década de 30). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges. [f.6] Antiga Câmara Municipal na Av. Goias com Joaquim Inácio (década de 70). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges. [f.7] Praça Americano do Brasil (década de 40). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges. [ f .8 ] R es i d ênc i a d o Alderico Borges de Carvalho, criador do museu histórico do município (década de 40). Fonte: Museu Histórico Alderico Borges.

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Construção Início do Construção da da Casa município Igreja Santana (atual MHA)

1819

1871

1907

Construção da Inauguração do Inauguração do Construção da Construção da Casa de Cultura Casa da chave Mercado Municipal Colégio Estadual Estação Ferroviária Carlos de Pina Ulisses Guimarães de Ouro Antensina

1926

1935

1938

1943

1955

Primeiro estabelecimento de ensino

MHA e o centro de Anápolis

Museu Histórico de Anápolis - Tombado como patrimônio histórico pela Lei Municipal nº 1.824 de 03 de janeiro de 1991. Colégio Estadual Antensina - Tombado como patrimônio histórico pela Lei Municipal nº 3.171 de 07 de dezembro de 2005. Casa de Cultura Ulisses Guimarães - Tombado como patrimônio histórico pela Lei Municipal nº 1.824 de 03 de janeiro de 1991. Mercado Municipal - tombado como patrimônio histórico pela Lei Municipal nº 25 de 10 de julho de 1984. Estação Ferroviária - Tombado como patrimônio histórico pela Lei Municipal nº. 1.824 de 03 de janeiro de 1991. Escola de Artes Oswaldo Verano - Tombado como patrimônio histórico pela Lei Municipal nº 1.824 de 03 de janeiro de 1991. Coreto da Praça James Fanstone - Tombada como patrimônio histórico pela Lei Municipal nº 2.725 de 05 de abril de 2001.

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O Setor Central de Anápolis surgiu juntamente com o início do povoado de Santana em 1819. Seu principal edifício histórico, que remete à origem da cidade é a Igreja Santana, construída em 1871 por Gomes de Sousa Ramos que mudouse para Anápolis devido ao clima e a fertilidade da terra. Em 1907 Zeca Batista construiu a casa que atualmente abriga o Museu Histórico. Tal edicação já foi utilizada para ns religiosos e serviu como residência para o Coronel José da Silva Batista que liderou a emancipação política e levantou esforços para a elevação da Vila de Santana das Antas à categoria de Cidade no ano de 1907. Em 1910 as características ruas estreitas do setor central começam a se formar. Estas, atualmente, podem ser encontradas facilmente com o nome ‘Travessa’. Em 18 de março de 1926 é inaugurado o Colégio Estadual Antensina, considerado um dos primeiros estabelecimentos de ensino de Anápolis. Na data de sua inauguração foi nomeado como Grupo escolar de Anápolis Dr. Brasil Caiado. Atualmente possui uma média de 1.200 alunos. Em 1935 é construída a estação ferroviária. Com o passar dos anos o aumento populacional e o maior número de veículos na ruas, zeram com que os trilhos fossem retirados e a Estação desativada. Atualmente passou por uma grande reforma e aguarda para ser novamente inaugurada, agora com a nalidade de museu. Em 1938 é construída a Casa de Cultura Gabriela Stefanczak Leão


Fundação da Biblioteca Municipal Zeca Batista

1956

Criação do Museu Histórico de Anápolis 1971

MHA passa a Abertura do ser utilidade MHA ao pública público 1973

Inauguração do Teatro Municipal Centro Administrativo do é construído no estilo italiano Município

1975

Ulisses Guimarães, que antigamente abrigava o antigo Fórum. Atualmente abriga a sede administrativa da Secretaria Municipal de Cultura, a Galeria de Artes Antonio Sibasolly, o Museu de Artes de Anápolis, a Casa de Artesanato e a sede do Pontão de Cultura Tenda Jovem. Em 1943 é construída a atual Casa da Chave de Ouro, na Rua Barão do Rio Branco. A casa foi conhecida assim por que continha realmente a chave de ouro da cidade, que atualmente esta perdida. Em 1955 é inaugurado o Mercado Municipal Carlos de Pina que se tornou um local tradicional de compras e encontros. Recentemente passou por uma ‘reforma’ que recuperou parte de sua estrutura e portas de aço. Em 1956 é fundada a Biblioteca Municipal Zeca Batista, que antes passava a atuar em outro local ainda no setor central. A partir dos anos 1960 o intenso comércio começa a se desenvolver no setor central, já que anteriormente a cidade era composta apenas pelo centro e outros bairros ao redor. Em 1982 é inaugurado o Centro Administrativo do município pelo então prefeito Wolney Martins. Os orgãos que até então funcionavam na Câmara Municipal foram transferidos para o local. Em 1985 o edifício passa por uma grande reforma para assim abrigar o Teatro Municipal em estilo italiano. Em 1993 é construído o Fórum João Barbosa Neves. Atualmente mais de 400 pessoas trabalham no local e tramitam na

1982

1985

O MHA foi tombado como Patrimônio Construção do Histórico pela Lei Fórum João Municipal nº 1824 Barbosa Neves

1991

1993

comarca cerca de 220 mil processos. Desde de sua construção, o local também já passou por reformas na pintura, instalações, sistemas elétrico, hidráulico e de segurança. A história do município e do bairro centro é composta por estas edicações que fazem parte da narrativa da cidade. A conexão destes é viabilizada por meio de um museu histórico a céu aberto que traz uma conexão histórica através da leitura das edicações da cidade.

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Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

LEGENDAS: [f.9] Gomes de Sousa e Zeca Batista, fundadores da Igreja Santana e do Museu Histórico respectivamente. Fonte: Vivaanápolis. [f.10] Colégio Estadual Antensina em 1997. Fonte: Colégio Antensina. [f.11] Estação ferroviária de Anápolis em 1935. Fonte: Museuabc.

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MHA e Importantes Edificações

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Edificios Históricos Não Tombados

Importantes edificações (Setor Central de Anápolis 0 10 20

Edificios Históricos Tombados Praças Av. Goias Av. Brasil Av. Santos Dummond 16

Córrego das Antas

[1] Mercado Municipal. [2]Escola de Artes Oswaldo Verano. [3]Igreja Santana. [4]Museu Histórico Alderico Borges. [5]Praça do Ancião. [6]Casa da Chave de Ouro. [7]Praça Americano do Brasil. [8]Biblioteca Municipal. [9] Colégio estadual Antensina Santana.

[10] Estação Ferroviária. [11]Praça James Fanstone. [12]Praça das Mães. [13]Prefeitura Municipal. [14]Fórum Municipal. [15]Praça Santana. [16]Praça Santana. [17]Praça Bom Jesus.

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[f.18] Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

LEGENDAS: [f.12] Mercado Municipal. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.13] Escola de Artes Oswaldo Verano. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.14] Igreja Santana. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.15] Praça do Ancião. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.16] Casa da Chave de Ouro. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.17] Praça Americano do Brasil. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.18] Museu Histórico Alderico Borges. Fonte: Gabriela Leão, 2016.

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LEGENDAS: [f.19] Biblioteca Municipal. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.20] Colégio Estadual Antensina Santana. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.21] Estação Ferroviária. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.22] Praça James Fanstone/Coreto. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.23] Praça das Mães. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.24] Prefeitura Municipal. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.25] Fórum Municipal. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.26] Praça Santana. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.27] Secretaria de Cultura Ulisses Guimarães. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.28] Praça Bom Jesus. Fonte: Gabriela Leão, 2016.

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[f.28] Gabriela Stefanczak Leão


Terminal Urbano

Estação Ferroviária Praça Americano do Brasil

Biblioteca Municipal

Praça das Mães

Mercado Municipal Praça James Fanstone Casa da Chave de Ouro Secretaria de Cultura Ulisses Guimarães

Casa de Cultura Oswaldo de Andrade

Colégio Estadual Antencina Praça Santana Igreja Santana

Praça Bom Jesus Igreja Bom Jesus

Praça do Ancião

Prefeitura Municipal Museu Histórico

Fórum

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LEGENDAS: [f.29] Maquete dos edifícios com importância histórica em Anápolis. Fonte: Gabriela Leão, 2017.

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Gabriela Stefanczak LeĂŁo


Embasamento teórico Experiência urbana e subjetividade

A forma de caminhar sem rumo (deriva) e a gura do Flâneur (e o termo Flânerie) são parte importante da produção de narrativa/experiência urbana. São esses elementos, que no caso desse projeto, vão fazer a ligação do espaço urbano histórico com a produção de história, resultando na experiência urbana. Segundo Osnildo Junior a experiência urbana resultaria na própria escrita da cidade, ‘Uma ‘cartograa de narrativas literárias’, compreendendo a literatura como metodologia de apreensão e, sobretudo, como produção de cidade’ (JUNIOR, 2014). Em ‘Narrativas urbanas literárias como apreensão e produção da cidade contemporânea’ o tema ‘experiência urbana’ e ‘subjetividade’ são levantados. Para Osnildo ‘as narrativas urbanas literárias podem concorrer para a produção de subjetividade e, consequentemente, de cidade...Desse modo, acreditamos que a produção de subjetividade e a produção de cidade caminham juntas e compõem um território existencial ‘cidade’, coexistindo junto as demais narrativas urbanas’.(JUNIOR, 2014) Paola Jacques reforça a importância da narrativa urbana e seu signicado, dizendo ‘podemos compreender a produção sensível da cidade como ‘uma busca por outras formas de se compartilhar experiências ao abrir outras possibilidades narrativas e, em particular, de narrativas da experiência urbana nas grandes cidades, o que chamamos de narrativas urbanas’ (JACQUES, 2012). Assim, vale ressaltar que não importa qual seja o roteiro traçado ou a forma que ele venha a adquirir, as relações entre cidades e a memória podem ser pensadas de diferentes formas, incluindo discussões sobre a memória urbana e sobre o patrimônio histórico, assim como, segundo Fernanda Peixoto (2014) exames dos ‘lugares de memória’, denidos em função de experiências históricas. Ana Clara Torres Ribeiro concebeu a cartograa da ação social dedicada à juventude de São Gonçalo (RJ), visando compreender os métodos de apropriação da cidade. Segundo ela os mapas são os instrumentos de racionalização dominante. Dessa maneira, o uso e elaboração de mapas que expressão os movimentos sociais são essenciais para a cartograa social. Portanto, assim como outras modalidades de expressão, teríamos o circuito urbano cultural como possibilidade de discurso para a história da cidade. 21


Flâneur

Teoria da deriva

LEGENDAS: [f.30] Paul Gaverni, le âneur (1842). Fonte: Pinterest, 2017. [f.31] Guy Debord ‘The naked city’ (1957). Fonte: Vitruvius, 2015.

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O Flâneur segundo Charles Baudelaire é ‘uma pessoa que anda pela cidade a m de experimentá-la’. Dessa maneira, a idéia do Flâneur seria uma referência para compreender fenômenos urbanos e a modernidade. Segundo Sérgio Roberto (MASSAGLI, 2008), Walter Benjamin chama a atenção para a gura do Flâneur que observa reetidamente os moradores da cidade em suas atividades diárias. Essa paixão do Flâneur pela cidade e pela multidão, decorre do anêurie como ato de apreensão e

representação do panorama urbano, segundo Massagli. Assim, o Flâneur tece uma narrativa dos atrativos da cidade, a partir do reconhecimento do local e das pessoas desse contexto. Dessa maneira, um percurso para o (re)conhecimento das edicações que fazem parte da história do município, fazem parte deste trabalho. O museu histórico a céu aberto e a própria edicação do Museu Histórico trariam uma conexão histórica a partir da leitura das edicações da cidade.

A teoria da deriva é um dos trabalhos de autoria do pensador situacionista Guy Debord. Na fundamentação teórica, a experiência da deriva é utilizada segundo um procedimento chamado de psicogeograa, que consiste basicamente no estudo dos espaços públicos, através de derivas urbanas, com o objetivo de sentir, experimentar e entender os diversos componentes afetivos em relação ao espaço, durante a prática do caminhar sem rumo pela cidade (DEBORD,1997). Segundo suas pesquisas é um estudo psicogeográco que estuda as ações do ambiente urbano segundo as condições emocionais e psíquicas do ser humano. Segundo Paola Jacques “a deriva seria uma apropriação do espaço urbano

pelo pedestre através da ação do andar sem rumo.” (JACQUES, 2003). A construção de um percurso traçado que traga conexão entre os espaços e que sejam acompanhados de anotações fazem parte do estudo psicogeográco da deriva. Partindo de um lugar comum a pessoa ou a um grupo que se lança a deriva o percurso é traçado seguindo o pensamento de que determinadas zonas psíquicas conduzem e trazem sentimentos de agrado ou não. Ainda que existam inúmeros procedimentos de deriva urbana, ela possui uma única nalidade, transformar o urbanismo, a arquitetura e a cidade, construindo um espaço onde a população é o agente construtor e a cidade é a construção nal.

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[f.31] [f.30] Gabriela Stefanczak Leão


Percurso Museu à céu aberto 3

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Roteiro Cultural

Edificios Históricos Não Tombados Edificios Históricos Tombados

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Praças Córrego das Antas Possível percurso

Lazer Praça do Ancião Ginásio Newton de Faria Praça das Mães Praça James Fasntone Praça Americano do Brasil 6 Praça Bom Jesus 1 2 3 4 5

Monumento Histórico 7 Museu Histórico 8 Colégio Antensina 9 Casa de Cultura Ulisses 10 Mercado Municipal 11 Estação Ferroviária 12 Coreto Praça James Fanstone 13 Praça Santana (início da cidade)

Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

Arquitetura 14 Prefeitura Municipal 15Fórum 16 Colégio Faustino 17Igreja Santana 18 Igreja Bom Jesus 19Escola de Artes Oswaldo 20Casa da Chave de Ouro 21Biblioteca Municipal 23


Museu Histรณrico Alderico Borges de Carvalho A casa


O Museu Histórico de Anápolis foi criado em 1971, pelo então prefeito Henrique Antonio Santillo. Construído com técnicas construtivas tradicionais, no início do século XX, por José da Silva Batista, a residência já serviu como casa paroquial e posteriormente abrigou a Escola Paroquial Dom Bosco. Em 1959, a casa foi comprada pelo Senhor Alderico Borges de Carvalho que possuía a intenção de transformá-la em museu, guardando a memória dos pioneiros e a história de Anápolis. Através da Lei nº 390 de 27 de junho de 1973, dois anos após ser criado, o museu passa a ser considerado utilidade pública, já que contribui com o resgate e preservação da memória, o mapeamento da documentação e a preservação da cultura de Anápolis. Com sua importância e contribuição, em 1975 o museu é denitivamente aberto ao público, sendo dirigido pelo professor Jan Magalinski. Em 1991, a casa foi tombada como Patrimônio Histórico pela Lei Municipal nº 1824 e atualmente possui um acervo de fotograas, jornais, seção de numismática e outros objetos que retratam a história do município. Cumprindo seu papel informativo o museu histórico passa a promover ações para que a comunidade valorize sua identidade e preserve seu patrimônio cultural, como visitas guiadas e publicações. Dessa maneira a função social do museu deve estar centrada nas atividades exercidas pelo mesmo, já que segundo Tiziano Mamede Chiarotti, atual diretor do Museu Histórico de Anápolis ‘as atividades desenvolvidas nos museus (exposições, cursos, palestras, seminários, ocinas e outras) devem estar fortemente identicadas com as expectativas da comunidade, demonstrando que é uma organização a serviço do público. Isso simboliza o ideal da museologia social, pois cumpre com o dever de preservar e valorizar a história, a memória e as tradições locais’ (CHIAROTTI, 2009). MHA

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Lugar e o O Centro foi base para a construção MHA do município de Anápolis, dessa maneira, suas ruas em sua maioria possuem estreitas larguras (muitas destas denominadas de travessa). Composto principalmente de vias coletoras, estas comportam parte do trânsito das movimentadas vias arteriais da cidade. Por se tratar de um antigo povoado, o traçado urbano é irregular, e muitas ruas possuem apenas um sentido para o trânsito de veículos. As quadras possuem formatos irregulares e o lotes mesmo sendo em sua maioria com fachadas estreitas e larguras extensas, não possuem as mesmas dimensões. Com uma consolidação que surgiu a partir dos anos 60, o centro tornou-se foco para o desenvolvimento da cidade. São poucos os lotes vazios na região, e em sua maioria as edicações encontram-se na frente do mesmo. Em sua maioria o centro é composto por serviços e setores comerciais. Algumas residências ainda se encontram na região (sendo que uma parcela destas ainda possuem arquitetura com técnicas construtivas tradicionais, época da formação do município). Alguns pontos comerciais, ou até mesmo de prestação de serviços, se encontram ajustados dentro das antigas residências, que agora abrigam um novo uso. Muitas destas residências foram adaptadas para abrigar um uso misto, desta maneira tornando-se um local de moradia e ponto comercial. O centro possui grandes edicações, que comportam até 20 pavimentos por exemplo. Em contrapartida a região mais próxima ao Museu Histórico, possui apenas um edifício de maior altura (com 7 pavimentos). O restante das edicações ali analisadas, variam de 1 a 3 pavimentos, o que proporciona uma maior ventilação e maior raios solares nos edifícios. Além disso, a topograa (elevada no sentido noroeste)também contribui para a incidência desses elementos na região. Com relação a topograa, Anápolis possui o relevo ondulado, fazendo parte do planalto central brasileiro. O Centro possui uma elevação da topograa no sentido noroeste, dessa maneira o lugar 26

MHA

onde se encontra o Museu Histórico possui uma elevação de 2 metros nesse mesmo sentido. Por possuir importantes rios em seu território, Anápolis possui regiões com relevo acentuado, como é o caso apresentado no mapa de topograa(região onde se encontra o Fórum e a Prefeitura Municipal. As fachadas norte e oeste do Museu Histórico são as mais afetadas pela pior insolação, já que a região é desprovida de áreas verdes, seja de grande ou pequeno porte. Quanto à ventilação no lugar, ocorre principalmente nos sentidos noroeste-norte, de novembro a abril e no sentido leste, de maio a outubro (Dados Instituto de Controle do Espaço Aéreo ICEA, 2016).

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es Museu Histórico de Anápolis Uso de serviços

Uso Residencial Uso Misto Lotes Vazios Uso Comercial Topografia, insolação, ventos dominantes, usos predominantes, cheios e vazios e traçado urbano

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[f.32]

Acervo

NOTAS: [1] Dados de 2009 a 2011, segundo o Caderno de Pesquisas Museu Histórico de Anápolis ‘Alderico Borges de Carvalho’ Ano 1, 2 e 3 LEGENDAS: [f.32] Lotes vizinhos que servirão para o anexo, estes serão desapropriados. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.33] Gráco de visitantes no período de 2009 a 2011. Fonte: Caderno de pesquisas 1,2 ,3 do Museu Histórico, 2016.

28

MHA

Segundo a prefeitura municipal de Anápolis (GO), a cidade possui dois museus nos aproximadamente 934km², ambos localizados na região central. O museu de artes plásticas Loures localiza-se na praça Americano do Brasil e possui um acervo composto de obras que vão de pinturas, desenhos, esculturas e fotograas. O museu histórico de Anápolis está situado na Rua Coronel Batista número 323, e conta com um grande acervo histórico da época de criação da cidade. O museu histórico mesmo com um acervo importante para a cidade, recebe uma quantidade de visitas que não supera seis mil pessoas anualmente (ver gura 33), considerando uma população de 325.163 habitantes (ONU, 2010). Tombada em 1991 como Patrimônio Histórico pela Lei Municipal nº 1824 possui uma exposição que une aspectos da casa e da história local, retratando os pioneiros, o início do arraial, a religião, os animais e os artefatos indígenas. Ainda contém em seu acervo a primeira mesa cirúrgica de Anápolis, seção de numismática, fotograas, jornais e outros objetos que fazem parte relevante da história do município e do estado. A casa que abriga o museu necessita uma reformulação no seu programa e na sua arquitetura interna. As visitações no Museu Histórico no período de 2009 a 2011 [1], segundo o gráco, apresentou um aumento de aproximadamente 500 pessoas durante esses três anos. Esses dados poderiam ser

mais signicativos se o ambiente contasse com uma estrutura mais espaçosa e outras salas que apesentassem maior diversidade. Segundo a certidão de uso do solo, a região em que se encontra o museu pode ser ocupada em uma taxa de 100%, até 10 metros de altura, desde que seja realizado a construção de poços de recarga. A calçada deve ter no mínimo 2,5 metros, o que segundo estudos do local já esta sendo obedecido conforme a certidão. A atividade exercida no local é a museologia e a exploração de lugares e prédios históricos, dessa maneira os afastamentos obrigatórios são de 5 metros na frente do lote e 1,5 metros na lateral e no fundo caso haja aberturas. 7000 6000 5000 4000 3000 2000 1000 [f.33]

2009 2010 2011 Gabriela Stefanczak Leão


m

22

,13 16

m ,62

85m 22 17,

A=

18 ,88 m

m

m

A=380M²

0M ²

m

19

,58

,46

20 ,32 m 72

,74 39

Com um terreno de aproximadamente 380m² (ver gura 34), o Museu Histórico de Anápolis possui quase 50 mil peças espalhadas por 11 pequenas salas. Quanto ao acervo o MHA tem salas que retratam temas determinados, que são trocados anualmente por outras peças e guardadas em uma reserva técnica. São mais de oito mil fotos, jornais diários e semanários desde 1929 até atualmente. Parte do acervo ferroviário não encontra-se no museu, estas peças estão guardadas na Praça Americano do Brasil, na estação ferroviária Prefeito José Fernando Valente. Para a construção do anexo, foi utilizado dois lotes (atualmente usadas para a prestação de serviços à comunidade) na lateral sudoeste (ver gura 34). Segundo a Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, os donos dos lotes receberiam indenização da prefeitura perante a desapropriação dos mesmos. A adição dos lotes desapropriados ao lote existente do Museu Histórico somariam 1100m² para a junção da edicação pré-existente com a proposta de um edifício anexo. Intervenções no edifício pré-existente seriam realizadas segundo a portaria nº 420, de 22 de Dezembro de 2010, do IPHAN. A intervenção segundo o IPHAN se enquadra como uma Reforma/Demolição, onde pode apresentar reforma que implique em demolição ou construção de novos elementos, como ampliação ou supressão de área construída; modicação de volumes, vãos; aumento de gabarito; substituição signicativa da estrutura e alteração na inclinação da cobertura.

[f.34] Lotes pré-existência e anexo [f.32]

Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

0 20

40

60

Lote MHA: 380m² Lote para expansão: 720m² LEGENDAS: [f.34] Lotes préexistência e anexo. Fonte: Gabriela Leão, 2016.

MHA

29


A

Pré-existência

Tv

.

Gu

er

ra

Tv

.

Je

an

s

²

0,0

-J

ac

Dia

0m

A

Ru a

7,5

qu

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Wi

ço

18

r L our en

- 0,85 A=

o

Co ro ne l

0,0

Ju

li

Ba ti st a

0,0

rt

Sen

ado

h

Av.

Salas de exposição Hall de entrada Depósito

Planta atual pré-xistência

Banheiros

01

2

Entrada principal Entrada de serviços

Terreno (corte)

Implantação atual pré-existência

4

03 6

9

Entrada principal Entrada de serviços

O terreno do Museu Histórico possui um desnível de quase 2 metros no sentido Noroeste - Sudeste e encontra-se perto do córrego das Antas, um dos principais recursos hídricos que abastece o município.

Em uma análise completa, o Museu Histórico possui pouco decaimento de terreno considerando que o centro possui um desnível de solo acentuado (como é possível ver no corte abaixo).

Rua Coronel Batista

MHA Av. Senador Lourenço Dias 1000 905

21 990

30


Estado atual Análise das fachadas descascada podem ser identicadas em quase todas as fachadas. Além disso, também existem telhas quebradas, soltura do reboco e deterioração da madeira.

A fachada leste possui três portas, sendo que duas delas apresentam uma ‘cerca’ que impede a entrada na mesma. Desse modo, apenas uma porta serve como acesso para o Museu, que ocorre por meio de uma rampa que não esta de acordo com as normas de acessibilidade. Esta mesma fachada possui uma entrada de serviço, localizada à direita. Todas as fachadas possuem janelas de abrir, que encontram-se conservadas. Segundo consta na legislação do Iphan, as fachadas seriam conservadas, e os ambientes internos seriam adaptados, aumentando suas áreas, e incluindo novos recintos segundo um novo programa de pré-existência e anexo. Algumas patologias como umidade (ascendente e descendente) e pintura

O projeto original segundo Tiziano Chiarotti, atual diretor do museu, não existe mais. Mas por meio de antigas fotograas da época de sua criação é possível perceber que um anexo foi construído na sua lateral esquerda, que atualmente é usado como sanitário.

[f.35]

[f.36]

Projeto original

Anexo

Indicação do anexo 0 1

[f.37]

[f.38]

[f.39]

[f.40]

Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

2

4

LEGENDAS: [f.35] Soltura do reboco na fachada leste. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.36] Descascamento da pintura na fachada leste. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.37] Inltração ascendente no anexo. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.38] Deterioração da madeira na fachada norte. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.39] Inltração descendente na fachada norte. Fonte: Gabriela Leão, 2016. [f.40] Inltração descendente na fachada sul, principalmente no anexo. Fonte: Gabriela Leão, 2016.

MHA

31


[f.41]

[f.42]

[f.43]

Entrada de serviços

Análise patológica elevação leste 0

1

2

4

Anexo utilizado como sanitários

Limpeza das fachadas com aplicação de reboco com argamassa de cimento branco

Umidade descendente Umidade ascendente Soltura do reboco 32

MHA

Análise patológica elevação sul 0

1

2

4

Telhas quebradas Deterioração da madeira Pintura descascada Gabriela Stefanczak Leão


[f.44]

[f.45]

[f.46]

Anexo utilizado como sanitários Aplicação de nova camada de reboco com argamassa de cimento branco nas fachadas do edifício

Aplicação de uma nova pintura (de cor verde, mesma tonalidade existente)

Análise patológica elevação oeste 0

1

2

4

Substituição de telhas quebradas

Recuperação da madeira deteriorada Análise patológica elevação norte 0

Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

1

2

4

LEGENDAS: [f.41] Situação atual da parte interna do Museu Histórico de Anápolis. Fonte: Thalita Magalhães, 2016. [f.42] Situação atual do jardim do museu Histórico de Anápolis. Fonte: Thalita Magalhães, 2016. [f.43] Situação atual da área de exposição do Museu Histórico de Anápolis. Fonte: Thalita Magalhães, 2016. [f.44] Situação atual da área de exposição do Museu Histórico de Anápolis. Fonte: Thalita Magalhães, 2016. [f.45] Situação atual do corredor de exposição do Museu Histórico de Anápolis. Fonte: Thalita Magalhães, 2016. [f.46] Situação atual do da exposição do Museu Histórico de Anápolis. Fonte: Thalita Magalhães, 2016.

MHA

33


Proposta de projeto Museu à céu aberto

Gabriela Stefanczak Leão


A proposta de deriva urbana no setor central do município de Anápolis, se da a partir da técnica de reconhecimento da cidade como forma de promover a investigação e a pesquisa da mesma. Sendo o centro a origem de Anápolis, parte das edicações são antigas e consequentemente históricas (com algumas edicações tombadas pelo próprio município). Um dos exemplos de implementação de deriva urbana a partir de centros hi s tóri cos é Goi â ni a ( Goi á s ) , q ue implementou uma mapa da deriva no setor central que contém informações geográcas que podem levar o participante as possibilidades de reconhecimento da cidade por meio da arquitetura, do monumento, do encontro e da gastronomia (Projeto Deriva Fotográca do Bem). Uma identicação visual (no caso de Goiânia o mapa da deriva), que oriente e revele o centro da cidade, a m de potencializar o reconhecimento geográco do centro histórico através de seu desenho e elementos textuais, são base para a implementação do mapa da deriva urbana de Anápolis. A utilização de um mapa ajuda a explorar o meio urbano marcado por edicações de bases e a direção de possíveis percursos para o derivante. Mesmo que não haja familiaridade com o bairro a ser percorrido, a utilização de um mapa favorece a exploração do mesmo. Dessa maneira a integração entre cidade e usuários se da a partir da técnica da deriva que tem como objetivo o reconhecimento urbano da cidade. 35


Mapa deriva urbana centro de Anápolis 3

11 5

21 4

10

2

12

20 8

13 17

6 Av. Goias

19 2

18

16

1

Av. Bra sil

9

14

7 15

Edificios Históricos Não Tombados

Córrego das Antas

Edificios Históricos Tombados

Possível percurso

Roteiro Cultural

0 10 20 40

Praças

1 2 3 4 5 6

Lazer Monumento Histórico 7 Museu Histórico Praça do Ancião 8 Colégio Antensina Ginásio Newton de Faria 9 Casa de Cultura Ulisses Praça das Mães 10 Mercado Municipal Praça James Fasntone Praça Americano do Brasil 11 Estação Ferroviária 12 Coreto Praça James Fanstone Praça Bom Jesus 13 Praça Santana (início da cidade)

Arquitetura 14 Prefeitura Municipal 15Fórum 16 Colégio Faustino 17Igreja Santana 18 Igreja Bom Jesus 19Escola de Artes Oswaldo 20 Casa da Chave de Ouro 21 Biblioteca Municipal

[f.47]

LEGENDAS: [f.47] Proposta de placa com implantação do trecho turístico do mapa da deriva urbana de Anápolis. Fonte: Gabriela Leão, 2017.

36

Fachada do Museu com placa da deriva urbana

0

1

2

4

Gabriela Stefanczak Leão


Intervenções Pré-existência -0

,2

0

A= H A L 42 L , 0, 98M² 0

A=

A=

-0

,3

Recepção/Informação Guarda-volume A=24,44m²

0,

0

FU N SA A= CIO LA 20 NÁR ,5 IO 0, 7M² S 0

a

An

Loja A=19,84m²

A

A= COPA 7, 38 M²

Hall A=42,98m²

DML A=5,04m²

ADM A=11,02m²

ex

o

Sanitário A=12,00m²

Segurança A=6,77m²

Sanitário A=12,00m²

Público Privado Construir Demolir

Planta de readequação do MHA 0 1

2

Serviços 4

Manter

4

2

5

A= QUIN 94 TAL , -0 36M² ,8 5

ad

1

5

WC 9, 00

tr

0

-0 ,3 3

W 9, C 00 M²

En

Intervenções na pré-existência

,8

-0

A=

A 11 DM ,0 2M SE ² G U A= RA 6, NÇA 77 M²

Adequação da rampa de acesso

Remoção do volume anexo, não pertencente ao projeto original ²

A= LOJA 19 ,8 4M ²

A=

-0

Remoção das grades na porta de entrada

0

RE CE PÇ IN ÃO F GU ORMA AR Ç D A- ÃO A= V OL 24 , U 44 ME M²

A

0

DM L 5, 04 M

0,

,2

Remoção da entrada de serviços da fachada leste para norte

Sala Funcionários A=20,57m²

Planta de readequação do MHA

Entrada principal Entrada de serviços

0 1

2

Copa A=7,38m²

4

Total=150,04m²

Rua Coronel Batista -0,20

0,0

Recepção 0,0

Hall 0,0 Quintal -0,85 L.N.T

0

Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

.

1

2

4

37


Desenvolvimento do projeto

3

5 5

Geometria

9

4

2

6

8 3

Flâneur

2

7 5

6

Narrativa - Circuito urbano cultural

Acesso Entrada/saída

4

7 2

6

4

3

Experiência Urbana

Além do edifício (MHA)

1 1

1

Os afastamento necessários de acordo com o uso do solo, conguram uma parte importante do projeto, já que este marca a forma do edifício. Além disso, parte da conguração da préexistência é adotada no projeto.

5m

2

Subjetividade

Tecido urbano

Acesso

Deriva Urbana

Identicação visual

O projeto, a partir do embasamento teórico, se congura em uma proposta que vai além do próprio edifício do museu histórico e seu anexo. Leva em conta a narrativa da cidade por meio de seu tecido urbano produzindo um

circuito urbano cultural por edicações que fazem parte da história da cidade. Desse modo, o circuito urbano cultural se congura a partir de uma identicação visual (placa) com o mapa da deriva urbana do setor histórico central.

Conexão O inicio do projeto tem base no alinhamento do programa (auditório, café, laboratórios e exposições) à préexistência como próprio acervo, utilizando-se dos lotes laterais.

Conexão

Gabarito

Altura máxima

O entorno imediato do museu histórico se caracteriza principalmente por edicações térreas e de 2 pavimentos. Desse modo é primordial não interferir na geometria urbana do entorno.

Situação Atual Anexo

Prestação de serviços

38

Com a demolição do anexo lateral existente que não fazia parte do projeto original e a mudança da entrada de serviços da fachada frontal para a lateral, vê-se a necessidade da criação de um edifício complementar que sirva de apoio ao novo programa proposto. Além dessas mudanças é possível perceber que a implementação de um museu histórico dentro de uma única edicação (nesse caso uma residência), não previa um aumento da quantidade de acervo e de visitantes. Ocupar o terreno ao lado com atual uso de prestação de serviços é a opção para o projeto de anexo com intervenção na pre-existência.

1,5m

O acesso ocorre do edifício ‘velho’ para o ‘novo’. O caminho a ser percorrido é através do Museu para o anexo, para então assim sair pelo Museu novamente.

Acesso do ‘velho’ para o ‘novo’

2 pavimentos

Altura proposta

Com a proposta de um novo programa, o projeto foi erguido em 2 pavimentos que contribuem para a adição de novos ambientes e proporciona o rumo de duas principais diretrizes do projeto: pré-existência como acervo e café voltado para a narrativa da cidade.

Projeto

Pré-existência como exposição

O projeto busca a pré-existência como parte da própria exposição, desse modo o anexo se congura de modo a enaltecer o museu como parte do acervo.

Museu como exposição

Café voltado para a narrativa da cidade Café e auditório marcados no volume

Com o desnível ocorrendo ao fundo do lote, o café é voltado para a narrativa da cidade. O volume deste e do auditório são marcados no projeto.

Visualização da Préexistência

Café e auditório marcados no volume

Gabriela Stefanczak Leão

Café voltado para a narrativa da cidade


Programa anexo

Reserva Técnica A=37,86m²

Exposição Permanente A=172,95m²

Elevador social

Elevador serviços Sanitário A=20,32m² Sanitário A=20,32m²

E

/

/

1200

/

/ /

/

1050 1050 /

/

/

1200

/

/

/

/

Auditório/Oficinas A=131,71m²

E

Sala de Projeção A=12,75m² DML A=8,04m²

E

Laboratório de Conservação e Restauro A=47,40m²

Nível 0,0 /

1200

/

/

/

/

1050 1050 /

/

/

/

1200

/

/

/

Catalogação A=13,07m²

Exposição Temporária A=166,30m²

E

Sanitário A=20,32m² Sanitário A=20,32m² Nível 0,0

Café/Convivência A=154,37m²

Público Privado Serviços Entrada principal Entrada de serviços

Setorização Anexo Nível 0,0 e +3,83 Nível +3,83

01 2

Nível +3,83 Total=785,09m²

4

Lab. restauro +3,83

-0,20

Lab. restauro

+3,83

Catalog. +3,83

Exposição 0,0

0,0

Reserva Técnica -0,85 L.N.T.

Estacionamento -4,65

Corte E

Fosso Fosso

0

Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

1

2

4

39


-0

,2

A

So

be

0

-0

5

,3

,3 3 be %

3 i= 8, So 33% be

-0 ,3 5

A= WC 9,

A= QUIN 94 TA , L -0 36M ,8 ² 5

E

00

M² 0,

0

FU S NC ALA A= ION 20 ÁRI 0, ,57MOS 0 ²

F RE

A

A= COPA 7, 38 M

F LA B CO ORA T NS ER ÓRI O VA A= ÇÃO DE 47 E +3 ,40 RES TA ,8 UR 3 M²

²

A O

10

00

SE R A= VA T 37 ÉCN -0 ,86M ICA ,8 ² 5

CA ,8 A TAL 3 = OG 13 AÇ ,0 ÃO 7M ²

00

% i=8,33 Sobe

02 M² SE G A= URA 6, NÇA 77 M²

A= WC 9,

00

10

D

,8

²

A= HALL 42 0, ,98M 0 ² A= ADM 11 ,

E

-0

4M

01

,2

A= LOJA 19 ,8

So

-0

A

10

i= 8 De ,33% sc e

RE C IN EPÇ GU FORM ÃO A A= RDA AÇÃ 24 -VO O , L 44 UME M²

0

A= DML 5, 04 M² i= 8

0,

C

D

10

i= 8 De ,33 sc % e

03 02 01

C

01

i= 8 De ,33% sc e

0

EX

99

9

SI ÇÃ A= O PE RM 17 A 0, 2,95 NEN 0 TE M²

+3

010203

Desce

PO

EX

PO

E

Patamar

1 12 11 10

111213141516171819

Sobe

Patamar

i= 8, De 33% sc e

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

F

B

WC A= 10,16M²

-0,85

030201

Sobe

-0

Desce

F

0,

0

,8

5

090807060504030201

WC A= 10,16M²

B

AUDITÓRIO - 70 LUGARES A= 131,71M²

E

WC A= 10,16M²

99

ENTRADA E SAÍDA AUDITÓRIO

9

WC A= 10,16M²

19 18 17 16 15 14 3

SI ÇÃ A= O TE M 16 6, PORÁ +3 30 ,8 M² RIA 3

-0

,6

8

-0

,5

1 -0

CAFÉ/CONVIVÊNCIA A= 154,37M² +3,83

,3

4

-0

,1

PR A= OJE 12 ÇÃO ,7 5M ²

7

03 02 01 be

0,

So

sc De

01

A= DML 8, 04

0

02

B

B

e

03 04 05

07 08 10

2

8

4 5 99

Implantação e planta nível +3,83 0

7

0 6 99

8

0

99

99 7

,6

D

Implantação e planta nível 0,0

-2

99

D

C

C

99 8

09

i= De 25% sc e

i= De 25% sc e

06

99

6

2

8

4 5 99



C

D

10

01

A

E

rt 30% ug ue s

a

Po

Po

rt 30% ug ue s

a

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a

Po 30 rt % ug ue sa

rt 30% ug ue s

a

Po

Po 30 rt % ug ue sa

a

A

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Po 30 rt % u Po 30 gues rt % a ug ue sa

Po

10

00

Po

F

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lh

Te

9

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a

a

Te 6% rm o

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Te 6% rm oa

99

E

ús

st

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ca

ic

a

F

B

Cai xa 900 d’á 0L gua

La

je

cn

ic

a

C

B

D 7 99

99

8

Cobertura 0 9

96

2

8

4 9

95


O projeto ocorre basicamente em 4 níveis principais: 0,0 (museu), -0,20 (calçada do museu), -0,85 (quintal do museu) e +3,83 (2º andar do anexo). Desse maneira, o anexo foi implantado de modo a trabalhar nos níveis já existente no terreno. A reestruturação do edifício préexistente congurou a mudança na sua planta original. Assim, foi destinado para seus novos ambientes um programa que abriga em sua maioria serviços de administração. Outro ponto de relevância foi adaptar parte dos ambientes com o objetivo de suportar o uxo de visitantes, que entram pela ‘velha’ edicação em direção ao ‘novo’ anexo. O anexo, em seu primeiro pavimento, abriga a exposição permanente (o acervo que antes estava no museu), o auditório com capacidade para 70 pessoas, e uma sala com acesso privado para a reserva técnica. Por possuir áreas públicas e privadas, esse espaço contém um elevador social e um elevador exclusivo para serviços. O segundo pavimento do anexo abriga as exposições temporárias, uma

cafeteria com ampla área de convivência (aberta para a contemplação do tecido urbano) e salas de uso mais restrito, como laboratório de conservação e restauro e uma sala de catalogação do acervo. O anexo e o Museu pré-existente possui um total de 6 banheiros, sendo 4 deles acessíveis a portadores de necessidades. Assim, para suportar a demanda do novo anexo, é projetado uma laje técnica em cima do café para abrigar as condensadoras e a caixa d’água (9000L). Com o projeto de uma cafeteria aberta, com vista para a cidade, é utilizado um brise que protege toda a sua área da forte insolação (fachada oeste). O acesso de veículos localiza-se na parte mais baixa do terreno ( região sul). Já o acesso dos funcionários localiza-se na região norte. Para os visitantes o acesso ocorre por três portas na fachada oeste. A cobertura do MHA é erguida por telha portuguesa aparente com 30% de inclinação, enquanto a cobertura do anexo possui telha termoacústica com 10% de inclinação (escondida pela platibanda).

0,0 -0,85

-0,20

-0,85

[f.48] [f.32] Museu Histórico de Anápolis: Uma narrativa urbana

LEGENDAS: [f.48] Maquete do terreno (indicação de níveis). Fonte: Gabriela Leão, 2017.

43


C

Estrutura

C

D

A

D

A

E E

A A

E

E

B

B

B

D

D

C

C

B

Estrutura Nível 0,0 e +3,83 01

2

4

Caixa d'água 9000L Laje técnica

Lab. restauro +3,83

Quintal -0,85

Sala Funcion. 0,0

Exposição Temporária +3,83

Banheiro +3,83

Exposição Permanente 0,0

Banheiro 0,0

Reserva Técnica -0,85

Barrilete

Cafeteria +3,83

Auditório 0,0 -0,51

L.N.T. Estacionamento -4,48

Fosso

44

Corte D 0 1

2

4


i= So 25% be

i=2 So 5% be

O estacionamento se localiza no subsolo do terreno, possui um total de 30 vagas ocupando quase 78% da área total (1100m²). O acesso de veículos ocorre por uma rampa de 25% de inclinação na parte sul to terreno. Para o acesso de pedestres nesse ambiente são destinados 2 elevadores, 1 de serviços e outro social. Com relação a estrutura, é utilizada laje protendida para vencer grandes vãos e pilares de concreto.

Pilares Nível +3,83

Subsolo (-4,48) 0 1

Pilares Nível 0,0

2

4

Laje técnica

Cafeteria +3,83

Auditório -0,85

Banheiro +3,83

Banheiro 0,0

Lab. restauro +3,83

Exposição Temporária +3,83

Exposição Permanente 0,0

Loja 0,0

Hall 0,0

-0,70 L.N.T.

Estacionamento -4,48

Corte C 0

1

2

4

45


Materialidade e tecnologia

0

Árvore Folha de serra (Médio Porte)

1

Fachada Oeste 4

2

Brise de Chapa metálica Pré-fabricado (releitura da janela do MHA)

Tijolo cerâmico Revestido de pintura branca fosca acrílica

Árvore Barú (Médio Porte) Piso cimentício permeável Imitação de madeira

46

Vidro Duplo Low-E Fumê

0

1

Fachada Norte 2

4

0

1

Fachada Sul 2

4


Museu Histรณrico de Anรกpolis: Uma narrativa urbana

40


Detalhamento

Brise de chapa metálica de alumínio Tamanho: 0,4x0,4x0,05cm Cor: preto fosco Parafuso sextavado Fenda: Phillips anticorrosivo Tamanho: 33mm Cor: Cinza (esmalte sintético)

Estrutura metálica de aço pré-moldado anticorrosivo Tamanho: 0,15x0,15cm Cor: Cinza (esmalte sintético)

Estrutura metálica de aço pré-moldado anticorrosivo Tamanho: 0,15x0,15cm Cor: Cinza (esmalte sintético)

Parafuso auto brocante flangeado ZB anticorrosivo Tamanho: 4,2mmx13mm Cor: Cinza (esmalte sintético)

Zoom 2

Zoom 1

Detalhe 2

Detalhe 1

Laje técnica

Zoom 2 Cafeteria +3,83

Zoom 1 Projeção 0,0

Auditório -0,68 -0,85

-0,85 L.N.T.

Estacionamento -4,48

Corte B 48

0

1

2

4


Rufo Externo de aço zincado Leroy Merlin Tamanho: 300cmx24cm Cor: Prata Telha termoacústica Isotelha Trapezoidal PUR/PIR Tamanho: 1mx8mx30mm Cor: Ral9003 Inclin.: 6%

Telha termoacústica Isotelha Trapezoidal PUR/PIR Tamanho: 1,00mx8,00mx30mm Cor: Ral9003 Inclin.: 6% Estrutura metálica de aço anticorrosivo Cor: Cinza 1,53

2,14

Estrutura metálica de aço anticorrosivo Cor: Cinza Estrutura metálica de aço pré-moldado anticorrosivo Tamanho: 0,25x0,25cm Cor: Cinza (esmalte sintético)

Rufo Externo de aço zincado Leroy Merlin Tamanho: 300cmx24cm Cor: Prata

Laje técnica

Parafuso sextavado Fenda: Phillips anticorrosivo Tamanho: 32mm Cor: Cinza (esmalte sintético)

Parede externa tinta Suvinil fosco completo acrílica Cor: Branco

Laje técnica

Forro tinta Suvinil fosca pva Cor: Branco

Parede externa tinta Suvinil fosco completo acrílica Cor: Branco Forro tinta Suvinil fosca pva Cor: Branco

Estrutura metálica de aço pré-moldado anticorrosivo Tamanho: 0,15x0,15cm Cor: Cinza (esmalte sintético) Parafuso auto brocante flangeado ZB anticorrosivo Tamanho: 4,2mmx13mm Cor: Cinza (esmalte sintético)

Janela vidro temperado Tamanho: 3mm Cor: Azul

Janela vidro temperado Tamanho: 3mm Cor: Azul 2,98

3,66

Perfil de alumínio aliança Tamanho: 6mm Cor: cinza

Perfil de alumínio aliança Tamanho: 6mm Cor: cinza

Vidro temperado Tamanho: 6mm Cor: Azul

Vidro temperado Tamanho: 6mm Cor: Azul

Brise de chapa metálica de alumínio Tamanho: 0,4x0,4x0,05cm Cor: preto fosco

Cafeteria +3,83

Cafeteria +3,83

Brise de chapa metálica de alumínio Tamanho: 0,4x0,4x0,05cm Cor: preto fosco

Piso porcelanato portobello Tamanho: 0,70x0,70 Cor: Marmore crema

Gesso acartonado (drywall) Lafarge Standard Tamanho: 1,20mx2,40mx9mm Forrovid: 25mm Lambri de madeira BrasGroup 5001 Tamanho: 2,00mx2,70mx9mm Cor: nogueira Chapa leve de lã de madeira Eucaplac Tamanho: 2,44mx1,85mx2,5mm Cor: Maple ônix

2,98

4,51

Gesso acartonado (drywall) Lafarge Standard Tamanho: 1,20mx2,40mx9mm Forrovid: 25mm Cabo de aço galvanizado Cor: chumbo Chapa leve de lã de madeira Eucaplac Tamanho: 2,44mx1,85mx2,5mm Cor: Maple ônix Lambri de madeira BrasGroup 5001 Tamanho: 2,00mx2,70mx9mm Cor: nogueira

Piso porcelanato portobello Tamanho: 0,70x0,70 Cor: Marmore crema

Lambri de madeira BrasGroup 5001 Tamanho: 2,44mx1,85x9mm Cor: nogueira

Lambri de madeira BrasGroup 5001 Tamanho: 2,44mx1,85x9mm Cor: nogueira

Projeção 0,0

Auditório -0,68

Carpete fademac evolution Tamanho: 7mm Cor: grafite

Poltrona estofada de teatro Cor: bege Carpete fademac evolution Tamanho: 7mm Cor: grafite Madeira sonique wood Cor: venezuela

-0,85

Madeira sonique wood Cor: venezuela

Laje protendida 17mm

L.N.T.

Manta asfáltica Poliéster Viapol 3mm Rolo de 10m² Largura:100cm

3,63

Pilar de concreto armado

3,63

4,48

Laje protendida 17mm

Parede interna tinta Suvinil fosco completo Cor: Branco Piso de concreto cimento queimado Cor: cinza

Estacionamento -4,48

Estacionamento -4,48

Detalhe 1

Detalhe 2

Corte B - detalhamento 1 e 2 0

1

2

4

49


Esquema da estrutura do vidro

Elevador Schindler 5500 MRL (sem casa de máquinas) contrapeso lateral Capacidade: 600 - 2.500 kg / 8 a 33 passageiros Percurso: até 150m Velocidade: até 3.0 m/s

Estrutura metálica Ferro anticorrosivo cor preta

Vidro duplo Low-E 3mm de espessura Cor fumê

Hsk HkC HT

Perfil de fixação

Borracha neoprene 6mm

HQ

Esquema da estrutura do vidro 2

Vidro duplo Low-E

HSG

HT

3mm de espessura Cor fumê

Borracha neoprene 6mm

HSK - Altura da última parada HKC - Altura livre da cabine HQ - Percurso HT - Altura da porta HSG - Profundidade do poço

Laje Concreto Pré-moldado

Exposição +3,83

-0,20

Exposição 0,0 L.N.T.

Estacionamento -4,48

Corte F 50

0 1

2

4


Paisagismo Corrimão de Alumínio Anticorrosivo Cor Preta Árvore Folha de Serra Pré-existente (Médio Porte) Árvore Pré-existente Médio Porte

Piso Cimentício Permeável Imitação de Madeira

Vegetação Rasteira Concreto Permeável

Mobiliário (Banco) Madeira Jatobá e Concreto Árvore Pré-existente Médio Porte Vegetação em Vaso

Arbustos Pequeno Porte

Espelho D’Água

Árvore Barú Médio Porte

Concreto Permeável Arbustos Pequeno Porte

Paisagismo 0

2

4

8

51




Referências http://www.jornalcontexto.net/teatromunicipal-o-palco-de-uma-conquista http://www.jornalcontexto.net/patrimoni o-historico-de-anapolis-sobrevive-aotempo http://www.jornalcontexto.net/admin/i mages/22178300_1296815842.pdf http://www.uel.br/pos/letra s/terraroxa/g_pdf/vol12/TRvol12f.pdf CHAGAS, M. A. Preexistência, patrimônio e projeto. Salvador: FAUFBA, 2007.[on l i n e ] . D i s p o n í v e l e m : <https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri /11749/1/Tese%20Maur%c3%adcio%20d e%20Almeida%20Chagas.pdf>. Acesso em: 22 out. 2016. CHAGAS, M. A.; ABREU, R. (Org.). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. 2 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2003. [on l i n e ] . D i s p o n í v e l e m : http://server2.docfoc.com/uploads/Z2015/ 11/16/BUYauHLQG6/2d0fd9b847eefc6b8f7 44d499e593784.pdf>. Acesso em: 25 out. 2016. CHIAROTTI, Tiziano Mamede et al. Museu histórico: breve contextualização e função social. Caderno de Pesquisas – Museu Histórico de Anápolis “Alderico Borges de Carvalho”, Anápolis, nº 1, 2009. CHIAROTTI, Miriam Vanessa de Moraes et al. Museu histórico: breve contextualização e função social. Caderno de Pesquisas – Museu Histórico de Anápolis “Alderico Borges de Carvalho”, Anápolis, nº 2, 2010. CHIAROTTI, Tiziano Mamede et al. Museu histórico: breve contextualização e função social. Caderno de Pesquisas – Museu Histórico de Anápolis “Alderico Borges de Carvalho”, Anápolis, nº 3, 2011. CONGRESSO INTERNACIONAL ESPAÇOS PÚBLICOS, 1, 2015, Porto Alegre. Anais eletrônicos... Porto Alegre: PUCRS, 2015. D i s p o n í v e l em:<http://www.pucrs.br/eventos/espa cospublicos/downloads/031_A.pdf>. Acesso em: 17 out. 2016 DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto. 1997. 240p. DEBORD, Guy. Teoria da deriva. Internacional Situacionista. França, n. 2, 54

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55


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