Jornal Municipal - abr | mai | jun'16

SETÚBAL

Treze dá sorte nas Marchas

JORNAL MUNICIPAL.junho 2016.ano 16.n.º60

Cidade verde do rio azul págs. 4 e 5

pág. 20

Edifícios de referência remodelados melhoram imagem urbana em obras com recurso a meios próprios da autarquia

Município atrativo sobe na tabela nacional

Mãos à obra por território mais bonito

pág. 22

Mais de dois mil voluntários em jornada de embelezamento de Setúbal

Investimento em concelho programado a dez anos págs. 7 e 9

pág. 11

Sado na rota págs. 14 e 15 das olimpíadas Mestres Música total seduzem na festa das artes

pág. 19

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SETÚBAL

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4 PRIMEIRO PLANO A autarquia está a recuperar os equipamentos culturais e outros edifícios com recurso, sempre que possível, a meios próprios. A obra já está bem à vista, desde logo nas fachadas de cores fortes.

6 LOCAL Setúbal aproveita os fundos europeus para continuar a modernizar o concelho, com projetos de quase sete milhões de euros. O 11.º concelho mais atrativo do país está a ser pensado num horizonte de dez anos.

12 FREGUESIA São Sebastião recuperou dois campos e construiu outro, enquanto a União das Freguesias de Setúbal criou um parque infantil e dois polos de atendimento. O mercado de Vila Nogueira de Azeitão renasceu.

13 AMBIENTE Setúbal quer afirmar-se como um exemplo europeu em matéria de proteção ambiental. As medidas de contributo local para a defesa global foram apresentadas num seminário e discutidas com a população.

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sumário

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14 PLANO CENTRAL Mais de duas mil pessoas contribuíram para a beneficiação do espaço público em nova edição do Setúbal Mais Bonita. O concelho está ainda empenhado em apresentar-se em estilo florido.

16 CIDADANIA Setúbal representou Portugal no Parlamento Europeu de Portas Abertas, onde se afirmou como destino turístico diferenciador. Jovens europeus discutiram na cidade caminhos para um futuro melhor.

18 CULTURA A Festa da Ilustração mostrou a obra de alguns dos melhores autores nacionais, enquanto o Festival de Música consolidou a vertente inclusiva de um certame único. A cidade rendeu-se às Marchas.

22 DESPORTO A Cidade Europeia do Desporto continua a dar eventos de qualidade à população. Uma prova de qualificação olímpica de natação em águas abertas e a Alegro Meia Maratona de Setúbal são exemplos.

23 EDUCAÇÃO O maior evento tecnológico a sul do Tejo divulgou muitas novidades surpreendentes. O encerramento do ano letivo foi comemorado em festa, no Parque do Bonfim, num fim de semana dedicado às famílias.

24 ACADEMIA A mobilidade sustentável desafia a inovação de veículos elétricos e híbridos na Escola Superior de Tecnologia. O turismo de ar livre ganha especialistas na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

25 RUMOS A judoca Ana Cachola, com vários títulos nacionais e europeus, falhou por pouco a presença nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A atleta aceita bem os sacrifícios impostos pela modalidade.

26 RETRATOS O São Domingos Futebol Clube desenvolve uma horta urbana biológica com fins sociais, num espaço cedido pela autarquia. O produto do trabalho voluntário é cedido gratuitamente a uma instituição.

27 INICIATIVA Amigos de longa data, com profusa atividade artística desde a década de 80, fundaram há meia dúzia de anos uma associação que oferece cultura à cidade. O Synapsis cultiva a arte da informalidade.

28 PLANO SEGUINTE Setúbal e Troia vão estar no epicentro da indústria mundial de animação e efeitos especiais ligados aos videojogos e cinema. De regresso estão ainda a Feira de Sant’Iago e a Volta a Portugal em Bicicleta.

informações úteis

Setúbal - Jornal Municipal Propriedade: Câmara Municipal de Setúbal Diretora: Maria das Dores Meira, Presidente da CMS Edição: SMCI/Serviço Municipal de Comunicação e Imagem Coordenação Geral: Sérgio Mateus Coordenação de Redação: João Monteiro Redação: Hugo Martins, Marco Silva, Micaela Neves, Raquel Proença, Vera Mariano Fotografia: José Luís Costa, Mário Peneque, David Pereira, Carla Roque Paginação: Humberto Ferreira Impressão: PROS – Promoções e Serviços Publicitários, Lda. Redação: SMCI - Câmara Municipal de Setúbal, Paços do Concelho, Praça de Bocage, 2901-866 Setúbal Telefone: 265 541 500

Câmara Municipal

Turismo

Paços do Concelho Praça de Bocage 265 541 500 | 808 200 717 (linha azul) Gabinete da Presidência gap@mun-setubal.pt Departamento de Administração Geral, Finanças e Recursos Humanos dafrh@mun-setubal.pt Gabinete da Participação Cidadã gapc@mun-setubal.pt

Casa da Baía de Setúbal Centro de Promoção Turística Av. Luísa Todi, 468 265 545 010 | 915 174 442

Edifício do Banco de Portugal Rua do Regimento de Infantaria 11, n.º 7 265 545 180 Departamento de Cultura, Educação, Desporto, Juventude e Inclusão Social Departamento de Recursos Humanos Edifício Sado Rua Acácio Barradas, 27-29 265 537 000 Departamento de Ambiente e Atividades Económicas daae@mun-setubal.pt Departamento de Obras Municipais dom@mun-setubal.pt Departamento de Urbanismo Gabinete de Apoio ao Consumidor Gabinete de Apoio ao Empresário Av. Luísa Todi, 165 Mercado do Livramento, 1.º andar 265 545 390

E-mail: smci@mun-setubal.pt Tiragem: 8000 exemplares Distribuição Gratuita Depósito Legal N.º 183262/02

Sugestões e informações dirigidas a este jornal podem ser enviadas ao cuidado da redação para o endereço indicado nesta ficha técnica.

SEI – Setúbal, Etnias e Imigração Rua Amílcar Cabral, 4-6 265 545 177 | Fax: 265 545 174 sei@mun-setubal.pt Gabinete da Juventude Casa da Cultura Rua Detrás da Guarda, 28 265 236 168 gajuve@mun-setubal.pt

Posto Municipal de Turismo - Azeitão Praça da República, 47 212 180 729

Galeria Municipal do Banco de Portugal Av. Luísa Todi, 119 265 545 180 Casa Bocage Arquivo Fotográfico Américo Ribeiro Rua Edmond Bartissol, 12 265 229 255

Loja municipal “Coisas de Setúbal” Praça de Bocage – Paços do Concelho coisasdesetubal@mun-setubal.pt

Museu Sebastião da Gama Rua de Lisboa, 11 Vila Nogueira de Azeitão 212 188 399

espaços culturais

Casa do Corpo Santo Museu do Barroco Rua do Corpo Santo, 7 265 534 402

Utilidade Pública Loja do Cidadão Av. Bento Gonçalves, 30 – D 265 550 200 Balcão CMS: 265 550 228/29/30 Piquete de água 265 529 800 Piquete de gás 800 273 030 Eletricidade 800 505 505

Urgências

SOS 112 Intoxicações 217 950 143 Biblioteca Pública Municipal Serviços Centrais SOS Criança Av. Luísa Todi, 188 808 242 400 265 537 240 Cinema Charlot – Auditório Municipal Linha Saúde 24 Rua Dr. António Manuel Gamito 808 242 424 Polo da Bela Vista 265 522 446 Rua do Moinho, 5 Hospital S. Bernardo 265 751 003 265 549 000 equipamentos Hospital Ortopédico do Outão Polo Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra desportivos 265 543 900 Estrada Nacional 10, Pontes 265 706 833 Complexo Piscinas das Manteigadas Companhia Bombeiros Sapadores Via Cabeço da Bolota 265 522 122 Polo de S. Julião 265 729 600 Pct. Ilha da Madeira (à Av. de Angola) Linha Verde CBSS 265 552 210 800 212 216 Piscina Municipal das Palmeiras Av. Independência das Colónias Bombeiros Voluntários de Setúbal Polo Sebastião da Gama 265 542 590 265 538 090 Rua de Lisboa, 11, V. Nogueira Azeitão 212 188 398 Proteção Civil Piscina Municipal de Azeitão 265 739 330 Rua Dr. Agostinho Machado Faria Fórum Municipal Luísa Todi 212 199 540 Av. Luísa Todi, 61-67 Proteção à Floresta 265 522 127 117 Complexo Municipal de Atletismo Capitania do Porto de Setúbal Casa da Cultura Estrada Vale da Rosa 265 548 270 Rua Detrás da Guarda, 28 265 793 980 265 236 168 Comissão Proteção Crianças Pavilhão Municipal das Manteigadas e Jovens de Setúbal Museu de Setúbal/Convento de Jesus Via Cabeço da Bolota 265 550 600 Praça Miguel Bombarda 265 739 890 PSP 265 537 890 265 522 018 Pavilhão João dos Santos Museu do Trabalho Michel Giacometti Rua Batalha do Viso GNR Lg. Defensores da República 265 573 212 265 522 022 265 537 880

editorial

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A cidade que queremos O debate sobre a cidade que queremos é interminável. Só poderia ser assim. Porque as cidades são organismos vivos, que se transformam, que têm de se adaptar às circunstâncias e às necessidades de cada tempo. Cidade que não muda é cidade que perde vida. Por isso, o que hoje é imprescindível fazer pode não o ser daqui a anos. Essa é uma das mais interessantes características deste permanente debate.

Há quarenta anos, discutia-se a necessidade de fazer avenidas mais largas, com várias faixas de rodagem, cruzamentos semaforizados, passagens desniveladas para peões, muitos lugares de estacionamento, no que foi a concessão de uma prioridade absoluta ao automóvel, desfavorecendo outros meios de transporte. Isto em cidades que nasceram e cresceram sem automóveis. Assistimos, a par desta prioridade ao transporte em viatura própria, a um desinvestimento acentuado nos transportes públicos e à sua entrega a privados, que, normalmente, obedecem a lógicas de rentabilidade financeira e não de satisfação do interesse público, sem que o Estado consiga ou queira impor regras que sirvam, de facto, os utentes destes transportes.

Hoje, o debate sobre as cidades e a qualidade de vida que devem oferecer vai no sentido oposto.

Debatemos, agora, como devolver aos cidadãos o espaço público ocupado por milhares de viaturas, como libertar passeios de carros que impedem a passagem de pessoas, como libertar mais espaços para a fruição pública, criando novos modos de mobilidade e favorecendo transportes públicos de qualidade que sirvam, de facto, o interesse das pessoas. A este debate surgem também associados imperativos ambientais, como a necessidade de cumprir metas de redução de CO2, dos quais dependem o nosso futuro.

Os resultados desta nova visão urbana são plenamente conhecidos em muitas cidades europeias, onde se limitou o trânsito nos centros urbanos e onde se impõem regras cada vez mais rígidas que impedem paragens prolongadas, de forma a que maior rotatividade no estacionamento garanta lugar a mais viaturas durante as horas de maior procura. Casos existem de centros urbanos de grandes cidades onde só se pode circular excecionalmente ou onde se é tarifado para lá entrar.

Poder-se-á dizer que são realidades distintas da nossa. Mas serão assim tão diferentes?

O recurso ao estacionamento tarifado, em particular em cidades onde as forças policiais têm escassos meios para fiscalizar o estacionamento ilegal, tem sido, em muitas zonas do país, o método mais utilizado para assegurar maior rotatividade no estacionamento, mas também para regular o trânsito e os seus fluxos nas vias mais procuradas.

Pensar o estacionamento numa cidade como Setúbal, impedindo a degradação urbana associada a milhares de carros estacionados indevidamente em cima de passeios e outros locais menos próprios e operando, nessas vias, requalificações que devolvam espaço às pessoas, é, mais do que uma necessidade, o dever de uma autarquia que quer pensar e determinar o futuro do território que gere. Seria interessante, aliás, fazer um exercício sobre o que seria hoje a cidade se, há 22 anos, quando havia muito menos automóveis a circular, não se tivesse decidido tarifar o estacionamento na Avenida Luísa Todi e na Avenida 5 de Outubro. Assim como será interessante fazer um exercício sobre o que serão, daqui a vinte anos, vias urbanas que têm hoje já muita procura de estacionamento em resultado do constante aparecimento de novos negócios e serviços nessas zonas que geram mais procura de estacionamento. Não fazer este exercício e não atuar em conformidade com o resultado do que é a procura expectável de estacionamento na cidade é uma irresponsabilidade que nenhum autarca deve cometer.

Infelizmente, o debate sério e sereno que deveria ser travado sobre estas matérias foi totalmente inquinado pela desinformação daqueles que apenas olham para a administração de uma cidade com objetivos meramente partidários e vistas curtas. Governar uma cidade é muito mais do que participar numa mera luta de poder. Governar uma cidade é decidir, planear e adotar soluções que possam garantir, por muitos anos, a maior qualidade de vida a todos. É o que temos feito, sem receio de assumir riscos políticos e eleitorais, enfrentando a desinformação mal-intencionada.

Porque sabemos a cidade que queremos. Queremos Mais Cidade, Mais Setúbal.

Hoje, debatemos como devolver espaço público aos cidadãos

Presidente da Câmara Municipal de Setúbal

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Modernos, funcionais e atrativos.

As características são comuns na beneficiação em curso em diversos equipamentos municipais, intervenções executadas, em grande parte, com recursos próprios da autarquia, opção que poupa nos custos e nos prazos de obra. Têm cores fortes, para se destacarem entre a malha urbana.

E também flores, muitas.

Tudo em prol de mais qualidade de vida para a população e de aumento da atratividade de Setúbal

primeiro plano

U

Edifícios renovam m conjunto de intervenções, algumas já concluídas, outras ainda em curso, beneficia um vasto leque de equipamentos culturais, turísticos e desportivos da cidade. A Biblioteca Pública Municipal de Setúbal e a Casa da Baía são os exemplos mais recentes da transformação em curso. “É um grande investimento na reabilitação de espaços municipais, que precisavam de um ‘refresh”, sublinha a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.

“A biblioteca foi o início das intervenções recentes. Era ‘apagada’ e pouco funcional.”

O público é o principal beneficiário da intervenção na Biblioteca Pública Municipal. Praticamente todo o mobiliário foi renovado e os espaços de utilização foram alvo de reorganização. Em cada espaço está garantida a presença perma-

nente de um funcionário para melhor servir os utentes.

No primeiro piso, as diferentes salas deixaram de estar organizadas pelos contextos de leitura, periódicos e audiovisuais, passando a ser um espaço de usufruto comum.

A mezzanine de apoio à sala anteriormente dedicada em exclusivo à leitura de livros foi também alvo de trabalhos, com a remodelação a incluir a instalação de uma passagem extra entre as galerias, o que permitiu aumentar o número de mesas de consulta nesta área. No piso térreo continuam a funcionar as salas Infantojuvenil e Poliva­ lente.

A fachada também está rejuvenescida, pintada num tom verde forte, enquanto um candeeiro dourado, oferecido pelo arquiteto Romeu Martins, ilumina as escadas de acesso ao piso superior. Já o átrio

beneficiou da intervenção do designer de interiores setubalense João Maria.

“Foram os nossos trabalhadores que fizeram aquela obra quase na totalidade, complementada por ações asseguradas por empreitada. Poupámos mais de 300 mil euros e também o prazo para concretizar a obra foi mais reduzido”, realça a autarca.

A inauguração das intervenções de beneficiação na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal incluiu, a 15 de abril, ao longo de todo o dia, um programa cultural eclético com declamação de poesia, literatura, uma exposição e vários apontamentos musicais.

Baía mais azul A Casa da Baía, onde também funciona em Setúbal a representação do Clube das Mais Belas Baías do

Mundo, reabriu todas as valências ao público a 8 de junho, com uma festa que contou com a música do DJ e antigo vocalista dos Heróis do Mar Rui Pregal da Cunha e de Passione.

Os pátios interior e exterior, o restaurante e até a zona externa de entrada do edifício foram algumas das várias áreas intervencionadas, agora com decoração inspirada em referências temáticas da baía e tropicalidade, num trabalho que tem a chancela do designer João Maria.

Um bote convertido em banco é um dos novos elementos que salta à vista à entrada, assim como um quiosque de promoção do moscatel. A fachada da Casa da Baía está agora pintada de azul, uma cor forte, tal como nos serviços da biblioteca municipal.

“São cores fortes para que sejam re-

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INTERVENÇÃO BIBLIOTECA. O verde marca a imagem da fachada da renovada Biblioteca Pública Municipal de Setúbal, instalada naquele edifício do centro histórico desde 1992. Agora, foi devolvida à cidade e ao usufruto de todos mais moderna, cómoda e com uma nova organização funcional.

BAÍA. O azul do rio Sado é uma das referências da nova atratividade da Casa da Baía. A sala de visitas da cidade e montra da região está mais atrativa, tanto no interior como no exterior, com decoração renovada e inspirada em referências temáticas da baía e tropicalidade.

am atratividade ferências e identificáveis, tal como o edifício do Banco de Portugal, recuperado e agora contemporâneo, no qual foi tomada a decisão arrojada de o pintar de vermelho escuro”, realça Maria das Dores Meira. “E também estão flores, porque queremos Setúbal a florir!”

A zona de receção da Casa da Baía, agora mais funcional, antecede a ampliada loja turística e um espaço no qual estão expostas as distinções alcançadas por Setúbal na área do turismo.

Cores fortes a contrastar com flores e um renovado mobiliário fazem parte do novo desenho decorativo do jardim de inverno, enquanto no pátio exterior, agora pintado a azul, ostenta as placas identificativas das mais belas baías do mundo e um mural em graffiti inspirado nos oceanos.

A intervenção, que tornou a Casa

da Baía ainda mais emotiva e apelativa aos visitantes, reforçando a imagem de referência com que se assume nas vertentes turísticas e promocionais do concelho, contou também com ações executadas pelos serviços camarários.

Obras alargadas As beneficiações são alargadas a espaços museológicos, com a Casa do Corpo Santo, a Casa Bocage e os museus Sebastião da Gama e do Trabalho Michel Giacometti a receberem intervenções que conferem uma nova vitalidade, executadas na mesma linha estratégica, ou seja, com recursos otimizados.

Em curso está a obra de reabilitação da Casa Bocage, espaço no qual funciona o Arquivo Américo Ribeiro e que, além de um novo

projeto museológico, recebe beneficiações gerais, com pinturas interiores e exteriores, trabalhos na cobertura e aplicação de novo soalho.

Já no Museu Sebastião da Gama, com intervenção a iniciar em breve, a passagem do polo da biblioteca para o piso térreo e a criação de uma sala polivalente no andar superior constituem as principais novidades da beneficiação que torna o equipamento mais funcional e que recebe uma reformulação museológica.

A operação no museu azeitonense, com trabalhos que visam a melhoria das condições gerais de conforto térmico e acústico, inclui ainda a criação de acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida e a adoção de soluções que visam o aproveitamento da luminosidade natural.

Também o Museu do Trabalho Michel Giacometti é intervencionado, com o início dos trabalhos agendado para julho.

Neste caso, a intervenção engloba ações de requalificação estrutural do edifício, a par de outras operações de renovação do espaço museológico.

A Casa do Corpo Santo foi outro dos espaços intervencionados, con­cretamente ao nível da capela, com o restauro e a consolidação de materiais, a par da limpeza das peças expostas.

Em curso está também a reabilitação da Pousada da Juventude, instalada no Largo José Afonso. A empreitada devolve a Setúbal um equipamento direcionado para a juventude, ampliado e com quartos múltiplos, o que permite ao imóvel acolher um máximo de sessenta hóspedes.

MUSEU. O espaço museológico de Azeitão, com o nome de Sebastião da Gama, e no qual funciona um polo da biblioteca pública, é ampliada na beneficiação a realizar.

A par da reorganização interior, é dotado de novas acessibilidades, luminosidade natural e conforto térmico.

BOCAGE. No coração do Bairro de São Domingos, a Casa Bocage, na qual nasceu o poeta setubalense em 1765, perpetua a memória de uma das figuras maiores da identidade sadina. O equipamento é reabilitado numa obra que confere mais dignidade àquele espaço municipal.

POUSADA. O equipamento direcionado para os jovens é devolvido à cidade após obras gerais de requalificação e com gestão direta da autarquia.

O edifício localizado no Largo José Afonso, encerrado desde 2012, vai também receber o Gabinete Municipal da Juventude.

Local

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Iluminação aumenta eficiência A iluminação pública nas avenidas República da Guiné-Bissau e Alexandre Herculano saiu melhorada com novas colunas dotadas de luminárias LED. A escola do Bairro Afonso Costa produz a própria energia e uma tecnologia instalada em vários edifícios com gestão municipal otimiza a gestão energética As colunas de marmorite das avenidas República da Guiné-Bissau e Alexandre Herculano foram substituídas por postes metálicos, num total de perto de seis dezenas, a par da instalação de luminárias LED, intervenção da autarquia realizada numa área que havido registado obras de requalificação urbanística.

As novas estruturas, com oito metros de altura, integram as atuais luminárias de vapor de sódio com regulação, para iluminação da faixa de rodagem, e possuem braços voltados para o passeio e a ciclovia, dotados de luminárias com tecnologia LED, medida que permite aumentar os índices de iluminação nas áreas destinadas aos peões e aos ciclistas.

No caso da Avenida República da Guiné-Bissau, as obras foram realizadas entre março e abril, num investimento camarário superior a 20 mil euros, enquanto as intervenções na Alexandre Herculano, asseguradas pela EDP,

A intervenção consistiu na instalação de projetores com tecnologia LED, equipados com lentes especiais que concentram a luz até cerca de dez metros de altura, em árvores entre o Monumento à Resistência Antifascista e a área de interseção com a Praça de Bocage.

Otimização energética

sem custos para o município, foram executadas ao longo de maio.

Igualmente no espaço público, árvores de grande porte ganharam luz na Avenida Luísa Todi, com nova iluminação decorativa a embelezar, desde o final de abril, araucárias e magnólias, numa operação de perto de 12 mil euros para reforço da imagem urbana.

Praceta ganha atratividade Uma intervenção de melhoria da imagem urbana da Praceta dos Arcos está a ser promovida pela Câmara Municipal, com a beneficiação de acessibilidades pedonais e a reabilitação de redes de água e saneamento.

A operação, uma empreitada a decorrer desde 20 de abril, que materializa um investimento camarário de 95.274,55 euros, tem como principal objetivo a reabilitação da Praceta dos Arcos, dotando-a de um desenho urbanístico mais atrativo e contemporâneo.

Os trabalhos incluem a requalificação das acessibilidades pedonais daquela área, a par da criação de novas zonas de estadia, com mobiliário urbano, em que se incluem bancos e papeleiras, ação que melhora as condições

de conforto e usufruto urbano para a população.

A obra, com conclusão prevista para o final de julho, contempla ainda a renovação das áreas verdes, que recebem novas árvores, plantadas em caldeira, assim como a beneficiação das zonas destinadas ao estacionamento automóvel, que passa a estar organizado e com lugares definidos.

No âmbito da empreitada, aquela área habitacional, próxima do Jardim da Algodeia, é também intervencionada ao nível das infraestruturas do subsolo, com a operação camarária a reabilitar as redes de abastecimento de água e do sistema de drenagem doméstica de águas pluviais.

A eficiência também foi à escola, com um equipamento de produção de eletricidade para consumo próprio, em funcionamento desde o final de abril, a tornar a EB do Bairro Afonso Costa autossuficiente a nível energético, intervenção com benefícios para o ambiente.

A UPAC – Unidade de Produção para Autoconsumo é composta por um conjunto de 24 painéis fotovoltaicos que aproveitam a energia solar para conversão em eletricidade, a qual é

depois injetada na rede e consumida, quase na totalidade, pelo estabelecimento de ensino.

Com esta tecnologia, num investimento de 16.728 euros da autarquia e cujo retorno financeiro é de sete anos, 99,8 por cento do total da energia produzida de forma sustentável é consumida pela escola, com o excedente a ser injetado na rede pública.

Em 14 escolas e espaços municipais, o município instalou ainda, em abril e maio, um conjunto de equipamentos que otimizam a gestão energética, concretamente baterias de condensadores que atuam na energia reativa.

No caso de Setúbal, cujo investimento na tecnologia foi de 26.804,38 euros, montante ­financiado em 7224,72 euros pelo Fundo para a Eficiência Energética, nos locais onde foram instaladas as baterias, a fatura de energia reativa paga anualmente ascende aos 24 mil euros.

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Qualidade urbana com investimento

AÇÃO URBANA

Setúbal aponta ao futuro com mais qualidade de vida. Um plano estratégico apresentado pela autarquia define dez novas ações de intervenção urbana. O Estado deu luz verde às propostas, um investimento da ordem dos 6,8 milhões de euros que vai agora ser candidatado a financiamento comunitário no âmbito do Portugal 2020

INTERVENÇÃO. Mobilidade Urbana Sustentável, Regeneração Urbana e Ação Integrada para as Comunidades Desfavorecidas são os três eixos de intervenção do PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano.

PROJETOS. O documento apresentado pelo município de Setúbal contempla um total de dez ações. Avança o Jardim Multissensorial das Energias, nas Escarpas de Santos Nicolau, e a rede de ciclovias intermunicipal.

INVESTIMENTO. As ações representam um investimento global de 6.745.860 euros.

As requalificações do Largo de Jesus e do Bairro dos Pescadores, a par do Interface de Setúbal, são as de maior envergadura financeira.

FINANCIAMENTO. As ações candidatadas dispõem de um apoio financeiro de 50 porcento, com fundos comunitários do FEDER, assegurados pelo Programa Operacional da Assistência Técnica, no âmbito do Portugal 2020.

O Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano para Setúbal está aprovado. A Câmara Municipal agarrou a oportunidade proporcionada pelo instrumento de programação promovido pelo Estado e apresentou dez ações de intervenção urbanística com financiamento comunitário.

Mobilidade Urbana Sustentável, Regeneração Urbana e Ação Integrada para as Comunidades Desfavorecidas são os três eixos de intervenção definidos naquele programa nacional, que permite que as autarquias possam candidatar projetos de investimento ao Portugal 2020, com financiamento a 50 por cento de fundos europeus.

Setúbal oficializou, a 31 de maio, o PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, em cerimónia realizada em Santa Maria da Feira, na qual participaram presidentes de autarquias, incluindo Maria das Dores Meira, e os ministros do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e do Ambiente, João Fernandes.

Largo de Jesus e bairros A Requalificação da Envolvente do Convento de Jesus, orçada em 1.249.172 euros, é uma das duas ações propostas no eixo Regeneração Urbana, que centra trabalhos no Largo de Jesus, com a melhoria da imagem urbana.

A intervenção inclui ainda a definição de uma bolsa de estacionamento atrás do Convento de Jesus, a par de obras de reabilitação da área envolvente localizada nas zonas a nascente e norte do monumento e do Balneário Dr. Paula Borba.

Já em Requalificação Urbana e Paisagística da ARU são propostas ações de reabilitação de espaços públicos e de reorganização de sistemas de circulação viária, pedonal e ciclável, a par das acessibilidades e estacionamento. Este projeto, que incide na zona do centro histórico, tem um investimento de 100 mil euros.

Em Ação Integrada para as Comunidades Desfavorecidas, Setúbal candidatou quatro projetos, dos quais três dizem respeito à Regeneração Urbana dos bairros Grito do Povo, dos Pescadores e Santos Nicolau, com várias ações de beneficiação do espaço público. O investimento global é de 2.007.378 euros.

A autarquia avança também com o Jardim Multissensorial das Energias, localizado nas Escarpas de Santos Nicolau, ação de 275.836 euros que visa a criação de um espaço inclusivo dotado de características lúdicas e pedagógicas para a população e, em particular, para as escolas.

A obra a realizar no Jardim Camilo Castelo Branco visa a criação de um percurso interpretativo com equipamentos e painéis informativos que procuram despertar consciências para as questões das energias renováveis e da utilização racional de energia.

Mobilidade avançada Na área da Mobilidade Urbana Sustentável foram propostas quatro ações, entre as quais o Interface de Setúbal, intervenção orçada em 1 milhão de euros que visa congregar a intermodalidade na estação ferroviária da Praça do Brasil, ou seja, acrescentando a va-

lência rodoviária, que transita da estação de camionagem da Avenida 5 de Outubro, convertida em silo de parqueamento com pontos de comércio.

Esta ação engloba ainda a requalificação urbanística da Praça do Brasil e envolvente, com renovadas funções de fruição urbana e uma bolsa de estacionamento para duas centenas de veículos.

Aposta em ciclovias Avança também a Rede de Ciclovias Intermunicipal, ação que visa a criação de troços cicláveis de ligação entre os concelhos da península de Setúbal. No território setuba-

NÚMEROS

6,8 10 50

milhões de euros é o total de investimento ações a candidatar ao Portugal 2020

por cento é a taxa de financiamento

lense, o investimento, de 900 mil euros, tem programada a criação de duas novas ciclovias.

Uma vai ligar Setúbal a Palmela, numa via com 3350 metros, a outra aponta à ligação com Sesimbra, num percurso que passa por Azeitão e Quinta do Conde, num total de 6850 metros. Em ambos os casos, estas vias procuram ser facilitadoras dos acessos aos interfaces modais de Setúbal e Coina.

Já na Rede de Ciclovias Urbanas é proposta a construção de três novos troços citadinos, um investimento de 750 mil euros, integrado no projeto da Rede Municipal de Ciclovias Urbanas de Setúbal, que inclui a criação de um troço com 1850 metros entre as ruas Joaquim Brandão e dos Arcos.

Novos trajetos cicláveis surgem ainda entre a Avenida 5 de Outubro e a Praça do Brasil, num percurso com 750 metros que atravessa a Avenida Manuel Maria Portela, assim como num troço com 1100 metros entre a Avenida Independência das Colónias e a Rua Dr. Manuel Gamito.

O PEDU para Setúbal engloba ainda a Plataforma Humanizada de Conexão Territorial, ação partilhada por vários municípios que aponta à requalificação da Estrada dos Quatro Castelos, uma das principais vias de entrada na Quinta do Conde e de acesso a autoestradas.

No caso do município setubalense, destina-se à requalificação de um troço com 1100 metros, investimento de 463.474 euros que inclui a construção de passeios com ciclovia, repavimentações e a construção de uma rotunda no nó de acesso Penalva/A2/Autoeuropa – Quinta da Areia.

Local

8SETÚBALabril|maio|junho16

Zonas de cores A proposta de regulamento para o estacionamento tarifado propõe um alargamento do estacionamento tarifado de forma progressiva. Num reconhecimento de que a Baixa da cidade será cada vez mais pressionada pela procura de estacionamento, a autarquia pretende criar condições para regular o estacionamento nos arruamentos de maior procura através da tarifação.

Município esclarece estacionamento tarifado O modelo de estacionamento público tarifado adotado na cidade visa garantir maior rotatividade e lugares disponíveis para moradores. O assunto foi debatido com munícipes em sessões de esclarecimento e alvo de campanha informativa com distribuição de folhetos pelos membros do Executivo municipal A Câmara Municipal de Setúbal promoveu, entre 3 e 6 de maio, um conjunto de sessões públicas para esclarecer a população sobre questões relacionadas com o estacionamento tarifado e de duração limitada na cidade.

Elementos do Executivo municipal partilharam com os munícipes a visão de melhoria da gestão do espaço público e do ordenamento urbano, que pretende aumentar a qualidade de vida e ambiental, integrada na estratégia Setúbal em Movimento – Mobilidade para Todos.

O estacionamento tarifado na cidade continua a funcionar normalmente, agora sob gestão da própria Câmara Municipal, que, com o fim do contrato de concessão a uma empresa privada, assumiu a responsabilidade de criar as condições necessárias para assegurar a cobrança das tarifas e manter o sistema.

O recurso ao estacionamento tarifado como estratégia de gestão do espaço público, orientada para o desenvolvimento local e de acordo com a evolução das necessi-

dades da cidade, tem como base o Regulamento Municipal de Estacionamento Público Tarifado e de Duração Limitada no Concelho de Setúbal, documento que esteve em

CONDIÇÕES ESPECIAIS  Cartão de Residente Ao criar o Cartão de Residente, beneficia-se o estacionamento de longa duração e sem tarifação para o morador. Estabelece-se que o custo da aquisição é de 10 euros por ano para o primeiro carro, 20 para o segundo e 30 para o terceiro veículo e seguintes. A aquisição não é obrigatória, podendo cada residente escolher a sua opção de estacionamento.  Passe de Estacionamento O Passe de Estacionamento é a solução para quem necessita de estacionamento de longa duração durante o mês. É um cartão mensal com um custo proposto de 30 euros e que permite estacionar nas zonas tarifadas (10 horas/dia), com exceção da zona vermelha.

PROFISSÕES. Os jovens setubalenses Leonardo Domingos e Joana Silva, formados na Solisform, escola de metalomecânica localizada na Mitrena, conquistaram, respetivamente, o primeiro e o terceiro lugares no Concurso Nacional das Profissões, em soldadura, promovido pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional. Joana foi mesmo a primeira mulher soldadora a participar no evento, que já conta com 65 anos de história. Já Leonardo carimbou o passaporte para representar Portugal no Campeonato Europeu de Soldadura, na Suécia, e, em 2017, compete entre os melhores do mundo no Dubai.

consulta pública até 2 de junho.

No âmbito das ações de esclarecimento promovidas sobre esta matéria, o Executivo municipal percorreu, no fim de maio, várias ruas da cidade para apelar à participação dos cidadãos na consulta pública do regulamento.

“O objetivo é esclarecer de facto os nossos munícipes e apelar à participação de todos na consulta pública do regulamento para o estacionamento tarifado. Estamos a dizer às pessoas que podem consultar esses documentos,

pois são públicos, e perceber qual é a verdade dos factos”, explicou Maria das Dores Meira.

No folheto que o Executivo distribuiu em várias lojas, que também será colocado nas caixas de correio dos munícipes, são prestadas informações sobre a expansão do estacionamento tarifado como estratégia de gestão do espaço público, que tem como base o Regulamento Municipal de Estacionamento Público Tarifado e de Duração Limitada no Concelho de Setúbal.

Azul – O estacionamento tarifado só será implementado em cada arruamento quando houver a necessária intervenção de requalificação, como já acontece nas avenidas Alexandre Herculano, República da Guiné-Bissau e Independência das Colónias. O plano municipal de requalificação de arruamentos prevê, até 2021, intervenções nas avenidas 22 de Dezembro, Dr. António Rodrigues Manito, General Daniel de Sousa, António Maria Portela e Mariano de Carvalho e nas ruas Dr. António Manuel Gamito, Almeida Garrett, Jorge de Sousa e dos Arcos.

Amarela – Esta é considerada uma eventual área de expansão se, e quando, for necessário. Considerando que para ter estacionamento tarifado qualquer arruamento das áreas de expansão requer obras de expansão e que o orçamento municipal é limitado, o estacionamento nesta zona foi sempre considerado como medida de exceção. Qualquer arruamento da zona amarela só será tarifado a pedido da maioria dos moradores aí residentes e após deliberação da Câmara Municipal.

Vermelha – Trata-se da zona que requer maior rotatividade do estacionamento para que todos tenham facilidade no acesso a zonas como a Baixa de Setúbal. A proposta inclui apenas as avenidas Luísa Todi e 5 de Outubro e Praça de Bocage.

Baías em escultura

Uma peça escultórica alusiva ao Clube das Mais Belas Baías do Mundo está, desde 8 de junho, data em que se assinala o Dia das Baías, instalada na Praia da Saúde.

A obra, do artista Jorge Pé-Curto, consiste na gravação em pedra do símbolo do clube ao qual Setúbal preside atualmente. Localizada num local privilegiado da zona ribeirinha, defronte da conceituada baía da cidade, a peça dá a conhecer o clube que procura promover a troca de experiências entre os membros ao nível de políticas de proteção, conservação e desenvolvimento sustentado.

9SETÚBALabril|maio|junho16

O futuro no horizonte O homem sonha, a obra nasce, dizia, resumidamente, o poeta. Setúbal tem crescido e é exemplo para muitos.

Mas quer crescer mais e ainda melhor. Para isso o município precisa de toda a sociedade a caminhar na mesma direção. Um plano está a ser traçado para ajudar na caminhada

Praceta eterniza Finuras

A Praceta Francisco Finura foi inaugurada no dia 13 de abril, data em que o homenageado completaria 87 anos, iniciativa da União das Freguesias de Setúbal e da autarquia. O homem multifacetado, que se destacou no desempenho de várias funções, é perpetuado na Quinta Alves da Silva, bairro no qual viveu e trabalhou numa garagem para criar máquinas e objetos.

Risco sísmico estudado

As linhas orientadoras para Setúbal durante a próxima década estão a ser transpostas para um plano estratégico, atualmente em fase de elaboração, do qual os primeiros estudos foram apresentados à população a 5 de maio.

A Câmara Municipal e a Augusto Mateus & Associados estão a preparar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Setúbal 2026, instrumento que, quando concluído, vai reunir uma perspetiva integrada e diretrizes de desenvolvimento transversais ao território, em particular com enquadramentos nas áreas do desenvolvimento económico, do reforço da coesão social e da proteção ambiental.

Na sessão pública, realizada no Fórum Municipal Luísa Todi, foi apresentado um diagnóstico prospetivo que identifica virtudes, dificuldades, potencialidades e necessidades do concelho.

O vice-presidente da autarquia sublinhou no encontro que a Câmara

Municipal tem uma estratégia para o concelho, com muitos resultados à vista da população. O estudo em elaboração, esclareceu André Martins, destina-se a “criar uma plataforma onde a sociedade civil participe, mas também onde as instituições e entidades que atuam no território integrem os projetos e os agentes económicos enquadrem os investimentos”.

A importância de potenciar e ca-

lendarizar candidaturas a fundos comunitários até 2020 e o alargamento do horizonte de planeamento “pelo menos por dez anos” levaram a Câmara Municipal a estabelecer 2026 como um marco para a definição do plano estratégico. Acresce que esta é uma data simbólica para Setúbal, ano do centenário da elevação a capital do distrito.

Bacia de emprego expressiva, for-

te tradição industrial e orientação para a internacionalização, atividade portuária, turismo e importantes áreas naturais para desenvolvimento sustentável são alguns dos fatores que parecem, para já, mais influenciar o crescimento de Setúbal.

O diagnóstico prospetivo encontrou, até ao momento, quatro eixos para que Setúbal desenvolva uma estratégia orientada para o protagonismo – qualidade urbana, capacitação e inovação social, excelência da ligação urbana-rural e da sustentabilidade e internacionalização e inovação.

“Temos de ver de 2026 para o presente”, desafiou Augusto Mateus na sessão, convidando o público a visualizar as estratégias mais eficazes de maneira a que os desejos de progresso se materializem.

Esta primeira etapa do plano pode ser consultada na página de internet www.mun-setubal.pt, na qual também é possível deixar sugestões e contributos.

Um estudo realizado em abril analisou a frequência natural de um conjunto de edifícios de Setúbal, pequenas vibrações que normalmente não são sentidas.

A informação recolhida na investigação de Henrique Vicêncio é partilhada com o Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros, para aperfeiçoamento do Plano Municipal de Emergência, na área dos riscos sísmicos.

Stress é desafio coletivo

A necessidade de lidar com o stress laboral como um desafio coletivo e não como uma falha individual foi apontada num seminário sobre prevenção e segurança no trabalho, a 17 de maio. A vereadora Carla Guerreiro garantiu que estas questões têm sido prioridades no município com “estratégias que motivem os trabalhadores e valorizem o seu empenho diário”.

Rossio seduz Azeitão A Praça da República, em Vila Nogueira de Azeitão, está com uma imagem urbana mais atrativa e uma nova configuração, resultado de uma obra de requalificação inaugurada a 28 de maio.

Um amplo passeio, com zonas de estadia e uma escultura de um cacho de uvas com iluminação decorativa e água, marca a imagem urbana do “rossio”, “que funciona como sala de visitas da vila”, salienta a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão,

Celestina Neves. O desenho urbanístico da praça, que recebeu mais de duas dezenas de árvores e mobiliário urbano, integra a mobilidade para todos, com pavimento tátil para invisuais que faz a ligação com passadeiras. Foi ainda definida uma área dedicada para autocarros urbanos e turísticos.

A obra, da junta de freguesia, orçou em 200 mil euros, com a Câmara Municipal a contribuir com o projeto e mão de obra dos asfaltamentos.

Sessão avalia economia

A situação atual da economia em Portugal e, em particular, a atividade dos micro, pequenos e médios empresários estiveram em debate num colóquio realizado a 28 de abril. A vereadora Carla Guerreiro sublinhou os esforços desenvolvidos pela autarquia para “criar condições para o crescimento, reforço e sustentabilidade do tecido empresarial do concelho”.

Local

10SETÚBALabril|maio|junho16

Setúbal saiu à rua para comemorar os 42 anos da Revolução dos Cravos. A festa, com música, artes e desporto, exaltou os valores de Abril e a importância do Poder Local Democrático.

A celebração da liberdade marcou também o regresso de uma maravilha ao rio Sado

A inauguração do “Maravilha do Sado”, embarcação típica dos anos 50, recuperada numa iniciativa da autarquia com novas funções culturais, em particular para escolas e população sénior, foi um dos pontos altos do programa que assinalou a passagem de mais um aniversário do 25 de Abril.

Na nova vida, a embarcação, “mais um equipamento cultural ao serviço de Setúbal”, sublinhou a presidente do município, Maria das Dores Meira, é utilizada em passeios educativos, pedagógicos e lúdicos, que proporcionam um maior contacto com o rio e o Estuário do Sado.

O regresso do “Maravilha do Sado” encerrou com chave de ouro um dia inteiro de festa, que começou com uma sessão solene da Assembleia Municipal de Setúbal, na qual a edil destacou a importância do trabalho desenvolvido pelo Poder Local Democrático e a necessidade de transmitir aos mais novos as conquistas alcançadas pelo derrube do regime fascista, relacionadas com “liberdade, direitos, igualdade e responsabilidade”.

Maravilhosa liberdade

A Praça de Bocage, ponto de partida de uma atividade de cicloturismo, recebeu a manifestação cultural “Cenas Flash” e um apontamento musical pela Banda Filarmónica da Sociedade Musical Capricho Setubalense A cultura continuou a pautar o ritmo das festividades, desta vez no Largo da Ribeira Velha, com a inauguração de uma peça escultórica de João Duarte, uma “gorda”, à semelhança daquela que alinda o Largo da Misericórdia.

“Esta é uma obra de arte que enriquece o ambiente urbano da Baixa setubalense e mais um fator de atração de públicos ao centro histórico”, destacou Maria das Dores Meira a propósito da escultura em bronze “Menina com Cadeira”.

Na Avenida Luísa Todi, a deposição de flores no Monumento à Resistência Antifascista, para que a memória da luta de homens e mulheres contra o regime opressor jamais seja esquecida, materializou mais um ato carregado de simbolismo.

Pedro Soares, em representação da União de Resistentes Antifascistas Portugueses, par-

tilhou que “a Liberdade é um precioso bem que custa a conquistar” e, por isso, há que estar sempre vigilante. “Os inimigos da liberdade ainda estão presentes mas o monstro vai acabar por desaparecer.”

A festa de Abril foi feita em proximidade, com o Executivo municipal a visitar as freguesias do concelho, como o território de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, local onde decorreu um almoço no Alto da Guerra Sport Clube.

A memória de Álvaro Cunhal foi evocada naquela freguesia, com o líder histórico do Partido Comunista Português a dar nome a uma renovada rotunda na antiga Estrada do Alentejo, atualmente com a designação de Avenida Álvaro Cunhal.

O 25 de Abril foi, como sempre, sinónimo de festa, que começou na noite de dia 24, com a projeção de um filme alusivo aos 42 anos da efeméride, um concerto com os Corvos e um espetáculo pirotécnico com arruada até à Capricho Setubalense, onde os Seiva partilharam música popular portuguesa.

Semana de homenagens a pensar no mar Setúbal homenageou as gentes do mar com um programa comemorativo, que decorreu de 21 de maio a 5 de junho.

A vereadora das Atividades Económicas, Carla Guerreiro, lembrou, na apresentação pública do evento, que a economia do mar é a fonte de subsistência para “centenas de famílias locais, mas também para os inúmeros restaurantes que reforçam, todos os dias, a fama de Setúbal de servir o melhor peixe no país”.

A Semana do Mar e do Pescador contemplou “um programa virado para a tradição e também para o futuro”, com ações orientadas tanto para

a divulgação junto dos mais novos de atividades típicas da pesca, como para a própria valorização dos profissionais que desempenham funções relacionadas com o mar.

O programa incluiu eventos como a Semana da Cavala, certame gastronómico que destacou esta espécie de peixe nas ementas de restaurantes da cidade.

A tradicional cerimónia de deposição de flores no Memorial ao Pescador Setubalense Desaparecido, no Cemitério da Piedade, a 31 de maio, Dia Nacional do Pescador, foi outro ponto alto do programa.

Com o objetivo de esclarecer os empresários interessados em investir em atividades económicas ligadas ao mar, realizou-se, a 30 de maio, a sessão “Fundos Comunitários para o mar e para as pescas”, que abordou aspetos relacionados com o Programa Operacional MAR2020 e o Programa Costeiro de Desenvolvimento Local de Base Comunitária da Península de Setúbal – DLBC Costeiro.

Muito animadas foram, a 2 e 3 de junho, no Mercado do Livramento, as aulas de culinária ao vivo sobre as espécies cavala e carapau, numa ação dinamizada pela Docapesca, pela

Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal e pela Câmara Municipal de Setúbal.

De 26 de maio a 5 de junho, a Mostra das Tradições Marítimas, no Parque Urbano de Albarquel, com organização da União das Freguesias de Setúbal, esteve quase sempre lotada para provar os mais variados petiscos com sabor a mar confecionados por pescadores, acompanhados de animação musical.

Entre muitas outras iniciativas, o programa da Semana do Mar terminou a 5 de junho com uma corrida de botes a remos ao largo do Parque Urbano de Albarquel.

11SETÚBALabril|maio|junho16

Brejos mostra qualidade do morango

A qualidade do morango de Brejos de Azeitão foi exaltada nos dias 20, 21 e 22 de maio, numa festa com animação musical, gastronomia e venda de produtos locais, que incluiu um espetáculo piromusical. A segunda edição da Festa do Morango, realizada no Parque Urbano de Brejos de Azeitão, contou com tasquinhas gastronómicas e com perto de quatro dezenas de expositores, com sabores e artesanato da região da Arrábida e de Azeitão, a par de produtores de morango. Maria Delfina Anselmo venceu o 2.º Concurso de Aventais.

Município a subir na tabela nacional O estudo anual que avalia os 308 municípios segundo critérios objetivos revela nova subida de Setúbal no ranking de Portugal. O concelho foi considerado em 2016 o 11.º mais atrativo, prosseguindo a rota de ascensão Setúbal reforçou a posição na classificação dos municípios mais atrativos do país, onde ocupa agora o 11.º lugar, revela o estudo Portugal City Brand Ranking 2016, o que corresponde a uma subida de dois lugares face ao ano passado.

A empresa especializada em consultoria para estratégias de branding de países e cidades publica, desde 2014, um ranking no qual apresenta os resultados da avaliação do desempenho e impacte de cada um dos 308 municípios portugueses junto dos respetivos públicos-alvo.

Setúbal, além de subir duas posições no Top 25 do país e praticamente alcançando um lugar no Top 10 dos mais atrativos de Portugal, consolidou a quinta posição na classificação geral da região de Lisboa.

O estudo desenvolvido pela Bloom Consulting avalia os municípios nas dimensões de “Investimento”, “Turismo” e “Talento”, por serem os critérios em que, realça a empresa, é possível garantir medições mais tangíveis e objetivas.

Estas áreas correspondem à capacidade de os municípios conseguirem captar a atenção dos públicos-alvo para os setores de investimento em negócios, atratividade turística e estilos de vida apelativos.

Em análises mais específicas, Setúbal ocupa o 15.º lugar no ranking nacional de atratividade para captação de negócios, o que corresponde a uma descida de três posições em relação a 2015, o 14.º no de locais a visitar, equivalente a uma subida de três postos, e o 13.º no de viver, um

degrau acima da avaliação anterior.

Enquanto nos critérios “negócios” e “viver” as variações não têm sido especialmente significativas nos três anos de publicação do estudo Portugal City Brand Ranking, no de “visitar” Setúbal regista subidas assinaláveis na tabela. Começou na 24.ª posição em 2014, subiu para o 17.º lugar em 2015 e, este ano, já ocupa o 14.º posto.

Na região de Lisboa, na qual o concelho setubalense se enquadra num estudo mais localizado, ocupa o 5.º lugar geral, entre os 18 municípios avaliados.

Lisboa, de resto, é o concelho que lidera os rankings gerais regional e nacional, posição que mantém desde a primeira edição do estudo, realizada em 2014.

Turismo cresce 13 por cento no concelho O número de turistas que visitam Setúbal continua a crescer, com o primeiro trimestre de 2016 a registar um aumento de 13 por cento nas dormidas na hotelaria.

De acordo com os dados da Entidade Regional de Turismo de Lisboa, baseados numa amostra de 87 por cento da oferta turística de Setúbal, entre janeiro e março houve 35.536 dormidas, contra 31.394 do período homólogo de 2015.

Os números confirmam a tendência de afirmação do turismo em Setúbal, que, em 2014 e 2015, teve subidas totais anuais de, respetivamente, 23 por cento e 6,2 por cento nas dormidas, neste caso com os números afetados pelo fe-

cho do Hotel Isidro e da Pousada de São Filipe.

Os primeiros dados de 2016 prenunciam o prosseguimento da rota de crescimento sustentado, tendo em conta, igualmente, que é esperado, no verão, um acréscimo de camas com a abertura prevista de novas unidades hoteleiras.

Depois de no ano passado o número de turistas estrangeiros ter aumentado apenas 1 por cento, o que pode explicar-se pelo encerramento das duas unidades, as dormidas neste segmento aumentaram agora 13 por cento no comparativo entre os primeiros três meses (de 13.048 para 14.687).

Para tal, tem contribuído o trabalho

da autarquia na promoção turística além-fronteiras, que está a começar a dar os frutos do início da participação de Setúbal, em 2015, em importantes feiras internacionais.

Já o turismo interno cresceu 14 por cento, com janeiro, fevereiro e março a registarem 20.849 dormidas de turistas nacionais, face a 18.346 de 2015, aumento que refletirá ainda o impacte da telenovela da SIC Mar Salgado, que reforçou o interesse dos portugueses por Setúbal.

De realçar ainda a distinção de Setúbal como Cidade Europeia do Desporto em 2016, cujos eventos têm motivado a visita de milhares de pessoas.

Mercado urbano atrai à beira-rio

Vestuário em segunda mão, artesanato, bijutaria, móveis recuperados e produtos regionais são atrativos do STB Urban Market 2016, na Praia da Saúde, cuja primeira edição se realizou a 24 de abril, com perto de quarenta expositores de comerciantes provenientes de Setúbal e de outros locais, como Lisboa, Sintra e Cascais. A chegada do calor levou centenas de setubalenses e visitantes a deslocar-se ao certame, com stands de roupas, licores, doces regionais, peças de design urbano e produtos hortícolas e biológicos.

Golfinhos promovem estuário

Passeios de barco, observação de aves, mostra de produtos regionais e atividades desportivas marcaram a segunda edição do FlaminGO Fest, que se realizou nos dias 3, 4 e 5 de junho, na Herdade da Mourisca. O evento de promoção turística juntou a vertente da natureza e a prática desportiva, numa lógica de sustentabilidade ambiental. A observação de garças e flamingos, durante um passeio a bordo de uma embarcação, foi uma das atrações do evento, que teve como ponto alto a caminhada e corrida FlaminGO Run Sado.

Tradições com sabor em Azeitão

Cerca de cinco mil pessoas animaram nos dias 10, 11 e 12 de junho mais uma edição do evento Tradições, Sabores e Aromas, realizado em Vila Nogueira de Azeitão. O certame, organizado pela Junta de Freguesia de Azeitão com apoio da Câmara Municipal de Setúbal, levou ao renovado “rossio” de Vila Nogueira o melhor dos produtos locais e da Serra da Arrábida em tasquinhas gastronómicas, com sopa caramela, vinho, queijos, mel, doçaria e produtos hortícolas. O teatro de rua com o Manel da Horta foi um dos pontos altos.

freguesia

12SETÚBALabril|maio|junho16

Campos renovam desporto Há mais e melhor qualidade desportiva para crianças e jovens na freguesia de São Sebastião.

Nos bairros Dias e da Tetra, os dois campos de jogos estão como novos, enquanto outro recinto foi construído no Monte Belo

As condições para a prática desportiva na freguesia de São Sebastião saíram reforçadas com a criação de um novo campo de jogos e a reabilitação de outros dois recintos, intervenções inauguradas na véspera da Revolução dos Cravos e que resultam em mais qualidade de

vida para as populações. No âmbito desta ação, uma resposta a necessidades identificadas no programa municipal Ouvir a População, Construir o Futuro, foram intervencionados dois recintos, um na Praceta Abel Salazar, no Bairro Dias, agora Campo do Moinho, outro

na Rua Zófimo Ramos Luz, no Bairro da Tetra, designado de Campo da Boneca.

A Junta de Freguesia de São Sebastião assegurou a recuperação dos muretes dos campos, bem como a pintura de vedações, a colocação de portões e a preparação dos pavimentos para receber os novos pisos sintéticos e as balizas cedidos pela autarquia num investimento de 15 mil euros.

“Executámos ainda operações de requalificação e embelezamento dos espaços envolventes aos recintos, que se encontravam numa situação muito precária, agora devolvidos ao usufruto de crianças e jovens”, destaca o presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa.

Já na Praceta Pêro da Covilhã foi construído o Campo do Monte Belo, “um espaço próprio para a prática de futebol”, ao contrário do que acontecia, em que crianças e jovens “jogavam à bola no espaço público, sem condições de conforto nem de segurança”, refere Nuno Costa.

Neste caso, o investimento municipal ascendeu a perto 40 mil euros, com a autarquia a apoiar a obra com a aquisição de materiais diversos, nos quais se incluem o piso sintético e as balizas, enquanto os trabalhos preparação do terreno e alvenaria estiveram a cargo da Junta de Freguesia de São Sebastião.

Mercado de Vila Nogueira ganha estatuto turístico A modernidade e a tradição cruzam-se no Mercado Municipal de Azeitão, equipamento que reabriu ao público a 1 de maio, Dia do Trabalhador, totalmente requalificado, mais atrativo, com novos espaços de venda e renovadas condições para azeitonenses e visitantes.

Do antigo edifício, intervencionado pela Junta de Freguesia de Azeitão num investimento superior a 138 mil euros, pouco mais ficou do que as paredes e as traves em madeira que embelezam o teto do espaço de comércio tradicional, localizado na Rua José Augusto Coelho, em Vila Nogueira.

“O mercado é um ponto de encontro para a população, utilizado não só pelos mais velhos mas também, e agora com mais frequência, pelos mais novos”, assinala a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Celestina Neves, que vinca a dupla valência do espaço. “Mais do que comércio, é um local de turismo.”

Para dar uma nova vida ao equipamento foi necessário pouco mais de dois meses. A obra, além da requalificação total do edifício, incluiu redes de água, saneamento e eletricidade novas, o mesmo sucedendo com a cobertura, e redefinição e reorganização dos espaços de venda.

O interior do Mercado Municipal de Azeitão destaca-se por azulejos de diferentes cores, o que facilita a indicação dos vários espaços de venda disponíveis, os quais possuem iluminação natural, resultado de uma nova claraboia e janelas de maiores dimensões.

Celestina Neves indicou que as obras, comparticipadas pela autarquia em cerca de 55 mil euros, “tornaram o mercado mais funcional e com mais dois espaços para comerciantes”.

No total são oito, distribuídos pelos setores de talho, peixaria e hortofrutícola, a par de uma florista, áreas de queijos/enchidos, doçaria e cafetaria.

População mais próxima com obras de Abril Um parque infantil e dois polos de atendimento descentralizado, destinados a melhorar a qualidade de vida das populações e a aproximar os munícipes da gestão da União das Freguesias de Setúbal, foram inaugurados a 23 de abril, em ambiente de festa.

No espaço público que resulta da confluência de prédios localizados entre a Rua Professor Carlos Baeta Neves e a Avenida Avelar Brotero, foi instalado o Parque Infantil D’Alegria, com vários equipamentos para os mais novos usufruírem em segurança.

“Comprámos o equipamento e instalámo-lo com meios próprios. Assim, o que custaria mais de 20 mil euros, ficou muito mais barato [12 mil]”, indica o presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, sobre o parque que serve “uma zona habitacional onde vivem muitas crianças”.

No mesmo dia foram inaugurados dois polos de atendimento, um na Rua Jorge de Sousa,

o outro na Rua Deputado Henrique Cardoso, instalações nas quais são prestados os mesmos serviços de atendimento disponíveis na sede da junta.

Com horário de funcionamento das 09h00 às 17h00, nos dias úteis, nos polos realiza-se, ainda, atendimento público regular, às quintas-feiras e de forma rotativa, assegurado pelo presidente, pela assistente social e pelos juristas da junta de freguesia.

No polo da Rua Deputado Henrique Cardoso funciona ainda a Loja Social da União das Freguesias de Setúbal, destinada à distribuição de bens não alimentares a pessoas e famílias necessitadas.

Rui Canas sublinha que os polos de atendimento, um investimento de 30 mil euros, têm como objetivo “manter a junta próxima das populações, tendo em especial atenção as pessoas mais idosas, de maneira a facilitar-lhes o acesso aos serviços prestados”.

ambiente

13SETÚBALabril|maio|junho16

Políticas apontam à proteção do futuro

A celebração da natureza motivou a sexta edição de “Dá a Mão à Floresta”, dinamizada ao longo do dia 18 de abril, na Praça de Bocage.

A iniciativa, organizada pela The Navigator Company, com a parceria local da Câmara Municipal de Setúbal, distribuiu meia centena de plantas à população, com características florestais e ornamentais, enquanto para os mais novos houve atividades sobre preservação do património florestal.

Biodiversidade cativa jovens

Um seminário debateu linhas orientadoras para um desenvolvimento sustentável do concelho.

Setúbal pretende afirmar-se como exemplo europeu em termos ambientais Os caminhos para a adoção em Setúbal de energias sustentáveis e de diminuição da emissão de gases nocivos para a atmosfera foram debatidos num seminário, a 6 de junho, no Fórum Municipal Luísa Todi.

O evento teve como ponto de partida o PAESS – Plano de Ação para a Energia Sustentável de Setúbal, em fase de elaboração, que vai sustentar boa parte da estratégia ambiental do concelho para atingir os objetivos propostos no âmbito do Pacto de Autarcas, cujas linhas orientadoras foram apresentadas por Orlando Paraíba, da ENA – Agência de Energia e Ambiente da Arrábida, e Cristina Coelho, coordenadora do projeto Pacto de Autarcas na Câmara de Setúbal.

“Setúbal quer ser um município sustentável e tem como objetivo implementar uma política ambiental de desenvolvimento integrado”, salientou a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, para frisar que se está “a trabalhar para que o concelho se torne um exemplo a nível europeu na área do ambiente”.

Numa intervenção por videoconferência, Claire Baffert, da rede Eurocities, uma das entidades comunitárias que integram a plataforma de trabalho do Pacto de Autarcas, referiu que este compromisso de adoção de práticas promotoras de desenvolvimento sustentável pelas cidades e regiões “já tem hoje uma dimensão mundial”.

O presidente da Energaia e da Rede Nacional

das Agências de Energia, Borges Gouveia, indicou que, no âmbito das medidas já adotadas por Gaia, “o metro, com a passagem pela ponte D. Luís, foi talvez das intervenções mais impactantes na redução da emissão de gases ao nível local”.

Já Demétrio Alves, primeiro secretário da Comissão Executiva Metropolitana de Lisboa, da Área Metropolitana de Lisboa, salientou a urgência de reforçar as atenções na área dos transportes coletivos.

O vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Setúbal, Manuel Pisco, frisou a necessidade de alterar o paradigma da sustentabilidade ambiental para “sustentabilidade social do ambiente”.

Estratégia poupa planeta Candidatura da Arrábida O processo de candidatura da Serra da Arrábida à Reserva da Biosfera da Unesco foi apresentado a 14 de abril, num encontro em Setúbal em que se revelaram os principais objetivos.

“Queremos dar à Arrábida um estatuto de maior dignidade e respeito, o que, naturalmente, nos traz, a todos, enquanto autarcas e cidadãos, responsabilidades acrescidas”, sublinhou a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira.

A candidatura é liderada pela Associação de Municípios da Região de Setúbal, em parceria com os municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Cidade dá a mão à floresta

A Câmara Municipal de Setúbal promove, entre 31 de maio e 13 de julho, em todas as freguesias, sessões públicas de divulgação da estratégia ambiental a desenvolver para a redução de emissões de dióxido de carbono, no âmbito do compromisso assumido no Pacto de Autarcas.

“Em vez de esperarmos pelas grandes decisões que vêm de cima, como protocolos de Quioto, o Pacto de Autarcas promove a realização de compro-

missos ao nível local, comprometendo os atores de baixo para cima, ou seja, começando pelas autarquias e as suas populações, que conhecem muito melhor as realidades e especificidades ­locais”, salientou o vereador do Ambiente, Manuel Pisco, na primeira sessão.

O autarca explicou que o concelho está determinado em reduzir as emissões locais de dióxido de carbono para a atmosfera mediante os objetivos assumidos, ou seja, menos 20 por cento até 2020, tendo como referência o ano de 2011.

“Esta Câmara há muito que está a trabalhar em matéria de eficiência energética. Em Setúbal, acabaram, por exemplo, as luzes incandescentes nos semáforos, tendo sido todas substituídas por lâmpadas LED”, adiantou, medida que representa “menos consumo de energia, com menos custos”.

O autarca destacou que a meta da redução de emissões de dióxido de carbono tem de ser partilhada por todos. “É importante que a população também adira a esta vontade, pois a adoção de medidas que promovam a energia sustentável deve começar a partir de casa e de cada um de nós.”

A relação do Estuário do Sado com a biodiversidade e a necessidade de proteção do território estiveram em evidência a 20 de maio, na Mitrena, numa ação da Bandeira Azul 2016.

Na “Biodiversidade é da Nossa Responsabilidade”, organizada pela autarquia com a Escola de Hotelaria e Turismo e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, oito dezenas de alunos receberam noções sobre a importância do território estuarino.

Praias com qualidade de ouro

As praias da Figueirinha, de Galapos, do Portinho da Arrábida e, pela primeira vez, de Albarquel foram distinguidas em 2016 pela associação ambientalista Quercus com a Qualidade de Ouro. O galardão distingue as praias do país que nas últimas cinco épocas balneares tenham recebido a nota de “Excelente” na avaliação da qualidade da água.

De realçar ainda que a Figueirinha ostenta a Bandeira Azul pelo oitavo ano consecutivo.

Missão em defesa do parque

Vinte e oito estudantes de várias regiões estiveram a 3 de junho no Parque Natural da Arrábida, onde participaram numa ação ambiental de limpeza da Praia dos Coelhos, ao abrigo do programa Eco-Escolas. A Missão Sado, organizada pela Associação Bandeira Azul da Europa, com apoio da autarquia, resultou em 13 sacos de lixo industrial cheios de detritos, recolhidos nos acessos à praia. Os alunos visitaram o parque e os golfinhos do Sado.

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Todos por Setúbal mai Os 5 anos da Mariana não a impediram de participar no Setúbal Mais Bonita. Divertida com as tintas e pincéis, mas com sentido de responsabilidade, esteve entre as dezenas de pessoas que deram uma nova vida a um muro do Bairro 2 de Abril. Largas centenas de voluntários participaram na tarefa de alindar o concelho, um território que é de todos. Em cada ponto, a jornada foi de trabalho, mas também de convívio e animação

plano central

O

concelho foi palco de nova demonstração de participação cidadã, com perto de 1500 voluntários nas ruas e cerca de seis mil nas escolas a contribuírem, a 20, 21 e 22 de maio, para o embelezamento da cidade, através da campanha Setúbal Mais Bonita.

O projeto continua a captar o interesse dos munícipes, que responderam, mais uma vez, ao desafio de se envolverem ativamente na requalificação de espaços públicos.

Com mais de uma centena de ações selecionadas para todo o território municipal, envolvendo as cinco freguesias, é visível o resultado na melhoria da imagem de muros, espaços comuns de prédios, fachadas de coletividades e zonas verdes, entre outros.

Tudo isto foi fruto de trabalho voluntário, feito com alegria, mas também com empenho, para dar ainda mais cor e vida ao concelho.

A iniciativa tem crescido nos últimos anos, em termos do número de voluntários e de ações inscritas pela

população, pelas associações e pelos serviços da autarquia e das juntas de freguesia. Como é habitual, a Câmara Municipal selecionou um conjunto de intervenções de entre as que foram propostas e depois cada um deu um pouco de si para deixar Setúbal Mais Bonita.

Convívio em família Às nove e meia de sábado, 21 de maio, é muita a azáfama perto do Mercado 2 de Abril. O trabalho começou cedo para as cerca de quarenta pessoas que limpam e depois pintam o muro entre o mercado e o Centro Elmano Sadino. Há animação mas muito cuidado em deixar uma obra bem feita, o que é respeitado até pela mais pequena participante, com apenas 5 anos.

Mariana, acompanhada da mãe, do pai e do irmão de 15 anos, destaca-se, com um pequeno pincel na mão e tinta branca, pela atenção com que faz as tarefas que lhe foram confiadas. A mãe dá algumas dicas

sobre o que é preciso fazer a seguir e, sobretudo, para que a pequena não fique completamente pintada de branco, quando, inadvertidamente, lá se vai encostando ao muro acabado de pintar.

“A primeira vez que participámos ela tinha apenas 3 anos. Em 2015, não pudemos vir, mas este ano não podíamos faltar”, conta Maria João Almeida, que garante não ter sido difícil convencer o filho de 15 anos a participar também. “Ele disse logo que sim e veio a família toda.”

Transformação nos bairros A mobilização das pessoas e o convívio são características do projeto municipal sublinhadas pelo vereador Carlos Rabaçal, que se junta a quatro centenas de voluntários em mais de três dezenas de intervenções para deixar mais bonitos os bairros sociais do concelho. Este ano aderiram três novos bairros ao Setúbal Mais Bonita, Afonso Costa, Quinta dos Vidais e 2 de Abril.

“O exemplo dos anos anteriores foi falado e as pessoas querem fazer o mesmo que os outros fizeram. É um exemplo de bem-fazer, um movimento de boas vontades, de mobilização e participação que muita gente pensou que não resistiria mas que tem vindo a crescer. O resultado é real. A cidade fica mais bonita e o ambiente urbano

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ais bonita ESCOLAS. A sexta edição do Setúbal Mais Bonita, projeto da Câmara Municipal em parceira com as juntas de freguesia, incluiu, igualmente, dezenas de intervenções em 22 escolas do concelho, nos dias 20 e 21 de maio, que envolveram cerca de seis mil pessoas, entre alunos, pais, professores e pessoal não docente.

onde as pessoas vivem fica melhor”, sublinha.

Pinturas de galerias e interiores de escada em prédios dos vários bairros, bem como de espaços públicos, sobretudo muros, ações de limpeza nas Manteigadas e na Alameda das Palmeiras e, neste bairro, também criação de espaços verdes foram as principais intervenções realizadas em São Sebastião.

De salientar ainda nesta freguesia a pintura do muro envolvente à Vila Maria, numa ação proposta por moradores do bairro, apoiados por uma artista plástica.

Os irmãos José e Paulo Braz Pinto já tinham pintado o muro em 2011, com outros moradores, mas a cor branca deu lugar a graffitis e sujidade. Por isso, este ano tiveram uma ideia diferente. “O muro é pintado em três tons de azul, terá um desenho e as palavras Vila Maria pintadas sobre um bonito sol amarelo.”

O desenho vai tomando corpo e vê­ ‑se surgir ainda o mar e os golfinhos.

Apoio mecenático

Além da participação da população, é de destacar nesta edição do Setúbal Mais Bonita o envolvimento mecenático de empresas e instituições, como são os casos da Barbot, que forneceu as tintas utilizadas nas intervenções a um preço reduzido, t-shirts e bonés para os voluntários, do Pingo Doce, da Refrige, do Alegro, do Jumbo, da Águas do Sado, da EDP, dos TST e dos jornais Diário da Região, Semmais e Setúbal Mais.

O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Nuno Costa, acompanha de perto as ações e sublinha a adesão crescente de voluntários nesta jornada anual de trabalho e de convívio.

“Há muitas famílias a participar, com pais, filhos e avós, e esta é a característica principal. O trabalho faz-se sempre num ambiente de grande alegria e solidariedade. As pessoas não sentem que vão trabalhar, sentem que vão conviver e passar um bom dia.”

Contributo dos mais novos No centro da cidade, no território da União das Freguesias de Setúbal, uma intervenção salta à vista pela transformação que possibilita a um antigo prédio em avançado estado de degradação.

Trata-se de um edifício no Quebedo, que está a ser pintado de rosa, branco e bege por elementos do Agrupamento de Escoteiros Setúbal Sado e do São Domingos Futebol Clube.

Alexandra Pereira, representante dos escoteiros, passa dicas às crianças, entre os 7 e os 11 anos, que garantem estar a divertir-se.

“Está a ser muito giro. Estamos a adorar.”

Noutro local da freguesia, no Bairro Grito do Povo, cerca de cinco dezenas de pessoas, com destaque para uma boa participação de crianças e jovens, pintam um mural junto do rinque desportivo, com o apoio dos artistas plásticos Rita Melo e Ricardo Cristas.

A ideia foi proposta pelo grupo Luta pela Juventude, do qual faz parte Rogério Conceição, 17 anos.

“Chamámos a este mural ‘Grito dos Pescadores’, porque o objetivo é que

ele represente as raízes históricas dos bairros Grito do Povo e dos Pescadores.”

A ideia foi trabalhada em conjunto com os dois artistas, que criaram as imagens de acordo com a mensagem que os jovens queriam transmitir e, assim, surgem no mural um pescador, uma conserveira, latas de conservas e o castelo velho.

De uma ponta à outra O Setúbal Mais Bonita envolveu também propostas do movimento associativo, como o Grupo de Escoteiros 231 de Vila Nogueira de Azeitão, que, além da parte interior da sede, arranjou e pintou o Fontanário de Aldeia Rica. Um pouco mais à frente, em Aldeia de Irmãos, cinco elementos do Grupo de Ciclistas Azeitonense pintam o interior e a fachada da sede, bem como um muro que a rodeia.

Quanto a outras iniciativas propostas por coletividades é ainda de salientar as pinturas nas sedes e campos de futebol do Clube Desportivo, Cultural e Recreativo de Gâmbia, da União Desportiva e Recreativa das Pontes e do Alto da Guerra Sport Clube.

Já na freguesia do Sado, realce para a pintura do muro junto da Central Termoelétrica de Praias do Sado e de outros na Rua Portal do Sado, num parque infantil, na Rua Quinta do Meio, na Estrada de Santo Ovídio e na Rua Alves Redol.

O trabalho é feito, também, com “grande animação”, como sublinha o presidente da junta, Manuel Véstias. “É uma iniciativa importante para alindar o concelho e em termos da envolvência das pessoas na salvaguarda do património público.”

Cidade em flor A campanha Eva Dream Florir Portugal começou oficialmente em Setúbal no dia 25 de maio, com a realização da I Festa da Flor, na Praça de Bocage, ponto de partida para o envolvimento da população na tarefa de embelezar o concelho.

O objetivo do projeto, impulsionado por Tó Romano, é sensibilizar as pessoas para os valores ambientais, estéticos e culturais associados aos espaços verdes. Nesse sentido, os municípios aderentes ao projeto, que já são mais de 25, devem promover iniciativas para incentivar ao embelezamento das janelas e varandas dos edifícios com flores e plantas.

Em Setúbal, a primeira ação foi a Festa da Flor, na Praça de Bocage, que contou com 25 expositores, entre artesãos, artistas, associações culturais, empresas de construção e manutenção de espaços verdes, floristas, horticultores, máquinas e ferramentas, materiais para construção e manutenção de espaços verdes e viveiristas.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, acompanhada de Tó Romano, inaugurou o evento e visitou todos os stands para dar as boas-vindas e agradecer a presença das várias empresas e instituições.

A possibilidade de conferir “outra alma” à cidade através do desafio aos cidadãos para “embelezarem com plantas os seus espaços privados, dando, assim, continuidade ao trabalho desenvolvido pelo município nos espaços públicos”, é, como referiu a presidente da autarquia, o objetivo desta campanha.

Tó Romano gostou do que viu em Setúbal e salientou a importância do evento. “Quando uma praça bonita como a de Bocage fica repleta de flores, chama a atenção das pessoas, que depois começam a falar umas com as outras e passam a palavra”, o que constitui um passo para concretizar o desígnio de “sensibilizar a população para florir as suas varandas e janelas”.

Centenas de setubalenses visitaram o evento ao longo do dia e compraram plantas e flores, como foi o caso de Fátima Pacheco, que adquiriu uma begónia, no stand da Argovita. “Achei que esta flor é tão bonita que tive de comprá-la. É para juntar às plantas que tenho em casa e trato com muito cuidado.”

Atualmente, são mais de 25 as cidades que já aderiram ao projeto Eva Dream Florir Portugal, entre as quais Lisboa, Braga, Peniche, Rio Maior, Viana do Castelo e Penalva do Castelo.

Tó Romano acredita que o Eva Dream Florir Portugal pode trazer benefícios. “Não se trata só de ter o território mais bonito. É mudar a própria imagem de Portugal e torná-lo no país mais florido do mundo.”

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Mais de quatro centenas de pessoas participaram, a 3 de abril, na “Caminhada pela Consciencialização do Autismo”, entre o Praça de Bocage e o Parque Urbano de Albarquel, ação que procurou sensibilizar para a inclusão das pessoas com perturbação do espetro do autismo e para o papel positivo que o desporto assume nesta doença.

Visita a cidade inclusiva

A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, esteve em Setúbal, a 28 de abril, cidade com práticas inclusivas. A governante teve uma reunião na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo de Setúbal e visitou o Balcão da Inclusão do Centro Distrital da Segurança Social.

Mercado alimenta banco

O Mercado do Livramento tem, desde 29 de abril, um espaço dedicado ao Banco Alimentar Contra a Fome. A “Banca do Banco”, em instalações cedidas gratuitamente pela autarquia, constitui um ponto de informação e divulgação de iniciativas e como acolhimento de pessoas interessadas em colaborar com as atividades da instituição.

Jornadas partilham saúde

A importância da articulação das diferentes áreas da saúde para a garantia da qualidade do serviço prestado à população foi destacada a 27 de abril, em sessão realizada no Cinema Charlot. A I Jornada “Ao Partilhar Cuidamos” foi dinamizada pela Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados do Agrupamento de Centros de Saúde da Arrábida.

Dependências em debate

A necessidade de reforçar a prevenção do consumo de substâncias psicoativas foi reforçada, a 5 de maio, no encontro “Olhares sobre a prevenção das dependências”. A iniciativa, dinamizada na Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, promoveu a reflexão e debate sobre um conjunto de temáticas relacionadas com o consumo de drogas.

Setúbal afirma-se na Europa Setúbal representou Portugal no Parlamento Europeu de Portas Abertas. Durante um dia, o município teve a oportunidade de mostrar produtos de excelência, numa afirmação como destino turístico diferenciador Setúbal esteve em destaque a 8 de maio em Estrasburgo, França, ao representar Portugal na iniciativa Parlamento Europeu de Portas Abertas, com a presença de mais de 20 mil pessoas.

Portugal, a celebrar trinta anos como membro da União da Europeia, e a Eslováquia, que assume a presidência europeia no segundo semestre de 2016, foram os países convidados de honra do evento.

Setúbal promoveu o que de melhor tem para oferecer, com provas de produtos regionais e de áreas expositivas e de divulgação, numa ação de reconhecimento internacional que possibilitou o reforço da afir-

mação do concelho como destino turístico diferenciador.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, participou nas cerimónias protocolares associadas ao Parlamento Europeu de Portas Abertas, lideradas pelo vice-presidente Rainer Wieland.

A iniciativa, com o tema “Unida na Diversidade”, assinalou ainda o aniversário da Declaração Schuman, celebrada a 9 de maio de 1950, na qual foi proposta a criação da antiga Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, precursora da Comunidade Económica Europeia e da atual União Europeia.

Jovens interculturais A interculturalidade foi partilhada no Fórum da Juventude de Setúbal, a 13 e 14 de maio, que este ano integrou o Maio – Diálogo Intercultural, programa de valorização das diferentes culturas do concelho, com atividades ao longo do mês.

O primeiro dia contou com um encontro de partilha de ideias entre o movimento associativo juvenil do concelho, no qual o vereador Pedro Pina, da Câmara Municipal de Setúbal, assinalou que “a voz da juventude tem um espaço privilegiado

no quotidiano do município, com desafios e atividades constantes”.

O segundo dia foi dedicado a demonstrações, no Auditório José Afonso, de atividades desenvolvidas por instituições que envolvem jovens.

O Fórum da Juventude, organizado pela autarquia, com a colaboração do movimento juvenil do concelho, é um espaço de debate e troca de experiências que reúne anualmente no âmbito do m@rço.28, programa que assinala localmente o Mês da Juventude.

cidadania

Caminhada pelo autismo

Iniciativa promove coração saudável

ESTUDO. A eficiência na prestação de serviços públicos, tanto pela administração pública, como pelo setor privado, foi alvo de um estudo de Arlindo Mota, publicado num livro apresentado a 15 de abril, na Câmara Municipal.

“Governação e Poder Local: O público e o privado na prestação de serviços públicos num contexto de eficiência” é o título da obra, a qual constitui “um precioso contributo”, considerou a presidente da autarquia.

Rastreios e informações sobre fatores de risco de doenças cardiovasculares foram proporcionados gratuitamente à população no “7 Dias do Coração”, nos dias 11, 12 e 13 de maio, na Avenida Luísa Todi.

A iniciativa, organizada pelo Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Setúbal com a Câmara Municipal, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia e a Faculdade de Motricidade Humana, proporcionou exa-

mes de despistagem de problemas de saúde.

Num circuito com 12 stands, os visitantes avaliaram a hipertensão arterial, a hipercolesterolemia, a diabetes, a obesidade e o tabagismo.

O trajeto incluiu ainda atividades físicas e um exame de deteção de fibrilhação auricular, sendo que, no final, foi feita uma avaliação global, em particular se detetado algum risco de problemas cardiovasculares.

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Casa apoia vítimas

Juventude dá voz por futuro melhor

O gabinete de Setúbal da APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, um dos mais antigos daquela instituição particular de solidariedade social, funciona desde 19 de abril em instalações cedidas pela autarquia. O espaço, na Praça do Brasil, inclui duas salas e foi renovado e adaptado às necessidades daquela entidade.

GNR vence no futsal

A equipa da Associação dos Profissionais da Guarda – GNR Porto venceu o 2.º Torneio de Futsal Inter Agentes de Proteção Civil, evento realizado a 2 e 3 de abril, no Pavilhão Municipal das Manteigadas. O torneio de futsal, com 26 horas de competição, contou com cerca de 250 atletas de 16 formações de norte a sul do país.

Segurança em debate

A importância do reforço e valorização da identidade setubalense na promoção de mais segurança para os cidadãos foi realçada no seminário “Identidade e Segurança”, realizado a 28 de abril, na Casa da Baía. A iniciativa foi dinamizada pela GNR no âmbito das comemorações do Dia do Comando Territorial de Setúbal – 2016.

Lorraine em dia de paz

A região de Lorraine foi apresentada em Setúbal, sob várias vertentes, entre 9 e 16 de maio, numa exposição patente na Biblioteca Municipal. A mostra, com cartazes elaborados pelo Comité Régional du Tourisme de Lorraine, foi dinamizada no âmbito do Dia da Europa, que celebra a paz e unidade no continente.

Mais de uma centena de jovens partilharam caminhos para a criação de um futuro melhor na Europa. A uma voz lançaram novas ideias, debateram problemas comuns e reclamaram por mais oportunidades e solidariedade europeia O papel da juventude na construção de uma Europa mais plural e com novas oportunidades saiu reforçado numa conferência internacional realizada a 20 de abril em Setúbal, com jovens de quatro países a partilharem caminhos para a criação de um futuro melhor.

“A Europa Sob o Olhar dos Jovens” deu o mote ao encontro, no Fórum Municipal Luísa Todi, com mais de uma centena de participantes a ter uma voz ativa, a refletir e a debater sobre um vasto conjunto de temáticas que apontam ao futuro europeu.

A crise financeira, o fluxo migratório de refugiados, as políticas ambientais e questões relacionadas com cidadania e identidade europeias foram alguns dos assuntos

trabalhados na conferência, dinamizada no âmbito do projeto “Europa do Futuro – Multifacetada e Unificada”.

“São os jovens e o seu olhar sobre a Europa que podem transformar este continente, que podem ajudar, com a frescura das ideias, este espaço comum a sair da encruzilhada em que se encontra”, sublinhou a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira.

Já o secretário de Estado da Educação, João Costa, partilhou com a plateia que “a Europa foi construída em diversos momentos e sempre se distinguiu pela afirmação de diferentes valores que os jovens devem continuar a defender e a elevar”.

A conferência, dinamizada no âmbito do projeto europeu “Europa do

Futuro – Multifacetada e Unificada”, impulsionado pelas autarquias búlgara de Aksakovo, italiana de Nughedo-Santa Vittoria, espanhola de Igualada e portuguesa de Setúbal, foi integrada no Meeting Setúbal 2016.

Um debate sobre percursos e expectativas dos jovens no futuro da União Europeia, com José Nogueira, sociólogo, Ana Mesquita, deputada, Filipe Pinto, músico, e Tiago Venâncio, atleta olímpico, foi um dos momentos mais participados.

A iniciativa, além da conferência, incluiu atividades para as comitivas, como um peddy-paper pelo centro histórico da cidade e a apresentação do projeto municipal de cidadania Nosso Bairro, Nossa Cidade.

Atividade dinamiza os bairros Um espaço para atividades lúdicas e pedagógicas, vocacionado especialmente para crianças e idosos, está a ser criado na Alameda das Palmeiras, zona da Bela Vista, projeto do Nosso Bairro, Nossa Cidade que envolve moradores e autarquia.

A Nossa Casinha, a concluir até julho, inclui espaços para ateliers e atividades culturais e pretende afirmar-se como um polo de concentração de diferentes valências sociais, gerador de novas dinâmicas para os residentes.

O equipamento dispõe de cozinha para workshops e ateliers de culinária e três salas que funcionam como espaço para ATL, destinado à ocupação de tempos livres de crianças, e ateliers de artes plásticas e costura.

O Nosso Bairro, Nossa Cidade promoveu, entretanto, passeios a Fátima e Lisboa, no âmbito do projeto “Descobrir em Comunidade”, que reforça as relações de vizinhança e o combate ao isolamento.

A 7 de abril, uma centena de pessoas participou na ação “A Saúde chegou ao Bairro”, na Bela Vista, com rastreios gratuitos de glicemia e tensão arterial e campanhas de sensibilização, nomeadamente de prevenção antitabágica.

Golfinhos ostentam novas cores As duas dezenas de golfinhos em exposição na Doca dos Pescadores desde 2011 foram recolocadas, com novas pinturas decorativas, feitas por alunos das escolas do concelho e três artistas plásticos, exposição inaugurada a 8 de junho.

Os alunos, dos jardins de infância e das escolas dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos e secundárias do concelho, em equipa com um professor, pintaram réplicas dos golfinhos em resposta ao desafio lançado pela Câmara Municipal de Setúbal para esta segunda edição.

“Estes exemplares expostos na zona ribeirinha já se transformaram, na sua anterior versão, numa verdadeira atração turística da nossa cidade.

Tudo isto numa zona ribeirinha que se transforma e anima cada vez mais,

cumprindo o objetivo municipal de dar mais rio à cidade”, assinalou a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira.

As réplicas expostas no Golfinho Parade 2016 surgem em três posições fundamentais do movimento dos golfinhos acima da linha de

água. A estas junta-se uma nova, com cinco metros de comprimento, pintada em cor natural.

A homenagem aos habitantes mais emblemáticos do Sado aconteceu no Dia Mundial dos Oceanos e Dia Mundial das Baías, celebração que, no entender da autarca, assume maior importância numa altura em que Setúbal ocupa a presidência do Clube das Mais Belas Baías do Mundo.

Três das vinte esculturas de resina, com 2,5 metros de comprimento, à escala, facultadas pela autarquia aos participantes, que também cedeu os materiais de pintura, foram decoradas por artistas plásticos que haviam participado na primeira edição e as restantes 17 por cinquenta crianças e jovens de estabelecimentos de ensino do concelho.

18SETÚBALabril|maio|junho16

Fotografia premeia jovem

cultura

Catarina Pires, de apenas 16 anos, com o primeiro lugar na categoria digital, o prémio Jovem Revelação e duas menções honrosas, foi a grande vencedora da 13.ª Meia Maratona Fotográfica de Setúbal, prova do programa m@rço.28, organizada pela autarquia com o apoio e patrocínio de várias entidades, com o tema “Um Olhar sobre o Desporto”.

Artes mostram antologia

Uma antologia de pintura e desenho do artista plástico Manuel Vilarinho, com duas dezenas de trabalhos produzidos durante vinte anos, esteve patente na Casa da Baía. “Arte para Setúbal” proporcionou ao público uma viagem pela história da pintura e pelas influências literárias do artista, que doou a maioria daqueles trabalhos à autarquia.

Olhares expõem Américo

A mostra “Dizem que é Américo!”, com mais de quatro dezenas de imagens invulgares da história recente setubalense, foi reposta, em maio e junho, no Alegro Setúbal.

A inauguração da iniciativa, a 23 de maio, incluiu o lançamento da primeira coleção de postais com fotografias legendadas do fotógrafo setubalense Américo Ribeiro.

Monumento revela história

Uma visita a espaços e vestígios arqueológicos do Convento de Jesus, a 16 de abril, deu a conhecer a mais de meia centena de pessoas aspetos do quotidiano das religiosas que ali viveram. Esta que foi uma das várias iniciativas do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios revelou aspetos sobre as freiras clarissas que viviam em clausura.

Tardes com movimento

Ao ritmo da música de vários quadrantes, o “Café à Tarde...”, com matinés gratuitas e workshops, animou a Casa da Baía com sessões de dança. Entre abril e junho, dançarinos do Enclave – Cultura em Movimento levaram ritmos às tardes de sábado, do forró e samba de gafieira ao kizomba e ao funaná, do tango argentino à salsa cubana.

Cidade festeja 156 anos Exposições, apontamentos musicais e apresentações históricas marcaram as comemorações dos 156 anos de elevação de Setúbal a cidade. As atividades, ao longo de 19 de abril, centraram-se nos Paços do Concelho Setúbal assinalou os 156 anos de elevação a cidade com um programa municipal comemorativo que incluiu um conjunto de atividades para todos os públicos, centradas nos Paços do Concelho, ao longo de todo o dia 19 de abril, data em que se cumpriu a efeméride.

Uma aula aberta sobre “A Elevação de Setúbal a Cidade”, da Uniseti – Universidade Sénior de Setúbal, por António Quaresma Rosa, Alberto Pereira e Cunha Bento, foi um dos destaques do programa, que marcou a inauguração da exposição de artes plásticas “Entre Nós”, com pinturas e fotografias de trabalhadores camarários.

No átrio de entrada do edifício voltou a estar em exibição a mostra “Di-

zem que é Américo | Um Fotógrafo | Outras Imagens | Novos Olhares”, baseada em imagens pouco conhecidas do público do antigo fotógrafo setubalense Américo Ribeiro.

“Da fotografia à memória – O papel do Arquivo Américo Ribeiro e do Centro de Memórias do Museu Michel Giacometti” deu título a uma apresentação, sobre o trabalho desenvolvido no Centro de Memórias, dedicado à preservação da história setubalense contemporânea.

As atividades incluíram ainda uma cerimónia do hastear da bandeira, a iniciativa “Paços do Concelho de Portas Abertas” e as atuações do coro do município Afina Setúbal e do grupo Toquivozes, de Vila Fresca de Azeitão.

Semana mexe com dança “Sonetos” de Bocage inspiraram um espetáculo da Pequena Companhia da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, a 29 e 30 de abril, no Fórum Municipal Luísa Todi, bailado que foi um dos destaques da Semana da Dança 2016, iniciativa organizada pela autarquia que pôs a cidade em movimento.

Uma apresentação com oito bailarinos transportou o público numa viagem pela poesia de Bocage, com coreografia de Iolanda Rodrigues e figurinos de Marina Sacramento, com Dora Fidalgo a cantar mais de uma dezena de sonetos do poeta setubalense, acompanhada de António Gonçalves, na viola.

O bailado, integrado igualmente nas Comemorações dos 250 Anos do Nascimento de Bocage, foi apenas uma das muitas iniciativas da Semana da Dança, que se estendeu por maio, com workshops, aulas abertas e demonstrações de dança ao ar livre e em instalações das várias instituições envolvidas.

As condições atmosféricas obrigaram a adiar algumas atividades, algumas delas para 21 de maio, como foi o caso de um “Workshop e Intervenção Pública de Dança Contemporânea”, que se realizou de manhã no Jardim da Algodeia.

A iniciativa conduzida por Rita Vilhena incluiu, da parte da tarde, na Praça de Bocage a atuação “A poética de andar à retaguarda”.

Nessa noite, destaque para os Pupilos do Kuduro, banda de eletrokuduro com dançarinos a cargo de Osvaldo Aires, que apresentou no Auditório José Afonso o mais recente álbum, “Sem Regras”.

CRIAÇÕES. Autores locais e nacionais com projetos nas áreas de moda, pintura, escultura, música, gastronomia e fotografia mostraram-se ao público nos dias 7 e 8 de maio, na Casa da Baía. A iniciativa de promoção do talento, inovação e criatividade, organizada pela Associação Bastidores&Protagonistas e pela autarquia, pretendeu potencializar os artistas e dar a conhecer novos olhares sobre variadas formas de arte. O certame, realizado pela primeira vez em Setúbal, depois de duas edições em Lisboa, atraiu centenas de pessoas, sobretudo nos desfiles de YORI by Sónia Soares, de Roselyn Silva e de Filipe Blanquet.

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Bocage universal As Comemorações dos 250 anos do Nascimento de Bocage também são além-fronteiras. No segundo trimestre de 2016, Daniel Pires abriu um seminário sobre o iluminismo na Universidade de Montpellier, França, a 15 de abril.

Em Setúbal, o programa teve diversas iniciativas, como a apresentação do livro “Já Bocage não sou”, de José Jorge Letria, a 15 de abril, integrado na reabertura da renovada Biblioteca Municipal, a que se seguiu outra, de uma tradução desconhecida de Bocage, a 29 de maio.

As conferências “Bocage e o Brasil – Olavo Bilac um seu Biógrafo”, por Pedro Martins, a 28 de maio, e “Marcas de Pré-Romantismo na Poesia de Bocage”, por Miguel Real, a 3 de junho, integraram também o programa comemorativo.

Vida exposta na avenida

Uma exposição sobre Bocage, com painéis informativos, fotografias, postais e folhas de rosto de algumas obras do poeta, foi inaugurada a 21 de maio na Avenida Luísa Todi, onde fica até 15 de setembro, data de encerramento das comemorações bocagianas. “Bocage 250 | 1765/2015” é o título da mostra, com aspetos da vida, personalidade e obra do poeta.

Capital da ilustração Sai um desenho! Aliás, vários. Autores portugueses de diferentes gerações cruzam-se em Setúbal na segunda Festa da Ilustração. O certame, a decorrer até julho, é feito de desenhos, mas também de música, cinema e literatura Os desenhos estão de volta a Setúbal. O trabalho artístico de autores como Nuno Saraiva, André Carrilho, Luís Afonso e Luís Filipe de Abreu é celebrado no concelho, com exposições em equipamentos culturais e no espaço público, a decorrer até aos primeiros dias de julho.

A segunda edição da Festa da Ilustração arrancou à meia-noite de 3 de junho, na Casa da Cultura. “Numa hora improvável, a ver desenhos, a falar de ilustrações, de ilustradores e cartoonistas, essa maravilhosa gente, que, com desenhos, faz pensar, rir e chorar”, afirmou a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, na abertura.

João Paulo Cotrim, curador do certame juntamente com José Teófilo Duarte, afirmou que a ilustração “voa abaixo do radar das artes” e que, por isso, “eventos como esta festa ajudam a celebrar esta arte e os autores, muitas vezes esquecidos”. “É Preciso Fazer um Desenho?” A resposta ao lema do certame manifesta-se em perto de duas dezenas de exposições, como “Fónix”, de Nuno Saraiva, que abriu o evento organizado pela autarquia em parceira com a DDLX Design Comunicação e a Abysmo Editora.

Irreverente, cómico e irónico. O ilustrador esclareceu que é um pouco de tudo, apesar de se considerar, sobretudo, um homem de reverências. “À mulher, à política, ao presente e ao passado, ao fado e à cidade, sobretudo

Lisboa. Cada ilustração tem uma história e um significado muito pessoais.”

Além de “Fónix”, que também está presente nos Lavadouros de Azeitão, o certame inclui exposições como “Bartoon”, de Luís Afonso, no Teatro de Bolso, “Ilustração”, de Luís Filipe de Abreu, na Galeria Municipal do 11, e “Sobreviver”, de João de Azevedo, na Casa da Cultura.

André Carrilho, de regresso à festa, acaba em Setúbal, a 25 de junho, o projeto “Desenhar em Cima da Conserva”, mostra coletiva patente no Museu do Trabalho Michel Giacometti, assim como “Resumo da Matéria Dada” e “Fora de Muros”, de vários artistas. Já “Cadernos de Viagem”, com desenhos de Niels Fischer, está na Biblioteca Pública, e “Ilustração Portuguesa” encontra-se na Casa da Baía.

A Festa da Ilustração contou, este ano, com o envolvimento mais intenso da comunidade escolar, materializado nas mostras “Desenhar a Moeda”, na Galeria Municipal do Banco de Portugal, “Daqui e de Agora – Lugar do Desenho”, no Palácio Fryxell, “TPC”, nos Claustros do Instituto Politécnico de Setúbal, e “Conheces Bocage?” e “Sumário”, na Oficina do Porto de Setúbal.

Outros eventos são uma Feira do Livro Ilustrado e a mostra “É Preciso Contar uma História?”, na Casa d’Avenida, um ciclo de cinema e concertos de Jibóia e Charlie Mancini.

Poeta recriado nas escolas

As comemorações bocagianas incluem um programa especial nas escolas, com diversas iniciativas a percorrerem os estabelecimentos de ensino, que partilharam, entre abril e junho, fragmentos da vida, da personalidade e da obra do poeta setubalense. O Projeto GoG, o TAS – Teatro Animação de Setúbal, José Nobre e o Teatro do Elefante proporcionaram espetáculos cénicos.

O olhar das artes plásticas

Trinta e cinco obras selecionadas no concurso de artes plásticas “Bocage Visto e Interpretado pela Arte Contemporânea” estiveram em exposição, entre 3 e 24 de abril, na Galeria Municipal do 11. Pedro Espanhol foi o vencedor com o acrílico sobre tela “Barbosa na loja do Dr. Macaco”, que pertence agora à coleção do Museu de Setúbal/ Convento de Jesus.

Marcha gloriosa de ‘Os 13’

Dez coletividades deram o melhor para conquistar o público e o júri das Marchas Populares, em desfiles na Avenida Luísa Todi e na Praça de Touros Carlos Relvas. No final, o “13” acabou por ser o número da sorte para o grupo vencedor O Grupo Desportivo Setubalense “Os 13” venceu as Marchas Populares de Setúbal 2016, em decisão tomada após os desfiles a concurso, realizados a 17 e 18 de junho, na Praça de Touros Carlos Relvas.

A coletividade conquistou ainda os prémios de melhor cenografia, figurino e primeiro desfile, neste caso com base na prestação na apresentação a 11 de junho na Avenida Luísa Todi.

O júri do concurso, presidido pela atriz Ânge­ la Pinto, atribuiu a segunda posição ao Grupo Desportivo Independente, que arrecadou os prémios de coreografia e música.

O Núcleo Bicross de Setúbal ficou no terceiro posto, distinguido também com o prémio de melhor letra.

O quarto lugar coube ao Núcleo dos Amigos

do Bairro Santos Nicolau, a que se seguiram a Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonen­ se, em quinto, a União Desportiva e Recrea­ tiva das Pontes, sexto, e a ACTAS – Academia Cultural de Teatro e Artes de Setúbal, sétimo, que teve a melhor madrinha, Maria Cordeiro.

Nas restantes posições ficaram a Coopera­ tiva de Habitação e Construção Económica Bem-Vinda a Liberdade, em oitavo, o Grupo Desportivo da Fonte Nova, nono, e o Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão, décimo.

A entrega dos prémios do concurso, organi­ zado pela Câmara Municipal de Setúbal, com os apoios da Europrol e da Aplaudir, realiza­ ‑se a 16 de julho, às 21h30, no Fórum Luísa Todi. A cerimónia, de entrada gratuita, conta com a atuação das madrinhas.

Arte mostra-se no fórum O Fórum Municipal Luísa Todi foi nos meses de abril, maio e junho palco de espetáculos das mais diversas artes, destinados a diferen­ tes públicos.

Alguns dos momentos mais altos foram os dois primeiros Concertos Íntimos de 2016 em que a fadista Carminho, a 9 de abril, e Mi­ guel Araújo, a 6 de maio, esgotaram a maior sala de espetáculos do concelho e deixaram o público rendido.

Ainda na música, de salientar, a 15 de abril, o concerto comemorativo das quatro décadas de carreira do cantor e compositor Joaquim Gouveia, integrado no Urban Trio, de que fa­ zem parte igualmente Artur Jordão, no piano, e Rui Rosado, na percussão. Vários artistas convidados participaram no espetáculo inti­ tulado “40 Anos de Palcos e Estradas – Joa­ quim Gouveia”.

Antes, a 15 de abril, já tinha passado pelo fórum a décima quarta edição do Encontro de Coros Infantis e Juvenis, organizado pelo Co­ ral Infantil de Setúbal, com a participação de grupos de diferentes pontos do país.

A Orquestra Académica Metropolitana, que já é uma visita assídua, também encantou os setubalenses com obras de Haydn e Brahms, a 21 de maio, num concerto com os solistas Catarina Koppitz, violoncelo, e Davide Lopes, trompete, vencedores do Prémio Fundação Inatel 2016.

No 1 de junho, a sala encheu-se de crianças para assistirem a dois espetáculos do concer­ to didático “O Segredo da Floresta”, inspira­ do na obra literária, com o mesmo nome, de Margarida Fonseca Santos e interpretado por uma orquestra e coro do Conservatório Re­ gional de Setúbal.

No teatro, também não faltaram diversas op­ ções que esgotaram a sala e provocaram mui­

tos aplausos, como a produção teatral “God”, protagonizada por Joaquim Monchique que encarna um “deus” numa conversa com o público sobre questões que o incomodam. A peça “God”, encenada por António Pires, teve dois espetáculos nos dias 4 e 5 de junho.

Mas o segundo trimestre de 2016 começou no dia 1 de abril com a apresentação da comédia “Absolutamente Fabulosos”, protagonizada por Luís Aleluia, Noémia Costa e Joana Fi­ gueira, que arrancou muitas gargalhadas.

A pensar especialmente nas crianças, o TAS – Teatro Animação de Setúbal estreou a 3 de abril “Os Piratas”, peça de António Manuel Pina, com adaptação e encenação de Carlos Curto e interpretada por André Moniz, Kim­ berlly Ostrowskij e Célia David.

As desavenças no amor foram retratadas no dia 16 de abril na comédia “Plaza Suite”, obra de Neil Simon em que são contadas as peripé­ cias de um casal, protagonizado por Alexan­ dra Lencastre e Diogo Infante, que atravessa tempos difíceis.

Também na comédia, João Didelet subiu ao palco nos dias 9, 10 e 11 de junho com a peça “Allo Allo”, apresentada pela Yellow Star Company, com encenação de Paulo Sousa Costa e João Didelet, adaptação portuguesa da famosa sitcom da BBC. Quase a encerrar o segundo trimestre, houve dança no Fórum Municipal Luísa Todi, com uma aula pública da Academia de Dança Con­ temporânea, em que participaram alunos de todas as classes, no dia 18 de junho.

Lauro António prosseguiu com as masterclas­ ses de cinema dedicadas à “Atriz – Arte e Se­ dução”, com sessões, gratuitas, às segundas­ ‑feiras. A 18 de abril, o cineasta apresentou “Taxi Driver”, em comemoração dos quarenta anos da estreia do filme de Martin Scorsese.

cultura

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O sal da música Acordeão presta homenagens

Mais de trezentas pessoas assistiram no dia 7 de maio, no Clube de Futebol “Os Sadinos”, ao Festival Internacional de Acordeon de São Sebastião. A segunda edição do evento contou com participação de alguns dos melhores intérpretes da atualidade e homenageou o acordeonista Dimas Pereira, falecido em 2009. Foram ainda atribuídos prémios de consagração a António Lázaro e Tino Costa, respetivamente, pelos trinta e cinquenta anos de carreira.

Convento regressa ao passado

Uma visita noturna encenada sobre o quotidiano das antigas freiras clarissas, realizada a 21 de maio, no Convento de Jesus, no âmbito do Dia Internacional dos Museus e da Noite dos Museus, foi um sucesso e ultrapassou a lotação prevista de cinquenta pessoas. A arqueóloga municipal Maria João Cândido conduziu o grupo de visitantes e deu a conhecer a importância dos diferentes espaços do monumento nacional, alvo recente de obras de beneficiação.

Cante alentejano abraça cidade

A cidade recebeu a 14 de maio o X Encontro de Corais Alentejanos – Alentejo Abraça de Setúbal, com seis grupos a espalharem o cante pelas ruas da Baixa comercial.

O tradicional desfile culminou com um concerto num palco montado no Largo da Misericórdia. Antes dos momentos musicais, os grupos receberam as boas-vindas nos Paços do Concelho, numa cerimónia conduzida pelo vereador da Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, Pedro Pina.

Setúbal evoca poeta da Arrábida

A Câmara Municipal de Setúbal e a Junta de Freguesia de Azeitão evocaram Sebastião da Gama no dia 10 de abril, data em que o homenageado faria 92 anos, com uma cerimónia de deposição de flores na estátua do poeta, em Vila Nogueira. Um concerto pelo coro Setúbal Voz, a entrega de prémios do concurso literário “Arrábida Poesia”, um roteiro de poesia por vários pontos de Azeitão e uma palestra integraram ainda o programa de homenagem.

Dezena e meia de espetáculos e outros eventos. A sexta edição do Festival de Música de Setúbal proporcionou um encontro de culturas com espírito inclusivo. Tudo bem temperado com sal O Festival de Música de Setúbal, que decorreu entre 26 e 29 de maio, voltou usar como pretexto os mais variados ritmos e melodias para juntar a população em torno de uma festa cultural.

O “Sal” foi o tema que condimentou a sexta edição, na qual músicos profissionais partilharam conhecimentos e palcos com intérpretes amadores de todas as idades, desde crianças a adultos, das mais variadas origens culturais e sociais, incluindo pessoas com deficiências.

Nos quatro dias do certame, a cidade recebeu espetáculos e outros eventos em espaços como o Fórum Municipal Luísa Todi, o Convento de Jesus, o Museu do Trabalho Michel Giacometti, a Casa d’Avenida e a Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal.

Numa demonstração e desfile de percussão pela Avenida Luísa Todi já tradicional no evento, Fernando Molina liderou cerca de mil crianças de escolas do concelho, assim como utentes da APPACDM, que proporcionaram música com materiais reciclados.

O trompetista Clarence Adoo, paralisado do pescoço para baixo na sequência de um acidente, voltou a atuar graças a um novo instrumento. O músico, que estreou em Setúbal, a nível mundial, o “HiNote” em performances

públicas, participou em dois espetáculos, com o Ensemble Juvenil de Setúbal, Rui Borges Maia, Torbjorn Hultmark, John Kenny, Chris Wheeler e os grupos de metais da Escola Superior de Música de Lisboa e do Conservatório Regional de Palmela.

O espírito universal da música esteve bem vincado ao longo do certame, que incluiu a demonstração de instrumentos acessíveis a todos “Escute, Olhe e Toque” e a instalação “Sound=Space”, de Rolf Gehlhaar, em que os movimentos de corpos numa sala produziam sons e ritmos.

Além do regresso aos palcos do Ensemble Juvenil de Setúbal, projeto inclusivo que nasceu do trabalho desenvolvido pelo festival e que reúne jovens com e sem instrução musical, bem como jovens com deficiências, assistiuse à estreia da Camerata do certame, constituída por instrumentistas que atuaram na cidade após receberem instrução musical.

O cartaz surpreendeu ainda pelas presenças e participações de músicos de renome, como Marcelo Bratke, Irene Lima, John Kenny, Rolf Gehlhaar, Vasco Pearce de Azevedo, Pedro Corte-Real, António Figueiredo, Fernando Molina, José Correia, Ana Corolina Ferreirinha, Sara Caldeira, Carlos Barreto Xavier,

Chris Wheeler, Torbjorn Hultmark, Filipe Quaresma e Pedro Condinho.

O festival incluiu também tertúlias e pequenos momentos musicais, envolvendo as instituições 4Às – Associação de Angolanos e Amigos de Angola, Edinstvo – Associação de Imigrantes dos Países de Leste e Associação Cultural Busuioc dos Cidadãos Moldavos da Península de Setúbal.

Uma performance coletiva, conduzida pela Academia de Música e Belas-Artes de Setúbal, contou ainda com as participações da Academia de Dança Contemporânea de Setúbal, da Cenas à Vista, do Conservatório Regional de Setúbal, da Escola de Dança Desportiva Mónica Banza, da Escola de Música da Capricho Setubalense, da Escola de Sevilhanas e Flamenco SFH – Palmela, de Patrícia Rosa e Agostinho Torres e de Universe Gong.

Hugo O'Neill e Marcelo Bratke estiveram à conversa, moderada por José Luís Catalão, sobre “Sal de Setúbal: Portugal e Brasil”.

O Festival de Música de Setúbal, organizado pela A7M – Associação Festival de Música de Setúbal, é financiado pela Câmara Municipal, The Helen Hamlyn Trust e a Fundação Calouste Gulbenkian. Esta edição contou com os apoios do British Council, da Antena 1 e da Antena 2.

desporto

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Sado na rota do Rio De Setúbal para o Rio de Janeiro. O passaporte olímpico para três dezenas de nadadores das águas abertas foi carimbado no Sado.

A maratona aquática foi um dos destaques da Cidade Europeia do Desporto, a decorrer até dezembro, com atividade intensa nas áreas da alta competição, desporto para todos, cultura, conhecimento e qualificação

Setúbal voltou a estar no centro das grandes decisões, com os últimos trinta atletas de natação em águas abertas que estarão presentes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro a serem conhecidos na competição sadina, a 11 e 12 de junho, com um total de 109 nadadores em prova e a participação recorde de 52 países.

Os atletas chineses Lijun Zu, com o tempo de 1h52m18s, e Xin Xin, com 1h55m12s, foram os grandes vencedores, em masculinos e femininos, da FINA Marathon Swimming Olympic Qualification Tournament – Setúbal 2016, realizada a partir do Parque Urbano de Albarquel.

Vânia Neves, a melhor portuguesa em prova, terminou a maratona em 16.º e ficou a um lugar do apuramento. Contudo, pode ainda almejar o sonho olímpico caso de concretize a renúncia da nadadora Charlotte Webby, que não terá cumprido os objetivos da federação neozelandesa.

Angélica André não foi além do 19.º lugar, enquanto Rafael Gil, no 28.º posto, e Vasco Gaspar, em 36.º, também falharam o apuramento olímpico na prova, uma organização conjunta da autarquia, Federação Internacional de Natação e Federação Portuguesa de Natação.

As emoções desportivas de Setúbal Cidade Europeia do Desporto não

estiveram apenas na água, com a urbe sadina a dinamizar, entre abril e junho, um conjunto eventos ecléticos que foram da alta competição ao desporto para todos, à cultura, conhecimento e qualificação.

Um encontro de Experiências Olímpicas juntou, a 29 de maio, mais de oito mil pessoas no Parque Urbano da Albarquel e na Praia da Saúde, evento das Comemorações Nacionais do Dia Olímpico, este ano realizadas em Setúbal, com a presença de vários atletas.

O evento promoveu ainda a exposição inédita Jogos Olímpicos: Memórias e Vitórias de Portugal, que realçou os êxitos portugueses nas várias edi-

ções. Imagens, documentos e várias peças do olimpismo despertaram a curiosidade na mostra, promovida em maio, na Galeria Municipal do 11.

No ano em que obteve certificação europeia pela primeira vez, a Alegro Meia Maratona de Setúbal juntou, a 8 de maio, mais de setecentos atletas na prova principal, de 21,1 quilómetros, e meio milhar na Corrida das Famílias, de carácter lúdico, com 5500 metros. Nuno Carpinteiro e Lúcia Oliveira foram os vencedores.

Bruno Cardoso arrebatou o 1.º Troféu BMX Race de Setúbal 2016, competição realizada a 24 de abril e que marcou a estreia da pista instalada no Parque Verde da Bela Vista

numa prova oficial desta modalidade olímpica.

A solo, em dueto e em esquemas combinados, as coreografias aquáticas do Sincroshow – Festival Noturno de Natação Sincronizada centraram atenções, a 2 de abril, na Piscina Municipal das Palmeiras, num festival que incluiu demonstrações de ginástica e dança jazz.

Setúbal foi também palco da Final da Taça de Portugal de Râguebi, a 25 de março, com o Grupo Desportivo Direito a conquistar o nono troféu ao derrotar na final, por 30-12, a equipa de Agronomia num jogo de emoções fortes disputado no Complexo Municipal de Atletismo.

Juniores celebram Vitória A equipa do Vitória Futebol Clube que venceu o Campeonato Nacional de Juniores A – 2.ª Divisão recebeu a 1 de junho, na Câmara Municipal, o troféu e as medalhas.

CAMPEÃO. A Câmara Municipal apresentou a 8 de junho, em reunião pública, uma saudação ao treinador de futebol Hélio Sousa (ao centro, na foto), que liderou a Seleção Nacional de Sub-17 na conquista do Campeonato da Europa. Na saudação, através da qual é também proposto um voto de louvor, a autarquia recorda que o técnico setubalense teve uma carreira, enquanto jogador, intimamente ligada ao Vitória Futebol Clube, e integrou a formação portuguesa que se sagrou campeã do Mundo em Riade, na Arábia Saudita, em 1989, no escalão de Sub-20.

“Uma forte saudação para estes jovens atletas que trazem para Setúbal mais um troféu que orgulha todos os sadinos”, exaltou a presidente da autarquia, Maria das Dores Meira,

na cerimónia que consagrou jogadores e equipa técnica.

A autarca reiterou que o município de Setúbal tudo “continuará a fazer para que o Vitória continue a ser um dos mais importantes clubes de Portugal”, sem “nunca abdicar da coerência, colocando cada coisa no seu lugar”.

Esta realidade traduz-se, por exemplo, nos protocolos aprovados em reunião pública entre a Câmara e o Vitória, concretamente com a cedência de utilização de campos na Várzea na área da formação desportiva.

“O Vitória é muito mais que a soma das conjunturas por que passa, das pessoas que o dirigem ou de quem está a cada momento na autarquia. É fundamental valorizar e apoiar o clube”, salientou a edil.

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Cerca de trezentos alunos caminharam no dia 13 de maio pelo centro da cidade, entre o Largo José Afonso e a Praça de Bocage, em defesa da igualdade de género e contra a violência no namoro. A iniciativa, numa parceria da SEIES – Sociedade de Estudos e Intervenção em Engenharia Social com escolas e apoio da Câmara Municipal de Setúbal, juntou alunos com idades entre os 12 e os 17 anos, que gritaram slogans contra a violência.

educação

Alunos contra a violência

Feira tecnológica divulga inovação

Ensino abre portas ao turismo

A importância de continuar a apostar na qualificação dos profissionais do setor do turismo foi realçada pela presidente da Câmara Municipal, Maria das Dores Meira, na abertura do Open Day da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, que se realizou a 13 de abril. A autarca destacou a qualidade da restaurante e o crescimento “a ritmo acelerado” do turismo em Setúbal, comprovado pelo “aumento sucessivo nos últimos anos do número de dormidas”.

Bibliotecas saem das escolas

Cerca de quinhentos alunos das escolas de Setúbal participaram no dia 19 de abril na iniciativa “Setúbal: uma Baía a Ler”, organizada pelo SABE – Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolas e pelo Grupo de Trabalho das Bibliotecas Escolares do Concelho de Setúbal. Crianças e jovens leram em público poemas de Bocage durante um trajeto pelo centro da cidade e partilharam em cartazes com slogans como “Mais leitura, menos exclusão”.

Estudantes viajam pela arte

Uma exposição composta por três dezenas de reproduções de obras de autores como Picasso, Dali, Miró e Sorolla, realizadas por alunos da Escola Secundária D. João II, esteve patente no estabelecimento de ensino, entre os dias 11 e 18 de maio. A atividade “A minha escola é um museu – Uma aventura pela Arte Moderna” incluiu ainda sessões de teatro e de cinema, bem como visitas guiadas em espanhol feitas pelos próprios estudantes.

Setúbal recebeu um certame tecnológico único. Demonstrações de produtos e serviços, concursos de robótica e até torneios de jogos atraíram diferentes públicos.

A elite da informática portuguesa refletiu sobre a empregabilidade A feira E-Tech Portugal’16, o maior evento tecnológico a sul do Tejo, mostrou, a 3 e 4 de junho, na Escola Secundária Dom João II, as últimas novidades do setor e promoveu concursos de robótica e de jogos.

Sob o tema da Empregabilidade Digital, muito houve para ver e experimentar no evento, organizado pela escola de programação E-Code, da empresa EDUGEP, e pela Associação Nacional de Professores de Informática, no âmbito da Coligação Portuguesa para a Empregabilidade Digital, com apoio da Câmara Municipal de Setúbal.

O auditório, a biblioteca e o refeitório da Dom João II estiveram, durante dois dias, ocupados por

diversos espaços com workshops, stands temáticos, demonstrações de produtos e serviços, atividades para famílias e jovens, concursos de robótica, torneios de jogos e uma conferência com a elite da informática portuguesa para reflexão sobre a empregabilidade digital.

Cerca de vinte expositores apresentaram as mais recentes novidades e o que de melhor se faz em Portugal e no mundo na área tecnológica.

Dezenas de alunos participaram em diversas demonstrações interativas, na área da robótica, da impressão e modelação 3D, de realidade virtual e de aplicações educativas.

Já o “Museu dos Videojogos” pro-

porcionou a experimentação de consolas e jogos de outros tempos. Quanto aos jogos mais modernos, houve competições na Lan E-Tech para disputa do título de melhor jogador de Minecraft, Counterstrike e FIFA 16. De salientar ainda concursos na área da robótica.

Paralelamente à Feira Tecnológica, decorreu um ciclo de conferências sob a temática da empregabilidade digital, com responsáveis de multinacionais, investidores, investigadores e profissionais.

“Ambicionamos que esta marca, a E-Tech, venha a ser um evento de referência, não em qualquer outro sítio, mas em Setúbal, onde estamos certos de que há lugar para eventos

desta dimensão”, afirmou o diretor executivo da EDUGEP, António Gonçalves.

Para a presidente da Câmara Municipal de Setúbal é importante falar no certame não apenas como o maior do género a sul do Tejo, mas como um dos maiores eventos tecnológicos a norte do Sado.

“Temos de fazer cada vez mais do nosso rio o centro de uma grande região e não a periferia do Tejo.”

A autarca sublinhou ainda que a questão que se coloca atualmente na área da tecnologia, e que justifica a realização de eventos desta natureza, é “saber o que se pode fazer, ou melhor, o que se deve fazer para melhorar as competências digitais de pessoas que têm com os computadores uma relação diferente”.

Ano letivo acaba em festa no Bonfim Cerca de nove mil pessoas animaram, nos dias 4 e 5 de junho, a sexta edição do “Há Festa no Parque”, que incluiu diversas iniciativas direcionadas para as famílias, no Jardim do Bonfim.

A comemoração do Dia Mundial da Criança e o final do ano letivo serviram de mote à realização do evento organizado pela autarquia, o qual, este ano, contou com a realização de uma convenção nacional de jogos tradicionais.

Ateliers de pintura facial, modelagem de balões, insufláveis, um circuito de prevenção rodoviária, eurobungy e jogos tradicionais foram atrativos do certame, que conciliou as componentes

lúdicas e pedagógicas, ao proporcionar, ainda, uma exposição de projetos escolares, música, dança, teatro, modalidades des-

portivas, um museu papper e uma feira do livro.

Já a habitual Mostra de Cursos e Formação permitiu aos jovens

conhecerem a oferta das diversas escolas profissionais e do ensino superior, bem como das empresas.

Este ano, realizou-se em simultâneo a IX Convenção Nacional dos Jogos Tradicionais, integrado no calendário de Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016, com famílias inteiras a participarem em jogos tradicionais portugueses, como malha, tração à corda, pião, latas e burro.

A convenção incluiu ainda um fórum aberto à comunidade, que teve lugar no auditório da Escola Secundária Sebastião da Gama, local onde esteve patente a mostra “100 Jogos Tradicionais 100% Futuro”.

A mobilidade sustentável desafia a inovação de veículos elétricos e híbridos num laboratório da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal. O turismo de ar livre ganha especialistas num curso tecnológico da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal

Laboratório desenvolve mobilidade Veículos elétricos e híbridos, mas também com motores exclusivamente de explosão e combustão, são objeto de estudo e de aperfeiçoamento num laboratório da Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Setúbal que procurar inovar na área da mobilidade sustentável.

O Laboratório da Mobilidade é, em vários aspetos, semelhante a uma garagem automóvel, embora sem reparações. O foco é a inovação, tanto no estudo e otimização de veículos elétricos e híbridos, como na conversão de veículos convencionais em viaturas movidas e eletricidade.

Na vanguarda da investigação, o laboratório desmultiplica-se em projetos, composto por duas áreas de trabalho distintas, uma vocacionada para a investigação de veículos elétricos, outra direcionada para a mecânica e teste de automóveis, com um banco de potência para ensaiar motores até 2000 cavalos.

A ideia é inovar na área da indústria automóvel e da mobilidade sustentável, mas também contribuir para a preservação ambiental, ao desen-

volver e utilizar em veículos uma energia “limpa” em detrimento dos combustíveis não renováveis.

“Esta é uma iniciativa partilhada e multidisciplinar, para alunos de mecânica e eletrotécnica, que envolve a comunidade e várias empresas ligadas ao setor automóvel”, acentua o coordenador da pós-graduação em Monitorização de Veículos Elétricos e Híbridos, José Maia.

O curso, atualmente na segunda edição e que está na génese do laboratório, “é, em Portugal, ao nível da formação dedicada a veículos elétricos, um exemplo de pioneirismo, em resposta a um desafio lançado pela Autoeuropa para a qualificação de profissionais”.

A par da vertente formativa para alunos de licenciaturas e da pós­ ‑graduação, o projeto trilha novos caminhos. “Aqui, faz-se, sobretudo, investigação, envolvendo docentes e estudantes em projetos académicos mas também em trabalhos para empresas.”

O Laboratório da Mobilidade, a funcionar desde outubro, é uma mais-valia do Instituto Politécnico de Setúbal que tem atraído alguns

“gigantes” da indústria automóvel, casos de Toyota/Lexus, BMW, Audi, Mercedes, Volkswagen e Nissan, que encontram uma oportunidade de aperfeiçoamento de produtos.

Caminho elétrico Em destaque está um kart, agora elétrico. Do antigo veículo pou-

co mais ficou do que o chassis. As baterias de chumbo foram substituídas por baterias de lítio, a eletrónica que controla os motores foi feita de raiz e no lugar do painel de instrumentos vai ser instalado um tablet.

Outro trabalho, de maior envergadura, envolve um Smart. “A ideia de negócio era adquirir veículos usados, retirar o motor de combustão e instalar motores e baterias elétricos.

O protótipo está a funcionar mas a evolução de mercado não deve ir nesse sentido”, aponta José Maia.

Em curso está ainda um projeto de transformação dos turísticos Tuk Tuk. “Muitas cidades estão a pôr restrições ao nível da poluição e, por isso, um operador que utiliza veículos Piag­ gio, que não comercializa versões elé-

academia

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tricas, desafiou-nos a desenvolver um modelo elétrico”, explica José Maia.

O protótipo, com autonomia para setenta quilómetros e carregamento de baterias em seis horas, já foi testado mas ainda há trabalho a fazer, nomeadamente ao nível da eletrónica e do software de gestão.

O trabalho já despertou a curiosidade dos fabricantes da marca italiana, que vêm a Setúbal conhecer o projeto.

O caminho para a mobilidade sustentável, em particular com recurso a veículos elétricos, está mais favorável. “Cada vez mais as marcas estão a apostar neste tipo de soluções, mais fiáveis e evoluídas e, também, com custos mais apelativos para os consumidores. O futuro já esteve mais longe.”

Especialistas no ar livre com formação ativa Na estrada, na serra ou no rio.

O turismo ganha novos e qualificados técnicos para atividades desportivas e de lazer ao ar livre num curso de especialização tecnológica da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal para jovens titulares de um curso de ensino secundário ou com habilitações equivalentes.

A restauração e a hotelaria são a imagem de marca daquele estabelecimento de ensino, mas a vertente turística ganha renovado protagonismo com a dinamização, pelo segundo ano, do Curso de Especialização Tecnológica em Turismo ao Ar Livre, lecionado em Setúbal e Coimbra.

“Tem uma forte componente prática em contexto real de trabalho”, realça a coordenadora do curso em Setúbal, Luísa Anjos, que destaca as virtudes da especialização, dinamizada ao longo de dois semes-

tres, de articulação entre a formação na escola e estágios curriculares.

Jogos tradicionais, canoagem e raf­ ting, bicicleta, caminhadas e passeios pedestres e manobras com corda são algumas das atividades nas quais os alunos adquirem competências, assim como cartografia e

interpretação de paisagens naturais e patrimoniais.

As 465 horas de estágios levam a que os alunos passem o verão inteiro a trabalhar. “É a altura em que as empresas precisam de mais técnicos para as atividades e a melhor oportunidade para os alunos se integrarem

no mercado de trabalho”, afirma Luísa Anjos.

O curso prepara técnicos especialistas em turismo ao ar livre qualificados que, de forma autónoma ou integrados em equipa, concebem, planeiam, organizam e acompanham atividades de natureza tu-

rística, com a capacidade de perceber as necessidades do grupo.

“Fazia falta esta vertente na escola”, indica.

O curso, de aproveitamento dos recursos naturais de Setúbal, nomeadamente o rio Sado e a Serra da Arrábida, permite, após a conclusão, continuar para o ensino superior ou a saída profissional imediata.

Antes de abraçaram o desafio do turismo ao ar livre, os candidatos são submetidos a provas de aferição de conhecimentos e de aptidão física e funcional, com canoagem, natação e adaptação ao meio aquático e resistência abdominal e de membros superiores.

Mais informações sobre o curso de Turismo ao Ar Livre, com candi­daturas em junho e provas de seleção em julho, encontram-se ­ dis­poníveis na página de internet www.escolas.turismodeportugal.pt.

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rumos

“Os sacrifícios são escolhas”

Entregou-se de alma e coração ao judo. Em diferentes escalões, venceu 16 campeonatos nacionais, sagrou-se em cinco ocasiões campeã europeia antes de chegar a sénior e acumulou um rol de medalhas de ouro, prata e bronze em diferentes competições. Natural do Algarve, onde vestiu o primeiro quimono, passou pelo Sporting e representa há três anos o verde vitoriano. Ana Cachola, 29 anos, lutou até ao fim para ter um lugar nos Jogos Olímpicos. Falhou, por muito pouco e perante vários obstáculos. Um deles chama-se medicina, curso que venceu por ippon, sem apelo nem agravo. Gorada a meta olímpica, o futuro no judo está um pouco sem rumo, embora, garantidamente, não desapareça tão cedo dos planos da atleta. A paixão pela modalidade levou-a a fazer coisas de que não gosta, como adotar rotinas, controlar obstinadamente o peso e estar longe da família. Foram sacrifícios a que prefere chamar de escolhas. Escolheu fazer o que gosta: praticar judo e competir. Quando perde sente um murro no orgulho. Quando ganha, lança os desafios ao tapete com uma pega perfeita. Tudo sem socos nem pontapés, pois violência é coisa de que não gosta.

Os Jogos Olímpicos representaram uma meta que exigiu um período intenso de dedicação. Foi um objetivo por alcançar. O que é que o judo pode esperar da Ana Cachola a partir de agora?

Não tenho definido. Em setembro começa uma nova época e ciclo olímpico. A que terminou foi muito intensa ao nível físico e mental, de conciliação dos estudos com o judo.

Brevemente, escolho a minha especialidade em medicina. Não conseguir ir aos Jogos Olímpicos deixou­ ‑me um pouco “abananada”. Não sei se volto a investir noutro ciclo [de preparação e apuramento para Tóquio 2020].

Tem-se mantido quase sempre na categoria de 63 Kgs, embora já tenha experimentado a de 70 Kgs. A gestão do peso representa mais uma dificuldade a somar a todas as outras?

Deve ser o pior do judo. O que cansa mais nesta modalidade é a gestão do peso. Treinamos e competimos muito. Desidratamos imenso. Te-

mos fome. Só que depois há um regime alimentar rigoroso. Por mais anos que pratique não me habituo a esta ditadura.

Há ainda as lesões. A praticar judo desde os 6 anos, as articulações devem estar sofridas.

Um pouco, um pouco. É um bocado irónico, mas não me lembro de nenhum desporto de alta competição que seja saudável. É aqui que entra o gosto pela medicina e o curso superior?

Sim. Queria ortopedia, só que quando fiz o estágio não correspondeu nada às minhas expectativas.

E eu que estudei tanto para aquilo!

Mas houve outras áreas que me surpreenderam. Pediatria e medicina geral e familiar fazem-me lidar com pessoas, algo de que sempre gostei, e não são tão rotineiras, coisa de que nunca gostei.

Dietas inflexíveis, controlo déspota do peso e um sem-número de metodologias repetitivas no

quotidiano de um atleta de alta competição. É muita rotina. Deve ser um pesadelo para a judoca Ana Cachola.

[Risos] É muita paixão ao judo e uma condição para conseguirmos competir ao melhor nível. É muito competitiva?

Muito, mas não conheço um judoca que não seja. Perder é um bocado ferir o orgulho. O corpo e a mente saem derrotados depois de tanto esforço.

Combateu nos quatro cantos do mundo. O judo deve definir a sua vida e personalidade. O sacrifício é uma constante neste trajeto?

O judo é uma parte muito importante de mim. Tanto no crescimento, como no amadurecimento, passando até pelas pessoas que conheci. Também me levou pelo mundo fora, mas, para falar a verdade, praticamente só conheço aeroportos, hotéis e pavilhões. Os sacrifícios custam, mas são escolhas.

Fui eu quem escolheu o judo em vez

de fins de semana em família ou das férias com os meus pais.

As medalhas compensam essas opções?

Tudo começa pelo prazer em praticar este desporto. Claro, os desafios dão outra cor e gosto de ganhar medalhas. Lembro com carinho as primeiras em cada competição.

O primeiro título nacional sénior, por exemplo, deu-me muito gozo.

Ainda era júnior, uma miúda, e eliminei na meia-final a Andreia Cavalleri, atleta em grande destaque e que admirava muito.

Pressão no desporto e curso de medicina, com um nível de exigência elevado. Lida bem com a pressão?

Muito bem, mas este ano que passou deve ter sido dos mais difíceis da minha vida. Fazer o sexto ano significou estar no hospital em estágio em Lisboa, estudar à tarde, treinar a seguir em Setúbal, para depois voltar a estudar. Dormia três ou quatro horas por noite.

É uma licenciatura que vale ouro?

Para mim, vale, sim. Nunca tive a compreensão dos professores, mesmo sendo atleta de alta competição. Achavam horrível a dedicação ao desporto. Muita gente vê nos atletas uns coitados que não sabem fazer outra coisa. Não podia ser mais falso. O desporto é essencial e desenvolve-nos como indivíduos.

Vale a pena perguntar por passatempos?

Até vale. Adoro teatro e cinema.

Gosto da beira-mar e de passear de carro sem destino.

O judo é uma arte marcial pacifista, mas uma forma de combate, ainda assim. Alguma vez aplicou um golpe fora do tatami?

Por acaso, não. Tenho uma amiga que sim... e foi eficaz. Também nunca me interessei por outras artes marciais. Não sei nada de karaté, UFC ou boxe. Isso é um bocado violento. Não gosto e nem sei dar socos ou pontapés.

retratos

26SETÚBALabril|maio|junho16

No ar, paira um aroma agradável a legumes, a fruta madura e a flores. À vista, salta o contraste dos tons de verde. É uma horta, mas comunitária.

De mãos dadas com a natureza, três hortelões fazem nascer legumes que alimentam famílias com poucos recursos económicos. Tudo biológico, tudo saudável

Horta social dá frutos António Joaquim, um reformado de 64 anos, vai saltitando de nicho em nicho da pequena horta quadrangular, com alguns metros quadrados de área, que, em tempos, funcionou como viveiro da Câmara Municipal de Setúbal. “Alfaces, abóbora, tomate…”

Os produtos hortícolas que nascem no terreno da autarquia, cedido ao São Domingos Futebol Clube em 2014, responsável pela exploração da horta, são depois fornecidos, gratuitamente, ao Centro Social e Paroquial de São Sebastião – Centro Comunitário.

“Couves veem-se imensas. Aqui está uma couve-galega”, mostra António.

“Está ali um tomate maravilhoso. E temos mais umas plantações, em que já vão crescendo feijão, pepinos, curgetes.”

Apesar de uma horta cobrar muita dedicação e esforço físico, principalmente quando se prepara o terreno, a recompensa com os legumes a crescer e a ganhar vida é grande.

Além da ajuda ao Centro Social e Paroquial de São Sebastião que representa e da vantagem de estar a consumir hortícolas tratados com produtos não agressivos, Francisco Simões, outro hortelão, salienta os

benefícios do projeto em termos de lazer, descontração e convivência.

“Sinto-me calmo aqui, ocupado, distraído”, adianta, para realçar que o contacto com a natureza e com os colegas “ajuda a sair do café”.

Mãos à obra Situada num espaço junto da Avenida Jaime Cortesão, a horta comunitária foi criada com o objetivo de revitalizar uma área sem uso, além de promover e incentivar as atividades de horticultura em modo biológico.

Em complemento, os utentes em situações económicas mais desfavorecidas do Centro Social e Paroquial de São Sebastião beneficiam deste projeto que rentabiliza um espaço com condições para a produção de hortícolas, dotado de uma área de estufa, e que, numa fase inicial, servia apenas para atividades lúdicas e educativas de crianças das escolas do concelho.

Na envolvente da horta, o São Domingos Futebol Clube usufrui de zona para arrumos, igualmente cedida pela Câmara Municipal, o mesmo sucedendo com a Associação José Afonso, a Artiset e o Centro de Estudos Bocageanos, nestes casos

como complemento dos espaços de que dispõem como utilizadores da Casa da Cultura.

Miguel Aleixo, do São Domingos, que atualmente faz a ponte entre serviços camarários e hortelões, fornecendo-lhes apoio técnico sempre que solicitado, não tem dúvidas de que este “é um projeto com pernas para andar”.

Maria José trabalha na horta juntamente com o marido, Francisco, e com António Joaquim. “Vamos começar por tirar estas folhas velhas”, diz um deles. “Olhem para isto! Os caracóis andam aí. As folhas das alfaces estão todas picadas.”

Cabaz ajuda famílias O escoamento dos produtos nem sempre foi fácil e, por isso, a vizinhança levava muita coisa para casa. Elisabete, 72 anos, reformada, é uma moradoras que dispõem de vista privilegiada para a horta comunitária e que usufrui de alguns dos produtos. “Isto era um matagal que ficou muito bonito. Agora dá prazer vir à janela.”

Munidos de sachos, alicates, tesouras, facas e pás, Maria, António e Francisco vão à horta diariamente.

“Ao fim de semana trazemos para cá os netos. Ficam todos contentes”, refere António.

O hortelão cresceu no campo e está, por isso, à vontade com este desafio.

“O terreno é pequeno. Basta fazer um bocadinho para dar fruto”, explica.

A maioria da produção tem como destino final a mesa de setenta famílias auxiliadas pelo Centro Social e Paroquial de São Sebastião. Chegam ao prato em guisados, sopas e saladas.

Complemento importante Desde o início do ano, entre uma a três vezes por mês, Ana Bordeira e Paula Capitão, assistentes sociais, deslocam-se à horta com grades de plástico para recolher os vegetais.

Embora a produção não seja suficiente para largar as compras nos supermercados, ajuda o trabalho da instituição. “Inicialmente só tínhamos produtos embalados. Esta parceria foi uma ótima ideia”, sintetiza Ana Bordeira.

Ana refere-se ao sistema de “cinquenta, cinquenta”: o centro comunitário compra as sementes, o São Domingos encarrega-se da mão de obra.

Há cultivos de alface, curgete, tomate, pepino, abóbora, feijão-verde, repolho e couve, em particular galega, não faltando ainda árvores de fruto e até videiras de moscatel.

O aproveitamento da água da chuva também não é esquecido, graças aos reservatórios instalados.

Esta forma de agricultura caracteriza-se pela produção de alimentos de qualidade, saudáveis, ao mesmo tempo que promove práticas ambientalmente sustentáveis.

Pesticidas são proibidos, tal como adubos químicos de síntese e organismos geneticamente modificados.

Há produtos e técnicas aceites como mecanismos de defesa das culturas.

Maria José, Francisco e António têm de saber informações úteis sobre “doenças” que podem aparecer na horta e os métodos mais eficazes e ecologicamente inofensivos de as combater.

O balanço do projeto é simples: aproveitar um terreno camarário sem utilização, mantê-lo limpo e dar-lhe uma função ambiental e social útil.

A próxima colheita já está agendada. “É com morangos e feijão-verde”, anuncia, satisfeito, Miguel.

27SETÚBALabril|maio|junho16

rosto Duas paixões no horizonte Músico, escritor e promotor da criatividade, é assim que Salvador Peres, 62 anos, se autorretrata.

“Se pudesse viver só da arte, era isso que fazia”, garante o fundador do Synapsis, que mantém uma atividade profissional de muitos anos na EDP, onde já foi diretor de Comunicação e é, atualmente, secretário­ ‑geral da Fundação EDP. Toca guitarra clássica e fundou os grupos musicais In Situ, que já não existe, e ­e-Vox, ainda no ativo. Na vertente da escrita, tem três ­livros publicados e prepara-se para lançar mais dois.

Além do amor pela arte, tem outra grande paixão, a cidade que o viu nascer. “Trabalho em Lisboa há muitos anos, mas nunca quis deixar a minha cidade. Setúbal é um cantinho extraordinário e o que me move é o amor pela minha cidade.”

A arte da informalidade O Synapsis surge de uma história com muitos anos e de uma brincadeira de amigos que têm em comum o amor pela arte e por Setúbal. O músico e escritor Salvador Peres, os pintores Eduardo Carqueijeiro e Nuno David e os fotógrafos Carlos Medeiros e António Manuel Santos juntavam-se sempre que podiam, desde os anos 80, para desenvolver atividades ligadas às suas expressões artísticas.

“Começou por ser uma brincadeira de amigos, mas tornou-se habitual e muito consistente. No entanto, nunca pensámos em formar um grupo organizado.

Fomos sempre muito solidários uns com os outros, mas numa perspetiva informal e despojada, sem a obrigação de termos uma associação”, conta Salvador Peres, que assume as funções de coordenador do Synapsis, ainda que faça questão de esclarecer que a associação não tem órgãos sociais. “Todos podem dar ideias e tomar decisões, mas digamos que tem de haver uma pessoa que liga as pontas e essa pessoa sou eu.”

Em abril de 2010, os amigos de sempre reuniram-se, finalmente, para criar

um projeto “muito diferente”. “Somos um grupo com o máximo de informalidade e o máximo de responsabilidade. Não somos uma associação, não temos sede, não ­temos estatutos e não temos quotas.

Também não aceitamos patrocínios, nem subsídios. Apenas agradecemos apoio logístico”, esclarece.

Sem sede, mas com uma grande vontade de trabalhar e oferecer cultura à cidade, o Synapsis pediu ajuda ao Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, com o qual tem uma parceria desde o início, que tem permitido a realização de diversos eventos.

Atualmente, o Synapsis é constituído por 22 pessoas, todos artistas das mais diversas áreas, interessados em partilhar a sua criatividade e o seu conhecimento e, com isso, “contribuir para o crescimento e consolidação da cultura na cidade de Setúbal”. Ao longo dos anos, a “grande solidariedade e amizade” entre eles tem permitido a realização de eventos caracterizados pela multidisciplinaridade e no prosseguimento do objetivo de “oferecer cultura com qualidade e muito participada”.

Além disso, o Synapsis pretende apoiar os artistas, membros ou não do grupo, a divulgarem a sua obra. “Estamos sempre disponíveis para ajudar a mostrar a arte das pessoas, porque é muito importante que consigam desenvolver a veia artística, mas também partilhá-la com todos”, acentua Salvador Peres.

Seis anos trabalhosos Ao longo dos seis anos de existência, o Synapsis já realizou mais de 140 eventos, entre os quais os serões “Sextas de Arte e Ciência”, que decorrem no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal. São palestras em que especialistas em diversos temas, sejam da área cultural, científica, política, social, entre outros, são convidados a partilharem os seus conhecimentos.

Estes eventos são pontuados com serões de poesia e eventos musicais. De salientar, no ano passado, a realização dos serões “Fotografia à Sexta”, nos quais vários fotógrafos foram convidados a falar sobre a sua visão da fotogra-

fia, a que se seguiram outros dedicados à pintura, com o mesmo objetivo.

O Synapsis também desenvolve atividades ligadas à natureza, como caminhadas pela Serra da Arrábida e pelo Estuário do Sado, conduzidas por Nuno David, nas quais já participaram centenas de pessoas.

O grupo está ainda a preparar alguns eventos de monta para este ano, como um concerto sobre Sebastião da Gama do grupo e-Vox, do qual Salvador Peres faz parte, a realizar em outubro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Em dezembro, o Synapsis apoia uma grande exposição retrospetiva de Nuno David para comemorar os quarenta anos de carreira do pintor, a ter lugar na Casa da Baía.

O grupo tem ainda o sonho de organizar, no próximo ano, um grande evento multidisciplinar a decorrer em vários dias.

“Estamos a pensar nisso. Só precisamos de um espaço para desenvolver as atividades, que passam por várias expressões artís­ ticas. É uma espécie de Semana Synapsis”, adianta Salvador P ­ eres.

iniciativa

O amor pela arte e pela cidade de Setúbal uniu um grupo de amigos, nos anos 80, e levou-os a criar, em 2010, uma associação. O objetivo é partilhar com os setubalenses as mais diversas expressões artísticas

plano seguinte

28SETÚBALabril|maio|junho16

Setúbal e Troia estão, entre 19 e 24 de setembro, no epicentro da indústria mundial de animação e efeitos especiais ligados aos videojogos e cinema.

Artistas e especialistas mundiais de arte para a indústria de entretenimento digital partilham criatividade no THU – Trojan Horse Was a Unicorn

Criadores partilham animação Mais de sete centenas de artistas e especialistas de arte para a indústria de entretenimento digital marcam presença na quarta edição do THU – Trojan Horse Was a Unicorn, um dos maiores eventos mundiais na área da animação digital e dos efeitos especiais, dos videojogos ao cinema, passando pelo 3D. O evento, a realizar entre 19 e 24 de setembro, entre Troia e Setúbal, é um ponto de encontro para artistas de vários países, que, durante uma semana, partilham criatividade no encontro impulsionado pelo setubalense André Luís Lourenço e por

Scott Ross, referência nos efeitos especiais da indústria cinematográfica de Hollywood.

Um dos objetivos do THU é também potenciar o desenvolvimento da indústria criativa em Portugal.

Para isso, a organização avança, já este ano, com um programa direcionado para as escolas, que dá a conhecer, desde cedo e sem complexos, as várias áreas do trabalho criativo.

O THU, evento ao qual a Câmara Municipal de Setúbal se associa com maior intensidade nesta edição, tem um orçamento a rondar

os 1,2 milhões de euros. Estão confirmadas sete centenas de participantes nas várias atividades, bem como mais de meia centena de oradores, grupo que inclui quatro detentores de óscares da Academia de Hollywood.

O evento não se limita ao espaço físico. No THU são esperados cinco mil espetadores online e o envolvimento de 73 países.

Conferências, oficinas de arte e encontros profissionais entre técnicos e diretores artísticos ligados às maiores produtoras mundiais de filmes e jogos fazem parte do

evento, que contou, no ano passado, com oitocentos profissionais da indústria da animação digital, de mais de cinquenta países.

Iain Mccaig, ligado ao universo da saga Star Wars, Shane Mahan, dono da Legacy FX, e Robh Ruppel, dos videojogos Naughty Dog, foram algumas das individualidades que marcaram presença em 2015, a par de Scott Ross, embaixador do festival com génese em 2013 e que também integra a organização.

A juntar a conferências, workshops e concursos nas mais variadas áreas criativas, uma das novida-

des deste ano é a dinamização de um food court. A ideia é promover a gastronomia local, com produtos adquiridos no Mercado do Livramento, e partilhá-la com o mundo num registo audiovisual.

A edição 2016 do Trojan Horse Was a Unicorn já tem bilhetes esgotados para os seis dias.

No entanto, a organização, através do sítio oficial do evento, acessível em www.trojan-unicorn.com, disponibiliza uma lista de espera na qual os interessados são informados da abertura de vagas em caso de desistências.

Cinema em curso

Cidade do desporto inspira Sant’Iago Dezenas de expositores, espaços de restauração, muita diversão e espetáculos todas as noites, entre outras atividades, compõem a edição 2016 da Feira de Sant’Iago, entre 29 de julho e 7 de agosto, o maior certame a sul do Tejo.

O tema desta edição, “Setúbal Cidade Europeia do Desporto 2016”, inspira uma exposição que é parti-

lhada com o público, ao longo dos dez dias do certame, que se realiza, como habitualmente, no Parque Sant’Iago, nas Manteigadas.

Mais informações sobre a Feira de Sant’Iago 2016, organizada pela autarquia e que, só no ano passado, recebeu mais de 300 mil visitantes, são disponibilizadas em www.face book.com/feiradesantiagooficial.

“Tudo Começou no Mudo” dá título ao II Curso de Iniciação Cinematográfica conduzido pelo cineasta e crítico de cinema Lauro António, entre os dias 20 e 24 de julho, na sala multiusos do Fórum Municipal Luísa Todi.

O curso, com sessões diárias de duas horas, sempre com início às 18h00, procura revelar a riqueza do cinema mudo, onde tudo começou e de uma forma criativa, correspondente às três primeiras décadas da história cinematográfica.

Vanguardas e classicismo, experimentalismo e industrialização, total liberdade criativa e “star system” são algumas das linguagens abordadas no curso, com exemplos de obras marcantes, de participação gratuita mediante inscrição, para um máximo de quarenta pessoas.

Volta a Portugal está de regresso A penúltima etapa da 78.ª Volta a Portugal em Bicicleta decide-se em Setúbal, a 6 de agosto, com a prova nacional, integrada no calendário de eventos da Cidade Europeia do Desporto, a regressar à urbe sadina 42 anos depois.

A prova de ciclismo regressa este ano ao sul do país, com a meta da penúltima etapa na Avenida Luísa

Todi para finalizar um percurso de cerca de 180 quilómetros iniciado em Alcácer do Sal e que, entre outras localidades, passa por Palmela.

Depois de uma primeira passagem por Setúbal, a prova segue para Azeitão, com os últimos quilómetros da etapa percorridos na Serra da Arrábida, na qual é disputada o “Prémio de Montanha”.