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2017 |Nº 1 | TRIMESTRAL | JAN / MAR.
Num mundo onde a informação é cada vez mais global, de fácil acesso, e à velocidade de um clique no teclado de um computador, telemóvel ou tablet, o RSB tem procurado de forma contínua e sistemática, sistemas e modelos de formação e de gestão de recursos, com vista a melhorar a performance do seu efetivo operacional. Este processo, designado por benchmarking, tem consistido na pesquisa efetiva de boas práticas, junto de congéneres nacionais e internacionais de referência, como é o caso da Brigade de Sapeurs-Pompiers de Paris, onde o RSB teve oportunidade de recentemente efetuar uma visita técnica. Outros contactos e visitas técnicas têm vindo a ser efetuados para que o RSB se mantenha na vanguarda da excelência no socorro. Importa ter presente que o conhecimento é um processo contínuo e requer atualização constante. Sé desta forma se consegue ir ao encontro das expetativas do cidadão e garantir a qualidade do serviço de socorro na cidade de Lisboa. A aposta na formação contínua de aperfeiçoamento e atualização, o intercâmbio de conhecimentos e experiências com parceiros europeus e as visitas técnicas integradas em ações de benchmarking, constituem os pilares para uma maior capacitação da intervenção do efetivo do RSB no âmbito da diversidade do tipo de ocorrências a que diariamente são chamados. Facebook.com/Regimento Sapadores Bombeiros - Lisboa | www.cm-lisboa.pt/viver/seguranca/regimento-de-sapadores-bombeiros
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Destaque BRIGADE DE SAPEURS - POMPIERS DE PARIS
Com o objetivo de conhecer o modelo organizacional da Brigada de Sapadores Bombeiros de Paris (BSPP) e de fomentar o intercâmbio de conhecimentos e Carlos Flores Bispo Chefe de 1ª Classe
Adj. técnico do Comando
experiências, tive a oportunidade de acompanhar o Comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, Tenente-Coronel Pedro Patrício, numa breve visita a Paris, com ida a 22 e regresso a 23 de março de 2017. A visita consistiu numa reunião no
quartel-general da Brigada (Fig. 1) e na observação de um exercício de incêndio num túnel de Paris (Fig. 2 e 3), a convite do Institut de Formation à la Prévention et à la Securité (IFOPSE). Fig. 1- Quartel-General da BSPP
(à esquerda o Capitão Romain Kimmel, chefe da Secção das Relações Internacionais).
Ao centro (Pedro Patrício). Comandante do RSB.
À direita (Carlos Bispo). Chefe do RSB.
Fig. 2 / 3 – Exercício de segurança com fumo real num túnel de Paris
Apesar de curta, a visita foi bastante enriquecedora, já que permitiu o contacto com uma das melhores e maiores organizações de bombeiros do mundo. Fomos recebidos pelo, chefe da Divisão de Organização de Recursos Humanos (1) e pelo responsável pelo Gabinete de Engenharia da Formação, organismo responsável pela conceção da política de formação interna, recolha das necessidades e definição de programas, conteúdos de formação, produção de documentação de enquadramento da formação, conceção de exames para concursos externos, participação em exercícios no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, entre outros. Criado em 18 de setembro de 1811, por Napoleão I, na sequência de um incêndio na embaixada da Áustria, o então Batalhão de Sapadores Bombeiros
de Paris substituiu uma organização civil e comunitária por uma unidade militar que ainda hoje se mantém. Passa a Regimento em 6 de dezembro de 1866 e a Brigada em 1967. É uma unidade do exército, comandada por um General, pertencente ao Ministério da Defesa e sob a alçada do Prefeito da Polícia de Paris. Com um efetivo de cerca de 8600 Sapadores Bombeiros, para uma população a rondar os 7 milhões de habitantes instalados numa área de 800 km2, o dispositivo operacional da Brigada em prestação de socorro está organizado em três Agrupamentos Operacionais de Incêndio e Socorro (Regimentos) estando a cidade dividida em três áreas operacionais, uma por cada agrupamento (Fig. 4). Cada agrupamento subdivide-se em batalhão, companhias e centros de socorro (Quartéis).
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Destaque (44.ª) e pela Companhia de Formação, de Especialização e de Progressão (45.ª), é responsável pela formação moral, física, técnica e tática de todos os Sapadores Bombeiros de Paris.
Vertente operacional
Fig. 4 - Área operacional da BSPP
Para além destes agrupamentos operacionais, a Brigada dispõe ainda de um Agrupamento de Suporte ao Socorro - 5º Agrupamento - responsável pela gestão e suporte operacional nos domínios logísticos, administrativos e técnicos. Cabe a este agrupamento, constituído por 2126 bombeiros, a responsabilidade da manutenção de equipamentos e das inf raestruturas operacionais, das comunicações e informática. É também responsável pela gestão dos equipamentos no domínio da saúde, do fardamento e do mobiliário de toda a Brigada. Dispõe ainda de um Agrupamento de Apoio Especializado ao Socorro - 4º Agrupamento - onde se concentram as unidades especiais. Este agrupamento, constituído por 7 companhias, 12 quartéis e 870 bombeiros sapadores, apoia os Agrupamentos de Incêndio e Socorro nas intervenções especializadas em meio aquático, busca e salvamento em meio urbano, em intervenções radiológicas, biológicas químicas e ainda com equipas cinotécnicas. Estas unidades fornecem o apoio especializado e disponibilizam peritos à disposição do COS. Para a sustentação técnica, operacional e moral dos efetivos da Brigada, esta dispõe do Agrupamento de Formação e Instrução. Este agrupamento, constituído por uma Companhia de Comando e Logística, pela Companhia de Formação Inicial
A vertente operacional da BSPP é assegurada por três agrupamentos operacionais, cada um com área específica, apoiados por um Agrupamento de Especialistas Mergulhadores, equipas BREC(2), equipas cinotécnicas, equipas CBRN(3). A atividade operacional em 2015 registou 450 510 intervenções de socorro (Fig. 5).
Fig. 5 - Atividade operacional no ano de 2015
O tempo de resposta é de 7 minutos e 58 segundos no centro da cidade e de 8 minutos e 48 segundos, considerando toda a área operacional da Brigada (subúrbios). O grosso das intervenções registam-se no socorro à vitima (ambulâncias), a rondar os 80% enquanto os incêndios rondam os 3% do volume de intervenções. Em conversa com os oficiais que nos receberam, fomos informados que, através de uma análise mais fina das estatísticas, os incêndios são, em número de horas e de bombeiros/hora, a ocorrência com mais destaque.
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Destaque
Recursos humanos Existem as carreiras de praça, suboficial e oficial. A carreira de praça desenvolve-se ao longo de 19 anos e 6 meses, podendo chegar a cabo e a cabo-chefe. Após este período de permanência, têm de deixar a Brigada, mediante atribuição de uma pensão, prosseguindo a sua vida ativa noutra profissão, a não ser que, no posto de cabo-chefe, lhe seja proposto prolongar o contrato até aos 27 anos de serviço ou durante aquele período tenha ingressado na carreira de suboficial ou mesmo oficial. Sendo uma unidade militar, os candidatos entre os 18 e os 25 anos ingressam como voluntários para Bombeiro Sapador de Paris através do exército, arma de Engenharia. O ingresso dá-se como Sapador Bombeiro Recruta com um contrato renovável de um ano, mediante aprovação no curso. Como o curso de formação inicial para bombeiro recruta tem a duração de 6 meses, ao 7º mês é proposto um novo contrato, com uma duração máxima de cinco anos. Estes contratos são renováveis, sendo que o 2º contrato terá uma duração de 5 anos e 6 meses, no máximo e o 3º contrato terá uma duração máxima de 8 anos e 6 meses. De realçar que este último é o tempo máximo de permanência. A média de tempo na carreira dos Sapadores Bombeiros de Paris é de 27 anos. Estas categorias desempenham a nível operacional funções de execução, em que o cabo corresponde à função de chefe de equipa e o cabo-chefe a função de chefe de veículo. Os suboficiais são recrutados da carreira de Sapador Bombeiro mediante a frequência de cursos de promoção e de concursos para ascensão na carreira de Suboficial. Esta carreira progride nas seguintes categorias: Sargento, Sargento-chefe, Ajudante, Ajudante-chefe e Major.
Em março de 2017, o efetivo de suboficiais era de 1718. A idade média é de 37 anos. Esta carreira assenta em três pilares, em que o nível de responsabilidade cresce entre cada um deles. O primeiro pilar assenta numa formação técnica comum (NF2) a correspondente a funções de nível funcional 2, como chefe de equipa em todos os veículos de socorro, redator de nível 2, instrutor especializado. O segundo pilar corresponde uma formação técnica qualificada (NF3a) para desempenho de funções de chefe da guarda de centro de socorro - “chefe de serviço” - e formação técnica superior (NF3b) para postos de adjunto de Centro de Socorro e chefe de Centro de Socorro, chefe de secção, chefe de grupo. Ao último pilar da carreira corresponde um técnico altamente especializado e com responsabilidades transversais a toda a organização. Para poderem ascender às categorias seguintes, para além da formação de progressão, os suboficiais têm de frequentar formação relacionada com as várias funções internas (impedimentos) que desempenham, bem como a de função estritamente operacional. Como na Brigada existem várias componentes de suporte à atividade operacional, para além do combate a incêndios e socorro à vítima, os suboficiais recebem, ao longo da sua carreira, formação em vários contextos. Por exemplo, enquanto sargento, pode ser colocado no Agrupamento de Suporte ao Socorro, onde poderá desempenhar funções administrativas ou de gestão, ou chefe de uma secção (e.g. oficinas) irá ter formação adequada à função que lhe for atribuída. No caso do Agrupamento de Formação e Instrução irá frequentar formação de instrutor e instrutor especializado. No entanto, para a categoria de Sargento-chefe, como as funções de chefia são de maior responsabilidade, terá de frequentar formação para chefe de grupo em ambiente operacional e, por sua vez, no de suporte ou de formação irá receber formação especializada de acordo com as funções atribuídas. Já a categoria de Ajudante desempenhará funções de adjunto de Chefe de Centro de Socorro (quartéis) dos Agrupamentos de Incêndio e Socorro, adjunto
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Destaque dos Centros de Socorro de Apoio Especializado e de adjunto de Centro de Formação. Como Ajudante-chefe terá a responsabilidade de desempenhar funções de chefe de Centros de Socorro, de chefe de Centro de Formação. Por último, à categoria de Major cabe as funções de técnico experimentado e as suas responsabilidades são transversais aos vários ambientes de atividade da Brigada. Desempenha funções de adjunto técnico, de instrutor técnico, de Estado-Maior, nos Agrupamentos de Incêndio e Agrupamento de Apoio Especializado. A carreira de oficial destina-se à direção superior das várias unidades, serviços e gabinetes que constituem a Brigada. As origens de oficiais são diversas e com percursos diferentes, distinguindo-se os oficiais de carreira dos oficiais contratados. Os oficiais de carreira são constituídos por oficiais vindos do exército e das próprias fileiras da Brigada. Os que provêm das academias podem aspirar chegar ao posto de oficial-general e os diplomados têm como aspiração máxima o posto de coronel. Ainda dentro dos oficiais de carreira temos oficiais provenientes das carreiras de base da Brigada que reúnem as condições para ascender a esta carreira. Os oficiais contratados são especialistas que devido à especificidade das suas competências a Brigada não os encontra nas suas fileiras, como é o caso de médicos, enfermeiros, relações públicas e outros especialistas. Todos estes oficiais são “aculturados” e frequentam formação de adaptação aquando do ingresso na Brigada e também formação de especialização na componente operacional. Desta curta mas frutuosa visita à maior unidade de bombeiros da Europa ficou uma porta aberta para intercâmbio de formação de formadores e a instrutores. Esta instituição é exemplo de como nos devemos adaptar a novos tipos de risco emergentes tão na ordem do dia, para que, em Lisboa, tal como em Paris, continuemos no desempenho da nossa missão a Salvar vidas e bens e a afirmarmo-nos como Referência Nacional.
Fig. 6 – Cartaz da exposição patente em Paris sobre a evolução da BSPP
Legenda: (1) - Coronel Roger Barrau (Chefe da Divisão de Organização e Recursos Humanos da BSPP)
(2) - BREC ( Buscas e Resgate em Estruturas Colapsadas)
(3) - CBRN (Químico, Biológico, Radiológico e Nuclear)
Fontes:
June 2016,The Paris Fire Brigade http://www.pompiersparis.fr/ http://www.pompiersdeparis.com/cursus-deformation.html The Paris Fire Brigade; Edition June 2016, pag 7. The Paris Fire Brigade; Edition June 2016, pag 8.
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Testemunho Hugo António Sub / Chefe de 2.ª Classe | Nº 429
"Será para mim impossível descrever tudo aquilo que senti numa ocorrência que tanto me orgulhou, pelo eficaz trabalho que desenvolvemos. Como muitas vezes costumo dizer", só quem lá está é que percebe". Parecendo para os transeuntes que, da forma como todos os Operacionais trabalharam, se tratou de uma ocorrência de rápida execução, a verdade é que o grau de complexidade deriva em vários sentidos: desde a deslocação dos meios de socorro necessários e adequados para o local, acionados conforme a especificidade da ocorrência, a preocupação com a avaliação do estado da vítima, e o fator mais importante, a segurança de todos os elementos envolvidos no terreno!
Chegámos ao local e tínhamos uma enchente de gente a filmar e a gritar, quase que não conseguíamos perceber quem eram as vitimas e quem realmente se encontrava no cenário para registar o momento. Só com profissionais rotinados foi possível uma boa articulação entre as várias entidades no terreno, sabendo cada um o que tem que fazer. Pode parecer fácil, mas desde a delimitação do perímetro por parte da PSP e respetivo auxilio à equipa do IINEM no local enquanto a nossa equipa não chegava, a aproximação dos técnicos do INEM para junto da vitima em segurança e a definição da estratégia a executar entre o médico e os Operacionais do RSB, tudo acontece em poucos minutos e sobre grande pressão. Sobre mim, enquanto TAS, recaiu uma grande responsabilidade. Todo o processo de articulação com as diferentes equipas passaria por mim, não fosse essa a minha missão inerente à minha função. Depois de todos os meios estabelecidos e equipas prontas, chegava a hora de definir a estratégia, tendo em conta a avaliação da vitima e equipamentos adequados para se proceder ao levantamento do elétrico. Se por um lado tinha os profissionais de saúde a perguntar quanto tempo demoraríamos, do outro, tinha o graduado a coordenar os Operacionais do RSB no levantamento do elétrico tendo sempre em conta a segurança dos que estavam por perto, tudo enquanto eu e a técnica do INEM, tentávamos acalmar a vitima que estava agitada e nos dizia "tirem-me daqui". Com o inicio do minucioso trabalho de levantamento do elétrico pelas duas equipas na lateral, sem visibilidade entre elas mas que exigia um trabalho exato de levantamento em simultâneo, à medida que o elétrico era elevado,
conseguíamos progredir no sentido da vitima, tentando acalmar uma pessoa que presa fisicamente, apenas via ferro, pois não tinha contacto visual connosco. Lembro-me perfeitamente do momento em que ganhamos espaço para a estabilização, o corpo refletiu um momento de libertação com a máquina e naturalmente, despoletou uma reação de agitação. Foi nesse momento que, instintivamente consegui chegar ao Sr. "João" e apertando-lhe a mão disse "tenha calma Sr. "João", vamos tirá-lo daqui...não se mexa que só isso, vai facilitar imenso o nosso trabalho" e ele, como que de uma voz amiga se tratasse, parou e apertando a minha mão, ficou tranquilo, o que nos ajudou no nosso trabalho. Fui então falando com ele e explicando o que estávamos a fazer para que ele também percebesse o que estava a acontecer... Uma voz calma e assertiva, um aperto de mão e uma explicação do que estamos a fazer faz toda a diferença para quem está a ser socorrido. Transmite segurança, faz com que, num momento de stress, a pessoa não se sinta sozinha mas sim rodeada de operacionais que sabem o que estão a fazer e que, com certeza, vão dar 200% para que tudo corra da melhor maneira possível. Muito fica por dizer, mas, além do trabalho realizado, que foi exímio, é de sublinhar todo o trabalho de equipa realizado entre PSP, INEM e RSB. Embora seja a nossa profissão, todos somos humanos e estamos sobre stress, e por vezes basta uma palavra mal interpretada para que os procedimentos não sejam compreendidos... A forma incrível como todos trabalhámos em conjunto mostrou que, independentemente da instituição a que pertencemos, a missão é só uma: salvar vidas."
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Breves No primeiro trimestre de 2016 a Escola do RSB ministrou dois cursos de formação em Ambiente e Controlo de Acidentes com Matérias Perigosas, Nível II (Esquipa de Especialização). Esta formação enquadra-se no âmbito do Plano de Formação Anual do RSB, que visa, habilitar os operacionais com conhecimentos e competências para uma intervenção imediata e eficaz.
Uma das atuações diferenciadas do RSB . Os elementos afetos à UCA têm vindo a ser objeto de formação contínua por forma a dar resposta cada vez mais otimizada aos diferentes cenários de ocorrências que envolvem substâncias perigosas. Neste âmbito de procura contínua de uma performance de excelência, tem a UCA realizado treinos conjuntos com stakeholders internos e externos. Veja-se a ocorrência de derrame de ácido de formaldeído e pó suspeito na obra do parque de estacionamento no Hospital da CUF Descobertas. Atentos à qualidade desta unidade de atuação diferenciada, foi a mesma convidada a apresentar uma comunicação alusiva ao tema: Intervenção em Pó de Magnésio, integrada no âmbito das 3.as Jornadas Internacionais de Matérias Perigosas realizadas em finais de 2016.
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Breves
Ainda que não exista grandes publicações sobre a história da Banda do Regimento de Sapadores Bombeiros é sabido que em 1925 passou a ter estrutura de banda sinfónica, tendo como primeiro maestro Joaquim Clemente, que, em 1929, emigrou para a América do Sul, onde dirigiu grandes orquestras. Durante as décadas de 50 e 60, a sua direção musical esteve a cargo do maestro da Banda da Força Aérea Portuguesa, Joaquim Alberto Cordeiro. Já na década de 70, mais propriamente no ano de 1976, o Comando do BSB convidou para maestro Luís Fernando dos Santos, que manteve a direção musical até 2015. Este tinha passado pelo RSB como Sapador Bombeiro, antes de integrar a Banda de Música da GNR, na qual chegou ao posto de Sargento-mor, dirigindo-a em diversos momentos e desempenhando a função de adjunto do chefe da Banda. A partir de um misto de banda e fanfarra, mantida até meados João Vaz Chefe 2ª Classe
dos anos 80, foi criada a atual estrutura de banda de música. Para isso contribuíram diversos comandos do BSB e depois RSB, com a colaboração da CML, que nos anos 80 e 90 se preocuparam em dotar a banda de instrumentistas para que a sua continuidade não ficasse comprometida. Atualmente, a banda é dirigida pelo maestro Fernando Ramos, Subchefe de 2ª Classe que, entre muito trabalho em ensaios e concertos, dá aulas de música aos elementos do RSB, contando já com a presença de promissores instrumentistas. Foi graças a esta oportunidade que o Subchefe de 2ª Classe, Ricardo Costa, integrou a banda como executante em Saxofone Tenor, no seu primeiro concerto em 2016. Entre inúmeras atuações tão diferentes como concertos comemorativos do Saint Patrick`s Day, o Dia Mundial da Criança, o Dia Mundial da Música ou o Dia Mundial do Idoso, há a assinalar o “Concerto do Fogo” que ocorreu, no início do ano, no auditório do Museu dos Coches, muito aplaudido pela brilhante atuação, motivo de orgulho de todos os executantes. Ainda no âmbito de exposições do acervo museológico do RSB no Museu dos Coches ou no Centro Colombo, outros concertos marcaram a agenda da banda, não esquecendo a presença na Feira do Livro ou em eventos dedicados inteiramente à divulgação da música em escolas e coletividades. Constituída por 23 elementos Bombeiros Profissionais, a Banda do RSB chefiada pelo Chefe de 2ª Classe João Vaz, tem participado em eventos institucionais, como em formatura do Dia da Unidade, bem como em diversas Guardas de Honra.
Suscitou grande admiração aos visitantes do Centro Comercial Colombo a exposição “As Primeiras Viaturas Motorizadas dos Bombeiros”. Segundo a administração do CCC a exposição terá tido um potencial de 37.000 visitantes que puderam apreciar o Auto Primeiro Socorro, marca Brasier, de 1906, a Auto-Bomba, marca Zust, de 1908, o Auto Comandante de Companhia, Mercedes-Benz, de 1931. A exposição integrou ainda uma Bomba a Vapor Shand, Manson & Co., do final do séc. XIX, fazendo a promoção à exposição de viaturas não motorizadas, patente no Museu dos Coches, “Há Fogo! Há Fogo! Acudam, acudam!”. Facebook.com/Regimento Sapadores Bombeiros - Lisboa | www.cm-lisboa.pt/viver/seguranca/regimento-de-sapadores-bombeiros
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Breves Os simulacros são uma das mais básicas atividades que se devem incluir nas rotinas das forças de socorro, para que que o estado de prontidão seja o ideal quando há necessidade de intervier em situação reais. A cidade de Lisboa conta já com uma considerável extensão de tuneis e é importante conhecer as formas de atuação de outras forças em situações de sinistro neste mesmo ambiente. Neste contexto o RSB, a convite dos Sapadores de Paris, assistiu em 22 de março ao simulacro nos túneis de Paris.
A Efectis é uma empresa na área da ciência do fogo, que cobre as medidas de segurança nos fogos através de testes e modelos, certificação e inspeção em todo o mundo e respetiva consultoria. No âmbito da necessária procura de melhoria contínua operacional, foi o RSB objeto de uma visita técnica pela Efectis em 8 e 9 de março.
Vereador Carlos Castro e Comando do RSB reúne em Cabo Verde para a promoção de um projeto de cooperação técnica em Proteção e Socorro (fevereiro de 2017).
Revista ás tropas em parada
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Testemunho
José Franco Chefe de 1ª Classe
RELATÓRIO OCORRÊNCIA: 1219 25 01 2017 Acidente com Catamarã Hora 08h39
Local: Av. Acesso Estação Fluvial do Terreiro do Paço Data: 25/01/2017
Dia da semana: Quarta-feira
COS: Chefe de 1ª. Classe Franco Origem: Indeterminada 1 Reconhecimento
Ao chegar ao local, cerca das 09h21, auto transportado no AC 65, verifiquei a existência de vários feridos a serem assistidos pelo pessoal do INEM e RSB no hall principal da estação fluvial do Terreiro do Paço, outros sinistrados a serem evacuados do interior do catamarã para o posto de Triagem instalado no hall desta estação fluvial, num total de 34 vitimas ligeiras, 5 destas vitimas foram imobilizadas, face a esta situação foi solicitado à Central o envio de VLTP ou do VTPG para facilitar a evacuação das vitimas para os diversos estabelecimentos hospitalares da Cidade, para além das ABSC, ABTM do INEM, RSB e BV das corporações de Lisboa e BV de Sacavém. Compareceram no local os Exs. Senhores, Vereador Carlos Castro, 2º Comandante e Adjunto Técnico Carlos Bispo. 2 Plano dos Trabalhos
Salvamentos - Evacuação de cerca de 527 passageiros do catamarã Antero de Quental que embateu no cais, ficando só as vitima no seu interior. - Triagem preliminar dos 34 feridos no interior da embarcação e posterior retirada para o hall principal da estação fluvial do Terreiro do Paço. - Condução dos sinistrados para os diversos estabelecimentos hospitalares da Cidade, designadamente hospital de São José, Santa Maria, São Francisco Xavier e maternidade Alfredo da Costa.
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Testemunho
3 Organização dos Trabalhos VAME 11- Compareceu; VUCI 13 – Compareceu; VUCI 12 - Compareceu VOPE 41 – Transporte do chefe de 1ª intervenção ao Batalhão; AC 65 - Transportou o chefe do CPO; VCOT 62 - Transportou o chefe de Serviço à Cidade; ABTM 31 – Condução de vítima ao hospital de Santa Maria; ABSC 34 – Condução de vítima ao hospital de São Francisco Xavier; VTPG 52 – Condução de várias vítimas ao hospital de São Francisco Xavier; VMER INEM – Transporte de médicos e enfermeiros;
ABSC INEM – Condução de várias vítimas ao hospital de São José; ABSC 01 BV Campo de Ourique - Condução de vítima ao hospital de Stª Maria; ABSC 02 BV Campo de Ourique - Condução de vítima ao hospital de Stª Maria; ABSC 01 BV Cabo Ruivo - Condução de vítima ao hospital de São José; ABSC BV Beato e Olivais - Condução de vítima ao hospital de São José; ABTM BV de Sacavém - Condução de várias vítimas ao hospital de São José. 4 Fases de Trabalho Aquando da chegada ao local do material e pessoal do RSB, estes, conjuntamente com o médico e enfermeiros do INEM procederam a uma tiragem preliminar das vítimas no interior da embarcação e estabelecem o posto de triagem no hall principal da estação fluvial com o devido perímetro de segurança. São imobilizados 5 vítimas mais problemáticas e conduzidas de imediato aos estabelecimentos hospitalares em ABSC disponíveis no local. À medida que chegava ao local de sinistro ABSC, ABTM e VTPG e em função com a prioridade da triagem elaborada pelo INEM, as vitimas iam sendo conduzidas aos diversos estabelecimentos hospitalares da Cidades, conformo quadro de vítimas.
Os trabalhos foram concluídos cerca das 10h46. 5 Origem do Sinistro A sua origem pode considerar-se indeterminada, no entanto e segundo versão da entidade Marítima, à hora do sinistro a visibilidade na zona era reduzida devido ao denso nevoeiro que se fazia sentir. O assunto será averiguado em comissão de inquérito.
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Testemunho
Sapador Bombeiro | Nº 953
Francisco Santos
Cerca das 08h10 do dia 25-01-2017 ao chegar a Lisboa num Catamarã proveniente do Barreiro com o nome Antero de Quental, o mesmo embateu violentamente no pontão da marinha provocando bastantes feridos, alguns até com alguma gravidade. Depois de recomposto do embate e ao deparar-me com a gravidade do acidente liguei imediatamente para o 112 a pedir auxilio, pedindo a presença de uma VMER e AMBULÂNCIAS devido a grande quantidade de feridos. Assim que a embarcação atracou, e com a colaboração dos tripulantes pedi aos passageiros que não se sentissem feridos, o favor de saírem e quem estivesse ferido que permanecesse no mesmo local, para quando chegassem os meios de socorro pudessem atuar da melhor forma. Assim que chegou a VMER encaminhei de imediato a médica para os feridos com maior gravidade. Após a chegada do RSB coadjuvei com o graduado de serviço e restante pessoal no local, nas imobilizações dos feridos para que fossem retirados da embarcação dando assim os meus préstimos da melhor maneira que podia.
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Informação Agradecimento pelo auxilio prestado pelo RSB em 11-03-2017 | Av. 24 de julho. O Regimento de Sapadores Bombeiros rececionou uma carta de agradecimento do Senhor Jaime Silva Araújo, morador em Viana do Castelo, aquando socorrido e resgatado no acidente do dia 11-03-2017,na Avenida 24 de Julho, em frente ao mercado da Ribeira, pelas 18h05, o qual se passa a citar: "Venho individualmente prestar um grande agradecimento pelos excelentes e profissionais serviços de socorro prestados pelo Regimento de Sapadores Bombeiros. Não sei precisar, mas por em determinados momentos do regate ter estado consciente, recordo-me de partes do diálogo que mantiveram comigo, o que também agradeço, pois tais diálogos podem ter sido importantes para posterior auxilio medico."
O AGRUPAMENTO de Escolas Francisco Arruda Jardim de Infância da Escola Raúl Lino remeteu um e-mail de agradecimento o qual se transcreve. "Venho, desta forma, agradecer imensamente o modo como a nossa escola foi recebida, esta semana, pelos Bombeiros de Santo Amaro. O profissionalismo, a dedicação e ternura, com que as nossas crianças foram acolhidas, transmitiram toda a vocação e responsabilidade do cargo que os Bombeiros ocupam na sociedade atual. Assim, as turmas revelaram-se encantadas com as atividades concretizadas. Deste mesmo modo, divulgaremos a importância destas ações de sensibilização, com o objetivo de educarmos cidadãos conscientes e pró ativos. Continuação de um excelente trabalho"
Ficha Técnica Periodicidade: Trimestral
Propriedade – Regimento de Sapadores Bombeiros - Lisboa Av. D. Carlos I, 1249- 071 Lisboa Redação e Paginação – Gabinete do Comando | Comunicação e Imagens: RSB Enviem-nos as vossas sugestões para os seguintes contactos: carlos.moreira@cm-lisboa.pt ; ana.menezes.loureiro@cm-lisboa.pt ; goncalo.correia@cm-lisboa.pt
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