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sumário sumário sumário sumário sumário

2. Rupaul’s Drag Race 4. Mês do Orgulho LGBTQ+ 6. A cozinha mal assombrada do futuro 10. Gigi Goode 12. 4 anos sem Bowie 14. Por que a série The Handmaid’s Tale é relevante para os dias de hoje 16. Future Nostalgia


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O fenômeno Rupaul não é de hoje E continuará no topo por ainda muito tempo!

O

reino de RuPaul’s Drag Race construído em torno do reinado de RuPaul como supermodelo do mundo está a caminho de uma potencial expansão.

Em uma nova entrevista para a revista EW sobre a 5ª edição de RuPauls Drag Race All-Stars, os produtores executivos e co-criadores da série Randy Barbato e Fenton Bailey revelaram que a presença internacional da marca global vai evoluir ainda mais.

“Estamos falando de mais territórios para as versões originais de Drag Race”, disse Fenton Bailey, acrescentando que existem “três ou quatro em andamento no momento”, além dos derivados atuais na América do Sul, Tailândia, Grã-Bretanha, Canadá e Austrália. Randy Barbato disse que a empresa de produção da franquia, World of Wonder, também está considerando temporadas futuras de RuPaul’s Secret Celebrity Drag Race, que estreou seus primeiros quatro episódios como uma série de eventos especiais no início deste ano, e acompanhou os concorrentes anteriores enquanto transformavam rostos famosos em super queens. “Sentimos que é um novo bebê”, explica Barbato. “Acho que as pessoas entenderam e gostaram, e isso ajudou a comunicar ainda mais a grande ideia de que você nasce nu e o resto é uma chatice, e esperamos produzir mais.” Refletindo sobre o passado da série, Fenton Bailey revela que a “coisa mais louca” já lançada para a franquia foi a “ideia de um parque temático de Drag Race”. Mais realista, no entanto, Barbato diz que não se importaria em desenvolver “um cassino de Drag Race em Las Vegas” para acompanhar o Drag Race Live!, show de residência inaugurado em janeiro no histórico Flamingo resort da cidade. “O coronavírus fez uma pausa nas coisas por lá, mas estamos empolgados com seu retorno”, explica Bailey sobre a produção adiada, que incorpora um elenco de ex-queens de RuPaul’s Drag Race – incluindo Asia O’Hara, Derrick Barry, Kameron Michaels, Naomi Smalls, Vanessa “Vanjie” Matteo e Yvie Oddly

pela narrativa musical dirigida por RuPaul e Jamal Sims. As temporadas de RuPaul’s Drag Race estão disponíveis na Netflix.

da água ao vinho ...ou quase isso A quinta temporada de Rupaul’s Drag Race All Stars já estreiou e promete muitas evoluções, intrigas e até mesmo decepções. Nessa nova edição, Mama Ru decide reviver rainhas old school - há uma variedade de drags desde a primeira até a décima temporada do programa. Muitos dos fãs se animaram desde foi anunciado o mais novo elenco, principalmente tendo nele drag queens como Ongina e Jujubee. A primeira eliminada foi ninguém mais, ninguém menos do que nossa amada/ odiada Derick Barry... oops she did it again!

Mas apesar de breve, a participação da mais conhecida sósia de Britney Spears foi marcada por momentos ácidos entre a cover e a queen India Ferrah, que resolveram lavar roupa suja já no primeiro dia de programa - tornando a estreia ainda mais instigante de se ver. E como pouco desgraça para Derick é sem graça, sua eliminação que já deveria ser humilhante o suficiente por ser a primeira da temporada, ainda aconteceu porque sua inimiga venceu o desafio da semana e ainda a mandou embora. Com as novas regras do jogo, a ganhadora do lipsync foi quem eliminou a queen daquela primeira semana, ou seja, foi a decisão das safes que mandou Derick embora, nem foi a India. Mas de qualquer forma, no próximo episódio, India revelou que sua escolha para ir para casa teria sido Derick também. Bom, Deus tem seus preferidos mesmo né.

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Você lembra delas? E esse elenco perrrrrfeito? Você lembra de todas as queens e quais temporadas elas estavam? Estamos ansiosos para comparar a evolução de desempenho em cada novo episódio. Não esqueça de assistir toda sexta-feira às 21h a nova temporada de All Stars.

Blair St. Clair Temporada 10

She Coulée Temporada 9

India Ferrah Temporada 2

Derick Barry Temporada 8


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to

proud

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O mês do orgulho LGBTQIA+ Todo ano, durante o mês de junho (escolhido porque marca a rebelião de Stonewall em 1969, que deu início ao dia do orgulho LGBTQ+), a comunidade celebra o #Orgulho de várias maneiras diferentes. O marco do movimento de liberação gay e ativismo deve mesmo ser mais celebrado do que nunca: numa época em que os direitos conquistados a tanto suor e sangue estão cada vez ameaçados, é preciso lembrar ao mundo que inclusão é o único caminho para um futuro melhor. Vários eventos são realizados em todo o mundo durante o mês como forma de reconhecer a influência que as pessoas LGBTQ+ tiveram ao longo da história. Além de ser uma celebração de um mês repleta de eventos, o Pride é uma oportunidade para protestar pacificamente e aumentar a conscientização política sobre os problemas atuais da comunidade e além. Infelizmente, a perseguição, discriminação e as violências contra pessoas por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero – real ou percebida – não acabou. No relatório “Making love a crime”, a Anistia Internacional mostra que em 38 países da África, a homossexualidade é criminalizada por lei, e ao longo da última década houve diversas tentativas de tornar estas leis ainda mais severas. Ativistas pelos direitos LGBTI em Uganda ainda estão lutando contra a tentativa de aprovação da chamada “Lei Anti-Homossexualidade”, que propõe até mesmo a pena de morte para o crime de “homossexualidade agravada”, e que criminaliza qualquer um que não denuncie pessoas “envolvidas na homossexualidade”. Propostas similares foram aprovadas em países como o Sudão do Sul, Burundi, Nigéria, Libéria, Mauritânia e Somália nos últimos anos.

Violência no Brasil Em 2012, o Grupo Gay da Bahia relatou 338 homicídios de gays, travestis e lésbicas, o que corresponde a um assassinato sassinato a cada 26 horas, causados por ódio a homossexuais e pessoas trans. O trabalho incansável de ativistas desta organização, combinado com a crescente cobrança do movimento LGBTI brasileiro, e em resposta à crescente pressão popular para que estes crimes fossem adequadamente apurados e investigados, a SDH instalou uma central para recebimento de denúncias de violações de direitos humanos da população LGBTI.


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A cozinha mal assombrada do futuro O local abandonado em San Francisco antes da pandemia que hoje é a cara dos nossos futuros restaurantes.

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ast fall, walking down Mission Street, in San Francisco, I noticed a new addition to an otherwise unremarkable parking lot at the base of Bernal Heights Hill: a large, white trailer, about the size of three parking spaces, plastered with a banner that read “food pick up here.” On one side was a list of restaurant brands with names and logos that seemed algorithmically generated: WokTalk, Burger Bytes, Fork and Ladle, Umami, American Eclectic Burger, Wings & Things. The trailer was hooked up to a generator, which was positioned behind two portable toilets; it occupied parking spots once reserved for Maven, an hourly-car-rental startup, funded by General Motors and marketed to gig-economy workers. (G.M. shut down Maven in April.) Through a small window cut into the side, I could see two men moving around what appeared to be a kitchen. The generator hummed; the air carried the comforting smell of fryer oil; the toilets were padlocked. One of the men came to the window and apologized: I couldn’t order food directly, he told me—I would have to order through the apps. The trailer, along with a few others in San Francisco, is operated by Reef Technology, a startup based in Miami. According to marketing materials, Reef creates “thriving hubs for the on-demand economy” by “reimagining the common parking lot.” By bringing in utilities like electricity, gas, and water, and setting up “proprietary containers,” the company hopes to turn parking lots into reconfigurable community hubs. Lots might be “formatted” to include mobile kitchens, beer gardens, retail pop-ups, vertical farms, auto-body shops, medical services, rental stations for electric vehicles, and so on. “We have these pods, which arguably are not pretty, but they’re functional. They can support any kind of application,” Ari Ojalvo, the C.E.O. of Reef, told me. “If you want to put a grocery store in there, put a grocery store in there. Laundry, put laundry.” Ojalvo compares his company to Apple: just as the App Store allows developers to create and sell iOS-based tools and services, so Reef provides infrastructure for parking-based businesses. “Apple uses connectivity as a platform; we use proximity as a platform. We allow third-party applications to stand on this proximity platform and get closer to consumers,” he said. Ojalvo and one of his three co-founders, Umut Tekin, met as undergraduates at Northwestern University, in the late nineteen-nineties. After graduation, both worked as management consultants: Tekin in technology, and

Ojalvo focused on supply-chain optimization. They started their company in 2013, in Miami, under the name ParkJockey, and initially offered an app for reserving parking spaces in advance, which launched the following year in London and Chicago. The app included a back-end service for parking operators, and the company continued to build out its garage-management software. In 2018, ParkJockey raised nearly a billion dollars from SoftBank Vision Fund, and acquired the two largest parking operators in North America, Impark and Citizens Parking. In the trade publication Parking Today, publisher John Van Horn speculated about the repercussions of ParkJockey’s ascent. “I have received a number of calls from operators across the fruited plain asking about ParkJockey,” Van Horn wrote. “Who are they? What does their software do? Yikes, are we prey?” Shortly after the acquisitions, the company changed its name to Reef,


BOO BOO BOO BOO BOO BOO BO BOO BOO BOO BOO BOO BOO BO to evoke a thriving ecosystem. It now manages 1.3 million parking spaces in forty-five hundred locations—city centers and residential neighborhoods, as well as airports, hospitals, stadiums, and hotels—in Canada and the United States. (Tekin left the company in 2019.) In the past, Reef has pitched

Ilustração: James Clapham

itself as anticipating a world in which autonomous cars are the norm, and fleets of self-driving ride-share vehicles make parking mostly obsolete. In such a world, parking lots would have to be repurposed. Over the past two years, though, the company’s narrative has changed somewhat: Reef’s executives now emphasize their work in “creating the next phase of a neighborhood” by forming local logistics and mobility hubs. This year, Reef launched a partnership with Bond, a logistics startup that operates “nano-warehouses”: fulfillment centers, often in vacant storefronts, that can be used for last-mile delivery. City-dwellers may someday pick up their Amazon packages and clamshell-carton dinners in a parking lot or empty retail space, like college students dipping into the campus center before retreating back to the dorms. For now, though, Reef is focussing on food preparation as a test case—a proof of concept for other sorts of

“applications” that might make sense in some later, future time. Food prep is a sensible first experiment for Reef’s modular approach to repurposing parking lots: over the past few years, delivery has been on the upswing, and delivery-only kitchens—referred to as “ghost kitchens” or “dark kitchens”—are having a moment. Reef operates kitchens across eighteen cities in the United States, in seventy-odd parking lots. In the trailer on Mission Street, meals from all six of the advertised restaurants are prepared on site—the culinary equivalent of a multicolor retractable pen. The restaurants are “internal” to Reef: designed and staffed by its employees, with menus developed by a culinary team that includes former executives from Roti Modern Mediterranean, Potbelly, and Jamba Juice. The menus lean toward comfort food, and are a little arbitrary. Wings & Things offers mozzarella sticks, chicken tenders, cronuts (“dusted with cinnamon maple sugar and served with a side of Canadian Maple dipping sauce”), Skittles, Red Bull, and two kinds of Greek-yogurt bowls. Currently, the food offered by Reef’s internal brands comes from U.S. Foods, an international, private-equity-owned institutional food distributor that works with colleges, hotels, and hospitals, and is a wholesale supplier for independent restaurants and diners. In San Francisco, the menu items are delivered to a central commissary in the Bayview area, and come individually wrapped; precise assembly instructions are provided to line cooks. Every night, Reef’s trailers, which are managed under a subsidiary, Vessel CA, return to the commissary, where the gray-water tanks are drained, the potable-water tanks are refilled, and the refrigerators are restocked. Reef has ambitions to offer fresher, more sophisticated fare, eventually. But, for now, customers may find themselves paying a premium for meals similar to those found at a fast-food restaurant, or in a supermarket freezer. T he ghost kitchen is an increasingly crowded space. In addition to Reef, there are Zuul and Kitchen United in the United States, Deliveroo in London and Paris, and Panda Selected in China. CloudKitchens, the new venture run by Travis Kalanick’s City Storage Systems, buys real estate, brings in kitchen facilities, and leases them to chefs and small-business owners, most of whom do not have other brick-and-mortar spaces. Ojalvo cites his own experience in the restaurant industry (as a partner, he worked on the expansion of Sushi Samba, a Peruvian, Japanese, and Brazilian fusion-restaurant chain with locations in Las Vegas and Amsterdam) to note that opening a brick-and-mortar restaurant is high-risk and expensive, whereas ghost kitchens are lower-risk, offering a more affordable way for entrepreneurs to enter the business. In most cities, opening a brick-and-mortar restaurant requires a gauntlet of permits and inspections; res-


tinar p. 8 taurateurs waiting on permits might find themselves paying months of rent for space they aren’t yet allowed to use. Reef’s kitchens are registered as mobile food facilities, which tend to have fewer permitting requirements. Like the trailers themselves, the business details are configurable: Reef offers flexible staffing arrangements and short-term leases. Like Reef, many of the brands operated by CloudKitchens and the like are “virtual.” The branding and food are real, but the restaurants do not exist elsewhere in the physical world; consumers, presumably, are none the wiser. Uber Eats, which delivers from Reef and CloudKitchens, among others, has facilitated seven thousand virtual restaurants, more than four thousand of which are in North America. Using data from in-app searches, Uber Eats identifies opportunities for certain cuisines in various neighborhoods, then approaches existing brick-and-mortar restaurateurs to pitch them the idea of launching a virtual restaurant. “Virtual restaurants are meant to be a demand-generation tool for our restaurant partners,” Kristen Adamowski, the virtual-restaurants lead at Uber Eats, said. “We partner with a restaurant to spin up virtual restaurants, to fulfill that cuisine gap. We’ll provide the high-level cuisine insight. And then we take it one step further, and provide a list of menu items within that cuisine type that are also in high demand. So we provide that granular menu-level insight.” In the Mission, an outpost of Top Round Roast Beef, a small, national, fast-casual chain restaurant, dedicates part of its kitchen to three delivery-only brands that exist solely on Uber Eats: Red Ribbon Fried Chicken, TR Burgers and Wings, and Ice Cream Custard. In New York, the kitchen of Wok Wok, a Thai restaurant in Chinatown, operates multiple spinoff brands, all seemingly search-engine optimized: Thai Ai Ai, Panang Panang! Thai Curry, and Fire Ass Thai. Chuck E. Cheese, a family restaurant chain with on-site arcades and a friendly rat mascot, recently launched its own virtual restaurant brand, Pasqually’s Pizza & Wings, to reach a broader customer base during the pandemic. (The parent company recently declared bankruptcy due to pandemic-related closures.) In May, NRD Capital, the private-equity firm that owns Ruby Tuesday, announced a “host kitchen” initiative, in which existing restaurants will lease kitchen space to third-party brands for delivery; a variation on this is already employed by Wow Bao, a fast-casual chain selling dumplings and steamed buns, which rents kitchen space—and labor—from existing brick-and-mortar restaurants to expand its delivery footprint. Some restaurant owners operate ten virtual brands from a single kitchen. In February, when the New York City Council held an oversight hearing on the impact of ghost kitchens on local businesses, Matt Newberg, an entrepreneur and inde-

pendent journalist, testified that he had visited a CloudKitchens commissary in Los Angeles where twenty-seven kitchens, occupying eleven thousand square feet, operated a hundred and fifteen restaurants on delivery platforms. Newberg posted a video online, which depicted line cooks packed into a windowless warehouse, yelling over the sounds of tablets and phones chiming with order alerts. For the people working in ghost kitchens, there is nothing spectral about this environment. As in most restaurants, the apparition is for customers; the ghosts are the workers themselves. The logic of food-delivery platforms is the logic of the digital marketplace. Just as there might be four different Amazon listings, under four different brand names, for the same USB cable, a sandwich produced in a ghost kitchen might appear on multiple menus with different names. Virtual restaurant brands often have eye-catching and pun-soaked names, and some seem ripped from a short story by Lorrie Moore: Á La Couch, Endless Pastabilities, Mac to the Future, Bad Mutha Clucka. Like many menu items—“Are You Stroganoff for This?,” “Are You Alfredo of the Dark”—the names might be strange, possibly off-putting, from the sidewalk. They are natural to the Internet, where language is informal and conversational, prone to wordplay and punning. Unlike a neighborhood restaurant with a ten-year lease, digital brands are not necessarily angling for timelessness and longevity. There is also the opportunity for informal A/B testing: restaurant operators can change and update restaurant names, logos, menu items, and menu photography at their own discretion. Like any platform, food-delivery apps have their own content-moderation problems. Earlier this year, Pim Techamuanvivit, the owner of Kin Khao, a stylish, Michelin-starred Thai restaurant in downtown San Francisco, learned that her restaurant had been listed on Grubhub’s delivery platforms without her consent, and deliveries were being made from an imposter kitchen. That kitchen—Happy Khao Thai—was a Reef brand. Grubhub claimed that its software had accidentally merged the two restaurants, combining Kin Khao’s branding and contact information with Happy Khao Thai’s menu, but the incident pointed to a power imbalance between restaurateurs and delivery platforms, many of which list restaurants on their apps without permission or consultation. A recent Buzzfeed article detailed Grubhub’s practice of listing forwarding numbers for restaurants, then charging those restaurants referral fees, even when the calls did not result in an order.

Anna Wiener Junho, 2020



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gigi goode

how good is she tho? Merecidamente aclamada, a drag queen Gigi Goode já iniciou a décima segunda temporada de Rupaul’s Drag Race sendo fan favorite e mostrando que seria bem mais do que uma fashion queen da temporada. Com grande desempenho desde o primeiro episódio, as concorrentes já sabiam que ela alguém pra se manter o olho.

Perto da perfeição. Essas foram as palavras que Rupaul - a maior drag queen do universo - usou para descrever Gigi Goode de apenas 22 anos. Nascida e morando atualmente em Los Angeles, Gigi Goode teve sua primeira aparição no reality show na sua décima segunda temporada e já chegou com a impressão de “ah, apenas mais uma drag nova que sabe se vestir e não vai entregar nada mais do que looks.” Bom, isso já foi refutado logo no primeiro episódio, no qual Gigi ficou em segundo lugar, perdendo o lipsync para Widow que recebeu a primeira vitória da temporada. A partir desse momento as outras participantes já olhavam Gigi com outros olhos, assim como ela realmente era: uma ameaça e capaz de conquistar a coroa.

Seu real nome é Samuel Steven Geggie. Samuel sempre teve um ótimo relacionamento com sua família e principalmente sua mãe, que inclusive é quem costura as roupas que são criação de Gigi, a drag afirmou logo no primeiro episódio da temporada. Gigi falou sobre como sempre teve o apoio familiar e como ela se sente grata por isso. Ela teve contato com o mundo LGBT quando seu tio conversou com Samuel ainda quando ele era pequeno sobre isso. O fato da família de Gigi ser tão aberta a conversa e sem preconceitos revela muito sobre o fato de Samuel ter crescido e se tornado um ser humano tão confiante e bem sucedido na sua carreira como drag queen - e seria também em qualquer outra carreira que escolhesse. Isso mostra muito sobre a criação e como limitar uma criança é impedir ela de se tornar

“I think that I’m both… and I’m neither.”

Um dos desafios mais difíceis que todas as participantes querem vencer em literalmente todas as temporadas é o Snatch Game, onde você precisa fazer a imitação de alguma celebridade e responder perguntas de uma forma cômica que faça os convidados especiais e principalmente o apresentador, Rupaul, rir muito. Quando Rupaul vai a cada estação de maquiagem perguntar para as queens quais personagens elas irão interpretar é de prache que algumas Rupaul vai pegar pela mãozinha e falar: isso não vai rolar. E bom, isso aconteceu com Gigi. E pior: ela retrucou, ela insistiu, ela manteve sua escolha apesar do toque que mamãe deu nela. Nesse momento que o público começou a pensar: pronto, tá aí, chegou o momento do nosso prodígio decair. Gigi Goode venceu a décima primeira edição do Snatch Game interpretando a Robô Maria. Simplesmente assim. Se ela já era vista como uma ameaça, a partir desse momento todos sabiam com quem estavam lidando e gostariam de derruba-la a qualquer custo. Houveram altos e baixos sim, mas isso sempre era recompensado com uma vitória linda depois do decair. E assim Gigi foi cada episódio mais provando sua competência.

um adulto maravilhoso e feliz. Quando Gigi comentou sobre isso no workroom causou muita comoção, principalmente por isso não ser realidade para muitas outras drags no programa que muitas vezes nem tem contato com a família.

Apesar de todo seu desempenho excelente e 4 vitórias durante a temporada, Gigi não levou a coroa para casa, inclusive, apesar de ter levado o segundo lugar, Gigi quase foi desclassificada da final do programa. Devido a pandemia do coronavírus, tanto o episódio da reunião quanto o da grande final aconteceriam por transmissões remotas. Sendo assim, um dos desafios propostos pela produção para a final era que as queens gravassem lipsyncs diretamente de casa, o que poderia ser produzido e editado da maneira que preferirem. No entanto, Gigi realizou o desafio em um estúdio profissional de Los Angeles, o que ia contra uma das regras principais. De acordo com informações, ao saber do ocorrido, a produção de RuPaul’s Drag Race fez com que a queen refizesse a dublagem de “Take On Me”.


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4 anos sem o camaleão do rock O tempo realmente voa. Há exatos 4 anos, recebíamos durante a madrugada uma das notícias mais chocantes da história da música: David Bowie morreu aos 69 anos de idade. Primeiro veio a surpresa, já que ninguém sabia sobre o diagnóstico de câncer do músico (que fez questão de escondê-lo). Depois, inevitável como ela só, veio a tristeza, e também a noção de que acabávamos de perder um dos cantores mais talentosos, celebrados, icônicos e famosos de todos os tempos. Um artista verdadeiramente à frente de seu tempo desde sempre — ou, quem sabe, o tempo corria de forma diferente para ele. Tempo, tempo… foram 54 anos de carreira nos quais ganhamos de presente 25 discos solo e outros tantos de projetos diferentes. O último deles, Blackstar, foi planejado nos detalhes por um Bowie que já sabia de sua partida. Perfeccionista em tudo que fez, ele também escolheu como queria nos deixar. David Robert Jones nasceu no dia 8 de janeiro de 1947 em Brixton, Londres, na Inglaterra. Exalando sua musicalidade desde muito novo, foi aos 15 anos que ele formou sua primeira banda, o Konrads. Depois ainda vieram os King Bees, Manish Boys, Lower Third, Buzz e o Riot Squad, todos como uma preparação para a prolífica carreira solo que começaria nos anos 60. Em 1969, o cantor lançou seu primeiro single de sucesso e até hoje uma das músicas mais famosas no mundo, “Space Oddity”. A partir daí, o planeta ficou pequeno para Bowie e seus álbuns, que realmente pareciam vir de outro lugar do universo. É no mínimo reconfortante saber que Bowie foi extremamente celebrado em vida, e não apenas após sua morte. Quatro anos depois de sua partida, ainda estamos sendo presenteados com novas versões, coletâneas e mais — o que confirma que seu legado não partirá tão cedo. Viva David Bowie!



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Por que a série The Handmaid’s Tale é relevante para os dias de hoje Um gorro branco e uma capa vermelha se tornaram sinônimo da opressão contra as mulheres. O romance de 1985 da escritora Margaret Atwood The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia, em tradução livre) selou essa imagem em nossas almas com a descrição de uma distopia futurista em que as mulheres são forçadas a uma espécie de escravidão reprodutiva para gerar os filhos da elite - e usam esse uniforme para reforçar sua submissão.

A

A aia que vemos na maioria dessas imagens é Offred, a narradora da história. Como uma criada na República de Gilead, ela precisa se submeter a um ritual sexual de rotina com seu comandante, Fred. (Seu nome deriva do dele, “of Fred” - “de Fred”). Ela é uma das mulheres ainda férteis incumbidas com o dever da reprodução depois que muitas das mulheres da classe dominante se tornaram inférteis como resultado de ingestão de toxinas do meio ambiente. Antes do golpe que derrubou o governo americano para instaurar o novo estado teocrático de Gilead, ela era casada com um homem chamado Luke e tinha uma filha pequena. Atwood concebeu o romance como uma “ficção especulativa”, imaginando um futuro que poderia acontecer sem nenhum avanço tecnológico em relação ao presente. Em outras palavras, “a ficção científica tem monstros e naves espaciais, a ficção especulativa poderia acontecer de verdade”, disse ela. Todos os aspectos do livro foram inspirados em acontecimentos sociais e políticos do começo dos anos 1980, quando ela o escreveu. Por causa disso, o romance de Atwood tem um jeito assustador de sempre sentir o momento, desde sua primeira publicação até todas as outras edições que se seguiram. Quando foi publicado pela primeira vez em 1985, Atwood chegou a levar recortes de jornal às entrevistas que dava sobre o livro para mostrar como sua trama tinha antecedentes da vida real. O livro refletiu a aderência americana ao conservadorismo com a eleição de Ronald Reagan como presidente, assim como o crescente aumento da direita cristã e suas organizações lobistas poderosas, como Maioridade Moral, Foco na Família e a Coalizão Cristã - sem mencionar o aumento do televangelismo (o uso da televisão para transmitir a fé cristã). A personagem de Serena Joy em O Conto da Aia é uma ex-televangelista que sugeriu políticas teocráticas que agora a obrigam, assim como todas as mulheres, a uma vida dedicada inteiramente ao lar. “Ela não faz mais discursos. Ela ficou sem fala. Ela fica em casa, mas isso não parece combinar com ela. Quão furiosa ela deve estar por ter perdido a palavra”. Apesar de Atwood ser canadense e da história se passar mais tarde - Joyce Carol Oates, do The New York Review of Books, especulou que o futuro distópico do livro seria por volta de 2005 - a escritora disse se referir aos Estados Unidos dos anos 1980, com o crescente poder político de cristãos fundamentalistas, preocupações ambientais e ataques contra os direitos reprodutivos das mulheres. A reação contra o aborto nos Estados Unidos na época incluía um vídeo amplamente divulgado chamado “O Grito Silencioso”, com explosões e incêndios contra clí-

nicas de aborto e a sugestão de uma lei que daria direitos civis aos fetos. O governo de Reagan também rompeu com políticas de longa data e disse que o governo americano só financiaria grupos internacionais de saúde da mulher que promovessem planejamento familiar ‘natural’ - ou seja, abstinência - em países em desenvolvimento. Como afirmou a professora de inglês Shirley Neuman em um artigo publicado em 2006 em uma publicação da Universidade de Toronto, “Offred é um produto ficcional do feminismo dos anos 1970 e ela se encontra em uma situação que é uma percepção ficcional do retrocesso contra os direitos das mulheres que ganhou força no começo dos anos 1980”. Nem todo mundo no governo americano na época era contra o apartheid na África do Sul: o futuro vice-presidente Dick Cheney era contra a libertação de Nelson Mandela da prisão, enquanto o senador John McCain votou contra a imposição de sanções contra o governo sul-africano como forma de pressionar pelo fim do apartheid. No livro, Atwood faz uma alusão aos bantustões (áreas exclusivas para um grupo racial ou étnico) da era apartheid da África do Sul dizendo que os americanos negros foram segregados em “National Homelands” (“pátrias nacionais”) no meio-oeste do país. A obra The Handmaid’s Tale sempre é discutida como uma espécie de alerta feminista e também foi interpretada como uma crítica ao sexismo no livro da Gênese. Mas algumas descrições de Atwood não eram uma mera especulação sobre o resultado final de uma tomada de poder por parte da direita religiosa nos Estados Unidos, mas eram baseadas em coisas que já estavam acontecendo em outros lugares. Atwood diz ter se inspirado em parte na tentativa de Nicolai Ceausescu de aumentar as taxas de natalidade na Romênia - o que o levou a policiar mulheres grávidas e a proibir o aborto e os anticoncepcionais - e também nos assassinatos de dissidentes pelo regime de Ferdinando Marcos nas FIlipinas. A ideia de “dar” os filhos de pessoas de classes mais baixas à elite veio da Argentina, onde mais de 500 crianças ficaram ‘desaparecidas’ após o golpe militar de 1976 e acabaram nas mãos de líderes do governo. O livro de Atwood foi um sucesso entre críticos e leitores, mas a adaptação para o cinema quatro anos mais tarde foi um fracasso. As dificuldades da produção mostraram quão relevante era a obra: a maioria dos estúdios não considerariam fazer um filme que era tão pesadamente feminino e a maioria das grandes atrizes tinham medo do radicalismo do material. A versão de 1990 do filme com as estrelas Natasha Richardson e Faye Dunaway é em alguns momentos sexista e, em outros, sério.



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FUTURE

nosta lg ia Dua Lipa lança o segundo álbum de sua carreira e todos nós podemos concordar que foi o álbum do ano. Um refresco para o caos que 2020 se tornou. E vamos todos levitar!

Dua Lipa nunca foi pouca coisa! Com seu homônimo disco de estreia de 2017, fez de “New Rules” um dos maiores hinos do empoderamento feminino. Além disso, o álbum contemplou outros hits pop daquele ano. Teve “IDGAF“, “Hotter Than Hell” e “Bad Together“, só para citar alguns. Passados três anos, era natural pensar que a cantora britânica precisaria se reinventar para mostrar sua relevância no mundo pop. E, se permitem parafrasear o título da faixa que colocou a cantora no mundo, podemos dizer que ela decretou novamente “novas regras”. Isso porque no recém-lançado Future Nostalgia, ela incorporou novos elementos a sua sonoridade. Ao mesmo tempo, nos lembra do que é clássico e nos aponta uma estética futurista. Linhas de baixo poderosas, versos pegajosos e a sempre dançante guitarra funkeada são apenas alguns dos cativantes elementos do disco. No mais, estamos contemplando o amadurecimento musical de uma grande artista, que prova que o pop não deve seguir fórmulas.

A era D isco em 2020 Desde o início de 2019, Dua tem dito que a sonoridade de seu novo disco seria “nostálgica” e pareceria uma “aula de dança“. Apesar da vaga descrição, o que ela quis dizer ficou muito claro desde o lançamento do single “Don’t Start Now“, no fim do ano passado. A faixa rapidamente caiu no gosto popular e da crítica, conquistando posições de destaque em influentes paradas musicais do mundo. Novas prévias foram lançadas ao longo dos meses seguintes na mesma pegada nostalgicamente futurística, incorporando também elementos do pop atual e do synth-pop. O lançamento do disco comprovou que todas as faixas seguem

essa estética musical com forte potencial de hit. Similaridades podem ser encontradas em trabalhos de artistas como Kylie Minogue e Madonna. Em entrevistas recentes, Dua também citou influências em artistas como Gwen Stefani, Blondie e até Outkast. Mas a veia disco-pop é claramente a que mais pulsa ao ouvirmos Future Nostalgia, em um disco que poderia facilmente ter sido produzido por grandes nomes da época como Nile Rodgers, Arif Mardin ou Giorgio Moroder. Dançante do início ao fim. Apesar de uma narrativa pouco desenvolvida, a proposta temática e estética de Dua Lipa está clara: fazer seu público dançar em um som nostálgico e, ao mesmo tempo, futurístico.


tinar 2020


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