2 minute read

Figura 6 – Distribuição da incidência de manifestações patológicas em edificações

A Figura 6 demonstra a distribuição da incidência de manifestações patológicas em edificações, na qual problemas relacionados à infiltração, fissuras são os mais diagnosticados nas construções.

Figura 6 – Distribuição da incidência de manifestações patológicas em edificações

Advertisement

Fonte: Sahade (2018).

Nas normas técnicas ABNT NBR 15575-1 a 6 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2013), são indicadas a classificação de Vida Útil de Projeto (VUP) em dois níveis, sendo elas: mínimo e superior no qual é estabelecida a vida útil dos componentes da edificação, que, portanto, deverá manter sua capacidade funcional durante o período estabelecido. No entanto manutenções preventivas e corretivas devem ocorrer visando evitar manifestações patológicas e colaborando ainda para prolongar a vida útil da construção. De acordo com a Norma de Inspeção Predial Nacional (2012) as anomalias podem ser classificadas em: endógena; exógena, natural ou funcional. (IBAPE, 2012) A anomalia endógena é originária da própria edificação em decorrência de projetos, materiais ou execução (IBAPE, 2012) como, por exemplo, falta de compatibilização entre arquitetura e complementares, especificação inadequada de materiais; detalhamento insuficiente ou errado devido, não utilização das Normas Técnicas, produtos não certificados, emprego de mão-de-obra desqualificada, falhas na execução, ou ainda, da combinação desses fatores.

Exógena é originada por fatores externos, provocadas por terceiros (IBAPE, 2012), tais como os danos causados por obra vizinha, choques de veículos na edificação, vandalismos e incêndio.

Natural é originária de fenômenos da natureza (IBAPE, 2012) sendo resultado da exposição ao meio em que se inserem devido à exposição às intempéries como precipitações, e ventos.

Funcional é originária da degradação de sistemas construtivos pelo envelhecimento natural e consequente término da vida útil (IBAPE, 2012). Dentre os sintomas das manifestações patológicas destacam-se as fissuras, umidade e degradação da edificação.

2.1.1 Fissura

Não há um consenso em relação à definição de fissura sendo muitas vezes identificada através do limite de abertura e/ou aspecto visual. (SAHADE, 2005) Segundo a NBR 15575-2 (2013) fissuras são seccionamentos na superfície ou em toda a seção transversal de um componente com abertura capilar originada por tensões normais ou tangenciais, podendo ser classificadas como ativas quando apresentam variação na abertura ou passivas quando a variação é constante. Quanto à movimentação são classificadas como ativas (fissuras que apresentam movimentação) ou inativas (fissuras que não apresentam movimentação) (MASON, 1994 apud LORDSLEEM, 1997, não paginado). As fissuras ativas podem ser cíclicas quando se repetem os movimentos de abrir e fechar, sazonais quando as movimentações ocorrem em determinados períodos de tempo ou progressivas quando o movimento ocorre indefinidamente (LORDSLEEM, 1997). Duarte (1988 apud LORDLEEM, 1997, não paginado) classifica as fissuras como isoladas ou disseminadas, em decorrência de sua origem. As fissuras isoladas comportam-se seguindo “uma fiada horizontal ou vertical, acompanhando uma junta de assentamento ou partindo tijolos ou blocos” possuindo diversas causas. As fissuras disseminadas possuem forma de rede ou mapa, sendo frequentemente superficiais com origem geralmente por retração de revestimentos. Segundo a NBR 13749 (2013) fissuras mapeadas formam-se devido à retração da argamassa por excesso de finos no traço tanto de aglomerantes como no agregado. As manifestações patológicas podem ser associadas a diversas causas, como por exemplo, devido às movimentações térmicas, higroscópicas, sobrecargas, deformação excessiva da estrutura de concreto armado, recalques de fundação, retração e alterações químicas dos materiais de construção.

This article is from: