Escola na Cidade | Jonh Allen Costa Silva | UniEVANGÉLICA

Page 1

62

Educacional

Escola na Cidade:

O novo centro de Arquitetura


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2019-1 Expediente

Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, M. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq. Detalhamento de Maquete Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráfica Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Anderson Ferreira de Sousa M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754


Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráfico como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a fim de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto final.

A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráfica e Detalhamento de Maquete. Por fim e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados.

Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiate Brandão, M. arq.



ESCOLA NA CIDADE: O NOVO CENTRO DE ARQUITETURA

A escola de Arquitetura e Urbanismo vem com o tempo ganhando uma demanda muito maior do que imaginamos, as formas de ensino evoluíram, metodologias foram desenvolvidas para que o ensino acabe sendo, didático, pratico, teórico e profissional, e em meio a toda essa demanda há uma busca por um espaço configurado, com as necessidades hoje exigidas pelas metodologias e destinada ao curso, pensando na troca de conhecimento e que inspire o aluno a pensar no cotidiano. E nessa busca por um espaço totalmente diferente e com uma proposta voltada a uma sociedade, apresento um espaço reconfigurado, fora do campus e introduzido dentro de uma centralidade urbana, com uma ideia da escola ser cidade, a escola que se aprende vivendo a realidade.

John Allen Costa Silva Orientador: MAIRA TEIXEIRA PEREIRA johnallenarq@outlook..com




John Allen Costa Silva


LEGENDAS: [f.1] Fonte: chromeus , via chromeus Ediçao: Do Autor

A escola de arquitetura vem durante muitos anos se moldando em maneiras diferentes de ver e praticar o ensino da Arquitetura, e durante anos foram surgindo escolas de referência que mudaram toda a maneira de ver a arquitetura no mundo, cada escola produz e se molda em sua maneira conceitual de ensino, pela visão de arquitetura e a do profissional que procuram formar, tendo por base grandes estudiosos da pedagogia, arquitetos e escolas de alto desempenho em ensino. Muitas escolas de arquitetura no mundo não investem em espaços criativos que se adaptam, e possam ser integrados, facilitando uma comunicação maior entre aulas e vivencias, deixando o espaço adequado, para que ocorra uma troca de conhecimentos, uma vivência maior e mais clara entre cidade, escola e o meio urbano. Foi diante disso observando a realidade das escolas que tendem a não proporcionar espaços criativos que inspire o aluno a pensar o cotidiano da realidade, foi pensado como tema do trabalho a concepção de uma nova faculdade de arquitetura para o centro universitário UniEvangélica Anápolis que terá espaços criativos, dinâmicos, integrados sempre favorecendo a relação de aluno e a vivencia urbana, a escola de arquitetura será realizada em Anápolis, no centro da cidade na Rua Quatorze de Julho com a Av. Federal.

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

A Coroa que está inserida com as imagens tem significado de “Anti” de maneira bem literal: saindo do óbvio, ela foi retirada do Álbum da cantora Rihanna, lançado no ano de 2016, que trago para esse trabalho com a ideia do significado de sair do obvio produzido hoje.

05


LEGENDAS: [f.2] Sala de Aula UniEvangelica, turma de Arquitetura e Urbanismo. foto do Autor

O curso de arquitetura e urbanismo da UniEvangélica surgiu dando sua primeira aula inaugural em 2008, juntamente o PPC (Programa Pedagógico de curso) contendo uma nova proposta curricular voltada para a formação humanística e técnico-cientifica, pautada nos princípios da ética e da cidadania com uma visão global da realidade social, evidenciando a responsabilidade e compromisso institucional com a comunidade que está inserida, e para isso a instituição UniEvangélica investiu em infraestrutura, organização didático-pedagógico, biblioteca e definiu metas e ações de implementação do ensino, da pesquisa e da extensão. Foi observando o espaço que foram sendo vistas as necessidades como espaços lúdicos, integrados, dinâmicos, criativos, vivencia urbana e deficiências hoje presentes no campus, como a falta de espaços mencionados nas necessidades a cima e com a intensão de criar uma resposta adequada a essa realidade, foi necessário o entendimento do espaço do campus, e sair dele, ir contra a ideia de campus fechado e levar a proposta ao centro da cidade, criando um espaço mais fluido e interativo com o urbano dessa cidade. Com a intenção de criar uma solução arquitetônica que possa atender não apenas aos programas referentes a grade curricular do Centro Universitário UniEvangélica sede Anápolis, a uma proposta para uma nova escola de arquitetura e urbanismo, mas também correspondendo a realidade do campus universitário, com

John Allen Costa Silva


uma base no curso de arquitetura e suas necessidades, atendendo todos os estudantes da cidade de Anápolis e também os que saem de suas cidades para usufruir do ensino prestado na sede Anápolis, Escolano (1998: 26) define que a arquitetura escolar e definida pela sua composição que o torna único deixando mais sensível a aprendizagem motoro e sensorial. Existem no mundo hoje boas instituições, que são destinadas e feitas para o próprio curso, pensadas com a interação e comunicação que o curso exige dos alunos e de sua estrutura, proporcionando espaços internos, externos, organizados e adequados sendo eles lúdicos[1], convidativo, exploráveis e até dinâmicos e principalmente acessíveis a todos, estimulando assim o interesse e o prazer na busca do saber, trazendo ambientes adaptados, acolhedores e alegres no qual a qualidade favorece o desenvolvimento do potencial do aluno abrangendo as características físicas, psicológicas, sociais e intelectuais. Pretendendo promover espaços apropriados, com uma diversidade de atividades educativas, ao longo do dia que favorecerão os discentes, docentes, e a sociedade que manterá um vínculo com a escola, preservando uma arquitetura sensorial, participativa e integrada, unindo cidade e arquitetura, e consequentemente os espaços da escola estão constante processo de aprendizagem, configurando um novo cenário educacional, onde várias situações de aprendizagem são possíveis com a ajuda de novas Metodologias Ativas – (MA’S) E Metodologias Inovadoras (MI’S).

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

LEGENDAS: [1] Lúdico é um adjetivo masculino com origem no latim ludos que remete para jogos e divertimento. O conceito de atividades lúdicas está relacionado com o ludismo, ou seja, atividade relacionadas com jogos e com o ato de brincar. Os conteúdos lúdicos são muito importantes na aprendizagem. Isto porque é muito importante incutir nas crianças, jovens e adultos a noção que aprender pode ser divertido. As iniciativas lúdicas nas escolas potenciam a criatividade, e contribuem para o desenvolvimento intelectual dos alunos.


Bauhaus Alemanha - Berlim Walter Gropius - (1919) foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura, o método de ensino deveriam estar relacionados às suas propostas de mudanças nas artes e no design, a maior intenção era unir artes, produção, artesanato e tecnologia.

Crown Hall Beaux-ARTS Paris - França (XVIII e XIX) Paris, que combinava influências gregas e romanas com ideias renascentistas. O ensino da arquitetura dava-se no ensino de uma técnica e da necessidade do projeto ou desenho, buscando como modelo exemplar de

Ludwing Mies Van Der Rohe Chicago, Illinois, EUA - (1956) Com uma abordagem ao ensino básico da arquitetura, que deveriam ensinar primeiro o desenho para depois ganhar conhecimento profundo da natureza e utilização do material, para finalmente entender e dominar os princípios fundamentais da concepção e da construção.

referência e de superação o belo.

John Allen Costa Silva


UFMG

FAU-PORTO

(1930) Belo Horizonte MG Ela tem como objetivos gerar e difundir conhecimentos científicos, tecnológicos e culturais por meio do ensino. A influência modernista, talvez por sua natureza doutrinária, ainda é latente no ensino ministrado na instituição

Alvaro Siza Portugal - Porto (1985 e 1996) O curso combina uma formação teórico-crítica com a prática de um ensino da arquitetura fortemente apoiado no desenho e que inclui ainda vertentes como a reabilitação e o projeto urbano.

Fau-USP Joao Villa Nova Artigas Carlos Cascaldi Sao Paulo Sao Paulo (1969) Com uma concepção de ensino de arquitetura defendida por Artigas, a escola é concebida como um grande laboratório de ensaios, que articula arte, técnicas industriais e atividades artesanais, em um espírito de formação ampla para um profissional completo, de acordo com a filosofia da Bauhaus.

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

UniEvangelica Anapolis - Goias (2008) Uma formação teórico-crítica com a prática de um ensino fortemente apoiado no desenho e na maquete tridimensional, com relação à concepção, organização e construção do espaço exterior e interior, abrangendo a edificação, o urbanismo e o paisagismo nos conceitos da sustentabilidade


10

John Allen Costa Silva


LEGENDAS:

O curso que é desenvolvido na UniEvangélica tem como base e referência em grandes escolas de Arquitetura e Urbanismo como na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Porto em Portugal, se pararmos para perceber, vemos que muitas das ideias que são desenvolvidas hoje em dia no curso da UniEvangélica, já vem de um repertório mais antigo e embasado em teorias de escolas famosas pelo mundo. Uma boa evolução no ensino, de sempre procurar desenvolver melhores técnicas de aperfeiçoamento, se aproximando ao máximo de uma realidade, do tempo que é desenvolvida acabou deixando um legado importante, na maneira de ver o ensino de arquitetura e do urbanismo, e é válida até os dias de hoje como uma base fundamental, o fato de tentar ter um embasamento teórico de ensino de arquitetura, vai muito além do que apenas fazer um tipo de arquitetura de qualidade, que funcione no espaço a ser utilizado. Falando em métodos de ensino vale a pena salientar uma base de estudos desde a Belas Artes de Paris, até um ensino fundamentado hoje em dia na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Porto, por exemplo, que são dois métodos que associam o desenho ao teórico-critica, que vem desde a Beaux-Arts com a ideia do desenho ser importante na fundamentação do curso, FAU-USP associa a metodologia do curso a filosofia da Bauhaus. A UniEvangélica é um curso com referência nas Belas Artes que traz o desenho com a fundamentação de entender a representação arquitetônica, através do desenho artístico e croqui, conseguimos notar um pouco do resquício da Bauhaus de ensinar as técnicas construtivas em seus laboratórios que nos ensinam formas de produção rápida, e de qualidade, bases do teórico-critico, e o trabalho em maquetes tridimensionais, que e usado para entender a relação de escala entre arquitetura,

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

cidade e volumetria, e é um dos mais funcionais de entendimento, considerada um instrumento de criação fundamental para estimular a criatividade e para a concepção de projetos, e uma extensão do desenho técnico que nos permite ter noção de escala, volumetria e estética. Pontos marcantes estudados sobre o ensino de arquitetura acima, surgem como uma das fundamentações teóricas, de que o ensino surge sempre tendo outro como base para o desenvolvimento de uma nova visão, que cada escola tem sobre o ensino de arquitetura e do tipo de profissional que procuram formar. A escola da UniEvangélica sede Anápolis tem uma estrutura não focada e destinada ao curso, são espaços feitos e destinados a qualquer curso que se mantenha em um estilo tradicionalista. Os espaços existentes são separados, sem integração e uma harmonia entre um todo, como o único ateliê longitudinal de projeto que fica distante das outras salas destinadas ao curso. Considerando as visitas ao local em estudo, realizadas durante o período do presente trabalho e a experiencia e vivencias pessoais no período de graduação que antecede a esta data de 2014.2 até o presente semestre de 2019.1, pode-se perceber que o edifício que abriga o curso contem, salas de aula tradicionais, salas de professores e um ateliê longitudinal separado do resto do curso sem integração com os demais. Esses espaços atendem as atividades de graduação em arquitetura, mas o mesmo edifício atende outros cursos, como: Engenharia Civil, Psicologia, Medicina e Engenharia Mecânica funcionando em tempo integral, além dessas atividades acadêmicas tradicionais previsto pelo programa do edifício atual, não ocorrem atividades "não oficiais" por falta dos espaços de convívio, laser e estar, dificultando as

[f.3] Atelie de Projeto Urbano, produçao de um projeto urbano para a Praça do Trabalhador em Goiania Data: 18/05/2018 Fonte: Do Autor


reuniões entre alunos não só do curso, mas também de outros cursos, que vão ao edifício para se reunir com os amigos, as vezes impedindo a locomoção entre os pavimentos do espaço atual, sendo utilizado escadas, rampas e corredores, como mobiliário. Nas áreas externas desse espaço, mesmo ocorrendo atividades de lazer dos alunos e convivência, observasse principalmente a falta de uma implementação de um mobiliário (como nas áreas internas) para uso dos alunos, como também nos espaço de lazer estar e descanso em raros momentos há uma implantação de estandes expositivos abertos a comunidade local e para alunos! Com o fim de ir além das observações do autor, buscou-se conhecer a opinião dos demais usuários, através de diálogos, que através do mesmo, os resultados obtidos sempre considerando o universo do campus, os entrevistados relacionados ou não ao curso de Arquitetura e Urbanismo, os usuários elegem como prioridade para melhorias e implementações: Áreas de convivência adequada, Áreas de estudo, Lanchonete/café, áreas de descanso, serviços especializados, sala especifica para ateliê. Os usuários tem disponibilidade de 1 laboratório de maquete, que não comporta todos os usuários necessários durante o dia, além de salas especificas para aulas de ateliê de projeto. Em meio a conversa houve comentários com uma maior observação em relação com a infraestrutura atual destinada apenas ao curso de Arquitetura e Urbanismo, como as seguintes: A realidade de ter uma sala de Ateliê para os alunos sempre disponível, inclusive no contra turno das aulas, seria um sonho e uma opção maravilhosa, não estamos no sistema Europeu de 24 horas disponível aos alunos, mas se fosse possível ter a opção de pelo menos no contra turno, seria um ganho para as matérias de criação além de ter toda uma relação de convivência com outros alunos, e seria um ganho até numa troca de experiencias, por exemplo se tivéssemos 5 ateliês, 2 turmas por ateliês, já seria ótimo mesmo que os primeiros períodos são matérias que dão base para as aulas de projeto futuros. (Alice Leite, Aluna de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 10º Período) Então, vejo que ainda falta atenção do instituto, não tendo o mesmo empenho de investimento em comparação aos outros blocos. Creio que seja porque nosso bloco

seja um dos mais recentes. Porém, ainda poderia não ser tão escasso, afinal nos sentamos nos degraus da escadaria por falta de assentos! Existe um espaço de circulação ampla e contínua, disponibilizando um tamanho ideal para a colocação de bancos e mesas. Uma solução interessante seria até mesmo promover oficinas para alunos dos cursos de Arquitetura e Design desenvolverem móveis, usando materiais peculiares como pallets e estofados, pneus e entre outros, daí a instituição não gastaria tanto e ainda promoveria mais uma ramificação de educação na prática (outra coisa que também poderia melhorar, inclusive). (Priscilla Matias, Aluna de Graduação em Arquitetura e Urbanismo, 10º Período) Através de todo entendimento ouvido, as conclusões gerais dos usuários em relação ao edifício, é que existe um desejo geral por melhorias da infraestrutura de todo espaço utilizado pelo curso de arquitetura Através das análises apresentadas acima, compreende-se que existe um programa de necessidade e usos considerados prioridades no campo de estudo, o edifício não pode ser focado apenas para o curso de Arquitetura e Urbanismo, dando apenas um uso a ele e restringindo o uso de terceiros, o projeto tem que ser o máximo integrado, dando uma dinâmica do espaço em comum, que é importante aos usuários e deve ser apropriada aos usos de descansos e estar. Com uma junção de programas sobre o ensino de arquitetura e todo seu contexto, não antes imaginados harmônicos e passiveis de serem agrupados, e valido uma aplicação dos preceitos que focam em uma junção de programas, não apenas focados no educacional, mas que também fazer acontecer uma associação de interação de convivência, exibição, discussão, ensino, alimentação, como um novo protagonista do espaço Por fim as observações acima, considerando o apanhado de informações, o espaço possui características devido ao caráter natural do curso, relação com o hibridismo, simultaneidade, flexibilidade de usos e variedade de programas, impulsiona a uma resposta natural que reside na arquitetura hibrida, que é um tipo de edifício de uso misto, e são naturalmente mais dinâmicos e integrados em suas atividades que são empregadas no programa, ocupando-se da simultaneidade de atividades em uma junção harmoniosa de usos diametralmente opostos.

John Allen Costa Silva


LEGENDAS: [f.4] Imagem externa do edifício, onde mostra a falta de mobiliário adequado, e os alunos utilizando, murro de arrimo, como assentos. Imagem Interna do Data: 30/04/2019 Fonte: Do Autor [f.5] Circulação do edificio, onde e utilizado a escada como um mobiliário, pela falta do mesmo Data: 10/05/2019 Fonte: Do Autor

[f.4]

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

[f.5]

13


Proposta

LEGENDAS: [f.6] Paulo Freire Edição: Do Autor Fonte: semioticas1.blogspot.com/2012/07/crianca-e-design.html

E foi pensando nos questionamentos levantados acima, que se deu a nova proposta para a escola de Arquitetura e Urbanismo, que foi levada em consideração a dinâmica institucional e o método pedagógico, sendo assim surge uma escola, integrada, social, inclusiva, deixando sempre a comunidade fazer parte de si, onde os alunos aprendem na vivencia e na troca de conhecimento com o meio em que está inserido. A escola leva fundamentos e inspiração no método Paulo Freire, que é uma educação preocupada com os problemas de nosso tempo e com o desenvolvimento da consciência crítica. Seu método, desenvolvido na década de 1960 como estratégia para a alfabetização de adultos e popularmente conhecido como “Método Paulo Freire”, possui fundamentação humanista ao vislumbrar na educação um ato criador, a medida em que proporciona ao indivíduo autonomia, consciência crítica e capacidade de decisão. A ideia de uma troca de conhecimentos com o meio em que se esta inserido e valida em todos os tempos, e surge a partir da ideia de que a metodologia mencionada e um método de aprender e não propriamente de ensinar, portanto muito mais próxima a uma teoria do conhecimento do que uma metodologia de ensino propriamente dita, tendo tudo com uma base no respeito pelo educando e na conquista da autonomia, o aluno e desafiado a repensar a sua vida, enquanto aprende a decodificar o valor sonoro de cada silaba, que compõe a palavra. As salas de aula não vão ser projetadas mais como as tradicionais, mas sim como em fóruns de debates, chamado por Paulo freire de “Círculos de Cultura”, onde os alunos aprendem a ler o mundo e as letras e a escrever sua história e as palavras, o Círculo era a forma espacial de disposição de alunos e professor na sala de aula, pois a “roda” favorecia o diálogo, a interação entre todos, sendo assim para a proposta da escola de arquitetura, foi pensado em utilizar a mesa circular, para poder favorecer ainda mais o sentido da metodologia de Freire. “Objetivo promover a ampliação da visão de mundo do/a educando/a para melhor qualificar sua intervenção nele, o que, segundo Freire, é facilitado com a presença do diálogo. Não se baseia, como na “educação bancária”, no monólogo daquele que, achando-se saber mais, deposita o conhecimento - como algo quantificável, mensurável – naquele que supostamente sabe menos ou nada sabe. A atitude dialógica é, antes de tudo, uma atitude de amor, humildade e fé nos homens, no seu poder de fazer e de refazer, de criar e de recriar.”(FREIRE, 1987, p. 81). John Allen Costa Silva


Para o novo projeto, foi pensado em uma escola de arquitetura onde o aluno trabalhe com a realidade de Anápolis e vivencie mais do que é ser urbano, do que é estar na cidade, quais são os problemas que a cidade vem enfrentando, sendo assim é importante entender o local onde essa escola, será implantada.

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura


UMA CIDADE, UM TERRENO, COM POTENCIAL

John Allen Costa Silva


Essa escola será locada no Centro de Anápolis onde o aluno terá a possibilidade de conhecer e vivenciar a cidade, sendo assim é importante entender a dinâmica da cidade e desse centro. 25 de Abril de 1870 surge o primeiro documento oficial sobre Anápolis, a estação ferroviária foi inaugurada em 1935 como ponta de linha do ramal de Anápolis. O núcleo urbano teve sua ocupação inicial no entorno da Igreja Sant’Ana, que se mantem no mesmo local e com o mesmo nome, ate os dias de hoje, e logo o seu crescimento seguiu rumo ao norte. A implantação da estrada de ferro, foi o fator determinante na formação do centro e instalação de depósitos, armazéns e indústrias na cidade. Com isso consolidou-se a posição de Anápolis como o principal entreposto comercial do estado de Goiás. (Polonial,1976, 41) Esse é um fato que merece a nossa atenção, visto que a presença destes depósitos e armazéns ainda marca a paisagem urbana de Anápolis, e isto não é diferente no centro de Anápolis que contém a permanência forte de distribuidoras, atacadistas, lojas, depósitos e galpões, e é nesse cenário que é construído os galpões dos irmãos Pina, já que toda a economia Anapolina, girava em torno da região central. Nos anos 20-40, período de maior dinamismo do grupo Pina, com diferentes atividades: armazéns, indústrias, lojas comerciais, instituições financeiras e uma atividade política bem articulada a nível municipal e estadual, além de suas firmas particulares, os Pina vão paulatinamente assumido a direção e a exploração de serviços básicos oferecidos à comunidade, nos anos 70, com a chegada do DAIA (Distrito AgroIndustrial de Anápolis) o espaço foi sendo modificado, resultando numa quantidade significativa do fim das indústrias localizadas as margens da ferrovia na região central. As possibilidades econômicas apresentadas pelo município de Anápolis fizeram com que esta parte da região de Goiás acabasse sendo um centro atrativo para a aplicação e investimentos de capitais, principalmente na área que tanto destacou Anápolis, voltada para a indústria de transformação, medicamentos, comércio atacadista, indústria automobilística e a educação.

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

LEGENDAS: [f.7] Obra de Arte: The Secret - Matteo Pugliese, com edição do Autor. Fonte: Pinterest Edição: Do Autor

[f.08]

[f.8] A velha Maria fumaça foi substituída pela locomotiva a diesel no final dos anos 50 Fonte: Acervo Iconográfico do Museu Histórico “Alderico Borges de Carvalho”. [f.9] A estação de Anápolis na inauguração em 1935 Fonte: Acervo Iconográfico do Museu Histórico “Alderico Borges de Carvalho”. [f.10] A estação de Anápolis na inauguração em 1935 Fonte: Acervo Iconográfico do Museu Histórico “Alderico Borges de Carvalho”.

[f.09] [f.10]

[f.11]

[f.11] GA estação de Anápolis, em 1930 Fonte: Acervo Iconográfico do Museu Histórico “Alderico Borges de Carvalho”.


AV. UNIVERSITARIA 0°

1

2

BR 153

AV. BRASIL NORTE

AV. FEDERAL

GO-330 BARAO DO RIO BRANCO

4 AV. MATO GROSSO

Av. Goiás

AV. BRASIL SUL

1000

3

4000

1- Faculdade metropolitana de Anapolis - 4,0KM do centro 2- Centro Universitario de Anapolis - UniEvangelica 4,4Km do centro 3- Universidade Estadual de Goias- Campus Henrique Santilo, 9,5 Km 4- Setor Central - Terreno Escolhido

John Allen Costa Silva


As Instituições mencionadas no mapa na página anterior, faz parte do cenário de ensino da cidade de Anápolis, mas não só elas, pois Anápolis tem uma grande opções de instituições de ensino superior, mas essas tem uma menção nesse trabalho por serem as instituições da cidade que hoje em dia tem em suas instituições o curso de Arquitetura e Urbanismo. Todas essas três instituições tem como filosofia, Formar arquitetos e urbanistas com capacidade de compreender e interpretar os desafios e os diversos problemas e necessidades da sociedade na contemporaneidade, que atuem na elaboração, coordenação e construção do espaço na escala da cidade e do edifício, levando-se em consideração a dimensão social da profissão, a valorização do patrimônio cultural edificado, a preservação do meio ambiente e a utilização equilibrada dos recursos naturais. Cada instituição de ensino recebe alunos de diferentes regiões como por exemplo a UNIEVANGELICA (Mencionado na legenda lateral “2”) Localizada na Av. Brasil Norte e na Av. Universitária, tem uma parcela bem grande de pessoas do estado de Goiás, e também de estrangeiros pelos seus benéficos programas de intercâmbio que possibilita uma imersão em outra realidade do seu curso, mas também recebe pessoas que fora do estado de Goiás. A FAMA (Faculdade Metropolitana de Anápolis) localizada na Av. Fernando Costa (Mencionado na legenda lateral “1”), tem uma grande parcela de Anápolinos, porem recebe mais alunos de fora do Estado, e de dentro do estado. A UEG (Universidade Estadual de Goiás) Localizada as margens da BR-153, recebe alunos de todo o estado de Goiás, e sempre há uma procura pela universidade por ser pública. A escolha do terreno foi feita a

[f.13]

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

partir de um questionamento: Por que as escolas de arquitetura da cidade de Anápolis ficam tão afastada do centro da cidade que é o lugar, onde convergem ações coordenadas, o Instituto, que é responsável por promover estudos e pesquisas, a região que concentra os pontos ou ruas mais movimentadas da população Anapolina, áreas em que há uma maior atividade comercial ou burocrática, lugar onde as pessoas se reúnem para qualquer finalidade, distribuição viária urbana da cidade, alguns de nossos centros de cultura e lazer, como Museu Histórico Alderico Borges de Carvalho, Galeria de Artes Antônio Sibasolly, Biblioteca Municipal Zeca Batista e Museu De Artes Plásticas De Anápolis, Praças e até as Vilas Culturais, e as escolas de arquitetura ficando fora desse meio, já existente acaba segregando esses pontos de estruturação urbana da cidade, que das muitas das vezes estudamos sem nem ao menos conhecer as suas complexidades tanto de usos quanto de movimentação urbana. As escolas têm uma tendência de não mudar enquanto puderem permanecer como estão, essas escolas são feitas em um padrão que é mais fácil de ser feito, com uma intenção de ser para qualquer uso ou qualquer ensino. A necessidade de mudança gera a necessidade de sair da zona de conforto e de desapego e é aí, que devemos buscar uma opção melhor, aí vem a necessidade de mudança. Nessa mudança eu procuro buscar conhecimento para fazer uma escola diferente onde os espaços sejam apropriados para o seu uso, e que elas façam uma integração ao centro de Anápolis, sem deixar espaços esquecidos e abandonados, sem uso, como aconteceu depois dos anos 70, quando foi sendo esquecido o espaço, e perdendo vida no uso, como é hoje no local de implantação do edifício.

[f.14]

LEGENDAS: [f.12] Mapa de localização do centro da cidade e das faculdades de Arquitetura existente em Anápolis Imagem do Autor [f.13] Rua. Quatoze de Julho com AV. Federal vista frontal do terreno escolhido para o projeto. Fonte: Do Autor [f.14] Estação Ferroviária “Prefeito José Fernandes Valente. Fonte: Do Autor


LEGENDAS: [f.15] Mapa de Zoneamento com contorno real das edificação e insolação Fonte: Do Autor [f.16] Mapa de expansão de Anápolis Fonte: Do Autor

Terreno Escolhido

1008 1007

Ventos Leste

ral

de

. Fe Av

Inacio

Ventos Norte

1010 1009

Rua. General Joaquim

1011

Rua. 14 de Julho

Rua Quintino

1012

vida novamente a área. O entorno e formado por uma parcela do centro da cidade de Anápolis, onde se encontram as atividades de prestações de serviços e comerciais, e durante a expansão da cidade de Anápolis essas atividades começaram a surgir em torno dos galpões e do posto de parada da linha férrea, e essas atividades começaram a girar em torno de um único centro, e esse local acabou-se tornando mais forte, denso e consolidado, mas em volta ao terreno escolhido o uso e comercial com uma concentração forte e bem marcada pelos atacadistas e camelos e galpões, que são edificações, sem nenhum elemento estético, e ouve uma densidade muito forte de construções. O antigo pátio de manobras da estação ferroviária foi implantado o terminal rodoviário de Anápolis que acaba sendo um ponto de referencia na cidade, por se concentrar no meio do centro, ligando a todas as atividades que se precisa, e a todos os bairros ao redor.

Ocupação Existente

Bocaiuva

1013

Chegamos a um local que foi de grande importância para a cidade de Anápolis, que são os galpões pina que fazia parte do trecho importante da rota ferroviária, eles serviam como uma fonte de armazenamento de grãos de cultivo da família Pina. O terreno escolhido em vermelho como mostra o mapa, está localizado entre as ruas Quatorze de Julho e Av. Federal que fica em paralelo ao Mercado Municipal Carlos de Pina. Com essa nova proposta de salvar uma memória anapolina, usando o terreno dos galpões existentes na Rua Quatorze de Julho em frente ao mercado municipal, levando uma escola de arquitetura para o setor central de Anápolis, para um meio consolidado e com um referencial arquitetônico em Art déco, modernista e colonial como: Algumas casas, Cine Teatro Imperial hoje em dia Chão Cerrado, Galeria de Artes Antonio Sibasolly, Biblioteca Municipal Zeca Batista, Cine Bruto hoje em dia Shopping Santana, entre outros, pretendendo dar

Rua. Rui Barbosa

1010 [f.15]

1879 1907 1935 1945 1967 1975 [f.16] John Allen Costa Silva


De acordo com o mapa de uso do solo o bairro caracteriza se por ser predominantemente comercial, porém ele conta com escolas de ensino fundamental e médio, armazéns, grandes redes de Supermercados e uma vasta gama de clínicas e hospitais. Temos algumas residências mais localizadas ao Oeste que são atendidas pelo comércio e prestação de serviços básicos , mas a paisagem do entorno é marcada na sua maioria por edificações comerciais de gabarito máximo de dois pavimentos, uma coisa que acaba marcando muito esse espaço é que quando o movimento das lojas e atacadistas acabam em torno de 18h - 19:30h, ocorre uma ausência de pessoas, iluminação e segurança pública, que acaba resultando em uma falta de segurança, pela falta de atrativos noturnos, que deveria ser inserido. No gabarito a predominância de edificações de máximo dois pavimentos, trata-se de uma área completamente ocupada, com poucos lotes vazios, que tem usos de estacionamento, mas com um adensamento de médio a alto, apesar da maioria das construções serem totalmente fechadas sem recuos uma grande parte dos lotes possui mais de uma edificação, de uso comercial, os vazios existentes dentro

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

das quadras, são de entrada de cargas e descargas que abastecem os galpões porem hoje em dia não são mais usuais, pois os galpões internos de abastecimento perderam seus usos. Topografia: O terreno possui um declive baixo, de 2 metros, facilitando uma implantação do edifício projetado. Vegetação: existentes estão espalhadas em algumas quadras e nem em todas existe a vegetação que causam sombra para o pedestre. As maiores partes de arvores existentes estão localizadas nas Praças Americano do Brasil conhecida como Praça do Avião, e na Praça Bom Jesus. Essa falta de arvores causa muita incidência solar, causando desconforto Acessos: Os acessos ao terreno podem ser feitos pelo do terminal Urbano de Anápolis, que alimenta toda a cidade com sua gama de Ônibus. Insolação: A insolação que incide diretamente na fachada oeste, é sempre a tarde, depois do meio dia, merece um atenção melhor porque é sempre essa fachada a que mais recebe uma carga de insolação, a fachada Norte também merece destaque sendo que corresponde ao maior tempo de incidência solar no edifício, já nas fachadas leste e Sul na parte da manhã, e a que menos recebe carga solar.

[f.17]

Residencial Hospitais Serviço uso misto Institucional Terreno Vazio LEGENDAS: [f.17] Mapa de uso do solo. Fonte: Do Autor


LEGENDAS: [f.18] Rua. Quatoze de Julho com AV. Federal Vista lateral do terreno escolhido Fonte: Do Autor [f.19] Rua. Quatoze de Julho com AV. Federal, Galpoes de Pina Fonte: Do Autor [f.20] Rua. Quatoze de Julho, vista frontal terreno Fonte: Do Autor

[f.19]

[f.18]

[f.21] AV. fEDERAL fachada Norte do terreno escolhido Fonte: Do Autor [f.22] Praça Bom Jesus Localizado entre as ruas, R. Gen. Joaquim Inácio e R. Eng. Portela Fonte: Do Autor [f.23] Praça Americano do Brasil, Localizado entre R. Tonico de Pina e R.7 de Setembro no Setor Central Fonte: Do Autor [f.24] Galeria de Artes Antônio Sibasolly Localizado dentro da Praça Bom Jesus entre as ruas, R. Gen. Joaquim Inácio e R. Eng. Portela Fonte: Do Autor

[f.20]

[f.21]

[f.23]

[f.22]

178

John Allen Costa Silva [f.24]

[f.24]


179

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

179


ESCOLA NA CIDADE: O NOVO CENTRO De ARQUITETURA

John Allen Costa Silva


LEGENDAS:

Primeiro foi traçado, uma malha (vermelho) com o tamanho da pré-existência.

A malha traçada acima (vermelho), foi dividida ao meio, resultando uma nova malha com tamanho menor (amarelo).

Em seguida foi traçado, uma linha de força adentrando o lote escolhido que vem da Av. Federal e do beco ao lado do mercado municipal, sendo o condicionante principal para a criação dos espaços.

A distribuição dos edifícios foi dada, a partir de criação de mais espaços de circulação, permitindo a criação de ateliês longitudinais e abrindo largos, reforçando ainda mais o conceito de escola ser cidade.

Assim que distribuído o pavimento térreo, foi dado o segundo pavimento, permitindo a ligação entre dois edifícios.

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

[f.25] Fonte: Pinterest Edição: Do Autor




Perfil dos usuários

Egresso Os Alunos que já cursam Arquitetura e Urbanismo

Ingresso 60 Vagas por semestre destinadas aos novos alunos, que passarão pelo processo seletivo da instituição UniEvangélica para o Curso de Arquitetura e Urbanismo

População

O curso de Arquitetura e Urbanismo terá um vínculo direto com a população, oferecendo serviços que ligam diretamente ao curso, como escritório modelo e oficina de marcenaria.

10%

[f.26]

Adminis tra çã o

[f.26] Grafico de perfil dos usuários Fonte: Do Autor

Programa de necessidades

LAZ ER

[f.27] Grafico programa de necessidades Fonte: Do Autor

NA ACIO UC ED

LEGENDAS:

60%

20%

O BLIC PÚ

[f.27]

10% John Allen Costa Silva


Lazer - Público Lanchonete Circulação

1º Pavimento

Educacional Público Lazer Auditório Administração

Térreo

[f.28]

LEGENDAS: [f.28] Diagrama de fluxo e setorização Fonte: Do Autor

Subsolo

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura


C

John Allen JohnCosta Allen Silva Costa Silva


C LEGENDAS: [f.32]

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura


C

John Allen Costa Silva


N

Vista 2 - Fachada Leste

N

1 N

N

6 4

8

2

N N

N

Vista 2

3 5

7

3 1º Pavimento Salas

3

9

18 Vista 1

Legenda: 1- Sala de Aula Teórica 2- Hall de acesso-Escada-2 Pavimento com espaço de estudos 3- Laboratório do concreto 4- Ateliê longitudinal Multidisciplinar 5- Ateliê Aberto Multidisciplinar 6- Sala Expositiva 7- Sala Expositiva 8- Rampa de acesso pavimento superior

Vista 1 - Fachada Sul


Vista 3 - Fachada Norte

Vi st a

Vista 4 - Fachada Leste

Vista 4

3

N

N

N

7

8 Vista 5 - Fachada Sul

N

44

55 N

66

2

3

18 9

N

N

Vista 5

N

1º Pavimento Lanchonete ESC: Vista 7

N

1

N

N

3 2

Legenda:

N

9

18

N

a

6

1º Pavimento Serviços a comunidade ESC:

Vi st

1- Escritório modelo 2- Oficina de Marcenaria 3- Serviços de Impressão 4- WC P.N.E 5- WC Feminino 6- WC Masculino 7- Espaço Lanchonete 8- Espaço Quiosque 9 - Rampa de acesso

3

Vista 6 - Fachada Leste N N

N

Vista 7 - Fachada Leste


Legenda: 1- Espaço Quiosque 2- Espaço Lanchonete 3 - Rampa de acesso ao 1º pavimento Lanchonete 3 - WC P.N.E 5 - WC Feminino 6 - WC Masculino 7 - Hall de Ligação 8 - espaço de convivência e ligação entre os átrios 9 - Auditório Capacidade 320 pessoas 10 - Hall de Acesso ao 1º Pavimento 11 - Rampa de Acesso 12 - Sala Teórica

N

N

2º Pavimento Salas e Lanchonete ESC: 3

1

2 6

5

18

9

3

4

12

12 7

8

11

10

9

12

12

35


Legenda: 1- Pátio 2- Recepção 3- Banheiros ao público 4- Salas ADM 5 - Sala de Arquivos 6 - Sala ADM 7 - Administrativo 8 - Sala de Reunião 9 - Salas ADM 10 - Sala dos Professores 11 - Salas ADM 12 - WC FEM. MASC.

N

N

N

N

1 N

N

Vista 8

3

Vista 7

2

N N

N

4

4

9

7

6

8 9

4

10

11

5

9

12

9 1º Pavimento Administração ESC: 3 9

2º Pavimento Administração ESC: 3 9

Vista 7-8 - Fachada Leste


7

3 Vista 9

1

5

2 4

6 N

2º Pavimento Salas ESC: 3

N

N

18 9

Legenda: 1 - Sala Multifuncional 2 - Informática Aplicada a Arquitetura 3 - Corredor Ligação 4 - Sala Teórica 5 - Sala Teórica 6 - Sacada contemplação 7 - Rampa de acesso N

N

N N

N

Vista 9 - Fachada Leste


4 4 6

2

3 5

7 1 Legenda: 1 - Sala Suporte 2 - Área de estudos 3 - Estar/Descanso e Diretório Acadêmico 4 -Levador de Acesso (estacionamento Praça - Estacionamento) 5 - Rampa de Acesso 6 - Ateliê de Maquete 7 - Ateliê Aberto 8 - Ateliê 9 - Sala de apoio e suporte

8

N

N

9

N

1º Pavimento térreo - Salas ESC:

9

3

9

18

N

N

N N

N

Corte A-A


Legenda: Estacionamento composto por: 235 Vagas, sendo 48 P.N.E. 1 - AteliĂŞ Aberto 2 - Rampa de acesso 3 - Escada de acesso 4 - Banheiros 5 - Deposito materiais

6

6 3

2 3

5

1 4

3 4

3

6

6

4

4

5

3

1Âş Pavimento Subsolo ESC: 3 9

1

18

3

3 2 1

3

2

39 Corte B-B


Planta de Coberturas ESC:

196


+Painéis de aço cortén

+Pré-moldados de concreto

+Madeira de reflorestamento +Cedro

+Grama São Carlos +Axonopus compressus +Folhas largas, lisas e s em pelos +Se adapta em áreas de tráfego intenso +Farinha seca +Albizia niopoides

+Dossel de Oitis +Licania tomentosa

+Cássia +Cassia spectabilis


Detalhe 01

Detalhamento Técnico Platibanda com rufo e pingadeira metalica Meia-Cana (r=5cm) Enchimento com vermiculita e=10cm Laje em concreto armado e=40cm Viga: Metálica perfil I, 0.40X0.15

2º Pavimento Parede em alvenaria convencional

Caimento 2% em direção a calha

Laje e=40cm Viga 2º Pavimento Vidro 4mm Transparente

Enchimento com Vermiculita e=10cm

2º Pavimento Parede em alvenaria convencional

Parafuso Parabolt com processo de soldagem com uma argola de parafuso lhal para fazer engate na laje

Pingadeira e rufo metálico Alvenaria Reboco e=2cm

Cabo de Aço engatado 3/16"

Tabica 10cm Fita de LED 12 Volts Gesso acartonado

Meia-Cana

Camada de regularização e=4cm Manta Impermeabilizante e=4mm h=30cm

Camada de regularização e=4cm

Caixa de vedação em madeira Fita de LED 220W

Manta Impermeabilizante e=4mm Laje e=40cm

Vidro Laminado 6mm Transparente Enchimento com Vermiculita e=10cm

Rampa em Concreto i: 20%

Viga: Metálica perfil I, 0.40X0.15 Laje em concreto armado e=40cm

Pingadeira e rufo metálico Alvenaria Impermeabilizante (Ver Detalhe 01) Calha

Luminária em fechamento acrílico branco leitoso Piso em Concreto Queimado com junta de dilatação de 1cm, feito in loco

Viga

Detalhe 1 Terra Preta Seixos Rolados n1 Proteção mecânica (2cm) Manta ANTI-RAIZ

Laje de concreto (40cm) Concreto Queimado 1x1

Detalhe Caixa de arvores


PORTA MADEIRA. E= 10mm.

Parede

PAREDE

ESCOVA COM FELPAS

Porta Madeira E=10mm

Silicone de fixação

PERFIL DE VEDAÇÃO ALUMÍNIO ACAB: ANODIZADO COR: BRONZE PORTA MADEIRA. E= 10mm.

MÍNIO DO

PERFIL DE VEDAÇÃO ALUMÍNIO ACAB: ANODIZADO COR: BRONZE

Perfil de vedação alumínio Acab. Anodizado Cor: Bronze

ESCOVA COM FELPAS

PAREDE

SILICONE DE FIXAÇÃO

PORTA MADEIRA. E= 10mm.

BAGUETE DE FIXAÇÃO VIDRO COR: BRONZE

PORTA MADEIRA. E= 10mm.

PERFIL EM ALUMÍNIO ACAB. ANODIZADO COR: BRONZE

Perfil em alumínio Acab. Anodizado Escova com felpas Cor: Bronze

Parede

Detalhe porta

BAGUETE DE FIXAÇÃO VIDRO COR: BRONZE

Detalhe porta

ESCALA 1/4

ESCALA 1/4

PARAFUSO TUNDERBOLT

Parafuso Tunderbolt PARAFUSO TUNDERBOLT JOGO DE ROLDANA E PARAFUSO P/

FIXAÇÃO DA PORTA DE VIDRO Jogo de Roldanas e parafuso p/ fixação da porta de vidro PERFIL EM ALUMÍNIO.

ACAB. ANODIZADO JOGO DE ROLDANA E PARAFUSO P/ COR: BRONZE FIXAÇÃO DA PORTA DE VIDRO

FORRO DE GESSO

PERFIL EM ALUMÍNIO. Perfil em alumínio ACAB. ANODIZADO ESPAÇO PARA ACOMODAÇÃO DA MADEIRA Acab. Anodizado COR: BRONZE

Cor: Bronze

ESCOVA COM FELPAS PORTA EM MADEIRA

Forro de FORRO DEgesso GESSO

PORTA EM MADEIRA

ESPAÇO PARA ACOMODAÇÃO DA MADEIRA Espaço para acomodação da madeira ESCOVA COM FELPAS Escova com felpas

ESCOVA COM FELPAS PISO SALA

PORTA EM MADEIRA

Porta de Madeira PISO

PORTA EM MADEIRA

PARAFUSO TUNDERBOLT

Porta de Madeira

ESCOVA COM FELPAS Escova com felpas PISO SALA

Piso Sala

Piso PISO

Detalhe porta

PARAFUSO TUNDERBOLT Parafuso Tunderbolt ESCALA 1/2

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

Detalhe Porta


LEGENDAS: [f.32] Disposição dos pilares sobre a malha Fonte: Do Autor [f.xx] Maquete eletrônica, com volumetria e locação dos pilares [f.xx] Maquete eletrônica, com volumetria e locação dos pilares

ESTRUTURA

A estrutura escolhida para o projeto, foi a metálica, e por se tratar de uma Escola de Arquitetura, com grandes ateliês horizontais, salas de apoio, salas teóricas e suas práticas, afim de propor um ensino integrado de maneira eficaz, essa estrutura acaba suportando vãos maiores, e tendo várias vantagens como: Flexibilidade Arquitetônica, Redução do prazo de execução, Redução das cargas de fundação, Otimização da área útil, Racionalização da construção, Organização do canteiro de obras, sendo usadas perfil em I, e treliças planas.

[f.xx] Maquete eletrônica, com volumetria e locação dos pilares [f.xx] Maquete eletrônica, com volumetria e locação dos pilares

John Allen Costa Silva


Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura




Alberto Manguel. A cidade das palavras. São Paulo: Cia das Letras, 2008 American Colossus: the Grain Elevator 1843-1943, Colossus Books, 2009. american-colossus.com Página visitada em 20 de Abril de 2018 ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna. Tradução de Denise Bottmann e Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1992. ARGAN, Giulio Carlo. ARTIAGA, Zoroastro. Geografia econômica, historia e descritiva do estado de Goiás. Goiânia: Tipografia triangulo, 1951. Bauhaus, The Tate Collection, (em inglês) Página visitada em 19 de Abril de 2018. Brasil. Relatório das Estradas de Ferro . Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1919. CARDOSO, Waltecir J. Entre Parentes: História e Genealogia. Uberlândia: Composer, 2005 Ciro Pirondi. "O ensino da arquitetura ou a crise silenciosa / Ciro Pirondi" 30 Mai 2017. ArchDaily Brasil. Acessado 18 Abr 2018. < h t t p s : / / w w w . a r c h d a i l y . com.br/br/872419/o-ensino-da-arquitetura-ou-a-crise-silenciosa-ciro-pirondi> ISSN 0719-8906 COSTA, Cacilda T. da. O sonho e a técnica: a arquitetura de ferro no Brasil. São Paulo: Edusp, 2001. Design - Uma Introdução, Beat Schneider, Blucher, 2010. DROSTE, Magdalena. Bauhaus: 1919 - 1933. Tradução Casa das Línguas Ltda. Berlim: Bauhaus-Archiv Museum Für Gestaltung, 2006. Estilos, Escolas & Movimentos, Amy Dempsey, Cosac Naify, 2010. FERREIRA, Haidée Jayme. Anápolis Sua Vida, Seu Povo. Brasília: Editora do Senado, 1981. FRAGO, A. V.; ESCOLANO, A. Currículo, espaço e subjetividade: a arquitetura como programa. Tradução de: VEIGA NETO, Alfredo. Rio de Janeiro: DP&A, 1998. Goiás nos quadros da economia nacional. Goiânia: Editora da UFG, 2000. GOIAS, Relatório da Estrada de Ferro Goiás, 1939. Gropius House by Walter Gropius Página visitada em 20 de Abril de 2018 KANDISNKY, Wassily. Curso da Bauhaus. São Paulo: Martins Fontes, 1996.

John Allen Costa Silva


MALACRIDA. SÉRGIO AUGUSTO O Sistema de Ensino Belas-Artes no Curso de Arquitetura da Ècole des Beaux

LEGENDAS: [f.32]

Pierre Lévy. Inteligencia Colectiva: por una antropología del ciberespacio. Biblioteca Virtual em Saúde, BIREME – OPS – OMS. Washington, 2004 PIRONDI, CIRO. O ensino da arquitetura ou a crise silenciosa . 2016. 19 f. Aula inaugural do curso 2016-2017 da Pós-Graduação em Arquitetura, Educação e Sociedade - Escola da Cidade, Sao Paulo, 2016. 1. REVISTA FERROVIARIA. Estradas de Ferro do Brasil, Rio de Janeiro, n.6, 1954. Walter Gropius e a Bauhaus. Tradução de Joana Angélica d’Ávila Melo. Rio de Janeiro: José Olympio, 2005. WICK, Rainer. Pedagogia da Bauhaus. Tradução de João Azenha Jr. São Paulo: Martins Fontes, 1989 Walter Gropius - Biografia». UOL - Educação. Consultado em 10 de Abril de 2018 ABC da Bauhuas, Ellen Lupton e J. Abbott Miller, Cosac Naify, 2008. http://quandovcchegou.blogspot.com.br/2011/05/anapolis-go-minha-cidade-amada.html Postado em: quinta-feira, 12 de maio de 2011 Autor: Desconhecido Acesso: 14 de Abril de 2018 http://www.anapolis.go.gov.br/portal/anapolis/historia-da-cidade Postado em: Nao identificado Autor: Nao Identificado Acesso: 14 de Abril de 2018 www.portocentrooeste.com.br. Acesso: 16 de Abril de 2018 http://www.estacoesferroviarias.com.br/efgoiaz/anapolis.htm Acesso: 10 de Abril de 2018 Autor: Ralph Mennucci Giesbrecht http://vivaanapolis.com.br/a-cidade/historia/ Autor: Viva Anapolis com Prefeitura de Anapolis Acesso: 13 de Abril de 2018 .

Escola na Cidade: O novo centro de Arquitetura

205


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.