URU - RIO E CIDADE | Mário Emanuel Correia | UniEVANGÉLICA

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URU - Rio e Cidade: Requalicação da pecuária e um parque linear


issuu.com/cadernostc

Cadernos de TC 2017-1 Expediente Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Celina Fernandes Almeida Manso, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, E. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Celina Fernandes Almeida Manso, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, E. arq. Detalhamento de Maquete Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráca Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754


Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2017/2, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráco como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a m de atribuir sentido, tanto ao processo,

quanto ao produto nal. A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráca e Detalhamento de Maquete. Por m e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados. Ana Amélia de Paula Moura Celina Fernandes Almeida Manso Rodrigo Santana Alves Simone Buiati


A ocupação territorial do atual estado de Goiás está ligada ao processo de desbravamento do interior do país, tal fenômeno contou com dois momentos históricos emblemáticos. O primeiro, relaciona-se às bandeiras no período colonial, onde os aventureiros (bandeirantes) saíram da região correspondente ao atual estado de São Paulo em busca de terras e metais preciosos, o que culminou na descoberta de ouro em terras goianas no sec. XVIII e conseqüente fundação de vilas e cidades. Na década de 1930 tivemos o segundo momento importante, a política da Marcha para o Oeste empreendida por Vargas, que incrementou o processo de ocupação e urbanização do estado de Goiás. Fatores como a construção de Goiânia (1933), a ampliação da malha ferroviária no estado (chegada da ferrovia a Anápolis, 1935) e a instalação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás (CANG) a partir de 1942, são sintomáticos e demonstram todo esforço que o governo estava dedicando a tal processo. O povoamento da região conhecida como Vale de São Patrício resulta diretamente da criação da (CANG), que nasceu com a nalidade de incentivar a ocupação dos vazios demográcos no interior do país e a promover a expansão das fronteiras agrícolas. O desenvolvimento local foi consolidado graças aos esforços do administrador da colônia, o engenheiro Bernardo Sayão (1901-1959) que também foi o responsável pela construção da BR 153. O que abre o período grandioso da vida de Bernardo Sayão é sua nomeação para dirigir a Cang — Colônia Agrícola Nacional de Goiás — do Ministério da Agricultura. O plano das Colônias Agrícolas era fundar essas grandes fazendas a m de que elas atuassem como um ímã sobre as chamadas

p o p u l a ç õ e s pseudonômades do interior (...). CALLADO, 1959. A implantação da CANG se deu através de três fases distintas: Primeira: doação de terras ao governo federal Segunda: foram especicados os limites territoriais. Terceira: consiste na xação do homem à terra. O Vale do São Patrício é constituído por vinte e três municípios: Barro Alto, Carmo do Rio Verde, Ceres, Goianésia, Guaraíta,Guarinos, Hidrolina, Ipiranga de Goiás, Itapuranga, Itapaci, Jaraguá, Morro Agudo de Goiás, Nova América, Nova Glória, Pilar de Goiás, Rialma, Rianápolis, Rubiataba, Santa Isabel, Santa Rita do Novo Destino, São Luís do Norte, São Patrício e Uruana. Esses municípios representam uma área total de 13.163hm² e apresentam uma população de mais de 215mil habitantes. Composta por uma primeira geração ainda com raízes em outros estados e uma segunda geração já bastante identicada com a região. Do ponto de vista geográco, o Vale de São Patrício localiza-se no centro norte do estado de Goiás. Predomina na região o clima típico da região Centro-Oeste, invernos secos e verãos chuvosos, com temperatura de 20° C aos 25° C e vegetação do cerrado. Os trabalhos que serão aqui apresentados foram pensados para atender as demandas colocadas pela população de algumas dessas cidades. O exercício acadêmico então desenvolvido, procurou ser sensível às especicidades e à escala dos diferentes locais, potencializando usos já consolidados, porém rompendo com a falta de qualidade arquitetônica e espacial característica dos equipamentos públicos de tais cidades. Referência: Revista Visão: São Paulo, 6 de fevereiro de 1959. Disponível em: http://doc.brazilia.jor.br/HistDocs/Pubs/1959Callado-Bernardo-Sayao.chtml , acessado em 21-10-2017.


Br 153

GO-336

GO-478

Br 153

GO-230 Br 153



O ambiente projetado busca levar aos moradores e turistas um maior conforto, com uma infraestrutura que estimule o lazer e a contemplação e abrigue as manifestações culturais, não somente no período da Festa Nacional da Melancia, mas durante todo o ano. Considerando o potencial da área escolhida, especialmente sua riqueza natural, procurou-se preservar o existente, valorizando-o com novos elementos pensados especicamente para suprir as demandas e condicionantes locais.

URU - Rio e Cidade: requalicação da pecuária e um parque linear

Mário Emanuel C. Guimarães Orientadora: Ana Amélia Moura 07


Uruana - GO

Plantar (...) A revista será dividida nas três fases da produção de melancia. Plantar, representará o passado, sendo as primeiras atividades da cidade. Voltadas para o cultivo da fruta.

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Cidade interiorana, fundada por José Alves Toledo no dia 18 de julho de 1937. Uruana é um município brasileiro do médio norte goiano, localizado no Vale do São Patrício. O município se desenvolveu as margens do Rio Uru, auente da bacia do Rio Tocantins, em terras que pertenciam ao município de Jaraguá. Em 31 de dezembro de 1943, pela Lei Estadual nº 8305, o povoado foi elevado à categoria de distrito. A autonomia políticoadministrativa foi obtida através da Lei Estadual nº 132, de 14 de setembro de 1948, que o desmembrou de Jaraguá, estando, pois na região do Mato Grosso Goiano. Seu nome se deu a partir da junção do nome do Rio ao nome da esposa do fundador, Senhora Ana Machado. Desta junção surgiu o nome URUANA. Sua população recenseada em 2013 pelo IBGE era de 13.826 habitantes, tendo uma área total de 503km², dos quais dois são de área Urbana e 501 de zona rural. Através da lei de nº 134, de 29/11/1963 e a lei de nº 179, de 17-101966, o município é composto por dois distritos: Uruceres e Uruíta, e, ainda, cinco Povoados: Brazlândia (Sucupira), Francisnópolis (Lagoa), Perilândia (Perí), Cruzlândia (Cruzeiro) e Ranchão. A maioria dos povoados foram fundados após o ano de 1945.

Mário Guimarães

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1. Crescimento e desenvolvimento

[f.1] [f.2]

[f.3]

[f.4]

LEGENDAS: [f.1] Primeiras residências na cidade [f.2] Meeiros e arrendatários - em busca de terra [f.3]Cidate tomando forma [f.4]Missa na capela

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Em Goiás, José Alves Toledo fazendo o caminho dos bandeirantes e caixeiros viajantes, chega a Anápolis com sua esposa e seus sete lhos. No ano de 1924 compra uma boa gleba de terras no município de Jaraguá. Dono de uma das mais organizadas fazendas da região, cuidou da construção de estradas para facilitar o escoamento da produção e o contato com os amigos. Com a preocupação de educar os lhos, pediu ao governo a construção de uma escola. O governo negou o pedido. Decidido a prover a região com escola, deslocou-se até as margens do Rio Uru, para fundar o povoado de Capela de São Sebastião, primeiro nome do que depois viria a ser a cidade de Uruana. Em 18 de julho de 1937 foi rezado um terço em louvor à São Sebastião e levantada a cruz, esculpida por Joaquim Lopes. Nessa época, o governo de Getúlio Vargas dá início a um movimento para ocupação dos rincões do interior do Brasil, que mais tarde ca conhecido como Marcha Para o Oeste. De imediato, o Senhor José Alves Toledo, escreveu cartas a parentes e amigos em Minas Gerais, Bahia e Goiás, convidandoos a virem explorar as terras férteis. Aos

poucos, os imigrantes foram construindo ranchos à beira da Capela de São Sebastião. A pedido de José Alves Toledo, o topógrafo e engenheiro Felicíssimo do Espírito Santo, fez o traçado da cidade. Em 1940 havia cerca de 30 casas, e em 1946 já contava com 680 casas e uma população estimada de 3.000 pessoas. O que proporcionou esse rápido crescimento foi a construção da rodovia federal, que está ligada à CANG - Colônia Nacional Agrícola de Goiás. O município de Uruana recebeu no início, pequenos camponeses que não se xaram à CANG. Esses camponeses eram pessoas sem recursos, na maioria agregados de fazenda, meeiros e arrendatários que saíam em busca de terra para plantar. Após a construção de uma escola, com a chegada de caravanas diariamente e com mutirões para a construção de estradas, de ponte sobre o Rio Uru e até de um pequeno campo de pouso. Vila tomava forma para se tornar uma pequena e próspera cidade. Em 1943 Uruana se torna distrito, após cinco anos desmembrou-se de Jaraguá, tornando se município.


2. Implantação da cultura no município LEGENDAS: [f.5] Colheita de melancia

O cultivo e produção de melancia em Uruana começou [f.5] por volta de 1974. O engenheiro agrônomo Arsênio da Silveira, conversando com o senhor Álvaro Moreira Cronologia da cultura de melancia em Domingues, produtor da região, falou sobre Uruana: plantar uma horta de melancia de forma irrigada. A produção foi tão grande que o (Extensão Rural) Produtores: Diagnóstico/implantação da povo de Uruana não conseguiu consumir cultura da melancia no municítudo. A partir desse fato, começou-se a pio pelo Engenheiro Agrônomo comercializar em Goiânia. Arcênio da Silveira Extensionista A cultura atingiu 800 hectares, e conta 1968 da antiga ACAR GOIÁS, hoje EMATER. com uma produção de 30.000 Kg/ha. O município tem cerca de 300 produtores, 1969 Extensão Rural/ Produtores: fase a que em sua maioria são assistidos pela de conhecimento / persistência. 1973 Emater. A espécie mais cultivada quando a cultura foi implantada, era a Charleston Expansão: com a chegada de 1974 Gray e hoje foi substituída pela Top Gun, produtores de melancia de São Paulo. por ser mais doce, mais avermelhada e de melhor aparência. Primeira Festa Estadual da A melancia é originária das regiões Melancia : divulgação / 1978 tropicais da África Equatorial. Com a consolidação. chegada dos imigrantes nortes americaPrimeira Festa Nacional da nos na cidade de Americana, em São 1993 Melancia: divulgação/ Paulo deu-se o inicio do plantio comerciconsolidação. al e em grande escala, tornando-se hoje um dos mais importantes frutos Exportação para Argentina: 1997 a 1998 abertura do mercado externo. produzidos e consumidas no País. Em termos de volume de produção de Suspensão da exportação para hortaliças, ela só é superada no Brasil 1999 a 2005 argentina: exigência sanitária. pelas culturas do tomate, batata, cebola. Monitoramento da população de pragas ( Anastrepha grandis). Foi no governo de José 2004 a 2005 Mariano Costa (1977-1981) que Habilitado a exportar para a se incrementou a festa da Argentina. 2006 melancia, passando a ser a grande realização do prefeiReunião com Ministério do Trabalho e Emprego: to. Até próximo de sua morte, adequação às Leis Trabalhistas. 2009 ele ainda se preocupava com a realização do Severo ataque da praga evento, mesmo não sendo denominada de Tripes 2013 mais prefeito da cidade. Frakliniella. Atualmente o evento Sistema de controle de pragas p o ssui abrangência juntamente com a EMATER, 2017 nacional. aumento da produção e implementação do selo na fruta. .

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[f.6]

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3. Capital Nacional da Melancia LEGENDAS: [f.6] Show. [f.7]exposição da EMATER. [f.8]Exposição casa da família. [f.9]Tuirstas acampantes [f.10]Rio Uru nos dias da festa. [f.11]Competição do maior chupador de melancia [f.12]Corrida da melancia [f.13]Distribuição de mais de 30 toneladas de melancia [f.14]Carro da rainha da melancia [f.15]Desel estudantil [f.16] Desle dos agricultores [f.17]Desle estudantil [f.18]Agricultor de melancia

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Uruana é conhecida como a capital nacional da melancia, em todos os anos no mês de setembro acontece a Festa Nacional da Melancia, realizada no Parque de Exposições José Rocha Borges, às margens do rio Uru. São quatro dias de muita festividade, onde também é comemorado a emancipação política da cidade. A festa tem uma ampla programação, shows, escolha da rainha da melancia, desles estudantis, desle dos produtores, distribuição de mais de 30 toneladas de melancia, corrida com melancia, concurso do maior chupador de melancia, etc. A primeira festa foi realizada no ano de 1978 pretendia incentivar os produtores locais para o plantio do ano seguinte, pois a região tinha interesse de se colocar como a primeira produtora nacional do produto, em 1993 se tornou um evento nacional. O intuito da festa é justamente a necessidade de se divulgar a produção local, pouco conhecida dentro do próprio Estado, mostrar aos produtores o valor do produto, alertar autoridades e conseguir melhores condições para a comercialização da safra. A festa é um dos momentos para a promoção do turismo no Rio Uru, onde as

pessoas cam acampadas. O evento que já atraiu mais que o dobro da população uruanense, por falta de infraestrutura e o descaso dos últimos governantes tem visto o numero de turistas diminuir gradativamente. No período da festa toda a população se envolve com o evento, e o Riu Uru é o ponto de encontro da população local e dos turistas. As primeiras festas tinham uma programação variada, muitas datas comemorativas eram lembradas. Começavam com a apresentação do hino, festejava-se o dia da alfabetização. Havia escolha da Rainha da Melancia, desle estudantil, distribuição de sessenta toneladas de melancia, concurso do maior chupador de melancia. A festa contava ainda com o apoio da igreja católica que fazia parte da programação do evento com alvoradas e missas na Igreja Matriz. Hoje a festa perdeu o sentido religioso e a essência da divulgação da produção local, sendo totalmente voltada para o lazer, promoção do turismo e questões nanceiras.

Mário Guimarães


[f.18]

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Mรกrio Guimarรฃes

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Uruana - GO

Adubar (...) Adubar, representara o presente, mostrando a situação atual da cidade.

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Mário Guimarães


A Cidade de Uruana tem uma grande riqueza natural que é o Rio Uru, muito valorizada pela população local e nos dias festivos muito explorada pelos turistas. Seu entorno é muito ultilizado, por estar próximo ao parque agropecuário da cidade que abriga os principais eventos. Entretanto, todo o local esta em péssimas condições, com carência de infraestrutura e sem qualidade arquitetônica. A área estrategicamente escolhida, terá um grande apoio para a transformação local, pois desde muitos anos este é um sonho de muitos moradores que veem o espaço como um grande potencial para a valorização da cidade, que seria capas de proporcionar um maior conforto aos moradores. O objetivo do projeto é juntar à privilegiada condição de grande centro produtor da cultura da melancia, (que proporciona uma estrutura identitária à cidade) um espaço comunitário que possa atender as necessidades da população no que diz respeito a lazer, esporte e cultura.

Mário Guimarães

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LOCALIZ AÇÃO

Área do Projeto GO - 154 Av. José Alves Tolêdo GO - 230

N

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Mário Guimarães


Área em estudo com entorno imediato

+

Área em estudo

+ Carmo do Rio Verde Uruana possui uma localização privilegiada, pois se encontra próximo aos principais centros regionais: Ceres (24km). Itapuranga(18km). Anápolis(146km). Goiânia (pela GO24)(152km). Brasília (300km). A maior distancia é a que separa Uruana da Capital Federal. Limita-se ao norte com o município do Carmo do Rio Verde; a leste com os de Rianápolis e Jaraguá; ao sul com Itaguaru e Itaberaí, e oeste com Itapuranga e Heitoraí. O parque agropecuário é Localizado no município do Carmo do Rio Verde, mas pertencente ao município de Uruana, através da doação feita pelo prefeito dos anos 1973-1977, José Rocha Borges. A ligação entre os municípios se da através da ponte feita no ano de 1929. Apesar da inadequação dos espaços físicos, a área em estudo está localizada em um ponto extremamente privilegiaMário Guimarães

do, em uma das portas de entrada e saída da cidade, facilitando assim o acesso ao parque. O Parque é inutilizado nos momentos em que não ha eventos, com isso o descaso com a área é crescente. A área tem um grande potencial para o crescimento da festa e pode abrigar também atividades voltadas para comunidade mesmo em períodos sem festa. O terreno favorece a contemplação dos usuários por ter uma bela vista do rio à frente. A região Beira Rio, hoje se tornou ponto de encontro e é nas tardes de domingo que um grande número de pessoas se desloca para se refrescar. Na Festa Nacional da Melancia que esta grande área é completamente ocupada por ônibus, estacionamentos, acampamentos, barracas de alimentação e bebidas, e até trio elétrico para manter a animação dos participantes do evento.

Uruana

+ Rio Uru

+ Ponte de ligação entre carmo do Rio verde e Uruana 17


4. A cidade seus Povoados e Distritos Rialma

Carmo do Rio Verde Rianápolis 1

Uruceres

Uruana Jaraguá 2 3

Itapuranga

5

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Povoados: Itaguaru

1- Brazlândia 2- Ranchão 3- Cruzlândia 4- Perilândia 5- Francisnópolis

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Uruíta

Heitoraí

5. Principais pontos da Cidade

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LEGENDAS: [f.19]prefeitura [f.20]Rodoviária [f.21]hospitál [f.22]Delegacia [f.23] Igreja Matriz [f.24]Campo deFutebol [f.25] Feira Coberta [f.26]Posto de saude [f.27]Forum [f.28]Trevo

N


6. Do terreno a principal porta de entrada

N

Terreno

A centralidade do município é concentrada na Av. José Alves de Toledo, Duas esquinas abaixo e quatro acima da Igreja Matriz. Nela se encontra lojas, supermercados, papelarias, correio, bancos, loteria dentre outros estabelecimentos. No centro ainda se encontram casas que carregam traços de uma arquitetura feita há mais de 60 anos.

Centro O Município tem carência de espaços para o esporte, sem programa de incentivo à prática de atividades físicas, a cidade vai se direcionando a soluções como caminhada e corrida nas GO's limítrofes da cidade, o que gera vários riscos. Com apenas dois locais destinados ao esporte que são o campo e a quadra, diculta-se o atendimento a toda a população, já que ambos estão localizados em uma mesma região. Nesses locais acontecem campeonatos inter estudantis e a população tem o hábito de marcar horário e juntar um grupo de amigos para jogos.

Esporte Principal porta de entrada ao município tem o privilegio de ter o monumento informando que Uruana é a capital da melancia, dando assim, estrutura identitária à mesma, monumentalizando a melancia como símbolo ocial da Cidade.

Trevo 19


1966 1977

A CIDADE A PARTIR DOS ESPAÇOS PÚBLICOS

Praça João Rocha

1977

1978

Praça da Garagem

1992 Praça Bra Silva

1992 1994 Praça das Populares Praça Quinzinho Caetano

1994

Praça Canuta

2008

2010 Praça Durvalino Bento de Oliveira

2012

Praça Lázaro Ferreira

2013

Praça do Trevo 20

Praça São Sebatião

Praça João Rocha

Praça da Feira Mário Guimarães


Uruana é carente de espaços de convivência, onde o improviso dos moradores muitas vezes é necessário para proporcionar momentos de descontração. Apesar de ter muitas praças na cidade, poucas são exploradas por não oferecerem equipamentos para

proporcionar o lazer as crianças. A praça mais utilizada é a da matriz por estar nela instalada a igreja Católica, sanduícheria e sorveterias, sendo um ponto de encontro da população. A praça da feira e da garagem também acabam em uso pois nas terças, quintas e domingos recebem feiras com os agricultores da cidade.

6. Estudo do entorno Região Beira Rio: RESIDENCIAL COMERCIAL INDUSTRIAL SERVIÇOS EM DESUSO N

Parque Agropecuário: SALÃO P/EVENTOS ESPAÇO P/ LEILÃO GALPÃO BAIA SEDE DO SINDICATO CURRAL PISTA DE LAÇO DEPOSITO CASA DO GUARDA BANHEIRO BILHETERIA

Em seu entorno predominam casas térreas e residências de alvenaria com telhado de 2 águas. Na sua maioria murada com portões metálicos. A paisagem de cunho histórica do seu entorno, se resume a um galpão construído há mais de 50 anos atrás, que funcionou ate o ano de 2013 como empacotamentos de cereais. A região beira rio, foi uma das primeiras áreas onde a população começou a se instalar. Após a construção da ponte em 20 de janeiro de 1940, para facilitar o escoamento da produção cereais, o interesse pela região cou ainda maior. Com a construção da rodovia federal, o povoado de Uruana recebeu os benefícios dessa importante via de transporte, tornando-se líder na marcha para o Oeste, com alta produção de cereais e expressivo rebanho bovino. Mário Guimarães

O interior do parque agropecuário dispõe de cinco galpões que são utilizados apenas nos dias de evento no parque, um pavilhão com 24 baías para cavalos e um depósito para os equipamentos e ração. Há cinco anos atrás foi feito um galpão improvisado ao lado para acomodar os animais, pois as baías estavam em péssimas condições. Além de duas bilheterias, o local também possui três acessos de veículos, e uma casa para o vigia do parque. Dispõe de um espaço destinado para leilões, um galpão fechado que hoje está sem utilização mais já foi muito usado para acampamentos e encontros religiosos, um grande curral e uma pista de laço. Possui uma extensa área onde são realizados os shows, montadas arenas, camarotes, entre outras coisas, e um grande estacionamento. 21


AMBIENTE NATURAL E A PAISAGEM

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^ Corte longitudinal

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¹Maria Cecília Barbieri Gorski, Rios e Cidades ruptura e recnciliação, cit.

De acordo com Gorski,¹ a vegetação atua na qualidade ambiental como fator de renovação do oxigênio, xador de partículas em suspensão, amenizador do clima, gerador de sombreamento e de umidade, é coadjuvante no sistema de drenagem e na preservação de inundações. Retém a água, protege o solo contra a lixiviação e erosão, além de proteger do assoreamento as margens dos rios, assegurando a ltragem de suas águas, e evitando a compactação do solo ao redor das nascentes.

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7. Hidrograa LEGENDAS: [f.29]Rio Uru [f.30]Rio Uru - época da cheia [f.31]Rio Uru - época da FDM [f.32]Rio Uru [f.33]Rio Uru - época da cheia [f.34]Rio Uru [f.35] Rio Uru - época da FDM [f.36]Rio Uru

Uruana é banhada pelo Rio Uru que pertence à Bacia do Rio Tocantins. Na época da seca, o rio ca de um a 1,5 metros de profundidade nas áreas que são utilizadas pelos banhistas. Na cheia, a profundidade do Rio pode atingir de 3 a 8 metros. Alguns auentes do Rio Uru são os córregos Leão, Laginha, Boi Morto, Água Branca, Curral Queimado, Lages, Quilombo, Arrias e ainda os rios Canastra e Sucurí. A bacia hidrográca de água permanente composta pelos Rios Uru, Sucurí e das Almas, apesar de serem rios de tamanho relativo, não é navegável, já que as águas são corrediças e rasas. Como auente desses rios aparecem diversos ribeirões e córregos que cortam toda a região sendo que alguns são permanentes, como o córrego do Leão e córrego da Laginha. O rio foi fundamental para a seleção do sítio para a xação do povoado de capela de São Sebastião que se transformou no município de Uruana, a lógica norteadora foi à proximidade da água, por razões funcionais, estratégicas, culturais ou patrimoniais. O rio é sinônimo de riqueza e poder, mas por outro lado pode representar a fúria, por seu potencial de destruição

Com implantação do projeto a população poderia conscientiza-se sobre a dependência e da nitude dos recursos naturais, através da recuperação e preservação da mata ciliar, que garante a disponibilidade de água em quantidade e qualidade.

8. Topograa O relevo do município apresenta-se tal qual um enorme planalto, principalmente na parte oeste. A leste é um pouco mais acidentado, encontrando-se ali as vertentes dos rios Urú e Sucurí. Na parte sul está às serras divisórias dos auentes do riobeirão Curral Queimado e córrego Casa Grande. Um dos pontos culminantes da região encontra-se a leste, e faz parte de uma das muitas elevações existentes. A altitude média é de 590 metros. O terreno escolhido para a intervenção e implantação do projeto é acidentado. Na época da cheia com o aumento temporário do nível do Rio Uru, boa parte do terreno é alagada. O parque de exposição José Rocha Borges, é acidentado tendo o desnível maior concentrado próximo à pista de laço.

1,5

Corte esquemático seca rio Uru

5,0 1,5

Corte esquemático cheia do rio Uru 24

Mário Guimarães


[f.29]

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[f.36]

+ ACIDENTADO

N

Planta esquemรกtico seca rio Uru

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Planta esquemรกtico cheia do rio Uru Mรกrio Guimarรฃes

25 120


N

Áreas com maior incidência do sol.

N

Planta da vegetação atual 26

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9. Vegetação A Vegetação é rica e variada, a paisagem mais comum é a do campo ou cerrado. No caso do campo, a presença maior ca a cargo das gramíneas e leguminosas naturais, que oferecem excelente alimentação para o gado. No cerrado a vegetação é mais variada, formada por pequenos arbustos e árvores pequenas, tortuosas e fracas. A mata existente praticamente acabou cedendo lugar às lavouras e pastagens. Restam apenas pequenas áreas chamadas de “Capão do Mato”, que reúnem árvores de exuberante beleza (inclusive algumas espécies de ipê, que garantem uma beleza diferente em certas épocas do ano, quando orescem). Na região de Uruana, as árvores

[f.20]

[f.20]

frutíferas podem ser encontradas em profusão, sendo que existem algumas nativas da região, como: o araça-domato, a gabiroba, o gumirim, o jatobá e muitos outros. A vegetação no leito do Rio Uru, chamada de mata ciliar é relativamente insuciente pois não atende as normas de APP, tendo uma sequência enleirada de árvores nas ribanceiras, o que pouco favorece a função de compactação do solo através de suas raízes para evitar erosões. Como ressalta Costa,² as paisagens uviais foram sendo apropriadas como paisagens urbanas que propiciavam circulação de bens e pessoas, energia e lazer, entre outras facilidades.

[f.20]

LEGENDAS: ² Cf. Lúcia Maria Sá Antunes Costa, Rios e paisagens urbanas em cidades brasileiras, cit.

[f.37]Araça-do-mato [f.38]Gabiroba [f.39]Gumirim [f.40]Jatobá

[f.20]

10. Ventos Dominantes O clima da região é quente e seco, sendo seco e ameno no inverno e quente e úmido no verão. Com um regime de ventos bastante uniforme, apresentando uma quantidade maior de ventos durante o outono (abril a junho), fazendo com que as temperaturas se tornem mais amenas. A pluviosidade média e de 1.200 mm anuais. O período chuvoso vai de outubro a março, nos outros meses temos o período

das secas. Nesta época a temperatura já chegou a alcançar 41,6°C em outubro de 2007, e a menor temperatura já registrada foi de 2,5°C em julho de 1975, mas sua média ca em torno de 25 °C sendo portanto, agradável. 7mm refere-se à precipitação do mês de julho, que é o mês mais seco. Em dezembro cai a maioria da precipitação, com uma média de 290m.

Cote - maior incidência do sol. Mário Guimarães

27


Uruana - GO

Colher (...) Colher remetendo ao futuro, que serรก o projeto

28

Mรกrio Guimarรฃes


No município de Uruana na região Beira Rio, o espaço comunitário foi uma solução para transformação da área. O projeto não só modicará a paisagem onde está inserido, como valorizará o entorno que tem como característica uma população mais carente, privilegiando e valorizando a área e os moradores. O projeto surgiu para proporcionar melhor qualidade de vida aos moradores e oferecer uma melhor infraestrutura às principais manifestações culturais da cidade, tendo destaque à Festa Nacional da Melancia. O desao é partir de uma área extensa, periférica, que delimita o município de Uruana e Carmo do Rio Verde que é apenas utilizada no período da festa da melancia e demais eventos signicativos. E pensar em um projeto que possa levar lazer, esporte e educação por meio de um parque, criando um ambiente familiar aconchegante. Com 188.000,73m² a proposta constituirá uma ampla estrutura de lazer, com pista de ciclismo, pista de corrida, campo de futebol, campo de areia, mirante, academia ao ar livre, mesas de jogos, parquinhos, espaço de contemplação, anteatro para apresentações artísticas, equipamentos de contemplação e preservação. Além disso, a área terá uma praça de alimentação, galpões de exposição e a sede do sindicato, que atenderá tanto a parte externa voltada ao lazer, quanto o interior do parque agropecuário.

Mário Guimarães

29


11. Setorização O projeto pode ser dividido nos seguintes setores: A área de CONTEMPLAÇÃO ca na parte limítrofe do município de Uruana, possibilita uma chegada mais natural e de relação com a natureza. Com isso obriga os visitantes a atravessarem as passarelas ou a ponte (caso queiram utilizar algum dos equipamentos). A área destinada ao LAZER cará do outro lado do rio, no município do Carmo do Rio Verde, mas em terras pertencentes ao município de Uruana. Além de oferecer todos os equipamentos de esporte, esta área servirá de apoio ao parque agropecuário. A área de PRESERVAÇÃO concentrará os equipamentos culturais e obterá uma grande massa de árvores frutíferas. A ÁREA PÚBLICA do parque agropecuário, destinada aos equipamentos de apoio como galpões para exposições, praça de alimentação e a sede do sindicato. A ÁREA PRIVADA do parque agropecuário, onde se encontra os espaços para shows, montarias, provas de laço, dentre outra coisas.

Preservação

+ lazer

+ Contemplação Rio Uru

+ Área Pública

+ N

30

Área Privada


20

21

20

19

1- Espaço para shows e montarias 2- Pista de laço 3- Curral 4- Baias 5- Galpões 6- Praça de alimentação 7- Sedo do sindicato 8- Estacionamento 9- Deck elevado 10- Campo de areia 11- Quadra de poliesportiva 12- Banheiros 13- Espaço para camping 14- Parquinho infantil 15- Espelho d'água 16- Gabiões 17- Mirante - 02 18- Heliporto 19- An teatro 20- Espaço destinado para arvores frutíferas 21- Passarela - 01 22- Mirante - 01 23- Passarelas – 02 24- Cascata 25- Circuito de caminhada 26- Circuito de bicicleta 27- Passarela - 03 28- Passarela -04 29- Local para embarque e desembarque de canoas e jet ski

18 22

N

27

08

26 25

14 23

05

07

06 13

09

01

24

12 02 10

11

16

28 04

03 29


32

11 03

02

04 05 12 06 07 08

Planta da via atual

09

10 N

Corte da via atual

Mapa de vias atuais

Vias modicadas Vias: 1- Av. Tiradentes 2- R. Marina C. Máximo 3- R. Alzira Diola 4- Av. Araguaia 5- R. Nenzinho Aranha 6- Av. José Alves de Tolêdo 7- Av. José Bonifácio 8- Av. Rui Barbosa 9- Av. Tocantins 10- Av. Sudoeste 11- Vila Rocha 12- GO - 154 - Via p/canoas e jet ski - Via Duplicada - Via delimitando Vila Rocha

03

ina ar M R.

04 Av. Araguaia

X GO 12- 154

05 Av. José 06 Alves Tolêdo Av. Rui Barbosa

02

Av. José07 Bonifácio

R. Nenzinho Aranha

11

R. Alzira Diola

o

Av. 01 Tiradentes

im

Nos dias festivos onde o parque de exposição é utilizado, a GO 154 localizada ha frente do parque ca completamente congestionada, dicultando o trânsito de quem tem o intuito de seguir viagem. Por ser uma via de mão dupla acumula uma grande quantidade de veículos que tem o intuito de adentrar ao local do evento. Como solução para o problema, será feito uma requalicação da via através da duplicação de um trecho da pista com o intuito de melhorar o transito. A Vila Rocha, bairro carente, é parte integrante da proposta, pois limita-se com os parques. Desse modo, com o intuito de delimitar os espaços, foi feito uma via de mão dupla que circunda todo bairro e que pode oferecer um melhor acesso a população e uma melhor privacidade aos moradores da localidade. Também está previsto a implantação de uma via para facilitar o embarque e desembarque de canoas e jet ski

Vias: 1- Av. Tiradentes 2- R. Marina C. Máximo 3- R. Alzira Diola 4- Av. Araguaia 5- R. Nenzinho Aranha 6- Av. José Alves de Tolêdo 7- Av. José Bonifácio 8- Av. Rui Barbosa 9- Av. Tocantins 10- Av. Sudoeste 11- Vila Rocha 12- GO - 154

01

áx M

13. Modicação do traçado

Vias Atuais

C.

Os usuários que mais frequentam a área são pessoas que moram nas próximidades e que a utilizam para jogos no campo de futebol de terra batida e algumas mulheres que aproveitam a farta água do rio para lavar roupas. Nos nais de semana o numero de pessoas que frequenta a área aumenta e principalmente nos dias de calor o rio se torna um ponto estratégico para levar toda família e se refrescar. Com a nova proposta para a área o intuito é que toda a população de Uruana aproveite diariamente o espaço, que ele seja uma referência e ponto marcante de encontro, que a população possa vir ao espaço para utilizar os equipamentos de esporte, lazer, cultura, e para descansar, relaxar se e distrair. Terá também os usuários ocasionais que virão das cidades vizinhas e os que vêm para visitar os familiares e acabam se deslocando até a área para aproveitar o ambiente. E por ultimo terá os usuários que virão eventualmente para a Festa Nacional da Melancia, podendo ter mais comodidade através dos equipamentos implantados para aproveitar melhor o espaço, a cidade e o rio.

Vila Rocha

12. Perl do usuário

08 09 Av. Tocantins

Planta da via duplicada

10Sudoeste Av. N

Mapa de vias modicadas

Corte da via duplicada


14. Diagrama do projeto

^ Cidade

Região beira rio

^

+

^ + Traçado

Terreno

^

O projeto teve como pontapé inicial obter uma transição da cidade para o parque, portanto, a idéia de ter um ambiente apenas de contemplação antes de se deslocar até o outro lado do rio, seria para que este sistema de transição fosse evoluindo de acordo com os caminhos, até chegar aos equipamentos. No entanto a transição será feitas através de passarelas suspensas se iniciando no sentido das avenidas, tendo uma ideia de continuidade o que possibilita uma comunicação mais próxima com a copa das árvores dando uma sensação de grandiosidade e interação com a natureza. Além de apreciar toda a beleza que o entorno oferece.

^ ^ ^

^

Transição da cidade para o parque 33


15. Estrutura das passarelas

17. Esquema da passarela engastada na ponte

Para estruturar todas as passarelas, foi pensado em um pilar que remetendo ao caule e galhos das árvores, podendo se misturar à paisagem.

Ponte

+ 16. Conexões Ponte e Passarela

34

^

^

Existe apena uma ligação que permite a conexão entre os dois municípios, a ponte permite a passagem de pedestres e veículos. Por esta razão será feito um anexo na lateral esquerda para melhor priorizar os pedestres, alem disso duas novas passarelas serão Na ponte implantadas para existente os possibilitar novos pedestres não acessos, favorecer a são prioridade transição entre os sendo muitas vezes dois lados do obrigados a andaterreno e criar um p e r c u r s o m a i s rem na via destinada a veículos. Uma vez harmônico.

= Estrutura metálica apoiada na ponte

que a via de pedestres é muito estreita não dando para duas pessoas passarem ao mesmo tempo, além do qual a acessibilidade é inexistente. A estrutura da ponte cou por conta do seu guarda corpo que terá função também de grande viga apoiada nas extremidades é reforçada por vigas metálicas engastadas na ponte.


1 2 3

4 7

5 6 8

9 10

18. Detalhamento das passarelas 1 - Placa de concreto, xada na extremidade do guarda-corpo, função de pingadeira e acabamento. / 2Estrutura de aço, para a xação das pranchas de madeira. / 3- Parafuso de xação da madeira ( 4 por peça). / 4Guarda-corpo em pranchas de madeira itaúba, acabamento aplainado. / 5Caixa de alumínio, suporte das luminárias. / 6- Luminárias. / 7- Viga de concreto, com função também de guarda-corpo. / 8- Sistema de encaixe da peça. / 9- Peça de acrílico, proteção das luminárias. / 10Piso das passarelas de pranchas de madeira de itaúba, acabamento aplainado. / 11- Chapa metálica para a sustentação e xação das pranchas de madeira. / 12- Parafuso para a cação das vigas de aço na viga de concreto ( 8 por peça). / 13- Viga de aço

LEGENDAS: [f41] passarela de contemplação e acesso a área de lazer [f42] passarela de acesso ao ambiente de preservação

11

[f.41] 12

13

4

7 [f.42]

10

35


19. Condicionantes ambientais 19.1. Hidrograa / Vegetação Por já existir no local uma grande riqueza natura inundável, podendo ser usufruída por todos os visitantes para se refrescar. O Projeto busca aproveitar e respeita ao máximo esse bem. Para ajudar no microclima da área de lazer e integrar os ambientes, foi pensado em um espelho d'água que percorre o espaço de lazer tendo seu inicio com uma sequência de jatos d'água nos limites do parque (especicamente na área de lazer) e o parque agropecuário, e seu m desaguando no leito do rio que terá uma roda d'água e fará o papel de gerar energia para o retorno da mesma. A pouca vegetação existente não é suciente para fazer a função de ltrar a água da chuva que vem através das enxurradas cheias de impurezas para atingir o rio.

PLANTA

O código orestal, lei de numero 12.651 de 2012, diz que as áreas de preservação permanente são áreas cobertas com vegetação nativa ou não protegidas por lei, para preservar principalmente os recursos hídricos, como rios, lagoas, nascentes, lagos. Mas também para a estabilidade do solo evitando erosão, assoreamentos e da biodiversidade da fauna e da ora. Como a área foi consolidada no ano de 1937, a lei hoje implantada não tem validade para o determinado local, mesmo assim o projeto busca atender as leis de preservação ambiental, cando apenas o lado sudeste com um APP menor, tendo lugares com mínima de 12 metros de área de preservada. Isso será realizado, pois a retirada dessas pessoas da área seria inviável por ter toda uma relação com o lugar e com o entorno. Muitas mulheres ainda hoje tem o habito de lavar roupas no rio. considerando-se tal aspecto, não foi 36

previsto inicialmente o deslocamento dessa população para outro local, esta faixa limítrofe com o rio permanecera da mesma forma, contendo algumas diretrizes de uso do solo para que a desocupação se dê a longo prazo. Pensando na valorização do local com a implantação do parque linear, automaticamente acontecera a especulação imobiliária. Com isso será proposto para a primeira faixa de quadra da parte sudeste do rio algumas diretrizes: - Serão permitidas apenas casas térreas; -Não será permitida a implantação de hotéis, pousadas, restaurantes, estacionamentos, indústrias, comércios. - Após o falecimento do proprietário responsável pelo imóvel, automaticamente a área será de propriedade do município (prefeitura), que indenizará a família do falecido, deslocando-as para outro local da cidade, com isso a área da antiga residência será completamente voltada ao reorestamento. A pesquisa do Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística (IBGE) mostrou que a expectativa de vida dos goianos, chegando a uma média de 73,9 anos. As mulheres vivem mais que os homens, elas chegam a 77,3 e os homens, a 70,7. Através da pesquisa feita in loco com os moradores que estão residindo dentro da área de preservação ambiental, obteve-se um numero de 37 residências entrevistadas, com uma média de 84 moradores, sendo 12 pessoas de 1 a 20 anos, 25 pessoas de 20 a 40 anos, 47 pessoas de 40 a 87 anos.

seu consumo, além de enriquecer o local com a biodiversidade animal. Muitos pássaros já se apropriam da área para refúgio de queimadas que ocorrem frequentimente, através da indústria de cana que queimam os canaviais para facilitar o transporte da matéria prima. Com a plantação das árvores frutíferas os animais terão um incentivo a mais para apropriar do espaço. Nos canteiros centrais da via duplicada e em alguns locais especícos do parque serão plantadas palmeiras para conferir altivez e grandiosidade . Próximo a sede do sindicato para servir de barreira “visual e até mesmo ajudar na delimitação de dois espaços”. Na área de lazer próximo aos equipamentos de esporte, um grande espaço gramado (tracejado na planta) será destinado ao camping dos turistas que vem para a Festa Nacional da Melancia.

Levando em consideração os dois levantamentos anteriores e observando que a área tem predominância pessoas com uma idade mais avançada, estimase que com 33 anos a área estará completamente reorestada. A vegetação rica e variada, escolhida para saturar o local com árvores densas e também frutíferas e oríferas. A vegetação foi setorizada de forma esquemática. Estão presentes próximo ao rio e ao córrego arvores densas com copas e troncos largos, para ajudar na estruturação do solo através de suas profundas raízes, aproximando-se aos equipamentos as árvores densas vão sendo substituídas por árvores oríferas, buscando todo ano diversicar a cor do ambiente. Na área de preservação um trecho relativamente grande (delimitado na planta com tracejado) para o plantio de árvores frutíferas, oferecendo aos usuários do espaço uma diversidade de frutos para o

LEGENDAS: [f.1] Para guras, que incluem grácos, fotograas, imagens, croquis, mapas, diagramas e etc. [t.1] Para tabelas

GRAMA BERMUDA

GOIABEIRA

MEXERICA

CARAMBOLA

CAJUEIRO

MANGUEIRA

JAQUEIRA

CÁSSIA

JAMBEIRA

84 MORADORES ENTREVISTADOS: 40 a 87 anos

20 a 40 anos 1 a 20 anos

3 a 5m

12 pessoas

3 a 6m

até 3m

25 pessoas

47 pessoas

5 a 10m

até 4,5m

5 a 10m

até 14m

5 a 25m

até 6m

5 a 30m

até 8m

10 a 15m

6 a 10m

até 5m até 20m

até 7m


Área de Camping Área destinada ao plantio de arvores frutíferas. Área que futuramente será toda reorestada.

SIBIPERUMA

PEROBA ROSA

QUARESMEIRA

SUCUPIRA

FLAMBOYANT

JERIVÁ

BURITI

JACARANDÁ

IPÊ-AMARELO

até 30m 8 a 12m

até 4,5m

8 a 16m

8 a 16m

até 6m

12 a 15m

até 14m

até 12m

até 16m

até 12m até 40m

até 20m

15 a 25m

até 6m até 16m

até 15m

até 10m

Parque José Rocha Borges

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Desnível de 7 metros

Praias naturais

Ligação entre as praias

Escadaria de gabião

RN 23,0

RN 40,0 RN 30,0 RN 20,0 RN 10,0

RN 20,0 RN 10,0 RN 10,0

RN 45,0

RN 0,0

20. Topograa A topograa do parque é relativamente acidentada, próximo ao leito do rio o desnível é grande e vai suavizando gradativamente. Em um determinado local na área de contemplação ( delimitado de vermelho) onde há um desnível de 7 metros que será aproveitado para a implantação de uma cascata, aproveitando-se o grande paredão que será formado através do calçadão. A topograa irregular, oferece aos usuários do local quatro praias naturais que permitem o acesso da população

38

ao rio através da sua topograa que vai sendo suavizada. As praias oferecem uma ligação entre se através da travessia dentro do rio que pode ser feita a pé. A praia localizada na área de lazer, por ser a mais utilizada pelos banhistas foi melhor pensada para favorecer os usuários. Será implantada uma escada suspensa de concreto, onde seus vãos serão preenchidos de pedra, para que impeça a entrada de banhistas e animais perigosos dando assim mais segurança. A pedra foi o material escolhido para o

preenchimento, pois impede que nos dias de cheia do rio seja levada pela correnteza. Para uma melhor comodidade e para ajudar na estruturação da escadaria de acesso ao rio diminuindo o impacto da água nos materiais, ajudando na conserva-

ção do equipamento. Foi elaborada ainda uma escadaria de gabião que diminui o impacto da água na escada servindo como barreira e já aproveitando para oferecer aos usuários um espaço para descanso.


Gráco de incidência solar:

Máximo

N

Mínimo

21. Conforto climático A insolação do parque será demonstrada através do mapa com cores. Quanto mais vermelho for, maior incidência solar há no local, quanto mais verde for, menor será o índice do sol, e mais sombreado e fresco o local está.

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Circuito de caminhada e bicicleta

Acessos Principais

Equipamentos DET. 01

Á r e a s d e Contemplação DET. 02

01

Fluxos

Conexões DET. 03 DET. 05

DET. 04

N

Preservação Lazer

Transição Contemplação

02 22. Equipamentos

A área de lazer conta com equipamentos como quadras poliesportivas, campo de areia para jogos de vôlei e espaços para academia ao ar livre. A cessão infantil oferecerá, escorrega, casa na árvore, gira-gira, gangorras, (pisos emborrachados) e local destinado para que as mães possam acompanhar seus lhos. Além disso é proposta uma pista de ciclismo e caminhada em volta de todo o parque. Próximo à escadaria de acesso ao rio, um grande deck será implantado para possibilitar à população um ambiente para acomodar cadeiras e redes, para apreciar o rio. 40

A área de contemplação será voltada aos equipamentos culturais contendo no ambiente um anteatro, que foge da normalidade com degraus que podem ser assentos e assentos que podem ser degraus, a intenção é que os usuários quem à vontade para escolher a melhor acomodação, não tendo um lugar exclusivo e especico. O palco de apresentações segue a forma dos acentos e escadas gerando um ritmo. A área também oferece um deck elevado que possibilita o acesso na prainha, permitindo desse modo, um contato direto com as águas do rio.

LEGENDAS: [f.43] imagem da área de preservação [f.44] imagem do local onde será implantado os parques infantis [f.45] imagem da área de lazer

03 04 05

04


DET 01- Anfiteatro

DET 02- Parque Infantil

DET 03- Banheiro e vestiário público. 04- Quadra poliesportiva. 05- Parque Infantil. 41


23. Mobiliários e Materialidade Bebedouro Bebedouro de concreto, implantado nas proximidades do caminho principal onde os equipamentos serão implantados. Bebedouro

Lixeira A lixeira proposta nos ambientes será de concreto, tendo uma abertura apenas para o deposito de lixos, possibilitando que nos dias chuvosos não encharque os materiais ali depositados.

Lixeira Pergolados Os pergolados foram implantados no parque linear para possibilitar aos usuários ambientes sombreados favorecendo seu conforto, todos adotaram a madeira como material.

Pergolado

Bancos Tanto os bancos do parque de exposição agropecuário quanto os do parque linear serão de concreto, para facilitar a manutenção e ajudar a diminuir a danicação do material. Bancos próximo a praça de alimentação Bancos próximo ao rio

Bancos próximo aos equipamentos 42

Mário Guimarães


Parques infantis Os parquinhos implantados no projeto teve como objetivo, proporcionar às crianças momentos agradáveis de integração, o equipamento projetado teve como ideia inicial, chamar a atenção das crianças com elementos diferente que remetesse a natureza mas que pudesse proporciona-los diversão. Pensando nisso a ideia projetual surgiu a partir dos galhos de árvores, os mais ramicados foram ideais para favorecer a xação dos balanços, gangorras, equipamentos de arvorismos, dentre outra coisas.

Paginação Os materiais escolhidos para fazer a paginação dos parques ( parque agropecuário e parque linear) foram blocos prémoldados de concreto, tamanho 20X20 e decks de madeira em locais especícos, alguns próximos de área molhada.

Parque infantil

Bloco de concreto

Deck de madeira Mário Guimarães

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24. Detalhe Jatos d’água

Planta jatos do espelho d’água

Detalhamento dos jatos do espelho d’água 44

Mário Guimarães


25. Iluminações O parque será iluminado conforme os usos e equipamentos implantados. A ação elétrica será toda subterrânea, diminuindo a manutenção e favorecendo a segurança das pessoas.

Iluminação de alto porte: 01- (Postes para vias e estacionamento). Poste convencional pré-moldado.

02- (Poste para área do campo de areia e quadras poliesportivas). Iluminação direcionada, com capacidade de ajuste focal por sua possibilidade rotacional.

Planta e vista poste 01

Planta e vista poste 02

Iluminação de médio porte:

03-(Postes para caminhos e proximidades dos equipamentos). Criada para se integrar melhor com os equipamentos e iluminar os espaços. Lâmpadas de led remetendo a caule e galhos de árvores se misturando nos ambientes.

Processo de criação 03

Iluminação de baixo porte: 04- (Iluminar as árvores) Iluminação projetada de baixo para cima am de aumentar a segurança dos usuários, lâmpadas de led xadas sobe uma estrutura metálica que envolve o caule da árvore e é cravada no solo.

Corte e vista poste 04

Mário Guimarães

45


26. Caminhos Os caminhos foram implantados para facilitar o acesso do público às diferentes partes do programa. O traçado projetado é variado, com caminhos de ângulos retos facilitando a adequação na topograa existente. Tal traçado surge a partir do levantamento dos caminhos informais – não há caminhos pavimentos no local - já utilizados pelos pedrestres, os chamados trieiros. Tais caminhos foram considerados e aproveitados para a criação de novos, juntando-os e adequando-os para favorecer os usuários do espaço.

4646

Mário Guimarães


Mรกrio Guimarรฃes

47


02 01 02

03 04

N

01- Sede do Sindicato

02- Galpões

03- Praça de Alimentação

04- Camarim da 1º Dama

Estrutura dos pavilhões 48

Mário Guimarães


27. Parque Agropecuário O parque agropecuário foi dividido em área pública. Um espaço aberto tendo integração com o parque linear para o usufruto de toda a população, e parte privativa: parte interna do parque agropecuário, cercada por muros, tendo a população que pagar uma taxa para ingressar no complexo. O principal ponto de integração do parque agropecuário e o parque linear foi a praça de alimentação, escolhida estrategicamente para atender os dois ambientes, com um espaço completamente aberto oferecendo a população quatro quiosques agenciados de forma a facilitar o acesso e a circulação, buscando a comodidade dos clientes com um amplo espaço pavimentado, sombreado por árvores para abrigar mesas e cadeiras. Os galpões foram implantados de forma irregular, tendo a circulação principal como um elemento de ligação que faz a conexão entre eles. Por serem utilizados principalmente nos dias da Festa Nacional da Melancia, todos terão uma planta livre, com apenas uma exceção, o galpão que se encontra próximo a praça de alimentação, contendo um espaço destinado ao camarim da primeira dama. Todos serão delimitados com um guarda-corpo de um metro de altura para ajudar na organização desses ambientes.

A sede do sindicato terá uma mesma linguagem geométrica dos outros elementos da área pública, seu agenciamento interno foi pensado para que os ambientes quem mais reservados. A grande preocupação era como integrar a edicação “sede do sindicato” com os outros sem perder a sua privacidade, o material utilizado foi os elementos vazados e a vegetação com um jogo de cheios e vazios intercalandoos com um paredão de elemento vazado e um espaço de vegetação, assim sucessivamente. Esse desenho criado de forma irregular ajudará a garantir sua primacidade. O paisagismo dos espaços cou por conta de um estudo feito sobre os possíveis e atuais uxos de pedestres na área. Como elemento de ligação entre o estacionamento e a área pública foi implantado um calçadão com 5 metros de largura. Uma passarela geometricamente irregular que vai se afunilando ao se encontrar com o calçadão e uma pequena praça à frente dos galões próximo e ao parque linear, fazem a integração entre os ambientes. A sede do sindicato será cercada por pavimentação com alguns rasgos para a vegetação.

28. Estrutura dos pavilhões A escolha da estrutura teve como objetivo possibilitar a cobertura de grandes vãos, porém deixando os ambientes limpos e exíveis. Estrutura metálica, criada para fugir esteticamente dos galpões de padrão convencional e ajudar a valorizar os espaços. A estrutura é em três partes, sendo que a central possui a função de uma tesoura, ideal para grandes vãos. Os pilares das extremidades, foram uma semi-tesoura (a metade de uma tesoura) com uma pequena inclinação que torna possível pois adequa-se à cobertura com telha sanduíche. Mário Guimarães

49


50

Mรกrio Guimarรฃes


Mário Guimarães Parque José Rocha Borges

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Mรกrio Guimarรฃes


Mรกrio Guimarรฃes

53 120


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