AIUAHSD EDIÇÃO 1 | JUNHO 2016
MODA TECNOLOGIA SUSTENTABILIDADE
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THE LEATHER WORK.
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colaboradores david souza
Rodolfo oliveira
stylist
DESIGNER DE MODA
michelle costa
pedro araujo
fotografa
DESIGNER DE MODA
THYAGO RODRIGUES FOTOGRAFO
MARINA TELES MAKEUP ARTIST
indianara rodrigues makeup artist
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SUMÁRIO COLABORADORES CARTA DO EDITOR MACROTENDENCIAS 14 SLOW FASHION, MODA COMEDIDA 18 MAIS QUE MODA: UMA ESCOLHA 20 UMA VISÃO DE PRESENTE E FIRURO 24 MOVIMENTO ACELERADO
SUSTENTABILIDADE 28 TECENDO UMA MODA SUSTENTÁVEL 40 EDITORIAL RONALDO SILVESTRE 54 UMA NOVA MANEIRA DE EMPREENDER 55 Guaja 56 UM NOVO CONCEITO PARA: RECRIAR 58 SUSTENTABILIDADE MADE IN RIO 60 ANIMALS FREE 62 ECO IDEIAS
MODA 68 UMA MARCA, UM CONCEITO, VÁRIAS TRANSFORMAÇÕES 73 VIDA INSECTA: DA EXPERIÊNCIA A CRIAÇÃO 74 MINHA FIEL ESCUDERO 78 EDITORIAL
tECNOLOGIA 90 o couro pode ser ecológico 92 REPELENTE FASHION, AS NOVAS CALÇAS JEANS 93 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DO SÉCULO XXI 96 EDITORIAL GUIGNARD
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DIREÇÃO CRIATIVA | DESIGNER Caio Martins DIREÇÃO DE ARTE | EDITOR DE MODA João Braga PRODUÇÃO DE MODA Ana Inácio, Bianca Almeida, Cinthia Ribeiro, Ludmila Armond e Thiago Tadeu Colaboradores Ana Inácio, Bianca Almeida, Cinthia Ribeiro, Júlia Botelho, Ludmila Armond e Thiago Tadeu Impressão Futura Express
Projeto editorial apresentado à disciplina de TRABALHO INTERDISCIPLINAR DIRIGIDO, ministrada pela professora Jane Leroy. para obtenção de conclusão de 10semetre.
carta do editor A Revista Null foi idealizada para atender e estimular o mercado com as mais atualizadas tendências de comportamento e serviço. Esta edição foi toda construída pensando na relação amistosa que existe entre tecnologia e sustentabilidade no quesito moda. As empresas e profissionais interessados no crescimento e no desenvolvimento social devem ficar atentos a esta associação. As matérias interagem com você, leitor, trazendo informações do presente que indicam grandes transformações para o futuro. E a moda, por ser uma área de comunicação, está a todo o momento inserida e sendo a portadora de grandes novas ações e reações. Tivemos a preocupação de entrevistar e homenagear um importante profissional que viu a importância de se dedicar à processos sustentáveis garantindo o seu sucesso no mercado. Seu trabalho é um exemplo que se deve ser seguido, pois além de se preocupar com o meio ambiente se preocupa com o entorno social. Agradecemos a ele e presenteamos vc com um editorial repleto de peças fantásticas da sua última coleção exposta no MTPW.
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SLOW FASHION, UMA MODA COMEDIDA O movimento que virou sinônimo de sustentabilidade preanuncia um novo modelo de consumo. POR CINTHIA RIBEIRO
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Com uma expressão estratégica, a palavra inglesa slow escolhida para nomear o movimento, indica o propósito de modificação do sistema social. A mobilização se iniciou na Itália, a base inicial era a indústria alimentícia e foi uma resposta ao modelo de vida desmoderado que já acontecia desde os anos 80. Tornou-se slow fashion através das mãos da estilista sueca Sandra Backlund, que mais tarde veio a se tornar a precursora do movimento no mundo da moda. Retardar o consumo se tornou necessário para garantir sustentabilidade na moda, para isso, as mudanças mais severas devem ser realizadas na própria indústria, porém com foco principal nos clientes. A conscientização é a peça chave para quebrar os paradigmas, preconceitos
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Who made my clothes e costumes cultivados por décadas. Tudo para formar clientes dispostos a se esforçar para comprar e usar roupas que não prejudiquem o meio ambiente. Essas atitudes prolongam não somente a vida útil dos produtos, mas também o ciclo da moda, o qual o encurtamento tem gerado vários prejuízos, uma vez que a demanda se tornou instável e com baixa previsibilidade. As pessoas que aderem a este movimento possuem um comportamento distinto, usam suas roupas até o fim de sua vida útil optando até mesmo por repará-las e customizam suas peças quando se enfaram. O costume de trocar e comprar roupas em brechós são frequentes dentro desse grupo de pessoas, uma prática
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desconhecida dos consumidores do fast fashion. No entanto trocas de roupas e produtos tem se tornado uma prática popular através de sites que fazem a intermediação, em que até mesmo pessoas que não aderiram a um modelo de vida slow participam. O mundo tem caminhado para uma globalização diferente, uma nova forma de utilizar os meios. Os pesquisadores, designers e empresários deverão se adaptar a essas mudanças que já estão ocorrendo. Essa transformação poderá ser realizada através de novas tecnologias, diversidade de materiais e recursos que sejam sustentáveis. Eliminando o desperdício de tecidos, aliando-se ao artesanato e apostando no estilo minimalista que tem se mostrado uma ótima estratégia para esse público especifico, criando uma moda atemporal. Reutilizando fios e fibras, bem como restos de tecidos.
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O cuidado com os trabalhadores também é essencial ao movimento sustentável, garantindo seus direitos fundamentais e incentivando uma produção de padrão elevado. Apesar de ser benéfico a diversos sistemas do corpo social, o movimento se esbarra na elevação dos custos, dado o investimento em qualidade dos materiais e bem estar de seus funcionários. Entretanto com uso de propostas sustentáveis, buscando alternativas que permitam acessibilidade em conjunto com os consumidores já conscientes que praticam o anticonsumismo, que rejeitam roupas que são produzidas sem responsabilidade social e de maneira insustentável, o movimento slow fashion tem todo potencial para crescer e se tornar dominante. //
O mundo tem caminhado para uma globalização diferente, uma nova forma de utilizar os meios. 17
O que de fato é o veganismo? Segundo o grupo do Reino Unido, que criou o termo que nomeia o movimento, a entidade The Vegan Society, o “"Veganismo é uma filosofia e estilo de vida que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra animais na alimentação, vestuário e qualquer outra finalidade; e por extensão, que promova o desenvolvimento e uso de alternativas livres de origem animal para benefício de humanos, animais e meio ambiente.” O equívoco na compreensão do modelo vegano está em que se acredita ser a mesma forma do padrão vegetariano. Os vegetarianos consomem produtos derivados de animais, enquanto veganos não consomem nada que venha de origem animal¹, e ainda transpõem esse cuidado além da alimentação, abrangendo o que vestem e sua forma de vida. Porém mesmo com diferenças partilham de valores semelhantes na dieta e aspectos de suas vidas.
Mais que moda: uma escolha Com uma proposta ousada e diferenciada, o veganismo superou as incertezas e defende um mundo sem exploração. POR CINTHIA RIBEIRO
O modelo de vida desse grupo de pessoas está alicerçado ao respeito aos Direitos dos Animais, trata-se de uma prática universal diversa, não se apóia a culturas, políticas, religiões ou qualquer outro tipo de influência e preferência. Essas pessoas levam uma vida normal, porém não comem alimentos de origem animal, não vestem roupas ou sapatos executado a partir de animais, evitam consumo de cosméticos e medicamentos testados em 18
animais, ou que contenham componentes animal. Não participam de diversões que aconteça exploração de animais e não apóiam trabalho ou venda de animais que sejam abusivas. Como todo o caminho do veganismo que se baseia nas escolhas, com as roupas essa seleção não se faz diferente. Optam por marcas que utilizam o conceito da moda sem crueldade aos animais, essas empresas variam de lojas populares a luxosas. Independente do estilo, hoje existe uma diversidade abundante de tecidos e fibras que podem substituir com precisão os de origem animal.
What is in my clothes?
>> A Insecta Shoes fabrica sapatos veganos, ecológicos e feitos à mão, produzidos a partir da transformação de roupas antigas e tecidos de garrafas pet recicladas. O propósito está em aumentar a vida útil do que já existe pelo mundo. Os sapatos não possuem nenhum uso de matéria-prima animal. Leia mais sobre a marca na página a seguir.
O avanço tecnológico na área têxtil e o empenho dos pesquisadores, possibilitaram roupas, sapatos, bolsas e acessórios que podem ser criados sem utilização de nenhuma fonte animal. Tecidos provenientes de fibras naturais como o bambu e cânhamo, ganham espaço no comércio atual juntamente com as fibras e couros sintéticos, que permitem peças bonitas com qualidade elevada que não causam sacrifício de animais. Conforme o mercado cresce até as pessoas leigas no assunto estão se adaptando a esses novos produtos. O veganismo não se trata de um hábito passageiro, ao contrário do que se esperava, o movimento tem ganhado força e conquistado muitos adeptos e simpatizantes. Isso aponta para a busca de um novo estilo de vida que não busca seu beneficio a partir da exploração de outros animais, mas que na verdade busca o beneficio tanto de pessoas, quanto dos animais e meio ambiente, portanto é um movimento que defende a sustentabilidade e a busca por um mundo melhor para se viver. // ¹BELLEY, Mariana. Moda Vegana. Estado de S. Paulo, estadão: janeiro, 2015.
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UMA VISร O DE PRESENTE E FUTURO POR THIAGO TADEU
Empresas se preocupam cada vez mais com a reciclagem de seus produtos finais e criam tecnologias sustentรกveis.
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No mundo têxtil, a importância do meio ambiente está cada vez mais sendo discutida e analisada como prática. Dessa forma, não basta só pensar em reciclagem, mas também em como aperfeiçoar esta reciclagem. A palavra de ordem é sustentabilidade e o benefício de serem sustentáveis, por isso as grandes empresas que se preocupam com este tema e enxergam grandes possibilidades, se empenhando cada vez mais em produzir e se unir à tecnologia de ponta. Exemplo dessa afirmativa, a Apple, multinacional norte-americana, está investindo em uma tecnologia robótica capaz de desmontar seus aparelhos em rápidos 11 segundos. Os resultados estão sendo promissores a 3 anos em aparelhos do modelo 6, mas futuramente em modelos mais antigos também. O grande resultado de tudo isso é rápida habilidade de separar e direcionar as peças para a reciclagem de milhares de IPhone por ano. Aprovada e incentivada pelo Greenpeace, a tecnologia construída pela Apple, tornou-se uma referência para as demais empresas que querem estar ativas à preservação do meio ambiente.
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Seguindo esse raciocínio, uma empresa japonesa, Teijin, desenvolveu uma tecnologia de reciclagem química para o poliéster, que são um dos tecidos mais comercializados no mercado. O processo é denominado de Eco Circle e funciona com a possibilidade de aprimorar um poliéster velho em um novo poliéster, como o puro e produzido a partir do petróleo. Essa técnica reduz drasticamente o consumo de energia e as emissões de CO2. A empresa Dutch Wear é responsável pelo Infinity, um poliéster 100% reciclável capaz de substituir o poliéster tradicional e também o algodão e a lã. O processo é o de melt spinning, onde as roupas antigas são trituradas em fibras e transformadas em novos fios, o que reduz o impacto de CO2 em 73%, a gestão de resíduos em 100% e uso de água em 95% em relação ao algodão. A possibilidade de circuito fechado já existe e garante a reciclagem de 100% dos resíduos têxteis, a partir da tecnologia de reciclagem química com líquido iônico. Os resultados dessa inovação serão em larga escala e sustentáveis, redutores do desperdício de água, energia e matérias primas na indústria da moda. //
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Estamos reinventando o coworking para que você possa ir ainda mais longe.
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seg - qui > 8 - 23h30 sex > 8 às 0h30 sab > 9 às 00h30
seg - sex > 8 - 20hs 23
MOVIMENTO ACELERADO POR THIAGO TADEU
Já viu seu SnapChat hoje? E o que você viu? Imagens aceleradas que contam uma minúscula história? Tão rápida que se você piscar não poderá nem ao menos ver novamente, já terá acabado. E o Twiter? Já twitou aquelas frases breves capazes de resumir o seu estado de espírito e alcançar largos grupos? E então, já comprou aquela peça de roupa somente com a intenção de usar hoje e depois destiná-la a qualquer fim? Se sua resposta não for positiva a nenhuma dessas perguntas você não está vivendo em um mundo globalizado, e está lendo essa reportagem sem lembrar-se das mensagens que vibram no WhatsApp. Estamos vivenciando uma era de absorção de informações desenfreadas em um ritmo muito acelerado, quanto mais rápido melhor. Nossa tecnologia nos ampara na hora de desenvolver multitarefas e nos estimula a ter acesso a tudo e a todos, para fazermos parte da sociedade atual. A palavra de ordem é rapidez, quanto mais rápido desenvolvermos as ações mais rápidas se desenvolvem outras. Com tamanha ferocidade o que vimos ontem já está obsoleto e precisamos sempre do mais atual. Quando preocupamos com o produto e não com a experiência, criamos a necessidade do artificial, que funcione e impressione no presente, já que amanhã ele estará antiquado. 24
No atual cenário do consumo de moda, as Fast Fashions se beneficiam com essa efemeridade, escondendo sistemas de produções duvidosos e negativos, que entregam resultados independentemente dos meios, visto que a prioridade de muitos desses consumidores é apenas adquirir subitamente aquele artigo. O que não é nada promissor, como cita o estilista Ronaldo Fraga Se continuarmos assim, a moda vai ficar do jeito que está: com todas as roupas comerciais e iguais. Surge a partir daí uma grande tendência de desaceleração, onde o projeto e design sobressaem o “Made in”, como diz a opinião de Astrid Façanha, professora de moda da Faculdade Santa Marcelina e SENAC, acrescentando ainda a situação a negativa e de desgaste a qual caminha algumas Fast Fashions europeias. A necessidade de construir uma tecnologia que valorize as experiências sem acelera-las será o começo de valorização da essência do produto. E quanto ao produto físico autêntico, este carrega DNA e valor em seu processo criativo e produtivo. Talvez já conheçamos esse método e ele seja simples, assim como designar calma e tempo às coisas.A desintoxicação das informações descontroladas e a paciência para destinar uma real conexão a cada momento, separando-se do imediatismo atordoante. //
Toda tecnologia construída atua para a aceleração dos processos, mas será que não é preciso desacelerar?
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Tecendo uma moda sustentável POR ANA INÁCIO, CAIO MARTINS, CINTHIA RIBEIRO, JOÃO BRAGA, LUDMILLA ARMOND E THIAGO TADEU
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Ronaldo Silvestre viveu na pele as dificuldades da vida e resolveu usar de sua experiência para transformar a vida de sua comunidade. Se tornou referência com seu trabalho. As condições degradantes nas áreas trabalhistas sempre existiram no corpo social, mesmo com os avanços já conquistados pela sociedade, cientistas e pesquisadores as péssimas condições de trabalho ainda é uma realidade cruel. A falta de valorização da mão e obra gera não só uma deficiência na família do trabalhador, mas em toda a região que a cerca, o impacto é maior do que é de fato conhecido. Os movimentos que defendem a sustentabilidade buscam a preservação ambiental, porém com a consciência de que tanto pessoas, quanto ambiente merecem atenção, surgiu o conceito da sustentabilidade social. Hoje, as novas gerações Y e Z são mais atentas e exigentes em relação ao estilo de vida sustentável, o que tem promovido um grande embate com a forma de consumir do modelo até então vigente.
A forma de lidar com o desenvolvimento social têm um modelo diferente para cada região. Países mais desenvolvidos, por exemplo, possuem uma igualdade social evoluída e podem se focar na sustentabilidade ambiental, enquanto países em desenvolvimento ainda lutam pela inclusão social e erradicação da pobreza e precisam gerar um equilíbrio no desenvolvimento sustentável. Sustentabilidade social é uma reposta a esses obstáculos, sua base é um conjunto de ações com o propósito de melhorar a qualidade de vida da população como um todo. Melhorando o acesso aos direitos de serviços básicos que incluem educação, saúde, qualidade de trabalho entre outras. Uma vez que colocadas em prática, a atuação acaba por melhorar a vida de todo o entorno das famílias beneficiadas. 29
Pode-se dizer que esse movimento é um dos mais importantes para a mudança do aspecto social. O desenvolvimento industrial, econômico, político e ambiental são influenciados pelos agravantes sociais, por isso a necessidade de agregar esse modelo de sustentabilidade em todos os setores de um país. Quebrar paradigmas deve ser o lema das empresas e órgãos que buscam contribuir para o avanço público. Ações alicerçadas a este ramo procuram gerar empregos com um ambiente profissional saudável e seguro, apoiando a formação do empregado. Essas atitudes também podem estar vinculadas a investimentos em programas voltados as questões ambientais dando apoio a agricultores, mudando automaticamente hábitos de vida e consumo. Programas visando inclusão social, disponibilizando cursos gratuitos de qualificação direcionados a famílias de baixa renda.
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O modelo antigo usado por diversas empresas confundiam o seu verdadeiro propósito com a responsabilidade social, a atuação era fundamentada em doações, assistencialismo e donativos. Atualmente esse tipo de compromisso mudou sua mentalidade, pois vai além da questão humanitária, visto que se busca relações de qualidade que interfiram diretamente no negócio. Melhorando a qualidade de vida dos proletariados, interferindo também nos setores econômicos e ambientais da empresa. Gerir essas organizações não obriga a empresa a abandonar os objetivos econômicos, e sim agregar valores sociais. O novo modelo de gestão trará bons impactos à comunidade gerando empregos com boa renda financeira e qualidade, motivando a educação e melhorando as políticas ambientais.
Trabalhando com esse novo padrão de empreendedorismo, o estilista Ronaldo Silvestre, um dos pioneiros da ideia, busca quebrar vários paradigmas com suas criações. Além de basear toda a sua produção no conceito sustentável, fundou uma proposta de resgatar e divulgar o artesanato de sua região. Através desse planejamento surgiu o projeto “TECENDO ITABIRA” que gera renda e melhora a qualidade de vidas dos artesãos da cidade, além de ter o cunho de responsabilidade social a iniciativa valoriza a identidade Itabirana. Ronaldo Silvestre nasceu em Itabira, Minas Gerais. É designer formado pela universidade de Londrina e especialista em artes visuais pelo SENAC. Filho de mãe costureira, quando criança, reaproveitava os retalhos de tecidos para criar seus próprios brinquedos. Sempre olhando através do design para desenvolver projetos, e não somente típicas peças de roupas. Sempre embasado em questões sociais atuais, o estilista alinha a sustentabilidade ao seu design promovendo a preocupação com o meio ambiente. Além disso, seu processo criativo trabalha com a desconstrução de tecidos e formas para elaborar novas modelagens.
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Ronaldo além de ser colunista da revista DeFato também já participou de vários concursos como ReadytoGo, onde foi convidado pela Fiemg e dividiu o primeiro lugar com a estilista Bárbara Monteiro da marca Mollet, e como prêmio ganhou um stand individual cedido pelo Sindivest-MG na feira de negócios do Minas Trend Preview que abriu muitas portas pra Ronaldo que conseguiu contratos com empresas de Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. Depois participou do Dragão Fashion onde o tema era “mãos a obra, mãos a moda”,Ronaldo impressionou a todos com sua coleção sustentável e artesanal, seguindo o s princípios do Slow Fashion, com o tema “Flores da Guerra” inspirado no poema “A flor e a náusea” do também Itabirano Carlos Drumond de Andrade. Silvestre também já participou três vezes da Casa dos Criadores que acontece duas vezes ao ano em São Paulo. “A moda é um transformador social, mesmo com todos empecilhos políticos e descasos da cidade, vamos levando com muito amor e dedicação, sem barreiras”, diz Ronaldo Silvestre, “O nosso diferencial é que pegamos todos os tecidos, cortamos e transformamos em viés e aplicamos nas gazes de seda. Criamos uma nova estampa, em 3D, que garante a leveza da gaze”, explicou o estilista. Além de estilista consolidado, é consultor em desenvolvimento de coleção, tendências de mercado, tendências de materiais e aviamentos, planejamento e gestão de produção. Foi pioneiro no desenvolvimento e qualificação de projetos sociais em comunidades carentes: elaborando desde a linha de produção, o direcionamento e a viabilidade dos produtos, criando coleções de roupas e acessórios para cooperativas como a Justa Trama, Unisol Brasil, Cooper Fashion, Futurarte, A Cara do Sertão, Instituto Tecendo Itabira. 32
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“A moda é um transformador social, mesmo com todos empecilhos políticos e descasos da cidade, vamos levando com muito amor e dedicação, sem barreiras”
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Tecendo Itabira
O instituto Tecendo Itabira é um organização não governamental (ONG) é foi fundada em 2009 com o intuito de ajudar na profissionalização da comunidade de Itabira, que visa à melhoria da qualidade de vida de mulheres carentes e a qualificação de mão de obra da região. Desde 2014 realizam projetos e ações engajadas em planejamento ambiental e ampliação na participação sociocultural e econômica da comunidade no processo e desenvolvimento local e da preservação ambiental. A inspiração foi criar um espaço onde cultura e ambiente criasse relações de identidade, onde as trocas de experiência fossem o principal foco das ações desenvolvidas, incentivando o desenvolvimento cultural, a Economia Criativa Solidária, a Auto Sustentabilidade e a Cidadania. O Instituto tem aulas ministradas com o estilista e empresário Ronaldo Silvestre que leva a parceria com a ONG para suas criações, já que suas peças são feitas em parceria com os artesões do ITI.
Em 2014 recebeu a certificação de OSCIP Federal, tornando se um projeto completo que ensina e aprende, a partir da valorização da cultura local e ambiental, sua arte e produção, aprimorando o trabalho de quem já é artesão e o descobrimento de novos profissionais. “A Missão do Instituto Ser Sustentável com Estilo é valorizar toda a cadeia produtiva de moda, criando um circulo virtuoso, criativo e rentável, unindo todas as esferas do mercado de moda ao desenvolvimento sustentável. O SSE é baseado em sete pilares: valorização das capacidades locais, comércio justo, capacitação e inclusão social, uso de materiais orgânicos, reciclagem/reaproveitamento e upcycling, artesanato com design e, por último, moda sustentável com prestígio e memória nacional.”
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Ronaldo fala
Nós da Null, reconhecendo a importância do trabalho sustentável e valorizando profissionais que estejam engajados em respeitar as leis trabalhistas, em inserir pessoas no mercado de trabalho e ainda criar peças que respeitem o meio ambiente, buscamos conversar diretamente com o estilista Ronaldo Silvestre e conhecer ainda mais de seu trabalho a partir da ótica do próprio designer.
null: Quando você decidiu iniciar sua própria marca e como idealizou o seu público alvo? rs: Desde o primeiro ano da faculdade estava decido a ter minha própria marca. Focado no público fashion, que frequentavam Raves, e tendo em vista que o mercado alternativo naquela época estava se iniciando. Minha primeira marca foi a Ex-Madame, e tinha o conceito de moda incomum feita para pessoas descoladas. null: Como foi quando estabeleceu sua marca “Ronaldo Silvestre”, qual o processo de planejamento da marca? rs: Tudo aconteceu de maneira natural. Desde o meu processo de construção, o amadurecimento na maneira de pensar e em toda a e estruturação de uma coleção até aos desafios do design. Tive vivencia com moda desde a infância, minha mãe costurava para ajudar no orçamento da família e aproveitava os retalhos dos tecidos para fazer nossos brinquedos, assim aprendi a olhar a roupa não só como uma peça e sim um projeto. null: Como você descreve suas criações? rs: O produto que eu desenvolvo deixou de ser fashion e alternativo para se tornar um produto mais autoral e contemporâneo. No decorrer da transformação da moda criativa brasileira e do mundo, mantendo-nos atentos aos movimentos da moda, começamos a pensar e a realizar a moda com um diferencial sustentável. O tema foi até mesmo o meu trabalho de conclusão da universidade, trabalhei as fases de uso das roupas, além de usar peças que se transformavam em bolsas e objetos de design. Desde então minhas criações envolvem a responsabilidade social e sustentável, eu sempre trabalho pensando o ecodesign. 36
null: No seu site diz que você desde a infância aprendeu a olhar tudo como um projeto. Pode nos contar um pouco do seu processo criativo e como você começa a idealizar suas coleções? Existe algo presente em todas as coleções que você desenvolve? rs: Este é um ponto bem interessante. Minha primeira faculdade foi de desenho industrial direcionado para mecânica, e em todas as questões do processo de criação do design sempre pensávamos em resolver uma problemática: O QUE FAZER, PRA QUEM FAZER E COMO FAZER. Sempre pensei na moda como um processo de construção, continuamente avalio estas perguntas para poder criar com um diferencial. O ecodesign está presente em todas as coleções juntamente com o lado atemporal da moda, ou seja, você criar uma peça que hoje esta de acordo com a moda, e que daqui a 10 anos ela continuará com uma linguagem atual. null: Como você enxerga a evolução do seu trabalho, da primeira coleção até a atual? rs: Se você perceber pelas formas eu sempre procurei incorporar referências da minha infância e principalmente contos e poemas. No nosso processo, toda coleção tem que ter um conceito e tema a ser seguido, afinal, contamos uma história através da roupa. null: Como designer de moda você precisa estar sempre atualizado às tendências, às mudanças de comportamento do consumidor, às mudanças no ambiente, enfim, cada coleção existe uma leitura diferente do tempo em que vivemos. Qual sua leitura da contemporaneidade? Como isso influência nas suas criações? rs: Influência em todos os sentidos, desde a escolha dos tecidos e complementos para a produção. Mas o fator principal esta bem relacionado a antropologia e sociologia aplicados aos movimentos comportamentais da sociedade. Eu enquanto pessoa posso envelhecer, mas o meu trabalho não. Tenho que pensar o produto de acordo com o público alvo que quero atingir. Esta questão é bem delicada e é por isso que muitos estilistas desaparecem do mercado, por criarem produtos a partir do gosto pessoal ou copiam o que está sendo lançando, sem pensar no público alvo e principalmente sem entender o que o mercado esta pedindo, quais os rumos que a moda esta seguindo. Para criar moda você tem que estar sempre à frente do seu tempo, tem que entender os pequenos movimentos sociais e quais influências eles exercem ou irão exercer no comportamento da massa. 37
null: Quais são os desafios de se fazer uma moda sustentável? Conte-nos um pouco sobre o trabalho no Tecendo Itabira? rs: Sou fundador do projeto. Trabalhei com consultoria para cooperativas e grupos sociais durante muitos anos. O grande desafio é treinar e qualificar uma equipe para trabalhar e desenvolver um produto de moda de qualidade estando longe dos grandes centros. Trabalhamos um processo de lapidação do ser humano: ensinamos as técnicas e a forma de produção, mas principalmente trabalhando o mercado justo, em que todos os rendimentos são divididos de forma igualitária para todas as pessoas que trabalharam na produção. Hoje se você me perguntar “o que é moda?” Eu lhe respondo que moda é um agente de transformação social e principalmente de valorização e resgate dos valores e saberes humanos. null: A ideia de criar uma coorporativa com mulheres artesãs, surgiu a partir da sua percepção de que discutir a questão da sustentabilidade social era algo necessário na industria da moda, ou era um desejo/necessidade pessoal? rs: Eu acredito que todos nós temos um papel no mundo. Eu cresci vendo minha mãe costurar para ajudar no sustento da minha família, então sempre acreditei e trabalhei a moda como um processo de construção e de mudança social, acredito que o meu papel no mundo seja trabalhar a moda como agente articulador de mudanças sociais. E é o que esta sendo desenvolvido dentro de grandes marcas internacionais, como a Gucci, Stella McCartney entre muitas outras. null: O fato de todas as artesãs serem mulheres, tem algo haver com a questão da conscientização da valorização das mulheres no mercado de trabalho? rs: Em todos os projetos que desenvolvemos nunca direcionamos somente para o público feminino, deixamos aberto para as pessoas que tem um interesse pelo trabalho no mercado de moda. Em minha trajetória já desenvolvi projetos em grupos que tinham mulheres e homens trabalhando em conjunto, isto vai muito de região pra região. Itabira é uma cidade de mineração, então o público masculino sempre foi direcionado para a área de mineração. //
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[...] Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu. Sua cor não se percebe. Suas pétalas não se abrem. Seu nome não está nos livros. É feia. Mas é realmente uma flor. Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura. Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se. Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico. É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.
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DIREÇÃO CRIATIVA caio martins DIREÇÃO DE ARTE E STYLING joão braga ASSITENTE DE STYLING rodollfo oliveira MODELOS igor lamego e ana crepaldi (DOZE) FOTOGRAFIA thyago rodrigues BEAUTY indianara araújo PEÇAS ronaldo silvestre, nuu shoes AGRADECIMENTOS filarmônica de minas gerais 53
Uma nova maneira de empreender
Nova tendência no mercado de trabalho, o coworking traz novas possibilidades através do compartilhamento. POR CINTHIA RIBEIRO
O coworking vem se tornando um novo ecossistema de moda. Seu foco está no empreendedorismo, otimizando o ciclo de produção e consumo. Essa união de pessoas tem se espalhado pelo mundo: estima-se que existam 4.000¹ espaços em funcionamento pelo mundo e com números crescentes. No Brasil segundo os portais Coworking e Ekonomio, localizam-se 238 espaços ativos, sendo São Paulo o que abriga o maior número. A proposta do Coworking é criar uma nova forma de ambiente de trabalho. São trabalhadores independentes dividindo o mesmo espaço. Sua estrutura está baseada no modelo de freelancing e start-ups, o que permite que profissionais autônomos possuam uma área democrática. O lugar conta com laboratórios, estúdios, maquinário, escolas, escritórios, salas privadas e de reunião que podem ser alugados por hora, ou dia. A iniciativa atende as necessidades das pessoas que procuram um espaço democrático em que possam desenvolver suas ideias e projetos 54
sem o isolamento causado por um escritório, ou home office, além de ser uma economia e poupar o meio ambiente de gastos com espaços individuais. O ambiente proporciona compartilhamento de valores e união que gera um grande fluxo de trocas de ideias e experiência, que por fim abrem novas possibilidades e tornam o local de trabalho inspirador. O benefícios de usar esse novo meio de trabalho está na sua infraestrutura completa, na flexibilidade, mobilidade e sustentabilidade. Além de contar na maioria das vezes com serviços adicionais como estacionamento, motoboy, serviços de escritório, restaurante, recepcionista bilíngüe e segurança. Todo o ambiente é bem estruturado para atender tanto o profissional, quanto o cliente. A sua boa desenvoltura tem apontado para um novo modelo de se produzir e seu crescimento tem mostrado a aceitação e aprovação de quem já faz uso deste meio de trabalho. Com a busca pela inovação o coworking veio para implantar uma nova época no empreendedorismo autônomo. ¹ Dados do site oficial do Coworking Brasil. Disponível em: < https://coworkingbrasil.org/como-funciona-coworking/>
GUAJA. Esse foi o nome escolhido para identificar um espaço co-working na grande BH. É uma fruta nativa da região de encontro do Cerrado com a Mata Atlântica, situação predominante na região metropolitana de Belo Horizonte. A Guajeira tem uma inflorescência, ou seja, várias flores compartilham um lugar em comum. Desde sua raiz ao seu caule aéreo que possibilita uma ocupação de novas áreas, além de sua estrutura que permiti sobrevivência às altas temperaturas e estresse, mostram que a planta tem um conceito muito próximo aos objetivos do trabalho em comunidade. GUAJA Casa é um espaço recente na capital mineira, é um ambiente para trabalhar, se conectar, aprender, desenvolver novas ideias sempre com amplas possibilidades. A primeira unidade foi montada no centro da cidade, sua proposta é diferente, é o primeiro Café-Coworking do Brasil. O espaço gera um ar de comodidade, onde as pessoas não pagam pelo que consome e sim pelo tempo que ficam no local. Além de contar com alimentos produzidos diariamente pelo próprio Chefe, Pedro Mendes, o GUAJA conta com sala de espelho para grupos focais, sala de reuniões e escritórios compartilhados que permitem a realização de cursos, palestras e oficinas e ainda permitem a presença do animal de estimação.
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um novo conceito PARA: recriar
Diferente da reciclagem, a nova ideia se alicerça em atribuir uma nova utilização. Renovar o velho se tornou o desafio promissor da nova geração. POR CINTHIA RIBEIRO
"Reciclagem, eu chamo isso de downcycling. Eles quebram tijolos, concreto, eles quebram tudo. O que precisamos é de upcycling, onde é dado mais valor aos produtos antigos e não menos". - Reine Pilz
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O conceito de upcycling nem sempre foi usado no mundo da moda, seu inicio se deu através da ideia de evitar desperdício de materiais de construções, decoração e alguns produtos “duráveis”. Após décadas de utilização em outros setores, o universo fashion aderiu a ideia, a prática agradou e se mostrou eficiente ao ponto da concepção se difundir nos mais diversos meios de produção da sociedade. Diferente da visão do downcycling (reciclagem) que visa a conversão de materiais e produtos descartados em novos matérias-primas de menor qualidade, o upcycling foca seus esforços em evitar o desperdício de materiais potencialmente úteis. O processo reduz o consumo de novas matérias primas, o que resulta em menor consumo de energia, água, poluição do ar e a emissão de gases nocivos. A expansão da ideia tem se mostrado aceita pelo mercado comercial, uma vez que resulta também na redução do preço final do produto.
A defesa de Reine Pilz do novo método está na relação de que a reciclagem quebra materiais de base para transformá-lo em um novo artigo, que acaba consumindo energia e outros produtos para gerar algo novo, que em maioria não possui boa qualidade. Enquanto a reutilização permite ao item um propósito melhor, uma nova utilidade onde você pode, por exemplo, remodelar uma t-shirt e conservar o mesmo material. Tornar novo o que é velho, é o cerne da idealização, além de manter a qualidade original, o item angaria nova estética artística. O conceito já se tornou até mesmo um modo de vida para pessoas de países em desenvolvimento, isso porque matérias primas são caras e se buscam
mais meios de recriar a partir do que se tem para produzir objetos úteis e bonitos. Derivado de uma concepção simples, o upcycling gera um impacto positivo no meio ambiente, dado que interrompe o fluxo de lixo e incentiva a criatividade. Os materiais que podem ser usados não possuem limites, nem muito menos a fecundidade imaginativa. Os princípios do movimento são usados no meio da música, arte e na indústria, onde toneladas de resíduos ganham nova vida. Uma das apostas certeiras para o estilo de vida na nova geração, o upcycling sensibiliza para a realidade e traz a resposta para o futuro. //
“Upcycling Fashion and Sustainable Living” in Hong Kong
O que precisamos é de upcycling, onde é dado mais valor aos produtos antigos e não menos". 57
sustentabilidade made in rio POR LUDMILA ARMOND
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Nas últimas décadas, em várias áreas da indústria, a palavra-chave está sendo sustentabilidade, e na moda não seria diferente. Uma das indústrias mais poluentes e consumistas, se viu diante à necessidade de mudar seu processo de produção e comercialização, e se readequar à um sistema que visa ser mais consciente com o meio ambiente. Porém, o conceito de sustentabilidade que conhecemos hoje não se restringe à falar somente sobre ecologia e meio ambiente, a sustentabilidade tem também várias outras vertentes, e uma delas é a sustentabilidade social. Algumas coorporações de pequeno e médio porte, infelizmente, muitas vezes não possuem tanta repercurssão e visibilidade quanto outras apresentadas em semanas de moda ou em exposições, etc. Um exemplo bem sucedido e que hoje possui um grande valor sociocultural é o COOPA-ROCA (Coorporativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha), que é um projeto de confecção artesanal, feita por mulheres moradoras da Rocinha, no Rio de Janeiro. O projeto tem como objetivo inserir e aumentar a qualidade de vida dessas mulheres e de suas famílias através do trabalho, que significa uma fonte de renda a mais, e valorizar a cultura brasileira.
Com foco nos processos manuais e artesanais voltados para o mercado de moda e design , o projeto criado no começo da década de 80, pela socióloga Maria Tereza Leal, tem tido grande aceitação e se tornado cada vez mais relevante no cenário da moda nacional e até mesmo internacional, com parcerias com importantes instituições de empreendedorismo e apoio governamental do Rio de Janeiro. Os produtos dessa confecção, além de fazer parcerias com grandes marcas como M. Officer e Christian Lacroix, já foram desfilados - inclusive na abertura do SPFW 2003/2004 - e expostos no Brasil e em diversos países da Europa. Em 2013, foi inaugurada a primeira loja da coorporativa, no Shopping Fashion Mall, na capital carioca, onde foram disponibilizados os produtos confeccionados pelas artesãs. Essa iniciativa, que surgiu através de um pequeno projeto e agora se consolidou como forte referência em trabalho manual, abrange uma parte da sustentabilidade voltada para o social, que busca valorizar o trabalho justo, respeitando as condiçoes legais trabalhistas e a integridade física, moral e psiquica do trabalhador, além de promover uma melhora na condição de vida das mulheres participantes.
Luminarias produzidas pelo projeto COOPA ROCA
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Animals Free
14 de Novembro de 2002. Ativistas do PETA invadem passarela do Victoria’s Secrets Fashion Show, no momento em que Gisele entra.
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Um novo olhar sustentável e ético sobre o consumo. POR LUDMILA ARMOND
Nas últimas décadas, o consumo de moda vem passando por adaptações, oscilando entre o sistema fast fashion, e a nova onda consciente, conhecido como slow fashion. Uma das vertentes dentro desse novo tipo de consciência de consumo é o conceito de "Moda sem crueldade", que se opõe a todo e qualquer tipo de uso de materiais de origem animal na produção da roupa e acessórios, pensamento estritamente ligado ao estilo de vida vegano. Na década de 90 e no início dos anos 2000, quando a indústria da moda realmente se tornou moda e esteve no seu auge, era comum a organização PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) invadir passarelas famosas protestando contra o uso, principalmente, de pele na criação de diversos designers, movimento conhecido como "Fur Free". Isso se devia ao fato de milhões de animais serem sacrificados anualmente para o uso em bens de consumo, principalmente em roupas e acessórios. Além das peles terem dominado as passarelas nesses anos, as pessoas mais influentes da indústria vestiam peles, o que influenciava e transmitia a ideia de que a pele animal era o que tinha de mais luxuoso e sofisticado na época. Com o passar dos anos, e agora chegando ao momento em que vivemos, no qual a tecnologia veio se desenvolvendo e está extremamente avançada; a diversidade de materiais que foram criados e que esteticamente são muito similares aos de origem animal, os sintéticos ocupam uma posição privilegiada aos olhos de criadores e produtores que têm essa visão consciente e que buscam se adaptar a essa nova onda. A estilista inglesa Stella McCartney é uma
das principais referências quando o assunto é ética e sustentabilidade - ambos DNA de sua marca. Stella busca trabalhar materiais sustentáveis e veganos e criar, por exemplo, sapatos com a sola de borracha biodegradável aliados à sintéticos e óleos vegetais, como fez na coleção Pre-Fall 2015. O uso desses tipos de materiais, sempre sustentáveis e de alta qualidade, são características de suas criações, muito elogiadas pelo minimalismo e elegância. Seguindo o exemplo da estilista inglesa - que evita até mesmo a pele sintética - diversos outros designers estão aderindo a essa proposta vegana, entre eles: Vivienne Westwood, Ralph Lauren e Armani, que anunciou esse ano o fim do uso de pele em suas coleções. A adesão cada vez maior dos próprios estilistas a essa política ética de consumo reflete o desejo da indústria da moda em se tornar aliada das causas ambientais, propondo novos olhares sobre a relação: obtenção, consumo e descarte.
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eco ideias Ideas para mudar o planeta que você precisa conhecer. POR CAIO MARTINS
O Supermercado Original Unverpacket As alemas Milena Glimbovsky e a Sara Wolf, perceberam que a maior parte do lixo produzido era proveniente das embalagens. Criaram então um supermercado onde seus clientes podem comprar os produtos a granel, e embalar em seus próprios recipientes.
O aplicativo Bulck Na onda do produto a granel, Bea Johnson criou o app que localiza lojas e mercados mais próximos a você, onde os produtos são vendidos sem emabalagem. Os locais podem ser adicionados pelos próprios usuários e hoje o app conta com mais de mil locais cadastrados no mundo.
Tem Açucar? A iniciativa criada pela brasileira Camila Carvalho, consiste em uma plataforma online de troca de produtos sem fins lucrativos entre vizinhos. O site já conta com mais de 52 mil inscritos e funciona desde dezembro de 2014. Pesquisas recentes apontaram que é possivel até montar uma festa com os empréstimos.
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Banco de Tecidos Outra iniciativa brasileira. Consiste em um espaço físico onde são disponibilizados cortes de tecidos. Qualquer pessoa pode comprar, retirar e depositar tecidos diversos, por quilo. Como os tecidos não costumam ser reciclados, no banco de tecidos eles tem a oportunidadede voltarem ao mercado e serem reutilizados.
Help Remedies A empresa trabalha para diminuir o consumo de remédios desnecessarios, vendendo apenas uma unidade do medicamento necessario.
Everlane A empresa que produz e comercializa camisetas de luxo deixa totalmente exposto o custo de produção de suas peças do início ao fim do processo.
CouchSurfing Rede de viajantes que oferecem seu sofa para hospedar outros viajantes. Trabalha com a lei da reciprocidade: ao oferecer um espaco para um viajante, eu garanto o meu quando for viajar.
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Criado por Chiara Gadaleta Klajmic, consultora de moda especialista em sustentabilidade e colunista da Vogue Brasil, o projeto busca destacar alternativas sustentáveis por meio de bate-papos, desfiles e exposições. Segundo a definição criada pela própria instituição: O ECOERA é uma plataforma multidisciplinar de disseminação das práticas sustentáveis nos mercados de MODA e BELEZA. Atua em 4 frentes: • Consultoria ECOERA : Um programa junto `as empresas dos mercados de moda de beleza na criação e manutenção de práticas sustentáveis em toda cadeia de valor, desde a fabricação da matéria-prima até o descarte do produto final. • Mãos do Meu Brasil: Artesanato Sustentável: Capacitação de polos, centros, comunidades e institutos integrando as técnicas artesanais brasileiras ao design. • Eventos: O ECOERA realiza anualmente eventos com a participação de empresas, marcas e projetos com atributos sustentáveis. Para informações sobre forma de participação , apoios e patrocínios. • Prêmio ECOERA: Em parceria metodológica do Sistema B, o Prêmio abre inscrições para pequenas , médias e grandes empresas nas categorias PLANETA, PESSOAS e ECOERA.
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moda// 67
UMA MARCA UM CONCEITO VÁRIAS TRANSFORMAÇÕES 68
POR JOÃO BRAGA
Reaproveitamento: Dupla de americanas propõe 30 looks com apenas 5 peças em seu guarda roupa. Esse é o objetivo principal da Vetta, uma marca de roupas americana que busca essa iniciativa de forma diferente e inovadora. A ideia consiste em ter apenas cinco peças de roupas para compor um armário diversificado e moderno, e se por ventura essas peças são feitas de alguma forma sustentável, então fica mais interessante a execução desse processo. As donas dessa genial ideia são as amigas Vanessa van Zyl e Cara Bartlett, assim elas criaram a própria etiqueta da marca, através de um crowdfunding, um financiamento coletivo, feito pelo site Kickstarter. A intenção das proprietárias da Vetta é mostras que as mulheres podem inovar em seus closets com peças-chaves que trazem variedade nas produções de forma inteligente, trazendo um design moderno e minimalista para as mesmas, pelo fato das mulheres, desde muitos anos, consumirem por impulso e terem seus armários com muitas roupas que não usaram ainda e sentem a necessidade de comprar por suporem que não tem peças para usar. 69
Essas peças têm tamanha funcionalidade que a cliente consegue produzir até trinta looks com apenas essas cinco peças essenciais. A organização dessas roupas se define em dois tons, e elas são: uma calça cropped, uma camiseta, um vestido, uma túnica e um colete. O projeto da marca tem um fator de relevância, cujo é usar tecidos ecológicas para confeccionar as peças. Toda a coleção é produzida com tecidos de fibras naturais, que não agridem o meio-ambiente, tem uma sofisticação ao toque, mas absorve da mesma forma que o algodão. Cara e Vanessa se preocupam bastante com a questão da mão-de-obra, são rigorosas em relação ao modo que as peças são confeccionadas, não aceitam qualquer forma de trabalho abusivo ou ação referente. Elas abraçam essa visão socioambiental e conscientizada da moda, tanto nas pessoas que fazem parte da confecção dessas peças como no processo desde o início. As peças são vendidas no site da Vetta, essa é a primeira coleção da marca, mas já pretendem lançar coleções cápsulas durantes as temporadas, e pensam em trabalhar com sapatos também.
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“A indústria da moda é a segunda mais poluente no mundo, perdendo apenas para a do petróleo.” 71
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vida de insecta: da experiência a criação POR CINTHIA RIBEIRO
A empresa nasceu em 2014 através da união de uma profissional de marketing, Pamella Magpali e uma design de moda, Bárbara Mattivyem. Ambas já vieram de trabalhos e conceitos sustentáveis, e assim uniram seus conhecimentos para criar sapatos através do reuso de materiais já existentes. A ideia de utilizar roupas garimpadas, as quais através de suas estampas poderiam render modelos inovadores deu certo, e pares de sapatos foram vendidos em poucas horas. O crescimento da marca foi aliado a maneira orgânica de trabalho e ao baixo investimento inicial, graças a criatividade e o reaproveitamento de materiais.
A visão da empresa é incentivar a conscientização do consumo através de produtos que carregam uma mensagem, onde se entende que é possível produzir calçados bonitos, confortáveis e inovadores que tenham pouco impacto ambiental. Por isso os sapatos não utilizam matéria-prima de origem animal, todo o processo se baseia em garimpos de roupas usadas que através de um processo artesanal são transformadas em sapatos. Além disso, alguns pares são produzidos de tecidos de garrafas pet recicladas. O trabalho minucioso tem o propósito de aumentar a vida útil do que já existe pelo mundo. Os sapatos que são de produção limitada são produzidos no Brasil por trabalhadores submetidos a condições dignas de trabalho. As coleções são pensadas mensalmente, sempre à procura de itens que não serão mais usados. Pedidos feitos dentro de Porto Alegre são entregues via bicicleta, tudo para poupar o meio ambiente e conscientizar o próprio consumidor. A marca ainda promove vários workshops para ensinar e impulsionar movimentos sustentáveis. Tudo para que o produto sempre seja a materialização da mensagem a favor do meio ambiente.
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minha fiel escudero Marca carioca produz linha de bolsas visando design agregado a sustentabilidade. 74
POR JĂ&#x161;LIA BOTELHO
Do termo veio à analogia que carrega o conceito da Escudero & Co, marca carioca que vem tomando visibilidade no olhar de consumidores que prezam não somente por um design diferenciado e uma boa qualidade, mas também praticam o consumo consciente. O Projeto General Bag concilia responsabilidade social, econômica e ambiental em suas etapas, e apoia profissionais locais que têm que lidar com a concorrência de produtos importados, com o objetivo de contribuir para a sociedade levando trabalho e educação. A marca, já bastante visível entre as marcas brasileiras que buscam ser sustentáveis, utiliza o couro bovino como principal matéria prima. Todos os curtumes possuem certificado ambiental ou atendem a legislação e normas ambientais. Há o tratamento correto da água e acondicionamento dos resíduos sólidos e líquidos. Existe também a utilização de couro vegetal, totalmente biodegradável feito com taninos vegetais. É considerado um couro ecológico pois não usa metais pesados como o cromo e gasta menos água que o processo de curtimento comum. Outro material utilizado é a juta, fibra natural que não carece de fertilizantes, adubos ou pesticidas e é responsável por manter 15 mil famílias de ribeirinhos na Amazônia.
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A juta garante o sustento de aproximadamente 15 mil famílias ribeirinhas da Amazônia e seu cultivo é, de fato, simples. Crescem em abundância às margens do rio até o tamanho ideal para corte, depois as plantas são levadas para dentro do rio para a retirada da fibra do caule e posta para secar. Esse processo foi firmado por parcerias entre empresas locais e os moradores: As empresas repassam as sementes para os agricultores com o trato de venderem de volta à empresa as fibras produzidas. Devido aos períodos de cheias os terrenos em que se planta a juta são constantemente “adubados” naturalmente, pois os nutrientes vêm dos húmus do rio. E esta é a grande vantagem, não há degradação do ecossistema. A produção anual de juta é de 12 mil toneladas. Desse total, 10 mil toneladas são utilizadas no mercado interno. De toda a juta produzida, 50% dos fios viram sacos de café (1 milhão e 200 mil sacos por mês), 27% sacos de batata e 6% se dividem entre sacos menores de amendoim, cacau, castanha, fumo e minério. O restante é utilizado no setor da construção civil, decoração e artesanatos como telas, bolsas, tecelagem e tapetes.
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A proposta é mostrar como marcas que são consideradas de luxos por suas roupas sofisticadas se posicionam com uma distância tão grande à marcas que trabalham sustentabilidade, podem ser trabalhadas juntas e entender que elas têm o mesmo valor significativo, mesmo sendo uma marca de luxo mas que seu processo agride totalmente o meio-ambiente, e a marca que se preocupa em não agredir e trabalhar de forma socioambiental pode ter essa mesa posição. Quando pessoas não dão valor nessa marcas por acharem que são peças inferiores e no final não são, e dessa forma o editorial apresenta isso, mesclando peças de não sustentáveis com peças sustentáveis, tornando essa vitrine editorial nobre O plástico no cenário remete essa questão do lixo reaproveitado, a representação desse objeto que se torna lixo e marcas do mundo que propõem isso, reaproveitam de forma sustentável!
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DIREÇÃO DE ARTE pedro araujo E STYLING joão braga FOTOGRAFIA thyago rogrigues MODELO gabriela rocha (DOZE) BEAUTY marina teles PEÇAS fatima scofield, fedra, mabel magalhães, heliane lages, jardin fashion
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o couro pode ser ecológico? 5 couros de origem animal, utilizados por marcas de moda de uma maneira sustentavel. por Caio Martins
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DOURADO Apesar de fino e macio, o couro do Dourado possui uma resistencia maior que a do couro bovino. É um material muito versátil, inodoro (como todo couro de peixe) e resistente a ação de microorganismos. As peles medem em média 1m x 60cm, e seu peso varia de acordo com o produto final.
PIRARUCU
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O Pirarucu é o maior peixe de água doce do Brasil. No ramo coureiro o material orgânico é denominado como “bio leather”, couro orgânico, cromo “free” e linha branca. As mantas vêm em todas as cores nos tipos prensado/chapado e arrepiado. Medem em média 1 m x 60 cm.
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COURO DE RÃ Naturalmente verde, cinza listrado, marrom e verde cinza, o couro de rã é considerado exótico, as peles curtidas apresentam uma beleza singular e uma excelente resistência. O couro da rã-touro gigante é a mais bem adaptada para uso comercial no Brasil, onde é reproduzida em cativeiro.Esta espécie foi escolhida pelos ranicultores devido ao bom desempenho produtivo, como seu rápido crescimento, alto número de ovos por postura e fácil manejo.
SALMÃO
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Além de apresentar características estéticas adequadas para sua utilização na moda por conta de sua beleza e exotismo, possui também uma excelente resistência mecânica. O processamento do couro da pele do salmão emprega tecnologias limpas, isentas de produtos tóxicos. Em seu curtimento são utilizados taninos vegetais e sintéticos, bem como outros artefatos com baixo teor de poluição em substituição aos extremamente tóxicos sais de cromo.
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TILÁPIA O Pirarucu é um peixe destinado basicamente à alimentação, tendo como subproduto a comercialização de suas vísceras para a produção de ração. Sua pele costuma ser descartada como lixo. Portanto, seu aproveitamento combate o desperdício e a geração de resíduos.
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Repelente Fashion, as novas calças jeans
Gigante da indústria têxtil cria nova tecnologia repelente aplicada em jeans. POR ANA INÁCIO
A Santista inovou sendo a primeira a criar um denim com ativo de repelente, essa tecnologia é similar à usada em uniformes de exercito e roupas de trekking e tem acabamento com um composto que aparece nos cremes e repelentes, a Perimetrina. Além de proteger, o jeans continua uma peça fashion e confortável, já que os modelos não foram alterados. A linha Denim Repeller promete proteger contra insetos que causam doenças como zika, dengue e febre amarela. O jeans além de manter os insetos afastados e evitar o pouso dos mosquitos, e também tem o ativo “patas quentes” que funciona da seguinte forma: quando o inseto pousa sobre o jeans uma substancia ativa provoca uma hiperexcitabilidade, e 92
logo após o efeito paralisante causando assim a morte do inseto. Essa tecnologia demandou seis meses de testes que foram feitos pela Santista aqui no Brasil, ate ser certificado sua eficácia pelo laboratório Alemão CHT/ Benzena que é um dos mais conceituados do mundo. A Perimetrina também foi fornecida e desenvolvida pelo laboratório, e tem a aplicação e tratamentos aprovados pela standart 100 da Öko-Tex. O jeans, que pode ser utilizado por gravidas, adultos e crianças já que não tem contraindicação e nem cheiro ou risco de contaminação; estão disponíveis para a venda no Brasil e para exportação.
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL DO SÉCULO XXI Tecnologia da impressora 3D impressiona com seu desempenho ao construir peças de vestiário e atesta ser uma importante aliada da moda. POR THIAGO TADEU
A impressora 3D carrega uma tecnologia revolucionária que permite a criação de diferentes produtos para variadas demandas, funciona por meio do desenvolvimento de um projeto em um software de computador. Este projeto se define em uma imagem que é dimensionada e convertida pelo software, onde será organizada em camadas, e assim o artigo será impresso. A indústria da moda está cada vez mais envolvida em processos tecnológicos e agora se aliando ao processo de impressão em 3D. A empresa Tamicare criou o processo Cosyflex que permite uma alta produção de tecidos utilizando materiais recicláveis e ecológicos com baixos custos, eliminando o desperdício dos processos que acontecem em fábricas tradicionais. A técnica é capaz de imprimir uma peça de roupa em um único processo, além de permitir à junção de mecanismos tecnológicos a fibra e ao resto da peça em apenas uma etapa, criando artigos inteligentes. O empresário da nanotecnoligia, Tim Harper, trabalha junto à Tamicare e explica que o Cosyflex trabalha com a construção de camada por camada, que pode ser um tecido ou
um componente de eletrônica impressa, o que possibilita total liberdade para a construção de um tecido inteligente. E ao mesmo tempo criar alternações de tecidos para combinar aspectos como padronagens e estampagem. A real incorporação dessa tecnologia no cenário das fábricas provocará uma revolução industrial que diminuirá a mão de obra, o desperdício de energia, o uso de materiais e de água. Ocorrerá um aumento na velocidade de produção como nunca antes se tinha imaginado, alinhando a produção em escala menor e maior dependendo da quantidade desejada, tudo isso com custos bem inferiores aos custos habituais.
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Chanel
Alta Costura Inverno 2015 10 looks da coleção foram criados usando sinterização por laser. Esse processo acontece da seguinte maneira: os lasers são usados para derreter o material, camada por camada, com a finalidade de criar um objeto tridimensional. Karl deu um twist na tradicional jaqueta de tweed da label, imprimindo a peça em 3D e, depois, pintando e bordando o modelo com ajuda do estúdio de alta costura Lesage de La Mariée.
Iris van Herpen Verão 2015
A inspiração para essa coleção veio quando a designer visitou o Grande Colisor de Hádrons, no centro suíço CERN, que mostra campos magnéticos 20 mil vezes mais fortes dos que o da Terra. Com isso em mente, a designer fez uma parceria com o artista Jolan van der Wiel e o arquiteto Philip Beesley para criar não só acessórios, mas roupas que se formavam mediante a manipulação de materiais metálicos com imãs. Isso, claro, criou peças únicas. A linha também contou com um vestido criado 100% em impressora 3D e coberto com detalhes cristalinos.
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“A ideia era pegar a jaqueta mais icônica do século 20 e transformá-la em uma versão do século 21, que tecnicamente era inimaginável no período em que ela foi criada" - Karl Lagerfeld
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O objetivo das fotos foi trazer o conceito da marca de joias homônima Carlos Penna. Um editorial com leveza, modernidade e clima fresh, agrega às peças um conceito minimalista e fashion. As roupas da Plural conseguiram compor a ideia, sua nova coleção também trazem elementos mais clean e modernos.
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DIREÇÃO CRIATIVA caio martins DIREÇÃO DE ARTE E STYLING joão braga PRODUÇÃO DE MODA ana inácio, cinthia ribeiro, thiago tadeu, ludmilla armond FOTOGRAFIA michellle costa BEAUTY lucas taborda PEÇAS plural, carlos penna & nuu shoes AGRADECIMENTOS escola guignard 107
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