CULTURAL ANARTE-Centro de Arte e Cultura de Anรกpolis
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Cadernos de TC 2018-1 Expediente Direção do Curso de Arquitetura e Urbanismo Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Corpo Editorial Alexandre Ribeiro Gonçalves, Dr. arq. Ana Amélia de Paula Moura, M. arq.. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Simone Buiati, E. arq. Coordenação de TCC Rodrigo Santana Alves, M. arq. Orientadores de TCC Ana Amélia de Paula Moura, M. arq. Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Manoel Balbino Carvalho Neto, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Detalhamento de Maquete Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Volney Rogerio de Lima, E. arq. Seminário de Tecnologia Daniel da Silva Andrade, Dr. arq. Jorge Villavisencio Ordóñez, M. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Seminário de Teoria e Crítica Maíra Teixeira Pereira, Dr. arq. Pedro Henrique Máximo, M. arq Rodrigo Santana Alves, M. arq. Expressão Gráca Madalena Bezerra de Souza, E. arq. Rodrigo Santana Alves, M. arq. Secretária do Curso Edima Campos Ribeiro de Oliveira (62)3310-6754
Apresentação Este volume faz parte da quinta coleção da revista Cadernos de TC. Uma experiência recente que traz, neste semestre 2018/1, uma versão mais amadurecida dos experimentos nos Ateliês de Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo (I, II e III) e demais disciplinas, que acontecem nos últimos três semestres do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário de Anápolis (UniEVANGÉLICA). Neste volume, como uma síntese que é, encontram-se experiências pedagógicas que ocorrem, no mínimo, em duas instâncias, sendo a primeira, aquela que faz parte da própria estrutura dos Ateliês, objetivando estabelecer uma metodologia clara de projetação, tanto nas mais variadas escalas do urbano, quanto do edifício; e a segunda, que visa estabelecer uma interdisciplinaridade clara com disciplinas que ocorrem ao longo dos três semestres. Os procedimentos metodológicos procuraram evidenciar, por meio do processo, sete elementos vinculados às respostas dadas às demandas da cidade contemporânea: LUGAR, FORMA, PROGRAMA, CIRCULAÇÃO, ESTRUTURA, MATÉRIA e ESPAÇO. No processo, rico em discussões teóricas e projetuais, trabalhou-se tais elementos como layers, o que possibilitou, para cada projeto, um aprimoramento e compreensão do ato de projetar. Para atingir tal objetivo, dois recursos contemporâneos de projeto foram exaustivamente trabalhados. O diagrama gráco como síntese da proposta projetual e proposição dos elementos acima citados, e a maquete diagramática, cuja ênfase permitiu a averiguação das intenções de projeto, a m de atribuir sentido, tanto ao processo,
quanto ao produto nal. A preocupação com a cidade ou rede de cidades, em primeiro plano, reorientou as estratégias projetuais. Tal postura parte de uma compreensão de que a apreensão das escalas e sua problematização constante estabelece o projeto de arquitetura e urbanismo como uma manifestação concreta da crítica às realidades encontradas. Já a segunda instância, diz respeito à interdisciplinaridade do Ateliê Projeto Integrado de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo com as disciplinas que contribuíram para que estes resultados fossem alcançados. Como este Ateliê faz parte do tronco estruturante do curso de projeto, a equipe do Ateliê orientou toda a articulação e relações com outras quatro disciplinas que deram suporte às discussões: Seminários de Teoria e Crítica, Seminários de Tecnologia, Expressão Gráca e Detalhamento de Maquete. Por m e além do mais, como síntese, este volume representa um trabalho conjunto de todos os professores do curso de Arquitetura e Urbanismo, que contribuíram ao longo da formação destes alunos, aqui apresentados em seus projetos de TC. Esta revista, que também é uma maneira de representação e apresentação contemporânea de projetos, intitulada Cadernos de TC, visa, por meio da exposição de partes importantes do processo, pô-lo em discussão para aprimoramento e enriquecimento do método proposto e dos alunos que serão por vocês avaliados. Ana Amélia de Paula Moura Daniel da Silva Andrade Manoel Balbino Carvalho Neto Rodrigo Santana Alves
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
Com a carência que a cidade de Anápolis possui em movimentos, espaços e incentivos direcionados à arte e à cultura da população local, criar um centro de arte e cultura além de suprir valores democráticos visa também proporcionar à população um diferente tipo de convívio, lazer e experiência. A escolha do lugar foi um dos pontos chaves do projeto, já que se localiza no entorno dos principais equipamentos culturais esquecidos da cidade e que desde o princípio tem o intuito de fortalecer e reestruturar a cultura do município. O centro vem com a finalidade de uma instituição de carácter público com espaço pedagógico cultural onde se desenvolva uma influência regional artística favorecendo o convívio entre artistas, aprendizes e apreciadores.
Scarlatt Lorraine Souza
Orientador: Ana Amélia de Paula scarlattarq@gmail.com
007
‘’Comer, sentar, falar, andar, car sentado tomando um pouquinho de sol..., a arquitetura não é somente uma utopia, mas é convívio, livre-escolha, como liberdade de encontros e reuniões. Gente de todas as idades, velhos, crianças, se dando bem. Todos juntos.’’ (Lina Bo Bardi)
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Scarlatt Lorraine Souza
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
009
Segundo Milanesi (2003) a vida cultural brasileira sustentou-se, sem grandes inquietações, numa base triangular formada pelas entidades da tradição europeia
C u l t u r a l
trazidas pelos colonizadores, mais acentuadamente com a transferência da Corte portuguesa: biblioteca, teatro e museu. Museu, museu da imagem e do som, biblioteca, teatro são termos diferentes para produtos muito semelhantes, os conceitos para definir áreas e atribuições são frágeis e, com isso duplicam ações apresentando os mesmo produtos e serviços em lugares
C e n t r o
diferentes e, quase sempre, de maneira precária. Um centro cultural de sua localização ao seu programa passando necessariamente pela sua forma, é a concretização de um modo de ver a atividade cultural. As tradições locais moldam essas instituições e, quanto mais fortes forem, mais os seus traços serão visuais nas suas atividades. O público é formado pelos que exercitam a criatividade e pelos criadores potenciais, em outras palavras, todos. A ideia de centro cultural não é brasileira, no Brasil não se falava de centros
010
Scarlatt Lorraine Souza
de cultura até que países do chamado primeiro mundo tomassem a iniciativa de construí-los. É provável que a França tenha sido primordial nesta novidade, quando, nos anos de 1970 mostraram ao mundo o Centro Cultural Georges Pompidou propagando, a partir daí, tal ideia. Cultura é algo inconclusivo, o que poderia ser um centro cultural na Amazônia pouca relação teria com uma dessas instituições no interior paulista, Geografia, sociedade, história diferentes pedem espaços culturas diferentes. Não se trata de regionalizar cultura, mas de dar respostas as necessidades locais. A atividade cultural instiga, perturba, incomoda e, por isso não se espera que o espaço onde elas se desenvolvem seja lugar exclusivamente de lazer, procurado por multidões. A casa deve atrair pessoas para desconforto do o novo e a reflexão, no entanto, não é isso que está na raiz da intenção de se construir o espaço. Sendo gerado sem conceito e sem programa.O centro cultural é necessário sentidos aos espaços que, em nome da cultura são construídos. Isso desde que se dê um sentido a própria cultura que se faz na
LEGENDAS [f.01] A orquestra de Ópera, Edgar Degas, 1868-69, óleo sobre tela.
casa.
[f.01]
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
011
Ÿ
1816 - Durante o governo de Dom João VI, chega no Rio de Janeiro a missão artística francesa e é criada a academia imperial de belas artes. é
O que é arte? Segundo Lev Vygotsky
instalado oficialmente o ensino
a arte nada mais é do que a junção da
o ensino de artes nas escolas
forma, do material e do conteúdo onde sua perspectiva considera o naturalismo e suas manifestações como parte do processo de criação artística e representacional do ser humano. As artes sempre foram de muita
ARTE E EDUCAÇÃO
relevância para a humanidade, pela necessidade que cada ser humano possui em expressar-se sendo um grande fator de integração social, pois constrói e oferece novos rumos as formas de expressão através de seus conteúdos portadores de diversas significações Considerando que há tantas possibilidades de expressão, formas de aprendizado e vivência, o ensino das artes é um benefício geral. Arte e cultura estão totalmente ligadas, pois é através da arte que conseguimos diferenciar, apreciar e adquirir conhecimentos das diferenças entre uma cultura e outra, visto que na arte são impressas sentimentos, formas e cores que dizem muito sobre a pessoa que a fez. Pessoa esta que por sua vez possui uma história enriquecida por sua cultura, apanhada por
Ÿ
1960 - As experimentações
uma sociedade, tornando a arte um produto
que marcam a sociedade,
único em cada canto do mundo, sendo
como o movimento da bossa
uma força de expressão livre para todos e
nova, influenciaram o ensino
por todos.
de Artes nas escolas de todo país.
012
Scarlatt Lorraine Souza
Ÿ
1922 - Apesar de efervescência
Ÿ
1930 - O escritor Mário de
Ÿ
1948 - É criada no Rio de Janeiro
das manifestações da semana da
Andrade Heitor Villa-Lobos, institui
a primeira ‘’Escolinha de Arte’’,
arte moderna, o ensino segue as
o projeto do canto orfeônico nas
com a intenção de propor
tendências da escola tradicional,
escolas. São formados corais,
atividades para o aluno
que defende a necessidade de
que desenvolvem pela
desenvolver a autoexpressão e
copiar modelos para treinar
memorização de músicas de
a prática.
habilidades manuais.
caráter folclórico e cívico.
[f.02]
[f.03
[f.05
Ÿ
1989 - Desde 1982 desenvolvendo
[f.04]
[f.06
Ÿ
1996 - A LDB passa a considerar a
pesquisas sobre três ideias (fazer,
arte como disciplina obrigatória
ler imagens e estudar a história da
da educação básica. Os
arte), Ana Mae Barbosa cria a
parâmetros curriculares
proposta triangular, que inova ao
nacionais definem que ela é
colocar obras como referencia
composta de quatro linguagens
para os alunos.
artes visuais, dança, música e
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
LEGENDAS [f.02] Escritor Mário de Andrade Vila-Lobos. Fonte: Portal Cultura [f.03]Academia Imperial das Belas Artes Fonte: Diário do Rio [f.04] Escola Real das Ciências Artes e Ofícios Fonte: Diário do Rio [ f . 0 5 ] C a r t a z movimento Bossa Nova [f.06] Logo da lei LDB
013
MOTIVAÇÃO [f.08]
[f.07]
[f.10]
[f.09]
LEGENDAS [f.07] Escola de Artes Oswaldo Verano de Anápolis. Acervo Pessoal. 2018. [f.08] Casa de Cultura Ulisses Guimarães. Acervo Pessoal. 2018. [f.09] Escola de Dança de Anápolis. Acervo Pessoal. 2018. [f.10] Escola de Dança de Anápolis, Pais e alunos esperam o fim das atividades na escada. Acervo Pessoal. 2018.
014
Tendo em vista o interesse pessoal
levantaram as principais instituições, pessoas
sobre o assunto, busquei compreender sua
responsáveis pela manutenção da arte e da
relevância e carência no contexto atual da
cultura de Anápolis, eventos e estilos que
cidade. As primeiras ideias surgiram na forma
identifiquem a arte e a história do município.
de uma escola de música ou um
A pesquisa primeiramente as instituições
equipamento de bairro.
conhecidas de produção e divulgação de
A relação é desproporcional com a
cultura como a Secretaria de Cultura do
alta demanda de atividades culturais e
município, museus, e escolas de arte, que
artísticas na região e a baixa oferta de
desempenham hoje um importante papel
espaços com uma infraestrutura adequada.
na promoção da arte em Anápolis.
Através da análise de um
(Téofilo,2014) A Casa do Artesão,
mapeamento artístico/ cultural realizado por
associação sediada na Secretaria de
alunos do IFG/CAMPUS ANÁPOLIS que
Cultura de Anápolis criada em 2010 é um
Scarlatt Lorraine Souza
O Encoa é um dos eventos mais tradicionais do calendário cultural da
ENCOA - ANÁPOLIS
CARMINA BURANA - ANÁPOLIS
cidade e de maior longevidade da categoria no país. O Festival de Dança de Anápolis EDAnça traz oficinas de balé clássico e contemporâneo, jazz dance, dança do ventre, hip hop, stilleto e dança de salão. O EDAnça, evento realizado para lembrar o Dia Internacional da Dança, comemorado em 29 de abril, é um instrumento de fomento desta linguagem artística e de aperfeiçoamento para os profissionais da área na cidade. 'Carmina Burana' é uma peça clássica, lançada em 1936 e musicada pelo compositor alemão Carl Orff, O show é uma realização dos alunos do Corpo de
[f.11]
[f.13]
Baile do Teatro Municipal, Orquestra Jovem de Anápolis, Coro Sinfônico e Coro Infantil da Escola de Música e os convidados Madrigal Bel Canto, Orquestra Criar e Tocar e Banda Sinfônica da Ala 2. Composto por teatro, música e dança, Carmina Burana é uma peça clássica de 24 poemas, lançada em 1936 e musicada pelo compositor alemão Carl Orff.
NOITE DE GALA - ANÁPOLIS
EDANÇA - ANÁPOLIS [f.12]
[f.14]
Scarlatt Lorraine Souza
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
LEGENDAS [f.11] ENCOA Encontro nacional de coros Anápolis. Fonte: Prefeitura de Anápolis. 2018 [f.12]EDAnça Festival de Dança de Anápolis. Fonte: Prefeitura de Anápolis. 2018
[f.13]Espetáculo Carmina Burana, teatro municipal Anápolis. Fonte: Prefeitura de Anápolis. 2018. [f.14] Apresentação Noite de Gala, teatro municipal de Anápolis. Acervo pessoal. 2017.
015
TEMA
[f.15]
O tema escolhido foi um centro de
praticadas diversas atividades como por
arte e cultura para a cidade de Anápolis,
exemplo: aulas teóricas, pintura, desenho,
entendendo que esse projeto tem a missão
escultura, gravura. O espaço destinado à
de suprir a demanda de espaços culturais
realização dessas atividades é
com arquitetura de linguagem
extremamente inadequado, pois não
contemporânea.
atende condições mínimas de ventilação e
O auxílio e apoio a cultura e arte mais expressivo na cidade de Anápolis,
[f.16]
[f.17]
iluminação naturais o que torna algo praticamente inviável.
ocorre por meio da Secretária Municipal de
De acordo com o diretor da escola
Cultura, no qual realiza uma ''programação''
são recebidos anualmente cerca de até 370
na escola de artes subsidiada pela mesma. A
alunos, distribuídos em 3 turnos (manhã,
primeira ação precedente deste projeto foi
tarde, noite), sendo atendidos por pelo
incorporar a Escola de Artes Oswaldo
menos 9 professores por turno. Entretanto, as
Verano, criada em 1968. Sendo a primeira e
instalações do prédio em relação à
consequentemente tendo ampla
acessibilidade são bastante desfavoráveis,
relevância, foi implantada e relocada por
por possuir em alguns locais apenas escadas
várias vezes na cidade, estando finalmente
como acesso dificultando a locomoção de
fixada no prédio da antiga cadeia pública
pessoas com deficiência motora.
[f.18] [f.03]
[f.19]
de Anápolis. Nas instalações atuais são [f.20]
016
Scarlatt Lorraine Souza
[f.03]
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
[f.21]
estabelecimento que expõe e
cultura (Galeria de Artes Antônio
comercializa a produção de artesãos
Sibasolly, Museu de Artes Plásticas, Museu
locais. Através de um contato direto foi
Histórico Alderico Borges de Carvalho,
verificado que a associação mantém um
Orquestra Jovem de Anápolis, Banda de
cadastro de quase cem artistas, apesar
Música Lira de Prata de Santana,
da precariedade do mesmo, é possível
Orquestra de Violeiros de Anápolis,
identificar um enorme potencial para a
Companhia Anapolina de Teatro, Corpo
prática do artesanato na cidade.
de Baile do Teatro Municipal, Casa do
Conhecemos ainda na secretaria, um
Artesanato, Teatro Municipal), seus
informativo impresso mensal: Fanzine
artistas e eventos, concluiu-se que na
Cultural (SECRETARIA DE CULTURA, 2016)
cidade há uma grande demanda
que divulga a agenda cultural
cultural mas que não é atendida de
promovida pela prefeitura e, portanto,
forma suficiente, pela falta de infra-
gratuita. Essa programação é divulgada
estrutura
também no site da secretaria (PREFEITURA
culturais necessitam, para acomodação
DE ANÁPOLIS, 2017), porém não é
dos grupos, apoio técnico, de recursos e
atualizada com frequência necessária.
equipamentos além de incentivos
O levantamento dos pontos de
financeiros.
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
que esses equipamentos LEGENDAS [f.15] Entrada da Escola de Artes Oswaldo Verano Anápolis. Acervo Pessoal. 2018. [f.16] Acesso as salas de aula da Escola de Artes Oswaldo Verano. Acervo Pessoal. 2018. [f.17] Auditório da Escola de Artes Oswaldo Verano. Acervo Pessoal. 2018. [f.18] Forro da sala de pintura da Escola de Artes Oswaldo Verano. Acervo Pessoal. 2018. [f.19] Oficina de cerâmica da Escola de Artes Oswaldo Verano. Acervo Pessoal. 2018. [f.20] Sala de Música da Escola de Artes Oswaldo Verano. Acervo Pessoal. 2018. [f.21] Fachada da Escola de Artes Oswaldo Verano. Acervo Pessoal. 2018.
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GO 330
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O
06
G
3
BR
15
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500
1000
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Lugar
[f.23]
[f.22]
[f.25]
[f.24]
Localização e Evolução Urbana
A cidade de Anápolis encontra-se implantada no eixo da região centro-oeste próxima a duas grandes capitais. Os princípios da povoação no território onde se formou a cidade aconteceram em meados dos séc XIX, por tropeiros que viajavam das regiões norte para o sul. A cidade está a aproximadamente 50 quilômetros de Goiânia, e se interligam pela BR-153. A cidade é cortada pela BR- 060 que liga a Brasília e cidades adjacentes. É o terceiro maior município em população do estado de Goiás. Em população Anápolis é a 69° maior cidade brasileira e
possui um clima ameno na maior parte do tempo. O crescimento da cidade foi marcado pelo crescimento espraiado e desordenado por toda a extensão dos seus 918,4 Km². A industrialização em Anápolis, que resultou de diversos fatores, propiciou um incremento na economia local e regional que gerou um expressivo crescimento populacional na cidade. Esse crescimento populacional gerou incremento da malha urbana e o espaço urbano se modificou, tanto pela necessidade de receber essa população quanto pela especulação imobiliária.
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LEGENDAS [f.22] entroncamento das rodovias federais BR 153 – BR 060 – BR 414 Anápolis em Anápolis. Fonte:Anápolis Global, 2018. [f.23] Paróquia Santana de Anápolis. Localizada na parte histórica da cidade. Acervo pessoal, 2018. [f.24] Parque Ipiranga , localiza-se na parte leste da cidade. Tornou-se ponto de encontro dos moradores. Fonte:TribunadeAnápolis , 2018. f.25] Foto aérea da cidade de Anápolis e n c o n t r o d o s moradores. Fonte: Avozde Anapolis Fonte:TribunadeAnápolis , 2018.
019
TE NO R BRA SI L AV ENI DA
02
04
AVENIDA GOIÁ
S 03 01
O ISC
SETOR CENTRAL
0
AV.
SÃ
RA OF
GO
33
NC
Área de Intervenção
Equipamentos culturais
01
Museu de Anápolis
02 01
Museu da Imagem e do Som e Museu do Ferroviário
03 01
Prefeitura municipal Antigo palácio da cultura.
04 01
Secretária da Cultura
0 100
020
200
[f.26]
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400
Estudo do Lugar [f.28]
[f.27
[f.03] [f.29]
O Setor Central de Anápolis é conhecido pelo intenso comércio que se desenvolveu a partir dos anos 1960. Caracterizado por ruas estreitas que remontam à década de 1910, o centro possui forte presença comercial e por quatro belas praças, a Bom Jesus, a Santana (ponto de origem da cidade), a James Fanstone, e a Americano do Brasil. No Setor Central também está localizado a antiga Estação ferroviária, desativada devido ao crescimento da cidade culminando em seu fechamento e adoção do terminal urbano no mesmo local. Hoje, o centro de Anápolis se apresenta na forma tradicional de função comercial e de serviços, que se restringe ao horário comercial, o que tem provocado uma aparente “decadência”.
[f.03]
Possui também atividades significativas de serviços, a implicar muitos empregos, e atrai grande quantidade de fluxos. O Centro abriga famílias de classe média/alta, com renda de dois a cinco salários mínimos, á construções novas no bairro, mas também edifícios antigos e outros abandonados, sendo que o setor abriga um grande desenvolvimento na cidade. O setor econômico é bem constituído, e atende uma grande parcela da cidade que são de extrema importância para o desenvolvimento econômico do município.
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[f.30]
LEGENDAS [f.26] Mapa do setor central de Anápolis. [f.27] Museu da Imagem e do Som e Museu do Ferroviário. Fonte: Prefeitura de Anápolis. [f.28] Secretaria da Cultura de Anápolis. Acervo pessoal. 2018. [f.29] Prefeitura de Anápolis, antigo palácio municipal da cidade. Acervo Pessoal. 2018 [f.30] Museu da cidade de Anápolis. Acervo Pessoal. 2018
021
01 02
03
[f.34]
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01
01
Terreno [f.32]
[f.31]
03
[f.33]
Av. Goiás, pela predominancia do uso comercial, está via tem um uxo intenso.
Área verde Ventos Úmido Período Chuvoso
Vento Seco Período Seca
Localizado no setor central da cidade na Av. Goiás, o lote escolhido para implantação do Centro de Arte e Cultura encontra-se ao lado da Paróquia Santana e da praça Santana e próximo ao Palácio da Cultura e do Museu da cidade e tem um entorno caracterizado principalmente pelo comércio sem espaços de lazer. O terreno é uma esquina que se destaca por seu declive topograa, a escolha para a implantação do centro de artes está relacionada principalmente com a sua localização, além da já citada proximidade com outros equipamentos é um terreno de fácil acesso por se encontrar próximo as principais vias de acesso da cidade: a Av. Brasil Sul que corta toda a cidade e a Av. Goiás que corta todo o bairro.
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LEGENDAS [f.31] Perspectiva do terreno escolhido para o projeto. Acervo Pessoal. 2018. [f.32] Vista Lateral do terreno escolhido para o projeto. Acervo Pessoal. 2018. [f.33] Perspectiva do terreno escolhido para o projeto. Acervo Pessoal. 2018. [f.34] Foto áerea do projeto com topografia, direção dos ventos e vegetação. Acervo Pessoal. 2018.
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Terreno Residencial comercial institucional
Mapa de usos.
[f.36] 100
20
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0
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Mapa de Usos e Hierarquia Viária
Área Definida
Via Coletora
Via Local
Sentido das Vias [f.37]
0
Analisando o primeiro mapa nota-se uma predominância da mancha comercial na área que vem aumentando cada dia mais, o que acaba por modificar o uso das residências. As vias do entorno são predominantemente locais, com apenas uma via coletora, a Av. Goiás sendo uma das mais importantes da cidade por conectar todo o centro com os bairros e também o principal acesso ao terreno escolhido. A topografia de todo o entorno tem um caimento de 24 metros, as vias que circundam o terreno possuem uma largura de 12 metros e a via coletora (Av. Goiás) possui 20 metros de largura. A orientação solar é favorável ao projeto pelo fato de que as principais fachadas são voltadas para a posição leste (sol da manhã) e tendem a pegar os raios solares mais amenos, possibilitando grandes aberturas Após todas as análises nota-se que o Setor Central possui pouca qualidade no espaço público, o que dificulta os encontros sociais
A falta de atrativos faz com que a permanência no espaço público seja apenas funcional (para fazer compras ou usar os bancos e escritórios) e não de lazer e convívio. O problema do Setor Central não está relacionado à sua sintaxe, mas a outros atributos não-morfológicos, tais como: a arborização escassa e poucas áreas verdes; falta de atrativos visuais, falta de espaços paisagísticamente trabalhados. Quanto aos usos: os espaços formados pelo conjunto de edifícios institucionais, se encontram desarticulados e maltratados. Quanto ao trânsito: verifica-se congestionamento das vias pelo elevado número de automóveis e de transporte coletivo, o que é agravado pelo fato de que as vias são muito estreitas. Percebe-se um privilégio dado ao automóvel em vez do pedestre; Há forte insegurança devido à falta de iluminação, e também pelo bairro possuir apenas uso diurno e pouco uso noturno.
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LEGENDAS [f.35] Mapa de Usos do entorno do local escolhido [f.37] Mapa de Hierarquia viária
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Programe e prédimensionamento
Auditório Multiuso: Foyer: 168,00 m² Café: 17,80 m² Bilheteria: 7,83 m² Convivência: 143,10 m² Sanitários: 23,00 m²
Setor Ocinas e Criatividade
Adm/Técnico Hall/Recepção: 92,46 m². Guarda-Volume: 9,61 m². Sanitários: 20,20 m². Coordenação: 31,90 m². Secretaria: 31,90 m². Sala de Reunião: 27,90 m². Sala dos Funcionários e Vestiários: 23,94 m². Informação: 6,33 m².
Atêlie de Pintura: 53,86 m² Sala de Informática: 32,59 m² Sala de Informática: 32,59 m² Ocina de Fotograa: 32,49 m² Laboratório Fotográco: 32,18 m² Sanitários: 22,66 m² Sala de Dança e Vestiários: 57,66 m²
Lobby/Área de Exposições: 235,24 m²
Teatro-Arena Biblioteca 101,80 m²
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Teatro-Arena 1: 124,43 m² Teatro-Arena 2: 55,19 m² Teatro-Arena 2: 85,42 m²
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Café Bilheteria
Convivência
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Adm/ Técnico: 212,34 m² Lobby/ Área de Exposições: 400m2 Pedagógico: 400 m2 Auditório Multiuso: 720 m2 Setor de oficinas/ S. criatividade: 335 m2 Serviço: 75 m2 TOTAL: 3829 M2
O programa de necessidades e o pré-dimensionamento do centro de artes foram realizados com bases nas análises dos estudos de referência e das demandas estimadas para uma cidade do porte de AnápolisGO. Além disso para dimensionar os ambientes foram consideradas informações coletadas em Neufert (1976) e na NBR 9050. O dimensionamento e cálculo da capacidade do reservatório do Centro de Artes foi feito obedecendo algumas definições da NBR-5626, onde considerou-se o Centro de arte e Cultura como um prédio público com capacidade para 200 pessoas com exceção do auditorio multiuso que possui um calculo exclusivo. Sendo assim, estima-se que o reservatório possua capacidade para 43.000 litros de água.
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[f.38]
LEGENDAS [f.38] Diagrama de prédimensionamento do p r o g r a m a d e necessidades básicas do Centro de Arte e Cultura de Anápolis - ANARTE.
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O PROJETO Diretrizes Projetuais Centro de Arte e Cultura 1- Apropriação do terreno 2- Valorização do Encontro Criação de múltiplos espaços de convivência em diferentes escalas para atender as variadas e imprevisíveis atividades, de um teatro arena com possibilidade de show. 3- Verdade Estrutural Utilização do concreto em aço aparente como partido estrutural
4- Vinculo Espacial O projeto se insere no espaço urbano em uma relação de contraste por sua materialidade, porém o vínculo espacial do edifício com a cidade estabelece um diálogo com seu entorno. A volumetria marca a paisagem local por sua materialidade de concreto e também por seu grande balanço que marca a entrada do edifício.
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[f.18]
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Jaime
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G
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rgador
também para manter o vínculo espacial com o entorno que é composto por sua maioria de edificações deste porte. A partir dai buscou-se então a apropriação do terreno, o que gerou um formato bastante denso.
Rua
aio
em
1° d
N
Concepção do partido
O Centro de Arte e Cultura surge a partir do desenvolvimento de alguns processos, primeiramente distribuir os 3829 m² obtidos a partir do programa de necessidades em um edifício que não extrapolasse 2 pavimentos, devido a acessibilidade a crianças e idosos e
- Apropriação do Terreno
- Meta de Densidade
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fluxo com o objetivo de incentivar o tráfego de pedestres. Criou-se uma praça com o intuito de convidar o público para o edifício e assim trazer mais segurança para os freqüentadores do espaço. Analisando a insolação no terreno, a fachada voltada para a oeste é uma ficou localizado o auditório com uma empena
N
ve
d ni A
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1° d a u R -Apropriação da topograa diferença de altura das lajes
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aio
Rua
em 1° d
aio
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-Pátio interno, valorização do vazio
io
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G
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ás
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° de
1 Rua
o mai
Rua
em 1° d
- Praça externa e Insolação
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
Concepção do partido
Desenvolve-se a partir da cota inferior do terreno. O volume emerge novamente, na cota mais alta do terreno, para congurar o mirante de contemplação interna. A entrada ao edifício é feita por um único acesso o qual é marcado pela plasticidade da forma, a escolha do acesso ao edifício foi delimitada pela via de maior importância e
N
conhecer a fundo o terreno descobrindo suas potencialidades e desafios, buscou-se então a implantação desse volume de maneira que aproveitasse o desnível do terreno de 6 metros. Trabalhou-se os níveis criando platôs na topografia e nos platôs onde essa diferença de nível foi 3 m, marcou-se aí a entrada do edifício.
A partir daí apropriou-se da ideia de que houvesse contemplação interna no edifício e áreas de lazer e convívio obtendo-se assim uma ocupação do volume periférica e mais área permeável e com isso a valorização do vazio. Partindo da premissa da apropriação do edifício pelo lugar é de vital importância
035
AA 19
AA
14
AA
18 13
17 16
15
IMPLANTAÇÃO COM TÉRREO
12
11
09
10 08 07 01
02
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04
05
10
03
0 1
5
AA
20
036
01 - RECEPÇÃO 02 - HALL DE ENTRADA 03 - W.C FEMININO 04 - W.C MASCULINO 05 - W.C PNE 06 - BIBLIOTECA 07 - GUARDA-VOLUME
08 - BALCÃO DE INFORMAÇÕES 09 - SALÃO DE EXPOSIÇÕES 10 - SECRETÁRIA 11 - COORDENAÇÃO 12 - REUNIÃO 13 - VEST. DANÇA
14 - SALA DE DANÇA 15 - VEST. FUNCIONÁRIOS FEM. 16 - VEST. FUNCIONÁRIOS MASC. 17 - COPA FUNCIONÁRIOS
18 - ESCADA 19 - ELEVADOR
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AA AA
25
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21 22
AA
19 18
PAVIMENTO SUPERIOR
26
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38
10
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0 1
5
34
AA
33
35
18 - ESCADA 19 - ELEVADOR 21 - SALA MULTIUSO 22 - OFICINA DE PINTURA 23 - OFICINA DE FOTOGRAFIA
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24 - LABORATÓRIO DE FOTOGRAFIA 25 - OFICINA DE DESENHO 26 - W.C MASCULINO 27 - W.C FEMININO
28 - W.C PNE 29 - ÁREA DE CONVIVÊNCIA 30 - SHAFT DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO 31 - W.C PNE 32 - W.C MASC
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
33 - W.C FEM 34 - CAFETERIA 35 - BILHETERIA 36 - FOYER 37 - AUDITÓRIO 38 - RESERVATÓRIO
037
PLANTA DE COBERTURA E CORTES
01
5
20
CORTE AA
CORTE BB
0 1
038
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
5
20
CORTE BB
Capa de concreto
Armadura Transversal EPS
[f.00]
[f.00] Vigota Treliçada
Grama 15 cm terra 3 cm palha de arroz 5 cm manta drenante
1 cm concreto 5 cm manta asfáltica
30 cm
12 cm
Adicional positivo
[f.00] 07 06
TECNOLOGIA 01
Pilar Metálico em perl U
03
Fundação estaca em hélice continua monitorada.
04
Forro de gesso acartonado.
05
Viga Metálica perl U
06
Laje pre moldada impermeabilizada
08
04
Os elementos que compõem o
edifício foi do tipo estaca de hélice contínua
sistema estrutural podem ser divididas em
monitorada com blocos de coroamento
lajes, vigas e pilares.
sendo chumbados os arranques para encaixe
Muro de arrimo
01
07
05
01
02
Impermeabilização 08 Viga Baldrame
LEGENDAS [f.39] Esquema de estrutura do Edifício [f.40] Detalhe de montagem da laje treliçada pré moldada [f.41] Detalhe da laje e impermeabilização utilizadas na garagem do ANARTE - Centro de Arte e Cultura de Anápolis
03
Corte de Pele 01 - Garagem Scarlatt Lorraine Souza
0
1
2
A estrutura do Centro de Arte e
e fixação dos pilares de perfis metálicos, este
Cultura é composta por pilares e vigas
tipo de fundação proporciona rapidez na
metálicas de perfil U enrijecidos, projetados
execução do trabalhos, baixo nível de ruído
em malha com vãos de 10 metros entre si, a
durante a execução, limpeza no canteiro de
escolha desta estrutura se deve as vantagens
obras, controle e monitoramento eletrônico
deste produto como a corriqueira utilização
da qualidade das estacas sendo uma das
deste material em grandes projetos devido
fundações mais utilizadas no Brasil por sua
sua alta resistência, a sua flexibilidade
versatilidade e praticidade.
arquitetônica por proporcionar vãos maiores
A conclusão da fundação se dá com
do que os comparados com as estruturas de
a execução das vigas baldrames em
concreto, otimização de área útil e etc.
concreto armado que é a viga de apoio de
As lajes serão do tipo treliçada com
construções sobre o solo, tendo a função de
enchimento de EPS compostas por vigotas
distribuir o peso da construção pelo terreno
treliçadas pré-moldadas em concreto, tendo
mantendo sua estrutura unida.
a base 3 cm de altura e 12,5 cm de largura,
Devido o recorte feito no terreno
combinadas com elementos intermediários
houve a necessidade de muros de arrimo
de isopor (EPS).
para conteção e prevenção de
O tipo de fundação escolhido para o ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
TECNOLOGIA
Armadura distribuição
desmoronamentos. 039
01
02 03
TECNOLOGIA CONSTRUTIVAS
01
Vidro Duplo
Concreto Aparente
Viga de madeira 10/20 cm
05
04
06
040
0
Viga Metálica perl U
03
Sistema Spider glass
04
Alvenaria a Construir
05
Deck de Madeira
06
Concreto
Armado
Solo
03
Tábua de madeira Ipê 3 cm
Degrau de Madeira 50/3 cm H do espelho :17 cm
impermeabilizada
02
07
Spider de Ligação
L a j ep r em o l d a d a
Corte de Pele 02 - Teatro Arena 1 2
07
O sistema adotado para a
A cobertura do edifício será de laje
iluminação e ventilação do Centro de Arte
impermeabilizada, a qual receberá um
e Cultura foi Spider Glass que é uma
tratamento de impermeabilização de manta
solução de envidraçamento exterior
asfáltica com espessura de 4mm aplicada à
permitindo a fixação dos vidros à estrutura
superfície regularizada, concluindo-se com
por intermédio de ferragens especiais
um teste de lâmina d’água garantindo a
articuladas. O princípio funcional consiste
estanqueidade da laje.
em suportar, de forma rigorosa e graças às
O calçamento feito nas circulações
fixações articuladas, os esforços ligados ao
externas será feita por blocos intertravados,
peso próprio dos vidros e às cargas
tecnologia escolhida devido a sua fácil
climáticas.
manutenção, durabilidade, conforto
O revestimento utilizado na parte
térmico que por sua coloração clara garante
externa será concreto aparente , além de
uma menor absorção do calor pela
resistente às ações do tempo, é versátil e
superfície.
dispensa outras etapas da obra como
Os Decks de madeira do teatro
pintura. À forma arquitetônica do edifício,
arena serão executados em madeira Ipê,
após o envelhecimento deste material, será
como pode ser observado no Corte de Pele
agregado um valor conceitual.
02.
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
TECNOLOGIAS
Dobraadiças de Fixação
01
Paisagismo
[f.42]
[f.43]
[f.44]
[f.45]
A vegetação no exterior do edifício marca o caminho e é composta forrações do tipo maranta zebrada e Iresina herbstii, adquirindo formas geométricas a partir do contorno da volumetria que recebe um traçado seguindo os níveis da topograa. Em relação ao paisagismo das áreas externas que envolvem o edifício, foi proposto o plantio de árvores, de pequeno e médio porte como palmeiras do tipo garrafa e pinheiros para marcar a verticalidade do edifício e um ipê amarelo promovendo o sombreamento no pátio central. [f.46]
ANARTE - CENTRO DE ARTE E CULTURA DE ANÁPOLIS
LEGENDAS [f.42] Maranta Zebrada, forração que atinge até 20 cm de altura. Fonte: Terra Cota Jardinagem. [f.43] Ipê Amarelo. Fonte: Arvores Vivas. [f.44] Planta do tipo forração Iresina Herbstii. Fonte: Wikimedia. [f.45] Maquete fisica do Centro de Artes e Cultura, ANARTE. Acervo pessoal. [f.44] Palmeira do tipo garrafa. Fonte: Casa e Construçaõ.
041
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ÃO E
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PLANTA DE COBERTURA
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LAJE
LAJE
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AA
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LAJE IMPERMEABILIZADA
E IMPERMEABILIZADA
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ILIZ EAB
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PE E IM
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fachadas
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0 1
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fachadas
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Referências
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NEVES, Renata Ribeiro. Centro Cultural: A espetacularização da Cultura na cidade. Goiânia UCG, 2008. OLIVEIRA, Sérgio Amorim. Centros Culturais: A produção arquitetônica brasileira nas duas últimas décadas. Goiânia: FAU / UCG, 1998. RAMOS, Luciene Borges. Centro Cultural: Território privilegiado da ação cultural e informacional na sociedade contemporânea.
IDEIAS. O Mapeamento Cultural e a Economia da Cultura. Instituto para o Desenvolvimento da Economia, do Indivíduo, do Ambiente e da Socieda Disponível em: . Acesso em: 04 jun. 2017.
LARAIA, R. B. Cultura: um conceito antropológico. 13a. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000. MIRANDA, E. G. G. Mapeamento Cultural de Anápo 2011. Acesso em: 04 jun. 2017. PREFEITURA DE ANÁPOLIS. Agenda Cultural. Secretaria de Cultura. Acesso em: 04 jun. 2017.
Acervo dos pesquisadores. SECRETARIA DE CULTURA. Fanzine Cultural. Boletim Informativo da Secretaria Municipal de Cultura, nos. 17 a 22, ano 3 Prefeitura de Anápolis. jan. a jun. 2017.
ARTE BRASIL. Leis de inventivo a cultura. HELIANA COMIM VARGAS E ANA LUISA CASTILHO, Intervenção em centros urbanos. BENÊVOLO, Leonardo. A arquitetura no novo milênio. SÃO PAULO: Estação liberdade, 2007. BONDUKI, Nabil George. Affonso Eduardo Reidy - Série Arquitetos Brasileiros Instituto Lina Bo e p.m.Bardi. Portugal: Editorial, Blau 1999. DIAS, Luis Andrade de Mattos. Edificações de Aço no Brasil. São Paulo: Zigurate Editora, 1993. GHEL, Jan. Cidade para pessoas. tradução Anitta DI Marco. Reimpressão da 1° ED. 2013. São Paulo Perspectiva, 2013.
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l: Ateliê
a: FAU /
ade. 20 fev. 2008.
olis. 7Desde jan.
3. Anápolis, GO:
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