ESPAÇO C.I.E.L. | Kézia Gomides Corrêa de Matos | UniEVANGÉLICA

Page 1

TC de Arquitetura e Urbanismo ° UniEVANGÉLICA

Cadernos

Estudante: Kézia Gomides Corrêa de Matos

Orientador:

Ana Amélia de Paula Moura

2016/2

Espaço C.I.E.L

Espaço Cultural Integrado ao Esporte e ao Lazer


Cadernos de TC 2016-2 Expediente Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Inez Rodrigues Rosa, M. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, E. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Patrick d’Almeida Vieia Zechim , M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Maquete Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e História Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754

UniEVANGÉLICA CENTRO UNIVERSITÁRIO


Apresentação Este volume é uma síntese. Nele condensa-se os esforços e trabalhos de professores e alunos do curso Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA), inicialmente desenvolvido ao longo dos cinco anos de duração do mesmo, mas intensicado nos últimos três semestres. Esta síntese, com título Cadernos de TC, revela duas experiências intensas. A primeira traduz uma proposta de interdisciplinaridade, a qual visa uma integração entre quatro disciplinas; e a outra se encontra diretamente na proposição de uma metodologia de projeto, que julgamos estar em consonância com as questões que envolvem a arquitetura e o urbanismo produzidos hoje A disciplina Trabalho de Conclusão, conduzida pelos professores Esp. Gilson Carlos David e Me. Rodrigo Santana Alves, como disciplina-tronco, orientou todo o processo de projeto e articulou três disciplinas das áreas que deram suporte às discussões de teorias, tecnologia e representação. Seminários de História, Teoria e Crítica, ministrada pelos professores Ma. Ana Amélia de Paula Moura e Me. Pedro Henrique Máximo Pereira, supriu as demandas de teoria e metodologia cientíca; Seminários de Tecnologia, ministrada pelo professor Jorge Villavisencio Ordóñez e Rodrigo Santana Alves, discutiu questões relativas às dimensões técnicas e tecnológicas dos projetos desenvolvidos; a representação e expressão gráca foi desenvolvida na disciplina de Expressão gráca com o apoio dos professores Esp. Madalena Bezerra de Soiza e Me. Rodrigo Santana Alves e por m, Maquete, conduzida pelo professor Volney Rogerio de Lima, colaborou no aprimoramento da metodologia de projeto, cuja ênfase é no trabalho com maquetes. A segunda experiência, muito anada com as posturas contemporâneas dos projetos de arquitetura e urbanismo, buscou evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão que normalmente não é alcançado. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráco como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a m de atribuir sentido, tanto ao processo, quanto ao produto nal. Por m, como síntese, apresentamos os trabalhos a partir de uma proposta gráca desenvolvida para os Cadernos de TC. Trata-se de uma espécie de revista que visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto. Prof. Dr. Alexandre Ribeiro Prof. Me. Pedro Henrique Máximo Prof. Me. Rodrigo Santana



ESPAÇO C.I.E.L Cultura, arte, lazer e esporte, foram os principais aspectos para a escolha do projeto, mas principalmente para a escolha do local, pois a falta desses incentivos é um problema para qualquer cidade, e que se torna mais evidente quando se trata de uma cidade pequena, onde não há muitos atrativos para a população. O projeto Espaço C.I.E.L – Espaço Cultural Integrado ao Esporte e Lazer, foi desenvolvido pensando nas diculdades e carências da cidade de Cabeceira Grande, interior de Minas Gerais, onde morei por muitos anos, e que não conta com nada voltado para os jovens e população em geral. O programa se desenvolveu de acordo com as necessidades e realidade da população, com atividades que incentivam a aprendizagem, convívio e desenvolvimento através da cultura, arte, esporte e lazer.

Autor(a): Kézia Gomides Corrêa de Matos Orientador(a): Ana Amélia de Paula Moura Ribeiro


C E N T R O

CULTURAL

NOS ESPAÇOS

CULTURAIS

Embora não haja um modelo denido de centro cultural, sua difícil conceituação está diretamente relacionada ao próprio signicado de cultura. No entanto, o centro cultural pode ser denido pelo seu uso e atividades nele desenvolvidas. Podendo ser um local de múltiplo uso, tornando-se um espaço acolhedor de diversas expressões ao ponto de propiciar uma circulação dinâmica da cultura. Centros culturais são instituições criadas com o objetivo de se produzir, elaborar e disseminar práticas culturais e bens simbólicos.

CENTRO CULTURAL

ESPORTE

NAS

PEQUENAS CIDADES Hoje, nem todas as cidades têm espaços culturais. A falta deles ocorre principalmente nas cidades pequenas. Em 2009, segundo a pesquisa Munic-IBGE, das 4.976 cidades com menos de 50 mil habitantes, somente 1.943 cidades (39%) possuíam um tipo de espaço cultural. Equipamentos e instituições culturais, como centros de exposição e áreas para eventos, são fundamentais para o desenvolvimento cultural das cidades.

ESPAÇO DE LAZER As cidades de um modo geral, não oferecem espaços sucientes de lazer, principalmente nas pequenas cidades. Segundo Pellegrin (2004), espaço de lazer é um termo genérico que diz respeito aos lugares em que se desenvolvem ações, atividades, projetos e programas de lazer de modo geral. Deste modo, é possível encontrar a expressão espaço de lazer sendo usada para designar um lugar especíco ou para caracterizar determinado equipamento. Nesse sentido, o equipamento de lazer é uma edicação ou instalação onde acontecem manifestações e atividades de lazer.

A prática de esportes benecia grandiosamente as pessoas e até mesmo a sociedade, pois reduz a probabilidade de aparecimento de doenças, contribui para a formação física e psíquica além de desenvolver e melhorar tais formações.

ESPAÇO C.I.E.L - Espaço Cultural Integrado ao Esporte e Lazer

U M

Kézia Gomides Corrêa de Matos


Espaço C.I.E.L

A convivência com diversos aspectos de cultura, as vezes não faz parte da realidade das pessoas, como acontece em Cabeceira Grande, pois os obstáculos que infelizmente existem pela falta de incentivos públicos, deciência no planejamento e execução de uma política sociocultural, ou qualquer outra forma de manifestação, impossibilitam o acesso aos espaços e equipamentos de lazer e cultura, contudo a população sai prejudicada. Ainda segundo o plano nacional de cultura, as manifestações de lazer desenvolvidas nos centros culturais colaboram para que as pessoas encontram novos estímulos, contribuindo para o desenvolvimento das diferentes classes sociais. Portanto, um espaço cultural para a cidade de Cabeceira Grande é de suma importância, na qual permitirá uma ampla e innita atuação do centro cultural na vida, na formação e no crescimento da sociedade, sem barreiras, atuando juntamente com os órgãos educacionais em prol e benecio de todos. sai prejudicada. Segundo o plano nacional de cultura, as manifestações de lazer desenvolvidas nos Centros

JUSTIFICATIVA

A escolha do projeto se deu a partir primeiramente da escolha do local, para o qual o projeto atenderia. A cidade de Cabeceira Grande MG, local onde tenho uma afeição particular, uma cidade pequena e acolhedora do interior de Minas, onde morei por vários anos. Cidade essa que nunca ofereceu qualquer incentivo cultural ou qualquer outras atividades voltadas para os jovens, crianças e população em geral, a não ser o que era oferecido pelas escolas, e a festa típica da cidade. É importante ressaltar o tipo de relação entre a cidade e o centro cultural, assim como a formação da consciência da realidade em que se vive em Cabeceira, onde o espaço cultural, integrado ao lazer e esporte, seria apenas um instrumento para a melhoria da situação em que se encontra atualmente, dando oportunidades para todos de aprendizagem, desenvolvimento cultural, além do lazer para esse local que é bastante desprovido dessas opções. Segundo o plano nacional de cultura, a criação e a manutenção de espaços culturais que atendam um público amplo, de todas as idades e interesses, se torna mais viável quando esses locais oferecem, ao mesmo tempo, atividades variadas, como lazer e esporte, serviços educacionais (de formação para o mercado de trabalho) e serviços de assistência social. Essa é também uma maneira de promover a cidadania e a inclusão social. São locais que reúnem ações de cultura, lazer, esporte, formação e qualicação prossional, inclusão digital e serviços de assistência social. Esses centros, são criados especialmente em áreas de baixo desenvolvimento econômico. A escolha de um Espaço Cultural, integrado ao esporte e lazer, se tornaria um atrativo para toda a população, com freqüentadores de todas as faixas etárias, envolvidos na elaboração e na participação das atividades, ocinas em geral, onde serão desenvolvidas inúmeras atividades voltadas para diferentes públicos da comunidade de Cabeceira Grande, Palmital, e entorno. A necessidade da participação da população para interagir e integrar a comunidade é muito importante. Os Equipamentos de lazer e cultura deveriam fazer parte de todas as cidades sem exceção.


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


Espaรงo C.I.E.L


REFERÊNCIAL TEÓRICO

O que é um centro cultural? Um centro cultural é um espaço destinado à apresentação de manifestações culturais das mais diversas modalidades. Um espaço de união, união de culturas, saberes, aprendizados, crescimento, interação e convívio social. A história dos centros de cultura no Brasil é recente, não se falava no assunto até que os países do primeiro mundo começassem construir estes espaços, e a França foi pioneira. A cultura de massa não precisa de uma casa, pois ela já adentra nossas casas cotidianamente através dos meios de comunicação de massa. A cultura que precisa de uma casa é a cultura da inovação, de descoberta, de transparência da realidade. A relação entre a casa de cultura e a cidade é também fundamental, não se pode fazer um equipamento distanciado da realidade na qual vivem os indivíduos e os grupos. O centro cultural deve se relacionar com a comunidade e os acontecimentos locais. Embora não haja um modelo denido de centro cultural, algumas características básicas possibilitam uma denição. Para Milanesi (1997), o que caracteriza um centro de cultura é “a reunião de produtos culturais, a possibilidade de discuti-los e a prática de criar novos produtos. Para o autor, a cultura “é uma ação contínua que trabalha com a informação, a descoberta, separando a essência da aparência, desordenando a ordem convencional, criando um novo conhecimento’’. Os centros culturais, instituições criadas para se produzir, elaborar e disseminar práticas culturais e bens simbólicos ganham, assim, o status de local privilegiado para práticas informacionais que dão subsídio às ações culturais. Ainda Segundo Milanesi (1997), os centros devem realizar ações que integrem três campos comuns ao trabalho cultural: criação, circulação e preservação. Para o primeiro campo, devem-se incorporar ações que visam estimular a produção de bens culturais; Promoção de ocinas, cursos e laboratórios; deve-se investir na formação artística e na educação estética. Uma vez produzido, o bem cultural deve se tornar público, através de uma política de eventos que possibilite a participação da socieda-

A circulação do bem cultural e da informação cria novas demandas culturais e informacionais. O terceiro campo do trabalho cultural realizado por um centro de cultura segundo Milanesi (1997), é o campo da preservação. Depois de criado e tornado público, o bem cultural deve ser preservado, para garantir a manutenção da memória cultural daquela coletividade. Os três segmentos do trabalho cultural apresentados, criação, circulação e preservação, têm no conhecimento e na informação sua matéria-prima. Da mesma forma, as demais funções a que se destinam os centros de cultura, como formação artística, estética e de público; fruição e recepção crítica de bens culturais; reexão e construção da identidade estão ancoradas no acesso à informação. Por isso, Milanesi entende que os três verbos fundamentais a serem conjugados num centro de cultura são: informar, discutir e criar. Assim se dá, nestes espaços, o ciclo da ação cultural: o público tem acesso às informações, as elabora e discute para, nalmente, criar seu próprio discurso, expressá-lo por meio de diversas linguagens e sempre que possível, registrá-lo para possibilitar a uma ação cultural contínua e permanente. Milanesi (1997), arma que, em geral, a cultura é mais entendida como ação eventual e festiva, tendo pouca relação tem com o cotidiano das pessoas, por isso, faz-se necessário que exista um mediador que anime a comunidade a participar com frequência das ações culturais. A participação da sociedade é ponto chave dessa ação para que as atividades culturais atinjam plenamente os objetivos. São muitas as perguntas envolvendo o que é cultura, pois a cultura não pode ser denida como um só, más sim uma aglomeração de saberes, de histórias e arte. Para se elaborar um espaço que englobe tudo isso, não é necessário apenas a opinião de alguns, más de todos que ali estarão presentes. A inclusão, do ponto de vista popular, deverá ocorrer sobre a palavra “sabedoria”, e, especialmente, incluindo o verbo que designa posse. “ter”, ter sabedoria. É algo que se “possui”, exatamente com o anúncio de riquezas materiais. Para que essa cultura possa ser percebida a identicada, existem os seus sinais externos.

Kézia Gomides Corrêa de Matos


Critica aos centros culturais Os espaços culturais quase sempre estão localizados nos centros das cidades, em locais de fácil acesso. No entanto, o homem periférico não é atraído por ele. Frequenta a praça, uma vez que ela, não sendo de ninguém, é de todos. A cultura tem dono. É mais um templo para iniciados do que um espaço acolhedor e estimulante. Na praça, não há discriminação, o indivíduo pode carregar toda a sua miséria sem chamar a atenção ou ser expulso (MILANESI, 1997). A própria aura que existe em torno das atividades culturais exclui a maioria que não foi convidada A porta está aberta e os convites feitos, mas não entra quem quer e sim quem pode. Penetrar nesse mundo exige condições dadas, inclusive pela tradição: há o reconhecimento da própria indigência, como se o cidadão não estivesse convenientemente trajado. Nesse sentido, o centro de cultura passa a receber um público diferenciado, os chamamos de “cultos”- os que, de alguma forma, acumularam alguns conhecimentos e apreciam exibir isso como um trunfo, ou uma arma. Os espaços culturais, acabam recebendo os mesmo iniciados de sempre. Essa constatação é feita com frequência: são sempre as mesmas pessoas que comparecem as suas funções. Isso representa uma parcela mínima dos habitantes da cidade. Determinadas politicas culturais são prioridade ao popular em oposição a “elite”, ainda que seja difícil ou mesmo impossível identicar essas duas categorias. Com isso alegam estar atendendo as expectativas da maioria da população, essa que não teve acesso a expressões por vezes denominadas “eruditas”. Quando uma instituição se propõe criar um espaço cultural, primeiramente deve estabelecer os objetivos e dimensiona-los em função do meio. Se isso não for delineado com clareza, provavelmente o resultado, por mais bela que seja a construção, será frustrante. Um arquiteto ao planejar um centro de cultura deve levar em consideração os três elementos essenciais: área de acesso ao conhecimento, espaços para convivência e discussão, setor de ocinas e laboratórios. A riqueza de um projeto está na integração desses elementos e na forma como esses espaços se relacionam.

Espaço C.I.E.L

É possível que o espaço cultural seja planejado para uma cidade com QUATROCENTOS MIL HABITANTES ou para um minúsculo município de QUATRO MIL. Os Centros Culturais são tidos como um exemplo de participação, onde são realizadas ocinas de música, canto, arte, contação de histórias e diversos outros tipos de manifestações culturais. Estas proporcionam momentos de descontração, valorização, reconhecimento, prazer e, ao mesmo tempo, conscientizam a população de que indiferente da classe socioeconômica, o lazer é um direito de todos (SILVA, LOPES, XAVIER, 2009). Biblioteca Além das escolas (transmissão e reprodução de um dado conhecimento) a indústria da cultura existe outras formas bloqueadas ou diluidoras da capacidade de pensar e se expressar com autonomia. Inclusive algumas que são praticadas em nome da cultura e que ocorrem em bibliotecas, museus, teatros, conduzidas por intelectuais e artistas. Um Município que não possua o seu acervo público não dispõe do símbolo mais identicado com a “cultura”. Lamenta-se muito pelas “crianças pobres que não posem comprar livros” que, dessa maneira, deixam de se instruir. O excesso de municípios que fazem constar um acervo precário como biblioteca municipal revela mais o medo da identicação com a indigência cultural do que o desejo de propiciar o acesso ao conhecimento. A partir da ideia de cultura como acúmulo, de exibição num mostruário, algo que se lega, as crianças passam a ser eleitas como público preferencial, uma vez que elas devem ter acesso facilitado a essa herança. Se os pais não tem esse capital, são utilizados os benefícios públicos, obrigatoriamente, a escola, eventualmente, a biblioteca municipal. As bibliotecas existem, são milhares, mas como elas funcionam pouco se discute, tanto nas áreas da educação como nos campos da cultura. Enquanto as cidades constroem o seu centro de Cultura, porque em algum lugar mágico como Paris ele existe, as bibliotecas brasileiras, lentamente e como exceção, ampliam as suas atividades, indo além de sua rotina milenar. Brasileiros, bem ou mal, dispõe de uma biblioteca.


Quando se fala em centro de cultura, a ideia genérica é que se trata de uma outra instituição, um teatro incrementado, por exemplo. Essa tendência que leva a reproduzir o que outros criaram sem saber exatamente para que serve resulta em centenas de “centros culturais” com função imprecisa, repartições públicas iguais as outras. As bibliotecas, como se identicam com criança e com escolas, não preenchem o espaço que é, normalmente, atribuído á cultura. Lazer O lazer pode ser entendido como a cultura, compreendida em seu sentido mais amplo (MARCELLINO, 2004). Entretanto, mais importante do que conceituar o termo lazer, é necessário compreender em que momento da vida das pessoas ele é usufruído ou consumido. Anal, entender o lazer como um campo especíco de atividade, em estreita relação com as demais áreas de atuação do homem, não signica deixar de considerar os processos de alienação que ocorrem em quaisquer dessas áreas (MARCELLINO, 2004). A vivência do lazer pode ocorrer numa perspectiva de reprodução da estrutura vigente, ou da sua denúncia e anúncio, através da vivência de valores diferentes dos dominantes, imaginando e querendo vivenciar uma sociedade diferenciada (MARCELLINO, 2002). O lazer é um fenômeno social de grande importância, que pode ser analisado através das escolhas que os indivíduos fazem e diz respeito às suas identidades. Nas sociedades tradicionais, os indivíduos não podiam fazer suas próprias escolhas. Não podiam denir como seria preenchido o tempo livre. Esta realidade dava margem para uma vida alienada e impedia o direito de escolha destas pessoas. Esta tradição tem mudado, porém ainda faz parte o imaginário das pessoas. Por isso, é extremamente necessário reeducar a população fazendo-a entender que o lazer, não é só viajar para um determinado lugar, mas sim, fazer algo por si, individual ou coletivamente, deixando de lado o preconceito que faz com que as pessoas se fechem para novas interpretações (MARCELLINO, 2008).

Kézia Gomides Corrêa de Matos


‘Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um som para o futuro.’ Albert Campus ‘A Cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constituída da existência humana, como as mãos são um atributo do homem.’

Espaço C.I.E.L


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


Espaรงo C.I.E.L


[f.1]- Capela Boliviapatrimônio cultural da cidade. fonte: arquivo pessoal

A Cidade escolhida para a realização do projeto é Cabeceira Grande, uma pequena cidade de interior situada no Noroeste de Minas Gerais, que se localiza a cerca de 145 km de distância da Capital Brasília. As primeiras doações de terras foram feiras pelos Srs. Trajano Caetano Costa e Pedro Costa Filho, que decidiram fazer o assentamento de um futuro povoado, que hoje é Cabeceira Grande. O distrito de Cabeceira Grande foi criado em 30-12-1962, inicialmente foi subordinado ao município de Unaí, assim permanecendo em divisão territorial até o ano de 1994. Posteriormente, foi elevado á categoria de município com a denominação de Cabeceira Grande, em 21-12-1995, desmembrado de Unaí que era sua antiga sede. Seu desenvolvimento tornou-se mais acelerado com sua emancipação, tornando-se município, em 01-06-1999, é criado o distrito de Palmital de Minas e anexado ao município de Cabeceira Grande. Seu crescimento se deu também pela estrada Unaí-Brasília, via Cabeceira Grande e Palmital. A Capital Brasília, ca a 145 km de distância de Cabeceira. O projeto foi criado para atender não somente a Cabeceira Grande como também o seu Distrito Palmital de Minas, que sofre os mesmos problemas de sua sede.

[f.1]

[f.2]- PROCURAR [f.3]- Mapa da cidade de Palmital [f.4]- Mapa da c i d a d e d e Cabeceira Grande

[f.2]

PALMITAL

O LUGAR

Cabeceira Grande- Localização

Kézia Gomides Corrêa de Matos


MG

CABECEIRA GRANDE

Terreno

Espaรงo C.I.E.L

[f.4]


A cidade tem como fonte principal de renda o setor agropecuário que gera inúmeros empregos para os moradores, devido as fazendas de grande porte voltadas principalmente para a produção de grãos, e leite. Um outro setor que gera emprego e renda são os cargos públicos municipais, na prefeitura, posto de saúde, escola, creche e etc. Os comércios da cidade são de pequeno porte mas atendem as necessidades da população. Qualquer necessidade mais complexa as pessoas vão á Unaí, cidade vizinha que é diariamente freqüentada pelos moradores de Cabeceira . Em relação á infra estrutura, a cidade deixa a desejar devido a falta de cuidados, com áreas verdes sem manutenção, alguns pontos sem iluminação, outros sem asfalto e etc.

[f.5/10]- Barragem da entrada da cidade. fonte: arquivo pessoal [f.6/12]- Barragem da usina de queimados em Palmital. fonte: google imagens [f.7]- Antiga casa de adobe de um sítio em Cabeceira. fonte: arquivo pessoal [f.8]- Uma das tres praças da cidade fonte: arquivo pessoal

[f.6]

[f.7]

Indicadores Sócio Econômicos A economia de Cabeceira Grande em Minas Gerais, possui como principais setores econômicos a Agropecuária e a Indústria. O PIB de Cabeceira Grande é de R$ R$ 151.414.000,00 e o PIB per Capita de R$ 23.173,28. A ensino escolar em Cabeceira Grande é oferecido por duas escolas, Municipal e Estadual, com ensino fundamental e médio e uma creche de educação infantil.O ensino superior mais próximo ca em Unaí, para o qual a prefeitura sede um ônibus que levam os alunos diariamente.

[f.8]

Dados Geográcos População estimada: 6,861 Área da unidade territorial (km²): 1,031,409 Densidade Demográca (hab/km²): 6,26 Clima: Tropical

[f.9]

[f.9]- Igreja Catolica S ã o J o s e e m Cabeceira Grande fonte: arquivo pessoal [f.5]

[f.10]

Kézia Gomides Corrêa de Matos


[f.11]

[f.12

Espaço C.I.E.L

KÉZIA GOMIDES CORRÊA DE

11


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


Espaรงo C.I.E.L


Um incentivo cultural presente na cidade é festa da Moagem e do carro de boi, que acontece todos os anos no mês de Julho. O evento é uma parceira do Clube do Cavalo, com concessão da Prefeitura Municipal de Cabeceira Grande –MG.

[f.13]

[f.14]

[f.15]

[f.13]- Passeata de carros de boi. Fonte:http://cabeceir agrande.com.br [f.14]- Carro de Boi f o nte:http://cabeceiragr ande.com.br

[f.16]

A programação consiste em 4 dias de festa, se inicia com uma missa, cantada pelo coral da Paróquia local; nos dias seguintes tem apresentação de artistas locais, moagem de cana no engenho de madeira, preparação de derivados de leite e mandioca que são assados em fornos de barro, e derivados da cana. O esperado desle de carros de boi acontece no sábado, sendo encerrada no domingo com uma cavalgada. Nos dias de festa são expostas amostra do artesanato produzido no município de Cabeceira Grande e palmital, onde se destacam peças feitas no tear, crochê, bordado em ponto cruz e pintura que não apenas é comercializado durante a festa, mas também incentiva o desenvolvimento sustentável da atividade. Acontece também torneios de truco (infantil e adulto) ao longo do evento e três bailes com música ao vivo nas noites de quinta-feira a sábado com artistas renomados No decorrer do evento, as refeições dos artistas e dos carreiros são oferecidas gratuitamente, com alimentação típica e preparada pela comunidade local. são disponíveis espaço para acampamento em propriedades particulares próximas, assim como hospedagem domiciliar, tanto nas fazendas como na cidade. A festa anual tem como objetivo propiciar o fortalecimento das manifestações culturais populares das comunidades tradicionais locais e territórios vizinhos, ressaltando a diversidade e riqueza dos saberes e fazeres do mundo rural, criando elos entre cidade e campo.

[f.15,17]-Comidas típicas.fonte: http://cabeceiragran de.com.br [f.16]- Tacho de preparo de doces típicos.fonte: http://cabeceiragran

[f.17]

Kézia Gomides Corrêa de Matos


CULTURA DA CIDADE

Outro incentivo a cultura para a população se dá através das escolas, que sempre comemoram dadas culturais festivas importantes, entre eles os desles típicos como por exemplo o desle de sete de setembro, que vem acompanhada da fanfarra que a escola possui. Festa em homenagem a consciência negra entre outros. Tudo é feito em conjunto, onde os professores e alunos desenvolve os materiais , roupas, decoração entre outros.

[f.18]

[f.19]

[f.20]

[f.18]- Decoração da festa do dia da consciência negra, feita pelos alunos. F o n t e : http://cabeceiragran de.com.br [f.21]

[f.19]- Apresentação de capoeira dos a l u n o s . Fonte:http://cabeceir agrande.com.br [f.20]- Apresentação dos alunos. Fonte: http://cabeceiragran de.com.br

[f.22]

Espaço C.I.E.L

[f.21,22]- Desle 7 de Setembro. Fonte: http://cabeceiragran de.com.br


O TERRENO

O terreno escolhido ocupa boa parte de uma área destinada á ocupação institucional, que com o passar do tempo foi dividida em três partes: habitação social, creche cemei e ginásio poliesportivo.O ginásio atualmente só está sendo usado como espaço de eventos, festas de casamento, festas automotivas entre outros. Não cumprindo exatamente como sua real nalidade que é o esporte, devido ao fato de que o lugar nunca tenha recebido um acabamento necessário, ele foi se degradando pela falta de manutenção, e não contribuiu com sua função para o esporte. Característica do terreno escolhido Ÿ Topograa pouco acidentada Ÿ Terreno Amplo com Área de 5,950m² Ÿ Já possui um Ginásio de Esportes, más em estado de deterioração, não sendo usado para sua nalidade. Ÿ Fica ao lado um terreno de Habitação Social Ÿ Ao lado de uma instituição pública, Creche CEMEI Ÿ Próximo a Avenida Central da cidade Ÿ Próximo as duas escolas da cidade, E. Estadual e E. Municipal

[f.23]- Habitação social. Fonte:http://cabeceir agrande.com.br

1- Terreno do projeto 2- Creche CEMEI 3- Habitação Social 4-Escola Estadual Deputado Eduardo Lucas 5-Escola Municipal Professora Hozana

[f.25]

[f.26]

[f.27]

4 5 6

[f.24]- Creche CEMEI. Fonte:http://cabeceir agrande.com.br [f.25]- Escola Estadual Deputado Eduardo Lucas. Fonte:arquivo pessoal

[f.23]

3

[f.28]

1

[f.26]- Escola Municipal[f.27]Avenida Central Fonte:http://google m a p s . c o m . b r Professora Hozana. Fonte: arquivo pessoal [f.27]- Avenida Central Fonte:http://google maps.com.br

[f.24]

2

[f.29]

1 Kézia Gomides Corrêa de Matos


3 4

5

1

2

6 [f.30]

[f.31]

1

[f.33]

1 [f.28,29,31,32,33,34]Terreno do projeto Fonte: arquivo pessoal

[f.32]

Espaço C.I.E.L

1

[f.34]

1

[f.30]- imagem aĂŠrea do terreno e entorno. Fonte:http://google maps.com.br


Planta do terreno, com suas dimensões.

8 0 ,0

Ÿ

8 0 ,0

CONDICIONANTES

A topograa do terreno, possui um inclinação de 4 metros em toda a área, necessitando então de platores para a adequação do projeto. O terreno, é uma área bem ampla, com liberdade para se trabalhar com mais de uma fachada no edifício, no entanto a orientação solar no local, favorece mais a utilização da fachada leste e sul, onde a incidência solar é menor no decorrer do dia. O terreno se limita a três ruas calmas, devido se tratar de uma cidade pequena, pouco movimentada, não necessita de um estacionamento tão extenso.

0° 350°

N

10° 20°

340°

30°

330°

40°

320°

50°

310°

60°

300° s o l s t íc i o d e i n v e r n o 1 7 h 2 1 d e m a i2o9 0 °

16h

15h

14h

13h

9h

12h 11h 10h

8h

7h

s o l s t íc i o d e i n v e r n o 7 0 °2 4 d e j u l h o

1 7 d e a b r2i l8 0 °

8 0 °2 8 d e a g o s t o

L 9 0 °e q u i n ó s c i o s

O

e q u i n ó s c i o2s7 0 °

2 3 d e f e v e r e 2i r6o0 °

16h

15h

14h 13h

12h 11h 10h

9h

17h 2 1 d e j a n e i r2o5 0 °

1 0 0 °2 0 d e o u t u b r o

8h 7h

18h

6h

s o l s t íc i o d e v e r ã o

1 1 0 °2 2 d e n o v e m b r o s o l s t íc i o d e v e r ã o 120°

240° 130°

230° 140°

220° 150°

210° 160°

200° 190°

170°

S 180°

Kézia Gomides Corrêa de Matos


Topograa original do terreno

Terreno

Topograa modicada do terreno

956 Corte do terreno

955 954

953

955

Corte do terreno modicado 954

953

Espaço C.I.E.L

956


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


Espaรงo C.I.E.L


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


Terreno do projeto Prefeitura Municipal Ins tuições Religiosas Comércios Áreas Verdes Câmera Municipal Habitação Social An go Galpão de Festas Delegacia Escolas/ Creche Posto de Gasolina Posto de Saúde Residências Via Principal

Espaço C.I.E.L


O PROGRAMA

Kézia Gomides Corrêa de Matos


Todas as deciências em relação a educação, cultura, arte, esportes e lazer, foram levadas em conta para gerar um programa de necessidades que atendesse a todos esses aspectos, um programa favorável, cabível e compatível com as necessidades reais da realidade da cidade e de seus habitantes. Todas as necessidades levaram a criação de um programa para um Espaço de cultura, arte e lazer, com espaços para atender e abrigar diversas atividades voltadas não só para jovens e crianças, más sim para toda população em geral. O centro abrigará salas para atividades diversas como pintura, artesanato, reciclagem, bordados e crochê, biblioteca, sala de multimídia, dança, instrumentos musicais, culinária e etc, além de um salão para eventos, auditório, piscina para hidroginástica, pequena quadra de futebol, lanchonete, papelaria entre outros.

Espaço C.I.E.L


Área de e x p o s ição e eventos

Ateliê de Arte/Artesanato Sala de Dança Sala de Música

ADMINISTRAÇÃO

Auditóri

Almoxari -

Copa

Sala de reuniões

Sanitário

Copa Secretari Sanitário

Sala de segurança

SERVIÇO

Quadra poliespor -

Espaço para atividade s diversas

Sala do diretor

Bibliotec

CULTURA

ESPORTE E LAZER

Piscina

DML

Área Total do Terreno: 6,800m² Área Construída: +30%= 5,291m² Área Permeável: 1,143m² Estacionamento: 750,00m² = 70 vagas

Kézia Gomides Corrêa de Matos


CUL TURAL 1,615m²

ÁREA DE ESPORTE

LAZER

2,100m²

ÁREA

ADMINIS TRAÇÃO 128m² SERVIÇO Espaço C.I.E.L

100m²

ÁREA 1.143m²


0

5

15

KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


IMPLANTAÇÃO

30

Espaço C.I.E.L


Evolução da forma

A FORMA

A procura pela forma ideal começa a surgir mediante várias tentativas de buscar uma forma que gerasse um novo contexto na região. O incomum para a realidade topológica da região de escolha para do projeto. A evolução da forma se dá inicialmente pela junção de camadas de paralelepípedos, regulares e irregulares, o rigor formal do paralelepípedo se deforma para quebrar a rigidez, gerando movimento. Posteriormente a evolução da forma do edifício ganha mais um acréscimo de idéias com base no conceito do edifício MUSAC, que une todo seu programa em um único complexo, expressivos espaços contínuos diversicados, utilizando de jardins internos, formas irregulares e a sutileza de suas fachadas, compostas por um mosaico de mais de 37 cores, inspiradas da vidraçaria da Catedral de Leon. Dados Tecnicos MUSAC- Museu de Arte Contemporáneo de Castilla y León Cidade de León/Espanha inaugurado em 1 abril de 2005 projeto arquitetônico premiado- Mansilla y Tuñón Arquitectos.

A proposta nal, surge após várias experiências que sempre levavam a uma nova idéia com base nas formas anteriores, e a irregularidade de seus elementos, gerando assim uma nova forma, um conceito moderno em um contexto completamente diferente, tratando-se de uma pequena cidade, a geometria complexa, une todas as atividades oferecidas pelo programa em um único edifício. O edifício ora é formado por paralelepípedos de concreto aparente, rígidos e frios, ora é composta por inclinações completamente envidraçadas, ambos com suas diferenças que geram um equilíbrio, onde um valoriza a beleza do outro. A cobertura inclinada é o grande diferencial da forma, que apresenta uma harmonia que une todo o edifício, além da grandeza e imponência que enriquece totalmente suas fachadas, juntamente com a utilização de uma pele de formas verticais entreabertas que além da estética, controla a iluminação. Outro destaque são os grandes jardins internos que auxiliam na claridade e ventilação de todo o edifício.

Kézia Gomides Corrêa de Matos


[f.35]

Desde o princípio, o objetivo sempre foi atingir uma forma que se destacasse de qualquer outro edifício no local, o que não era muito difícil já que a tipologia da cidade consiste quase que por completo de edicações térreas. A idéia é que o edifício seja visto de qualquer lugar de sua proximidade, principalmente da Av. central, na qual o

edifício ca próximo, e que é a principal via em que todos da cidade transitam, inclusive pessoas de fora que passam por cabeceira grande cortando caminho para outra cidade. por isso se deu a inclinação de três pontos da cobertura do edifício, para que ele pudesse ser visto de longe tanto pela população quanto pelos viajantes que alí passam.

Avenida Centralprincipal via de circulação da cidade.

uma das vias de acesso á cidade.

Terreno do edifício.

[f.35]- imagem aérea do terreno e entorno. Fonte:http://google maps.com.br

Espaço C.I.E.L


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


Espaรงo C.I.E.L


SETORIZAÇÃO- PLANTA TÉRREO

1 6 Sobe

3

5

Sobe Sobe

8 7

4

1 2 9

1- Circulação Vertical 2- Sala de artesanato/pintura 3- Biblioteca 4- Sanitários 5- Lanchonete/convivência

6- Auditório 7- Jardim intero/circulação 8- Área de esportes/lazer 9- ADM/ Serviços

Kézia Gomides Corrêa de Matos


SETORIZAÇÃO PLANTA PAVIMENTO SUPERIOR

Ac im a

13

12

So b e So b e

10 11 1

1- Circulação Vertical 10- Circulação 11- Salão de eventos 12- Sala de Dança/música 13- Sanitários/Vest.

Espaço C.I.E.L


KÉZIA GOMIDES CORRÊA DE

Kézia Gomides Corrêa de Matos


Espaço C.I.E.L

KÉZIA GOMIDES CORRÊA DE


B

D

Planta baixa Térreo

Projeção da inspeção

Entrada de acesso ao apoio de palco

Ac im a

1

23

2

22

3

21

4

20

5

19

6

18

7

17

8

16

9

15

10

14

11

13

27

12

12 11

26

10 9

34

8 7 6 5 4

29

3 2 1

28

PNE PNE PNE

A

25

15 Sobe

Sobe

30

32 14

C 31

12

2

13

33 9 11

23

8

10

22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12

11 10 9 8 7 6

7

5 4 3 2 1

1

6

L PA

CI

2

5

A

AD

TR EN

4

5

15

30

B

0

D

3

P

RIN


Pa l c

o de hist

ória

s

24

A

5

C

16 17 21

18

20 19

Espaço C.I.E.L

Hall de entrada 124,36m²

2

Copa Adm/ serv/ circulação 64,60m²

3

Sala de reuniões 27,38m²

4

Secretaria adm 28,74m²

5

Sala do Diretor 15,25m²

6

Almoxarifado adm 9,63m²

7

Banheiro/ vest. Feminino 20,30m²

8

Banheiro/ vest. Masculino 20,30m²

9

Sala de segurança 10,43m²

10

DML 4,22m²

11

Sala de Pintura/ artesanatos 189,17m²

12

Banheiro feminino 19,12m²

13 14

Banheiro masculino 19,75m²

15

Circulação/ convivência 240,83m²

Cozinha Lanchonete 18,60m²

16

Biblioteca espaço total 406,91m²

17

Recepção/ guarda Volumes 20,53m²

18

Reserva Tecnica 16,94m²

19

Re p a r o s e m a n u t e n ç ã o 2 0 ,7 3 m ½

20

Catalogação 15,34m²

21

Quarentena 15,58m²

22

Sa l a d e M u l t i m íd e a 5 1 ,1 5 m ½

23

Acervo/ estudos ind. grupo 211,17m² Espaço infantil 49,18m²

24 25

23

22

1

Camarin 26,57m²

26

Apoio de palco I 26,76m²

27

Apoio de palco II 51,95m²

28

Palco 70,90m²

29

Ascentos 221,18m²

30

Jardim interno I 132,06m²

31

Jardim interno II 233,53m²

32

Esporte/ lazer total1.271,36m²

33

Quadra 395,16m²

34

Piscina 156,00m²


B

D

Planta Baixa pavimento superior

41 39

40

A 38

C

0

5

15

B

Espaรงo C.I.E.L

30

D

35


35

Hall/ circulação 465,25m²

36

Salão de eventos 228,00m²

37

Cozinha S.eventos 228,00m²

38

Sala de música 61,30m²

39

Sala de dança 63,39m²

40

Banheiro/ vest. Feminino 58,56m²

41

Banheiro/ vest. Masculino 38,73m²

A

C

36

37

Espaço C.I.E.L

160


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


0

4

0

Espaรงo C.I.E.L

9

4

Corte A/A

9

Corte B/B


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


0

4

9

Corte C/C

0

Espaรงo C.I.E.L

4

9

Corte D/D


DETALHE 1

DETALHE 2

Kézia Gomides Corrêa de Matos


DETALHE 1

DETALHE 2

Espaรงo C.I.E.L


MATERIALIDADE/TECNOLOGIA

Fundações: Fundação direta ou rasa, com bloco de fundação e baldrames . Fundações diretas ou rasas: São aquelas em que a carga da estrutura é transmitida diretamente ao solo pela fundação. São executadas em valas rasas, com profundidade máxima de 3,0 metros, e caracterizadas por blocos, alicerces, sapatas e radiers.

Impermeabilização- Vermiculita: A Vermiculita é um mineral que submetido a altas temperaturas (cerca de 800 ºC), sofre uma grande expansão de até quinze vezes o seu volume original, gerando uma cobertura térmica, Protegendo e i m p e r m e a b i l i z a n d o l a j e s d e cobertura.

Alvenarias e Vedações: Vedação de vidro laminado e sistema drywall, alvenaria convencional, sistema de pele nas fachadas. Vidro Laminado:

[f.36]

Estrutura: estrutura Metálica, treliças, laje maciça de concreto protendido e impermeabilizada (vermiculita) Estrutura treliçada As treliças são estruturas compostas de membros interligados em seus extremos, formando uma estrutura rígida, que suportam grandes vãos.

-O laminado é um vidro de segurança, composto por duas chapas de vidro intercaladas por uma película plástica de grande resistência, fazendo dele o indicado para diversas situações onde não se pode correr o risco de ter o vidro quebrado, como claraboias, corrimãos, pisos e portas, paredes dentre outros. -O vidro laminado ainda reduz da entrada de ruídos externos e protege contra os raios UV.

Laje maciça de Concreto protendido: As lajes de concreto protendido se diferem das lajes de concreto tradicionais por suas armações. Ao invés de gaiolas e vergalhões comuns de aço, as lajes protendidas são armadas com cordoalhas, mais resistentes à tensões. Além disso, o sistema: - Reduz a espessura da laje para 20 a 25 cm, - possibilita a cobertura de vãos maiores - Garante liberdade arquitetônica -É capaz de substituir o uso vigas devido sua alta resistência. -Diminui o peso da construção e de consumo de materiais

[f.37]

[f.38]

Sistema de Pele A pele é composta por treliças de aço entreabertas com uma tela de aço, elemento criativo e principal de toda a fachada, proporcionando uma estética moderna . A versatilidade de texturas permite solucionar diferentes requisitos com o mesmo material, adequando a redução de radiação solar, alem do designer.

[f.39]

Kézia Gomides Corrêa de Matos


Instalações Hidrosanitárias: Esgoto ( fossa séptica)

Acabamentos/Revestimentos: Pele de aço nas fachadas, vidro

30

15

Tam pa herm ét ic a

N ív e l m á x i m o

ø1 0 0

359

1 .5

20

Pr o j e ç ã o d a i n s p e ç ã o

ø1 0 0

20

20

1 .5

20

1 .5

En t r a d a

Revestimento- Piso Vinílico O uso de piso vinílico em ambientes corporativos já está consagrado, são referência em aplicações geradas pela necessidade de resistência ao alto tráfego e pelas características de fácil manutenção e de assepsia do produto.

60

30

Brit a

SU M I DOU RO

[f.40]

Instalações Elétricas: Baixa tensão Luminotécnico: Lâmpadas de leds, aproveitamento de iluminação natural. Instalações Mecânicas: Elevador Hidráulico, Sistema de ventilação-ar condicionaAr condicionado: Ar Condicionado Split Piso Teto de 80.000 BTU/s Solução ideal para grandes ambientes. Fácil instalação e manutenção. Elevador Hidráulico: Os Elevadores Hidráulicos são uma ótima solução para prédios menores, com poucos andares. Com o maquinário instalado no poço do elevador, este elevador dispensa a casa de máquinas, se tornando uma opção

[f.42]

Revestimento Externo- Concreto Aparente Neutro, contemporâneo, Inúmeros são os atributos do concreto aparente. A estética e a textura, obtidas de maneira proposital, dispensam o uso de revestimentos. Acústico: Lã de vidro- conforto acústico no auditório Por suas propriedades físicas e químicas, a lã de vidro é um dos mais tradicionais isolantes térmicos e acústicos utilizados no mundo. Características da lã de vidro -Alto indíce de absorção acústica -Reduz o consumo de energia do sistema de ar condicionado; -S u a c a p a c i d a d e i s o l a n t e n ã o diminui com o passar do tempo.

[f.36] Desenho esquemático de uma fundação. Fonte:hptt//www.go ogle.com.br [f.37] Construção de uma laje de concreto protendido. Fonte:hptt//www.go ogle.com.br [f.38] Vidro laminado Fonte:hptt//www.go ogle.com.br [f.39] utilização de pele na fachada de um edifício Fonte:hptt//www.go ogle.com.br [f.40] desenho esquemático de uma fossa Fonte:arquivo pessoal [f.41] Elevador hidráulico, antes da instalação Fonte:hptt//www.go ogle.com.br [f.42] Instalação de um piso vinílico Fonte:hptt//www.go ogle.com.br

[f.41]

Espaço C.I.E.L

[f.43]

[f.41] Instalação da lã acústica no ambiente Fonte:hptt//www.go


KĂŠzia Gomides CorrĂŞa de Matos


CABECEIRA GRANDE- MINAS GERAIS Espaรงo C.I.E.L


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

Kézia Gomides Corrêa de Matos


MILANESI,Luis. A casa da invenção: Biblioteca e Centro Cultural.3.ed CotiaSP. Ateliê

DISPONÍVEL EM: https://www.impermeabilizabrasil.com /lajes-protendidas/

MARCELLINO, N.C. Estudos do Lazer: uma introdução. 3ed. Campinas: Autores Associados, 2002.

DISPONÍVEL EM: hptt:http://construfacilrj.com.br/tiposde fundacoes-de-edicios/

SILVA, M.J.V. LOPES, P.W.; XAVIER, S.H.V. Acesso a Lazer nas Cidades do Interior: um Olhar Sobre Projeto CINE SESI Cultural. VI Seminário 2009 ANPTUR. São Paulo/SP, 2009 MELO, V. A. Introdução ao Lazer. Barueri SP: Manole, 2003. DISPONÍVEL EM: <http://www.prefeituradecabeceiragra nde.com.br> DISPONÍVEL EM: <https://www.google.com.br/maps/pla ce/Cabeceira+Grande DISPONÍVEL EM:< http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/p erl.php DISPONÍVEL EM: <http://3arquitectos.blogspot.com.br/> DISPONÍVEL EM: <http://www.buildingandconstructioncanada.com/> DISPONÍVEL EM: <http://www.teeplearch.com/rmprole> DISPONÍVEL EM: hptt:<minas gerais-brasil.blog.com> DISPONÍVEL EM: hptt:<cultura.gov.br/documents.com> DISPONÍVEL EM: <http://www.archdaily.com.br/> DISPONÍVEL EM:<http://www.www.google.com.br/s earch?q=vidro+laminado&biw=

Espaço C.I.E.L

DISPONÍVEL EM: <http://http://www.refratil.com.br/ produto/vermiculita-expandida DISPONÍVEL EM: <http://http://www.centralar.com.b r/ar-condicionado-piso-teto/80000-btus DISPONÍVEL EM: <http://http://www.amplitudeacust ica.com.br/blog/la-de-vidro isolamentoacustico/ DISPONÍVEL EM: <http://www.hometeka.com.br/apre nda/qual-a-diferenca-entre-os-tiposdelajes-macica-protendida-enervurada/


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.