Setúbal - Guia de Saúde

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Mantenha-se aquecido!

Exercício físico no inverno | Novo ano, mais saúde ano 5 – n.O 12 – inverno 2018


sos saúde

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Quedas na população idosa

Linhas de Emergência Número Europeu de Emergência 112

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Regresso do frio Mantenha-se aquecido e em segurança

Esclerose múltipla

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Doenças sexualmente transmissíveis

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Setúbal, Inverno + Saudável 8. A importância da hidratação da pele no inverno 9. Novo Ano… Mais e Melhor Saúde Alimentar 10. Gripe sazonal 12. Como lidar com a febre nas crianças

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A prática de exercício no inverno – cuidados a ter

A importância da prevenção na saúde oral

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Etiqueta respiratória

Resoluções de ano novo

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Conversando com... Do mercado à sua mesa Borrego e Couve Portuguesa

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SNS 24 808 24 24 24 INEM – Centro de Informação Antivenenos (Intoxicações) 808 250 143 Telefones úteis Centro Hospitalar de Setúbal – Hospital de S. Bernardo 265 549 000 Hospital Ortopédico do Outão 265 549 000 Hospital da Luz 265 509 200 Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida 265 420 290 Unidade de Cuidados Continuados Integrados 265 420 290

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Linhas de Apoio Linha do medicamento 800 222 444 SOS Grávida 808 20 11 39 SOS Criança 800 20 26 51

setúbal guia de saúde – INVERNO 2018 – Ano 5 – n.º 12

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ficha técnica | Edição Câmara Municipal de Setúbal – Gabinete de Saúde e Serviço Municipal de Comunicação e Imagem Coordenação Geral Sérgio Mateus, Elisa Pedradas, Carla Roberto e Susana Alonso (CMS) Coordenação de Edição Elisa Pedradas (CMS) Textos Madalena Gomes da Silva (ESS–IPS); Jorge Parrulas (SMPCB); Rui Pedro Guerreiro (CHS); Margarida Anes (CHS); António Carvalho (ACES Arrábida); Vera Azevedo (CMS); Ramon Ruano, Cláudia Ballesteros, Marina Lopes (USP Arrábida–ACES Arrábida); Paula Dias (HLS); Ana Pereira, Ana Figueira, Mário Espada (ESE-IPS); Susana Figueira (DENTIBUS); Mária Sousa (UCC–ACES Arrábida); Helena Águeda Marujo (ISCSPUL); Manuel Roque (CHS). | Revisão João Monteiro (CMS) Projeto gráfico e paginação Rita Firmino Pereira (CMS) Fotografia José Luís Costa (CMS); Freepik.com: Pressfoto, Dragana Gordic, Vocativ, Luis Molinero, Schantalao e Peoplecreations. Impressão Prosperpágina, Lda. Tiragem 5000 exemplares Depósito Legal 428331/17 ISSN 1646-9585 Distribuição gratuita CMS – Câmara Municipal de Setúbal/ESS-IPS – Escola Superior de Saúde – Instituto Politécnico de Setúbal/SMPCB – Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros/CHS – Centro Hospitalar de Setubal/ACES ARRABIDA – Agrupamento dos Centros de Saúde Arrábida/HLS – Hospital da Luz Setubal/ESE-IPS – Escola Superior de Educação – Instituto Politécnico de Setubal/DENTIBUS-Clinica Médica Dentária, Lda/ UCC-ACES ARRABIDA – Unidade de Cuidados na Comunidade Agrupamento dos Centros de Saúde Arrábida/ISCSPUL – Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade de Lisboa


editorial no novo, vida mais saudável O início de um novo ano é sempre motivo para prometer mudanças às nossas vidas. Agora é que vai ser, dizemos para nós próprios, ainda que, muitas vezes, sem grande convicção. Este ano vou emagrecer, prometemos depois de um Natal recheado. Este ano vou fazer mais exercício, garantimos a bom som para quem nos quer ouvir. Todos sabemos, contudo, que, muitas vezes, o ano novo é apenas mais um ciclo que começa sem que mudemos grande coisa. Mas há sempre pequenas revoluções possíveis de fazer no nosso quotidiano que podem ser fundamentais para a nossa saúde. Pequenas transformações nos nossos hábitos, mudanças graduais sem grande impacte no nosso quotidiano podem assumir toda a diferença. O Guia de Saúde que tem nas mãos contém um conjunto de informações, de ideias e de sugestões que podem contribuir para as mudanças graduais que muitos de nós precisam de introduzir nas suas vidas. Aqui encontra

Edição:

muito do que precisa para iniciar hábitos de vida mais saudáveis, no que é um pequeno contributo da Câmara Municipal de Setúbal para uma melhor saúde de todos os que habitam o nosso concelho. Desejo a todos um bom ano novo com uma vida mais saudável.

Maria das Dores Meira Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

Patrocinador:

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Parceiros nesta edição:


Professora Dr.ª Madalena Gomes da Silva Escola Superior de Saúde – Instituto Politécnico de Setubal

Quedas na população idosa – impactE e prevenção

A boa notÍcia é de que podemos prevenir as quedas!

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Para isso basta melhorar a sua força e o seu equilíbrio. Os fisioterapeutas dinamizam programas nos centros de saúde, e nos centros de dia, que pode integrar para ganhar mais confiança no movimento. Em casa, tente garantir uma boa iluminação, retirar os fios que atravessam o chão, colocar antiderrapantes nos tapetes, utilizar calçado com bom apoio nos calcanhares e não usar roupas largas em baixo, como calças largas ou saias compridas. E, não esqueça, faça uma revisão regular da sua medicação e visão junto do seu médico de família.

Em Portugal, 19% da população tem 65 ou mais anos e, todos os anos, entre 28 a 35% destas pessoas caem pelo menos uma vez. As quedas têm um impacte no próprio, na família e no Sistema de Saúde. A pessoa que caiu pode ter de recorrer às urgências hospitalares e, no caso de fratura, poderá ter que ser submetida a cirurgia e recuperar dessa situação. Infelizmente, sabemos que entre 17 e 30% das pessoas vêm a falecer como consequência destes acidentes. Com ou sem consequências mais graves, para a família a queda de uma pessoa idosa é sempre um motivo de preocupação que pode significar passar da autonomia para a dependência de terceiros. Por outro lado, os cuidados de saúde necessários implicam elevados custos financeiros e há um aumento da procura dos serviços de saúde, em relação ao qual nem sempre há capacidade de resposta. Por ano, os custos com os acidentes podem chegar a 52 milhões de euros. Depois de cair uma vez, frequentemente o idoso desenvolve medo de voltar a cair. Este sentimento faz com que se mexa menos, levando a um descondicionamento físico que pode, por sua vez, originar novas quedas.


Jorge Parrulas – Mestre em Riscos e Proteção Civil Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros

frio

Mantenha-se aquecido e em Segurança

Os dias frios trazem consigo a necessidade de utilização de equipamentos para produção de calor, como aquecedores, lareiras, fogões a lenha, e outros. É bom o conforto que nos dão, contudo, há perigos associados que devemos conhecer. Não sobrecarregar tomadas elétricas, efetuar manutenções regulares à instalação e aos equipamentos e cumprir normas e procedimentos de segurança podem evitar adversidades. A maioria das ocorrências de incêndios urbanos está relacionada com aquecedores, fogões, lareiras. A falta de limpeza ou de manutenção, assim como do cuidado necessário durante o uso potencia a ignição e desenvolvimento de incêndios. Na cozinha, tenha cuidado com recipientes que contenham comida ou líquidos a ferver. Cuidado com os bicos do fogão acesos e o forno ligado. Se lhe tocarem e entornarem o conteúdo provocam queimaduras graves. Cuidados redobrados se houver crianças. Não as deixe brincar ou correr na cozinha.

CUIDADOS PARA EVITAR INCÊNDIOS Aquecedores, Fogões, Lareiras e Chaminés Devem ser colocados em lugares apropriados e manter uma distância de segurança de objetos combustíveis como cortinas, tapetes, móveis ou outros materiais. Não seque roupa nem tape as saídas de ventilação dos equipamentos. A energia propagada através de condução (com suporte físico) ou de radiação (infravermelhos) pode iniciar um incêndio. > Nunca use a lareira sem grelha de proteção. Ao sair de casa, desligue equipamentos elétricos e apague chamas e brasas. > Mantenha os equipamentos sempre limpos. As fuligens e gorduras acumuladas na conduta de saída de fumos podem ocasionar incêndios. > Evite utilizar braseiras e fogareiros no interior das habitações. O gás libertado pode causar intoxicação e levar à morte! Cobertores elétricos Cuidado com os cobertores elétricos. Se utiliza, nunca se deite com o equipamento elétrico ligado.

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Dr. Rui Pedro Guerreiro Assistente Hospitalar de Neurologia, Centro Hospitalar de Setúbal

esclerose múltipla A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crónica de natureza autoimune que afeta o sistema nervoso central. O sistema imunitário ataca a mielina, principal constituinte da bainha que reveste os neurónios do cérebro, medula espinhal e nervos óticos, causando a formação de tecido cicatricial (esclerose). Isto interfere com a condução dos impulsos nervosos, causando sinais e sintomas variados: > Dormência e falta de força dos membros > Perda de visão parcial ou completa > Visão dupla >T remor, falta de coordenação dos membros ou desequilíbrio na marcha > Fala arrastada > Tonturas e vertigens > Fadiga > Dificuldades urinárias e intestinais > Problemas cognitivos e emocionais

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A causa da esclerose múltipla continua a ser desconhecida. Os seguintes fatores estão associados a um maior risco de desenvolver a doença: > Idade: mais frequente 20 a 50 anos > Sexo: 2-3× mais frequente no sexo feminino

> História familiar: maior risco com familiar direto afetado > Geografia: mais comum quanto mais longe da linha do Equador > Etnicidade: mais frequente em pessoas de origem europeia > Tabagismo: maior risco nos fumadores

Referir que 85% dos doentes evoluem sob a forma de surtos/remissões, ou seja, experienciam novos sintomas ou surtos, seguidos por períodos de inatividade ou remissão. Cerca de 60-70% dos doentes evoluem para uma progressão contínua – fase secundária progressiva. Alguns doentes apresentam agravamento progressivo desde o início – forma primária progressiva. Não existe cura para a esclerose múltipla, mas há tratamentos para acelerar a recuperação dos surtos, para aliviar os sintomas e para modificar o curso da doença através da redução da frequência dos surtos e do atraso da progressão da incapacidade. Sendo uma doença de difícil diagnóstico e o início precoce de tratamento fundamental, perante a presença de sintomas suspeitos dever-se-á consultar rapidamente um neurologista.


Dr.ª Margarida Anes Dermatologia, Centro Hospitalar de Setúbal

doenças sexualmente transmissíveis As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são infeções transmitidas pelo ato sexual (vaginal, oral ou anal) com um parceiro infetado. Frequentemente subvalorizadas em termos de saúde pública, as DST causam uma significativa morbilidade a nível da saúde materno-infantil, e consequente mortalidade de indivíduos jovens. As DST mais diagnosticadas em Portugal são: gonorreia, clamídia, sífilis, verrugas ou condilomas e herpes genital. Manifestam-se pelo aparecimento de feridas, corrimento, verrugas nos órgãos genitais ou noutras localizações, conforme as práticas sexuais havidas. A infeção VIH/SIDA e as hepatites B e C transmitidas pelo sangue, também se contraem pelas relações sexuais. A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou em 2014 um aumento das DST, nomeadamente da gonorreia e da sífilis. A OMS tem emitido alertas sobre a incidência de infeções gonocócicas resistentes aos antibióticos mais comuns e, até à data, há registos de casos sem tratamento eficaz no Japão, França e Espanha. A gonorreia não tratada pode provocar infertilidade e gravidez ectópica, e aumentar o risco de contrair a infeção VIH.

A prevenção com uso do preservativo e a deteção precoce com testes de rastreio são as melhores formas de evitar complicações graves de saúde. Em Portugal, ao contrário de outros países, as DST estão separadas do VIH, levando os profissionais de saúde a “esqueceremse” das outras DST quando fazem o rastreio para a infeção VIH. Os nossos serviços clínicos de DST são prestados por dermatovenereologistas nos hospitais e no Centro de Saúde da Lapa em Lisboa. No limiar do século XXI, o controlo das DST passa também pela abordagem dos factores socioeconómicos responsáveis pela elevada prevalência em certos grupos populacionais das grandes cidades.

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Dr. António Carvalho – Interno de Medicina Geral e Familiar Dr.ª Margarida Anes – Médica Dermatologista Centro Hospitalar de Setúbal

A importância da hidração da pele no inverno As temperaturas baixas e o vento, típicos do Inverno, são elementos agressores da pele e mucosas, causadores frequentes de pele seca (xerose) e consequente comichão (prurido). A secura cutânea ocorre tanto em pessoas jovens como idosas, em peles saudáveis ou doentes, e interfere com a qualidade de vida diária. A pele seca, enquanto perde o brilho natural e ao toque sente-se mais áspera, as linhas tornam-se mais evidentes. Os membros são os locais mais atingidos. Podem surgir fissuras e gretas com aspeto de cerâmica quebrada, nas palmas das mãos e plantas dos pés, e feridas devido a microtraumatismos. A pele seca pode ser dolorosa, com vermelhidão (inflamação, eczema), e é mais vulnerável à infeção bacteriana (impetigo). A coceira repetida pode causar pele espessada e rugosa (liquenificação).

Dependendo do grau de secura e/ou localização cutânea, deverá aplicar tópicos hidratantes diferentes: > leite >e mulsão >b álsamo >c reme >ó leo ou pomada 8

Cuide da sua pele e aprecie o melhor do Inverno.

Alguns conselhos para viver o Inverno com pele saudável: > Tome duches curtos (10 minutos) com água morna (em vez de quente), 1 vez por dia, usando sabões neutros ou óleos de banho; > Ao secar-se, não esfregue a pele, aplique a toalha gentilmente sobre a pele e deixe adsorver; > Aplique um emoliente (creme hidratante), ainda com a pele húmida, em todo o corpo; > Pode reforçar o emoliente várias vezes ao dia (o efeito perde-se em 2 a 3 horas após a sua aplicação).


Dr.ª Vera Azevedo – Nutricionista Divisão de Educação da Camara Municipal de Setubal

Novo Ano… Mais e Melhor Saúde Alimentar No inverno, temos tendência para comer mais, uma vez que o nosso corpo precisa de repor a energia gasta para manter a temperatura corporal estável. Adicionalmente, existem festividades típicas desta altura do ano, Natal e Ano Novo, que contribuem para os excessos alimentares e de álcool. Com o novo ano, preparamo-nos para a mudança, para recuperar dos excessos das festividades, mas não só. Inclua na sua lista de resoluções de ano novo a adoção de um estilo de vida saudável. Nós queremos ajudar. Saiba que a palavra “dieta” deriva do termo grego diaita, que significa estilo de vida equilibrado. Tem um estilo de vida saudável? Quantas refeições faz por dia? Os intervalos entre refeições são superiores a 3h30m? Em que consistem os seus lanches? Quantas porções de fruta e legumes come por dia? Com que frequência come peixe? Que tipo de carne de aves come? Com que frequência come carne vermelha? Quais as gorduras e óleos que usa? Consome alimentos com pouco sal, gorduras e açúcar? Costuma fazer exercício físico?

A partir destas questões pode definir o seu estilo de vida para o ano 2018, assente no padrão alimentar mediterrânico. A dieta mediterrânica é muito mais do que gastronomia: é um “estilo de vida”, que tem associado um padrão alimentar de excelência, é reconhecida mundialmente e decorre num contexto sociocultural milenar, marcado pela convivialidade, sabedoria e respeito pelos recursos e ritmos da terra e do mar. Valoriza um consumo de produtos frescos, sazonais e de proximidade, que se encontram nos mercados locais. A dieta mediterrânica é um padrão alimentar promotor de saúde, fator determinante para vivermos mais e melhor, validada cientificamente. Aproveite a mudança de ano e adquira novos hábitos na alimentação e no seu estilo de vida para ter uma vida saudável. “Alguns desejos para o futuro: uma maior consciencialização na hora de decidir o que comemos, pois tal tem impacte a vários níveis, que não só os orgânicos, visto que a alimentação é das poucas coisas em que cada um de nós tem uma ‘decisão efetiva’.” (Pedro Graça – Diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável) Fonte: In Brochura “Dieta Mediterrânica – um património civilizacional partilhado”, 2013, ISBN 978-972-8103-74-3 - Considerada Património Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em 04/12/2013. 9


O que é? A gripe é uma doença viral altamente contagiosa que geralmente ocorre nos meses frios. É transmitida de pessoa a pessoa através de partículas de saliva, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros, assim como por contacto direto com partes do corpo (mãos) ou superfícies contaminadas. Quais são os sintomas e sinais da gripe? Os mais comuns incluem febre e calafrios, tosse, garganta irritada, dores de cabeça ou musculares e cansaço. Têm início de forma súbita e podem durar entre poucos dias a algumas semanas. 10

Como se diagnostica e trata? O diagnóstico é feito com base nos sintomas do paciente e o tratamento requer somente terapêutica sintomática – para a febre, dor e congestão nasal.

Qual a gravidade da gripe? A gripe é, habitualmente, uma doença de recuperação rápida (1 a 2 semanas), mas algumas condições de saúde podem aumentar o risco de complicações graves: > Obesidade mórbida > Asma > Doença hepática crónica > Doença renal crónica > Imunossupressão > Doença pulmonar crónica > Doença cardíaca > Diabetes Mellitus > Doenças neurológicas Entre outras Como se evita a gripe? Além da vacinação, para a prevenção da gripe são essenciais a higiene das mãos, a etiqueta respiratória (tossir ou espirrar para um lenço descartável ou para o antebraço) e, no caso de estar infetado, aconselha-se o distanciamento social.


Dr. Ramon Ruano, Dr.ª Claúdia Ballesteros e Dr.ª Marina Lopes Unidade de Saúde Pública Arrábida – ACES Arrábida

Gripe sazonal

Como tratar a gripe? Cuide-se!

Quem deve ser vacinado contra a gripe? A vacinação contra a gripe é fortemente recomendada e gratuita para as pessoas que tem maior risco de sofrer complicações após contrair a doença: > Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos; > Doentes crónicos e imunodeprimidos, com 6 ou mais meses de idade; > Grávidas; > Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.

> Fique em casa, em repouso; > Procure alimentar-se bem ; > Tome bastantes líquidos ; > Não tome antibióticos sem recomendação médica. Em poucos dias, o organismo de uma pessoa saudável consegue dominar a infeção e eliminar o vírus. Vacine-se! Proteja-se! Se tiver dÚvidas, conCtate SNS 24: 808 24 24 24

(Orientação da Direção-Geral da Saúde n.º 18/2017 de 26/09/2017 (www.dgs.pt))

A vacinação é segura, não provoca gripe porque a vacina não contém vírus vivos, e, quando ocorrem, os efeitos secundários são geralmente ligeiros e de curta duração. Pode ser administrada a partir de outubro até ao final do inverno.

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Dr.ª Paula Dias Coordenadora de Medicina Geral e Familiar do Hospital da Luz – Setúbal

Como lidar com a febre nas crianças A febre é a elevação da temperatura corporal e pode variar ao longo do dia e do local do corpo onde é medida. Há febre quando a temperatura na axila é superior a 37,5ºou mais 0,5ºse medida no reto. A febre é a resposta a uma agressão externa e representa um importante mecanismo de defesa contra a infeção. Pode ser acompanhada de rubor da pele, suor e arrepios. Mais importante do que a temperatura em si é o comportamento da criança. Se a criança tiver 38,5º mas continuar a comer, a brincar e não manifestar sinais de dor, é menos preocupante do que uma criança com 37,8º chorosa, que não tolera líquidos, que vomita ou está prostrada. Contudo, a febre deve sempre ser combatida. Durante a febre: > Mantenha a criança vestida com as roupas adequadas para a temperatura ambiente; > Insista na ingestão de líquidos; > Pode fazer um banho morno (não é imprescindível!).

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Os medicamentos mais usados para baixar a temperatura são o paracetamol (15mg/Kg /dose 8/8h) e o ibuprofeno (10mg/Kg/ dose 8/8h). Não se recomenda a utilização do ácido acetilsalicílico (Aspirina) em menores de 16 anos, porque pode causar efeitos adversos indesejáveis. Quando a temperatura sobe muito rápido, pode ocorrer uma convulsão: a criança fica pálida, os músculos ficam rígidos ou fazem movimentos estranhos e pode originar perda de consciência. A convulsão é assustadora mas não costuma deixar lesões cerebrais. CONSULTE O MÉDICO Caso a criança tenha: > Febre há mais de 72 horas; > Menos de 3 meses de idade; > Manifestação de dor; > Lesões vermelhas na pele; > Doença crónica; > Dificuldade a respirar; > Convulsão com mais de 2 minutos;


Dr.ª Ana Pereira, Dr.ª. Ana Figueira, Dr. Mário Espada – Escola Superior de Educação, Departamento de Ciências e Tecnologias, Instituto Politécnico de Setúbal

Prática de exercício no inverno: Cuidados a ter Com o frio, a prática de exercício físico requer que tenhamos em atenção um conjunto de aspetos, especialmente se este for realizado no exterior. Prevenir a perda de calor (hipotermia) protegendo a cabeça, mãos e pés (gorros, luvas), assegurar um grau de hidratação adequado e preparar o organismo para a prática (aquecimento) são aspetos essenciais. A intensidade do exercício deve ser mais reduzida, principalmente na presença de doenças respiratórias, também elas mais comuns nesta altura do ano. Os cuidados a ter são particularmente importantes em portadores de cardiopatias e em hipertensos, uma vez que o frio pode aumentar a vasoconstrição, provocando o aumento da pressão arterial e da resistência periférica, principalmente nos membros inferiores. A prática, nestes casos, deverá ser acompanhada, prestando-se especial atenção a sinais de desconforto, nomeadamente perdas de equilíbrio e diminuição da capacidade de tomar decisões. Nos casos em que a prática de exercício físico é realizada em piscina, os mesmos cuidados devem ser tidos em consideração, reforçando a proteção das zonas do corpo acima referidas após a realização da sessão. Não se esqueça da importância, em qualquer situação de prática de exercício físico, do aquecimento e dos alongamentos de todas as estruturas do organismo envolvidas de forma a prevenir lesões e que a respiração deve ser realizada de forma contínua e se possível por via nasal.

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Dr.ª Susana Figueira – Médica Dentista, Diretora Clínica da DENTIBUS – Clínica Médica e Dentária

a importância da prevenção na saúde oral As doenças orais têm grande impacte na sua vida. Afetam o relacionamento interpessoal e a autoestima de qualquer indivíduo. A falta de uma boa higiene oral pode conduzir ao isolamento social, fazendo com que o individuo se iniba de interagir. Uma boca, por exemplo, com uma doença gengival não tratada, pode aumentar gravemente o risco de diabetes ou de doença cardíaca. É fundamental evitar hábitos nocivos e perpetuar bons hábitos: > Escove os dentes no mínimo duas vezes por dia com uma escova média, que deve ser substituída

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de três em três meses, e um dentífrico com 1000-1500 ppm de flúor; > Utilize fio ou fita dentária uma vez por dia, de preferência à noite; > Faça refeições equilibradas, evitando o consumo de bebidas e alimentos com açúcar; > Deixe de fumar; > Visite o dentista (6 em 6 meses), para se detetar algum problema numa fase precoce. O projeto “Jovens + Saudáveis” que estamos a desenvolver em escolas de Setúbal, tem como objetivo ensinar e motivar os jovens para a saúde oral.


Dra. Susana Figueira - Directora Clínica

CLÍNICA DENTIBUS

AV. MARIANO DE CARVALHO, N.º33 1.ºDTO E ESQ | 2900-487 SETÚBAL FRENTE AOS CTT BONFIM

MEDICINA DENTÁRIA: – – – – – – – –

IMPLANTOLOGIA AVANÇADA REABILITAÇÃO ESTÉTICA DENTÁRIA ORTODONTIA PERIODONTOLOGIA ENDODONTIA DENTISTERIA ODONTOPEDIATRIA LABORATÓRIO DE PRÓTESE

SERVIÇOS MÉDICOS: – – – – – – –

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA CIRURGIA PLÁSTICA E RECONSTRUTIVA IMUNOALERGOLOGIA PSICOLOGIA TERAPIA DA FALA NUTRIÇÃO ENFERMAGEM

265 184 506 – 961 503 205 consultas@dentibus.pt

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Enfermeira Mária Sousa – Unidade de Cuidados na Comunidade – ACES Arrábida

etiqueta respiratória

Se se quer prevenir, aprenda a tossir…

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Na época outono/inverno chegam inevitavelmente as temperaturas baixas, o frio e consequentemente as infeções respiratórias, nomeadamente, a gripe. Sendo estes vírus transmitidos por via aérea ou através de gotículas, torna-se indispensável que a população em geral se previna, não só através da adesão à vacinação, como através da aplicação da denominada “Etiqueta Respiratória”. ”Etiqueta Respiratória” é um conjunto de medidas preventivas que tem como objetivo prevenir e minimizar o risco destas infeções. Os profissionais de saúde devem promover a implementação destas medidas dentro das suas unidades de saúde, disponibilizando igualmente máscaras aos indivíduos que já apresentem sintomas, de forma a evitar a disseminação de microrganismos. É também aconselhável que nas salas de espera se mantenha uma distância de pelo menos um metro das outras pessoas. O exercício da etiqueta respiratória por parte da população traduz-se numa forma eficaz de prevenir a transmissão de agentes infecciosos nesta época sazonal.

recomendações: > Quando espirrar ou tossir, cubra a boca com um lenço ou toalhete de uso único para conter as secreções respiratórias, o qual deve ser prontamente eliminado no lixo; > Em alternativa, poderá tossir ou espirrar para o braço/manga, evitando a dispersão de partículas e a consequente contaminação das mãos; > Lave sempre as mãos após contacto com secreções respiratórias.

Sugestões da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal


Prof.ª Dr.ª Helena Águeda Marujo – Professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Politicas da Universidade de Lisboa Coordenadora*

resoluções de ano novo... novo ano, mais saúde Escolha uma cultura de bem-estar, bem-ser e bem-comum

A otimização do bem-estar e da felicidade é hoje considerada por alguns como uma das novas fronteiras da mudança social, em alternativa a modelos económicos liberais, num momento em que uma minoria entusiasta, mas não necessariamente utópica, defende ser esta uma etapa histórica extraordinária para estar vivo e para experimentar o privilégio de poder fazer as coisas de forma diferente. Pensar em termos de felicidade implica uma intervenção estratégica de longo prazo, que assegura sustentabilidade às nossas relações sociais e ao planeta, e não deve ser entendido pelos mais apressados como uma intervenção imediatista e superficial. Aqui ficam algumas resoluções de ano novo, que nos ajudam a fazer crescer uma felicidade sustentável, individual e coletiva. 1 Viva com mais consciência – sobre como se relaciona consigo, com os outros e com o espaço comum. 2 Pense cada vez mais no planeta – controle compras, consumos, uso de plásticos, invista na reciclagem,

compostagem, reutilização... contra a voragem de ter mais, de ter novo. 3 Partilhe mais o bom que tem e é – divida os bens materiais, mas também as suas virtudes pessoais, dando-se aos outros na sua excelência. 4 Lembre-se de que somos uma espécie colaborativa e empática – desenvolva cada vez mais em si formas pacíficas de comunicar, compaixão e interajuda. 5 Lembre-se em cada dia do sentido da sua vida – pensando no bem comum e agarrando-o ao quotidiano com leveza (desproblematize, desdramatize), mas também intensidade (celebre, alegre-se, comprometa-se). *– Executiva do Executive Master em Psicologia

Positiva Aplicada e do Mestrado em Politicas de Desenvolvimento dos Recursos Humanos; – Investigadora do Centro de Administração e Políticas Públicas; – Coordenadora da Unidade de Missão de Promoção do Bem-Estar na Universidade ISCSP-Wellbeing”.

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conversando com... DR. manuel Roque

Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Setúbal desde fevereiro de 2016 Habilitações >L icenciado em Economia pelo Instituto de Economia da Universidade Técnica de Lisboa; >P ós-graduação em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública de Lisboa

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O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) tem como missão a promoção da saúde a todos os cidadãos no âmbito das responsabilidades e capacidades dos hospitais que o compõem, prestando cuidados de saúde especializados, com respeito pela dignidade dos doentes, e estimulando o desenvolvimento profissional dos seus colaboradores, num quadro de qualidade, eficiência e eficácia organizativa. O CHS foi constituído, enquanto Entidade Pública Empresarial, em 31 de dezembro de 2005, e desenvolve a sua atividade em Setúbal nos edifícios do Hospital de São Bernardo, no Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão e nas Instalações da Unidade de Dia de Psiquiatria. Com uma lotação de 380 camas, um orçamento anual de 118 milhões de euros e 2057 colaboradores, o CHS cobre uma população residente na sua área de influência direta de 232.786 habi-

tantes distribuídos pelos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra. Presta ainda cuidados de saúde a uma área geográfica que abrange a parte sudoeste litoral da Península de Setúbal e Litoral Alentejano, nas especialidades da Psiquiatria e Saúde Mental, Cardiologia, Infecciologia, Neurologia e Obstetrícia, o que se traduz numa área de influência indireta de 328.732 habitantes. O CHS debate-se com algumas dificuldades infraestruturais, nomeadamente ao nível do Serviço de Urgência Geral, com dimensão e instalações desadequadas à procura. Neste contexto, o Ministério da Saúde já aprovou um ambicioso plano de reestruturação deste serviço que se iniciará em 2018, bem como um plano de remodelações das instalações e equipamentos do CHS, aproveitando verbas da União Europeia e que representam um total de investimento estimado em 16 milhões de euros.


Dr.ª Vera Azevedo – Nutricionista Divisão de Educação da Camara Municipal de Setubal

do mercado à sua mesa borrego

couve portuguesa

Saiba que o borrego:

Saiba que a couve portuguesa:

> É uma carne mais tenra do que a

> Tem alto teor em água (mais de 90%),

de vaca, tendo um sabor e aroma característicos. A sua carne é constituída por cerca de 5% de gordura, sendo que 36% desta gordura é insaturada (a mais saudável). A carne de borrego fornece proteína, ferro, zinco, fósforo e vitaminas B3, B6 e B12.

fibra, vitaminas e minerais, o que a torna num excelente aliado para o controlo de apetite e manutenção de um peso saudável. Confere ação protetora do sistema imunitário, anti-inflamatória, antibacteriana e antioxidante. Para beneficiar destas ações, a Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo de 400g de hortícolas por dia.

> Pode preparar o borrego de várias

formas: ensopados, caldeiradas, jardineiras, assado no forno ou simplesmente grelhado. Para tornar as confeções mais saudáveis, retire gorduras e peles, opte por reduzir a quantidade total de gordura e sal adicionados, prefira o azeite e ervas aromáticas ou especiarias como alecrim, hortelã, coentros, tomilho, caril, colorau, pimenta e/ou cravinho.

> Pode preparar a couve portuguesa

de várias formas: em sopas como o típico caldo-verde, transmontana ou como acompanhamento, cozida ou misturada com batata. Sugestão: corte a couve em caldoverde e escalde com água a ferver. Numa frigideira antiaderente coloque azeite, alhos picados, a couve cortada e a batata cozida esmagada, envolva e tempere a gosto com sal e coentros.

Valor Nutricional por 100g de parte comestível: Energia (Kcal) 124 Lípidos (g) 5 Ácidos gordos saturados (g) 2,2 Ácidos gordos monoinsaturados (g) 1,6 Ácidos gordos polinsaturados (g) 0,2 Proteínas (g) 19,7

VALOR nutricional por 100gr: Energia (Kcal) 31 Hidratos de carbono (g) 3,5 Fibra (g) 2,4 Potássio (mg) 270 Vitamina A (µg) 233 Vitamina C (mg) 90 Ácido Fólico (µg) 78 Água (g) 90,6

Fonte: Tabela de Composição de Alimentos, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 2007

Fonte: Tabela de Composição de Alimentos, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 2007

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