Arquitetura Social Recriar para Recrear Centro de Convivência para Crianças e Adolescentes
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Cadernos de TC 2018-1 Expediente Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Ana Amélia de Paula Moura, M. arq.. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, E. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Detalhamento de Maquete Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráca Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754
Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/1, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráco como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a m de atribuir sentido, tanto ao processo,
quanto ao produto nal. A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráca e Detalhamento de Maquete. Por m e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados. Ana Amélia de Paula Moura Daniel da Silva Andrade Manoel Balbino Carvalho Neto Rodrigo Santana Alves
RECRIAR PARA RECREAR Centro de Convivência para Crianças e Adolescentes O projeto se refere a um CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES na cidade de Jaraguá, Goiás. Essa edicação pretende atender as crianças e adolescentes que estudam nas escolas situadas no entorno, moradores do bairro, preenchendo os horários em que estiverem fora da escola com ações positivas. Para evitar que essas crianças quem nas ruas em situação de vulnerabilidade, o CENTRO oferece atividades culturais, artísticas e esportivas como meio de entretenimento e conhecimento. Programas similares em outras regiões do País têm alcançado resultados expressivos, substituindo as escolas de tempo integral e garantindo o desenvolvimento e a integridade dessas crianças. Ao mesmo tempo, esses espaços são oferecidos para a comunidade local nos feriados e ns de semana, promovendo a integração dos equipamentos da cidade com seus cidadãos.
Lorrane de Oliveira Silva
Orientador: Manoel Balbino Carvalho Neto l.oliveiraarquiteta@hotmail.com
(...) Todo amanhĂŁ se cria num ontem, atravĂŠs de um hoje (...). Temos de saber o que fomos, para
[f.1]
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Lorrane de Oliveira
O Tema Aspectos relevantes Um CENTRO DE CONVIVÊNCIA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES na cidade de Jaraguá, Góias. Esse foi o tema escolhido para ser desenvolvido no Trabalho de Conclusão de Curso, TCC, como objeto de um projeto de arquitetura visto que a cidade não possui um local adequado para esse tipo de programa social. - Segundo Loureiro e Amorim (2002 apud SAINT, 1987) [...]arquitetura social, signica a produção de edicações para o real benefício da sociedade [...].[1] O foco principal seria difundir diversos tipos de cultura e arte como meio de entretenimento para crianças e adolescentes, visando tirar esses meninos das ruas. Com propósito de lutar contra a vulnerabilidade da comunidade, com foco na infância, acredita-se que pode-se-ão alcançar resultados expressivos na cidade. Inicialmente, a ideia seria criar um Centro Cultural para a cidade de Jaraguá, em sintonia com a cultura da cidade. Entretanto, a cidade e o poder público entende haver outras prioridades no momento. Assim, a ideia seria priorizar os problemas que ocorrem com maior frequência na cidade e propor soluções para os mesmos. O índice de criminalidade, por exemplo, aumentou de maneira explicita em alguns anos sendo que, na maioria das vezes, esses crimes são cometidos por adolescentes. Assim surgiu a proposta do tema que é criar um centro para abrigar essas crianças e adolescentes durante o dia, evitando que tivessem contato com as ruas. Pretende-se trabalhar esses problemas através da cultura por se acreditar que ela possa transformar pessoas. A mídia frequentemente apresenta relatos de moradores de bairros periféricos das grandes cidades do Brasil que foram tirados do mundo da criminalidade através da cultura. Portanto, o ato de trazer esse tipo de entretenimento para a população infanto-juvenil pode sim ser bastante relevante para as necessidades atuais da cidade. Muitas crianças não tem apoio algum, embora apoiar crianças e adolescentes em risco social é ensiná-las a construir um futuro. “Cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois trata-se de um fenômeno natural que possui causas e regularidades, permitindo um estudo objetivo e uma análise capazes de proporcionar a formulação de leis sobre o processo cultural e a evolução”. (BARROS, 2009 apud TYLOR, 1871.) [2] Recriar para Recrear
NOTAS:
REALIDADE DE HOJE
[1]GORDILHO, Angela. O papel social da arquitetura na atualidade. Disponível em: <http://www.cauba.gov .br>. Acesso em: 25 mar. 2017.
[f.2]
[2]DE BARROS LARAIA, Roque. CULTURA: um conceito antropológico. 24. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009. 113 p.
[f.3]
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ESPERANÇA DE AMANHÃ
LEGENDAS: [f.1]Foto:Criança, moradores do entorno. Fonte: Lorrane de Oliveira. [f.2]Adolescente envolvido com crime. Fonte:www.crianca.mp p [f.05]
[f.3]Crianças nas ruas. Fonte:www.crianca.mp p [f.4]Adolescentes envolvido com drogas. Fonte:www.crianca.mp p [f.5] Aula de música. Fonte:educarparacresc er
[f.06]
[f.5]Aula de música. Fonte:educarparacresc er [f.6]Trabalhos manuais. Fonte:educarparacresc er [f.07]
[ f . 7 ] C a p o e i r a . Fonte:educarparacresc
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Contextualização Histórica do Atendimento á infância no Brasil (Politicas Públicas)
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
ESTATUDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à prossionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
De acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), Capítulo IV, DO DIREITO A EDUCAÇÃO, Á CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER. Art.59. Os municípios, com apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para infância e a juventude. (LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.)
(...) § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no art. 7º, XXXIII; (...) V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade; (...) VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas ans. VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas ans.
É o amparo que ajuda a alcançar o mundo, o incentivo é o que ajuda a seguir sozinho. Assim sendo, as políticas públicas devem por meio de uma ecaz aplicação, proporcionar segurança, bem como garantir a efetivação desse direito, lembrando ser essa faixa etária aquela que corresponde a adolescência. Todas as experiências, sejam elas boas ou ruins, são absorvidas pelo adolescente e irão contribuir para a forma de sua inserção na sociedade. A educação complementar e oportunidades de formação para as crianças e adolescentes, além de contribuir com o desenvolvimento da comunidade, pode ser uma ferramenta essencial para mudar o destino dessas pessoas. Então, se há algum traço de comportamento que não seja adequado, a pergunta deve ser: a que está exposto essa criança em seu ambiente de convívio? O que ele tem visto e aprendido? Esse é o ponto de partida para uma reexão e para a construção de novos caminhos para as crianças e adolescentes que serão o futuro do país.
(...) § 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em consideração o disposto no art. 204. § 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas.
‘‘A vivência e o brincar são fontes inesgotáveis de possibilidades de crescimento. Por isso, a criança precisa conviver mais com crianças, troc a r ex p eri ênc i a s e s e arriscar mais . Com certeza ele será um adulto melhor e saberá lidar com as diferentes situações do dia – a – dia.’’ (Corigliano, 2010)[3]
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-Redemocratização e estatuto da criança e do adolescente (19852006). -Novo padrão pol í tico jurídico e social. -institucionalização da i n f â n c i a e d a adolescência como sujeito de direitos. -Descentralização, municipalização, controle e participação social. -Consolidação de um sistema de proteção s o c i a l ( s a ú d e , previdência, educação, a s s i s t ê n c i a e desenvolvimento social, trabalho) -Reestruturação do aparato de controle e policiamento.
NOTAS: [3]CORIGLIANO,Débora. Crianças precisam conviver com crianças . Disponível em: <http://orientandopaise ducandolhos.blogspot. com.br>. Acesso em: 20 mai. 2017.
(1986)O Criança Esperança é uma campanha nacional de mobilização social q u e b u s c a a conscientização em prol dos direitos da c r i a n ç a e d o a d o l e s c e n t e , promovida pela Globo, inicialmente em parceria com a UNICEF e atualmente com a UNESCO.
Criação do Ministério da Previdência e Assistência Social ( M e d i d a Provisória n. 813 de 1995). Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394 de 1996).
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Portaria n. 458 de 2001)
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069 de 1990)
C o n s e l h o Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Lei n.8. 242 de1991). Lei Orgânica da Assistência Social (Lei-n. 8.742 de 1993).
Criação do Programa Bolsa-Família (Lei n. 10.683 de 2003)
Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (Resolução CNAS n. 130 de 2005)
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Recriar para Recrear
Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de C r i a n ç a s e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (Resolução n.1 de 2006/Conanda)
LEGENDAS: [f.08]Linha cronológica das politicas públicas no Brasil. Fonte: D i s p o n í v e l em:>http://www.scielo. br/pdf> Acessado em 07/05/2017 D i s p o n í v e l em:>https://www.fadc.o rg.br> Acessado em 05/05/2017 LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990. D i s p o n i v e l em:>http://www.planalt o.gov.br/ccivil_03/leis/L8 069.htm> Acessado em 04/05/2017
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Lorrane de Oliveira
O Direito das Crianças Toda criança no mundo Deve ser bem protegida Contra os rigores do tempo Contra os rigores da vida. Criança tem que ter nome Criança tem que ter lar Ter saúde e não ter fome Ter segurança e estudar. Não é questão de querer Nem questão de concordar Os diretos das crianças Todos tem de respeitar. Tem direito à atenção Direito de não ter medos Direito a livros e a pão Direito de ter brinquedos. (...) Embora eu não seja rei, Decreto, neste país, Que toda, toda criança Tem direito a ser feliz!!! Ruth Rocha Recriar para Recrear
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Lorrane de Oliveira [f.9]
A Cidade
Brasilía-DF Jaraguá Goiânia
Terreno
[f.10]Goiás
O povoado assumiu a denominação de Nossa Senhora da Penha de Jaraguá, transformou-se em Vila por meio do decreto número 8, de primeiro de julho de 1833, sendo desmembrado do município de Meia Ponte (atualmente, Pirenópolis). Foi elevada a categoria de cidade por meio da Lei Provincial nº 666, de 29 de julho de 1882, adotando o nome de Jaraguá. Atualmente é a sede de Comarca de terceira entrância. Jaraguá, município brasileiro do estado de Goiás, situado no Parque Ecológico da Serra de Jaraguá, é um município emancipado de Pirenópolis e se inclui na Microrregião de Anápolis, no Vale do Sã Patrício. Conhecida por seu patrimônio cultural, é uma das cidades mais antigas do estado e considerada o maior pólo de confecção do Centro Oeste. Está situada a 120 km da capital Goiana, com acesso pela GO-080, e a 205 km da capital federal, Brasilia, com acesso pela Br-060.
CCCA
[f.11]Jaraguá
No início da década de 1960, Jaraguá sentiu os impactos decorrentes da construção da BR-153, mudando o ritmo de seu crescimento, ganhando oportunidades para ocupar o papel de núcleo comercial, dinamizando sua expansão urbana. A 610 metros de altitude com relação ao nível do mar, médias de temperatura que oscilam entre 17 e 33 graus centígrados, tem clima tropical úmido. Ocupa uma área de 1.960 quilômetros quadrados e enquadra-se entre os setenta maiores municípios do estado. O principal rio do município é o Rio das Almas, que banha toda a extensão da sede, possuindo diversos afluentes; alguns dos mais importantes são os Rios do Peixe, o Pari e o Sucuri. Sua população segundo o censo do IBGE 2010 é de 41.870 habitantes.
LEGENDAS: [f.10] Mapa de relação da cidade de Jaraguá com a capital Goiânia e a capital Federal Brasília. F o n t e : M a p a esquemático produzido pela autora,2017. [f.11] Mapa território de Jaraguá. Fonte: Mapa esquemático produzido pela autora,2017. [f.09]Cidade de Jaraguá no ano de 1947. Fonte:www.jaragua.go. gov.br [f.12]Cidade de Jaraguá no ano de 2016. Fonte:www.jaragua.go. gov.br
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[f.12]
[f.4]
Cultura e Turismo LEGENDAS: [f.13]Circuito Nacional de Prapent, Serra de Jaraguá. Fonte: Lucas Araújo, 2018. [f.14]Vista da cidade, Serra de Jaraguá. Fonte: Lorrane de Oliveira, 2017. [f.15]Circuito Nacional de Prapent, Serra de Jaraguá. Fonte: Lucas Araújo, 2018. [f.16]Confecção de Jeans em Jaraguá. Fonte:www.imb.go.gov. br [f.17]Desfile, entrada da rainha, Festa do Divino. Fonte: Lucas Araújo, 2017. [f.18]Desfile, entrada da rainha, Festa do Divino. Fonte: Lucas Araújo, 2017. [f.19]Cavalhadas, , Festa do Divino. Fonte: Lucas Araújo, 2017. [f.20]Festa do Peão. Fonte:www.jaraguago.c om.br. [f.21]Festa do Peão. Fonte:www.jaraguago.c om.br. [f.22]Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. Fonte: Lucas Araújo, 2017. [f.23]Igreja Nossa Senhora da Penha. Fonte: Lucas Araújo, 2017. [f.24]IgrejaNossa Senhora da Conceição. Fonte:www.biapo.com. br
Na década de 80 a cidade de Jaraguá viu crescer o domínio das máquinas, elevando-a ao título de Capital das confecções. Dos tempos da prosperidade aurífera aos dias atuais a cidade passou por diversos processos que a zeram se destacar entre os mais prósperos municípios goianos. A localização estratégica da cidade, às margens da Belém-Brasília, favoreceu a penetração de seus produtos no mercado regional e pouco a pouco vem se consolidando como um importante polo de confecções tanto na região como no Estado de Goiás. Isso vem tornando a economia do município mais dinâmica, assim, esta economia se fortalece, principalmente através do setor de confecções. A infraestrutura cada vez mais presente no município e um grande potencial turístico a ser explorado fazem de Jaraguá uma cidade com capacidade para se tornar cada dia mais competitiva e forte no Estado de Goiás. Também, como citado no parágrafo anterior, Jaraguá pertence a uma região com grande potencialidade turística, mas ainda pouco explorada. Essa potencialidade passa pelo Parque Estadual da Serra de Jaraguá, onde se encontra túneis feitos por escravos da época da mineração em Goiás. A elevação mais importante da cidade é a Serra do Jaraguá, onde estão instaladas as torres repetidoras de televisão. A serra do Jaraguá também é conhecida por fazer parte do circuito nacional do campeonato de parapente, sendo que, suas correntes de ar são consideradas como uma das melhores do Brasil para prática desse esporte. A atividade esportiva do parapente em Jaraguá é recente, mas tem alcançado destaque nacional, com a participação de pilotos de vários estados e até de outros países.
Vale ressaltar também as festas religiosas da cidade, sendo as três principais: Divino Espirito Santo, que se comemora as cavalhadas e que também se comemora a festa de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito. As outras duas festas religiosas comemoradas são: Nossa Senhora da Penha que é a padroeira da cidade e a festa de São Sebastião. Há outras festas que acontecem no decorrer do ano, mas, essas são as principais que trazem um público maior e mais renda para a igreja. A festa do Divino Espirito Santo que acontece as cavalhadas e a folia do Divino atrai um publico maior, principalmente pela tradição centenária, fazendo com que a cidade receba eis e festeiros de várias cidades do entorno. Em Jaraguá tem também a festa do peão, onde acontece o rodeio em touros, exposições de animais, cavalgada, leilões e shows de grandes artistas brasileiros, e faz com que a cidade receba um número alto de turistas nesse período. Essa festa coincide com o aniversário da cidade que é no dia 29 de Julho e dura cerca de quatro dias, a Exposição Agropecuária acontece a quatorze anos e a Festa do Peão completou seus quarenta anos. Existem, também, muitas construções históricas, como a Igreja do Rosário, construída por escravos em 1746, e ainda hoje conservada e tombada pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional). H á a i nd a a I grej a Nos s a S enhora d a Conceição, construída em 1828 e a Igreja Nossa Senhora da Penha (Matriz), construída em 1736, demolida em 1918, reconstruída em 1950. Em 2004 foi reconstruída uma nova arquitetura no lugar da antiga igreja histórica. As imagens sacras das três principais igrejas históricas foram feitas pelo renomado artista goiano Veiga Valle. Há também algumas edicações de várias tipologias arquitetônicas que ainda sobrevivem no centro histórico da cidade que contam um pouco da história do município e do Estado de Goiás.
[f.25],[f.26],[f.27] Imagem de São Sebastião, Festa de São Sebastião. Fonte:Lucas Araújo, 2017.
Lorrane de Oliveira 69
[f.22]
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O Lugar Aspectos do lugar e relação com o entorno
Lorrane de Oliveira Lorrane de Oliveira
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Estrutura Viária Perfil das Vias
estacionamento
1
2
3
2
1
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Sentido Duplo Sentido Único Iluminação Arborização
1- A av. Bernardo Sayão possui um canteiro central e também calçadas centrais em ambossentidos,cada pista com suporte para 3 carros lado a lado, sendo que as laterais de ambos os lados é usada como estacionamento. 2- A av. Ferreira Rios possui um canteiro central calçadas laterais em ambos sentidos,cada pista com suporte para 3 carros lado a lado, sendo que as laterais de ambos os lados é usada como estacionamento. 3- A rua 5A é de sentido duplo, pista com suporte para 3 carros lado a lado, sendo que uma das laterais é usada como estacionamento.
As principais vias de acesso ao terreno são por avenidas de grande uxo na cidade, vias de sentido duplo, o que faz com que o lugar seja privilegiado, o sistema de iluminação é bem distribuído no entorno sendo que existe saneamento básico em toda região. O terreno possui acesso direto pela Rua 5A e a Avenida Bernardo Sayão. A topografia mostra um declive de 8m de leste para oeste, com área aproximada de 11.800 m2. Com relação a hidrografia; não existem cursos d’água no seu entorno imediato. O córrego mais próximo é o córrego conhecido como ‘Rio Vermelho’ mas encontra-se canalizado. [f.24]a Em relação a orientação solar, fachada leste será a menos afetada, a oeste a que mais receberá insolação.
[f.29]
[f.28] Mapa com sentido das vias. Fonte:Mapa esquemático produzido pela autora,2017. [f.29]Imagem da Av. Bernardo Sayão. Fonte: Lorrane, 2018. [f.30]Imagem da Rua 5A. Fonte: Lorrane, 2018. [f.31]Imagem da Av.Ferreira Rios. Fonte: Lorrane, 2018.
3
2
1
LEGENDAS:
[f.30]
[f.31]
Caracterização das Vias Hierarquia das Vias De acordo com o plano diretor,a malha viária do município é composta por vias que desempenham funções diferenciadas no contexto urbano e que serão hierarquizadas segundo suas características e potencial de tráfego. Art. 32 – Compõe a malha viária de Jaraguá a rede viária principal, com a seguinte hierarquização e funções: I - Via Expressa, compreendendo a BR153, a GO-080, a GO- 427 e o Anel Viário previsto; II - Via Aterial, compreendendo duas categorias: a) Via Arterial de Hierarquia 1, composta pelas Avenidas: Cel. Tubertino Rios, Bernardo Sayão , Diógenes Castro Ribeiro e Rua Alto do Rosário. b) Via Arterial de Hierarquia 2, composta pelas Avenidas: JK, Moacir Rios e Ferreira Rios. § 1° - Entende-se por vias expressas aquelas com a função de ligação interestadual e intermunicipal com as vias Estruturais pertencentes à rede viária principal de Jaraguá, com grande capacidade de abrigar o tráfego pesado de cargas e com baixa acessibilidade; § 2° - Entende-se por vias arteriais aquelas com a função de estruturar o tráfego da cidade, com maiores interligações intra-urbanas e com a responsabilidade de receber o tráfego interestadual e intermunicipal e distribuílo na cidade; Art. 33 – Compõe a malha viária de Jaraguá, complementarmente à rede viária principal:
[f.32] Via Arterial de Hierarquia 1 Av. Bernardo Sayão e Cel. Diógenes de Castro Ribeiro
Via Arterial de Hierarquia 2 Av. Ferreira Rios Vias Coletoras Rua 4, Rua 3A, Rua Natal A. da Costa, Rua Benedito Camargo.
Vias Locais Rua Joaquim Ângelo da Costa, Rua 5A Terreno I– Vias Coletoras, compreendendo as vias com função de coletar o tráfego das Locais e distribuí-lo para a Rede Viária Principal. II – Vias Locais, compreendendo as demais vias destinadas ao tráfego de veículos motorizados, componentes da malha viária, responsáveis pela distribuição do tráfego local;(LEI COMPLEMENTAR DO PLANO DIRETOR, Nº. 997, DE 04 DE DEZEMBRO DE 2007).
Lorrane de Oliveira 73
Caracterização do Lugar Uso do Solo
[f.26]
[f.33] Uso Resdencial Uso Institucional Uso Misto Uso Comercial Áreas Verdes Vazio Terreno
O entorno é predominado por residências, também com grande número de imóveis comerciais, alguns equipamentos institucionais (CMEI, ESCOLAS), o que dá consistência ao projeto. Com relação as áreas verdes, algumas praças lindeiras poderão ter uma ligação futura com o projeto.
[f.34] Vazio Até 2 Pav. Térreo Terreno Áreas Verdes
De acordo com o que apresenta o gabarito a maioria das edificações existentes no entorno direto são construções térreas, alguns com 2 pavimentos e nenhum com mais de 2 pavimentos.
LEGENDAS: [f.32]Mapa com hierarquia. Fonte:Mapa esquemático produzido pela autora, 2017. [f.33] Mapa de Uso do Solo. Fonte:Mapa esquemático produzido pela autora, 2017. [f.34] Mapa de Gabarito das Edificações. F o n t e : M a p a esquemático produzido pela autora, 2017. [f.35]Imagem do Terreno. Fonte: Google Earth.
Recriar para Recrear
[f.35]
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UMA CENTRALIDADE SOCIAL Centro de Educação Infantil Pequeno Sol Escola Pequeno Princípe Centro de Educação Infantil Messias J.de Oliveira Colégio Mérito Colégio Estadual São José
[f.36]
Aspectos relevantes para a escolha do local.
LEGENDAS: [f.36]Imagem de satélite com marcação dos p r i n c i p a i s equipamentos institucionais próximo ao terreno. Fonte: Produzido pela autora, 2017. [ f . 3 7 ] E s c o l a Pequeno Princípe Fonte:Lorrane de Oliveira, 2017. [f.38]Centro Escolar Mérito Fonte:Lorrane de Oliveira, 2017. [f.39]Colégio Estadual São José Fonte:Lorrane de Oliveira, 2017. [f.40]Centro de Educação Infantil Pequeno Sol Fonte:Lorrane de Oliveira, 2017.
Na cidade de Jaraguá não existe nenhum centro que possa acolher crianças com intuito de tira-las das ruas e apresentalas a um meio social adequado. O bairro estudado é antigo na cidade, conhecido como ‘Vila Rio Vermelho’, no terreno encontra-se um galpão de confecção que está sem uso. O terreno situa-se próximo ao centro da cidade, na avenida Bernardo Sayão, uma avenida importante na cidade, classificada como Arterial de 2ª categoria, o que faz que o mesmo seja de fácil acesso, no local encontra-se varias escolas e creches, considerando que isso seja um aspecto relevante diante do que se pretende projetar no local. A implantação de um Centro de Convivência para Crianças e adolescentes nesse local conseguirá atender um grande número de usuários, pois um levantamento feito no local mostra que as escolas do entorno atendem um público relativamente alto. A escola municipal Pequeno Príncipe atende um total de 400 alunos, sendo 147 no matutino e 243 no vespertino. O Centro Escolar Mérito atende 320 alunos, sendo 115 do 6º ao 3ºano, matutino. E 205 do 1° ao 5°ano, vespertino. A escola estadual São José funciona em três períodos. Atende um total de 721 alunos, sendo 330 matutino, 195 vespertino e 196 noturno. O Centro de Educação Infantil Pequeno Sol recebe 91 crianças, diariamente, e o Centro de Educação Infantil Messias José de Oliveira que se encontra em frente ao terreno escolhido atende 102 alunos. Conclui-se assim, que, existe uma necessidade real de criação do espaço destinado para as crianças e adolescentes, pois a demanda do local, como foi dito anteriormente, é alta e, principalmente, não há no local um espaço apropriado para atender esse público.
[f.37]
[f.37]
[f.38]
[f.39]
[f.40] [f.41]Centro de Educação Infantil Messias J.de Oliveira Fonte:Lorrane de Oliveira, 2017. [f.42]terreno Fonte:Lorrane de Oliveira, 2017.
77 [f.41]
[f.42] 89
PETI
SCFV
RECRIAR PARA RECREAR
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Em Jaraguá havia o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI) que era uma iniciativa que visava proteger crianças e adolescentes, menores de 16 anos, contra qualquer forma de trabalho, garantindo que frequentassem a escola e atividades socioeducativas. Seu objetivo principal era erradicar todas as formas de trabalho infantil, em um processo de resgate da cidadania e inclusão social de seus beneciários, porém, desde 2013 o PETI foi substituído pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), este é um dos programas ofertados pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) , é um serviço realizado com grupos, organizado de modo a prevenir as situações de risco social, ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Os usuários podem chegar ao CRAS por demanda espontânea, busca ativa, encaminhamento da rede socioassistencial ou encaminhamento das demais políticas públicas e de órgãos de Sistema de Garantia de Direitos. O SCFV destina-se aos usuários das seguintes faixas etárias: crianças de 03 a 06 anos, crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, adolescentes de 15 a 17 anos, jovens de 18 a 29 anos; adultos de 30 a 59 anos e pessoas idosas. Podem participar do SCFV todos os que dele necessitarem, com destaque para os usuários descritos na Tipicação Nacional dos Serviços Socioassistenciais (Resolução CNAS nº 109/2009) e mencionados na Resolução CNAS nº 1, de 21 de fevereiro de 2013.
[f.43]
Hoje existem cerca de 350 inscritos entre crianças, adultos e idosos, que freqüentam ocinas oferecidas pelo SCFV. Constata-se que onde se encontra essa atual sede, não é possível a elaboração de um projeto arquitetônico de qualidade, visto que, a estrutura física do local impede uma expansão , por isso buscou uma nova área para implantação de um programa similar, porém, com foco apenas na criança e no adolescente, onde o usuário receberá total apoio, vendo que o serviço oferecido atualmente, além de não dar prioridades para tal grupo, os mesmos não possuem uma garantia de acesso durante todo o período que não estiverem na escola, já que, os usuários passam apenas uma hora do dia no SCFV, sendo, dois ou três dias da semana. A nova proposta visa atuar de forma preventiva contra o envolvimento desses jovens com a violência e a criminalidade, pois, quanto maior o tempo envolvido em atividades educativas, menos tempo estes jovens terão nas ruas, onde os mesmos estão vulneráveis à violência, assim sendo, menor será a possibilidade de terem contato com atividades ilícitas. A vulnerabilidade que essas crianças e adolescentes enfrentam, geralmente estão na falta de estrutura familiar, drogas e tantos outros. Muitas vezes por frequentarem as escolas em um período do dia ou nem frequentarem. Muitas famílias fazem parte do perl de pessoas que precisam sair para trabalhar e não tem outra opção senão deixar essas crianças em casa, com algum parente, vizinhos e outros.
[f.44]
LEGENDAS: [f.43],[f.44],[f.45]SCFV, Jaraguá Fonte: Lorrane de Oliveira, 2018.
[f.45]
‘‘É no brincar, e talvez apenas no brincar, que a criança ou o adulto fruem na sua liberdade de criação.’’ (Winnicott,1975: 79-80)
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O centro será a extensão da escola. Caracterização do Serviço: Desenvolvimento de atividades com crianças e adolescentes, tendo por foco a constituição de espaço de convivência a partir dos interesses, demandas e potencialidades da faixa etária. As intervenções devem ser pautadas em experiências culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Deve atender crianças e adolescentes submetidas a suas violações de direitos, com atividades que contribuam para ressignicar vivências de isolamento, bem como propiciar experiências favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e prevenção de situações de risco social.
R C I R E R A
RECRIAR novamente: dar uma nova versão, um novo aspecto ou uma nova abordagem ao que já existe.
PAR A
R C E R R A E
Recriar para Recrear
RECREAR: Brincar; alegrar-se com jogoS, brincadeiras, atividades divertidas.
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A FORMA O estudo do LUGAR trouxe consigo indícios e caminhos para que a futura construção fortaleça sua relação com o projeto e o lugar inserido. Analisando a morfologia da quadra em que se encontra o terreno observa-se um desenho irregular, com formato trapezoidal. Assim, a ideia consiste em levantar uma quadra e tirar partido de sua morfologia para que a proposta apresentada esteja em sintonia com o terreno. A implantação do edifício acontece de acordo com a topografia natural existente. A cobertura une os blocos e agrega na forma do projeto. A forma é resultado do estudo formal do terreno, tal que o nível mais alto e o mais baixo sejam aproveitados. No acesso superior acontece uma praça que se estende na cobertura do edifício como um mirante, para oferecer integração do centro com a sociedade. Já no nível mais baixo, destaca-se o acesso principal, restrito aos usuários.
Recriar para Recrear
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Programa O programa foi desenvolvido de acordo com as necessidades não só das crianças e adolescentes da cidade, mas da população em geral. Assim, foram criados espaços integrados, tais como, espaços para o lazer, para a convivência, auditório e quadras poliesportivas, que poderão ser usadas pela comunidade, embora nesse caso o uso se restrinja aos ns de semana ou em momentos em que o centro esteja sem uso. Todo o controle é feito para garantir a segurança das crianças que frequentam o local, passando assim conança para os responsáveis pelos mesmos. Com relação a circulação, existem três tipos distintos, a primária, secundária e terciária. A primária seria o acesso dos usuários do Centro de Convivência no nível mais baixo do terreno. A secundária seria o acesso da população no momento em que o centro estiver em desuso, que se dá no nível mais alto, e a terciária seria dentro do edifício nas suas respectivas áreas de convívio. A ideia era criar espaços que se comunicassem e ao mesmo tempo mantendo privacidade, valorizando o espaço entre o público e privado. O centro abrigaria ainda salas para atividades diversas como lutas, ballet, artesanato, midiateca, reforço escolar, informática, línguas estrangeiras, violão, canto e um espaço de circulação interna amplo, para que nele possam acontecer exposições de trabalhos feitos pelos usuários.
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SALAS - 460 m²
EXPOSIÇÃO - 1000 m2
Lutas: 117m² Ballet: 70m² Violão-Canto: 50m² Reforço: 50m² Midiateca: 50m² Artesanato: 71m² Línguas Estrangeiras:50m² Informática: 50m²
Circulação: 800m² Playground interno: 80m²
AUDITÓRIO - 470 m2 Palco: 80m² Cadeiras: 220m² Foyer: 70m² W.c.f - W.c.m: 72m² Camarim: 35m²
ADMINISTRAÇÃO - 120 m2 Sala dos professores: 60m² Copa: 7m² Sala para Psicólogo:10m² Direção:18m² Recepção: 25m²
SERVIÇO - 250 m2 Almoxarifado: 15m² Cozinha Industrial: 73m² w.c.f -W.c.m: 75m² Vestiários: 75m² D.M.L: 12m²
CONVIVÊNCIA - 2.640 m2 Quadras para Jogos: 200m² Praça de Alimentação: 740m² Espaços Livres: 1670m² Lanchonete: 30m²
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B
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5
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A
1. Recepção / Guarda-volumes 2. Sala de lutas 3. Ateliê / Artesanato 4. Sala para Reforço 5. Sala para Línguas Estrangeiras 6. D.M.L 7. Almoxarifado 8. Vestiário Feminino 9. W.C Feminino 10. W.C Masculino 11. Vestiário Masculino 12. Quadras Poliesportivas 13. Lanchonete 14. Vestiário Feminino 15.W.C Feminino 16.Vestiário Masculino 17.W.C Masculino 18.Cozinha Industrial 19. Sala de Informática 20.Midiatéca 21. Sala de Música 22. Sala de Dança / Ballet 23. W.C Masculino 24.W.C Feminino 25. Sala dos Professores 26. Copa 27. Sala para Psicólogo 28. Diretoria 29. Playground Interno 30. Camarim Feminino 31. Camarim Masculino 32. Auditório 33. W.C Feminino 34. Foyer 35. W.C Masculino 36. Praça 37. Playground Externo 38. Estacionamento
6 8 9 10
11
0
10
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50
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9 18
17 15 16 14 13
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0
10
30
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Corte A
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Corte B 0
5
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Estrutura e Materialidade
Muro de bloco de concreto estrutural 14x19x29cm.
Piso elevado sobre a l a j e , c o m c a m a d a s impermeabilizantes .
60cm
Laje Nervurada, 60cm, pois permite o uso de vĂŁo maiores.
25
15
Pilares de concreto, 15x25cm.
Vidro temperado fumĂŞ 10mm.
Detalhe do Piso Elevado (laje) Pedestais de bra de vidro (berglass), 15cm de altura (denida para se minimizar as consequências caso ocorra ruptura acidental das placas).
Guarda-corpo 1 metro e 20 centímetros para dentro da laje, aço inox gauvanizado tubo de 40mm.
Acabamento em Placas pré fabricadas de concreto 77x77x7 junta de 2mm. (drenante). Inclinação de 2%, para o escoamento da aguá.
C a m a d a separadora: lme polietileno. Manta Asfáltica Primer Regularização Laje Nervurada, 60cm. Cano PVC para Esgoto 100mm. shafts de Gesso (Drywall), a descida da sua tubulação. Ele se caracteriza por um pilar "falso" se caso necessário pode ser facilmente acessado. Vedação: alvenaria convencional.
Instalação das placas
Pedestais Suporte Piso (concreto drenante)
Área Verde Com relação as áreas verdes, algumas praças lindeiras poderão ter uma ligação futura com o projeto. A praça é uma expressão cultural urbana. Simultaneamente uma construção e um vazio, a praça não e apenas um espaço físico aberto, mas também um centro social integrado ao tecido urbano. Sua importância refere-se ao seu valor histórico bem como a sua participação continua na vida da cidade. PANORÂMA GERAL: PRAÇAS A adequação funcional e a morfologia da praça pública pré determinam sua utilização para certas funcionalidades, sendo assim, espaços urbanos com diferentes formas cumprem variadas funções.
Árvores implantadas no projeto. O pau-formiga é uma árvore tropical majestosa, que impressiona por seu porte e orada exuberantes. Sua copa tem formato colunar a piramidal, com tronco retilíneo, elegante e oco, abrigando formigas em seu interior, numa interessante relação de simbiose. A madeira é leve, de baixa densidade e a casca é cinzenta e levemente ssurada. A folhas são grandes, ovaladas, glabras, membranáceas e simples.
Bauhinia Forcata (Pata de Vaca), pode-se aumentar a germinação das sementes ensaiando-se algum tipo de escaricação, uma vez que a baixa germinação das sementes esteja relacionada com a dureza de seu tegumento. O plantio pode ser feito em canteiros diretamente ou em embalagem plástica.
Coqueiro (Cocos nucifera), é uma planta que pode crescer até 30 m de altura, com folhas pinadas de 4–6 m de comprimento, com pinas de 60–90 cm. As folhas caem completamente, deixando o tronco liso.
Para Santana (2005), estes espaços podem ser utilizados com vários sentidos, tais como: passagem, espaço de reivindicação, lazer, contemplação e religiosidade; Para Lynch (1988), a praça é um dos elementos xos que marcam concretamente as cidades como lugares que orientam o traçado do deslocamento dos uxos;
Para Rita Dione (CUNHA, 2002), os usos passivos e ativos da praça são atividades que categorizam os espaços em termos funcionais e os qualicam pela sua intensidade na área pública e poder de atração sobre os usuários.
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