Cerdal Churchyard

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Adro da Igreja de Cerdal Requalificação e Valorização Paisagística

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal Índice Adro da Igreja de Cerdal ............................................................................................................. 2 Análise Sistemática ......................................................................................................................... 2 Adro da Igreja de Cerdal ............................................................................................................. 5 Memória Descritiva e justificativa ................................................................................................. 5 Conceito Global de Intervenção ................................................................................................... 6 Contextualização Espacial e Intervencional ............................................................................. 7 Áreas funcionais .......................................................................................................................... 7 Acessos Percursos e Pavimentação ........................................................................................ 8 Limites e Muros ........................................................................................................................ 10 Mobiliário Urbano e Iluminação .............................................................................................. 10 Vegetação................................................................................................................................... 12 Considerações Finais ................................................................................................................ 14 3D ................................................................................................................................................... 15 1

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Adro da Igreja | Valenรงa |Cerdal

Adro da Igreja de Cerdal Anรกlise Sistemรกtica

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal O espaço de intervenção localiza-se na freguesia de Cerdal, a Sudeste da vila de Valença do Minho distando da supracitada cerca de 7km. A Igreja Matriz de Cerdal tem como limites a Oeste e Sul campos agrícolas, a Este a Rua da Igreja (EM 511) e a Norte um edifício habitacional.

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Localização Geográfica, sem escala

A Igreja Matriz de Cerdal encontra-se num ponto de dominância visual e territorial desta paisagem marcadamente rural. Relativamente ao enquadramento legal verifica-se que se encontra em solo urbano (ver planta 1 – Planta de Ordenamento e 2 – Planta de Condicionantes). Trata-se de um espaço com uma identidade cultural muito elevada e com uma função social imprescindível à comunidade em que está inserido.

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal O referido polo cultural e religioso faz parte da rede de caminhos de Santiago bem como dos trilhos Eurocidade Valença – Tui havendo portanto um vasto património nas suas imediações (ver planta 2 – Património Construído). O espaço não tem declives acentuados sendo que se denota uma pequena pendente no sentido Nordeste – Sudoeste. No que diz respeito ao estudo de fluxos funcionais/pedonais verifica-se que embora a entrada principal da Igreja seja a Poente, a movimentação ocorre pelo limite Este do espaço sendo a confrontação com a Rua da Igreja a mais marcante. Está-se perante um espaço de elevado potencial social, com uma posição dominante na paisagem e no meio socioeconómico em que se insere, assim prevê-se

uma

proposta

que

contemple

as

características

inatas

do

local,

requalificando-o permitindo a sua utilização plena.

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Adro da Igreja | Valen莽a |Cerdal

Adro da Igreja de Cerdal Mem贸ria Descritiva e justificativa

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal Conceito Global de Intervenção

O conceito de intervenção está intimamente ligado à trilogia do Sagrado, do Simbólico

e

do

Monumental.

Tendo

por

base

estes

pressupostos

que

representam o espaço a intervir na sua mais pura essência, surge uma linguagem que pretende enaltecer o Adro da Igreja de Cerdal aumentado assim as suas valências e potencialidades. O Sagrado-Simbólico-Monumental ver-se-ão representados desde a escolha dos matérias inertes e vegetais, ao posicionamento e intuito direcional da proposta per se. A pretensão é criar um espaço acolhedor, multifuncional que faça jus ao que é o expandir da Igreja para o Adro. Entende-se o Adro como um espaço contíguo à Igreja tanto em termos físicos, como espirituais e de ação social. Utiliza-se um esquema concêntrico e ritmado, que ascende progressivamente em direção à entrada principal da Igreja com o intuito de direcionar as massas e enobrecer o edificado monumental.

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Referências conceptuais

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal Contextualização Espacial e Intervencional

O espaço de intervenção compreende uma área nobre da freguesia de Cerdal, dizendo respeito à requalificação e integração paisagística do Adro da Igreja. Trata-se de um local com elevada afluência e de cariz público, dinâmico e de dominância geográfica/visual. O processo de intervenção, tendo por base a trilogia Sagrado-SimbólicoMonumental, permite a assunção de novos patamares no campo estético e funcional. O Adro da Igreja de Cerdal é um espaço cujo potencial é enaltecido pela nobreza das matérias e estereotomia do pavimento adequados às principais funções do local, criam-se distintas ambiências aumentando assim a polivalência do Adro e tornando-o um elemento polarizador da freguesia.

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Áreas funcionais

O Adro da Igreja de Cerdal compreende uma área de estacionamento (Norte), zonas de estadia privilegiada (entrada Este e Oeste) e é fortemente marcado por um eixo central que direciona os transeuntes à entrada da Igreja. O parque de estacionamento de 29 lugares (tendo em conta o índice de estacionamento sugerido em “Manual do Planeamento de Acessibilidades e Transportes - CCDRN) no qual se proporcionam 3 lugares para deficientes de acordo com a legislação em vigor (decreto de lei nº 163/2006 de 8 de Agosto). A circulação automóvel é efetuada num só sentido, tal como se verifica na imagem abaixo.

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal

I Circulação parque de estacionamento, sem escala

As áreas de estadia têm por intuito fixar os utilizadores, proporcionando um

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local fresco e ensombrado no Verão e ameno no Inverno.

Acessos Percursos e Pavimentação O Adro da Igreja, pela sua função e caraterísticas etimológicas requer um pavimento nobre, confortável ao pisoteio e esteticamente marcante. Opta-se então numa solução inspirada na calçada portuguesa que, no entanto, assume matérias autóctones (granito cinza e amarelo da região). A estereotomia do pavimento é orientada em relação à Igreja de forma radio concêntrica com um ritmo progressivo em todo o espaço à exceção do parque de estacionamento no qual o assentamento do material se faz de forma regular. O ritmo progressivo é marcado por linhas, no eixo principal do espaço, que em forma de provocação invadem a zona de estadia privilegiada a Este.

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal O uso de calçada é também uma mais-valia a nível de custos de drenagem, uma vez ser um pavimento semipermeável sendo impreterível o uso de junta seca (pó de pedra ou equivalente). Utilizam-se diferentes tipos de matérias inertes permeáveis no canteiro do Parque de estacionamento, de forma a diminuir a sua manutenção e aumentar o seu valor estético. Poder-se-á verificar o tipo de pavimentos pretendidos no quadro abaixo.

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II Pavimentos propostos

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal O acesso automóvel é somente efetuado pelo parque de estacionamento, sendo que os restantes são apenas pedonais, salvo emergências e situações que assim o justifiquem.

Dada a funcionalidade e tipologia do espaço, não se define um sistema de percursos, apenas se direcionam os utilizadores de forma inconsciente, pela colocação do mobiliário urbano, vegetação e estereotomia do pavimento.

Limites e Muros Propõe-se a requalificação de todos os muros limítrofes com especial atenção ao

muro

de

especialidade.

sustentação Cria-se

de

um

terras

pequeno

a

Sul,

limite

a

físico

elaborar de

forma

por

técnico

individualizar

da a

residência paroquial do parque de estacionamento (pequeno murete de 0.5m de altura por 0.3m de largura).

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Propõe-se a implantação de um passeio devidamente regulamentado que fará ligação com o passeio proveniente da casa mortuária existente.

Mobiliário Urbano e Iluminação No que diz respeito ao mobiliário pretende-se uma imagem contemporânea com linhas simples e orgânicas. O material proposto é a pedra da região (cinza) bujardada a pico fino, metálico ou betão. Nas imagens que se seguem pode verificar-se o conceito pretendido para o mobiliário, sendo o tipo de material ajustável.

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal

III Floreira e papeleira (veco design)

11 IV Bancos (Amop e Escofet)

A iluminação será toda feita através de focos encastrados e direcionais. Propõe-se iluminar toda a Igreja enaltecendo a sua grandiosidade e colocar luzes na base das caldeiras das árvores. Ao iluminar as árvores acentuar-se-á o

ritmo

progressivo do

alinhamento

de Oliveiras em

relação

à

Igreja

e

simultaneamente iluminar-se-ão às restantes áreas de forma dramática e de elevado teor estético.

V Luminária de

encastrar direcional

VI Desenho de Luz pretendido

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal Vegetação Opta-se pelo uso de espécies nativas pelas suas características adaptativas, de manutenção e ecológicas, contribuindo assim para o aumento da biodiversidade do espaço. Dadas as caraterísticas funcionais de um Adro a vegetação surge de modo contido, em floreiras, caldeiras e canteiros. No que diz respeito ao estrato arbóreo utiliza-se a oliveira em alinhamento e a enquadrar

a

entrada

principal

da

Igreja

dado

o

seu

valor

simbólico

e

rusticidade. No estacionamento opta-se pelo Lodão, de forma a conferir alguma sombra à área; propõem-se ainda tílias para a zona de estadia a Este cujo posicionamento vai de encontro à estereotomia de pavimento proposta. Quando ao estrato arbustivo e herbáceo surge contido em canteiros e floreiras, sendo que se opta por plantações em bordadura (canteiros a Sudoeste) e por 2 esquemas de plantação distintos para as floreiras tal como se pode ver nas imagens

abaixo

(com

maior

detalhe

em

planta

desenhada

Alçados

e

Pormenores).

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As espécies de arbustos e herbáceas são também elas autóctones e na sua maioria aromáticas, escolhidas pela sua fragância, beleza, cor e plasticidade.

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal

VIII Canteiro do parque de estacionamento, sem escala

VII Esquemas de plantação nas floreiras 13

X Canteiro a Sudoeste

IX Vegetação Proposta

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Adro da Igreja | Valença |Cerdal Considerações Finais

Pode então concluir-se que o Adro da Igreja de Cerdal ficará requalificado emanando o seu real potencial, um espaço de congregação de massas, polivalente, funcional de carater nobre sendo capaz de enaltecer o que é a índole monumental e sagrada da Igreja de Cerdal.

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Adro da Igreja | Valenรงa |Cerdal

Adro da Igreja de Cerdal 3D

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Ad r od aI g r e j ad e Ce r d a l An á l i s e Si s t e má t i c aee n q u a d r a me n t o Pa i s a g í s t i c o 1- Pl a n t ad e Or d e n a me n t o 2 - Pl a n t ad e Co n d i c i o n a n t e s

Re q :Ce n t r o So c i a ld a Pa r ó q u i a d e Ce r d a l L o c a l :Va l e n ç a _Ce r d a l

O Té c n i c o : l i l a Ri b e i r od a Po n t e Es c a l a : Ca A r q . P a i s a g i s t a 1 /5000 Tl m:96 95 95 645 Da t a : i l :c a l i l a p o n t e @g ma i l . c o m 02/201 3 E-ma


1 2 3

4 6 10

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7 8 6

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7

1-Capel adoFoj o 2-Qui nt adaLaj e

8

3-Capel adaSr .daAj uda 4-Pont edaPedr ei r a 5-Qui nt adosCubos 6-Qui nt adaLamei r a 7-Capel adaDev es a 8-Capel adeS. J oão

Ad r od aI g r e j ad e Ce r d a l

9-I gr ej adoConv ent odeN. Sr . doMos t ei r ó

Anál i s e Si s t emát i c a e enquadr ament o Pai s agí s t i c o 3 - Pat r i móni o Cons t r uí do

10-Capel adeS. Bent o 11-For t edaRes t aur aç ão

Re q :Ce n t r o So c i a ld a Pa r ó q u i a d e Ce r d a l L o c a l :Va l e n ç a _Ce r d a l

O Té c n i c o : l i l a Ri b e i r od a Po n t e Es c a l a : Ca A r q . P a i s a g i s t a 1 /25 000 Tl m:96 95 95 645 Da t a : i l :c a l i l a p o n t e @g ma i l . c o m 02/201 3 E-ma


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