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JUl 2011
Dividir ou não?
O momento é decisivo para a história do Pará e está em nossas mãos. Até o final do ano, os paraenses maiores de 18 anos irão definir, por meio de um plebiscito, ainda sem data definida, se o Pará deve ou não ser dividido para a criação dos estados de Carajás e Tapajós. As opiniões favoráveis e contrárias são muitas e, por isso, faz-se necessário abrir a discussão para todas as esferas da sociedade, como ocorreu durante a Semana de Meio Ambiente da Faci.
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CONECTE!
Analisar propostas é fundamental
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Para o coordenador do curso tecnológico de Gestão Ambiental da Faci, André Silva, o objetivo de promover a discussão sobre o assunto foi fazer com que o meio acadêmico pudesse esclarecer suas dúvidas em relação a esse processo, “haja vista que a divisão do Pará pode representar a repartição não só dos aspectos geográficos, mas também da pobreza para a grande maioria e a concentração de mais riquezas nas mãos de poucos.” Durante a Semana, estiveram presentes o chefe da Casal Civil do Pará, Zenaldo Coutinho, e José Carlos Lima, presidente da comissão de meio ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/ PA), que apresentou como funcionará todo o processo. “Em data a ser definida, todos os paraenses responderão a
duas perguntas referentes às divisões o Estado de Carajás e do Estado de Tapajós. Caso o resultado seja favorável à divisão, o próximo passo será a apreciação da Assembleia Legislativa do Estado e em seguida vai para o Congresso Nacional, que definirá como esses estados serão estruturados”, explica José Carlos. Ele alerta que a população deve avaliar com atenção os prós e contras em relação à divisão, principalmente nos argumentos utilizados por quem tem interesse em dividir o Estado. “Quando alguém diz assim: ‘olha o estado do Tocantins que se separou e ficou maior e melhor’, é importante saber que isso só ocorreu porque, na época, a União bancou as contas de estruturação do novo estado durante dez anos, mas aqui não será igual, pois a Cons-
tituição Brasileira definiu no artigo 234 que fica vedada à União assumir qualquer despesa na criação de novos estados, ou seja, quem vai pagar a estruturação somos nós com o dinheiro dos impostos que seriam destinados à educação, saúde, infraestrutura, etc”, comenta.
Veja como ficará o Estado caso a divisão seja aprovada
n Tapajós n Carajás n Pará 27 municípios 1,7 milhão de habitantes
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39 municípios 1,4 milhão de habitantes
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