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A LENDA DO LAGO NEGRO Tânia Maria Rodrigues-Peters com ilustrações de
Felipe Campos
ISBN
978-3950280449
Copyright
© Ceditora, Austria, 2010
Editora
Ceditora e.U. Gew.-reg.-Nr. 804-16144 FN 343984 i Egatha 4b, 6842 Koblach, Austria info@ceditora.com http://ceditora.com
Ilustrações
Felipe Campos
Este livro está disponível em outros formatos e idiomas.
Dedicatória Para todos os de coração livres de preconceito. Aos meus pequenos seres inspiradores. Ao senhor Peters, que coloca um pouco de ordem e disciplina na minha vida, agradeço sua dedicação e seu apoio neste caminho. Para a querida mãe do senhor Peters, pelo seu carinho e suas deliciosas trufas de chocolate que me envia sempre. À Luise Marte de Dafins, que prepara os melhores Käsknöpfle que já comi na vida. Aos meus pequenos e grandes leitores de „Mozart no futuro“, pelas mensagens carinhosas que recebo. E, logicamente, a Deus e a meu anjo da guarda.
Com carinho, Tânia
“Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure…”
Vinícius de Moraes Poeta e músico brasileiro
Um lago? E daĂ?
E
xiste na Áustria, na região de Vorarlberg um lago. E daí??, você me pergunta. Então te respondo, não é um lago qualquer, comum, é um lago… tcham-tchamtchamm!! Um lago negro. Isso mesmo, um lago negro, negro como a noite. É um lago pequeno que está de um lado da estrada e 10
do outro lado há montanhas. É impossível passar pela estrada sem percebê-lo. Ele emana uma magia que a todos atrai.
11
Q
uando passei de carro com meu pai nem podia acreditar. Pedi a ele que parasse o carro para vermos o lago. Meu pai parou o carro e, com cuidado, olhando dos dois lados, esquerdo e direito,
atravessamos a estrada para ver melhor.
É
impressionante o lago negro, tenho que confessar, mas só a você, hein?! Tive um pouquinho de medo, um medinho de nada, pois nunca tinha visto nada igual antes. Então perguntei ao meu pai: Pai, por que o lago negro é negro? 15
Pai! Olha só…
B
em, hum, sabe… É… Não sei, mas podemos perguntar, o que você acha? — sugeriu meu pai. Pai! Olha só! Do outro lado do lago tem um velhinho que talvez possa nos dizer por que esse lago é negro. Sim, Aaron, vamos até ele.
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Servus! — cumprimentou Aaron. — Meu nome é Aaron e este é meu pai, nós gostaríamos de saber por que esse lago é negro, o senhor sabe? — perguntou Aaron, muito curioso. Servus Aaron, servus! — disse o velhinho, cumprimentando Aaron, e dirigindo o olhar e também cumprimentando seu pai.
19
O
senhor sabe me explicar? — perguntou novamente, insistindo, Aaron. Bem, tenho que dizer que é uma história muito, muito, mas muito antiga, uma história de amor dessas que têm nos livros, um pouco triste — disse o velhinho, que voltou a fumar seu cachimbo com o olhar perdido no lago.
22
O
senhor pode nos contar, por favor? — disse, suplicante, Aaron, pois era um garoto muito curioso. Mas em seu pai também havia despertado a curiosidade pela história do lago. Bem, vamos lá, sentemse aqui na beira do lago que lhes contarei.
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Ela era muito, mas muito bonita!
H
á muitos, muitos anos atrás, acho que no ano de… …deixe-me ver, acho que aproximadamente por volta de muito, muito tempo atrás, aqui mesmo em Vorarlberg, havia um pequeno povoado, onde morava uma família que tinha uma filha muito, muito, muito, mas muito bonita. Seu nome era Katharina. 28
Ela era muito, muito, muito, mas muito branca de pele, e seus cabelos eram vermelhos como o fogo, os olhos eram de um profundo azul e quando ela sorria era uma maravilha. Ela era uma menina muito amรกvel e boazinha, ajudava muito seus pais nas tarefas de casa e vivia sorrindo para todos que cruzavam o seu caminho, era uma felicidade encontrรก-la. 29
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A Tânia nasceu numa linda e calorosa noite de verão, no dia 7 de dezembro do século passado. É formada em Educação Artística, com especialização em Artes Plásticas, e Publicidade e Propaganda pela Universidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, Brasil. 106
Trabalhou durante vários anos como professora para crianças e adolescentes. Sua maior paixão é a literatura infanto-juvenil e seus escritores preferidos são Ruth Rocha, Isabel Abedi, Monteiro Lobato, Laura Gallego, Ziraldo e muitos outros. Também não se pode esquecer de citar sua outra grande paixão: chocolate!! A vida se faz mais doce com chocolate!! Depois do sucesso internacional com seu primeiro livro Mozart no futuro, que já foi traduzido para vários idiomas, chega agora a vez de A Lenda do Lago Negro.
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O aquarelista Felipe Campos é formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Suas ilustrações remetem a lendas, animais, criaturas fantásticas, perso108
nagens circenses, doces e guloseimas, além de situações do cotidiano, com uma poética cheia de ironia e com muita criatividade. Dono de um estilo inconfundível e cheio de cores, este carioca fez de A Lenda do Lago Negro uma verdadeira obra de arte.
felipe.frcampos@gmail.com www.felipecamposilustrador.blogspot.com
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